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No sentido em que o Ministério da Educação tem vindo a utilizar os nossos

emails, de forma desonesta, através da plataforma informática que criou para


efeitos de concurso por candidatura electrónica, entendi ser meu DEVER,
dirigir-vos uma Carta Aberta num momento crucial para todos nós em que não
está em causa o momento que vivemos mas UMA VIDA INTEIRA que temos à
nossa frente de dedicação à escola e aos nossos alunos.

O seu acolhimento, será obviamente pessoal na regra do respeito que tenho


por todos e de democraticidade em que felizmente vivemos.

Continuação de um Bom Fim-de-Semana

Colegas

Não tenho pela classe de professores uma classe de espírito corporativo até
porque sempre foi uma classe extremamente dividida, alienando muitas vezes
interesses colectivos importantíssimos a favor de interesses meramente
pessoais. É pena mas funcionámos muitas vezes assim.

Ora, este enorme espírito de união que nos tem agrupado com elos de grande
firmeza nas nossas convicções, têm-me surpreendido deveras tanto assim que,
com 34 anos de serviço não são poucas as lutas e reivindicações que
passaram por mim. Admito, até porque é exactamente isso que sinto em mim
que nunca fui dado a estas coisas, que haja neste sentimento de revolta uma
excessiva dose de injustiça para com os professores, blindada pela mentira e
desinformação que tem servido de sustento para a manter junto da opinião
pública. Como se recordam, este ministério e este governo, utilizaram
inicialmente o enxovalho, rebaixando e denegrindo a nossa imagem junto da
opinião pública de modo a que, na lama, pudéssemos ser objecto submisso de
políticas sempre muito pouco claras e transparentes relativamente ao nosso
futuro e ao futuro da educação e da escola. Fomos acusados pessoalmente
pela ministra como os “causadores do insucesso dos alunos”.

O momento que atravessamos é grave, pelos 34 anos que referi, diria mesmo
que é gravíssimo. Os colegas não devem reflectir sobre o dia de hoje, de
amanhã ou depois. A reflexão deve ser muito mais profunda porque o que está
em causa é a VIDA daqui para a frente, a vida que todos nós escolhemos de
dedicação a uma causa, ao ensino e à escola e ainda, a VIDA PESSOAL e
FAMILIAR de cada um.
Pouco mais tempo me falta para a reforma e pouco mais ou nada auguro na
minha progressão na carreira docente. Poderia estar serenamente à espera
desse dia enquanto os mais novos lutavam porque é a eles que deveria
competir estar na linha da frente a disputar por um FUTURO melhor que lhes
pertence caso contrário, irão certamente sofrer as vicissitudes de alguma
inoperância imperante. Poderia estar ufano com a função de titular e sentir os
meus momentos de glória quando estivesse, no poder, a avaliar os colegas.

Melhor que a opinião publica em geral que se sente autorizada e abalizada


para falar deste Modelo de Avaliação e do ECD da mesma forma brejeira como
fala e entende de futebol, os colegas professores sabem bem que a posição
que eu tenho neste quadro, tal como muitos dos titulares, se deve apenas ao
facto de termos estado no sítio certo, à hora certa. Nem sempre, quase
sempre, o mérito foi craveira por isso, belíssimos e professores exemplares,
não o conseguiram porque ou não estavam no sítio ou não estavam na hora
certa.

Gostaria de vos convidar para reflectirmos em conjunto sobre os seguintes


pontos:

1 – O histórico destes anos, tem-nos mostrado que só com a luta, a


persistência e acima de tudo com o sofrimento, temos vindo a conquistar aquilo
que sempre foi a razão do nosso descontentamento também hoje
RECONHECIDO pela tutela do ministério e do governo. Tarde, mas
RECONHECERAM. Fomos durante este tempo perfeitamente espezinhados
por uma ministra que já mostrou que não gosta de nós, SEMPRE legislou
CONTRA nós. Confesso-vos que eu também não gosto dela e por mais
expedientes ou escapatórias que arranje perdeu já, há muito, a minha
confiança. NÃO CONFIO em NINGUÉM deste ministério. NINGUÉM!

Foi preciso saírem 100.000 professores à rua para que o Ministério cedesse
numa avaliação simplificada aos contratados no final de 2007/2008 de um
modelo chileno que sempre defenderam até à exaustão: “Este, só este e
apenas este, tal como está.”

Foi preciso saírem 120.professores à rua para que a ministra se desdobrasse


naquilo que ela refere serem “simplificações” de um modelo absurdo e que nem
com remendos atrás de remendos consegue ser exequível.

“A forma como estávamos a concretizar a dimensão relativa aos resultados


escolares não era confortável, nem razoável, mas excessiva, desajustada e
com erros técnicos.” (20.11.2008 RTP) - disse. O Secretário de Estado veio até,
ridiculamente dizer que se fosse preciso, simplificaria “este ano, no outro e
seguintes”, imagine-se!
Foi precisa uma greve de 95% de professores para que a ministra dissesse
publicamente: “estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este
modelo e até à sua substituição,” depois de ter dito antes que "Não há outro
modelo, isto não é um pronto-a-vestir onde se vai buscar um mais adequado.
O que temos disponível para trabalhar é o modelo actual" (17.11.2008 Publico)
ou ainda “Não há outro modelo disponível, só este que foi o possível e que
demorou 2 anos a ser trabalhado” (09.11.2008 RTP).

Mas, não se fica por aqui, depois de reconhecer todos os erros e mais alguns,
de remendar os seus próprios remendos, está disposta a substituir este modelo
por outro … “em anos seguintes e não neste”. Hilariante, verdadeiramente
jocoso. Patético, mesmo.

Trata-se obviamente de um capricho, de uma BIRRA de quem não merece a


nossa confiança que, mais faz lembrar os miúdos da escola primária quando,
não lhe reconhecem qualquer jeito, capacidade e valor para jogar à bola no
recreio, argumentam com um categórico: "a bola é minha".

Percebe-se que não podemos ficar parados. Esta senhora, auto confessa
anarquista, só cede com manifestações de desagrado.

2 – Muitas são as escolas e têm sido os professores que têm lutado sem baixar
os braços, que, tal como nós, se recusaram a entregar os objectivos individuais
e têm resistido a toda uma pressão tétrica e desonesta que o ministério tem
exercido, aproveitando-se abusivamente dos nossos emails para efeitos de
candidatura electrónica procurando amedrontar os colegas mais … “sensíveis”

A solidariedade para com todos aqueles que mantêm com seriedade a


afirmação pública do seu protesto na não entrega dos Objectivos Individuais,
mais do que ser importante, revela grande companheirismo e carácter.
Saibamos também nós ter o mesmo carácter e dignidade naquilo que
publicamente manifestámos quando revelámos o nosso propósito em não os
entregar.

3 – Aquilo que o ME tem estado a fazer com a utilização abusiva dos nossos
emails é uma guerrilha de forma a aferir as nossas capacidades psicológicas
atulhando-nos de hipotéticos receios e temores.
3 – Não entregar OI, penalizações.

Alguém já vos ameaçou em quanto iam ser penalizados? PORQUÊ?

Não acham que se o ME tivesse essa arma já a teria utilizado há muito tempo,
ameaçando como o disse o ano passado hipocritamente e com inverdade em
relação ao concurso dos contratados? Este ano o quê que ouviram? O quê?

A ministra já atingiu os objectivos individuais: 100.000 em Março, 120.000 em


Novembro, 96% em Dezembro.

De coração aberto, continuação de um bom fim de semana

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