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COMO OCORRE O EFEITO DO ESTRESSE

SOBRE A SAÚDE FÍSICA?


Viver bem
Dicas para o seu bem-estar e saúde

Por Elisa Kozasa,

"Um dos exemplos mais evidentes de como a mente pode


afetar os sintomas físicos está no efeito placebo"

Quando encontramos um problema como uma angina no peito,


buscamos todos os recursos médicos disponíveis para tratar do
problema, mas será que iremos buscar uma psicoterapia, uma
orientação quanto a um melhor estilo de vida ou até mesmo pensar
em ir a aulas de yoga na academia?

Qual a relação entre uma mudança na atitude mental e um


sintoma físico como a dor no peito?

Bem, um exemplo, que pode ser citado mesmo pela pessoa mais
leiga, é o efeito do estresse sobre a saúde física.

Como ocorre o efeito do estresse sobre a saúde física?

No cérebro quando uma situação é interpretada como estressante,


há o disparo de dois eixos importantes: hipotálamo-hipófise-córtex
da adrenal e o sistema simpático-medula da adrenal que podem
nos ajudar a entender o que está acontecendo.

Quando o primeiro eixo é estimulado o hipotálamo produz o fator


liberador da corticotropina que estimula a hipófise a produzir a
corticotropina. Esse hormônio irá estimular, através do sangue, o
córtex da adrenal (uma glândula situada acima do rim), a produzir
glicocorticóides, sendo o mais importante deles nesta situação, o
cortisol. Esse apresenta várias funções protetivas contra o estresse
agudo, uma das mais importantes é aumentar a quantidade de
glicose disponível no sangue, que permitirá as células gerar mais
energia para enfrentar a situação.

A adrenal é uma glândula que apresenta duas regiões distintas, o


córtex (a borda) e a medula (o meio). O cortisol é considerado o
grande vilão quando se fala dos efeitos deletérios do estresse, mas
a verdade é que em termos de curto prazo, seus efeitos são
benéficos, protegendo-o contra um estresse agudo, como dito
acima.

O segundo eixo, desencadeado pela ativação da divisão simpática


do sistema nervoso autônomo leva à produção de adrenalina e
noradrenalina (catecolaminas), responsáveis pela resposta do
organismo em termos de alerta ou prontidão para lutar ou fugir (a
famosa resposta denominada pelo fisiologista Walter Cannon,
professor da Universidade de Harvard, de “luta ou fuga”).
Novamente o efeito agudo é benéfico e necessário à nossa
sobrevivência, pois nos deixa prontos para decidir entre lutar contra
a situação adversa ou simplesmente fugir.

Estresse: Quando começa o problema?

O problema começa quando esses dois eixos são cronicamente


ativados: nesses casos, o cortisol e as catecolaminas são
cronicamente produzidos e conduzem a uma redução da resposta
imunológica afetando a produção de células desse sistema como as
citocinas. Pode ocorrer, por exemplo, o aumento de citocinas pró-
inflamatórias como a IL-6 e a TNF-a que estão relacionadas à
origem de problemas cardiovasculares, artrite, diabetes tipo 2 e
alguns tipos de câncer, por exemplo.

Tais achados são tão evidentes que existe uma área conhecida
como psiconeuroimunologia, ou para os mais precisos
psiconeuroendocrinoimunologia, responsável pelos estudos dos
efeitos dos estados mentais sobre a saúde física, através dos
sistemas nervoso, endócrino e imunológico.

Efeito placebo

Um dos exemplos mais evidentes de como a mente pode afetar os


sintomas físicos está no efeito placebo, salientado inicialmente
como fundamental nos estudos farmacológicos por Henry Beecher,
premiado anestesiologista americano. Um grupo passando pelo
possível efeito placebo, ou o quanto acreditar que se está sendo
tratado, pode trazer um alívio ou até mesmo a cura para
determinadas condições físicas. Esse estudo é necessário antes de
se colocar qualquer nova droga no mercado.
O grupo que efetivamente recebe a droga precisa ter melhora
significativamente melhor que o grupo placebo. Os achados iniciais
foram realizados por Beecher enquanto médico atuante na 2ª.
Guerra Mundial: findados os estoques de morfina ele passou a
utilizar salina (que não tem nenhum efeito terapêutico) e verificou
que os soldados simplesmente por acreditar no tratamento do
médico, melhoraram quanto às queixas de dor.

Ou seja, além de procurar o medicamento para a dor no peito, é


importante buscar viver melhor, reduzindo a quantidade de eventos
considerados estressantes em nossa vida e aumentando aqueles
que possam nos trazer uma profunda sensação de felicidade.

Dica de leitura:
Mind-body research moves toward the mainstream. European
Molecular Organization reports. Vol. 7, no.4, páginas 358-361,
2006.

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* Elisa Kozasa
é pós-graduada em psicobiologia - mestrado e doutorado -
(Unifesp)

Fonte:
Vya estelar UOL
Novembro 2008

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