Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
DEM - FCTUC
___________________________________________________________________________
MECÂNICA de SÓLIDOS
R.P.LEAL
2004/5
MECÂNICA DE SÓLIDOS
___________________________________________________________________________
Solid mechanics is a basic discipline, which supports much of the practice of mechanical
and civil engineering, and contributes significantly to other engineering and scientific
disciplines. Research in solid mechanics, at the foundation level, emphasizes comprehensive
understanding and well-formulated analysis of mechanical phenomena occurring in
engineering systems. The increasing availability of large computers has had a tremendous
impact on the field. The traditional emphasis on analysis has shifted toward development of
more realistic and detailed descriptions of material response, more efficient computational
methodologies, and accurate numerical solution of initial and boundary value problems.
Despite (or perhaps because of) this trend, theory and analysis must continue to play a vital
role in modern solid mechanics. Solid mechanics is enriched by the increasing level of activity
in interdisciplinary research. Within the field, there is a need for better communication and
interaction between computation, experiment and theory.
M.M. Carroll, "Foundations of Solid Mechanics”, Applied Mechanics Reviews, 38(10), 1301-
1308, 1985
MECÂNICA DE SÓLIDOS
___________________________________________________________________________
Prefácio
Estes apontamentos iniciam-se com uma listagem de elementos de apoio ao estudo, contendo
não apenas os livros referidos no texto mas, também, aqueles que devem ser usados para o
aprofundamento da matéria ou para referência futura. Incluem também uma curta listagem de
endereços de internet úteis para quem queira iniciar uma busca sobre Mecânica de Sólidos.
A leitura destes textos deve ser entendida como complementar à frequência das aulas
teóricas e deve por sua vez ser complementada com a leitura dos livros aconselhados,
nomeadamente, dos disponíveis na biblioteca.
1 – Bibliografia complementar
Oñate, E. (1992), Cálculo de estruturas por el método de elementos finitos - Análisis estático lineal,
CIMNI
Livro de desenvolvimento e aplicação de elementos finitos. Trata de aspectos do desenvolvimento
de elementos finitos e de implementação em programa em Fortran77 de forma completa mas sem
grande profundidade teórica. Referência futura para utilizadores do MEF.
Reddy, J.N. (1993), An introduction to the finite element method, 2nd.ed., McGraw Hill
Introdução ao método dos elementos finitos encarado como uma técnica variacional aplicada à
resolução de equações diferenciais .
Reddy, J. N. e Gartling, D. K. (1994), The finite element method in heat transfer and fluid dynamics,
Boca Raton, CRC Press
Este livro orienta-se para a resolução de problemas em transmissão de calor e em mecânica de
fluidos. É, pois aconselhável para os alunos que pensem enveredar pelo ramo de energia na
licenciatura.
Segerlind, L.J.( 1984), Applied finite element analysis, John Wiley and Sons
Também é um livro aconselhável para os alunos que pensem enveredar pelo ramo de energia na
licenciatura dado que se orienta não apenas para a resolução de problemas em mecânica dos
sólidos mas, também, em transmissão de calor e em mecânica de fluidos. Apresenta uma base
teórica mais aligeirada.
Shames, I.H. e Dym, C.L. (1985), Energy and Finite Element Methods in Structural Mechanics,
McGraw-Hill, Biblioteca do DEM: B-3-4-27
Um excelente livro com uma abordagem semelhante à adoptada nesta disciplina mas atingindo um
grau de profundidade muito superior. Bom texto para referência durante e após a licenciatura.
Silva Gomes, J.F. (2004), Mecânica de Sólidos e Resistência dos Materiais, Edições INEGI.
Livro escrito de forma clara e completa em português. Está escrito em notação tradicional e pode
ser utilizado com proveito em diversas disciplinas da Licenciatura.
2 – Endereços da internet
Os endereços que se seguem são um óptimo ponto de partida para estudar Mecânica de
Sólidos. Sugere-se aos alunos que entreguem ao professor novos endereços, de preferência com
uma breve análise crítica do conteúdo.
1)- http://www.tam.uiuc.edu/WWW/web_courses.html
Cursos de mecânica teórica e aplicada da Universidade de Urbana nos EUA. Alguns dos cursos
contêm apontamentos, sumários, trabalhos de casa e outros dados interessantes.
2)- http://www.ae.msstate.edu/~masoud/Teaching/SA2/Course.phtml
Página de um curso em Estruturas aeroespaciais da Universidade de Mississipi nos EUA. Tal como
no site anterior, alguns dos cursos contêm apontamentos, sumários, trabalhos de casa e muitos
outros dados interessantes.
3)- http://msumusik.mursuky.edu/mdsolids
Página de um programa educacional, MDSolids indicado para o apoio de alunos a frequentar um
curso em Resistência de Materiais ou Mecânica de Sólidos Deformáveis. Permite download.
Índice
Prefácio I
Elementos de apoio ao estudo III
Índice V
Introdução VII
Introdução
Assim, os problemas relacionados com o esforço axial, torção e flexão são formulados de
forma diferencial através de considerações de equilíbrio mas, também, a partir da particularização
das expressões da elasticidade tridimensional, através da adopção de campos de deslocamentos
intuitivos e de hipóteses simplificadoras aceitáveis. A seguir, a formulação integral fraca dos mesmos
As outras duas perguntas são questões matemáticas e, num modelo adequado, devem
geralmente ser respondidas afirmativamente. Contudo, a resposta a estas perguntas pode não
ser simples e, em muitos modelos mais complexos, a existência e unicidade da solução não
está para todas as situações com interesse físico.
1.1 Lu=f
Esta equação ou sistema de equações é definida num domínio Ω com fronteira Γ e, para
a sua resolução, exige o conhecimento de condições em toda ou parte da fronteira e, em certos
casos, de condições iniciais.
___________________________________________________________________________
1.2 ∫ (L u − f ) v dΩ = 0 ⇔ ∫Lu v dΩ − ∫f v dΩ = 0
Ω Ω Ω
1.3 ∫ ( L1 u ) ( L2 v ) dΩ + ∫ ... d Γ − ∫f v dΩ = 0
Ω Γ Ω
Observações:
- A solução da formulação integral fraca não é, obrigatoriamente, solução da equação
diferencial.
- Se a solução fraca tiver a regularidade necessária então ela é a única solução do
problema original.
- Questão a descobrir / discutir: Que exigências matemáticas se devem fazer às
funções envolvidas u, f e v para que estas formulações tenham significado?
d ⎡ du ⎤
1.4 ⎢ a (x ) ⎥ + f (x ) = 0
dx ⎣ dx ⎦
Definida no domínio
___________________________________________________________________________
- essenciais:
1.6 u x = x = u i para i = 1 ou 2
i
- naturais:
⎡ d u⎤
1.7 ⎢a ( x ) d x ⎥ = ti para i = 1 ou 2.
⎣ ⎦ x = xi
Tabela 1
___________________________________________________________________________
⎧ ∂ ⎫
⎪∂ x ⎪
⎪ ⎪
1.8 ∇ . ( k ∇u ) + f = 0 sendo ∇ = ⎨ ⎬
⎪ ∂ ⎪
⎪⎩ ∂ y ⎭⎪
com domínio
1.9 xi ∈ Ω
e condições de fronteira
- essenciais:
1.10 u = u em Γ.
- naturais:
∂u
1.11 k + h ( u − u ∞ ) = q em Γ.
∂n
Tabela 2
___________________________________________________________________________
Ω- domínio
Γt - fronteira com forças prescritas
Γu - fr. com deslocamentos prescritos
Γu ui- deslocamentos
Γt xi- coordenadas globais
Ω
x 1, u 1
3
,u
3
x
- as equações de equilíbrio
1.12 σ ij,j + b i = 0 em Ω
- as leis constitutivas
- as condições de fronteira
u i = ui em Γ u t i = ti em Γ t
1.14
com Γ = Γu ∪ Γt ∅ = Γu ∩ Γ t
em que
1.15 ε ij =
1
2
( u i, j + u j,i )
designa o tensor das deformações linearizado,
___________________________________________________________________________
1.16 t i = σ ij n j
De notar que, estas relações de simetria implicam que dos 81 termos dos tensores de 4ª
ordem apenas 21 são independentes. Além disso,
• se o material é homogéneo, então os aijkl e os bijkl são constantes para uma
determinada referência;
• se o material é isotrópico, então os aijkl e os bijkl devem ser os mesmos para todas as
referências, isto é, os tensores de 4ª ordem respectivos devem ser isotrópicos.
A formulação diferencial anterior pode ser reduzida à forma genérica da Eq. 1 através
da identificação do operador L e das funções u e f. Comecemos por considerar que as
incógnitas do problema são as componentes do vector deslocamento segundo os eixos
coordenados.
1.18 a ijk u k, j + bi = 0 em Ω
∂2 .
1.19 L = a ijk f = bi
∂ x ∂ xj
___________________________________________________________________________
1.20 ∫ ( a ijk )
u k, j + bi vi d Ω = 0
Ω
1.21 ∫ a ijk u k, j vi d Ω + ∫ bi vi d Ω = 0
Ω Ω
Usando a simetria dos aijkl relativamente aos dois últimos índices, e as relações
“deformações-deslocamentos” (Eq. 15) e a lei constitutiva (Eq.13), obtemos:
___________________________________________________________________________
1
1.24 εij ( v ) =
2
( vi, j + v j,i ) ,
e usando a simetria do tensor das tensões que permite escrever:
∫ ti vi d Γ − ∫ σij εij ( v ) d Ω + ∫ bi vi d Ω = 0
1.27
Γt Ω Ω
I - Noções prévias.
(1) - Princípio do Trabalho Virtual relativo ao Ponto Material (ver. Fig. 1):
1.28 F = m a = 0,
___________________________________________________________________________
conclui-se que a resultante das forças aplicadas no ponto material é nula. De notar que, para
que a aceleração seja nula basta que a velocidade seja constante. Para os problemas de
Estática em Mecânica de Sólidos interessa o caso em que a velocidade é nula.
A Lei de Newton é uma condição necessária e suficiente para o equilíbrio que envolve
grandezas vectoriais, isto é, tensores de 1ª ordem; a sua verificação é feita com recurso à
Álgebra Vectorial. Pretende-se, no que se segue, desenvolver uma forma alternativa de
verificar o equilíbrio de um ponto material através de um processo que envolva apenas
grandezas escalares, nomeadamente, o trabalho.
1.29 W = F . M M′ = F M M′ cos θ ,
M θ
M’
Fig. 2 - Trabalho elementar W realizado pela força F sobre o deslocamento MM´.
É importante notar que a soma do trabalho de todas as forças aplicadas num ponto M
para o levarem para uma nova posição M’, é igual ao trabalho provocado pela resultante das
forças sobre o deslocamento de M para M’.
___________________________________________________________________________
F3
F1 P
P’
F2
Fig. 3 - Ponto material em equilíbrio.
Então, o trabalho fictício realizado pelas forças sobre o deslocamento fictício é dado
por:
3
1.30 Wf = F1 . P P′ + F2 . P P′ + F3 . P P′ = ∑ Fi . P P′ = R . P P′
,
i =1
Atendendo a que por hipótese o ponto material está em equilíbrio e que, pela Lei de
Newton isso equivale a dizer que a resultante é nula, conclui-se que Wf é nulo.
O enunciado anterior não tem grande utilidade, atendendo a que o equilíbrio do ponto
material tem que ser previamente estudado para concluir pelo valor nulo do trabalho fictício.
Evidentemente, a afirmação oposta seria mais interessante, isto é:
Se o trabalho feito por todas as forças que actuam num ponto material é
nulo para qualquer deslocamento teste fictício que se considere, então o ponto
material está em equilíbrio.
O trabalho fictício realizado pelas forças sobre o deslocamento fictício é dado por:
3
1.31 Wf = ∑ Fi . P P′ = R . P P′
,
i =1
Atendendo a que por hipótese este trabalho é nulo e ainda ao facto de que o
deslocamento fictício é qualquer, conclui-se que a resultante é nula e que, portanto, o ponto
material está em equilíbrio.
___________________________________________________________________________
F1
F2
Fig. 4 - Ponto material não equilibrado.
F1= k x
x s
P
F2 = m g
Um ponto material está em equilíbrio sse (se e só se) o trabalho feito por
todas as forças que nele actuam é nulo para qualquer deslocamento teste fictício
que se considere.
___________________________________________________________________________
Considere-se agora um ponto material obrigado a seguir uma certa trajectória. Este
ponto material é designado por constrangido dado o seu deslocamento ser restringido
(limitado ou impedido) em alguma direcção. Nestas condições, as forças provenientes dos
vínculos (reacções), não realizam trabalho nos deslocamentos fictícios fisicamente admissí-
veis, dado que estes são sempre perpendiculares à direcção da força reactiva (ver Fig. 6).
F1= N
n
y
t P
F2 = m g φ
(2) - Princípio do Trabalho Virtual relativo ao Sistema de Pontos Materiais, Corpo Rígido ou
Sistema de Corpos Rígidos:
Designa-se por:
- sistema de pontos materiais um conjunto de pontos em número finito, ligados entre si
de forma contínua;
- corpo rígido é um sistema de pontos materiais em número infinito;
- sistema de corpos rígidos é um conjunto de corpos rígidos em número finito, ligados
entre si de forma contínua.
___________________________________________________________________________
A extensão do Princípio do Trabalho Virtual para estes casos implica apenas a distinção
entre forças externas e internas ao sistema ou ao corpo rígido. Para que o corpo esteja em
equilíbrio a força exercida por um qualquer ponto material sobre outro tem que ser igual à
força que o segundo exerce sobre o primeiro. Daí resulta que as forças de ligação entre
partículas não são consideradas no cálculo do trabalho virtual uma vez que as acções entre
cada par de partículas são iguais em valor e direcção e contrárias em sentido, provocando um
trabalho virtual com o mesmo valor absoluto e sinal contrário;.
x2 , u 2
Γt
bi
Ω
Γu
x 1 , u1
Fig. 7 - Sólido deformável em equilíbrio.
___________________________________________________________________________
a σij, j + bi = 0 em Ω
1.32 b ti = σij n j em Γ t
c u i = u i em Γ u
1.33 Γ = Γu ∪ Γt ∅ = Γu ∩ Γ t
1.34
Wext = ∫ bi vi d Ω + ∫ ti vi d Γ
Ω Γt
1
1.35 εij ( v m ) =
2
(
vi, j + v j,i ) em Ω ,
1.36 vi = 0 em Γ u . ,
1.37 ∫ ti vi d Γ = ∫ σij n j vi d Γ ,
Γt Γt
___________________________________________________________________________
uma vez que vi em Γu é nula. Então, o trabalho virtual exterior pode ser escrito na forma:
obtém-se:
Wext = ∫ bi vi d Ω + ∫ ( σij vi ), j dΩ =
Ω Ω
Como o corpo está em equilíbrio e, portanto se verifica a Eq. 22, o primeiro integral do
2º membro é nulo. Atendendo ainda à simetria do tensor das tensões pode-se escrever:
1
1.42 Wext = ∫ σij vi, j d Ω =
2 ∫ σij ( vi, j + v j,i ) dΩ
Ω Ω
___________________________________________________________________________
1 1 1
1.45 σij εij ( v m ) =
2
σij ( vi, j + v j,i ) =
2
σij vi, j +
2
σ ji v j,i = σij vi, j
1.48 ∫ ( σij n j − ti ) (
vi d Γ − ∫ σij, j + bi vi d Ω − ) ∫ σij n j vi d Γ = 0
Γt Ω Γu
Uma vez que os deslocamentos virtuais são compatíveis com as condições de fronteira
geométricas obtém-se, finalmente:
1.49 ∫ ( σij n j − ti ) ( )
vi d Γ − ∫ σij, j + bi vi d Ω = 0
Γt Ω
___________________________________________________________________________
1.51 Π = U + Pv + Ps
1
U( ε mn ) = ∫ U (ε
0 mn ) dΩ =
2 ∫a ijk ε ij ε k dΩ =
Ω Ω
1
=
2 ∫a
Ω
ijk ui , j u k , dΩ =
∫ U (u
Ω
0 m ,n ) dΩ = U(u m, n )
1.52
Pv ( u m ) = − ∫ bi u i d Ω
Ω
Ps (u m ) = − ∫t i u i dΓ
Γt
___________________________________________________________________________
Conclui-se que a energia potencial total é uma funcional dependente dos deslocamentos
e suas derivadas podendo, portanto, estudar-se a variação desse funcional que é
δ Π ( u m , u m,n ) =
1.53 ⎛ ∂ F ( u m , u m,n ) ∂ F ( u m , u m,n ) ⎞ ∂ G ( um )
= ∫ ⎜ ∂ um
⎜ δ u m +
∂ u m,n
δ u m,n d Ω + ∫
⎟
⎟ ∂ u
δ um d Γ
Ω⎝ ⎠ Γ u
m
sendo
1
F ( u m , u m,n ) = a ijk u i, j u k, − bi u i
1.54 2
G ( u m ) = − ti u i
∂F ∂ ⎛1 ⎞ ∂ ui
a = ⎜ a ijk u i, j u k, − bi u i ⎟ = − bi = − bi δim = − bm
∂ um ∂ um ⎝ 2 ⎠ ∂ um
∂F ∂ ⎛1 ⎞
1.55 b = ⎜ a ijk u i, j u k, − bi u i ⎟ = a mnk ε k
∂ u m,n ∂ u m,n ⎝ 2 ⎠
∂G ∂
c = ( − ti u i ) = − tm
∂ um ∂ um
Substituindo estas derivadas na Eq. 53 e fazendo uma vez mais uso da simetria do tensor
de rigidez e da arbitrariedade dos índices mudos, obtém-se:
∂ U0 ∂ ⎛1 ⎞
1.57 σmn = = ⎜ a ijk ε k εij ⎟ = a mnk ε k ⇔ σij = a ijk ε k ,
∂ ε mn ∂ ε mn ⎝ 2 ⎠
___________________________________________________________________________
1.58 δΠ = 0.
1.59 W *ext = ∫ u i b i dΩ + ∫ u i gi d Γ .
Ω Γ
τ ij, j + b i = 0 em Ω ,
1.60
τ ij n j = gi em Γ .
___________________________________________________________________________
W *ext = ∫ u i b i dΩ + ∫ u i gi d Γ =
Ω Γ
= ∫ u i b i dΩ + ∫ ui τ ij n j d Γ =
Ω Γ
= ∫ u i b i dΩ + ∫ ( u i τ ij ), j dΩ =
Ω Ω
1.61
= ∫ u i b i dΩ + ∫ u i τ ij, j d Ω + ∫ ui , j τ ij dΩ =
Ω Ω Ω
= ∫ ui ( τ ij, j + b i ) dΩ + ∫ u i, j τ ij d Ω = .
Ω Ω
= ∫ ε ij τij d Ω = W *int
Ω
1.62 ∫ u i bi d Ω + ∫ u i gi d Γ = ∫ ε ij τ ij d Ω .
Ω Γ Ω
___________________________________________________________________________
0 = ∫ ui bi d Ω + ∫ ui g i d Γ − ∫ εij τ ij dΩ =
Ω Γ Ω
= ∫ ε ij τij d Ω + ∫ ui τij,j d Ω − ∫ ui g i dΓ =
Ω Ω Γ
= ∫ ε ij τij d Ω − ∫ ui,j τ ij dΩ + ∫ ui τ ij n j dΓ − ∫ ui g i dΓ =
Ω Ω Γ Γ
1.63 1
∫ ⎢⎣ ε ij − 2 ( u i,j + u j,i )⎥⎦
⎡ ⎤
= τ ij d Ω + ∫ u i τ ij n j dΓ − ∫ u i gi d Γ − ∫ ui g i dΓ =
Ω Γ Γu Γt
⎡ 1
= ∫ ⎢⎣
ε ij −
2
( ⎤
)
u i,j + u j,i τ ij d Ω +
⎥⎦ ∫ (u i − u i ) gi d Γ
Ω Γu
Dada a arbitrariedade das forças virtuais pode-se concluir que no domínio se verificam
as relações entre as deformações e os deslocamentos
1.64 ε ij =
1
2
(
u i, j + u j, i )
e na fronteira
1.65 u i = ui em Γ u
___________________________________________________________________________
1.66 bi = 0 em Ω e gi = 0 em Γ t .
Consequentemente, as equações de equilíbrio no domínio e na fronteira, implicam que:
τ ij, j + b i = τij, j = 0 em Ω
1.67 τ ij n j = gi = 0 em Γ t
1.68 ∫ ε ij τ ij d Ω − ∫ u i gi d Γ = 0 .
Ω Γu
1
U* (σ mn ) =
2 ∫b ijkl σ ij σ kl d Ω = ∫ U (σ
*
0 mn ) dΩ
Ω Ω
1.70 *
P (t m ) = −
Γu
∫ui ti d Γ .
A energia complementar total é um funcional dependente das tensões - notar que ti está
relacionado com as tensões através das relações de Cauchy - podendo estudar-se a variação
desse funcional que é
* * *
1.71 δ Π ( σ mn ) = δ U (σ mn ) + δP (σ mn ) .
___________________________________________________________________________
sendo
∂U*0
∫ ∫b
*
δ U (σ mn ) = δσ mn d Ω = ijkl σ kl δ σij d Ω .
∂σ mn
Ω Ω
1.72
*
δ P (σ mn ) = − ∫u
Γu
i δ t i dΓ
1.73
δ Π* = ∫b
Ω
ijkl σ kl δ σ ij dΩ − ∫
Γu
ui δt i dΓ .
∂ U*0
1.74 ε ij = = bijkl σ kl ,
∂ σij
que a variação do campo de tensões δσij pode ser considerado um campo virtual de tensões τij
e que o corpo se encontra em equilíbrio, então, atendendo ao Princípio do Trabalho Virtual
Complementar (comparar Eqs. 68 e 73), conclui-se que
1.75 δ Π* = 0 .
___________________________________________________________________________
1.76 U 0 = ε ij σ ij − U*0 .
1.77
I HR (u m ,u m,n , σ mn ) = ∫ (ε
Ω
ij )
σ ij − U*0 ( σij ) d Ω − ∫f
Ω
i ui d Ω − ∫t
Γt
i ui d Γ
δ I HR (u m , u m,n , σ mn ) = 0 =
⎛ ∂U* ⎞
= ∫ ⎜ δσ ij ε ij +σ ij δε ij − 0 δσ ij ⎟ dΩ − ∫ f i δu i dΩ − ∫ t i δu i d Γ =
⎜ ∂σ ij ⎟
Ω⎝ ⎠ Ω Γt
1.78 ⎛ ∂U* ⎞
= ∫ ⎜ ε ij − 0 ⎟δσ ij dΩ + ∫ σ ij δu i, j dΩ − ∫ f i δu i dΩ − ∫ t i δu i d Γ = .
⎜ ∂σ ij ⎟⎠
Ω⎝ Ω Ω Γt
⎛ ∂U* ⎞
( )
= ∫ ⎜ ε ij − 0 ⎟δσ ij dΩ − ∫ σ ij, j +f i δu i dΩ +
⎜ ∂σ ij ⎟⎠ ∫ (σ ij n j −t i )δu i dΓ + ∫ σ ij n j δu i dΓ
Ω⎝ Ω Γt Γu
∂ U*0
ε ij − =0 em Ω
∂σ ij
1.79 σ ij,j + f i = 0 em Ω
σ ij n j − t i = 0 em Γ t
δ ui = 0 ⇒ u i = ui em Γ u
___________________________________________________________________________
I HW (u m , σ mn , ε mn ) =
= ∫ U 0 (ε ij ) dΩ − ∫ σ ij ε ij dΩ + ∫ σ ij u i, j dΩ − ∫ f i u i dΩ − ∫ t i u i dΓ −
1.80 Ω Ω Ω Ω Γt
− ∫ (u i −u i )σ ij n j dΓ
Γu
.
Este funcional é função dos deslocamentos, das tensões e das deformações pelo que é
classificado como um funcional misto de três campos independentes. Isto significa que não se
verificam à priori nem as relações entre os deslocamentos e as deformações, nem as relações
constitutivas, entre as tensões e as deformações.
1.81 δ IHW = 0 .
I HW (u m , σ mn , ε mn )= 0 =
∂ U 0 (ε ij )
=∫
∂ε ij
( ) (
δεij dΩ − ∫ δσij εij +σij δεij dΩ + ∫ δσij u i, j +σij δu i, j dΩ − )
Ω Ω Ω
[
− ∫ f i δu i dΩ − ∫ t i δu i dΓ− ∫ σij n j δu i dΓ − ∫ (u i −u i )δσij n j dΓ= ]
1.82 Ω Γt Γu Γu
⎡ ∂ U 0 (εij ) ⎤
=∫ ⎢
⎡ 1
(
−σij ⎥δε ij dΩ− ∫ ⎢ε ij − u i, j +u j,i )⎤⎥δσijdΩ+ ∫ (σij n j −t i )δu i dΓ− .
Ω⎢⎣ ∂εij ⎥⎦ Ω⎣
2 ⎦ Γt
[ ] [
− ∫ σij, j +f i δu i dΩ − ∫ (u i −u i )δσij n j dΓ ]
Ω Γu
___________________________________________________________________________
∂ U0 (ε ij )
− σij = 0 em Ω ,
∂ε ij
1.83
ε ij −
1
2
( )
u i, j + u j, i = 0 em Ω,
σ ij, j + f i = 0 em Ω ,
σ ij n j − t i = 0 em Γ t ,
ui = ui em Γ u .
1.84 δ IH = δ
∫L
t1
dt = 0.
1
T ( t, u m ) =
2 Ω∫
1.86 ρ ui ui d Ω
Cálculo
Desenvolver Directo
Variacional
Equações diferenciais
Cálculo
Diferencial
Soluções Analíticas
___________________________________________________________________________
Aproximação da solução u
u = a i φi com i = 1, … , n
Minimização da
função Ortogonalização
relativamente aos do resíduo com
parâmetros ai funções de peso
Sistema de equações
algébricas
Soluções Aproximadas
___________________________________________________________________________
1.87 u˜ = a1 φ1 + a 2 φ2 + + a n φn = ∑a
i =1
i φi = ai φi = a T φ = φT a
sendo
ai - parâmetros a determinar;
φi = φi(xk) - funções conhecidas que obedecem pelo menos às condições de fronteira
essenciais nos métodos que estudaremos, genericamente designados por métodos de domínio;
n - número de funções usadas.
1.88 φ = α φ1 + β φ 2 com φ ∈ E
sendo α e β números reais. Neste espaço linear define-se um produto interno que se representa
por φ1 , φ 2 , ( para φ1 , φ2 ∈ E ) , e é definido por
1.89 φ1 ,φ 2 = ∫ φ1 . φ 2 dΩ
Ω
1.90 φ = φ, φ = ∫ φ2 d x
Ω
1.91 α 1 φ1 + α 2 φ 2 + + αn φ n = 0
c) - As funções φi devem formar um conjunto completo, isto é, se for dada uma função
admissível e arbitrária u0, é possível determinar um conjunto de constantes αi tal que
n
1.92 u0 − ∑ αi φi < β
i =1
___________________________________________________________________________
⎧0 se i ≠ j
1.93 φi ,φ j = ⎨
⎩1 se i = j
Num ponto de vista físico, as funções ideais devem ser soluções analíticas de problemas
semelhantes.
1.94
I(u, u x , u y , u z ,…) = ∫ F(x, y, z, u, u x , u y , u z , …) d Ω
Ω
1.95
I(u, u x , u y , u z ,…) = I(a i ) = ∫ F(a i ) d Ω i = 1,…,n
Ω
que é uma função dos parâmetros ai. Então, o funcional I(u) é estacionário se a correspondente
função aproximada I˜ (a ) o for, isto é, se
i
∂ ˜I(a i )
1.96 = 0 i, j = 1,…,n
∂ aj
1.97 Lu = p
___________________________________________________________________________
1.98 Lu − p ≠ 0
1.99 R (ai ) = L u − p
que é uma função dos parâmetros ai. Para reduzir ao longo do domínio o valor do resíduo,
pode impor-se que um certo número de integrais de erro ponderados de vários modos, se
anulem. Assim
1.100 ∫
Ω
R Ψ dΩ = 0
1.101 ∫ ( a i L φi − p ) φj d Ω = 0
Ω
ou
1.102 K a = Q
sendo
1.103
k ji = ∫ φ j L φi d Ω qj = ∫ q φj d Ω
Ω Ω
Na aplicação deste método é normal usar o Teorema de Green ou a integração por partes
como forma de obter igual ordem de diferenciação a actuar sobre as funções de aproximação e
as funções de peso.
___________________________________________________________________________
1.104 L (a1 Φ1 + a 2 Φ 2 ) = a1 L Φ1 + a 2 L Φ2
1.105 ∫Φ
Ω
1 L (Φ 2 ) dΩ = ∫ L(Φ ) Φ
Ω
1 2 dΩ + ∫… d Γ
Γ
Sistema de equações
algébricas
Soluções Numéricas
___________________________________________________________________________
O método dos elementos finitos tem, desde os anos sessenta, uma enorme importância
na resolução de equações de derivadas parciais ligadas a Engenharia e a outros ramos de
Ciência. As motivações para o seu crescente interesse têm a ver com as limitações dos
métodos alternativos:
- por um lado, a já referida dificuldade de impor condições de fronteira e modelar
geometrias complexas nos métodos numéricos directamente aplicados às equações
diferenciais, nomeadamente o método das diferenças finitas;
- por outro, no que respeita aos métodos aproximados referidos em 1.3.2, a dificuldade
em propor soluções aproximadas suficientemente próximas da solução esperada na totalidade
do domínio, não garante a qualidade da solução em problemas complexos.
O método dos elementos finitos pode ser visto como uma técnica geral para a obtenção
de soluções aproximadas de qualidade suficiente para garantir uma solução razoável através
da aplicação dos métodos aproximados. Para esse efeito o método subdivide o domínio em
"elementos" de tratamento mais simples, isto é, com geometria e características regulares, e
neles aproxima a solução através do uso de polinómios de grau relativamente reduzido (linear
ou quadrático na maioria das aplicações). A solução global é obtida pelo "somatório" das
soluções elementares.
___________________________________________________________________________
a E (Ñ) u + b = 0 em W
b u = u em G u
A1.1 c t = t em Gt
d t = E n ( )σ
E (∇ ) u
T
e ε =
em que
u = [u 1 u2 u3 ] T
u = [ u1 u2 u3 ]T
= [ t1 t3]
A1.2 T
t t2
b = [ b1 b2 b3 ]T
∂ ∂ ∂
∇ = i + j + k
∂ x1 ∂ x2 ∂ x3
n = i n1 + j n2 + k n3
A1.3 r = r1 i + r2 j + r3 k
r1 0 0 0 r3 r2
E ( r) = 0 r 2
A1.4 0 r3 0 r1
0 0 r3 r2 r1 0
___________________________________________________________________________
A1.5 σ = Aε ε = Bσ
com A = B-1.
Note-se que nestas expressões matriciais os tensores de 2ª ordem deram lugar a vectores e os
de 4ª ordem a matrizes. A relação entre os elementos das matrizes de constantes elásticas e dos
respectivos tensores de 4ª ordem são fáceis de obter, conforme se pode constatar no Aditamento 3.
A1.6 U0 ε ( )= 1 T
2
ε A ε
A1.7 U0 u ( )= 1 T
2
β A β
sendo
A1.8 β = [u 1,1 u 2,2 u3,3 (u1,2 + u2,1 ) (u 1,3 + u3,1 ) (u 2,3 + u3,2 )]T
Uma formulação mais conveniente pode ser obtida usando o operador diferencial E (Eq. 1 e)
que relaciona as deformações com os deslocamentos; assim, obtém-se:
A1.9 ( )=
U0 u
1 T
2
u E ∇ ( )A ( )u
ET ∇
A1.10 U∗0 σ( )= 1 T
2
σ B σ
___________________________________________________________________________
A2.1 σ ij = λ δij ε ll + 2 µ ε ij
E Eυ
µ= λ=
2 ( 1 + υ) ( 1 + υ ) ( 1 − 2 υ)
µ(3λ +2µ )
A2.2 λ
E= υ=
λ+µ 2(λ +µ )
A forma inversa da lei de Hooke generalizada para materiais homogéneos e isotrópicos pode-
se escrever
1 λ
A2.3 ε ij = σ ij − σ kk δij
2µ 2 µ ( 3 λ + 2 µ)
1+ υ υ
A2.4 ε ij = σij − σkk δ ij
E E
1
A2.6 E>0 0 <υ<
2
___________________________________________________________________________
u u1
A3.1 u = u i + v j + w k = v = u j i j = u 2
w u
3
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
∂ σx ∂ τ xy ∂ τ xz
+ + + bx = 0
∂x ∂y ∂z
∂ τ xy ∂ σy ∂ τ yz
A3.4 + + + by = 0
∂x ∂y ∂z
∂ τ xz ∂ τ yz ∂ σz
+ + + bz = 0
∂x ∂y ∂z
A3.5 sij,j + bi = 0 em W
A3.6 ()
E ∇ σ + b = 0 em Ω
σx
∂ ∂ ∂
∂x 0 0 0 σy
∂z ∂y bx 0
0 ∂ ∂ ∂ σz
0 0 τ + by = 0
∂y ∂z ∂x yz bz 0
∂ ∂ ∂
0 τ xz
0 0
∂z ∂y ∂x τ
A3.7 xy
σ
∂ ∂ ∂ 11
0 0 0 σ
∂ x1 ∂ x3 ∂x 2 22 b1 0
∂ ∂ ∂ σ33
0 0 0 + b2 = 0
∂x2 ∂x 3 ∂ x1 σ23 b3 0
0 ∂ ∂ ∂ σ
0 0 13
∂ x3 ∂x 2 ∂x1
σ12
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
∂u ∂v ∂u
εx = γ xy = +
∂x ∂x ∂y
∂v ∂w ∂u
A3.8 εy = γ xz = +
∂y ∂x ∂z
∂w ∂w ∂v
εz = γ yz = +
∂z ∂y ∂z
A3.9 ε ij =
1
2
( u i, j + u j,i )
A3.10 ε = ET ∇ ( )u
IV - Notação matricial (em forma explícita)
∂
∂ x 0 0
0 ∂
ε
x 0
∂y
ε
y
∂
0 0 u
εz ∂z
A3.11 a γ = ∂ ∂ v
yz 0 w
γ xz ∂z ∂y
γ ∂ 0
∂
xy ∂z ∂x
∂ ∂
0
∂ y ∂x
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
A3.13 σ ij = a ijkl ε kl
A3.14 σ = Aε
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
σ x = 2 µ εx +
υ
1− 2 υ
(ε x + ε y + εz
) τ yz = µ γ yz
A3.16 σ y = 2 µ εy +
υ
1− 2 υ
( ε x + ε y + εz
) τ xz = µ γ xz
σ z = 2 µ εz +
υ
1− 2υ
( εx + εy + εz
) τ xy = µ γ xy
A3.17 σ ij = λ δij ε ll + 2 µ ε ij
A3.18 σ = Aε
___________________________________________________________________________
2µ+λ λ λ 0 0 0
λ 2µ+λ λ 0 0 0
λ λ 2 µ+ λ 0 0 0
A3.19 A =
0 0 0 µ 0 0
0 0 0 0 µ 0
0 0 0 0 0 µ
σx 2 µ+ λ λ λ 0 0 0 εx
σy λ 2 µ +λ λ 0 0 0 εy
σz λ λ 2 µ +λ 0 0 0 εz
τ = γ
yz 0 0 0 µ 0 0 yz
τ xz 0 0 0 0 µ 0 γ xz
τ γ
xy 0 0 0 0 0 µ xy
A3.20
σ11 2µ + λ λ λ 0 0 0 ε11
σ λ 2µ+λ λ 0 0 0 ε
22
22
σ33 λ λ 2µ + λ 0 0 0 ε 33
=
σ 0 0 0 2µ 0 0 ε 23
23
σ13 0 0 0 0 2µ 0 ε
13
σ12 0 0 0 0 0 2µ ε12
I - Notação tradicional
___________________________________________________________________________
A3.22 ε ij = bijkl σ kl
A3.23 ε = Bσ
I - Notação tradicional
εx =
1
σx −
υ
(σ y + σz ) γ yz =
(
2 1+ υ )τ
E E yz
E
A3.25 εy =
1
σy −
υ
(σ x + σz ) γ xz =
(
2 1+ υ )τ
E E xz
E
εz =
1
σz −
υ
(σ x + σy ) γ xy =
(
2 1+υ )τ
E E xy
E
___________________________________________________________________________
1 λ
A3.26 ε ij = σ ij − σ δ
2µ 2 µ ( 3 λ + 2 µ) kk ij
1+ υ υ
A3.27 ε ij = σij − σkk δ ij
E E
A3.28 ε = Bσ
1 −υ −υ 0 0 0
−υ 1 −υ 0 0 0
−υ −υ 1 0 0 0
1
A3.29 B =
E 0 0 0 2 1+ υ ( ) 0 0
0 0 0 0 (
2 1+ υ ) 0
0 0 0 0 0 (
2 1+ υ )
IV - Notação matricial (em forma explícita)
εx 1 −υ −υ 0 0 0 σx
εy −υ 1 −υ 0 0 0 σy
εz 1 − υ −υ 1 0 0 0 σz
A3.30 a γ = τ
E 0 0 0 2 (1+ υ) 0 0
yz yz
γ xz 0 0 0 0 2 ( 1+ υ) 0 τ xz
γ τ
xy 0 0 0 0 0 2 (1+ υ) xy
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
A3.32 t i = σij n j
a) - Usando o operador E
A3.33 t =E n ( )σ
A3.34 t =σ n
___________________________________________________________________________
a) - Usando o operador E
σx
σy
tx cos (n, x) 0 0 0 cos (n,z ) cos (n, y )
σz
ty = 0 cos (n,y ) 0 cos (n,z ) 0 cos (n, x ) τ
t cos (n,z ) cos (n,y) cos ( n,x) yz
z 0 0 0
τ xz
τ
xy
σx
σy
tx nx 0 0 0 nz ny
σz
A3.35 ty = 0 ny 0 nz 0 nx τ
t 0 yz
z 0 nz ny n x 0 τ xz
τ
xy
σ11
σ
22
t1 n1 0 0 0 n3 n2
σ33
t2 = 0 n2 0 n3 0 n1
σ
t 0 0 n3 n2 n1 0 23
3 σ13
σ12
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
λ
( ) + µ (ε 2x + ε 2y + ε2z )+ µ2 (γ 2xy + γ 2xz + γ 2yz)
2
A3.37 U0 = ε + εy + ε z
2 x
U 0 (ε mn ) =
1
A3.38 a ε ε
2 ijkl ij kl
A3.39 U0 ε( )= 1 T
2
ε A ε
é 2m+l l l 0 ù ìïï e x üï
ú ïï ï
0 0
ê ï
ê l
ê 2m + l l 0 0 0 úú ïï ey ï ï
ï
ê ï ï
1é ùê l l 2m+l 0 0 0 úú ïï ez ï ï
U0 = e e e g g xz g xy í ý
2 ëê x y z yz ûú ê 0 m ú
0 ú ïï g yz ï
ê ï ï
0 0 0
ê 0 ï
m 0 úú ïï g xz ï
ê ïï ï
0 0 0
ê 0 ú ï
ï
êë m úû ïïg xy ï
îï ï
0 0 0 0
ï
þ
A3.40
é 2m + l l l 0 0 0 ùì ï e11 ü ï
ê úïï ï
ï
ê l 2m + l l 0 0 0 úï ï e ï
ï
ê úï 22
ï
ê l l 2m+l ï
0 0 0 úú ï e ï
ï
U0 =
1
[ e11 e22 e33 2e 23 2e 13 2 e12 ] êê ï ï
í ý
33
ú
m 0 0 úï
2 ê 0 0 0 ï 2 e 23 ï
ï
ê 0 ï ï
ê 0 0 0 m 0 úú ï
ï 2 e ï
ï
úïï ï
ï
13
ê ï
êë 0 0 0 0 0 m úûîï 12 ï
2 e ï
þ
___________________________________________________________________________
I - Notação tradicional
λ ∂u ∂v ∂w
2 ∂ u 2 ∂ v
2
∂ w 2
U0 = + + + µ + + +
2 ∂x ∂y ∂z ∂ x ∂ y ∂z
A3.41
µ ∂ w ∂ v 2 ∂ w ∂ u
2
∂ v ∂ u
2
+ + + + + +
2 ∂ y ∂ z ∂ x ∂ z ∂ x ∂ y
1
A3.42 U0 = a ijkl ui, j uk,l
2
A3.43 U0 u ( )= 1 T
2
u E ∇ ( )A E
T
(∇ ) u
IV - Notação matricial (em forma explícita)
∂ ∂ ∂
∂ x ∂ y
0 0 0
∂z
1 0 ∂ ∂ ∂
U0 = [u v w] 0 0 → (segue )
2 ∂y ∂z ∂ x
∂ ∂ ∂
0 0 0
∂z ∂y ∂x
∂
∂ x 0 0
0 ∂
A3.44
2 µ +λ λ λ 0 0 0 0
∂y
λ 2µ + λ λ 0 0
0
∂
0 0 u
λ λ 2µ + λ 0 0 0 ∂ z
∂ ∂ v
0 0 0 µ 0 0 w
0
0 0 0 0 µ 0 ∂z ∂ y
∂ ∂
0 0 0 0 0 µ ∂ z
0
∂ x
∂ ∂
0
∂ y ∂x
___________________________________________________________________________
é ¶ ¶ ¶ ùú
ê 0 0 0
ê ¶ x1 ¶ x3 ¶ x 2 úú
ê
ê ¶ ¶ ¶ úú
U0 =
1
[ u 1 u 2 u3 ] ê 0 ® (segue)
ê ¶ x2
0
¶ x3
0
¶ x1 úú
2 ê
ê ¶ ¶ ¶ ú
ê 0 0 úú
ê 0
¶ x3 ¶ x2 ¶ x1
êë úû
∂
∂x 0 0
1
A3.45 0 ∂
2 µ +λ λ λ 0 0 0 0
∂ x2
λ 0
2µ + λ λ 0 0 ∂
0 0 u1
λ λ 2µ + λ 0 0 0 ∂ x3
∂ ∂ u2
0 0 0 µ 0 0 0 u
0 0 0 0 µ 0 ∂ x3 ∂ x2 3
∂ ∂
0 0 µ ∂ x 0
∂ x1
0 0 0
3
∂ ∂
0
∂ x ∂ x1
2
I - Notação tradicional
υ
A3.46 U*0 = − (
σ + σy + σz
2E x
)2 + 12+Eυ (σ 2x + σ2y + σ2z ) + 1 +E υ (σ 2xy + σ2xz + σ2yz )
II - Notação indicial (índices = 1,2,3)
U*0 (σ mn ) =
1
A3.47 b σ σ
2 ijkl ij kl
A3.48 U
∗
0 (σ ) = 1 T
2
σ B σ
___________________________________________________________________________
A3.49
1 −υ −υ 0 0 0 σx
−υ 1 −υ 0 0 0 σy
−υ −υ 1 0 σz
[ ]
1 0 0
U *0 = σx σy σz τyz τxz τ xy
2E 0 0 0 2 (1 + υ) 0 0 τyz
0 0 0 0 2 (1 + υ ) 0 τxz
0 0 0 0 0 2 (1+ υ) τ xy
1 − υ −υ 0 0 0 σ11
−υ 1 −υ 0 0 0 σ22
1 −υ − υ 1 0 0 0 σ33
U *0 = [σ11 σ 22 σ33 σ 23 σ13 σ12 ]
0 2 ( 1+ υ)
0 σ 23
2E 0 0 0
0 0 0 0 2 (1 + υ) 0 σ13
0 0 0 0 0 2 (1 + υ) σ12
___________________________________________________________________________
2.1.1 - Introdução
O O´
P P´ x,u
z,
w
2.1 u1 = u(x) u2 = 0 u3 = 0
2.2 ε ij =
1
2
( u i, j + u j,i )
obtém-se o tensor de deformações da barra que se reduz a
du
2.3 ε11 = ε12 = ε13 = ε 22 = ε 23 = ε33 = 0
dx
___________________________________________________________________________
2.4 σ ij = λ δij ε + 2 µ ε ij
E Eυ
2.5 µ = λ =
2 ( 1 + υ) ( 1 + υ) ( 1 − 2 υ )
obtém-se
E (1 − υ )
σ11 = ε
( 1 + υ ) ( 1 − 2 υ ) 11
Eυ
2.6 σ 22 = σ33 = ε
( 1 + υ ) ( 1 − 2 υ ) 11
σ12 = σ13 = σ 23 = 0
q(x)
x
dσ
σ σ+ dx
dx
d
___________________________________________________________________________
Vamos estabelecer as equações de equilíbrio das forças segundo o eixo dos xx.
⎛ dσ ⎞
2.8 − σ A + q(x) A d x + ⎜ σ + dx ⎟ A = 0
⎝ dx ⎠
d ⎛ du ⎞
2.9 ⎜ EA ⎟ + p(x) = 0
dx ⎝ dx ⎠
⎡ d ⎛ du ⎞ ⎤
2.10 ∫0 ⎣ d x ⎝
⎢ ⎜ E A ⎟
dx ⎠
+ p(x) ⎥ v(x) d x = 0
⎦
⎡ du ⎤ du dv
2.11 ⎢E A d x v⎥ − ∫ E A d x + ∫ p(x) v(x) d x = 0
⎣ ⎦0 0 dx dx 0
Atendendo à definição da tensão σ11, o termo na fronteira pode ser escrito como segue:
⎡ du ⎤ d dv
2.12 ⎢ E A d x v ⎥ = [ P v ]0 = ∫ d x ( P v ) d x = ∫P dx
⎣ ⎦0 0 0
dx
du dv dv
2.13 ∫ EA
0
dx dx
d x − ∫ p(x) v(x) d x − ∫ P
0 0
dx
dx = 0
___________________________________________________________________________
1
2.14 Π = U + P =
2 ∫σ
Ω
ij εij d Ω − ∫
Ω
bi u i d Ω −
Γt
∫ ti u i d Γ
que pode ser particularizada para o caso de barras introduzindo as expressões 1, 3 e 7. Assim,
a expressão da energia de deformação elástica U é dada por
1 1
U = ∫σ εij d Ω = ∫ E ε11 dΩ
2
2.15 ij
2 Ω
2 Ω
2
1 ⎛ du ⎞
2.16 U =
2 ∫
0
EA⎜ ⎟ dx
⎝ dx ⎠
em que q(x) é a carga volúmica exercida e p(x) uma carga por unidade de comprimento
equivalente à anterior, que se supõe estar a ser exercida sobre o eixo dos xx.
2.18 u ax = u( ) − u(0)
du
2.19 PS = − ∫ ti u i d Γ = − P u ax = − [ P u ]0 = − ∫P dx
Γt 0
dx
___________________________________________________________________________
Concluindo, a energia potencial total para uma barra carregada axialmente com uma
carga volúmica q(x) (ou, de forma equivalente, uma carga por unidade de comprimento p(x))
e por uma carga P, é dada por
2
1 ⎛ du ⎞ du
2.20 Π =
2 ∫
0
EA⎜ ⎟ dx −
⎝ dx ⎠
∫
0
p u dx − ∫0
P
dx
dx
A formulação variacional para o problema das barras, pode agora ser estabelecida
mediante a aplicação do Princípio da Energia Potencial Total Mínima, isto é,
2.21 δΠ = 0
∫ σij εij ( v m ) d Ω − ∫ bi vi d Ω − ∫ ti vi d Γ = 0
2.22
Ω Ω Γt
que pode ser particularizada para o caso de barras definindo um campo de deslocamentos
virtuais idêntico ao real (Eq.1) e nulo na parte da fronteira em que o deslocamento real é
conhecido e um tensor de deformações virtual (aplicando as Eq.2 ao campo de deslocamentos
virtual) e usando a expressão das tensões (Eq 7). Assim, o trabalho virtual interno é dado por
du dv
2.23 Wint = ∫ σij εij ( v m ) d Ω = ∫ E dΩ
Ω Ω
dx dx
du dv
2.24 Wint = ∫ EA
dx dx
dx
0
()
= − ∫ bi vi d Ω = − ∫ q( x ) A v( x ) d x = − ∫ p( x ) v( x ) d x
1
2.25 Wext
Ω 0 0
___________________________________________________________________________
em que q(x) é a carga volúmica exercida e p(x) uma carga por unidade de comprimento
equivalente à anterior, que se supõe estar a ser exercida sobre o eixo dos xx.
Então, o trabalho virtual externo resultante deste deslocamento e provocado pela força P
pode ser expresso na forma
( ) dv
2.27
2
Wext = − ∫ ti vi d Γ = − P vax = − [ P v ]0 = − ∫ P dx
Γt 0
dx
du dv dv
2.28 ∫ EA
dx dx
dx − ∫ p v dx − ∫ P
dx
dx = 0
0 0 0
⎛ du ⎞ ⎛ du ⎞ ⎛ du ⎞
2.29 δΠ = ∫ E A ⎜⎝ ⎟ δ⎜ ⎟ dx −
dx ⎠ ⎝ dx ⎠ ∫ p δu dx − ∫P δ⎜ ⎟ dx = 0
⎝ dx ⎠
0 0 0
___________________________________________________________________________
⎡⎛ du ⎞ ⎤ ⎡ d ⎛ du ⎞ ⎤
2.30 δ Π = ⎢ ⎜E A
⎣⎝ dx
− P ⎟ δu ⎥ −
⎠ ⎦0
∫ ⎢ ⎜E A
⎣ dx⎝ dx
− P ⎟ + p ⎥ δu dx = 0
⎠ ⎦
0
d ⎛ du ⎞
2.31 ⎜ EA ⎟ + p(x) = 0
dx ⎝ dx ⎠
du
2.32 EA = P em x = 0 e em x = .
dx
2.33 δu = 0 ⇒ u = u em x = 0 e em x = .
2.34 δu = 0 ⇒ u = 0 em x = 0 e em x = .
⎡ ⎛ du ⎞ ⎤ ⎡ d ⎛ du ⎞ ⎤
2.35 ⎢
⎣
⎜E A
⎝ dx
−P ⎟ v ⎥ −
⎠ ⎦0
∫ ⎢ ⎜E A
⎣ dx⎝ dx
− P ⎟ + p ⎥ v dx = 0
⎠ ⎦
0
___________________________________________________________________________
d ⎛ du ⎞
2.36 ⎜ EA ⎟ + p(x) = 0
dx ⎝ dx ⎠
du
2.37 EA = P em x = 0 e em x = .
dx
2.38 v = 0 ⇒ u=u em x = 0 e em x = .
2.39 v = 0 ⇒ u=0 em x = 0 e em x = .
p0 C1
2.40 u (x ) = − x2 + x + C2
2EA EA
u=0 em x = 0 ⇒ C 2 = 0
2.41 du
EA = P em x = ⇒ C1 = P + p 0
dx
___________________________________________________________________________
2.42 u (x ) =
p0
2EA
(2 x − x2 )+ P
EA
x
du p P + p0 du p P + p0
2.43 ε= = − 0 x + σ=E = − 0 x +
dx EA EA dx A A
Estudemos dois casos tipo, para comparação com resultados futuros. Para as condições
de fronteira enunciadas e supondo:
P P P
2.44 u MAX = ε= σ=
EA EA A
p0 2 p0 ( − x ) p0 ( − x )
2.45 u MAX = ε= σ=
2EA EA A
2.46 u = a1 Φ1 + a 2 Φ 2 + … + a n Φ n = a i Φ i = aT Φ = Φ T a
___________________________________________________________________________
2
1 ⎛ du ⎞ du
Π =
2 ∫ EA⎜ ⎟ dx −
⎝ dx ⎠
∫ pu dx − ∫P dx
dx =
0 0 0
1 T
2.47 = ∫ E A Φx Φx d x a − aT ∫ pΦ d x − aT ∫P Φx d x =
T
a
2 0 0 0
1 T
= a K a − aT Q
2
∂Π
2.49 δΠ = 0 ⇒ = 0 ⇒ K a = Q
∂a
d ⎛ d u˜ ⎞ d ⎛ d ˜u ⎞
2.50 ⎜ EA ⎟ ≠ − p(x) ⇒ R = ⎜ EA ⎟ + p(x)
dx ⎝ dx ⎠ dx ⎝ dx ⎠
___________________________________________________________________________
d ⎛ du ⎞
2.51 ∫
0
R Φ dx =0 ⇔ ∫
0
⎜ EA
dx ⎝
⎟ Φ d x + ∫ p(x) Φ d x = 0
dx ⎠ 0
dΦ du ⎡ du ⎤
∫ EA
dx dx
dx − ∫ p( x ) Φ d x − ⎢ E A
⎣ dx
Φ⎥ = 0 ⇔
⎦0
0 0
2.52
dΦ du dΦ
⇔ ∫ EA
dx dx
dx − ∫ p( x ) Φ d x − ∫P dx
dx = 0
0 0 0
A expressão obtida é igual à que se teria obtido substituindo no Princípio dos Trabalhos
Virtuais a função u pela função aproximada u = Φ a e a função v pelo vector de funções de
T
2.53 ∫ EA Φx ΦxT d x a − ∫ p( x ) Φ dx − ∫P Φx d x = 0
0 0 0
2.54 K a − Q = 0
2.55 k ij = ∫ EA Φ i x Φ jx d x qi = ∫ p Φi d x + ∫ P Φix d x
0 0 0
___________________________________________________________________________
2
x u
p MAX
DESLOCAMENTO AXIAL E A
− 2
P x
+
p A
= E P x
˜2 2
=u +
u p A
2E
=
u˜ 1
0
COMPRIMENTO DA BARRA
Em condições de carregamento ou geometria complexa pode não ser simples obter uma
função de qualidade suficiente para garantir bons resultados com a aplicação dos métodos
aproximados. Nessas condições, o método dos elementos finitos surge como uma alternativa
válida para a resolução do problema.
___________________________________________________________________________
u1( ) u (2 )
e e
x1( ) E( ) , A( ) , (e)
x (2 )
e e e e
x
Como consequência da acção do carregamento segundo o eixo dos xx a que a barra está
sujeita, cada um desses pontos nodais sofre um deslocamento axial que designaremos por u1(e )
e por u (2e ) e que constituem os graus de liberdade do elemento.
___________________________________________________________________________
Assim:
⎧1 ⎫ ⎧a ⎫
2.56 u (e) = a1 + a 2 x = aT Φ = [ a1 a 2 ] ⎨ ⎬ = ΦT a = [1 x ] ⎨ 1 ⎬
⎩x ⎭ ⎩a 2 ⎭
em que x1 ≤ x ≤ x 2 . Para que esta solução seja admissível deve verificar as condições
(e) (e)
u˜ (e ) = u1(e ) = a 1 + a 2 x1(e ) ⎫
x = x ( e)
1 ⎪ ⎧u1(e ) ⎫ ⎡1 x1(e ) ⎤ ⎧ a1 ⎫
2.57 ⎬ ⇒ ⎨ (e ) ⎬ = ⎢ (e ) ⎥ ⎨ ⎬ ⇒ u( e) = C a
u˜ (e ) = u 2 = a1 + a2 x 2 ⎪
(e ) (e ) ⎩u 2 ⎭ ⎣1 x 2 ⎦ ⎩a 2 ⎭
x = x 2( e) ⎭
T
u (e) = ΦT a = ΦT C −1 u(e) = N (e) u(e) =
⎡ x (e) − x1(e) ⎤ ⎧⎪ u1 ⎫⎪ ⎡ (e) ⎧⎪u1(e) ⎫⎪
(e)
2.59 ⎧a ⎫ 1
= [1 x ] ⎨ 1 ⎬ = (e) [1 x ] ⎢ 2 ⎥⎨ ⎬ = ⎣ N1 N (e) ⎤
2 ⎦ ⎨ (e) ⎬
⎩a 2 ⎭ ⎣ −1 1 ⎦ ⎩⎪ u (e)2 ⎭ ⎪ ⎩⎪u 2 ⎭⎪
em que N1(e ) e N(2e) são designadas por funções de forma, sendo dadas pelas expressões
2 −x
x (e) x − x1(e)
2.60 N1(e) = (e) 2 =
N (e) (e)
1 1
___________________________________________________________________________
(e) (e)
(e) ⎞ 2
(e) ⎛ d u
x2 x2
(e) (e)
p( ) u ( ) d x =
1
Π = ∫( ) ⎟ dx − ∫( )
e e
E A ⎜
2 ⎜ dx ⎟
x1
e ⎝ ⎠ x1
e
(e)
x2 x2
(e)
1 ( e )T
E( ) A( ) Ν (x ) Ν (x ) d x u( ) − u ( e )T
p( ) Ν (x ) d x =
2.61 T
= ∫( ) ∫( )
e e e e e e e
u
2 e e
x1 x1
1 ( e )T ( e ) ( e )
K u − u( ) Q( )
e T
=
e
u
2
(e)
x2 x2
( e)
k ij( ) ∫( ) E
(e) (e)
Ni( ) N(j ) q(i ) ∫( ) p( ) N(i ) d x
e e e e e
= =
e
2.62 A dx
x x
e e
x1 x1
___________________________________________________________________________
∂ Π( )
e
δΠ = 0 ⇒ = 0 ⇒ K ( ) u( ) = Q( )
e e e
2.63 (e)
∂u
x(2e ) x(2e )
d u ( e ) d N( e )
0= ∫ E ( e ) A( e )
dx dx
dx − ∫ p( e ) N( e ) d x =
x1( e ) x1( e )
= K ( e ) u( e ) − Q( e )
k(ije) = ∫E ∫p
(e )
2.65 A( e ) N(i ex) N(j ex) dx q (i e ) = ( e)
N(i e ) d x
x ( e) x (e )
1 1
( e) E
(e )
A
(e)
⎡ 1 − 1⎤ (e ) p(0e) ( e)
⎧1⎫
2.66 K = ⎢− 1 1 ⎥ Q = ⎨⎬
(e )
⎣ ⎦ 2 ⎩1⎭
___________________________________________________________________________
2.4.2.1 - Discretização
___________________________________________________________________________
Nesta fase deverá ser calculada a matriz de rigidez K(e) e o vector de cargas Q(e) para
todos os elementos considerados na discretização. Para esse efeito consideram-se as Eqs. 62.
A energia potencial aproximada da barra considerada globalmente pode ser vista como o
somatório das contribuições individuais dos diversos elementos. Para simplificar
continuaremos a não considerar as cargas concentradas que serão introduzidas posteriormente.
Assim, temos:
m m
⎡1 ⎤
∑ ∑ ⎢⎣ 2
T T
ΠG = Π (e) = u (e) K (e) u (e) − u(e) Q(e) ⎥ =
e =1 e =1 ⎦
2.67
1 GET GE GE T
= u K u − u GE QGE
2
em que as matrizes e vectores envolvidos são designados por globais por elemento sendo:
∂Π
2.69 δΠ = 0 ⇒ δ u GE = 0 ⇒ K GE u GE = Q GE
∂u GE
2.70 0= ∑ ⎡ K ( e ) u( e ) − Q( e ) ⎤ = K GE u GE − Q GE
⎣ ⎦
e =1
___________________________________________________________________________
G G G
u e −1 ue u e +1
___________________________________________________________________________
Os números que estão no interior da tabela são a numeração global reduzida ou efectiva
dos graus de liberdade. Assim, por exemplo, o grau de liberdade efectivo 2 é o 2º grau de
liberdade do elemento 3 e o 1º grau de liberdade do elemento 4.
A partir desta tabela é possível obter o vector de cargas global e a matriz de rigidez
global, através do seguinte procedimento:
q1 = q(2 ) + q1( )
1 2
q 2 = q(2 ) + q1( )
3 4
2.72
Estas equações expressam que as cargas em cada ponto nodal são a soma da
contribuição do elemento anterior ao nó com o elemento posterior, conforme resulta da
análise da Fig. 7.
(e (e+1
(e (e+1) (e+2
Fig. 7 - Barra - correlação das cargas a nível global com as cargas a nível dos elementos.
2.73
k 22 = k (22) + k11
( ) ( ) k 24 = k 42 = 0
3 4
k 23 = k 32 = k12
4
As cargas concentradas são agora introduzidas a nível global. Para o efeito consideram-
se as cargas concentradas que actuam sobre pontos nodais com possibilidade de se
deslocarem, atribuindo-lhe um sinal positivo se a carga actua no sentido positivo do
deslocamento e negativo no caso contrário.
___________________________________________________________________________
Finalmente obtém-se:
2.74 Ku = Q+F
O sistema 74 deve agora ser resolvido para se obter o vector de deslocamentos nodais.
(e)T (e)
⎧⎪u1(e) ⎫⎪
2.75 u = u (e)
= N u = ⎡⎣ N1(e) N (e)
2 ⎦
⎤ ⎨ (e) ⎬ para x1(e) ≤ x ≤ x (e)
2
⎪⎩u 2 ⎪⎭
A deformação a nível global é obtida por derivação da expressão anterior (Eq. 3).
du d u (e) T ⎧⎪u1(e) ⎫⎪
ε= = = N (e)
x u
(e)
= ⎡ N1(e) N (e) ⎤ ⎨ (e) ⎬ para x1(e) ≤ x ≤ x (e)
2.76 ⎣ x 2x ⎦ 2
dx dx ⎩⎪u 2 ⎭⎪
A tensão a nível global é obtida por aplicação da lei constitutiva (ver Eq.7).
d u( )
e
2.77 σ = Eε=E para x1(e) ≤ x ≤ x (e)
2
dx
A comparação da solução analítica (Eq. 42) com as obtidas com modelos com 1, 2 e 3
elementos, para uma barra fixa-livre com carregamento distribuído uniforme e carga
concentrada na extremidade livre, pode ver-se na figura seguinte.
___________________________________________________________________________
0 2
3 2 3
Fig. 8 - Barra "fixa-livre": comparação de resultados.
___________________________________________________________________________
Tal como anteriormente, considera-se que cada elemento tem propriedades elásticas,
área de secção transversal e carregamento distribuído constantes com x. Uma vez que:
- vamos usar uma aproximação da solução com um grau de polinómio superior,
- na aproximação da solução se torna necessário relacionar as constantes do
polinómio com os graus de liberdade do elemento e
- os graus de liberdade da barra são os deslocamentos axiais dos pontos nodais,
fácil é concluir que às três constantes de um polinómio completo de 2º grau devem
corresponder três graus de liberdade e, como tal, três pontos nodais.
u1(e ) u (e
2
)
u (e
3
)
Como consequência da acção do carregamento a que a barra está sujeita, cada um desses
pontos nodais sofre um deslocamento axial que designaremos por u1(e ) , u 2 e por u 3 e que
(e) (e)
⎧1⎫ ⎧ a1 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
2.78 u (e)
= a1 + a 2 x + a 3 x 2
= a Φ = [ a1 a1
T
a1 ] ⎨ x ⎬ = Φ a = ⎡⎣1 x x ⎤⎦ ⎨a 2 ⎬
T 2
⎪ 2⎪ ⎪a ⎪
⎩x ⎭ ⎩ 3⎭
___________________________________________________________________________
em que x1 ≤ x ≤ x 3 . Para que esta solução seja admissível deve verificar as condições
(e) (e)
T
2.80 u (e) = ΦT a = ΦT C −1 u (e) = N (e) u (e)
T
em que N (e) é um vector (transposto) de funções de forma (polinómios de Lagrange de 2º
grau) que são dadas pelas expressões
(e)
3 ( x − x( ) )
j
e
( x − x( ) ) ( x − x( ) )
2
e
3
e
N1 = ∏ =
j( ≠1) = 1 ( x
1
e( )
− x ( )
j
e
) ( x( ) − x( ) ) ( x( ) − x( ) )
1
e
2
e
1
e
3
e
( e)
3 ( x − x( ) ) = ( x − x( ) ) ( x − x( ) )
j
e
1
e
3
e
N2 = ∏
( x( ) − x( ) ) ( x( ) − x( ) ) ( x( ) − x( ) )
2.81 e e e e e e
j( ≠ 2 ) = 1 2 j 2 1 2 3
( e)
3 ( x − x( ) ) = ( x − x( ) ) ( x − x( ) )
j
e
1
e
2
e
N3 = ∏
j( ≠ 3) = 1 ( x( ) − x( ) ) ( x( ) − x( ) ) ( x( ) − x( ) )
3
e
j
e
3
e
1
e
3
e
2
e
1 1 1
x1(
e)
x (m ) x (2 ) x1(e ) x (m ) x (2 ) x1(e ) x (m ) x (2 )
e e e e e e
___________________________________________________________________________
x(3e ) x(3e )
d u ( e ) d N( e )
0= ∫ E dx − ∫ p( e ) N( e ) d x =
(e)
A( e )
dx dx
x1 e( ) ( )
x1 e
( )
x1 e ( )
x1 e
= K ( e ) u( e ) − Q( e )
x 3(e) x 3(e)
⎡ 7 −8 1 ⎤ ⎧1 ⎫
E (e) A (e) ⎢ p(e) (e)
⎪ ⎪
2.84 K (e)
= (e) ⎢ −8 16 −8⎥⎥ Q (e)
= 0 ⎨4 ⎬
3 6 ⎪1 ⎪
⎢⎣ 1 −8 7 ⎥⎦ ⎩ ⎭
___________________________________________________________________________
Sistema de
coordenadas u (e) = C a a = C−1 u(e)
⎧u ( e ) ⎫ ⎡1 x1 x12 ⎤ ⎧a 0 ⎫
⎪ 1 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎥⎪ ⎪
Global ⎨u 2 ⎬ = ⎢1 x2 x 22 ⎥ ⎨ a1 ⎬ -
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎥⎪ ⎪
⎪⎩u 3 ⎪⎭ ⎢⎣1 x3 x 32 ⎥⎦ ⎩a 2 ⎭
⎡1 0 0 ⎤
⎧u ( e ) ⎫ ⎢ ⎥ ⎡ 1 0 0 ⎤ ⎧u1( ) ⎫
e
⎪ ⎪ ( e )2 ⎥ ⎧ a 0 ⎫ ⎧ a 0 ⎫ ⎪ ⎪
1
(e)
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎪ ⎪⎪ ⎪ 1 ⎢ e ⎥⎪ e ⎪
⎨ 2 ⎬ = ⎢1 ⎥ ⎨ a1 ⎬ ⎨ a1 ⎬ = e 2 ⎢ −3
(e)
4 () − ( ) ⎥ ⎨u (2 ) ⎬
e
Local u
2 4 ⎥⎪ ⎪⎪ ⎪ ( ) ⎢
⎪ (e) ⎪ ⎢
⎩ a 2 ⎭ ⎩a 2 ⎭ 2 −4 2 ⎥⎥ ⎪u ( e ) ⎪
⎪⎩u 3 ⎪⎭ ⎢ (e) (e) ⎥2
⎣⎢ ⎦ ⎪⎩ 3 ⎭⎪
⎢⎣1 ⎥⎦
⎧u ( e ) ⎫ ⎧ (e) ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎡1 0 0 ⎤ ⎧a 0 ⎫ ⎧a 0 ⎫ ⎡ 1 0 0 ⎤ ⎪u1 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎥⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎢ ⎥ ⎪ (e) ⎪
Natural (ξ) ⎨u 2 ⎬ = ⎢1 0,5 0, 25⎥ ⎨ a1 ⎬ ⎨ a1 ⎬ = ⎢ −3 4 −1⎥ ⎨u 2 ⎬
⎪ ( e ) ⎪ ⎢1 1 1 ⎥⎦ ⎩⎪a 2 ⎭⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎪⎩u 3 ⎪⎭ ⎣ ⎩a 2 ⎭ ⎣⎢ 2 −4 2 ⎦⎥ ⎪u 3( e ) ⎪
⎩ ⎭
⎧u ( e ) ⎫ ⎧ (e) ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎡1 −1 1 ⎤ ⎧a 0 ⎫ ⎧a 0 ⎫ ⎡ 0 1 0 ⎤ ⎪u1 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎥⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎢ ⎥ ⎪ (e) ⎪
Natural (η) ⎨u 2 ⎬ = ⎢1 0 0 ⎥ ⎨ a1 ⎬ ⎨ a1 ⎬ = ⎢ −0,5 0 0,5⎥ ⎨u 2 ⎬
⎪ ( e ) ⎪ ⎢1 1 1 ⎥ ⎪a ⎪ ⎪a ⎪ ⎢ 0,5 −1 0,5⎥ ⎪ ( e ) ⎪
⎪⎩u 3 ⎪⎭ ⎣ ⎦ ⎩ 2⎭ ⎩ 2⎭ ⎣ ⎦ ⎪u 3 ⎪
⎩ ⎭
___________________________________________________________________________
Sistema de
N1( ) N(2 ) N(3 )
e e e
coordenadas
x2 x ⎛ x ⎞ x ⎛ x ⎞
N1( ) = 1 − 3 e + 2 N(2 ) = 4 e ⎜1 − e ⎟ N(3 ) =
e x e e
2 e − 1⎟
Local ( ) ( ) 2 ( ) ( ) (e) ⎜ ( )
e ⎝ ⎠ ⎝ ⎠
η η
N1( ) = ( η − 1) N(2 ) = 1 − η2 N3( ) = ( η + 1)
e e
Natural (η) e
2 2
k ij( )
Sistema de
qi( )
e e
coordenadas
(e) (e)
q i(e) = ∫ = ∫
(e)
Local p Ni(e) dx k ij(e) E (e) A (e) Ni(e) N (e)
j dx
x x
0 0
1 1
E (e) A (e)
qi(e) = ∫p dξ = ∫ dξ
(e) (e)
Natural (ξ) Ni(e) k ij(e) Ni(e) N (e)
j
(e) ξ ξ
0 0
1 1
p(e) (e) (e) 2 E (e) A (e)
Natural (η) qi(e) = ∫ 2
Ni d η k ij(e) = ∫ (e)
Ni(e) N (e)
η j dη
η
−1 −1
1 p
2.85 ∫ f ( η) d η = ∑ f ( ηi ) w i
−1 i =1
___________________________________________________________________________
conclui-se que nos devemos servir das expressões do elemento em coordenadas naturais (η).
Então temos:
1 1
2 E (e) A (e) 2 E (e) A (e)
= ∫ dη = ∫ f ( η) dη
(e)
2.86 k12 N1(e) N (e)
2η
(e) η (e)
−1 −1
com
η
N1( ) = ( η − 1) ⇒ N1( ) = η − N (2 ) = 1 − η2 ⇒ N (2 ) = − 2 η
e e 1 e e
2.87 η η
2 2
1 1
∫ f ( η) dη = ∫ (η − 2 η ) dη
2
2.88
−1 −1
Como se trata de um polinómio de 2º grau (n=2) conclui-se que são necessários dois
pontos de Gauss (n < 2 p – 1) para fazer a integração numérica. Consultando a Tabela que
nos dá as coordenadas dos pontos e respectivos pesos (Anexo 2.1) temos:
Substituindo, obtém-se:
1 1
∫ f ( η) d η = ∫ (η − 2 η ) ( ) (
d η = η1 − 2 η12 w1 + η2 − 2 η22 w 2 = − 1,3333333325 )
2
2.89
−1 −1
___________________________________________________________________________
u1(e )
u (2e ) x
e)
u1(
e)
α(
e
u (3 )
y e
u (4 ) e
u(2 )
___________________________________________________________________________
⎧u ( e ) ⎫ ⎧ ( )⎫
0 0 ⎤ ⎧ u1( ) ⎫ ⎧u ( e) ⎫ ⎡ C
e
⎪ 1 ⎪ ⎡C −S 0 ⎤ ⎪u1 ⎪
e
S 0
⎪ ⎪ ⎪ 1 ⎪ ⎢
⎪⎪u (2e ) ⎪⎪ ⎢ S C ⎥
0 0 ⎥⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ −S C 0 0 ⎥⎥ ⎪⎪u (2 ) ⎪⎪
e
⎧u ( e ) ⎫ ⎧u ( e ) ⎫
⎪ 1
⎪ ⎡ C 0 ⎤ ⎪ 1 ⎪
( ) ⎢ ⎥
⎪⎪u 2 ⎪⎪ S 0 ⎪⎧ u1 ⎪⎫ ( ) ( ) ( e)
⎪⎧ u1 ⎪⎫ ⎡ C S 0 0 ⎤ ⎪⎪u 2 ⎪⎪
e e e
u ( ) = ΤT u ( ) ⇒ u ( ) = Τ u ( )
2.93 e e e e
Esta equação é extensiva a outros vectores aplicados nos pontos nodais e com projecção
não nula apenas sobre o eixo da barra. Em particular é aplicável ao vector de cargas
distribuídas, isto é:
⎧q ( e ) ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎡C 0 ⎤
⎪⎪q (2e ) ⎪⎪ ⎢ S 0 ⎥ ⎪⎧ q1( e ) ⎪⎫
⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎥⎨ ⇔ Q ( ) = TT Q( )
e e
2.94 ( e) ⎬
⎪q 3 ⎪ ⎢ 0 C ⎥ ⎪⎩ q2 ⎪⎭
⎢
⎪ (e) ⎪ ⎣ 0 S ⎦ ⎥
⎪⎩q 4 ⎪⎭
___________________________________________________________________________
Por razões físicas, é óbvio que a rotação de corpo rígido introduzida na barra não lhe
altera a capacidade de resistir axialmente às cargas aplicadas pelo que se conclui que as
matrizes de rigidez e o vector de cargas distribuídas não se alteram. Sobrepondo um traço às
quantidades envolvidas que se referem ao sistema local, isto é, ao sistema em que o eixo da
barra coincide com o eixo x (Fig. 17), conclui-se que o Princípio do Trabalho Virtual
aplicado ao elemento é dado por
em que
E ( e) A( e) ⎡ 1 − 1⎤ p(e ⎧1⎫
) (e )
(e) (e)
2.96 K = ⎢− 1 1 ⎥ Q = 0
⎨ ⎬
(e)
⎣ ⎦ 2 ⎩1⎭
Substituindo o vector dos deslocamentos segundo o eixo da barra (Eq. 89) e pré-
multiplicando a equação por TT, obtém-se:
K (e) u (e) = Q (e) ⇔ T(e) K (e) T(e) u (e) = T(e) Q (e) ⇔ K (e) u (e) = Q (e)
T T
2.96
em que a matriz de rigidez e o vector de cargas distribuídas do EB2GLR são dados por
⎡ C2 S C − C2 − S C ⎤ ⎧C ⎫
⎢ ⎥ ⎪S ⎪
E (e) A (e) ⎢ SC S2 − S C − S2 ⎥ p(e) (e)
⎪ ⎪
2.98 K (e) = (e) ⎢ ⎥ Q(e) = 0
⎨ ⎬
⎢− C − S C C2
2
SC ⎥ 2 ⎪C ⎪
⎢ − S C − S2 ⎪⎩ S ⎪⎭
⎣ SC S2 ⎥⎦
___________________________________________________________________________
No caso do cálculo analítico dos integrais ser particularmente complexo pode haver
vantagem em os calcular numericamente. De notar que, para os elementos finitos em que
estamos interessados no momento, a necessidade desse cálculo ser feito numericamente não
se põe, dada a simplicidade das equações envolvidas.
1 p
A1.1 ∫ f ( η) d η = ∑ f ( ηi ) w i
−1 i =1
em que ηi são designados por pontos de Gauss e os wi são os correspondentes pesos que estão
tabelados na Tab. A1.1.
A1.2 n ≤ 2 p −1
___________________________________________________________________________
O cálculo dos integrais necessários para a obtenção das matrizes de rigidez e vector de
forças pode, em certos casos mais gerais, tornar-se complicado ou mesmo impossível
analiticamente. Nessas condições a transformação de variável de integração pode simplificar
o cálculo ou reduzir o integral a uma expressão simples de tratar por métodos de integração
numérica. Num ponto de vista físico, essa mudança da variável de integração pode ser vista
como a utilização de um sistema local de coordenadas, isto é, um sistema associado a cada
elemento.
x2 X2
d g(X)
A2.1 ∫ f (x) dx = ∫ f [g(X)] dX
dX
x1 X1
___________________________________________________________________________
0 A
0 x1(e ) (e) x (e ) x
2
O sistema de eixos assim obtido é designado por coordenadas locais. Atendendo a que
d g(x) d
dx
=
dx
(
x1(e) + x = 1 ) x1 = h(x1(e) ) = x1(e) − x1(e) = 0
A2.5 d h(x) d
dx
=
dx
(
x − x1(e) = 1 ) x 2 = h(x (e)
2 ) = x 2 − x1 = A
(e) (e) (e)
___________________________________________________________________________
∫ f (x) dx = ∫ f [g(x)] d x
x1 0
A( )
d f [ g(x) ]
e
x2
d f (x)
A2.6 ∫ dx
dx = ∫ dx
dx
x1 0
A( )
d 2 f [ g(x)]
e
x2
d 2 f (x)
∫ d x2
dx = ∫ d x2
dx
x1 0
Conclui-se que a translação de eixos apenas altera os limites de integração, isto é, não
altera o integrando excepto na mudança de variável das funções envolvidas.
x
A2.7 x = g(ξ) = A ξ ⇒ ξ = h(x) =
A
0 1
0 (e) A
x
O sistema de eixos assim obtido será designado por coordenadas naturais ξ. Atendendo
a que
d g(ξ) d
dξ
=
dξ
(
A (e) ξ = A (e) ) ξ1 = h(x1 ) =
x1
A (e)
=0
A2.8 d h(x) d ⎛ x ⎞ 1 x2
= ⎜ (e) ⎟ = (e) ξ2 = h(x 2 ) = (e) =1
dx dx ⎝A ⎠ A A
___________________________________________________________________________
A( )
e
1
(e)
∫ f (x) d x = ∫ f [g(ξ)] A dξ
0 0
A( )
d f [ g(ξ) ]
e
1
d f (x)
A2.9 ∫ dx
dx = ∫ dξ
dξ
0 0
A( )
1 d f [ g(ξ) ]
e
1 2
d 2 f (x)
∫ d x2
dx = ∫ A( e ) d ξ2 d ξ
0 0
A( )
e
2x
A2.10 x = g(η) = ( η + 1) ⇒ η = h(x) = −1
A( )
2 e
-1 0 1
0 A/2
___________________________________________________________________________
Atendendo a que
d g(η) A (e)
= η1 = h(x1 ) = − 1
dη 2
A2.11
d h(x) 2
= (e) η2 = h(x 2 ) = 1
dx A
A( )
A( )
e
1 e
∫ f (x) d x = ∫ f [ g(η) ] d η
0 0
2
A( )
d f [ g(η) ]
e
1
d f (x)
A2.12 ∫ dx
dx = ∫ dη
dη
0 0
A( )
2 d f [ g(η) ]
e
1 2
d 2 f (x)
∫ d x2
dx = ∫ A( e) d η2 d η
0 0
Com o objectivo de permitir a utilização dos elementos em sistemas de eixos locais que
não sejam colineares ou paralelos, ao sistema de eixos global vamos agora introduzir a
rotação de eixos.
vx
α x
vy vx
vy
y
y v
x
Fig. A2.4 – Rotação de eixos.
A2.13 vi = rim vm
___________________________________________________________________________
A2.14 v=Rv
x y
π ⎡cos α − sin α ⎤
x α +α ⇒ R=⎢
A2.15 2 ⎥
⎣ sin α cos α ⎦
π
y −α α
2
⎧ v x ⎫ ⎡cos α − sin α ⎤ ⎧ v x ⎫
A2.14 ⎨ ⎬=⎢ ⎥⎨ ⎬
⎩ v y ⎭ ⎣ sin α cos α ⎦ ⎩ v y ⎭
⎧ v x ⎫ ⎡ cos α sin α ⎤ ⎧ v x ⎫
A2.15 ⎨ ⎬=⎢ ⎥⎨ ⎬
⎩ v y ⎭ ⎣ − sin α cos α ⎦ ⎩ v y ⎭
___________________________________________________________________________
3.1.1 - Introdução
x3
x2
B’ θ
A
T x1
x3
P
P
θ '
x3 x3
O β
x2
'
x 2
x2
___________________________________________________________________________
3.1 u1 = 0 u 2 = − x3 θ u3 = x3 θ
3.2 ε ij =
1
2
( u i, j + u j,i )
obtém-se o campo de deformações do veio que se reduz a
ε11 = ε 22 = ε33 = ε 23 = 0
3.3 x2 d θ y d θ x3 d θ z dθ
ε13 = = ε12 = − =−
2 d x1 2 d x 2 d x1 2 dx
3.4 σ ij = λ δij ε + 2 µ ε ij
E Eυ
3.5 µ = =G λ =
2 ( 1 + υ) ( 1 + υ) ( 1 − 2 υ )
obtém-se
que pode ser particularizada para o caso de veios introduzindo um campo virtual definido por
3.8 v1 = 0 v2 = − x3 α v3 = x 3 α
___________________________________________________________________________
dθ dα 2 dθ dα
3.9 Wint = ∫ σij εij ( v m ) d Ω = ∫ G
dx dx
(
z + y2 d Ω = ∫ G )
dx dx ∫ (z
2
)
+ y2 d A d x
Ω Ω 0 A
dθ dα
3.10 Wint = ∫ G Ip d x d x dx
0
() 1
O trabalho virtual externo das forças volúmicas ( Wext ), correspondente ao primeiro
integral do segundo membro da Eq. 7, é nulo. Quanto ao trabalho virtual externo das forças
superficiais devemos considerar o momento torçor T. A rotação virtual ao longo do veio pode
ser expressa na forma
3.11 α ax = α( ) − α (0)
Então, o trabalho virtual externo resultante desta rotação e provocado pelo momento T
pode ser expresso na forma
( ) dα
3.12
2
Wext = ∫ ti vi d Γ = T α ax = [ T α ]0 = ∫T dx
Γt 0
dx
( )
= ∫ ti vi d Γ = ∫ t (x) α(x)
2
3.13 Wext dx
Γt 0
___________________________________________________________________________
dθ dα dα
3.14 ∫ G Ip d x d x d x − ∫t α dx− ∫T dx
dx =0
0 0 0
De notar que esta expressão é muito semelhante à obtida para a barra com as diferenças
que se assinalam na Tab. 2.
1
3.15
Π = U + P =
2 ∫ σij εij d Ω − ∫ bi u i d Ω − ∫ ti u i d Γ
Ω Ω Γt
que pode ser particularizada para o caso de veios introduzindo as expressões 3 e 6. Assim, a
expressão da energia de deformação elástica U é dada por
1 1
3.16 U =
2 ∫ σij εij d Ω =
2 ∫ ( σ12 ε12 + σ13 ε13 + σ21 ε21 + σ31 ε31 ) d Ω
Ω Ω
2
1 ⎛dθ⎞
3.17 U =
2 ∫ G Ip ⎜⎝ d x ⎟⎠ d x
0
___________________________________________________________________________
dθ
PS( ) = − ∫ [ T θ ]0 ∫T
1
ti u i d Γ = − = − dx
Γt 0
dx
3.18
PS( ) = − ∫ ∫ t (x) θ(x)
2
ti u i d Γ = − dx
Γt 0
Concluindo, a energia potencial total para um veio carregado com um momento torçor
T, é dada por
2
1 ⎛ dθ ⎞ dθ
3.19 Π =
2 ∫ G Ip ⎜ ⎟ dx −
⎝ dx ⎠
∫t θ dx − ∫T d x dx
0 0 0
A formulação variacional para o problema dos veios, pode agora ser estabelecida
mediante a aplicação do Princípio da Energia Potencial Total Mínima, isto é,
3.20 δΠ = 0
dθ ⎛ dθ ⎞ ⎛ dθ ⎞
δΠ = ∫ G Ip d x δ ⎜⎝ ⎟dx −
dx ⎠ ∫ t δ θ d x − ∫ T δ ⎜⎝ ⎟dx =
dx ⎠
0 0 0
3.21
d θ d ( δ θ) d ( δ θ)
= ∫ G Ip d x dx
dx − ∫ t δθ d x − ∫T dx
dx =0
0 0 0
___________________________________________________________________________
A resolução do problema a partir da Eq. 14 pode ser feita integrando por partes o 1º e 3º
integrais, obtendo-se:
⎡⎛ dθ ⎞ ⎤ ⎡ d ⎛ dθ ⎞⎤
3.22 ⎢ ⎜ G Ip
⎣⎝ dx
−T ⎟ α ⎥ −
⎠ ⎦0
∫ ⎢ ⎜ G Ip
⎣ dx⎝ dx
− t − T ⎟⎥ α d x = 0
⎠⎦
0
d ⎛ dθ⎞
3.23 ⎜ G Ip ⎟ = t (x)
dx ⎝ dx⎠
dθ
3.24 G Ip =T em x = 0 e em x = .
dx
3.25 α = 0 ⇒ θ=θ em x = 0 e em x = .
3.26 α = 0 ⇒ θ=0 em x = 0 e em x = .
t0
3.27 θ(x) = x 2 + C1 x + C2
2 G Ip
___________________________________________________________________________
θ = 0 em x = 0 ⇒ C2 = 0
3.28 dθ
G Ip = T em x = ⇒ C1 = T
dx
T
3.29 θ(x) = x
G Ip
y T z T
ε13 = ε12 = −
2 G Ip 2 G Ip
3.30 T T
σ13 = y σ12 = − z
Ip Ip
T
3.31 θMAX =
G Ip
3.32 θ = a1 Φ1 + a 2 Φ 2 + … + a n Φ n = a i Φ i = aT Φ = Φ T a
___________________________________________________________________________
2
1 ⎛ dθ ⎞ dθ
Π =
2 ∫ G Ip ⎜ ⎟ dx −
⎝ dx ⎠
∫ t θ dx− ∫T dx
dx =
0 0 0
1 T
3.33 = ∫ G Ip Φx Φx d x a − aT ∫ (t Φ + T Φx ) d x =
T
a
2 0 0
1 T
= a K a − aT Q
2
3.34 k ij = ∫ G Ip Φi x
Φ jx d x qi = ∫ (t Φ + T Φix ) dx
0 0
∂Π
3.35 δΠ = 0 ⇒ δa = 0 ⇒ K a = Q
∂a
d ⎛ dθ ⎞ d ⎛ dθ ⎞
3.36 ⎜ G Ip ⎟−t≠0 ⇒ R = ⎜ G Ip ⎟−t
dx ⎝ dx ⎠ dx⎝ dx ⎠
⎡ d ⎛ dθ ⎞ ⎤
3.37 ∫R Φ dx = ∫ ⎢
d x
⎜ G Ip
⎝ d x
⎟ − t⎥ Φ d x = 0
⎠ ⎦
0 0 ⎣
___________________________________________________________________________
dΦ dθ ⎡ dθ ⎤
∫ G Ip dx dx
dx − ∫t Φ d x − ⎢G Ip
⎣ d x
Φ⎥ = 0 ⇔
⎦0
0 0
3.38
dΦ dθ dΦ
⇔ ∫ G Ip dx − ∫t Φ dx − ∫T d x dx = 0
0
dx dx 0 0
É evidente que a expressão obtida é igual à que se teria obtido substituindo no Princípio
dos Trabalhos Virtuais a função θ pela função aproximada θ = a Φ = Φ a e a função α pelo
T T
3.39 ∫ G Ip Φx ΦxT d x a − ∫ t Φ dx − ∫T Φx d x = 0
0 0 0
3.40 K a − Q = 0
3.41 k ij = ∫ G Ip Φ i x
Φ jx d x qi = ∫ ( t Φi )
− T Φix d x
0 0
___________________________________________________________________________
u1( ) u (2 )
e e
x1( )
e (e) x (2 )
e x
G ( ) , I p( e ) , ( )
e e
Como consequência da acção do carregamento a que o veio está sujeita, cada um desses
pontos nodais sofre uma rotação que designaremos por u1(e ) e por u (2e ) e que constituem os
graus de liberdade do elemento.
⎧1 ⎫ ⎧a ⎫
3.42 u (e) = a1 + a 2 x = aT Φ = [ a1 a 2 ] ⎨ ⎬ = ΦT a = [1 x ] ⎨ 1 ⎬
⎩x ⎭ ⎩a 2 ⎭
em que x1 ≤ x ≤ x 2 . Para que esta solução seja admissível deve verificar as condições
(e) (e)
u˜ (e ) = u1(e ) = a 1 + a 2 x1(e ) ⎫
x = x ( e)
1 ⎪ ⎧u1(e ) ⎫ ⎡1 x1(e ) ⎤ ⎧ a1 ⎫
3.43 ⎬ ⇒ ⎨ (e ) ⎬ = ⎢ (e ) ⎥ ⎨ ⎬ ⇒ u( e) = C a
u˜ (e ) = u 2 = a1 + a2 x 2 ⎪
(e ) (e ) ⎩u 2 ⎭ ⎣1 x 2 ⎦ ⎩a 2 ⎭
x = x 2( e) ⎭
T
u (e) = ΦT a = ΦT C −1 u(e) = N (e) u(e) =
⎧a ⎫ 1 ⎡ x (e) − x1(e) ⎤ ⎧⎪ u1 ⎫⎪ ⎡ (e) ⎧⎪u1(e) ⎫⎪
3.45 (e)
= [1 x ] ⎨ 1 ⎬ = (e) [1 x ] ⎢ 2 ⎥⎨ ⎬ = ⎣ N1 N (e) ⎤
2 ⎦ ⎨ (e) ⎬
⎩a 2 ⎭ ⎣ −1 1 ⎦ ⎩⎪ u (e)2 ⎭ ⎪ ⎩⎪u 2 ⎭⎪
___________________________________________________________________________
em que N1(e ) e N(2e) são designadas por funções de forma, sendo dadas pelas expressões
2 −x
x (e) x − x1(e)
3.46 N1(e) = (e) 2 =
N (e) (e)
1 1
(e ) (e )
x1(e ) N1 (x) x (2e ) x1(e ) N 2 (x) x (2e )
(e) (e)
( )
d N( )
x2 e T e x2
e dN (e)
0 = ∫ G ( ) I(p ) d x u( ) − ∫( ) t 0 N ( ) d x = K ( ) u( ) − Q( )
3.47 e e e e e e
(e) dx dx e
x1 x1
x (e)
2 x (e)
2
k ij(e) = ∫ G (e) I(e) q i(e) = ∫
(e) (e)
3.48 p Ni N j dx t 0(e) Ni(e) d x
x x
x1(e) x1(e)
___________________________________________________________________________
O elemento desenvolvido pode agora ser aplicado para o que se consideram as cinco
fases anteriormente definidas.
3.4.2.1 - Discretização
___________________________________________________________________________
Nesta fase deverá ser calculada a matriz de rigidez K(e) e o vector de cargas Q(e) para
todos os elementos considerados na discretização. Para esse efeito consideram-se as Eqs. 49.
3.50 Ku = Q+F
O deslocamento a nível do elemento é aproximado pela Eq. 45. A nível global a rotação
é aproximada como uma função contínua aos pedaços entre os pontos nodais, isto é,
T ⎧⎪ u1(e) ⎫⎪
3.51 θ = u (e) = N (e) u (e) = ⎡⎣ N1(e) N (e) ⎤
2 ⎦ ⎨ (e) ⎬ para x1(e) ≤ x ≤ x (e)
2
⎪⎩ u 2 ⎪⎭
A deformação a nível global é obtida por derivação da expressão anterior (ver Eq. 3).
y dθ y d u (e) y T y ⎧⎪u1(e) ⎫⎪
ε13 = = = N (e)
x u
(e)
= ⎡ N1(e) N (e) ⎤
2x ⎦ ⎨ (e) ⎬
2 dx 2 dx 2 2⎣ x ⎪⎩u 2 ⎭⎪ para
3.52
z dθ ⎧ (e) ⎫ x1(e) ≤ x ≤ x (e)
z d u (e) z T z ⎡ (e) (e) ⎤ ⎪ u1 ⎪ 2
ε12 = − =− = − N (e)
x u
(e)
=− N2 ⎨
(e) ⎬
N
2 dx 2 dx 2 2 ⎣ 1x x ⎦
⎪⎩u 2 ⎭⎪
A tensão a nível global é obtida por aplicação da lei constitutiva (ver Eq. 6).
dθ d u (e) T ⎧⎪u1(e) ⎫⎪
σ13 = G y =G y = G y N (e)
x u
(e)
= G y ⎡ N1(e) N (e) ⎤
2x ⎦ ⎨ (e) ⎬
⎣ x
dx dx ⎪⎩u 2 ⎭⎪ para
3.53 dθ d u (e) ⎧ (e) ⎫ (e)
(e) ⎤ ⎪ u1 ⎪ x1 ≤ x ≤ x 2
(e)
⎡
T
σ12 = −G z = −G z = −G z N (e)
x u
(e)
= −G z N1 N 2 ⎨
(e)
⎬
⎣ x x ⎦ (e)
dx dx ⎪⎩u 2 ⎭⎪
___________________________________________________________________________
Supondo que os esforços axiais não provocam torção e que os momentos torçores não
provocam deslocamento axial, o que é verdade para materiais homogéneos e estruturas
lineares de secção circular, o desenvolvimento de um elemento adequado para a resolução de
problemas de estruturas carregadas com cargas axiais e com momentos torçores pode ser feito
por um procedimento próprio que passamos a descrever.
u1( ) u (3 )
e e
(e)
(e) ( e) ( e)
x1( ) u 2 E( ) , G ( ) , A( ) , I p( e ) , ( ) x 2 u 4
e e e e e
x
⎧u ( e ) ⎫ ⎧u B ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎪ 1⎪
⎪⎪u (2e ) ⎪⎪ ⎪ u1S ⎪
3.54 ⎨ (e) ⎬ = ⎨ B ⎬
⎪u 3 ⎪ ⎪u 2 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎪ S ⎪
⎩⎪u 4 ⎭⎪ ⎩ 2 ⎭
u
___________________________________________________________________________
sendo
⎡ K11
(e) (e)
K12 (e)
K13 (e) ⎤
K14 ⎡ K11
B
0 K12B
0 ⎤
⎢ (e) ⎥ ⎢ ⎥
⎢K K (e) K (e) 24 ⎥
K (e) ⎢ 0 K11
S
0 K12S
⎥
K (e) = ⎢ 21 22 23
=
(e) ⎥ ⎢ B ⎥
3.56 (e) (e) (e) B
⎢ K 31 K 32 K 33 K 34 ⎥ ⎢ K 21 0 K 22 0 ⎥
⎢ K (e) (e) ⎥ ⎢ 0 KS
⎣ 41 K (e)
42 K (e)
43 K 44 ⎦ ⎣ 21 0 K S22 ⎥⎦
Em conclusão, o elemento cujas matrizes são definidas pelas equações anteriores será
designado por EBS4GL (elemento barra-veio com quatro graus de liberdade).
No caso dos veios com secções não circulares o empeno (deslocamento segundo x1) tem
que ser considerado o que implica o desenvolvimento de uma teoria mais complexa. O estudo
desses casos foi feito na cadeira de Resistência de Materiais pelo que não será aqui repetido.
___________________________________________________________________________
4.1.1 - Introdução
Neste capítulo vamos adoptar a teoria clássica ou técnica de vigas. Considera-se que o
comprimento da viga é muito maior do que as dimensões da secção transversal, que o sistema
de eixos definido na Fig. 1 é um sistema de eixos cartesianos, ortonormado e directo
coincidente com os eixos principais de inércia e com eixos de simetria da secção. A viga está
carregada com uma carga volúmica f(xi) e com outra uniformemente distribuída p(xi)
actuando na superfície superior da viga, ambas dirigidas transversalmente na direcção positiva
do eixo x3 (eixo z). Admite-se, ainda, a existência de cargas Fj a actuar em pontos xj e de
momentos Mk a actuar em pontos xk. A Fig. 1 representa o respectivo campo de
deslocamentos.
O
x,u
P
O´
αx
P´
z,
w u
dw
4.1 u1 = − z α x = − z tg α x = − z u2 = 0 u 3 = w(x)
dx
em que w(x) é designada por deformada ou linha elástica da viga, sendo a linha definida pelos
pontos do eixo da viga após deformação desta e dw/dx representa a tangente a essa linha ou a
rotação da viga.
__________________________________________________________________________
d2 w
4.2 ε11 = − z ε12 = ε13 = ε 22 = ε 23 = ε33 = 0
d x2
1
4.5 Π = U + P =
2 ∫ σij εij d Ω − ∫ bi u i d Ω − ∫ ti u i d Γ
Ω Ω Γt
que pode ser particularizada para o caso de vigas introduzindo as expressões 1, 2 e 4. Assim, a
expressão da energia de deformação elástica U é dada por
1 1
U = ∫ σij εij d Ω = ∫ E ε11 dΩ
2
4.6
2 Ω
2 Ω
2
1 ⎛ d2 w ⎞
4.7 U =
2 ∫
0
E Iy ⎜ 2 ⎟
⎝ dx ⎠
dx
__________________________________________________________________________
em que f(x) é a carga volúmica exercida na direcção de x3. Além disso, considerou-se (para
simplificar) que a secção transversal da viga é rectangular com largura b e altura h e designou-
se por A a respectiva área.
De notar que quer o potencial de forças volúmicas quer o de forças superficiais podem
ser representados como um potencial de forças equivalente, provocado por uma carga por
unidade de comprimento da viga q(x) definido pela soma de
Define-se, assim, o potencial de forças equivalente provocado pela carga por unidade de
comprimento da viga q(x):
n m
d w(x)
4.13 PF = − ∑ Fj w(x) PM = − ∑ M k
x =xj dx
j =1 k =1 x = xk
__________________________________________________________________________
d w(x)
em que representa a rotação da secção da viga que contém o ponto xk. Sem
dx x = xk
2 2
⎛ d 2 w1 ⎞ ⎛ d2 w 2 ⎞
x0
1 1
4.14 Π =
2 ∫
0
E Iy ⎜
⎝ dx ⎠
2 ⎟
dx +
2 ∫
x0
E Iy ⎜
⎝ dx ⎠
2 ⎟ dx − Fw x = x0
2 2
⎛ d 2 w1 ⎞ ⎛ d2 w 2 ⎞
x0
1 1 dw
4.15 Π =
2 ∫ E Iy ⎜
⎝ dx ⎠
2 ⎟
dx +
2 ∫ E Iy ⎜
⎝ dx ⎠
2 ⎟ dx − M
dx
0 x0 x = x0
A formulação variacional para o problema das vigas, pode agora ser estabelecida
mediante a aplicação do Princípio da Energia Potencial Total Mínima, isto é que
4.16 δΠ = 0
Aplicando o operador variacional à energia potencial total definida nas expressões 12,
14 e 15 e atendendo à intermutabilidade do operador diferencial e variacional, obtém-se a
formulação variacional para o problema das vigas:
d2 w d (δ w )
2
4.17 δ Π = ∫ E Iy dx − ∫ q δw dx = 0
0
d x2 d x2 0
d 2 w1 d ( δ w1 ) d2 w 2 d ( δ w 2 )
x0 2 2
4.18 δ Π = ∫ E Iy d x + ∫ E Iy dx − Fδw x = x0
=0
0
d x2 d x2 x0
d x2 d x2
d 2 w1 d ( δ w1 ) d2 w 2 d (δ w 2 ) ⎛dw ⎞
x0 2 2
4.19 δ Π = ∫ E Iy 2 2
d x + ∫ E Iy 2 2
dx − M δ⎜ ⎟ =0
0
dx dx x0
dx dx ⎝ dx ⎠ x=x 0
__________________________________________________________________________
que pode ser particularizada para o caso de veios introduzindo um campo virtual definido por
dv
4.21 v1 = − z v2 = 0 v3 = v(x)
dx
que deve ser nulo nos pontos da fronteira em que se conhecerem condições de fronteira
essenciais. A este campo de deslocamentos virtuais aplicam-se as expressões 2, que
relacionam os deslocamentos com as deformações, obtendo-se o tensor das deformações
virtuais.
d2 v
4.22 ε11 ( vi ) = − z ε12 ( vi ) = ε13 ( vi ) = ε 22 ( vi ) = ε 23 ( vi ) = ε33 ( vi ) = 0
d x2
h b
+ +
2 2
(1)
4.24 Wext = ∫ bi vi d Ω = ∫ ∫ ∫ f (x) v(x) d x d y d z = ∫ f (x) A v(x) d x
Ω −
h
−
b 0 0
2 2
em que f(x) é a carga volúmica que se supõe estar a ser exercida na direcção do eixo dos zz.
Para simplificar considerou-se que a secção transversal da viga é rectangular com largura b e
altura h e designou-se por A a respectiva área.
__________________________________________________________________________
em que se considerou que o carregamento é constante segundo o eixo dos yy e que pode variar
segundo o eixo dos xx.
d2 w d2 v
4.27 ∫
0
E Iy
d x2 d x2
dx − ∫ q v dx =0
0
n m
d v(x)
4.28
F
Wext = − ∑ Fj v(x) x = x M
Wext = − ∑ Mk
j =1 j
k =1 dx x = xk
d v(x)
em que representa a rotação virtual da viga. Consideremos o caso de uma viga
dx x = xk
x0
d 2 w1 d 2 v1 d 2 w 2 d 2 v2
4.29 ∫ E Iy
0
d x2 d x2
d x + ∫ d x2 d x2 d x − F v
x0
E I x = x0
=0
__________________________________________________________________________
De forma idêntica, a expressão do princípio dos trabalhos virtuais para o caso de uma
viga carregada apenas com um momento concentrado M aplicado no ponto 0 ≤ x 0 ≤ é
x0
d 2 w1 d 2 v1 d 2 w 2 d 2 v2 dv
4.30 ∫0 E I y d x 2 d x 2 d x + x∫ E I y d x 2 d x 2 d x − M d x =0
0 x = x0
M
f(x)
P x
dM
M+ dx
Q dx
d
Vamos estabelecer as equações de equilíbrio das forças segundo o eixo dos zz e dos
momentos relativamente ao ponto P.
- equilíbrio de forças segundo o eixo dos zz:
dQ dQ
4.31 −Q+Q+ d x + f (x) A d x + p(x) b d x = 0 ⇒ + q(x) = 0
dx dx
__________________________________________________________________________
d2 ⎛ d2 w ⎞
4.33 ⎜⎜ E I y ⎟⎟ = q(x)
d x2 ⎝ d x2 ⎠
Vamos considerar separadamente os casos de uma viga carregada com uma carga
uniformemente distribuída, de uma viga carregada com uma carga transversal concentrada e
de uma viga carregada com um momento concentrado.
q0
d2 w d2 v
4.34 ∫0 E I y d x 2 d x 2 d x − ∫0 q v d x = 0
Como se viu anteriormente, verifica-se a equivalência com a Eq. 17, obtida pelo
Princípio da Energia Potencial Total Mínima, desde que o deslocamento virtual v seja
definido de forma idêntica à variação do deslocamento real δ w. Integrando por partes (duas
vezes) o 1º integral, com o objectivo de libertar os deslocamentos virtuais de derivadas, vem
⎡⎛ d2 w ⎞ d v ⎤ ⎡ d ⎡ ⎛ d 2 w ⎞⎤ ⎤
⎢⎜ E I y ⎟ ⎥ − ⎢ ⎢ E I y ⎜ 2 ⎟⎥
v⎥ +
⎣⎝ d x 2 ⎠ d x ⎦ 0 ⎢⎣ d x ⎣ ⎝ d x ⎠ ⎦ ⎥⎦ 0
4.35
d2 ⎡ ⎛ d 2 w ⎞⎤
+ ∫0 d x 2 ⎢ y⎜
⎣
E I
⎝ d x 2 ⎟⎥
⎠ ⎦
v dx − ∫q
0
v dx = 0
__________________________________________________________________________
d2 ⎡ ⎛ d2 w ⎞ ⎤
4.36 ⎢ E Iy
d x 2 ⎣⎢
⎜⎜ ⎟ ⎥ = q(x)
2 ⎟
⎝ d x ⎠ ⎥⎦
Por outro lado, atendendo à definição dos deslocamentos virtuais, que devem ser nulos
quando se conhecerem condições de fronteira essenciais, obtêm-se:
- as condições de fronteira naturais, em x=0 e/ou em x=
⎛ d2 w ⎞ d ⎡ ⎛ d2 w ⎞ ⎤
4.37 E I y ⎜⎜ ⎟ = 0
2 ⎟ ⎢ E Iy
d x ⎣⎢
⎜⎜ ⎟⎥ = 0
2 ⎟
⎝dx ⎠ ⎝ d x ⎠ ⎥⎦
dv dw
4.38 = 0 ⇒ = β (rotação dada) v = 0 ⇒ w = w (deslocamento dado)
dx dx
dw
= 0 (rotação nula) em x = 0 e/ou em x =
4.39 dx
w = 0 (deslocamento nulo) em x = 0 e/ou em x =
x0
__________________________________________________________________________
verificando-se a sua equivalência com a Eq. 18, obtida pelo Princípio da Energia Potencial
Total Mínima, desde que os deslocamentos virtuais vi sejam definidos de forma idêntica à
variação dos deslocamentos reais correspondentes δ wi. Integrando por partes (duas vezes) os
integrais vem
x0
⎡ d ⎛ d 2 w1 ⎞ ⎤
x
⎡ d 2 w1 d v1 ⎤ ⎡ d 2 w 2 d v2 ⎤
0
⎢ y
E I ⎥ − ⎢ ⎜ y
E I ⎟ 1⎥
v + ⎢ y
E I ⎥ −
⎣ d x2 d x ⎦0 ⎣ d x ⎝ d x2 ⎠ ⎦0 ⎣ d x2 d x ⎦x
0
⎡ d ⎛ d2 w 2 ⎞ ⎤
x0
d2 ⎛ d 2 w1 ⎞
4.41 − ⎢
⎣ d x
⎜ y
⎝
E I
d x 2 ⎟
⎠
v2 ⎥ +
⎦ x0
∫
0
⎜ y
d x2 ⎝
E I
d x2 ⎠
⎟ v1 d x +
d2 ⎛ d2 w 2 ⎞
+ ∫ ⎜ E Iy ⎟ v2 d x − F v x = x0
=0
x0
d x2 ⎝ d x2 ⎠
O deslocamento e a rotação são iguais no ponto x=x0, o que implica que os respectivos
deslocamentos e rotações virtuais também o devam ser. Rearranjando termos, conclui-se que:
⎡ d2 w 2 d v2 d 2 w1 d v1 ⎤ ⎡ d ⎛ d2w 2 ⎞ d ⎛ d 2 w1 ⎞ ⎤
⎢ EI y − EI y ⎥ − ⎢ ⎜⎜ E I y ⎟ v2 − ⎜⎜ E I y ⎟ v1 ⎥+
⎢⎣ d x2 d x x=
d x2 d x ⎦ ⎢⎣ ⎝
x =0 ⎥
dx d x 2 ⎟⎠ x=
dx ⎝ d x 2 ⎟⎠ ⎥
x =0 ⎦
⎡⎛ d 2 w1 d2w 2 ⎞ d v ⎤ ⎡⎛ d ⎛ d 2 w1 ⎞ d ⎛ d2 w 2 ⎞ ⎞ ⎤
4.42 + ⎢⎜ E I y − E I ⎟ ⎥ − ⎢ ⎜ ⎜ y
E I ⎟ − ⎜ y
E I ⎟ + F ⎟ v⎥ +
⎜ d x2
y
d x 2 ⎟⎠ d x ⎥⎦ x = x ⎢⎣⎜⎝ d x ⎜⎝ d x 2 ⎟⎠ d x ⎜⎝ d x 2 ⎟⎠ ⎟⎠ ⎥⎦
⎢⎣⎝ 0 x =x0
d2 ⎛ d 2 w1 ⎞ d2 ⎛ d2 w 2 ⎞
x0
+ ∫ ⎜
d x 2 ⎜⎝
E I y ⎟ v1 d x +
d x 2 ⎟⎠
∫ ⎜
d x 2 ⎜⎝
E I y ⎟ v2 d x = 0
d x 2 ⎟⎠
0 x0
d2 ⎡ ⎛ d 2 w1 ⎞ ⎤
⎢ E Iy
d x 2 ⎣⎢
⎜⎜ ⎟ ⎥ = 0 para x ∈ ]0, x 0 [
2 ⎟
⎝ d x ⎠ ⎥⎦
4.43
d2 ⎡ ⎛ d2 w 2 ⎞ ⎤
d x2
⎢ E I y ⎜⎜ ⎟ ⎥ = 0 para x ∈ ]x 0 , [ .
2 ⎟
⎢⎣ ⎝ d x ⎠ ⎥⎦
d 2 w1 d v1
E Iy = 0 = 0 em x = 0
d x2 dx
4.44
d2 w 2 d v2
E Iy 2
= 0 = 0 em x =
dx dx
__________________________________________________________________________
w1 (x 0 ) = w 2 (x 0 ) ⇒ deslocamento único em x = x 0
d w1 d w2
= ⇒ rotação única em x = x 0
dx x = x0
dx x = x0
4.45 2
d w1 d2 w 2
E Iy − E Iy = 0
d x2 d x2
d ⎛ d 2 w1 ⎞ d ⎛ d2 w 2 ⎞
⎜⎜ y
E I 2 ⎟
− ⎜⎜ y
E I ⎟+F = 0
dx ⎝ d x ⎟⎠ dx ⎝ d x 2 ⎟⎠
x0
x0
d 2 w1 d 2 v1 d2 w 2 d2 v2 dw
4.46 ∫ E Iy dx 2
dx 2
dx + ∫ E Iy dx 2
dx 2
dx − M
dx
=0
0 x0 x = x0
verificando-se a sua equivalência com a Eq. 19, obtida pelo Princípio da Energia Potencial
Total Mínima, desde que os deslocamentos virtuais vi sejam definidos de forma idêntica à
variação dos deslocamentos reais correspondentes δ wi.
__________________________________________________________________________
d2 ⎛ d 2 w1 ⎞ d2 ⎛ d2 w 2 ⎞
x0
dv
+ ∫ ⎜ y
d x 2 ⎜⎝
E I ⎟ v1 d x +
d x 2 ⎟⎠
∫ 2⎜
d x ⎜⎝
E I y
d x ⎟⎠
2 ⎟ v 2 d x − M
dx
=0
0 x0 x = x0
O deslocamento e a rotação são iguais no ponto x=x0, o que implica que os respectivos
deslocamentos e rotações virtuais também o devam ser. Rearranjando termos, conclui-se que:
⎡ d2 w2 d v2 ⎤ ⎡ d2 w1 d v1 ⎤ ⎡ ⎛ d2 w2 ⎞ ⎤ ⎡ ⎛ d2 w1 ⎞ ⎤
⎢E I ⎥ − ⎢E I ⎥ − ⎢ d ⎜E I ⎟ v ⎥ + ⎢ d ⎜E I ⎟v⎥ +
⎢ y ⎥ ⎢ y ⎥ ⎢d x ⎜⎜ y ⎟⎟ 2 ⎥ ⎢ d x ⎜⎜ y ⎟ 1⎥
⎢⎣ dx2 d x
⎥⎦x= ⎢⎣ dx2 d x
⎥⎦x=0 ⎢⎣ ⎝
2
dx ⎠ ⎥ d x ⎠⎟ ⎥
2
⎦x= ⎢⎣ ⎝ ⎦x=0
⎡⎛ ⎞ ⎤ ⎡⎛ ⎛ ⎤
d2 w1 d2 w2 ⎢ d2 w1 ⎞ ⎛ d2 w2 ⎞⎞⎟
⎢ ⎜ v⎥⎥
⎜ ⎟ d v⎥ d ⎜ ⎟ d ⎜ ⎟
4.48 + ⎢⎜ E Iy − E Iy −M
⎟ ⎥
− ⎢⎜
⎜
E Iy
⎟
−
⎜
E Iy
⎟⎟
+
⎢⎣⎜⎝ ⎟ ⎥ ⎜ ⎜ d x ⎟⎠ ⎜ d x ⎟⎠⎟
2 2 d x d x 2 d x 2
dx dx ⎠ ⎦x = x ⎢⎣⎝ ⎝ ⎝ ⎠ ⎥⎦
x = x0
0
x0 2 ⎛ d2 w ⎞ ⎛ 2 ⎞
d ⎜ 1 ⎟ d2 ⎜ d w2 ⎟
+ ∫ EI δ w dx + ∫ EI δ w2 dx = 0
2⎜ ⎟ 1 2⎜ ⎟
0 d x ⎜⎝ d x2 ⎟⎠ x0 d x ⎜⎝ d x2 ⎟⎠
d2 ⎡ ⎛ d 2 w1 ⎞ ⎤
⎢ = 0 para x ∈ ]0, x 0 [
⎜ d x 2 ⎟⎟ ⎥
y ⎜
E I
d x 2 ⎢⎣ ⎝ ⎠⎦ ⎥
4.49
d2 ⎡ ⎛ d w2 ⎞ ⎤
2
⎢ = 0 para x ∈ ]x 0 , [ .
⎜ d x 2 ⎟⎟ ⎥
y ⎜
E I
d x 2 ⎣⎢ ⎝ ⎠ ⎦⎥
d 2 w1 d v1
E Iy = 0 = 0 em x = 0
2 dx
dx
d2 w 2 d v2
E Iy = 0 = 0 em x =
d x2 dx
4.50
d ⎛ d 2 w1 ⎞
⎜⎜ E I y ⎟ = 0 v1 = 0 em x = 0
dx ⎝ d x 2 ⎟⎠
d ⎛ d2 w 2 ⎞
⎜ E Iy ⎟ = 0 v 2 = 0 em x =
d x ⎜⎝ d x 2 ⎟⎠
__________________________________________________________________________
w1 (x 0 ) = w 2 (x 0 ) ⇒ deslocamento único em x = x 0
d w1 d w2
= ⇒ rotação única em x = x 0
dx x = x0
dx x = x0
2
4.51 d w1 d2 w 2
E Iy − E Iy − M = 0
d x2 d x2
d ⎛ d 2 w1 ⎞ d ⎛ d2 w 2 ⎞
⎜⎜ E I y 2 ⎟
− ⎜⎜ E I y ⎟⎟ + F = 0
dx ⎝ d x ⎟⎠ dx ⎝ d x2 ⎠
Trata-se de integrar a equação diferencial 36. Supondo que a viga é toda do mesmo
material, que a secção transversal é constante e que a carga que(x) é constante com x, isto é,
q(x)=q0, a equação diferencial toma a forma.
d4 w q0
4.52 4
=
dx E Iy
q0 x 4 C x3 C x2
4.53 w = + 1 + 2 + C3 x + C 4
24 E I y 6 E Iy 2 E Iy
w x =0 = 0 ⇒ C4 = 0
dw
= 0 ⇒ C3 = 0
dx x =0
4.54 d ⎛ d w⎞ 2
⎜⎜ E I y ⎟ = 0 ⇒ C1 = − q 0
dx ⎝ d x 2 ⎟⎠ x =
2
d2 w q0
E Iy = 0 ⇒ C2 =
d x2 x=
2
__________________________________________________________________________
4.55 w =
q0
24 E I y
(x 4
− 4 x3 + 6 2
x2 )
A partir da expressão da deformada é agora possível obter:
- a rotação
4.56
dw
dx
=
q0
6 E Iy
(x 3
− 3 x2 + 3 2
x )
- os momentos flectores
4.57 M = − E Iy
d2 w
dx 2
= −
q0
2
(x 2
− 2 x + 2
)
- e o esforço transverso
dM d ⎛ d2 w ⎞
4.58 Q = = ⎜⎜ − E I y ⎟ = − q0
2 ⎟
( x− )
dx dx ⎝ d x ⎠
Vamos integrar as equações diferenciais 44. Supondo que a viga é toda do mesmo
material e que a secção transversal é constante, as equações diferenciais tomam a forma.
d 4 w1
= 0 para x ∈ ]0, x 0 [
d x4
4.59
d4 w 2
= 0 para x ∈ ]x 0 , [.
d x4
C11 x 3 C12 x 2
w1 = + + C13 x + C14 para x ∈ ]0, x 0 [
6 E Iy 2 E Iy
4.60
C12 x 3 C2 x 2
w2 = + 2 + C32 x + C42 para x ∈ ]x 0 , [ .
6 E Iy 2 E Iy
__________________________________________________________________________
d w1 d w2
= ⇒ rotação única em x = x 0
dx x = x0
dx x = x0
Substituindo o valor das constantes nas soluções gerais obtém-se a solução analítica da
viga "encastrada - livre" carregada com uma carga transversal constante concentrada F.
F x2
w1 = (3 x0 − x ) para 0 ≤ x ≤ x 0
6 E Iy
4.63
F x 02
w2 = (3 x − x0 ) para x 0 ≤ x ≤
6 E Iy
__________________________________________________________________________
- os momentos flectores
d 2 w1
M1 = − E I y = F ( x − x 0 ) para 0 ≤ x ≤ x 0
d x2
4.65
d2 w 2
M2 = − E Iy = 0 para x 0 ≤ x ≤
d x2
- e o esforço transverso
d ⎛ d 2 w1 ⎞
Q1 = ⎜⎜ − E I y ⎟ = F para 0 ≤ x ≤ x 0
dx ⎝ d x 2 ⎟⎠
4.66
d ⎛ d2 w 2 ⎞
Q2 = ⎜ − E Iy ⎟ = 0 para x 0 ≤ x ≤
d x ⎜⎝ d x 2 ⎟⎠
Vamos integrar as equações diferenciais 49 que, supondo que a viga é toda do mesmo
material e que a secção transversal é constante, assumem a forma expressa pelas Eqs. 59. Tal
como no caso anterior as soluções gerais são dadas pelas Eqs. 60 devendo as constantes
Cij com i ∈ (1, 2 ) e j ∈ (1, 4 ) ser calculadas a partir das condições de fronteira e de continuidade
em x=x0 do problema. As condições a considerar são:
__________________________________________________________________________
Substituindo o valor das constantes nas soluções gerais obtém-se a solução analítica da
viga "encastrada - livre" carregada com um momento concentrado M a actuar no ponto
0 ≤ x0 ≤ .
M x2
w1 = para 0 ≤ x ≤ x 0
2 E Iy
4.69
M x0
w2 = ( 2 x − x0 ) para x 0 ≤ x ≤
2 E Iy
d w1 Mx
= para 0 ≤ x ≤ x 0
dx E Iy
4.70
d w2 M x0
= para x 0 ≤ x ≤
dx E Iy
- os momentos flectores
d 2 w1
M1 = − E I y = − M para 0 ≤ x ≤ x 0
d x2
4.71
d2 w 2
M2 = − E Iy = 0 para x 0 ≤ x ≤
d x2
- e o esforço transverso
d ⎛ d 2 w1 ⎞
Q1 = ⎜⎜ − E I y ⎟ = 0 para 0 ≤ x ≤ x 0
dx ⎝ d x 2 ⎟⎠
4.72
d ⎛ d2 w 2 ⎞
Q2 = ⎜⎜ − E I y ⎟ = 0 para x 0 ≤ x ≤
dx⎝ d x 2 ⎟⎠
__________________________________________________________________________
4.73 w = a1 Φ1 + a 2 Φ 2 + … + a n Φ n = a i Φ i = aT Φ = Φ T a
4.75 k ij = ∫ E I y Φi xx
Φ jxx d x qi = ∫ q Φi dx
0 0
∂Π
4.76 δΠ = 0 ⇒ δa = 0 ⇒ K a = Q
∂a
d2 ⎡ ⎛ d2 w ⎞ ⎤ d2 ⎡ ⎛ d2 w ⎞ ⎤
4.77 ⎢ E Iy ⎜⎜ 2 ⎟
⎟ ⎥ ≠ q(x) ⇒ R = ⎢ E I y ⎜
⎜ d x 2 ⎟⎟ ⎥ − q(x)
d x2 ⎢⎣ ⎝dx ⎠ ⎥⎦ d x2 ⎢⎣ ⎝ ⎠ ⎥⎦
__________________________________________________________________________
⎡ d2 ⎛ d2 w ⎞ ⎤
4.78 ∫ ⎢
⎢⎣ d x
2 ⎜⎜ y
⎝
E I
d x 2 ⎟
⎟
⎠
− q(x) ⎥
⎥
Φ dx = 0
0 ⎦
⎛ d2 w d2 Φ ⎞ ⎡ d ⎛ d2 w ⎞ ⎤ ⎡⎛ d2 w ⎞ d Φ ⎤
∫ ⎜⎜⎝ E I y d x 2 d x 2 ⎟⎟⎠ d x − ∫ q(x) Φ d x + ⎢⎢ d x ⎜⎜⎝ E I y d x 2 ⎟⎟⎠ Φ ⎥⎥ − ⎢⎜⎜ E I y ⎟ ⎥ =
d x 2 ⎟⎠ d x ⎥⎦ 0
0 0 ⎣ ⎦0 ⎣⎢⎝
4.79
⎡ d ⎛ d2 w ⎞ ⎤ ⎡⎛ d2 w ⎞ ⎤
∫ (E I Φxx Φxx )
d x a − ∫ q(x) Φ d x + ⎢ ⎟ Φ⎥ − ⎟ Φx ⎥ = 0
T
⎜⎜ E I y ⎢⎜⎜ E I y
d x 2 ⎟⎠ ⎦⎥ 0 d x 2 ⎟⎠ ⎦⎥ 0
y
0 0 ⎣⎢ d x ⎝ ⎣⎢⎝
4.80 K a − Q = 0
k ij = ∫ E Iy Φi xx Φ jxx d x
0
4.81
⎡ d ⎛ d2 w ⎞ ⎤ ⎡⎛ d2 w ⎞ ⎤
qi = ∫ q Φi d x − ⎢
⎢⎣ d x
⎜⎜ y
⎝
E I
d x ⎟ Φi ⎥ +
2 ⎟
⎠ ⎥⎦ 0
⎢⎜⎜ y
⎢⎣⎝
E I ⎟
d x 2 ⎟⎠
Φ ix ⎥
⎥⎦ 0
0
De notar que, no caso de não existirem cargas concentradas nem momentos aplicados na
fronteira e supondo que a aproximação de w verifica as condições de fronteira naturais, a
expressão para qi se reduz à apresentada na Eq. 75.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
MOMENTO
Em condições de carregamento ou geometria complexa pode não ser simples obter uma
função aproximada de qualidade suficiente para garantir bons resultados com a aplicação dos
métodos aproximados. Nessas condições, o método dos elementos finitos surge como uma
alternativa válida para a resolução do problema.
A maioria dos conceitos introduzidos para o método dos elementos finitos em barras e
veios é facilmente generalizada para o caso de vigas. Assim, baseado na teoria clássica ou
técnica de vigas, será desenvolvido o elemento viga com quatro graus de liberdade (EV4GL).
Segundo as conveniências serão usados os sistemas global, local e natural anteriormente
definidos. Finalmente o elemento será generalizado para o caso em que o eixo da viga, não
coincide com o eixo dos xx do sistema global, obtendo-se o elemento viga com quatro graus
de liberdade rodado EV4GLR.
__________________________________________________________________________
Ω = ∪ Ω( ) ∅ = ∩ Ω( )
e e
4.82
e e
No caso de uma viga, vamos considerar que cada elemento considerado tem
propriedades elásticas, secção transversal e carregamento distribuído constantes com x e que,
no seu interior, não existem forças concentradas ou momentos aplicados.
Considere-se uma viga discretizada em m elementos finitos dos quais destacamos,
conforme a Fig. 10, o elemento (e); os pontos nodais extremos desse elemento são designados
por x1(e) e por x (e)
2 no sistema global (x), por 0 e no sistema local ( x ) e por 0 e 1 no sistema
local em coordenadas naturais (ξ).
u1( )
e x
u (2 ) u 3( )
e
e
u (4 )
e
z
Como consequência da acção do carregamento a que a viga está sujeita, cada um desses
pontos nodais sofre um deslocamento transversal e uma rotação; assim, o elemento terá quatro
graus de liberdade que designaremos por u1(e) , u (e) (e) (e)
2 , u3 e u 4 .
⎧ a1 ⎫
⎪ ⎪
3 ⎤ ⎪a 2 ⎪
4.83 w (e) = a1 + a 2 x + a 3 x 2 + a 4 x 3 = ⎡⎣1 x x2 x ⎦ ⎨ ⎬ = aT Φ = ΦT a
⎪a 3 ⎪
⎪⎩a 4 ⎪⎭
em que x1 ≤ x ≤ x 2 . Para que esta solução seja admissível deve verificar as condições
(e) (e)
__________________________________________________________________________
T
4.85 u (e) = ΦT a = ΦT C −1 u (e) = N (e) u (e)
T
em que N (e) é um vector (transposto) de funções de forma.
Sistema de
coordenadas u(e) = C a
⎧ u ( e ) ⎫ ⎡1 x1 x12 x13 ⎤ ⎧a 0 ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎢ ⎥
⎪⎪u (2e ) ⎪⎪ ⎢0 1 2 x1 3 x12 ⎥ ⎪⎪ a1 ⎪⎪
Global ⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎥⎨ ⎬
⎪ u 3 ⎪ ⎢1 x2 x 22 x 32 ⎥ ⎪a 2 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎪ ⎪
⎪⎩u 3 ⎪⎭ ⎣0 1 2 x2 3 x 22 ⎥⎦ ⎩ a 3 ⎭
⎧ u ( e ) ⎫ ⎡1 0 0 0 ⎤
⎪ 1 ⎪ ⎢ ⎧a 0 ⎫
(e) 0 1 0 0 ⎥⎥ ⎪ ⎪
⎪⎪u 2 ⎪⎪ ⎢ ⎪ a1 ⎪
Local ⎨ (e) ⎬ = ⎢ (e) ( e)2 ( e )3 ⎥ ⎨ ⎬
⎪ u 3 ⎪ ⎢1 ⎥ ⎪a 2 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ e 2 ⎥ ⎪a ⎪
2 ( ) 3 ( ) ⎥⎦ ⎩ 3 ⎭
e
⎩⎪u 3 ⎭⎪ ⎢⎣0 1
⎧u ( e ) ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎡1 0 0 0 ⎤ ⎧a 0 ⎫
⎪⎪u (2e ) ⎪⎪ ⎢ 0 1 0 0 ⎥⎥ ⎪⎪ a1 ⎪⎪
Natural (ξ) ⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎨ ⎬
⎪u 3 ⎪ ⎢1 1 1 1 ⎥ ⎪a 2 ⎪
⎪ ( e ) ⎪ ⎢⎣ 0 1 2
⎥
3⎦ ⎪⎩ a 3 ⎪⎭
⎪⎩u 3 ⎪⎭
⎧u ( e ) ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎡1 −1 1 −1⎤ ⎧a 0 ⎫
⎪⎪u (2e ) ⎪⎪ ⎢ 0 1 −2 3 ⎥⎥ ⎪⎪ a1 ⎪⎪
Natural (η) ⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎨ ⎬
⎪u 3 ⎪ ⎢1 1 1 1 ⎥ ⎪a 2 ⎪
⎪ ( e ) ⎪ ⎢⎣ 0 1 ⎥
2 3 ⎦ ⎪⎩ a 3 ⎪⎭
⎩⎪u 3 ⎭⎪
__________________________________________________________________________
Sistema
Local Natural (ξ) Natural (η)
de coordenadas
( e) x2 x3 1 3 η η3
N1 1− 3 +2 1 − 3 ξ 2 + 2 ξ3 − +
(e)2 (e)3 2 4 4
x2 x3 1 − η − η2 + η3
( e) x−2 + ξ − 2 ξ 2 + ξ3
N2 (e) (e)2 4
x2 x3 1 3 η η3
( e) 3 −2 3 ξ 2 − 2 ξ3 + −
N3 (e) 2
(e) 3
2 4 4
x2 x3 −1 − η + η2 + η3
( e) − + − ξ 2 + ξ3
N4 (e) (e)2 4
__________________________________________________________________________
0 0
1 1
N1 N3
0 0
45º 45º
0 0
N2 N4
Conclui-se que a função de forma N (ie ) representa o campo de deslocamentos dos pontos
de um elemento de uma viga, em que o ponto nodal i se desloca transversalmente ou roda de
um valor unitário e os outros graus de liberdade se mantêm nulos.
x (e) 2 x (e)
1 2 ⎛ d 2 w (e) ⎞ 2
Π = ∫ ⎟⎟ d x − ∫ q w dx =
(e)
E (e) I(e)
y ⎜⎜ 2
(e) (e)
2 ⎝ dx ⎠
x1(e) x (e)
1
x (e)
2 x (e)
2
4.86 1 (e)T T
(e)T
= ∫ E (e) I(e) N (e) N (e) − u ∫ q (e) N (e) d x =
(e)
u y xx xx dx u
2
x1(e) x1(e)
x (e)
2 x (e)
2
__________________________________________________________________________
∫ ∫
T
= E (e) I(e)
y N (e)
xx N (e)
xx dx u (e)
− q (e) N (e) d x = K (e) u (e) − Q(e)
x1( e ) x1( e )
∫ ∫
T
As expressões obtidas para a matriz K(e) e para o vector Q(e) pelas duas metodologias
são coincidentes.
Para facilitar o cálculo dos integrais das Eqs. 87 ou 89 é habitual usar a transformação
de coordenadas para obter expressões mais simples ou usar integração numérica. Na Tabela
seguinte podemos analisar os efeitos da transformação de coordenadas na simplificação da
forma dos integrais.
k ij( )
Sistema de
q(i )
e e
coordenadas
(e) (e)
qi(e) = ∫ = ∫
(e)
Local q Ni(e) dx k ij(e) E (e) I(e)
y Ni
(e)
N (e)
j dx
xx xx
0 0
1 1
E (e) I(e)
qi(e) = ∫ Ni(e) d ξ = ∫ dξ
y
Natural (ξ) q (e) (e)
k ij(e) Ni(e) N (e)
j
(e)3 ξξ ξξ
0 0
1
q (e) (e) (e) 1
8 E (e) I(e)
= ∫ Ni d η = ∫ dη
y
Natural (η) qi(e) k ij(e) Ni(e) N (e)
j
2 (e)3 ηη ηη
−1 −1
__________________________________________________________________________
⎡ 12 6 −12 6 ⎤ ⎧ 6 ⎫
⎢ ⎥ ⎪ (e) ⎪
E (e) I(e) ⎢6 4 2
−6 2 2 ⎥ q (e) (e)
⎪ ⎪
K (e) = Q (e) =
y 0
4.90 ⎢ − 12 − 6 ⎨ ⎬
12 − 6 ⎥
3
(e)
⎢ ⎥
12 ⎪ 6 ⎪
⎢⎣ 6 2 2 − 6 4 2 ⎥⎦ ⎪ − (e) ⎪
⎩ ⎭
4.4.2.1 - Discretização
__________________________________________________________________________
a
x
b
x
Nesta fase deverá ser calculada a matriz de rigidez K(e) e o vector de cargas Q(e) para
todos os elementos considerados na discretização. Para esse efeito consideram-se as Eqs. 91.
A energia potencial* aproximada da viga considerada globalmente pode ser vista como
o somatório das contribuições individuais dos m elementos. Para simplificar continuaremos a
não considerar as cargas concentradas que serão introduzidas posteriormente. Assim, temos:
m m
∑ ∑ ⎡⎢⎣ 2 ⎤
1 T T
Π
˜G= Π
˜ ( e) = u(e ) K ( e) u(e ) − u( e ) Q (e ) ⎥ =
⎦
4.91 e =1 e =1
1 GE T GE GE T
= u K u − uGE Q GE
2
em que as matrizes e vectores envolvidos são designados por globais por elemento sendo
dadas por:
∂Π
4.93 δΠ = 0 ⇒ δ u GE = 0 ⇒ K GE u GE = Q GE
∂ u GE
__________________________________________________________________________
N
4.94 0= ∑ ⎡⎣ K ( e ) u( e ) − Q( e ) ⎤⎦ = K GE uGE − Q GE
e =1
( e − 1) (e) x
u (4
e−2)
= u (2 ) u (4 ) = u (2 ) u (4 ) = u (2 )
e −1 e −1 e e e +1
u (3 ) = u 1( )
e +1
u (3
e−2)
= u 1( ) u (3
e −1 )
= u 1( )
e −1 e e
1 2 3 4 5 ...
__________________________________________________________________________
1º GL 2º GL 3º GL 4º GL
Elemento 1 0 0 1 2
Elemento 2 1 2 0 3
Elemento 3 0 3 4 5
Elemento 4 4 5 6 7
... ... ... ... ...
Os números que estão no interior da tabela são a numeração global reduzida ou efectiva
dos graus de liberdade. Assim, por exemplo, o grau de liberdade efectivo 2 é o 4º grau de
liberdade do elemento 1 e o 2º grau de liberdade do elemento 2.
A partir desta tabela é possível obter o vector de cargas global e a matriz de rigidez
global, através do seguinte procedimento:
q1 = q(3 ) + q1( )
1 2
q 2 = q(4 ) + q(2 )
1 2
q3 = q(4 ) + q(2 )
4.96 2 3
q 4 = q(3 ) + q1( )
3 4
Estas equações expressam que as cargas em cada ponto nodal são a soma da
contribuição do elemento anterior ao nó com o elemento posterior, conforme resulta da
análise da Fig. 15.
__________________________________________________________________________
(e) (e+1)
Fig. 15 - Viga - correlação das cargas a nível global com as cargas a nível dos elementos.
As cargas concentradas são agora introduzidas a nível global. Para o efeito consideram-
se as cargas concentradas que actuam sobre pontos nodais com possibilidade de se
deslocarem, atribuindo-lhe um sinal positivo se a carga actua no sentido positivo do
deslocamento e negativo no caso contrário. Consideram-se aqui cargas e deslocamentos
generalizados, isto é, forças e momentos que fazem trabalho com deslocamentos transversais e
rotações, respectivamente. Finalmente obtém-se:
4.98 Ku = Q+F
O sistema 98 deve agora ser resolvido para se obter o vector de graus de liberdade
nodais.
⎧u1(e) ⎫
⎪ (e) ⎪
T ⎪u ⎪
4.99 u = u (e) = N (e) u (e) = ⎡⎣ N1(e) N (e)
2 N 3(e) N (e) ⎤ 2
4 ⎦ ⎨ (e) ⎬
⎪u 3 ⎪
⎪ (e) ⎪
⎩u 4 ⎭
__________________________________________________________________________
A comparação da solução analítica (Eq. 56) com as obtidas com modelos com 1 e 2
elementos, (ver Exercícios de Mecânica de Sólidos) para uma viga “encastrada-livre” com
carregamento distribuído uniforme, pode ver-se nas Figs. 16 a 19.
dw
˜ 1º MODELO
ROTAÇÃO (+)
dx
dw d w
˜ 2 º MODELO
≈
dx dx
Fig. 17 - Viga "encastrada-livre" com carregamento transversal q0: comparação das rotações.
__________________________________________________________________________
˜ M
M 2º MODELO
0
/2
__________________________________________________________________________
u1 x
u2 u 2 = u1
u1
z
α
u4
u5 u4 = u6
u3
z x
⎧u1(e) ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ (e) ⎫
⎪ (e) ⎪ ⎡C − S 0 0 0 0⎤ ⎪ ⎪ ⎪ (e) ⎪ ⎡ C S 0 0 0 0 ⎤ ⎪u1 ⎪
(e)
⎪u 2 ⎪ ⎢ S C ⎥
0 ⎥ ⎪ u1 ⎪ ⎪ u1 ⎪ ⎢ − S 0 ⎥⎥ ⎪u 2 ⎪
(e)
0 0 0 C 0 0 0
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎪ e ⎪ ⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎪ ⎪
⎪u 3 ⎪ ⎢ 0 0 1 0 0 0 ⎥ ⎪ u (2 ) ⎪ ⎪u 2 ⎪ ⎢ 0 0 1 0 0 0 ⎥ ⎪u 3(e) ⎪
4.100 ⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎥⎨ ⎬ ⇒ ⎨ ⎬=⎢ ⎥⎨ ⎬
⎪u 4 ⎪ ⎢ 0 0 0 C −S 0⎥ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎢ 0 0 0 C S 0 ⎥ ⎪u (e)
4 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ 0 0 0 S C 0⎥ ⎪u ( e) ⎪ ⎪ (e) ⎪ ⎢ 0 0 0 −S C 0 ⎥ ⎪u (e) ⎪
⎪u 5 ⎪ ⎢ ⎥⎪ 3 ⎪ ⎪u3 ⎪ ⎢ ⎥⎪ 5 ⎪
⎪u (e) ⎪ ⎣⎢ 0 0 0 0 0 1 ⎦⎥ ⎪ ( e ) ⎪ ⎪ ( e ) ⎪ ⎣⎢ 0 0 0 0 0 1 ⎦⎥ ⎪ (e) ⎪
⎩ 6 ⎭ ⎩u 4 ⎭ ⎩u 4 ⎭ ⎩u 6 ⎭
__________________________________________________________________________
⎧u1(e) ⎫ ⎧u1(e) ⎫
⎪ (e) ⎪ ⎡ − S 0 0 0⎤
⎧ (e) ⎫ ⎧u ( e) ⎫ ⎪ (e) ⎪
⎪u 2 ⎪ ⎢ C 0 0 0 ⎥⎥ ⎪ u1 ⎪ ⎪ 1 ⎪ ⎡− S C 0 0 0 0 ⎤ ⎪u 2 ⎪
⎪ (e) ⎪ ⎢ ⎢ ⎪ ⎪
⎪u 3 ⎪ ⎢ 0
(
0 ⎥ ⎪⎪ u 2 ⎪⎪ ) (e)
⎪⎪ u 2 ⎪⎪ ⎢ 0 0 ⎥⎥ ⎪u 3(e) ⎪
e
1 0 0 1 0 0
4.101 ⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎥⎨ ⎬ ⇒ ⎨ (e) ⎬ = ⎨ ⎬
⎪u 4 ⎪ ⎢ 0 0 −S 0⎥ ⎪u ( e) ⎪ ⎪u3 ⎪ ⎢ 0 0 0 −S C 0 ⎥ ⎪u (e) ⎪
⎪ ( e ) ⎪ ⎢⎣ 0 ⎥⎪ 4 ⎪
3
⎪ (e) ⎪ ⎢ 0 0 C 0⎥ ⎪ ( e) ⎪ 0 0 0 0 1 ⎦ u (e)
⎪u 5 ⎪ ⎢ ⎥ ⎪⎩ u 4 ⎪⎭ ⎪⎩ u 4 ⎪⎭ ⎪ 5 ⎪
⎪u (e) ⎪ ⎢⎣ 0 0 0 1 ⎥⎦ ⎪u (e) ⎪
⎩ 6 ⎭ ⎩ 6 ⎭
A equação anterior pode ser escrita em termos condensados.
4.102 u ( ) = ΤT u ( ) ⇒ u ( ) = Τ u ( )
e e e e
Esta equação é extensiva a outros vectores aplicados nos pontos nodais e com projecção
não nula apenas sobre o eixo da barra. Em particular é aplicável ao vector de cargas
distribuídas, isto é:
⎧q ( e ) ⎫
⎪ 1 ⎪ ⎡− S 0 0 0⎤
⎪q (2e ) ⎪ ⎢ ⎧ (e) ⎫
⎪ ⎪ ⎢C 0 0 0 ⎥⎥ ⎪ q1 ⎪
( e) (e)
⎪⎪q 3 ⎪⎪ ⎢ 0 1 0 0 ⎥ ⎪⎪ q 2 ⎪⎪ (e) (e)
⎨ (e) ⎬ = ⎢ ⎥ ⎨ (e) ⎬ ⇔ Q = T Q
T
4.103
⎪q 4 ⎪ ⎢ 0 0 − S 0⎥ ⎪q ⎪
3
⎪ (e) ⎪ ⎢ 0 0 C 0⎥ ⎪ ( e) ⎪
⎪q 5 ⎪ ⎢ ⎥ ⎪⎩ q 4 ⎪⎭
⎪ ( e ) ⎪ ⎢⎣ 0 0 0 1 ⎥⎦
⎩⎪q 6 ⎭⎪
III – Obtenção das matrizes do elemento
Por razões físicas, é óbvio que a rotação de corpo rígido introduzida na viga não lhe
altera a capacidade de resistir transversalmente às cargas aplicadas pelo que se conclui que as
matrizes de rigidez e o vector de cargas distribuídas não se alteram no sistema local.
Sobrepondo um traço às quantidades envolvidas que se referem a esse sistema, isto é, ao
sistema em que o eixo da barra coincide com o eixo x (Fig. 17), conclui-se que o Princípio do
Trabalho Virtual aplicado ao elemento é dado por
em que
⎡ 12 6 −12 6 ⎤ ⎧ 6 ⎫
⎢ ⎥ ⎪ (e) ⎪
E (e) I(e) ⎢6 4 2 −6 2 2⎥ q (e) (e)
⎪ ⎪
K (e) = Q (e) =
y 0
4.105 ⎢ −12 − 6 ⎨ ⎬
(e)3 12 −6 ⎥ 12 ⎪ 6 ⎪
⎢ ⎥
⎢⎣ 6 2 2 −6 4 2 ⎥⎦ ⎪− (e) ⎪
⎩ ⎭
__________________________________________________________________________
Substituindo o vector dos graus de liberdade no sistema local (Eq. 101) e pré-
multiplicando a equação por TT, obtém-se:
K (e) u (e) = Q (e) ⇔ T(e) K (e) T(e) u (e) = T(e) Q (e) ⇔ K (e) u (e) = Q (e)
T T
4.106
em que a matriz de rigidez e o vector de cargas distribuídas do EV4GLR são dados por
⎢ 2 2 ⎥
⎣− 6 6 (e)S − 6 (e) C 4 (e) ⎦
(e)
4.107 S 6 (e) C 2 (e)
⎧ −S ⎫
⎪ C ⎪
⎪ ⎪
(e) (e) ⎪ (e) ⎪⎪
q ⎪ / 6
Q(e) = 0 ⎨ ⎬
2 ⎪ −S ⎪
⎪ C ⎪
⎪ (e) ⎪
⎪⎩− / 6 ⎭⎪
__________________________________________________________________________