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O documento apresenta uma análise crítica ao modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares. A autora descreve o modelo como um instrumento útil para a obtenção de evidências e melhoria contínua, mas que requer adaptação à realidade de cada escola. Também discute as competências necessárias do professor bibliotecário para a aplicação bem-sucedida do modelo, incluindo comunicação e liderança.
O documento apresenta uma análise crítica ao modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares. A autora descreve o modelo como um instrumento útil para a obtenção de evidências e melhoria contínua, mas que requer adaptação à realidade de cada escola. Também discute as competências necessárias do professor bibliotecário para a aplicação bem-sucedida do modelo, incluindo comunicação e liderança.
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O documento apresenta uma análise crítica ao modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares. A autora descreve o modelo como um instrumento útil para a obtenção de evidências e melhoria contínua, mas que requer adaptação à realidade de cada escola. Também discute as competências necessárias do professor bibliotecário para a aplicação bem-sucedida do modelo, incluindo comunicação e liderança.
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Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares
Nota introdutória
A nossa Escola, actualmente Agrupamento Vertical, integrou a rede em
2006, e desde essa data que tenho estado como coordenadora com redução de horário para o cargo. Este ano estou a tempo inteiro com a coordenação e a saber que vamos aplicar o modelo de auto-avaliação em breve. Contudo, ainda não analisei o documento na íntegra nem com o rigor atento e devido. Por isso, e por ainda não ter tido a experiência da sua aplicação, o que me limita numa análise crítica fundamentada, apenas apresentarei uma análise sucinta baseada nos textos recomendados para o efeito e daquilo que me parece o seu conteúdo.
Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos
aplicados.
O modelo apresenta-se como um instrumento facilitador na obtenção de
evidências. Isto, porque o trabalho desenvolvido na Biblioteca Escolar terá consequentemente de ser aferido. Saber o “impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas”
Tal como MacBeath defende (texto da Sessão), a auto-avaliação é uma
intrínseca conjugação entre as escolas e as práticas profissionais e é importante que para aplicar o modelo de auto-avaliação da biblioteca, esta esteja associada a toda a estrutura escolar de forma a aferir resultados concretos.
Quanto aos conceitos aplicados destaco o poder estrutural de todo o
processo: O papel da BE no desenvolvimento da Escola e consequentemente o efeito que produz na aprendizagem “e não o desempenho individual do coordenador ou elementos da equipa da biblioteca devendo a auto- avaliação ser encarada como um processo pedagógico e regulador (…) na melhoria contínua da BE”, tal como refere o modelo de auto-avaliação. A reorientação aplicando acções de melhoria, após a análise sob a recolha de evidências.
A adequação/readaptação de acordo com uma perspectiva realista do
contexto em que se insere a BE. A tal “utilização flexível”, com adaptação à realidade de cada escola que refere o documento da RBE.
A exequibilidade da aplicação do modelo e a integração nas práticas de
gestão da equipa da biblioteca. Assumir um trabalho diário e contínuo definido como rotina habitual para que o modelo de avaliação não seja encarado como excessivo com o perigo de se transformar numa espiral desenfreada de documentos, grelhas, registos, papéis…
A noção de valor da avaliação da BE baseada na exploração dos seus
recursos como um objectivo pedagógico e efectivo nos resultados de aprendizagem.
Pertinência da existência de um modelo de avaliação para as
bibliotecas escolares.
A ideia de criar um modelo de avaliação das bibliotecas escolares permite
perspectivar a organização estrutural no seu todo. Apresenta-se assim, como um instrumento de melhoria, uma vez que através da recolha sistemática de evidências permitirá a possibilidade de transformar/inovar na busca da qualidade. A sua pertinência alia-se à missão de transformar em resultados objectivos o que se vai definindo e desenvolvendo na BE.
O esforço que tem existido pela RBE, na valorização/investimento dos
recursos e optimização dos espaços da BE com o objectivo de lhe atribuir um papel crucial no processo educativo, tem provocado uma responsabilidade colectiva nas escolas. Eu sinto-a individualmente. Por isso e para que se torne visível o papel da BE no contexto educativo é necessário reflectir sobre as suas práticas. Não de uma forma estereotipada, mas, sim, contextualizada. Não de uma forma apressada, mas, sim, determinada sobre o que fazemos e o que queremos. Ross Todd valoriza a necessidade de provar o impacto que as práticas das bibliotecas escolares exercem no contexto da escola. Por isso, há a necessidade de avaliar o trabalho que é desenvolvido por nós. Por vezes não estamos seguros se os caminhos que estamos a seguir são os mais certos, a recolha das evidências é que nos darão a informação sobre a sustentabilidade desses mesmos caminhos. O que alterar para melhorar, o que decidir para apostar... Sabemos seguramente que a avaliação qualitativa da BE assenta na aferição do impacto que os utilizadores retiram dos seus serviços, em todos os sentidos…
Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
O modelo apresenta-se organizado em quatro domínios (A. Apoio ao
Desenvolvimento Curricular; B. Leitura e Literacias; C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade; D. Gestão da Biblioteca Escolar) e num conjunto de indicadores temáticos sobre os quais assenta o trabalho da BE. Estes domínios são considerados cruciais no desenvolvimento e qualidade das bibliotecas escolares. Contudo, parece-me evidente que exista uma responsabilidade colectiva em torno da aplicação do documento. Este deve ser continuamente testado e validado, com a acção e envolvimento de todos.
A sua adequação parece enquadrar-se no contexto geral das Bibliotecas,
embora se deva ajustar/adaptar a cada realidade sempre que se julgue pertinente.
Os seus constrangimentos não sei como se poderão evidenciar… Só com a
sua aplicação poderia construir uma análise crítica. Integração/Aplicação à realidade da escola.
O documento está faseado para ser aplicado durante 4 anos de forma a
fornecer uma visão holística da BE. Parece-me que a sua integração depende da sua objectividade e não da sua complexidade. Ser claro e objectivo com a percepção que ao avaliar se deve ter em conta a realidade escolar. Analisar os resultados e os projectos desenvolvidos por cada biblioteca e ponderar sobre a sustentabilidade de um documento uniforme para todas as bibliotecas, deverá ser um dos pontos de reflexão.
Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na
sua aplicação
Sempre defendi a ideia que o coordenador de biblioteca escolar é aquele
que deve possuir inatamente “the big picture” sobre tudo o que o rodeia. Esta apetência é que o mobiliza na liderança de uma equipa e consequentemente na mobilização da escola para determinado fim. Neste caso, trata-se da implementação do processo avaliativo.
Como refere Tilke, (Texto da Sessão) o professor bibliotecário deve
evidenciar diversas competências:
Ser um comunicador efectivo no seio da instituição, neste caso a BE,
facilitando a aproximação/ diálogo com departamentos e professores de forma a articular processos.
Saber estabelecer prioridades para que não exista um desnortear de tarefas
do sistema organizacional e funcional da BE.
Ser proactivo, incutindo uma dinâmica própria à BE.
Saber exercer influência junto de professores e Conselho Executivo,
imperando a “sensibilidade e bom senso”.
Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade
educativa.
Ser observador e investigador.
Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade.
Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola.
Saber gerir serviços e recursos.
Ser tutor, professor e uma avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar
e contribuir para as aprendizagens.
Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
Digamos que o professor bibliotecário/coordenador deve ter um papel de
líder e ter visão estratégica, participando activamente em processos de melhoria dos resultados escolares dos alunos. Criar ambiente propício às aquisições de conhecimento que façam sentido, tal como Ross Todd o reforça.
Avaliação da Aprendizagem: uma Análise Diagnóstica para Ações Pedagógicas no Ensino Fundamental I na Escola Municipal Eduardo Martini – Serra do Ramalho – BA