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Colegas
Não tenho pela classe de professores uma classe de espírito corporativo até
porque sempre foi uma classe extremamente dividida, alienando muitas vezes
interesses colectivos importantíssimos a favor de interesses meramente
pessoais. É pena mas funcionámos muitas vezes assim.
Ora, este enorme espírito de união que nos tem agrupado com elos de grande
firmeza nas nossas convicções, têm-me surpreendido deveras tanto assim que,
com 34 anos de serviço não são poucas as lutas e reivindicações que
passaram por mim. Admito, até porque é exactamente isso que sinto em mim
que nunca fui dado a estas coisas, que haja neste sentimento de revolta uma
excessiva dose de injustiça para com os professores, blindada pela mentira e
desinformação que tem servido de sustento para a manter junto da opinião
pública. Como se recordam, este ministério e este governo, utilizaram
inicialmente o enxovalho, rebaixando e denegrindo a nossa imagem junto da
opinião pública de modo a que, na lama, pudéssemos ser objecto submisso de
políticas sempre muito pouco claras e transparentes relativamente ao nosso
futuro e ao futuro da educação e da escola. Fomos acusados pessoalmente
pela ministra como os “causadores do insucesso dos alunos”.
O momento que atravessamos é grave, pelos 34 anos que referi, diria mesmo
que é gravíssimo. Os colegas não devem reflectir sobre o dia de hoje, de
amanhã ou depois. A reflexão deve ser muito mais profunda porque o que está
em causa é a VIDA daqui para a frente, a vida que todos nós escolhemos de
dedicação a uma causa, ao ensino e à escola e ainda, a VIDA PESSOAL e
FAMILIAR de cada um.
Pouco mais tempo me falta para a reforma e pouco mais ou nada auguro na
minha progressão na carreira docente. Poderia estar serenamente à espera
desse dia enquanto os mais novos lutavam porque é a eles que deveria
competir estar na linha da frente a disputar por um FUTURO melhor que lhes
pertence caso contrário, irão certamente sofrer as vicissitudes de alguma
inoperância imperante. Poderia estar ufano com a função de titular e sentir os
meus momentos de glória quando estivesse, no poder, a avaliar os colegas.
Foi preciso saírem 100.000 professores à rua para que o Ministério cedesse
numa avaliação simplificada aos contratados no final de 2007/2008 de um
modelo chileno que sempre defenderam até à exaustão: “Este, só este e
apenas este, tal como está.”
Mas, não se fica por aqui, depois de reconhecer todos os erros e mais alguns,
de remendar os seus próprios remendos, está disposta a substituir este modelo
por outro … “em anos seguintes e não neste”. Hilariante, verdadeiramente
jocoso. Patético, mesmo.
Percebe-se que não podemos ficar parados. Esta senhora, auto confessa
anarquista, só cede com manifestações de desagrado.
2 – Muitas são as escolas e têm sido os professores que têm lutado sem baixar
os braços, que, tal como nós, se recusaram a entregar os objectivos individuais
e têm resistido a toda uma pressão tétrica e desonesta que o ministério tem
exercido, aproveitando-se abusivamente dos nossos emails para efeitos de
candidatura electrónica procurando amedrontar os colegas mais … “sensíveis”
3 – Aquilo que o ME tem estado a fazer com a utilização abusiva dos nossos
emails é uma guerrilha de forma a aferir as nossas capacidades psicológicas
atulhando-nos de hipotéticos receios e temores.
3 – Não entregar OI, penalizações.
Não acham que se o ME tivesse essa arma já a teria utilizado há muito tempo,
ameaçando como o disse o ano passado hipocritamente e com inverdade em
relação ao concurso dos contratados? Este ano o quê que ouviram? O quê?