Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
LIGAS DE FERRO-CARBONO II
Figura 2-1 Diagrama de transformação isotérmica para um aço eutetóide indicando o caminho
resfriamento para a formação da bainita.
Bainita Superior
Figura 2-2 Microestrutura da bainita superior de um aço eutetóide com 0.8% C de uma
transformação isotérmica a 445 ºC. (Réplica de micrografia eletrônica; X10,000.)
Trabalhos experimentais sobre a bainita superior feitos por Shackleton and Kelly
levaram a concluir que a cementita e a ferrita nucleiam independentemente da austenita.
Eles encontraram o passo de controle de taxa na formação da bainita superior que é
difusão do carbono na austenita. Então a cementita nucleada na austenita crescerá e
rejeitará a região de carbono ao redor então a austenita pode se transformar em ferrita.
Se a ferrita é nucleada primeiro ela irá rejeitar o carbono à frente do avanço na interface
ferrita-austenita, e permite que a cementita se forme na austenita em frente ao
crescimento da interface austenita-ferrita. Desse modo, a nucleação da ferrita irá tomar
o lugar imediatamente adjacente a cementita (ou vice versa).
Bainita Inferior
Figura 2-5 Micrografias óticas e eletrônicas da bainita formada de um aço com 0.66% C – 3.3 Cr
a 350 ºC. (a) Micrografia ótica a X700 e (b) e (c) micrografia eletrônica a X 16,000.
Figura 2-11 microestrutura obtida por resfriamento contínuo de um aço eutetóide causada por
transformação de separação.
Figura 2-12 a- diagrama de resfriamento contínuo de aço carbono com 0,3% C (0,7% Mn,
0,25% Si). O diagrama isotérmico esta mostrado nas linhas tracejadas. b- diagrama de resfriamento
contínuo com taxas selecionadas de resfriamento decrescendo da esquerda para direita. Os valores de
dureza DPH estão indicados dentro dos círculos para cada curva de resfriamento. A microestrutura desses
aços resfriados nas taxas indicadas estão demonstrados na fig. 2-13 a à f .
Figura 2-13 Microestruturas de amostras de aços 0,38% C depois de resfriadas continuamentes a
taxas indicadas na fig. 2-12. A taxa de resfriamento é crescente de a à f e cada amostra está identificada
por um número de PDH.
Resfriando à taxa mais lenta indicada pela curva DPH (Diamond pyramid
hardness) com valor 139, a estrutura mais mole é obtida, a qual é uma mistura de ferrita
proeutetóide e perlita em quantidades quase iguais (fig. 2-13 a). Esta estrutura é similar
àquela obtida pelo resfriamento lento (forno) deste tipo de aço. Um pequeno aumento na
taxa de resfriamento causa refino da perlita e diminuição na formação de ferrita,
causando aumento na dureza (fig. 2-13 b). Aumentando a taxa de resfriamento ainda
mais drasticamente se reduz a quantidade de ferrita proeutetóide. A ferrita proeutetóide
agora contorna os contornos de grão da matriz austeníticos, com alguma ferrita
“Widmanstatten” começando a formar (fig. 2-13 c).
Aumentando a taxa de resfriamento ainda mais faz com que uma transformação
mista aconteça (figs. 2-12 b e 2-13 d ). A taxa de resfriamento é tão rápida que pouca
ferrita proeutetóide é formada. Na verdade, perlita (fase escura) contorna o contorno de
grão da matriz austenítica formada. Alguma bainita é formada, como indicado pela
estrutura acicular. As área brancas são martensítas, a qual foi formada quando alguma
austenita restante não transformada até a temperatura Ms foi alcançada.
Aumentando a taxa de resfriamento ainda mais aumenta a quantidade de
martensita formada, e ainda causa uma transformação mista (fig.2-13 e). Algumas
ferritas proeutetóide e perlita são formadas nos contornos de grão da matriz
martensítica. Pequenas quantidades de bainita aciculada são também observada. Note
que a dureza das amostras aumentou devido a grande porcentagem de martensita.
Finalmente, na última microestrutura (fig. 2-13 f), a estrutura é quase toda martensítica.
No entanto, uma pequena quantidade de perlita e bainita são observadas nos contornos
de grãos da matriz austenítica.
Figura 2-16 (a) aço baixo carbono laminado à frio 65%, mostrando os contornos de grãos no
plano laminado R, o plano longitudinal L, e o plano transversal T. (DL = direção de laminação). (b)
micrografia eletrônica de uma chapa fina com alguma laminação à frio em um aço baixo carbono como
em (a) mostrando a subestruturas das discordâncias na laminação, planos transversal e longitudinal.
Figura 2-17 Micrografia eletrônica de uma chapa fina de ferro (0,002%) deformado à frio para
70% de redução em espessura. A estrutura mostra deformação nas paredes das células de alta densidade
de discordância. Na região escura , algumas discordâncias não tem resolução devido a sua altíssima
densidade, ( X 12,500). (b) Algum encruamento no ferro depois de um tratamento térmico de
recuperação. A estrutura consiste de ordens de discordâncias e subgrãos os quais são tipicamente de
fortes deformações e recuperação da ferrita.
Recuperação
Figura 2-20 aço “capped” baixo carbono (0,06% C, 0,3% Mn), laminado à frio e recristalizado
por um recozimento em caixa. (2% nital x 100)
Normalização
Figura 2-21 Taxas de resfriamentos durante a têmpera de 1 ciclo em uma barra de aço. (a)
têmpera em água. (b) têmpera em óleo.
2-5 ENDURECIMENTO POR TÊMPERA EM AÇOS BAIXO-CARBONO
Estes aços são temperados com o intuito de obter seu o máximo endurecimento,
isto deve-se ao revenido a partir da temperatura de austenitização (fig.2-14) de modo a
taxa que a estrutura martensítica é produzida do começo ao fim sem interrupções na
amostra (fig 2-10). Para obter uma estrutura inteiramente martensítica, o aço deve ser
temperado a uma taxa igual ou maior que a taxa de resfriamento crítico para obter a
máxima dureza.
Visto que algumas taxas de resfriamento para alguns aços carbono é tão rápida
(isto é, aço carbono eutetóide 0,8% C), somente aços de formas finas podem formar
uma estrutura martensítica completa. Se seções grossas são rapidamente resfriadas, a
superfície resfriará mais rapidamente que o centro, como esta indicado na figura 2-21 a.
entretanto estruturas inteiramente martensíticas não podem ser obtidas em aços carbono
com seções grossas sem importar quanto rápido é o resfriamento.
Na condição de obter estruturas inteiramente martensíticas em aços com seções
grossas, adiciona-se elementos de liga com níquel, cromo, e molibdênio a fim de
aumentar o tempo durante a têmpera antes que a taxa de resfriamento crítica seja
alcançada.
Quanto ao meio utilizado para fazer a têmpera, ou seja, a solução onde será
resfriado o aço, geralmente utiliza-se água, salmoura ou óleos. Comparativamente
falando, a salmoura promove uma taxa de resfriamento mais rápida que a da água e, por
outro lado, o óleo promove uma taxa de resfriamento mais lenta que a água, fig 2-21b.
Em geral, agitação do meio aumenta a taxa de resfriamento.
Tensão Residual
Quando uma barra de aço de, digamos, uma polegada de espessura é resfriada
rapidamente, o centro da barra permanece a temperaturas mais altas, durante o
resfriamento, do que a superfície. Este gradiente de temperatura promove altas tensões
dentro do aço, podendo levar a falhas ou distorções da barra. Além destes problemas
ainda ocorre uma expansão do espaço intersticial dos átomos de Fe, pois a estrutura
muda de CFC para CCC. Concluindo pode-se dizer que dois processos ocorrem durante
a têmpera:
1) Contração Normal devido ao Resfriamento;
2) Expansão interatômica devido à mudança da estrutura cristalina;
Como resultado, tensões residuais complexas são criadas no aço, tensões estas
que podem levar a falhas e até a ruptura. Com o aumento do teor de carbono o problema
do aparecimento de falhas aumenta ainda mais já que a transformação estrutural será de
CFC para uma estrutura CCC distorcida – devido à presença de carbono em regiões
não-intersticiais –, chamada de TCC (fig. 1-32).
Com o propósito de minimizar os problemas de falhas na têmpera, o aço deve
ser reaquecido para liberar as tensões o quanto antes. Com a adição de elementos de
liga, têmperas mais lentas (com óleo) podem ser utilizadas para reduzir estas tensões e
distorções. Outra possibilidade para reduzir estas falhas e distorções é utilizar os
tratamentos térmicos especiais tais como a martêmpera e a austêmpera, que utilizam
uma transformação isotérmica durante a têmpera. (ver seção 2-8)
2-6 Revenimento dos Aços ao Carbono Planos
O Processo de Revenimento
Figura 2-22 diagrama esquemático para ilustração o comportamento dos processos de têmpera e
revenido para um aço ao carbono.
1. Segregação de Carbono Na martensíta com ripas, aços baixo carbono,
existe uma alta densidade de discordâncias individuais e várias “paredes de célula”. Os
espaços intersticiais próximos às discordâncias promovem regiões de mais baixa energia
para átomos de carbono do que as posições intersticiais regulares.
Portanto, quando aços martensíticos de baixo carbono são primariamente
revenidos de 25 a 100°C, os átomos de carbono serão redistribuídos para estas regiões
de menor energia. Na verdade, grande parte desta redistribuição ocorre durante a
têmpera através da faixa de temperatura de formação de martensíta. Para teores de
carbono menores que 0,2%, Speich, utilizando instrumentos de medição com resistência
elétrica, calculou que próximo a 90% do carbono segregou para defeitos de intervalo, na
sua maioria discordâncias, durante a têmpera. É possível que a ausência de
tetragonalidade nos intervalos da estrutura cristalina CCC (Cúbica de Corpo Centrado)
nos aços ao carbono planos martensíticos com menos de 0,2% seja atribuída a este tipo
de segregação.
Em aços alto carbono, a martensíta formada é principalmente na forma de placas
(veja Seção 1-7) e possui uma estrutura de macla interna. O principal modo de
redistribuição de carbono nestes aços é a grande quantidade de precipitados. A força
motriz para esta reação é a diminuição da energia elástica total dos intervalos. O número
de locais com discordâncias de baixa é muito menor nos aços alto carbono. Portanto a
segregação de carbonos por este mecanismo é substancialmente reduzida.
Figura 2-23 Carbeto ε (fase escura) em martensita em Fe 24% Ni 0,5% aço carbono durante
revenido de 1h a 205 oC.
2.1 Carbeto ε [Fe2-3C, HC]. Quando aços ao carbono planos que contêm mais
que 0,2% de carbono são revenidos em uma faixa de 100 a 200°C, carbetos ε
precipitam. Já em aços baixo carbono com menos de 0,2% de carbono os carbetos ε não
precipitam. Presumidamente, em concentrações de baixo carbono, os átomos de carbono
podem diminuir suas energias mais nos locais de discordâncias do que com os
precipitados de carbetos ε. O carbeto ε é metaestável, e a altas temperaturas dissolvem
quando carbetos Hägg e cementita são formados. Precipitados de carbetos ε formados
na martensíta em uma liga Fe-24% Ni-0,5%C revenidos a 205°C por 1 hora são
mostrados na figura 2-23.
2.2 Carbeto Hägg [Fe5C2, Monoclínico]. Este carbeto tem sido identificado
pelos estudos de Mösebauer (absorção de raios-γ) e é formado em alguns aços alto
carbono revenidos entre 200 e 300°C. Este é um carbeto metaestável com uma
composição intermediária entre o carbeto ε e a cementita. Existem algumas dúvidas se o
carbeto Hägg é uma parte da seqüência de revenimento em aços baixo carbono.
2.3 Cementita [Fe3C, Ortorrômbico]. Este carbeto forma quando aços ao
carbono planos são revenidos entre 250 e 700°C. A forma inicial da cementita é
parecida com agulhas, fig 2-24, tanto quando formada pelo revenimento entre 200 e
300°C quanto quando durante a têmpera em aços de largas seções. Ela é nucleada nos
espaços dos contornos das ripas a baixas temperaturas e nos contornos de grão da ferrita
a altas temperaturas. De 400 para 600°C, os carbetos parecidos com ripas coalescem
para formar esferoidita, que reduz a energia superficial total, fig 2-25. De 600 a 700°C,
as esferoiditas engrossam ainda mais com a dissolução de partículas pequenas, fig 2-26.
Novamente, a força motriz para o coalescimento é a redução da energia de superfície
total da cementita na matriz ferrítica.
Figura 2-24 Precipitação de Fe3C em Fe- 0,39% ao carbono martensítico temperado por 1h a
300oC.
Figura 2-25 estrutura martensítica temperada em um aço eutetóide 0,75% C.
Figura 2-27 estrutura recuperada Fe-0,18% C martensítico depois de revenido 10min a 600oC,
micrografia ótica.( 2% nital; X 1000).
Figura 2-28 estrutura recuperada de Fe-0,185 C martensítico depois de revenido por 10 min a
600oC; micrografia de transmissão eletrônica ( chapa fina X 30,000).
Efeito do Revenido na dureza de aços ao carbono planos
Para aços alto carbono, fig 2-32, existe um aumento desprezível na dureza entre
100 e 150°C. Este aumento na dureza é atribuído à precipitação de carbetos ε. Nesta
faixa de temperatura, dois processos ocorrem simultaneamente. Em um deles, ocorre um
amolecimento devido à perda de carbono da martensíta e no outro ocorre um
endurecimento devido à precipitação de carbetos ε. Acima de 150°C, a dureza diminui
constantemente com o aumento da temperatura de revenimento de 150 a 723°C.
Figura 2-29 recristalização parcial em Fe-0,18% C martensítico revenido por 96h a 600 oC. (2%
nital; X 1000)
n = 2N-1
Onde n é o valor do número de grãos por polegada ao quadrado, em um
aumento de 100x.
Figura 2-32 dureza do ferro carbono martensítico (0,35 a 1,2% C) revenido por 1h a
temperaturas indicadas.
Efeito do tamanho de grão nas propriedades mecânicas do aço baixo
carbono
A razão para esse bom aumento na tensão é que os contornos de grão a baixas
temperaturas atuam como barreiras para o movimento das discordâncias.
A quantificação da relação entre tensão de escoamento e tamanho de grão foi
proposta por Hall e Petch, como sendo:
σy = σi + kd –1/2
Austêmpera
Figura 2-35 curvas de resfriamento para austenitização em um aço carbono eutetóide. A estrutura
resultante devido o tratamento é bainita. Uma vantagem deste tratamento é que não é necessário fazer
revenimento. Compare com o processo de têmpera e revenido mostrado na fig.2-22.
Figura 2-36 curvas de resfriamento (a) martêmpera e (b) super imposição da martêmpera
modificada em um aço carbono eutetóide Diagrama TI. Revenido geralmente sucede o processo de
martêmpera.
Na martêmpera, permitindo a transformação martensítica a temperaturas maiores
que as do processo convencional de tempera, distorções e tensões residuais na peça
trabalhada são reduzidas. A tabela 2-3 compara as propriedades mecânicas do aço 1095
após martêmpera e revenido, com aqueles após tempera e revenido a uma dureza
aproximada de 50Rc. A principal diferença aparece no aumento da resistência ao
impacto do material na martêmpera e no revenido.
Tabela 2-3 propriedades mecânicas de um aço 1095 (0,95%) tratado termicamente por
martêmpera e têmpera convencional.