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SEM SIMPLICIDADE NÃO HÁ CURA E GRAÇA

O desespero do homem religioso, especialmente do cristão ou do judeu praticantes, é o mais


intenso e forte desespero que o coração humano já experimentou. Isso porque esses dois credos
religiosos são aqueles que propõem a salvação humana como obra de justiça própria,
especialmente de natureza moral.

É verdade que qualquer cristão doutrinado que leia o que acabei de falar dirá imediatamente
que isto não é verdade quanto ao Cristianismo e, especialmente, não é verdadeiro em relação
ao Protestantismo, em razão de que o arcabouço doutrinário da Reforma postula a salvação pela
fé na Graça de Jesus. Todavia, todos sabemos que a doutrina é essa, mas que na prática isto
nunca foi verdade para a “igreja”. Sim, porque prega-se essa salvação pela fé apenas como
argumento alentador na chegada do “novo-crente”. Porém, no dia seguinte ao da “Decisão de
ser Crente”, o indivíduo já começa a ser doutrinado na salvação e na santificação moral e
autônoma, realidades essas que cada pessoa tem que conquistar a fim de se manter no posto da
salvação pela via de sua irrepreensibilidade moral.

Assim, inicia-se falando o Evangelho como sedução, e, uma vez feito o prosélito, imediatamente
ele é transformado num cristão fariseu.

O que segue são barganhas e mais barganhas com Deus, acrescidas de um estado perene de
inquietação, nervosismo e culpa — medo de cair... Ou, então, no caso de o indivíduo estar se
sentindo “bom” o suficiente para a agradar a Deus pelas suas próprias obras e pela sua própria
moral, surge um ser arrogante, nojento e insuportável para a normalidade do convívio humano.

Assim nascem os crentes, tanto os neuróticos pela culpa e pela barganha, quanto também o
crente santarado, que é esse ser da “dita-dura”, e que trata com raiva e com inveja aqueles aos
quais acusa de serem “pecadores”. Sim, porque nesse caso o espírito de juízo e acusação é
proporcional à inveja que se tem da liberdade ou do “pecado” do outro.

Tenho muita pena de ambos os grupos, mas especialmente dos que ficam neuróticos pelo peso
das acusações que vêm dos crentes fariseus. A leitura de Mateus 23 nos mostra que, para Jesus,
esses tais eram seres profundamente danosos quando estabeleciam contato com outros seres
humanos, sempre com a vontade obstinada de desconstruir a individualidade do outro, fazendo
deste um clone do crente-boneco-fariseu. “Ai de vós...” — foi o que Jesus repetidamente disse a
eles, aos fabricantes de “crentes em série”.

Minha angústia tem a ver com o estado mental adoecido que esses cristãos-fariseus multiplicam
e aprofundam a cada novo “discípulo” que fazem. Toda hora atendo “discípulos” desses
“cristãos-fariseus” e quase sempre ou os encontro surtados de culpa, medo, débito e pânico de
maldição, semi-esquizofrenizados, visto que para se amoldarem à fôrma dentro da qual são
postos, a fim de se plastificarem nos moldes “legitimados” pela “religião dos bonequinhos
movidos à corda”, tais pessoas precisam matar a si mesmas, aceitando como novo “eu” a
caricatura humana proposta pela “igreja”.
Não há alma humana sensível e sincera que aceite tais coisas e não adoeça seriamente. Ora, faz
anos que digo isso, bem como faz muito tempo que atendo pessoas sofrendo dos males de alma
produzidos pela religião. No entanto, nos últimos anos, a “porteira da alma” se abriu, e a
boiada dos angustiados saiu numa corrida atropelada, buscando, aos pinotes de angústia, um
pasto de liberdade.

Os vícios mentais incutidos pela religião, todavia, são os mais difíceis de serem removidos e
tratados. Isso porque quando você ensina às pessoas acerca da Graça de Deus, a questão que
invariavelmente chega, é a mesma: “Mas como pode ser tão simples? Não há mais nada a fazer a
não ser confiar que já está pago e viver apenas nesta fé?” — é o que me perguntam.

A pedra de tropeço dos crentes é o Evangelho de Jesus. Sim, são os crentes os que mais
dificuldade têm de crer que é apenas crer.

De fato, a maioria sofre da Síndrome de Naamã, o Sírio. Sendo general importante e sofrendo de
lepra, foi-lhe recomendado a ir até a presença de Eliseu, o profeta de Samaria. Ao chegar lá, o
profeta nem mesmo saiu de casa a fim de atender o general, mas apenas mandou que ele fosse
até as águas do Jordão e se lavasse 7 vezes. Naamã não quis ir. Achou simples de-mais. Esperava
que Eliseu viesse, lhe prestasse honras, dedicasse a ele um rito, movesse as mãos sobre as
feridas dele, e, assim, feitos “os trabalhos”, Naamã fosse declarado curado. De fato, tão
contrariado ficou o general, que já estava indo embora quando um de seus servos lhe disse: “Se
o profeta tivesse recomendado algo difícil e complicado tu não o farias? Ora, por que não fazes
o que ele manda apenas por que é simples?”

O que vejo prevalecer entre os cristãos é que mentalidade do “difícil”, a consciência pagã de
Naamã, e os mecanismos de cura pagã, sempre carregados de “correntes e campanhas”, todas
baseadas em barganhas com a divindade, sendo que tal pratica é desavergonhadamente
chamada de “sacrifício”. Para esses nunca haverá descanso, nem paz e nem a alegria que vem
da segurança que se arrima na fé simples.

Enquanto os crentes obedecerem à espiritualidade de Naamã, o Evangelho não produzirá


nenhum bem em suas almas!

Toda hora me vêm pessoas que me dizem que não entendem como quando passaram a apenas
aceitar a simplicidade do Evangelho de Jesus, e crer que está tudo feito e pago, e que a vida
com Deus é simples, e que o andar com Jesus é sereno — pois é fruto da confiança no que Ele já
fez por todos nós —, tudo começou inexplicavelmente a mudar para o bem em seus corações.
Mas alguns estão tão viciados na barganha com Deus e nos muitos e intermináveis sacrifícios de
presença a todos os cultos, células, campanhas, atividades, e muita mão-de-obra dedicada aos
líderes da “igreja”, que não conseguem nem mesmo crer que o bem que lhes está atingindo é
verdadeiro; pois, para tais pessoas, “não é possível que seja só isto”.

Todavia, é simples mesmo; e bem-aventurados são aqueles que não tropeçam na Pedra de
Tropeço e nem na Rocha de Escândalo, que é Jesus, e nem na total simplicidade de Seu
Caminho, que é o único Caminho de Paz para a vida.

Quem não crê, que faça seu próprio caminho pelos infindáveis labirintos da religião...

Eu, todavia, me agrado de todo o coração no que Jesus já fez por mim, perdoando todos os
meus pecados, me justificando perante anjos, demônios e homens, dando-me a chance de andar
com tranqüilidade e paz entre os homens, com o coração pacificado na confiança no amor de
Deus, de cujas mãos ninguém e nem coisa alguma pode me arrebatar.
“Quem crê tem...”— disse Jesus. Sim, quem crê tem tudo. Quem não crê, todavia, pode ter
tudo — igreja, moral, credo, dogma, sacrifícios, barganhas, etc...—, porém, não terá nem paz e
nem descanso, visto que paz e descanso apenas habitam a fé simples, que não pergunta: “Quem
subirá aos céus? (isto é: para trazer Jesus à Terra pela encarnação); e nem tampouco diz: Quem
descerá ao inferno? (isto é: para dar uma ajudinha a Jesus na ressurreição dos mortos).”

Sim, a fé conforme o Evangelho sabe que a Graça não está longe; ao contrário: sabe que ela
está bem perto, na boca e no coração; pois “se com a boca se confessa a Jesus como Senhor...,
e, no coração se crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos, se é salvo; pois com o coração se
crê para obtenção da justiça justificadora de Deus (pela fé), e com a boca se faz a confissão em
fé acerca da salvação que já é nossa; e já foi consumada e acabada por Jesus em favor de todo
aquele que crê com simplicidade e confiança.

Mas como disse, é essa simplicidade do Evangelho que acaba sendo a Pedra de Tropeço dos
crentes. E, assim, deixando a Rocha da Salvação, se entregam às infindáveis barganhas
patrocinadas pelos Líderes Fariseus, os quais não contentes em se fazerem filhos do inferno
(conforme Jesus disse), ainda desejam corromper a alma de muitos, criando seres atormentados
pelas chamas das culpas e acusações do inferno, negando a eles a chance de viverem em
liberdade no amor de Deus.

Portanto, saibam todos: sem fé simples e pura, posta em Jesus, confiante no Evangelho da
Graça, não há nem paz, nem alegria, nem espontaneidade diante de Deus, e, sobretudo, não há
saúde de alma para viver a vida como Vida, e não como tormento sem fim.

Ora, quando é assim a religião se torna a ante-sala do inferno!

Nele, em Quem tudo é simples,

Caio

http://www.caiofabio.com

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