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Agrupamento de Escolas de Freiria

Moção de descontentamento com o novo modelo de avaliação


do desempenho docente
Exmo. Sr. Presidente da República
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República
Exmo. Sr. Primeiro - Ministro
Exmo. Sr. Procurador Geral da República
Exma. Sra. Ministra da Educação

Os professores e educadores do Agrupamento de Escolas de Freiria, reunidos em


Plenário no dia 30 de Outubro de 2008, consideram o seguinte.

I. A avaliação de desempenho deve servir para a melhoria das aprendizagens dos


alunos e para uma verdadeira valorização do trabalho dos professores e dos
educadores – o que não acontece com o actual modelo.
II. Os resultados escolares dos alunos não dependem exclusivamente do trabalho
individual de cada professor mas, e também, do conselho de turma e, sobretudo
do contexto económico, social e cultural de cada aluno. Partindo deste
pressuposto, não é justo avaliar os docentes pelas notas dadas aos seus alunos,
tal como consta das recomendações do Conselho Científico Para a Avaliação de
Professores - Julho 2008.
III. Os professores avaliadores não sentem legitimidade científica e pedagógica para
procederem à avaliação do trabalho dos seus pares, atendendo à diversidade
disciplinar criada pelos novos mega-departamentos e à falta da respectiva
formação em supervisão pedagógica. Esta impreparação dos “avaliadores”
também vem referida nas recomendações do CCAP.
IV. As duas considerações anteriores são um exemplo, entre muitos, da clara
discordância entre as recomendações do CCAP e as orientações indiscutíveis
emanadas da Tutela, sabendo que aquela estrutura foi criada pelo Ministério da
Educação, com enquadramento legal.
V. A prática está a confirmar que o actual modelo, devido à sua complexidade, está
completamente desenquadrado da realidade. Revelou-se inconsistente a nível
teórico e científico; é profundamente burocrático, inexequível e inútil para a
melhoria do ensino. Só tem contribuído para um enorme gasto de tempo e
energia de professores e órgãos de gestão, afastando todos da principal e
fundamental missão – ensinar.
VI. O actual modelo, ao acentuar perigosamente a tendência para o trabalho
individual em detrimento do trabalho entre pares, provoca incertezas e
desconfianças geradoras de um clima de conflitualidade, o qual tem a origem no
estabelecimento de quotas na avaliação e na criação de duas categorias que, só
por si, determinam que muitos docentes não chegarão ao topo da carreira.
VII. É notório o desvio entre as recomendações do CCAP e as directrizes do
Conselho de Escolas, bem como as diferentes orientações veiculadas pelos
Centros de Formação. Esta disparidade irá, obviamente, resultar em aplicações
diferentes do modelo de avaliação nas escolas, agravando as arbitrariedades
deste processo.

Sendo assim, propõe-se, nesta Reunião Geral de Professores, a suspensão imediata deste
modelo de avaliação de desempenho.
(Adaptação de textos produzidos pelos colegas da Escola de Arraiolos, do Agrupamento de
Escolas do Concelho de Vila do Bispo e da Escola Secundária com 3º Ciclo de Madeira Torres –
Torres Vedras)

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Freiria, 30 de Outubro de 2008

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