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1. Introdução
Devido a tantas possibilidades, muitas das ações realizadas no mundo real são
possíveis na Web, acabando por confundir o usuário com as inúmeras informações,
principalmente as disponíveis em rede. Isso faz com que seja necessária a orientação do
usuário na seleção das informações e na verificação das fontes.
No meio acadêmico essa orientação deve ser imprescindível, pois é necessária muita
cautela na seleção da informação, porque delas poderão se originar dissertações, teses,
pesquisas oriundas de outros interesses, entre outras. Dessa forma, se as fontes não forem
confiáveis, o pesquisador além de perder tempo poderá invalidar a sua pesquisa.
2. Contextualização Teórica
Avaliar sempre foi considerada uma tarefa complexa, em ambientes digitais, então,
é um desafio. De acordo com Caldeira (2004) muitas das ferramentas de avaliação dos
ambientes digitais de aprendizagem disponíveis na atualidade se baseiam no modelo
tradicional de avaliação que está fortemente relacionado com o desenvolvimento das teorias
tecnicistas e comportamentalistas utilizadas durante a década de 60. O processo de
aprendizagem era avaliado de acordo com os “comportamentos esperados”, era um
instrumento para análise de desempenho final.
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saberes, que saiba trabalhar de forma cooperativa e que seja flexível, empreendedor e
criativo para administrar sua carreira e sua vida pessoal, social e política.
3. Resultados
O questionário utilizado para avaliar o objeto Critérios de Seleção de Informação
na Web foi elaborado a partir da experiência da Profa. Ana Luísa Peterson Cogo na
avaliação de OAs pelos alunos do curso de Enfermagem da UFRGS.
Os respondentes foram os alunos da disciplina Informação em Rede, do 3ª semestre
do curso de Biblioteconomia da UFRGS. Os estudantes pertenciam a uma faixa etária
bastante variada, compreendendo alunos de 17 a 54 anos. Para melhor caracterizar o perfil
dos respondentes, foram incluídas perguntas sobre sexo, nível de conhecimento de
informática e do conteúdo do objeto.
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A questão que mais chamou a atenção nessa categoria foi em relação à adequação
das cores e dos corpos das fontes tipográficas utilizadas nos textos.
Conforme o gráfico 1, 71% estavam satisfeitos com as cores e tamanhos das fontes
utilizadas, considerando-as então parcialmente adequadas. Destaca-se o fato de 26% dos
alunos opinarem como somente “às vezes” as escolhas feitas na aplicação das cores e das
fontes estarem corretas. Alguns sugeriram a mudança ou mesmo a inclusão de mais cores
na interface do site e a possibilidade do aumento do corpo da fonte:
a) “a fonte poderia ser maior e as cores poderiam ser mais intensas” (25 anos);
b) “poderia ser mais colorido, ter imagens em movimento das explicações nos
sites de “exemplos”. Achei também a letra pequena” (19 anos);
c) “as cores poderiam ser mais atraentes” (33 anos);
d) “há a possibilidade de aumento de tamanho da fonte para os PNE’s
(Portadores de Necessidades Especiais) e o contraste de cores para que este
grupo possa ter acesso ao objeto em questão” (41 anos).
Diante desses dados e dessas considerações sobre a aplicação de cores, é necessário
pensar na substituição de cores e/ou uma nova combinação a fim de tornar o objeto mais
agradável de ser visualizado, porém é necessário o cuidado na escolha, já que “cores muito
intensas podem provocar fadiga visual2” (Basso; Borges; Winckler, 2000, p.47) e podem
acabar distraindo a atenção do usuário, causando a perda de foco na atividade principal
(Grando; Konrath; Tarouco, 2003).
Quanto ao aumento do corpo das fontes tipográficas, é realmente necessário que se
facilite a leitura dos textos a partir de tamanhos de fontes maiores levando em conta as
resoluções de monitores, os fatores ambientais (iluminação) e as deficiências visuais dos
usuários (Nielsen, 2007).
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Segundo Grando, Konrath e Tarouco (2003), fadiga visual é o cansaço visual causado pelo número
excessivo de elementos visuais ou cores em uma única página.
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Nessa categoria, apresentam-se questões referentes à navegação, à identificação da
autoria e à apresentação dos objetivos propostos pelo OA.
Na questão em que os alunos respondiam se o material foi acessado e visualizado
facilmente no computador, 15% identificaram que ocorrem às vezes problemas de acesso e
visualização.
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assunto. Também deve se observar que o tema seleção de informações pesquisadas na web
na área das Ciências da Informação já é parte do cotidiano dos alunos e que muitos acabam
fazendo pesquisas utilizando, de alguma forma, os critérios ou alguns deles em seus
trabalhos, mesmo que não de forma tão sistemática.
Algumas sugestões seriam utilizar o objeto em etapas anteriores do curso já
trazendo a possibilidade de conhecimento de uma seleção mais criteriosa aos novos
estudantes em suas pesquisas e também aplicá-lo em outros cursos de graduação que não
sejam especializados na busca, recuperação e seleção de informações como objeto de
estudo, como é o caso do curso dos futuros profissionais bibliotecários.
Quanto à capacidade de um material educacional disponível na web de chamar a
atenção dos usuários, Reis (2005) afirma que grande parte dos alunos espera que os
conteúdos apresentados em aulas a distância sejam iguais ou melhores do que os materiais
disponibilizados em aulas presenciais, já que não há um professor “fisicamente”, portanto,
esses materiais devem apresentar o conteúdo de forma motivadora e interessante, trazendo
vários recursos multimídia a fim de facilitar a aprendizagem.
5.3 Conteúdo
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critérios de seleção e de alterações no objeto. Essas últimas podem vir ao encontro da
questão da adequação de animações e simulações ao conteúdo, pois 82% responderam que
a quantidade é sempre ou freqüentemente suficiente, enquanto que 12% responderam que
somente às vezes essa quantidade é suficiente e 6% raramente ou nunca. Portanto, os
resultados apontam a necessidade de se repensar também as simulações sendo importante
uma investigação mais aprofundada a fim de saber quais animações estão realmente
auxiliando no aprendizado e a possibilidade de inclusão de novas simulações.
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Quanto à aprendizagem autônoma, 85% dos alunos responderam que sempre ou
freqüentemente é possível aprender de forma autônoma enquanto que 3% às vezes e 12%
raramente ou nunca. No contexto de EAD em que os usuários irão acessar o objeto distante
do professor, o objeto de aprendizagem deve ter uma boa usabilidade e um bom design,
fornecer um guia de utilização e ter um conteúdo auto-explicativo. O aluno, nesse processo,
“deve ser responsável pela sua aprendizagem, o que não está subentendido a eliminação do
professor na gestão de atividade de ensino” (Silva, 2004).
4. Considerações Finais
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cursos de graduação, assim, poderá se ter uma visão mais apurada sobre qual é o nível de
contribuição para o aprendizado dos alunos.
Referências
COGO, Ana Luísa Petersen et al. Avaliação de Objetos de Aprendizagem Digitais por
Acadêmicos de Enfermagem. 2006. Disponível em:
<http://www.sbis.org.br/cbis/arquivos/768.pdf>. Acesso em: 08/08/2007.
RAMAL, Andrea Cecilia. “Avaliar na cibercultura” . Porto Alegre:. Revista Pátio, Ed.
Artmed, fevereiro 2000.
SILVA, A. C. R.Educação a distância e o seu grande desafio: o aluno como sujeito de sua
própria aprendizagem. Disponível em:
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/012-TC-A2.htm. Acesso em: 21 fev
2008.
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