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CENTRO DE ENSINO ATENAS MARANHENSE - CEAMA

FACULDADE ATENAS MARANHENSE - FAMA


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO ANÁLISE DE SISTEMAS

ADAUTO LIMA SILVA FILHO


CARLOS EDUARDO REIS FERREIRA
IVAN DA SILVA ROCHA JÚNIOR

EMPRESAS JUNIORES: preparando futuros empresários ludovicenses.

São Luís
2008
2

ADAUTO LIMA SILVA FILHO


CARLOS EDUARDO REIS FERREIRA
IVAN DA SILVA ROCHA JÚNIOR

EMPRESAS JUNIORES: preparando futuros empresários ludovicenses.

Monografia apresentada ao curso de


Administração da Faculdade Atenas
Maranhense, para obtenção do grau de
Bacharel em Administração.

Prof. MSc. Gerisval Alves Pessoa.

São Luís
2008
3

Silva Filho, Adauto Lima

Empresas Juniores: preparando futuros empresários ludovicenses. Adauto


Lima Silva Filho. Carlos Eduardo Reis Ferreira. Ivan da Silva Rocha Júnior. _
São Luís, 2008.

80 f. il

Monografia de Conclusão de Curso (Administração com habilitação em


Analise de Sistemas), Faculdade Atenas Maranhense - FAMA, 2008.

1. Empresa 2. Empresa Júnior. 3. Empreendedor 4. Empreendedorismo. I.


Ferreira, Carlos Eduardo Reis. II. Rocha Júnior, Ivan da Silva.

CDU: 658(812.1)
4

ADAUTO LIMA SILVA FILHO


CARLOS EDUARDO REIS FERREIRA
IVAN DA SILVA ROCHA JÚNIOR

EMPRESAS JUNIORES: preparando futuros empresários ludovicenses

Monografia apresentada ao curso de


Administração da Faculdade Atenas
Maranhense, para obtenção do grau
de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ______ / ______ / ________

_____________________________________________________
Prof. MSc. Gerisval Alves Pessoa (Orientador)
Mestre em Gestão Empresarial
Faculdade Atenas Maranhense

_____________________________________________________
Profª. Esp. Jurema Pereira Franco
Especialista em Docência do Ensino Superior
Faculdade Atenas Maranhense

_____________________________________________________
Prof. Fábio Lopes Vieira
Bacharel em Administração
Faculdade Atenas Maranhense
5

Dedicamos este trabalho às pessoas que sempre nos


apoiaram, incentivaram, e foram viabilizadoras de todos
os nossos bens intelectuais, morais, espirituais, materiais
e principalmente da nossa inserção no mundo da
educação. Sempre agradecemos a Deus de ter estas
pessoas em nossas vidas, pois por meio e dedicação
destas somos privilegiados e deixamos aqui registrado
toda a nossa estimação e apreciação por tais.
6

AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente, por nos conceder o dom da vida, a sabedoria que


é vinda dos céus.
As nossas famílias, que muito contribuíram para este momento.
Em especial ao nosso estimado orientador Prof. MSc. Gerisval Alves
Pessoa que muito contribuiu e engrandeceu este trabalho.
Agradecemos a Empresa Júnior de Turismo (LABOTUR), Empresa Júnior
de Geografia (GEOTEC), Empresa Júnior de Biologia (MUTUAL), Empresa Júnior de
Economia (EJECON), Empresa Júnior de Química e Química Industrial (QUARQI),
Empresa Júnior de Administração (EJAD), Empresa Júnior de Veterinária (EJEVET).
Enfim, todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para o
nosso sucesso.
7

Não é o conhecimento, mas o ato de


aprender; não é a posse, mas o ato
de chegar lá, que garantem maior
satisfação.
Quando esclareci e exauri um
assunto, o deixei de lado para
mergulhar novamente na escuridão.

Karl Friedrich Gauss (1777-1855)


8

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Empresas Juniores observando o


seu desenvolvimento ou papel destas para preparação dos futuros empresários no
município de São Luis/MA. Aborda o empreendedorismo, sua origem, e
características, destacando as Empresas Júniores como alternativas de seu
desenvolvimento. Destaca a origem, a evolução, definição e importância das
Empresas juniores como instrumento educacional do empreendedorismo nas
Instituições de Ensino Superior. Para desenvolver este estudo foi utilizada uma
pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica, tendo como objeto de estudo todas as
Empresas Juniores em atividade, bem como seus diretores e consultores,
especificamente esta última realizada nos campos da UFMA, UEMA e UNDB
localizados na cidade de São Luís/MA. Também é destacando o histórico de cada
uma, os serviços e produtos prestados pelas mesmas. Apresenta como principais
resultados que as empresas contribuem para a formação de empreendedores,
exibidos na forma de gráficos, e conseqüentemente são discutidos os aspectos
relevantes das empresas juniores para compreender a preparação do futuro
empresário ludovicense, na qual demonstra um empreendedorismo fortemente
fomentado por estas para como o acadêmico.

Palavras-chave: Empresa, Empresa Júnior, Empreendedor, Empreendedorismo.


9

ABSTRACT

This study aims to examine the junior companies looking at the role of their
development or for preparing future entrepreneurs in the municipality of São Luís /
MA. It entrepreneurship, their origins and characteristics, highlighting the junior
companies as alternatives to their development. Stresses the origin, evolution,
definition and importance of junior companies as an instrument of entrepreneurship
education in institutions of higher education. To develop this study was used in a
search field and literature search, with the object of study all Junior Enterprises in
activity, as well as its directors and advisers, specifically the latter held in the fields of
UFMA, UEMA and UNDB located in the city of São Luís / MA. It is also highlighting
the history of each of the services and products provided by them. It presents as the
main results that companies contribute to the training of entrepreneurs, displayed as
graphs, and therefore are discussed relevant aspects of junior companies to
understand the preparation of future entrepreneur ludovicense, in which
demonstrates an entrepreneurial strongly encouraged by these as for the academic.

Keywords: Company. Junior Company. Entrepreneur. Entrepreneurship.


10

LISTA DE SIGLAS

EJ - Empresa Júnior

EJAD - Empresa Júnior de Administração

EJECON - Empresa Júnior de Economia

GEM - Global Entrepreneurship Monitor

GEOTEC - Empresa Júnior de Geografia

IES - Instituição de Ensino Superior

JÚNIOR GV - Empresa Júnior da Fundação Getúlio Vargas

LABOTUR - Empresa Júnior de Turismo

MEJ - Movimento das Empresas Juniores

MUTUAL - Empresa Júnior de Biologia

QUARQI JR. - Empresa Júnior de Química e Química Industrial

SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SOFTEX - Sociedade Brasileira para Exportação de Softwares

TEA - Empreendedores iniciais

UEMA - Universidade Estadual do maranhão

UFMA - Universidade Federal do Maranhão

UNDB - Unidade de Ensino Superior Dom Bosco

UNDB Júnior - Empresa Júnior da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco

UNIVET - Empresa Júnior de Veterinária


11

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1: Empreendedores iniciais por setor de atividades no Brasil –


2002 a 2007 ........................................................................................ 26

Tabela 2: Empreendedores estabelecidos por setor de atividades no Brasil –


2002 a 2007 ........................................................................................ 26

Quadro 1: Comparativo entre gerentes e empreendedores ...................................


28

Figura 1: Facetas das EJ’s ................................................................................. 32


12

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Empreendedores iniciais (TEA) por países – 2007 .............................23

Gráfico 2: Empreendedorismo em São Luís/MA ................................................. 52

Gráfico 3: Nível de empregabilidade dos empresários juniores ..........................53

Gráfico 4: Desenvolvimento do espírito empreendedor ........................................54

Gráfico 5: Projetos desenvolvidos .......................................................................55

Gráfico 6: Contribuição para a formação acadêmica ............................................55

Gráfico 7: Auto-avaliação sobre a avaliação dos empresários juniores .................


56

Gráfico 8: Apoio recebido pela IES ..................................................................... 57

Gráfico 9: Atuação do professor orientador ........................................................ 58

Gráfico 10: Aplicação dos conhecimentos teóricos ..............................................59

Gráfico 11: Recomendação de participação dos alunos ......................................59

Gráfico 12: EJ’s fomentando a economia ludovicense .........................................60

Gráfico 13: Nível de preparação dos empresários juniores .................................61

Gráfico 14: Confiança em relação à qualidade dos serviços prestados ................


62

Gráfico 15: Nível de conhecimento do mercado maranhense e ludovicense ..... 63

Gráfico 16: Motivo da entrada na EJ ...................................................................63

Gráfico 17: Principais contribuições da EJ para a sociedade ...............................64

Gráfico 18: Principais dificuldades de adaptação das EJ’s ...................................65


13

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 14

1.1 Contextualização do problema .............................................................14

1.2 Justificativa .............................................................................................14

1.3 Objetivos .................................................................................................15

1.4 Delimitação do estudo ............................................................................15

1.5 Organização do trabalho ..........................................................................


16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................18

2.1 Empreendedorismo ............................................................................... 18

2.1.1 Definição de empreendedorismo ............................................................ 19

2.1.2 Origem do empreendedorismo ................................................................ 21

2.1.3 O empreendedorismo no Brasil .............................................................. 24

2.1.4 Empreendedorismo e gerenciamento ......................................................27

2.1.5 Perfil do empreendedor no Século XXI ....................................................28

2.1.6 Educação empreendedora ...................................................................... 29

2.2 Empresa Júnior ......................................................................................30

2.2.1 Definição e origem .................................................................................. 33

2.2.2 A organização das Empresas Juniores .......................................................


34L

2.2.3 Empresas Juniores no Brasil .......................................................................


35

2.2.4 Empresa Juniores Ludovicense ...............................................................37

3 METODOLOGIA ..................................................................................... 38

3.1 Tipo de pesquisa .....................................................................................38

3.1.1 Quantos aos fins ........................................................................................38

3.1.2 Quanto aos meios ....................................................................................39

3.2 Universo e amostra .................................................................................39

3.3 Coleta e tratamento de dados .................................................................


40
14

3.4 Limitações do método ...........................................................................41

4 APRESENTAÇÃO DAS EMPRESAS JÚNIORES LUDOVICENSE ..... 42

4.1 Empresa Júnior de Administração (EJAD) ......................................... 42

4.2 Empresa Júnior de Veterinária (EJEVET) ............................................43

4.3 Empresa Júnior de Turismo (LABOTUR) ............................................ 44

4.4 Empresa Júnior de Biologia (MUTUAL) .............................................. 45

4.5 Empresa Júnior de Economia (EJECON) ............................................ 46

4.6 Empresa Júnior de Química e Química Industrial (QUARQI JR.) ......48

4.7 Empresa Júnior de Geografia (GEOTEC) .............................................49

4.8 Empresa Júnior da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco


(UNDB JR) ............................................................................................. 50

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................... 52

5.1 Participação dos alunos nas empresas juniores ..................................


53

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................. 67

REFERÊNCIAS ...................................................................................... 69

APÊNDICE ....................................................................................................
72
15

1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização do problema

Em relação ao movimento do empreendedorismo no Brasil, pode-se falar


que este começou a tomar forma na década de 90, quando entidades como o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Sociedade
Brasileira para Exportação de Softwares (SOFTEX) foram criadas. Antes disso não
se falava em empreendedorismo e muito menos em criação de pequenas empresas
(MARTENS, FREITAS, 2008).
A Empresa Júnior (EJ) é uma estrutura acadêmica colocada à disposição
dos estudantes de uma determinada Instituição de Ensino Superior (IES), na qual
podem ser elaborados e implementados projetos de estudos que propiciem para
estes acadêmicos um maior contato com a realidade social e de mercado. Assim,
instruindo e fornecendo ferramentas de apoio para atingir os objetivos da empresa,
desenvolvendo, dessa forma, o espírito empreendedor na comunidade acadêmica.
O dever de uma Empresa Júnior em toda sua estrutura e dimensão é o de
contribuir para sociedade, resultando assim em uma contraprestação, que tem como
pressuposto a consciência social do estudante, da IES, do corpo docente e do corpo
administrativo, do seu entorno e sua localidade. Isto é, um dos deveres destas é a
gestão de empresas para a comunidade e áreas vizinhas, sendo um instrumento
valioso de fomento do universitário empreendedor.
Assim, o presente trabalho busca compreender o cenário das Empresas
Juniores localizadas na cidade de São Luís/MA e seu campo de influência na
formação dos futuros empresários da região.

1.2 Justificativa

É importante destacar que a EJ deve exercer dentro da IES um papel de


gerenciadora dos recursos pedagógicos, propostos pela entidade universitária e
formular meios de utilização destes recursos, bem como implantá-los de forma
correta buscando a formação de gestor empreendedor. Em outras palavras, a
Empresa Júnior deve ter a responsabilidade de preparar os acadêmicos dos seus
respectivos cursos para compreender a nova realidade do mercado de trabalho,
16

observando e desenvolvendo sua capacidade de empreender, para que assim


consiga seu lugar na economia globalizada.
No contexto das EJ’s nas universidades é observado a práxis que tem
grande relevância para todo e qualquer profissional, uma vez que o próprio mercado
necessita de uma dada experiência que as mesmas empresas podem contribuir pela
sua singularidade, isto é, pelas suas características e responsabilidades que
acarreta na formação não apenas de bons funcionários, mas na formação de
verdadeiros gestores empreendedores, ou mesmo, futuros empresários.
Acredita-se que a contribuição entre EJ e gestores seja a mais adequada
possível para que suscite uma contribuição de fato, não somente no espírito
acadêmico, mas social e principalmente, na formação do empreendedor. Por isso, a
investigação do presente tema busca verificar se isto vem acontecendo e qual a sua
forma de aplicação e realização. Assim, enfatizando a necessidade do estudo,
justificando o presente trabalho de conclusão de curso, mostrando a necessidade de
compreensão maior EJ e sua função como fomento do empreendedorismo, e
conseqüentes efeitos que são retratados no corpo deste estudo de conclusão de
curso.

1.3 Objetivos

Avaliar se as Empresas Júniores contribuem para o desenvolvimento da


cultura, do espírito e do perfil empreendedor de seus membros, desta forma
fomentando de modo direto ou indireto o surgimento de futuros empresários na
cidade de São Luís/MA.

1.4 Delimitação do estudo

O presente estudo foi realizado nas EJ’s localizadas na cidade de São


Luís/MA. Contudo foram investigadas as empresas em plena atividade e que
concordaram em dispor de informações para contribuir com este trabalho de
conclusão de curso, sendo que cinco foram da Universidade Federal do Maranhão: a
Empresa Júnior de Turismo (LABOTUR); Empresa Júnior de Geografia (GEOTEC);
Empresa Júnior de Biologia (MUTUAL); Empresa Júnior de Economia (EJECON);
Empresa Júnior de Química e Química Industrial (QUARQI). Na Universidade
17

Estadual do Maranhão foram investigadas duas empresas: Empresa Júnior de


Administração (EJAD); e, Empresa Júnior de Veterinária (EJEVET). E na Unidade de
Ensino Superior Dom Bosco (UNDB) foi investigado a UNDB Júnior. Deteve-se o
foco desta pesquisa para os alunos efetivos e participantes no corrente ano.
Em outras palavras, a pesquisa é voltada para as EJ’s em pleno
funcionamento das três Instituições de Ensino Superior mencionadas acima, com
seus respectivos alunos participantes de cada empresa durante os cinco primeiros
meses do ano de 2008, tendo como foco a contribuição das EJ’s na formação dos
gestores empreendedores e a geração de novas empresas.

1.5 Organização do trabalho

A preparação acadêmica dos futuros empresários ludovicenses nas EJ’s


está dividido em seis capítulos, na qual o primeiro capitulo é a presente introdução.
O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica ou referencial
teórico, na qual são expostos os alicerces teóricos com seus principais pensadores e
estudiosos do tema. Dessa forma, procede-se à revisão de literatura centrado no
Empreendedorismo e nas Empresas Juniores, entre outros temas que norteiam a
temática deste estudo.
No terceiro capítulo, relata-se a metodologia utilizada no decorrer do
estudo, os principais instrumentos, critérios, tipos de pesquisa, realização da
pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo. Esta última realizada nos campos da
UFMA, UEMA e UNDB localizados na cidade de São Luís/MA. Neste capítulo
também são detalhados os meios e demais formas de investigação, além de coleta e
tratamento de dados, bem como o modo que se conduziu a análise.
No quarto capítulo são apresentadas as Empresas Juniores, destacando
o histórico de cada uma, os serviços e produtos prestados.
No quinto capítulo, têm-se resultados da pesquisa, apresentados na
forma de gráficos, abrindo espaço para a discussão do empreendedorismo,
Empresa Júnior e contribuição das mesmas para a preparação do futuro empresário
ludovicense.
Por fim, no sexto capítulo, realizou-se a conclusão e recomendações do
trabalho, momento em que são apresentadas as propostas de melhorias para serem
implementados nas Empresas Juniores contribuindo, assim, para que elas
18

continuem funcionando de forma eficiente como suporte na agregação de valores da


preparação dos futuros empresários ludovicense.
19

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Empreendedorismo

Quando se pensa em empreendedorismo logo é associado somente ao


mercado e empresas, entretanto, este fenômeno está empregado em tudo. Todas as
vezes que se toma alguma decisão de risco ou inovadora o indivíduo ou organização
está sendo empreendedor. Nesta ótica é impossível pensar na sociedade pós-
contemporânea sem associar ao empreendedorismo como alicerce de
desenvolvimento.
O parágrafo acima é ratificado quando é relembrando os grandes
empresários do Vale do silício nos Estados Unidos, jovens que ajudaram a trazer o
computador para a casa e firmas de todo o mundo, tornando uma ferramenta
indispensável, ou ainda, possibilitaram a criação das empresas conhecidas pelo
termo e-commerce, que vende seus produtos pela Internet, trazendo comodidade,
atendendo pessoas que normalmente não teriam um fácil acesso a produtos de
qualidades e preço baixo.
Leite (2000, p.9) explica que:

A revolução tecnológica da última metade do século XX gerou grandes


mudanças econômicas e industriais, no mundo inteiro. O que talvez seja um
pouco menos óbvio para nos são as mudanças tecnológicas subjacentes e
as correspondentes nas estruturas econômicas de produção, distribuição e
concorrência.

Os avanços do período tecnológico são vertiginosos, alcançando uma


velocidade de inovação crescente nas diversas áreas do conhecimento: Ciências
Biológicas, Farmácia, Biotecnologia, principalmente Informática, e outras. Mas, estas
têm em comum a busca do novo e o fenômeno do empreendedorismo.
Leite (2000, p.12) aponta que:

Os ciclos das inovações são cada vez mais acelerados. A quantidade de


conhecimento científico, acumulado na última década, ultrapassa tudo o que
se descobriu na historia humana precedente. A cada 18 meses, dobram-se
a potência e a capacidade do computador. A cada 12, duplicam-se o
tamanho e o alcance da Internet. O número de seqüências de DNA
analisadas também dobra a cada dois anos. Os títulos dos veículos de
comunicação social quase diariamente anunciam avanços nos setores de
informática, telecomunicações, exploração espacial, entre outros.
20

Devido estas mudanças, o mercado de trabalho sofreu grandes


transformações, fruto dessas revoluções tecnológicas que gerou novos padrões nas
relações de trabalho. Dessa forma, o empreendedorismo tornou-se uma ferramenta
e estratégia de combate ao desemprego. Isso resulta em uma maior valorização do
empreendedor nos dias atuais.
Para Martens e Freitas (2008, p.8): “muitas evidências levam a crer que o
grau de empreendedorismo de uma comunidade tem relação direta com o
desenvolvimento do local”. Assim, percebe-se que incentivar o empreendedorismo é
uma tática importante para o desenvolvimento da cidade de São Luís/MA. E as EJ’s
se tornam um instrumento singular para esse entrelace econômico de
desenvolvimento.
Leite (2000, p.14) explica que para fomentar o empreendedorismo no
Brasil “são necessários impostos mais baixos e leis trabalhistas mais flexíveis para
criar um ambiente em que os empreendedores floresçam e o desemprego diminua”.
Mas, apesar desse cenário, o empreendedorismo é um importante motor
de toda e qualquer sociedade e dentro dessa visão pode-se definir o que seria o
empreendedorismo, uma vez que já se conhece o advento deste fenômeno.

2.1.1 Definição de empreendedorismo

A expressão empreendedorismo é fruto da tradução do termo inglês


entrepreneurship. Também tem sua origem no latim imprehendere, tendo sua versão
para o idioma português somente no século XV (CRUZ JÚNIOR, ARAUJO, WOLF,
RIBEIRO, 2006).
Para Drucker (2003), o empreendedorismo vem do termo entrepreneur e
entrepreneurship, na qual há algumas dificuldades em relação à definição dessas
duas palavras, tanto nos idiomas francês, inglês e alemão, assim como nas demais
línguas.
Mas, Dolabela (1999) explica que o termo empreendedor se transforma
conforme a nação e o período. Por exemplo, no século XVII, empreender significava
fazer qualquer coisa, já no fim do século XIX e começo do século XX, o termo
significava os grandes chefes da indústria, citam-se as empresas como Peugeot na
França, Toyota no Japão, Ford nos EUA, e entre outros.
Dolabela (1999, p. 67) também explica que:
21

Jean Baptiste Say [1827], que é considerado o pai do empreendedorismo,


e o economista austríaco Schumpeter [1934], que relançou as idéias sobre
o empreendedor e seu papel no desenvolvimento econômico, associam o
empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao
aproveitamento de oportunidades em negócios. Mas há controvérsias a
respeito, pois muitos dirigentes alcançaram sucesso sem lançar algo
verdadeiramente novo.

Coelho (2008) entende que: “Empreendedorismo é um jeito de ser e não


de saber. Está vinculado mais à atitude do que ao conhecimento. Assim, pode ser
não apenas aprendido, mas apreendido. Não apenas compreendido, mas
vivenciado”.
Para Dolabela (1999, p.43) o empreendedorismo pode ser compreendido
como:

Empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra


entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao
empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu
universo de atuação.

Para Timmons (1985, p.11) o empreendedorismo é “uma revolução


silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o
século XX”.
Compreende-se que o empreendedorismo é a ação relacionada àqueles
que se denominam empreendedores. É preciso, neste sentido, buscar a definição de
empreendedor.
Por fim, o empreendedorismo é um conjunto de ações centradas aos
negócios, isto é, empreender é ousar, inovar, arriscar, tornar os impossíveis
possíveis, reais e rentáveis.
Entende-se a palavra empreendedorismo como um significado de
estratégia competitiva, e ainda como a designação de outros termos. Este termo é
estendido pela criação de empresas, havendo outras designações, tais como:
intraempreendedorismo, isto é, empregado empreendedor; geração do auto-
emprego, ou melhor, trabalhador autônomo; empreendedorismo comunitário que são
os indivíduos que empreendem em comunidades e apresentam a capacidade de
mudança de uma noção ou idéia da realidade, independente dessa ser inovadora ou
não.
22

Dolabela (1999) aponta uma distinção entre o empreendedor e o


empreendedorismo, na qual uma pessoa que cunha uma empresa independente do
ramo e natureza da mesma; um indivíduo que adquire uma empresa trazendo
inovações, assumindo os riscos inerentes a essas mudanças, que pode acontecer
no modo de vender, administrar, distribuir, fabricar ou de fazer o marketing de seus
serviços e, ou, serviços, consequentemente agregando valor; um empregado que
traz inovações em uma empresa ou organização, provocando o nascimento de
valores adicionais.
Contudo, para entender melhor as definições apontadas pelos vários
autores é importante compreender a gênese do empreendedorismo.

2.1.2 Origem do empreendedorismo

Para compreender melhor a origem do empreendedorismo é necessário


trazer a tona o conceito de Leite (2000, p.176) sobre o empreendedorismo que é:
“não é nada mais do que um modo de vida, um estilo de ser, e este estado de
espírito não se limita às suas atividades empresariais”.
O conceito acima é reforçado por Drucker (2003, p. 1999) que entende o
empreendedorismo como:

O empreendimento se baseia nos mesmos princípios, tanto se o


empreendedor é uma grande instituição existente ou se é um indivíduo que
está começando seu novo negócio sozinho. Não faz diferença alguma se o
empreendedor é uma empresa ou uma organização de serviço público sem
fins lucrativos, nem sequer se o empreendedor é uma instituição
governamental ou não- governamental.

Assim, é possível interligar as grandes navegações com a gênese do


empreendedorismo, pois quando se observa o espírito dos primeiros navegadores
europeus em busca das chamadas especiarias, percebe-se assim que as definições
apresentadas acima recaem sobre esses primeiros explorados navegantes que
compravam seus produtos e revendiam com um lucro de até 6.000% na Europa,
assumindo riscos acima da capacidade humana e da imaginação da época.
Segundo Pedro (1997, p.113):
23

A expansão portuguesa se fazia em direção às Índias. No ano de 1498, o


navegante Vasco da gama chegou à cidade indiana de Calicute. A volta de
Vasco da Gama a Lisboa comprovou a alta lucratividade das viagens dos
portugueses. As especiarias renderam mais de 6.000%.

Para Souza e Guimarães (2005) o vocábulo empreendedorismo não pode


ser entendido como algo novo, e sim ao inverso. Isto por causa da existência prévia
do vocábulo já no século XV, na França, e mesmo no restante da Europa, entretanto
não no formato que é conhecido hoje. Contudo, apesar de não está inserida
diretamente nas grandes revoluções ou movimentos do século XIX, o termo teve sua
gênese na Revolução Industrial, sendo uma grande relevância no desenvolvimento
da Civilização Ocidental.
Em outras palavras, os grandes movimentos do século XIX, prendem-se
aos cenários oriundos do surgimento da Revolução Industrial, pelas necessidades
de explicação teórica da nova classe, para manter o caos em sua devida ordem.
Tratava-se das transformações que vinham acontecendo nos modos de
pensamento, provocados pelo Iluminismo. As mudanças econômicas, que se
encontravam em seu curso no Ocidente Europeu desde o século XVI, não devendo
deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura,
impulsionando as grandes Revoluções, assim o espírito empreendedor nasce nesse
contexto.
Mas, a Revolução Francesa completa esses movimentos, proporcionando
um importante instrumento de dominação ideológica da nova classe hegemônica a
burguesia ou do empreendedor da época, na qual já ansiavam pelo poder político,
ocasionando a derrubada da monarquia e de toda sua estrutura feudal que se
seguia. Isto é, a contribuição da Revolução Francesa foi de grande efeito sobre a
sociedade e consequentemente sobre o ser humano, contudo, principalmente, de
ordem ideológica, dando assim a base política e social para a liberdade do
empreendedor visto no período pela nascente burguesia, pois encerra de vez o
poder da realeza e do clero, com os princípios de: igualdade, liberdade e
fraternidade (MARTINS, 2005).
Nota-se que a liberdade de empreender, nasce com o desenvolvimento
do capitalismo e com suas conseqüentes transformações sociais, sendo o reflexo
das características estruturais de uma sociedade, de uma nação e de um povo,
observando para isso as condições macroeconômicas gerais, além dos fatores
24

culturais, sociais e institucionais. Contudo, diferenciam-se os capitalistas do


empreendedor, justamente com o surgimento da Revolução Industrial. O capitalista é
aquele que fornecia o capital e o empreendedor aquele que assumia os riscos.
As instituições e a sociedade pós-contemporânea somente seriam
possíveis com o surgimento do homem empreendedor que veio com o capitalismo,
fruto principal da Revolução Industrial e Francesa. Nesse sentido, percebe-se que as
grandes navegações foram impulsionadas por homens que queriam e acreditavam
em seus sonhos e tencionavam mudanças significativas para a sociedade mundial.
No século XX, período histórico singular, na qual aconteceram duas
grandes guerras mundiais que mudaram o contexto do mundo da época, o
empreendedorismo teve espaço para seu desenvolvimento.
Atualmente, o empreendedorismo está concentrado em vários países, tais
como: a França, Inglaterra, Estados Unidos, e tantos. Contudo, nestas últimas
décadas com a derrocada do socialismo, esse fenômeno cresceu mais ainda,
abarcando países como a Venezuela e Peru, conforme pode ser visto no Gráfico 1, a
seguir, que traz os dados de 2007, exibindo o crescimento dos novos
empreendedores:

35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
Rússia

Bélgica

Romênia

Japão

Eslovênia

Holanda

Israel

Turquia

Suíça

Hungria

Croácia

Irlanda

India

Portugal

Estados Unidos

Uruguai

Brasil

Argentina

Venezuela

Peru

Gráfico 1 - Empreendedores iniciais (TEA) por países - 2007


Fonte: Adaptado de GEM1 2007 - Executive Report

1
GEM: Global Entrepreneurship Monitor
25

O Brasil vem crescendo em relação às demais nações quando se fala de


números de empreendedores, com índice de novos empreendedores a nações como
os Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, sendo superado por países como Chile,
Venezuela, Argentina (GEM, 2007).
Nesse contexto, destaca-se o empreendedorismo no Brasil e os aspectos
desse fenômeno na terra tupiniquim a seguir.

2.1.3 O empreendedorismo no Brasil

No Brasil, o fenômeno do empreendedorismo surge com o nascimento do


Brasil, uma vez que a sua colonização foi um empreendimento arriscado da realeza
portuguesa com os nobres e demais membros da população (indivíduos livres) que
vieram para o país, pois diferente das colônias espanholas no Brasil, não foi extrair o
ouro e demais metais preciosos.
Segundo Furtado (1997, p.8): “Coube a Portugal a tarefa de encontrar
uma forma de utilização econômica das terras americanas que não fosse a fácil
extração de metais preciosos”.
Nesse contexto, surge a produção do açúcar que no Brasil vai ser
conhecido com o ciclo do açúcar, na qual português faz parceria com os holandeses
para isso:

A contribuição dos flamengos – particularmente dos holandeses – para a


grande expansão do mercado do açúcar, na segunda metade do século XVI,
constitui um fator fundamental do êxito da colonização do Brasil.
Especializados no comércio intra-europeu, grande parte do qual
financiavam, os holandeses eram nessa época o único povo que dispunha
de suficiente organização comercial para criar um mercado de grandes
dimensões para um produto praticamente novo, como era do açúcar
(FURTADO, 1997, pp. 10-11).

Contudo, o empreendedorismo no Brasil não se restringir a forma de


exploração econômica das terras da nação, como também vai ser intensificado com
a vinda da família real que transforma a colônia brasileira, com a criação do Banco
do Brasil; abertura dos portos às nações amigas; a Biblioteca Nacional, a instalação
dos cursos de Medicina e Direito, e demais empreendimentos do rei Dom João VI
com 11.500 (onze mil e quinhentos) nobres que formavam sua corte, em um país
26

onde não existia saneamento básico nenhum, moeda circulante, educação superior
e outros (GOMES, NOGUEIRA, 2008).
A chegada da família real marca o Brasil com profundas mudanças. Estas
transformações favoreceram o crescimento atual da nação brasileira, no cenário
mundial, mas não foi fruto de um único rei, e sim de vários empreendedores que
acreditaram em sua capacidade de investir e arriscaram suas economias na busca
do melhor para si e para outros, ou melhor, na busca do desenvolvimento econômico
e social.

O Brasil é notório por sua desigualdade social, que, embora tenha


apresentado melhora nos tempos recentes, ainda é uma das mais
acentuadas do mundo. Essencialmente, a maior participação de
empreendedores por oportunidade sinaliza que o ambiente econômico está
favorável (GEM, 2007, p. 34).

Atualmente, o Brasil é um país que apesar da grande falta de apoio do


Estado, tem demonstrado uma grande capacidade empreendedora tendo uma TEA
de 12,72%. Em outras palavras, de cada 100 brasileiros, aproximadamente 13
participam de uma atividade empreendedora, isto faz com que o Brasil ocupe a nona
colocação entre os 42 países pesquisados pela GEM.
Dornelas (2003, p.7) observa no estudo da Global Entrepreneurship
Monitor (GEM) que:

No caso do Brasil, ainda um país em desenvolvimento, o estudo tem trazido


resultados muito interessantes no tocante às iniciativas empreendedoras.
No entanto, por outro lado, um dos fatores preocupantes no caso brasileiro
é o fato de a maioria dos negócios gerados no país serem baseados no
empreendedorismo de necessidade, ou seja, não são baseados na
identificação de oportunidades de negócios diferenciados, mas no
suprimento das necessidades básicas de renda daquele que empreende,
para que tenha condições de subsistência, mantendo a si e a sua família,
são negócios, em sua maioria, informais, focados no momento presente,
sem planejamento, sem visão de futuro, sem a identificação de
oportunidade e nichos de mercado, sem o comprometimento com o
crescimento e com o desenvolvimento econômico. Nota-se que, quanto
mais o empreendedorismo de oportunidade estiver presente em um país,
maior será o seu desenvolvimento econômico, o que, por conseguinte,
permitira a esse país, a criação de mecanismos que estimulem as iniciativas
empreendedoras, ou seja, trata-se de um processo cíclico que só tem a
alimentar mais a busca de inovação.

Atualmente, o grupo GEM de pesquisa liderado pelo Babson College nos


Estados Unidos, e London Business Scholl, na Inglaterra, fazem pesquisas em 45
27

países com o objetivo de saber quais os países que detém maiores atividades
empreendedoras.
Em relação aos novos empreendedores, ou melhor, os empreendedores
iniciais no Brasil, percebe-se que grande parte está concentrada no setor de
transformação e serviços orientados aos consumidores, atingindo o percentual de
88,7% dos pesquisados, conforme ilustra a Tabela 1, a seguir:

Empreendedores Iniciais
Setor de Atividades
2002 a 2007 (%)
Setor Extrativista 2,2
Setor de Transformação 32,6
Serviços orientados às empresas 9,0
Serviços orientados aos 56,1
consumidores
Tabela 1 - Empreendedores iniciais por setor de atividades no Brasil- 2002 a 2007
Fonte: Adaptado de GEM 2007

Em relação aos empreendedores estabelecidos por setor de atividades no


território nacional, é observada ainda uma concentração no setor de transformação e
de serviços orientados aos consumidores que totalizam juntos 85,6% dos
pesquisados, conforme Tabela 2.

Empreendedores Iniciais
Setor de Atividades
2002 a 2007 (%)
Setor Extrativista 3,9
Setor de Transformação 39,1
Serviços orientados às empresas 10,3
Serviços orientados aos consumidores 46,07
Tabela 2 - Empreendedores estabelecidos por setor de atividades no Brasil - 2002 a 2007
Fonte: Adaptado de GEM 2007

Isto ocorre em grande parte pela própria estrutura da economia brasileira,


na qual as oportunidades de negócio e crescimento estão no setor de transformação
e no setor de serviços orientados aos consumidores. Assim, refletindo o que
acontece na maioria dos países, na qual o setor de serviços tem grande participação
comercial, chegando o ano de 2004 a assumir 50% do mercado de cada país de
28

forma independente (prestação de serviços), seguido pelo o setor de transformação


com 20% (que dá ênfase às indústrias) (GEM, 2007).
Dessa forma, compreende-se o empreendedorismo como fator de
desenvolvimento econômico devendo ganhar atenção dos países, assim como
acontece com países como Estados Unidos, Tailândia e China que fazem dessa uma
política de desenvolvimento econômico eficiente e eficaz. Assim, sendo instrumento
de solução de problemas como desemprego, distribuição de riquezas,
desenvolvimento tecnológico, e vários outros, quando aplicado corretamente e
incentivado como política de redução do desemprego, mal que assola o Brasil já
várias décadas.

2.1.4 Empreendedorismo e gerenciamento

O empreendedorismo propicia a criação de personagens distintos no


setor empresarial: o gerente e o empreendedor, mas que em alguns pontos são
figuras complementares, conforme é detalhado a seguir.
Para Ramos (2000) a diferenciação entre o gerente e o empreendedor é o
know-how entre as duas figuras, o primeiro é voltado na organização de recursos,
enquanto o segundo, o empreendedor é centrado na definição de contextos e
cenários.
Dessa forma, algumas características comuns entre o gerente e o
empreendedor tais como: tenacidade, capacidade de tolerância a incertezas e
ambigüidade; imaginação; aceitação de ocorrência de riscos moderados; bons
usuários de recursos são centrados em resultados (RAMOS, 2000).
O mesmo Ramos (2000) afirma que as características não se resumem
somente às apontadas no parágrafo anterior, para aqueles empreendedores bem
sucedidos (proprietários de pequenos negócios e em geral), percebem-se alguns
aspectos a mais: intuição; experiência em negócios; liderança, diferenciação; valores
e cultura de empreendedorismo adquiridos por meio de contato com pelo menos um
modelo durante sua juventude; capacidade de controle do comportamento das
pessoas em seu meio; visionários; envolvimento e sistema próprio de
relacionamento com os empregados.
Segundo Ramos (2000, p.48):
29

De uma maneira geral, o gerenciamento é associado à racionalidade e o


empreendedorismo à intuição, embora em ambos os caos estes atributos
devam ser considerados predominantes, ao invés de exclusivos. As
atividades empreendedoras requerem estruturas sistêmicas de trabalhos,
embora num nível diferente daquele das atividades gerenciais. As atividades
empreendedoras requerem elementos de intuição e imaginação. No
entanto, as atividades conceituais e habilidades dos dois grupos são
diferentes, dessa forma, seus requisitos educacionais também deveriam ser
diferentes.

No Quadro 1 é diferenciado os sistemas de atividades e empreendedores,


realizando um comparativo entre gerentes e empreendedores:

GERENTES EMPREENDEDORES

Trabalham na eficiência e na utilização Estabelecem uma visão e objetivos


efetiva dos recursos para atingir metas e e identificam os recursos para
objetivos; torná-los realidade;

Chave é adaptar-se às mudanças; A chave é começar as mudanças;

O padrão de trabalho implica análise O padrão de trabalho implica


racional; imaginação e criatividade;

Operam dentro da estrutura de trabalho Definem tarefas e funções que


existente; criem uma estrutura de trabalho;

Trabalho voltado em processos que Trabalho voltado na criação de


levam em consideração o meio em que processos resultantes de uma visão
ele se desenvolve. diferenciada do meio.

Quadro 1 - Comparativo entre gerentes e empreendedores


Fonte: Adaptado de Ramos (2000, p. 47).

Felizmente, o espírito empreendedor vem avançando, surgindo no campo


acadêmico como meio de compreensão e entendimento do processo administrativo,
favorecendo os fundamentos para uma prática gerencial empreendedora, e
principalmente para a formação de empresários.

2.1.5 Perfil do empreendedor no Século XXI

Atualmente, no mercado Globalizado, o espírito empreendedor é uma


ferramenta de sobrevivência de muitas empresas que constantemente vem trazendo
inovações, ao mesmo tempo em que tem aberto espaço para outros jovens
empreendedores. Depreende-se, então que é necessário aceitar as transformações
que acontecem a todo o momento, bem como ter idéias inovadoras para ganhar do
30

concorrente, utilizar estratégias competitivas, arriscar com responsabilidade e obter


capacidade de mudança de uma idéia para a realidade, isto é, ser visionário.
Leite (2000, p.12) explica que: “O sucesso de uma empresa em um
mercado global e competitivo passa, essencialmente, pela sua diferenciação em
relação à concorrência”.
Segundo Dolabela (1999, p.87): “Entre os atributos fundamentais de um
empreendedor está à capacidade de identificar, agarrar e buscar os recursos para
aproveitar uma oportunidade”.
Compreende-se que o empreendedorismo é um instrumento de
desenvolvimento e crescimento econômico para a sociedade em geral, uma vez que
contribui para o nascimento de inovações capazes de possibilitar a realização de um
sonho. Em outras palavras, o empreendedorismo se faz necessário para o
desenvolvimento econômico de uma cidade, uma região ou de um país.
Dessa forma, entende-se que o empreendedorismo deve ser cada dia
mais incentivado, encorajado e apoiado.

2.1.6 Educação empreendedora

O ensino do empreendedorismo acontece atualmente nas escolas de


ensino médio e universidades brasileiras, mas infelizmente, de modo esporádico e
descontínuo, através de projetos como: “Apreender a empreender”. No entanto,
Henrique e Cunha (2006) apontam que o ensino de empreendedorismo é uma
tendência nas universidades e faculdades brasileira.
Dolabela (1999) acrescenta que academicamente a primeira disciplina de
empreendedorismo oficialmente registrada no território nacional foi na Escola
Superior de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, no Estado de
São Paulo, iniciado pelo professor Ronald Degen como a designação de “Novos
Negócios”. A disciplina surge para atender as pesquisas em torno do
empreendedorismo, com dados coletados pelo docente entre os anos de 1981 e
1987.
Souza e Guimarães (2005) comentam que hoje existe um quantitativo de
disciplinas centradas ao ensino do empreendedorismo nos cursos de graduação de
Administração, Engenharias, Ciências da Computação e Informação.
31

Para Leite (200) a educação empreendedora ou ensino empreendedor


estar voltado na liderança, na negociação, no desenvolvimento de novos produtos,
pensamento criativo e exposição da inovação da tecnologia.
Para Cruz Júnior, Araújo, Wolf e Ribeiro (2006, p.16) o empreendedorismo
é um elemento indispensável nos cursos de graduação em Administração, devendo
compor os conteúdos programáticos, como já acontece desde ano de 1994 na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Assim, segundo Souza e Guimarães (2005), o objetivo da educação
empreendedora é o desenvolvimento do perfil empreendedor para assim capacitar o
discente para a criação, condução e implementação do processo de criação e
elaboração de planos inovadores da vida, de estudo e de negócios.
E é no contexto de desenvolvimento do empreendedorismo na escola que
as EJ’s nascem, a fim de cobrir uma lacuna deixada pelo sistema acadêmico
brasileiro tradicional, que somente agora e em poucos e incipientes cursos já
mencionados anteriormente tem disciplinas e projetos de empreendedorismo.
Assim, percebe-se que as EJ cumprem de modo sistemático a função de
interligar educação e empreendedorismo, conforme é detalhado a seguir.

2.2 Empresa Júnior

De modo sintético, esta pode ser entendida como uma empresa de


consultoria gerenciada por estudantes universitários que realizam projetos e prestam
serviços em suas áreas de graduação, principalmente para micro e pequenas
empresas (MATOS, 1997).
A finalidade de uma Empresa Júnior vai além de ser somente
educacional, para ser uma associação civil sem fins econômicos.
As EJ’s apresentam uma estrutura de baixos custos fixos, os preços
praticados são consideravelmente abaixo do preço de mercado. No entanto, a
Empresa Júnior se localiza no ambiente da Universidade e todos os projetos e
serviços seguem orientação obrigatória de professores ou profissionais na área, com
o objetivo de sempre garantir um padrão de qualidade elevado (SANTOS, 2006).
Sabe-se que a importância acadêmica, social e mercadológica das EJ’s
tem várias facetas, mas ganha destaque a formação do empreendedor, uma vez
que:
32

A empresa júnior ao agir como um articulador na integração entre a


universidade e as empresas através do oferecimento de ferramentas de
pesquisa e a realização de projetos colabora para o aumento das chances
de sobrevivência no mercado, principalmente daquelas pequenas e médias
empresas que não possuem recursos para o investimento em Pesquisa &
Desenvolvimento (P&D) (GUIMARÃES, SENHORAS, TAKEUCHI, 2008,
p.4).

A integração entre universidade e empresas acontece por meio do auxílio


das EJ’s proporcionando oportunidades para os discentes de graduação, a
realização de práticas, ou melhor, aplicação prática dos conhecimentos adquiridos
em sala de aula, bem como o desenvolvimento de habilidades gerenciais e visão do
empresário.
Assim, Guimarães, Senhoras e Takeuchi (2008, p.4) ratificam o fragmento
acima afirmando que:

A integração entre a universidade-empresa se dá através da troca de


benefícios entre estes dois participantes através da ponte estabelecida pela
EJ, criando oportunidades para os alunos de graduação para a aplicação
prática de seus conhecimentos técnicos, o que contribui para a vivência
prático-profissional como consultor júnior, desenvolvendo habilidades
gerencias e visão empresarial. A partir desta experiência, o futuro
profissional é estimulado no processo de formação do caráter
empreendedor antecipando a realidade e preparando-os para a prática
profissional ou até a criação de suas próprias empresas.

Acrescenta-se ainda que as EJ’s têm papel relevante para a capacitação


dos futuros empresários, e ainda, auxiliam no desenvolvimento social da
comunidade que a rodeia proporcionando projetos para a sociedade a preços
menores, que por sua vez através da cadeia produtiva chega ao consumidor final, o
cidadão, a preços mais acessíveis.

O grande papel que uma EJ desempenha neste cenário é a de facilitar a


inserção de alunos em projetos sob a orientação de professores, além de
estreitar os laços de cooperação universidade-empresa. Os alunos
engajados nos projetos têm a oportunidade de aliar a teoria à prática,
contando com a supervisão de professores. Além de estimular o
desenvolvimento de competências importantes para o desempenho da
profissão (GUIMARÃES, SENHORAS, TAKEUCHI, 2008, p.4).

Uma das várias facetas das EJ’s é a incubação de empresas para o


mercado e de indivíduos mais capacitados, os ditos gerentes empreendedores.
33

A Figura 1 traz um esquema da relação das EJ’s no mercado, suas


principais contribuições e ferramentas dentro do seio da universidade ou faculdades,
contudo não necessitando acontecer esta relação somente na incubação
tecnológica, uma vez que existem vários tipos de incubação e intervenções
possíveis das EJ’s para com o mercado e a sociedade.

Figura 1 - Facetas das EJ’s


Fonte: Guimarães, Senhoras e Takaeuchi (2008, p.5)

Assim, é observada os seguintes suportes (que deviam ser) oferecidos


pela Instituição de Ensino Superior (IES) a qual está inserida: laboratórios e infra-
estrutura; bibliotecas; docentes e pesquisadores a disposição. Mas, a relação não se
encerra somente nisso, pois as EJ’s produzem incubadoras que não se restringem
somente ao ramo tecnológico, como também a outras variações da incubação de
empresas nos vários ramos de mercado, por exemplo, incubação de cooperativas
agrícolas ou pesqueiras, entre outros. Outra relação apresentada na Figura acima é
34

a transferência de alunos mais capacitados para as empresas, consequentemente a


criação dos futuros empresários.

2.2.1 Definição e origem

O Movimento das Empresas Juniores (MEJ) surgiu no final da década de


60 na França, exatamente no ano de 1967, onde estudantes da L’Ecole Supérieure
des Sciences Economiques et Commerciales (Essec) sediada na cidade de Paris,
capital da França, tendo como líder Bernard Caioso. Este buscava uma alternativa
para aplicar a realidade prática para os conhecimentos teóricos adquiridos no ensino
superior, uma vez que havia percebido que vários estudantes ficavam ansiosos em
adquirir experiência profissional. Assim, criando a primeira EJ do mundo
denominada “JR ESSEC” (SANTOS, 2006).
Para Matos (1997) o desenvolvimento do movimento francês de
empresários juniores se aconteceu através das grandes empresas como público
alvo e o vínculo com as instituições de ensino se mantiveram pouco estreitos de
forma que se alastrou entre estabelecimentos tradicionais de ensino superior como
as Écoles Centrales ou École des Hautes Études Commerciales.
Na França, o que sobressai numa primeira análise do surgimento do
conceito Empresa Júnior é que tal fato não pode ser desvinculado do contexto
histórico presente neste país no final dos anos 60, principalmente no que se refere à
forma de articulação existente entre as esferas do ensino e da pesquisa dentro das
instituições de ensino francesas. Entretanto, permanece ainda em aberto a real
intenção que levou ao surgimento da primeira empresa júnior na França, ou seja, se
teria existido a princípio uma ênfase no fornecimento de serviços ao mercado ou na
preocupação com aspectos educacionais, bem como o fortalecimento do
empreendedorismo (RODRIGUES, 2002).
Em suma, o movimento se originou na Europa, e posteriormente foi
ampliada por vários estudiosos e pensadores que verificaram uma oportunidade
laboratorial de se aplicar os conhecimentos teóricos num percurso pragmático, ou
melhor, de realização da práxis.
No Brasil, a idéia chegou ao final da década de 80, por intermédio da
Câmara de Comércio França-Brasil (OLIVEIRA, 2004). A implantação das EJ’s teve
grande sucesso e aplicabilidade no território nacional. E foi uma evidência da
35

relação do Brasil e das outras nações na busca de parcerias empreendedoras e de


pesquisa, que teve no modelo francês sua base inspiradora para a criação do
Movimento de Empresas Juniores (MEJ) no Brasil.
Atualmente, o conceito francês de Empresa Júnior não é recente, mas se
mostra ainda como um tema pouco estudado e, conseqüentemente, pouco
compreendido não somente no Brasil, mas também em diversos países europeus e
do mundo (RODRIGUES, 2002).
Contudo, pode-se detalhar a estrutura ou organização das EJ’s atuais no
território brasileiro, como é descrito a seguir.

2.2.2 A organização das Empresas Juniores

Segundo Matos (1997, p.29):

O planejamento de uma EJ pode ser entendido como uma definição e


implementação de todas as atividades que devem ser desenvolvidas pelos
gestores da associação, com a finalidade de cumprir a sua missão da
maneira mais eficiente, obedecendo às suas disposições legais que se
aplicam a ela.

Sabe-se que para a organização da área de projetos faz-se necessária


grande atenção por partes dos elaboradores do planejamento da EJ, permitindo uma
maior ação para seus membros ou gestores realizarem propostas alternativas do
modo de atuação e execução dos projetos, bem como de depender somente ou
especificamente do campo de conhecimento em que age a EJ. Em outras palavras,
o gestor da EJ tem maior liberdade de atuação e criação nessas empresas,
alimentando assim sua criatividade que é uma peça básica na formação dos futuros
gerentes empreendedores ou empresários (MATOS, 1997).
Entende-se assim que toda EJ deve obedecer toda a legislação e
realizando os pagamentos dos tributos de origem federal, estadual e municipal que é
inerente a esta classificação de organização denominada de Empresa Júnior
(MATOS, 1997).
Para que se faça uma análise mais concisa, discorre-se, a seguir sobre o
desenvolvimento das Empresas Júnior no Brasil.

2.2.3 Empresas Juniores no Brasil


36

As EJ’s instaladas no território nacional no período de 1980, ainda não


tinham o respeito merecido, apesar de oferecerem serviços de qualidade,
semelhante ao aplicado nos projetos e nas atividades que são realizadas por
grandes empresas de consultorias na qual dividem mercados (BORTOLOTO, 2005).
O conceito de Empresa Júnior (EJ) chegou ao Brasil da década de 80,
com iniciativa do Sr. João Carlos Chaves, então diretor da Câmara de Comércio
Franco-Brasileira. Como conhecedor e entusiasta da experiência francesa,
disseminou, junto a estudantes de Administração de Empresas, a idéia de organizar
associações semelhantes nas Faculdades e Universidades brasileiras (MATOS,
1997).
Uma das primeiras particularidades com a qual a Empresa Júnior no
Brasil se deparou estava relacionada ao custo de manutenção da estrutura mínima
de funcionamento. Na França, as EJ’s estavam localizadas em prédios comerciais
fora da universidade. Assim é claro que possuíam encargos como aluguel,
equipamentos próprios, móveis, telefones e etc. No caso brasileiro, encargos iniciais
dessa magnitude inviabilizariam qualquer tentativa de iniciar os trabalhos (MATOS,
1997).
O quadro social reúne os estudantes em categorias conhecidas como
membros aspirantes ou efetivos. O membro efetivo possui os direitos privativos de
votar e ser votado e de requerer a convocação da assembléia geral. A condição de
membro aspirante é obtida a partir da demonstração de interesse do estudante em
participar das atividades da Empresa. A Empresa Júnior não é constituída por todos
os estudantes, ou por aqueles que contribuam periodicamente com uma taxa, e sim
por uma parcela de estudantes que se interessa em fazer parte de seu quadro e são
aprovados como membros efetivos pelo conselho, segundo normas definidas em
estatuto ou regime interno (MATOS, 1997).
O patrimônio da EJ é formado pelas contribuições regulares dos membros
efetivos a serem fixadas pela diretoria executiva e encaminhadas ao conselho de
administração. Em caso da extinção da empresa o seu patrimônio será destinado à
instituição de ensino a qual está ligado.
Segundo Matos (1997), a EJ no Brasil, inicialmente não possuía uma
legislação própria, devido suas muitas características locais. Muito embora seja
enquadrada como uma associação civil sem fim lucrativo, faltava-lhe uma
37

especificação de enquadramento no Código Civil brasileiro, o que criava dificuldades


para uniformidade de procedimentos legais nas questões relacionadas à tributação.
Mas, com o advento da do Código Civil de 2002, as empresas juniores
tiveram que ter registro na Receita Federal e órgãos governamentais como qualquer
pessoa jurídica, de direito privado, apesar de ser caracterizada por associação civil
sem finalidade econômica e com objetivo educacional. Assim, toda e qualquer EJ
deve obedece toda a legislação federal, estadual e municipal, na qual incidira os
tributos à classificação da mesma, conforme versa o artigo 2º do Estatuto das
Empresas juniores brasileiras.
Em outras palavras uma EJ deverá estar legalmente e juridicamente
aparada pela lei, devendo ter registro no órgão da Receita Federal e demais órgãos
governamentais necessários para a criação de uma pessoa jurídica, de direito
privado, associação civil sem finalidades econômicas e com fins educacionais no
Brasil. Dessa forma, enquadrada ao Código Civil, Tributários e Comercial Brasileiro,
demais leis vigentes em torno das empresas, podendo e proporcionando as EJ’s
seus benefícios fiscais que tal classificação proporciona (BRASIL JÚNIOR, 2004).
Para o estudante, a EJ preenche o espaço entre o conhecimento teórico e
a experiência obtida somente com a prática, de acordo com a filosofia de que não se
aprende melhor do que praticando, lidando com as dificuldades e empecilhos reais,
aprendendo com os próprios erros já cometidos no passado (GUIMARÃES;
SENHORAS; TAKEUCHI, 2003).
A primeira Empresa Júnior que se tem registro no país foi a Júnior GV,
pertencente à Fundação Getúlio Vargas. Essa iniciou suas atividades no ano de
1989, oferecendo serviços de assessoria nas áreas de organização e métodos,
finanças, marketing e recursos humanos, entre outros (MATOS, 1997).
Posteriormente, o MEJ atingiu o Maranhão, sendo impulsionador da
realidade encontrada nas EJ’s, especialmente na cidade de São Luís/MA, que tem
mais de 30 (trinta) EJ’s em funcionamento, inativas ou em processo de criação.

2.2.4 Empresa Juniores Ludovicenses

Em São Luís/MA a primeira Empresa Júnior a ser criada foi a Empresa


Júnior de Turismo como a sigla LABOTUR – que significava Laboratório de Turismo,
pertencente ao Curso de Turismo da Universidade Federal do Maranhão, sendo a
38

primeira EJ na área de turismo no Brasil. A sua fundação data do ano de 1993. Em


seguida foi fundada a EJAD – Empresa Júnior de Administração - em 21/10/1993 na
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), tendo como elemento incentivador a
parceria com o SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Não é possível saber o número exato de EJ’s no país, uma vez que não
existe nenhum registro de controle geral de EJ’s ativas e, ou, inativas no Brasil, pois
das 26 (vinte e seis) federações estaduais que seriam responsáveis pelo controle e
informação destes dados, mais da metade encontra-se inativas, o que torna inviável
um controle nacional de EJ’s pela Federação Nacional de Empresas Juniores. Isto
resulta em um duplo problema, a falta de dados nacionais para realização de um
comparativo e a falta de dados para o caso maranhense, pois até mesmo a
Federação de Empresas Juniores do Maranhão (FEJEMA) é inativa, portanto não
havendo dados oficiais do quantitativo de EJ’s também no Estado do Maranhão.
Contudo, estima-se que estas já passam de 30 (trinta) entre ativas, inativas ou em
processo de criação.
Apesar da falta de órgão regional forte, as EJ’s foram disseminadas pela
cidade de São Luís, havendo, então, EJ’s nas mais diversas esferas do ensino
superior, seja público ou privado, com destaque para a primeira Empresa Junior de
Turismo (LABOTUR), seguida pela Empresa Júnior de Administração (EJAD),
existentes a mais de uma década e meia no estado, demonstrando o
empreendedorismo do universitário ludovicense.
39

3 METODOLOGIA

O tema trabalhado teve como objeto de estudo as EJ’s localizadas no


perímetro da cidade de São Luís/MA, na qual o critério de seleção foi o
funcionamento dessas EJ’s.
Selecionaram-se as seguintes empresas de diferentes esferas: UEMA,
por ser da esfera estadual, UFMA, pertencente à esfera federal e a UNBD, da
economia privada. Isto com o intuito de retratar as diferentes realidades possíveis
para cada uma das EJ’s, a fim de obter uma realidade única dessas empresas em
São Luís/MA.
A pesquisa foi aplicada no período entre os meses de março até maio de
2008 no campus do Bacanga – UFMA, Campus Paulo VI - UEMA e campus do
Renascença - UNDB.

3.1 Tipo de pesquisa

Vergara (2004, p. 46) estabelece que a pesquisa é tanto exploratória


quanto descritiva, fazendo uso de dois critérios para definição do tipo de pesquisa
quanto: aos fins e aos meios.

3.1.1 Quantos aos fins

A pesquisa teve foco tanto explorativo quanto descritivo. Nesse contexto,


a pesquisa exploratória é feita a fim de se acumular e sistematizar mais
conhecimento sobre o tema pesquisado.
De acordo com Vergara (2004), outra fase da investigação é a definição
da população, a população amostral e suas distinções. Conforme esse autor, a
população entende-se como um conjunto de membros efetivos e participantes das
Empresas Juniores das IES (UFMA, UEMA e UNDB).
Vergara (2004, p.47) a pesquisa descritiva é:

[...] expõe características de determinada população ou de determinado


fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir
sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que
descreve, embora sirva de base para tal explicação pesquisa de opinião
insere-se nessa classificação.
40

A investigação apresentada é descritiva, uma vez que expôs


características da população de EJ’s ativas procurando compreender o fenômeno da
preparação dos futuros empresários ludovicenses, isto é, o desenvolvimento do
espírito empreendedorismo, na qual a pesquisa é tanto o caráter quantitativo quanto
o qualitativo.

3.1.2 Quanto aos meios

Foram utilizados três meios diferentes para obtenção de um resultado do


trabalho, sendo: bibliográfica e de campo.
Na primeira, a pesquisa bibliográfica, com intuito de tornar possível um
estudo preliminar a respeito do assunto, por meio do uso de livros, revistas, artigos,
relatórios e demais publicações na internet e outros veículos de informação, também
foi possível fazer uso das atas de reunião, estatutos das EJ’s, cartilhas informativas,
informativos de serviços, entre outros.
Para em seguida ser realizada uma pesquisa de campo, com visitações
nas EJ’s de São Luís, na qual foram realizadas observações para a elaboração de
um questionário e um roteiro de entrevista.

3.2 Universo e amostra

O universo da pesquisa é composto pelas EJ’s ativas nos campus da


UFMA, UEMA e UNDB localizadas na cidade de São Luís.
Sabe-se que na Universidade Federal do Maranhão existem 13 (treze)
EJ’s. Estas legalmente registradas, mas somente 10 (dez) estão ativas. Dessas 10
(dez), 4 (quatro) estão em processo de transição. Contudo, foi possível realizar a
pesquisa em cinco EJ’s da UFMA, que são: a LABOTUR, GEOTEC, QUARQI JR.,
EJECON e MUTUAL.
Na Universidade Estadual do Maranhão existem 4 (quatro). Destas
apenas três estão ativas. Mas, a realização da pesquisa somente foi possível na:
EJAD e EJEVET.
E somente uma Empresa Júnior na UNDB denominada UNDB Júnior que
tem caráter multidisciplinar, envolvendo os cursos de Administração, Ciências
Contábeis e Direito da referida IES.
41

Inicialmente, foram selecionadas as EJ’s, por estarem ativas, em seguida,


conforme a acessibilidade das informações. Em outras palavras, o critério para
escolha das EJ’s, aconteceu devido ao pleno funcionamento das empresas
pesquisadas e a acessibilidade de informações das mesmas para com este estudo.
Para Vergara (2004) a acessibilidade que distante de qualquer
metodologia ou método estatístico, escolha de elementos pela facilidade de acesso
a estes dados.
Durante o período desta pesquisa o universo de membros das EJ’s eram
de 78 (setenta e oito) acadêmicos como membros efetivos e atuantes nas empresas
pesquisadas.
A amostra trabalhada foi de 35 (trinta e cinco) membros efetivos das EJ’s,
sendo esta ao acaso e representativa. Trabalhou-se com questionários, por meio de
uma amostragem aleatória, representativa e conglomerada.
A amostragem conglomerada, segundo Vergara (2004, p.51) pode ser
entendida como:

Por conglomerados: seleciona conglomerados, entendidos esses como


empresas, edifícios, famílias, quarteirões, universidades e outros elementos.
È indicada quando a identificação dos elementos da amostra é muito difícil,
quando a lista de tais elementos é pouco prática.

Neste caso, a pesquisa caracteriza-se por ser conglomerado, uma vez


que examina os membros efetivos das EJ’s apenas.
Em relação à pesquisa qualitativa foram feitas 4 (quatro) entrevistas com
os diretores das EJ’s pesquisadas, que auxiliaram a exibição gráfica e a
apresentação do histórico e serviços prestados pelas EJ’s.

3.3 Coleta e tratamento de dados

Os dados coletados foram por meio de questionários individuais composto


de 18 (dezoito) questões, sendo 17 (dezessete) questões fechadas e 1 (uma)
questão aberta, para 35 (trinta e cinco) participantes.
A opção por perguntas fechadas aconteceu em razão da facilidade que os
respondentes tiveram em colaborar na pesquisa, através da tabulação quantitativa
facilitada por essa forma.
42

Vergara (2004, p.54) explica que:

O questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao


respondente, por escrito. Às vezes, é chamado de teste, como é comum em
pesquisa psicológica; outras, é designado por escala, quando quantifica
respostas. O questionário pode ser aberto, pouco ou não estruturado, ou
fechado, estruturado. No questionário aberto, as respostas livres são dadas
pelos respondentes; no fechado, o respondente faz escolhas, ou pondera,
diante de alternativas apresentadas.

Contudo, também foi realizada uma entrevista composta em seu roteiro


por 10 (dez) perguntas.
Isto acontece devido as principais características e opiniões dos
colaboradores, membros efetivos, isto é, os componentes das EJ’s.
Os dados foram analisados e tabulados pelos próprios pesquisadores,
com o auxilio do programa da planilha Excel (pacote Office 2003) na plataforma
Microsoft.

3.4 Limitações do método

A presente pesquisa na qual foi utilizada a entrevista, coleta de material e


aplicação de questionários apresentou limitações, como atingir a totalidade de
entrevistados para ter uma compreensão mais ampla da realidade das EJ’s e seus
membros.
Também não foi abordada na pesquisa a participação e sua conseqüente
aplicação com os clientes, os ex-participantes, professores, orientadores e
fornecedores das EJ’s.
Contudo, para um melhor desenvolvimento deste trabalho pretendido
partimos do pressuposto que essas dificuldades são insignificantes a ponto de não
atrapalharem o andamento do trabalho.
43

4 APRESENTAÇÃO DAS EMPRESAS JÚNIORES LUDOVICENSE

Relatam-se aqui todas as empresas pesquisadas, nas quais as


informações aqui prestadas foram obtidas em entrevistas com os membros das EJ’s
e informações obtidas por pesquisa bibliográfica.

4.1 Empresa Júnior de Administração (EJAD)

A Empresa Júnior de Administração (EJAD) da Universidade Estadual do


Maranhão é uma associação sem fins lucrativos, que presta serviços de consultoria
empresarial no mercado.
Tem como missão, o oferecimento dos serviços profissionais com
qualidade e a visão de ser a melhor EJ das regiões Norte e Nordeste até o ano de
2010. Além da melhor do Brasil até a data de 2015 (EJAD, 2008).
Ela tem como clientes as empresas: Alumar, Gabriella, Companhia
Energético do Maranhão (CEMAR), Banco do Brasil, Construtora Franere, Plano de
Saúde (Unihosp), Companhia Vale, Sebrae, Ártico, Grupo J. Demito, dentre outros.

a) Histórico

A EJAD durante sua história construiu uma base rígida com seus clientes,
profissionais e serviços, centrados no objetivo de atender as necessidades
mercadológicas, e tendo o comprometimento na prestação de serviços com
qualidade profissional, atendimento diferenciado e a preços competitivos (EJAD,
2008).
A EJAD tem mais de 14 anos de existência, sendo fundada após a
Labotur, sendo pioneira no Maranhão na área de serviços de administração de
empresas.

b) Produtos/Serviços

Os serviços prestados são: a consultoria organizacional, consultoria em


marketing e a consultoria financeira.
44

Segundo EJAD (2008), a consultoria organizacional consiste da:


Elaboração de Planos de Negócios; Recrutamento e Seleção e Treinamentos
Empresariais.
No ramo de consultoria em marketing, os serviços são: Planejamento
Marketing, Pesquisa de Mercado; e, de Opinião e Satisfação.
No ramo de Consultoria Financeira a EJAD realiza: a análise de
viabilidade Econômico-Financeira, na qual avalia o retorno de seu investimento e
quanto tempo seu investimento retornará; também o Planejamento Financeiro, onde
busca identificar as ações primordiais para a organização mantendo-se operante e
lucrativa sob o aspecto financeiro (EJAD, 2008).

4.2 Empresa Júnior de Veterinária (EJEVET)

A EJEVET é a Empresa Júnior de Veterinária pertencente à Universidade


Estadual do Maranhão, criada a mais de dez anos atrás, mas passou por um
período de oito anos e 8 meses fechada.

a) Histórico

Depois de um longo período de inativação, isto é, fora do mercado


empresarial a EJEVET foi reativada na data de primeiro de outubro de 2007,
conforme pode ser lido no fragmento a seguir:

Fechada há 10 anos, a Empresa Júnior de Veterinária (EJEVET), da


Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) foi reativada no início deste
mês, pelos alunos do curso. Segundo os novos administradores eleitos para
os cargos da diretoria da empresa, a nova gestão investirá na qualificação
dos estudantes de veterinária.
[...]
Além das possibilidades de fazer convênios com as grandes empresas, a
nova administração pretende promover mini-cursos e realizar dia de campo
em fazendas, onde os estudantes de veterinária objetivam participar de
aulas práticas. Para isso, a nova administração pede apoio aos docentes,
servidores, alunos e administradores da UEMA, pois até o momento estão
sem sala para iniciarem seus trabalhos (MARANHÃO, 2008).

E atualmente, depois de sua volta ao mercado, à empresa tem se


destacado, principalmente no ramo da zootecnia de animais de corte e leite.
45

b) Produtos/Serviços

Durante seu primeiro ano de existência a EJEVET já realizou muitos


serviços e produtos, para se ter idéia, teve-se somente em Fevereiro de 2008, a
realização do Curso de Inseminação e Corte em Bovinos.
E já programado para os dias 22 a 25 de maio de 2008, o Curso de
manejo em Bovinos de Corte e de Leite, na qual abordará os seguintes temas:
manejo sanitário como vacinação, vermifugação, principais doenças que acometem
os rebanhos, etc.; manejo nutricional, na qual será realizado o manejo de pastagens,
uso cana-de-açúcar, uréia e sódio, mineralização correta e outros; manejo
reprodutivo, onde acontecerá a estação de monta e “SHANG”, rufião por técnica de
fixação perniana, descorna de bovinos, castração de bovinos, DEP’S no gado de
corte e PTA’S no gado de leite.
Outros projetos já foram realizados, contudo devido à recente
remontagem da EJEVET ainda não foi possível conhecer a data de sua primeira
fundação e demais diretrizes e serviços.

4.3 Empresa Júnior de Turismo (Labotur)

O patrimônio líquido da Labotur é formado pelas receitas, geradas pela


contribuição dos membros efetivos serviços prestados à comunidade.
Tendo como missão “fazer uma ponte entre a teoria adquirida na
Universidade pelos acadêmicos com a pratica do mercado turístico”.
A visão é: “ser referência no Maranhão, atuando no desenvolvimento do
Turismo”.
Já os valores são: proporcionar ao estudante aplicação do conhecimento
teórico relativo à área de formação profissional específica; contribuir com a
sociedade; valorizar a instituição de ensino como um todo no mercado de trabalho;
e, facilitar o ingresso de futuros profissionais no mercado.

a) Histórico

O curso de Turismo foi criado em 1987 e sempre se voltou para a prática


e aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Daí, surgiu em 1991 à
46

idéia para a criação de um projeto - a Labotur que nasce como Laboratório de


Turismo, sendo fruto para a fundação da Labotur como Empresa Júnior de Turismo,
como é conhecida oficialmente em 7 de julho de 1994.
Segundo Ferreira (2007) a Labotur foi a EJ pioneira no ramo de Turismo
no Brasil. Foi fruto do desejo conjunto da comunidade acadêmica em oferecer
serviços tanto para a comunidade universitária quanto o público em geral.

b) Produtos/Serviços

Os serviços prestados pela Labotur são: agenciamento, organização de


eventos, treinamento e consultoria.
Atualmente, a Labotur está desenvolvendo projetos como “Preparando os
Futuros Empresários Juniores”, na qual faz parte do projeto “Conversando com a
Labotur”, visa valorizar os profissionais com a divulgação dos seus trabalhos,
constituindo-se da realização de uma mesa-redonda e de treinamentos ministrados
pelos membros da diretoria executiva da Labotur.
Na área de agenciamento de viagens está organizando o 9º (nono)
Congresso Brasileiro de Medicina Familiar e Comunidade e o 2º (segundo)
Congresso Cearense de Medicina de Família e Comunidade que será realizado em
Fortaleza no mês de maio deste ano. Também o Terceiro Congresso Brasileiro de
Oceanografia, também em Fortaleza, em maio de 2008, no Porto d’ Aldeia Resort.

4.4 Empresa Júnior de Biologia (Mutual)

A Mutual é uma entidade civil privada sem fins lucrativos, vinculada a


Universidade Federal do Maranhão (UFMA), gerida exclusivamente por estudantes
de graduação do Curso de Ciências Biológicas da mesma instituição.
É a única Empresa Júnior de Biologia da região Nordeste do Brasil e
realiza pesquisas científicas de alto grau de confiabilidade, pois seus estudos estão
vinculados diretamente com a Universidade Federal do Maranhão, usufruindo assim,
da infra-estrutura (laboratórios) e do corpo técnico (pesquisadores) da mesma.
47

a) Histórico

A Mutual foi recentemente fundada, estando no mercado há apenas dois


anos, já desenvolveu vários projetos de interesse social, econômico e ambiental,
que classificaram a empresa entre as 12 (doze) finalistas do Prêmio Estadual de
Competitividade do SEBRAE na categoria Prestação de Serviços (MUTUAL, 2008).

b) Produtos/Serviços

Seus trabalhos ou serviços prestados mais relevantes foram: “Ação


Mutual”, realizado duas vezes, um evento baseado na "AÇÃO GLOBAL" que
ofereceu atendimentos na área de saúde, cidadania e meio ambiente para as
comunidades dos bairros vizinhos à UFMA; "Ciências Biológicas Ontem, Hoje,
Amanhã Vivendo a História, Discutindo Avanços e Perspectivas: 25 anos construindo
saberes"; "I Conferência sobre Gestão Ambiental: Princípios e Aplicações nas
Universidades", "Curso de Gestão Ambiental", "Curso de Parasitologia” e a primeira
fase do projeto “Água de Lastro”, financiado pela Vale.
Em 2008, diversas atividades como "Projeto Modelo para a Criação de um
pólo Ecoturístico de Base Comunitária no Município de Monção, Baixada
Maranhense, Brasil", e os projetos "BioRecicla", “Técnicas moleculares no
monitoramento ambiental de dinoflagelados tóxicas e bactérias patogênicas
encontrados no lastro de navios que aportam em São Luís – MA, Brasil” já estão
sendo desenvolvidos, assim como o programa de educação ambiental "Bio na
Praia". Além da organização do “I Curso de Ornitologia de Campo” e “I Congresso
Brasileiro Sobre Bio-Invasão” que será realizado em Abril de 2009.
Essas são alguns dos serviços prestados e projetos que dão uma
realidade do vasto mercado da Mutual.

4.5 Empresa Júnior de Economia (EJECON)

A EJECON tem como finalidade contribuir para formação de profissionais


mais qualificados, visto que a mesma possibilita tanto experiência profissional na
área de atuação dos acadêmicos, como também serve de suporte para o curso no
sentido de aplicação (nos serviços de consultoria) das teorias aprendidas.
48

Objetivos da EJECON são: capacitar os estudantes do Curso de Ciências


Econômicas; prestar serviços de consultoria com qualidade e a preços reduzidos;
desenvolver projetos sociais com o intuito de promover o desenvolvimento local;
informar sobre a atuação das Empresas Júnior.
A EJECON tem como missão: prestar serviços de qualidade ao
empresariado e a comunidade proporcionando com isso o desenvolvimento
econômico.
A visão da EJECON é a de se tornar a EJ referência no estado do
Maranhão.
Com relação aos valores essas perfazem as letras da palavra FAZER, isto
é, F significa força de vontade; A significa Ação; Z representa o Zelo; E é Ética; e, R
significa Responsabilidade Social.

a) Histórico

A Empresa Júnior de Economia – EJECON, fundada em 17 de dezembro


de 2002, é uma empresa sem fins lucrativos gerida pelos alunos do curso de
Ciências Econômicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), é regularizada
nos órgãos responsáveis e cumpre com seus deveres legais.
A Empresa oferta serviços de qualidade com preços abaixo do valor de
mercado e tem sempre um professor como orientador de seus trabalhos. Seu
público alvo são pessoas jurídicas e a sociedade em geral. A EJECON tem como um
de seus valores a responsabilidade social, ou seja, procura, dentro da sua área de
atuação, atender às necessidades sócio-econômicas do Estado.

b) Produtos/Serviços

Os serviços oferecidos pela EJECON, segundo a própria Empresa Júnior,


são: Viabilidade Econômica, Plano de Negócios, Pesquisa de Mercado, Formação
de Preços e Análises de Custo, Gestão Física de Bens Patrimoniais, Gerenciamento
Financeiro Pessoal e Gerenciamento Financeiro Empresarial.
49

4.6 Empresa Júnior de Química e Química Industrial (QUARQI JR.)

O nome Quarqi é uma adaptação do vocábulo QUARKS, que é uma


partícula fundamental da matéria, formada de nêutrons e prótons. A modificação é
devido ao fato de ser essencial. Em outras palavras, Quarqi Jr é uma ferramenta
indispensável para os acadêmicos de Química e Química Industrial, ingressantes no
mercado de trabalho.
Seus principais parceiros são os grupos de pesquisa da Universidade
Federal do Maranhão e a SEMA (Secretaria de Estado de meio Ambiente e
Recursos Naturais).
A missão, visão e valores são respectivamente, prestar serviços de
qualidade a preços acessíveis ao empresariado e a sociedade, proporcionando
assim o desenvolvimento acadêmico e econômico; torna-se referência no Estado,
em planejamento, desenvolvimento e execução de trabalhos ligados à educação e
tecnologia em química; qualidade, criatividade, ação, determinação, ética,
responsabilidade social e meio ambiente.

a) Histórico

Esta é uma associação civil sem fins lucrativos, criada e gerida por
acadêmicos dos Cursos de Bacharelado em Química, Licenciatura em Química e
Química Industrial da Universidade Federal do Maranhão. Foi fundada em 18 de
junho de 2004.
O objetivo da Empresa Júnior de Química são vários, sendo destacado: a
capacitação dos acadêmicos de química; a facilitação no ingresso de futuros
profissionais no mercado; propiciar ao micro, pequeno e médio empresário e, ou
proprietários em geral, trabalhos desenvolvidos sob um elevado nível de qualidade e
a preços acessíveis; desenvolvimento de projetos sociais com o intuito de promover
o desenvolvimento do Estado; Informar sobre a atuação das Empresas Juniores no
maranhão, Brasil e no Mundo.
50

b) Produtos/Serviços

O campo de atuação da EJ de Química é: a assessoria técnica; auditoria


ambiental; eventos científicos; controle de qualidade de destilados; alimentos e
biodiesel; montagem de laboratórios; programas de educação ambiental; reuso e
reciclagem de água industrial; tratamento de água e efluentes industriais;
treinamentos de manipuladores de alimentos e suporte técnico para microempresas.
Serviços e projetos em desenvolvimento atualmente pela Quarqi Jr., são:
curso de análise bacteriológica da água; semana do químico; quinta de química;
química na escola e monitoramento da água de lastros de navios que atracam no
Porto do Itaqui.

4.7 Empresa Júnior de Geografia (GEOTEC)

A Empresa Júnior de Geografia é pertencente à Universidade Federal do


Maranhão localizada no bairro do Itaqui-Bacanga na cidade de São Luís/MA.

a) Histórico

A Geotec é uma associação civil, sem fins lucrativos e com prazo de


duração indeterminado. Fundada em 17 de abril de 2006 pelos estudantes de
Geografia Licenciatura e Bacharelado.
A Geotec implantou a coleta seletiva na Universidade Federal e Estadual
do Estado, na qual angaria fundos para a implantação de ações sociais na Vila
Cerâmica na região do Itaqui - Bacanga, além de contribuir para a redução dos
grandes impactos causados ao meio ambiente pelos resíduos sólidos produzidos
nas instituições universitárias maranhenses.
O mesmo projeto está sendo aplicado para o Departamento de Trânsito
do Maranhão (DETRAN), juntamente com uma campanha de sensibilização da
importância de preservar o meio ambiente.
51

b) Produtos/Serviços

Sua área de atuação é: Geomorfologia e Ecossistemas Costeiros;


Movimentos Sociais; Áreas Degradadas; Pedologia; Sistema Urbano e Rural;
Impactos Ambientais; Planejamento Ambiental; Cartografia; Projetos Educacionais;
Geoprocessamento; Geologia, Estudos e Análises Climáticas e Planejamento
Regional.

4.8 Empresa Júnior da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB JR.)

A missão desta Empresa Júnior é:

Desenvolver projetos nas áreas sociais, educacionais, comerciais,


industriais e governamentais, proporcionando aos seus membros a
possibilidade de testar na prática os conceitos teóricos aprendidos na sala
de aula contribuindo para o desenvolvimento responsável do Maranhão e
garantindo a conservação do meio ambiente (UNDB, 2008).

Vale mencionar que a UNDB Júnior é caracterizada como uma empresa


multidisciplinar, uma vez que abrangem todos os acadêmicos e docentes dos cursos
de graduação da UNDB, em especial, Administração e Contabilidade, contudo outros
cursos fazem parte, tais como: Direito, Turismo e outros.

a) Histórico

A Unidade Ensino Superior Dom Bosco tem uma única empresa júnior,
que junta os cursos de graduação de Administração e de Contabilidade, sendo uma
empresa multidisciplinar, fundada em 19 de dezembro de 2002, conhecida por
UNDB Júnior.

b) Produtos/Serviços

Sabe-se que as finalidades da UNDB Júnior são:

a) Proporcionar a seus membros condições necessárias à aplicação prática


de seus conhecimentos teóricos relativos à sua área de formação
profissional;
52

b) Incentivar a capacidade empreendedora do aluno, dando a ele uma visão


profissional já no âmbito acadêmico;
c) Realizar estudos, elaborar pesquisas, conceber projetos e relatórios
sobre assuntos específicos inseridos em sua área de atuação;
d) Valorizar alunos e professores da Unidade de Ensino Superior Dom
Bosco - UNDB no mercado de trabalho, na sociedade e no âmbito
acadêmico (UNDB, 2008).

Contudo, a UNDB Júnior almeja desenvolver nos acadêmicos o espírito


empreendedor, habilidades e competências.
53

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Durante a pesquisa de campo foi percebida que a média de idade dos


entrevistados é de 21 anos, sendo que dos estudantes participantes das EJ’s 52%
eram do sexo masculino e 48% do sexo feminino, com pesquisa realizada entre os
dias 05 a 09 de maio de 2008 nos campus da UEMA, UFMA e UNDB localizadas na
cidade de São Luís/MA.
a) O empreendedorismo é importante para desenvolvimento e
crescimento sócio-econômico de São Luís:
Acerca do empreendedorismo e seus efeitos sobre o crescimento
socioeconômico de São Luís, conforme pode ser analisado no Gráfico 2 a seguir.
Neste pode ser observado que 75% dos acadêmicos consideram o
empreendedorismo um fator de muita importância para o desenvolvimento e
crescimento da cidade e 25% afirmaram como importante.
Dessa forma, o entendimento sobre a relevância do empreendedorismo
para a localidade é vista como essencial para os acadêmicos, sendo fator de
extrema importância segundo a avaliação dos próprios empreendedores juniores de
São Luís.

Não é Importante 0%

0%
Pouco importante

0%
Neutro

25%
Importante

75%
Muito Importante

Gráfico 2 - Empreendedorismo em São Luís/MA


Fonte: Pesquisa de Campo
54

Foi avaliado o grau de participação dos alunos nas EJ’s, uma vez que
este é um pressuposto para o desenvolvimento do espírito empreendedor, daí a
razão dessa discussão.

5.1 Participação dos alunos nas empresas juniores

a) Quanto ao aprendizado para vida profissional / empregabilidade /


trabalhabilidade: Em relação ao grau de participação dos alunos nas EJ’s, o Gráfico
3 analisa a questão do aprendizado para vida profissional, a empregabilidade ou
trabalhabilidade foi avaliado com 75% dos entrevistados afirmando que o nível de
contribuição máxima ou bastante; para outros empresários juniores 25% apenas
contribuem.
Nota-se, então, que existe para os empresários juniores um mercado de
trabalho que absorve sua mão-de-obra, isto é, destaca-se a contratação desse
gerente empreendedor nas empresas instaladas na cidade de São Luís, havendo
uma grande contribuição dessa educação empreendedora para os acadêmicos que
participam da EJ de sua instituição.

75%
Contribui bastante

25%
Contribui

Neutro 0%

0%
Contribui pouco

0%
Não contribui

Gráfico 3 - Nível de empregabilidade dos empresários juniores


Fonte: Pesquisa de Campo
55

b) Quanto ao desenvolvimento do espírito empreendedor centrado na


perspectiva de novos negócios (Gráfico 4), os resultados foram que contribui
bastante teve 57% dos entrevistados. Em seguida, a opção contribui com 43%.
Compreende-se, então, que segundo os próprios acadêmicos que seu
espírito empreendedor é impulsionado após participação na sua EJ, cumprindo a
função de impulso do empreendedorismo dentro das IES brasileiras.

Contribui bastante 57%

Contribui 43%

Neutro 0%

Contribui pouco 0%

0%
Não contribui

Gráfico 4 - Desenvolvimento do espírito empreendedor


Fonte: Pesquisa de Campo

c) Quanto aos projetos desenvolvidos pelas EJ’s: analisa-se no Gráfico 5


o nível dos projetos desenvolvidos pelas EJ’s, na qual 64,29% consideraram
desafiadores; um certo grau de dificuldade com 21,43%; na opção altamente
desafiadora foram 10,71%; e, normais com 3,57%.
Isto demonstra que a característica empreendedora de envolvimento do
acadêmico com os riscos e o enfrentamento do novo, uma vez que os próprios
empresários juniores estão conscientes dos riscos, responsabilidades e obrigações
que assumem a frente de uma empresa, mas mesmo assim tem a ousadia de entrar
nesse projeto e levá-lo a adiante.
56

Altamente desafiadora 10,71%

Desafiadoras
64,29%
Um certo grau de dificuldade 21,43%

Normais 3,57%

0%
Não desafiadora

Gráfico 5 - Projetos desenvolvidos


Fonte: Pesquisa de Campo

Contribuem alem do esperado 25%

Contribuem 75%

Neutro 0%

Contribui pouco 0%

Não contribui 0%

Gráfico 6: Contribuição para a formação acadêmica


Fonte: Pesquisa de Campo
57

d) Quanto à contribuição para a formação acadêmica: tem-se no Gráfico


6, a contribuição para a formação acadêmica, onde é observado que a EJ
contribuem (75%), ou vão além do esperado (25%), dessa forma, recebendo uma
avaliação positiva disso.
A contribuição para a formação empreendedora cumpre seu papel por
meio das empresas juniores, onde os estudantes pesquisados membros de suas
respectivas EJ’s acreditam que seu papel de fomento do espírito empreendedor é
atingindo.
A contribuição também é uma ferramenta educacional que relaciona a
prática com a teoria dos estudantes pesquisados, cumprindo o que a universidade
comenta sobre a extensão universitária.

Altamente 17,86%
atuante

Atuante
75,00%

Neutro 7,14%

Atua pouco 0%

0%
Não atuante

Gráfico 7: Auto-avaliação sobre a avaliação dos empresários juniores


Fonte - Pesquisa de Campo

e) Quanto à sua participação na EJ: tem-se no Gráfico 7, a auto-avaliação


dos acadêmicos participantes da EJ, onde a maioria considera-se atuante ou
altamente atuante. Vale ressaltar que esta é mais uma característica do
empreendedorismo.
58

Segundo os entrevistados ser atuante é algo essencial e predominante


para a sobrevivência de uma EJ de sucesso no mercado. Não sendo admitido ou
possível haver vida econômica e financeira em uma empresa na qual a atuação é
pouco ou nenhuma.

0,00%
Muito atuante

25,00%
Atuante

35,72%
Neutro

Atua pouco 28,57%

Não atuante 10,71%

Gráfico 8: Apoio recebido pela IES


Fonte: Pesquisa de Campo

f) Quanto ao apoio da Universidade: tem-se no Gráfico 8 a visualização


do apoio a avaliação dos empresários juniores sobre o apoio recebido da
Universidade, e ou, Faculdade para com as EJ’s, na qual os resultados são tidos
como negativo, uma vez que somente 25% acreditam que a universidade seja
atuante.
O desapontamento pela falta de auxílio para as EJ’s pelas IES é uma
realidade triste que prejudica a existência de trabalhos para com o entorno
(comunidade), uma vez que quando a empresa tem que executar qualquer projeto,
sempre tem custos por menor que seja essa dimensão do trabalho a ser executado.
O resultado do Gráfico 8 é corroborado pela entrevista realizada com os
Diretores das EJ’s, onde é destaque a falta de apoio que prejudica a atuação da
59

empresa, que em grande parte é fruto apenas da força de vontade e criatividade dos
alunos.
g) Quanto à atuação do professor orientador: é destacada no Gráfico 9
que 10,71% acreditam que os orientadores são altamente atuantes; 39,29% atuante;
28,57% neutro; 17,86% atuam pouco; e 3,57% não atuante. Com esses resultados é
observada uma divergência de opiniões que reflete uma situação especifica de cada
EJ em relação ao Departamento na qual está ligado ou IES.

Altamente 10,71%
atuante

Atuante
39,29%
Neutro
28,57%
17,86%
Atua pouco

Não atuante 3,57%

Gráfico 9: Atuação do professor orientador


Fonte - Pesquisa de Campo

h) Quanto à relação aplicação dos conhecimentos teóricos, os projetos


desenvolvidos: é analisada no Gráfico 10, tendo 35,72% contribui muito; 50%
contribui; neutro ou contribui pouco com apenas 7,14%. Percebe-se assim que
aplicação dos conhecimentos teóricos é uma realidade, uma vez que maior parte
dos entrevistados acredita que há contribuição positiva dos conhecimentos
adquiridos em sala de aula.
60

Contribui muito 35,72%

Contribui
50,00%
Neutro 7,14%

Contribui pouco 7,14%

Não contribui 0%

Gráfico 10 - Aplicação dos conhecimentos teóricos


Fonte: Pesquisa de Campo

Sim, sem 60,72%


restrições

Sim, com 28,57%


restrições

Neutro 3,57%

Talvez 3,57%

Não 3,57%

Gráfico 11 - Recomendação de participação dos alunos


Fonte: Pesquisa de Campo
61

i) Quanto à recomendação de participar da empresa Júnior, você


recomendaria para outros alunos e/ou outras IES: tem-se no Gráfico 11 uma
avaliação da recomendação dos empresários juniores, na qual os alunos
recomendam a participação dos acadêmicos como algo extremamente positivo. Isto
é ratificando com os dados, onde: 60,72% sim e sem restrições; 28,57% com
resposta afirmativa, mas com restrições que não foram detalhadas; 3,57% neutros;
3,57% talvez; e, 3,57% não.
Dessa forma, é notória a afirmação dos entrevistados na qual a
participação é uma realidade que deve fazer parte para todo e qualquer acadêmico,
e sem nenhuma restrição. Isto é, acredita-se que algo extremamente importante é a
participação dos acadêmicos nas EJ’s durante sua vida universitária, durante sua
formação acadêmica.

Contribui muito 21,43%

Contribui 71,43%

Neutro 3,57%

0,00%
Contribui pouco

3,57%
Não contribui

Gráfico 12 - EJ’s fomentando a economia ludovicense


Fonte: Pesquisa de Campo

j) As EJ’s fomentam empresários juniores na cidade de São Luís: é


analisado no Gráfico 12 e visto como uma contribuição importante ou muito
importante conforme ilustrado a seguir, na qual 21,43% acreditam que contribui
muito; 71,43% contribui; 3,57% neutro; e, 3,57% não contribui.
62

Entre as contribuições dadas à cidade, os diretores das EJ’s destacaram


ainda a qualidade dos serviços executados, bem como a incubação de várias
empresas.
Os estudantes entrevistados destacaram que a contribuição das
empresas juniores para a comunidade tem múltiplos aspectos, uma vez que preços
mais baratos atingem diretamente as camadas mais pobres da população de São
Luís.

3,57%
Altamente preparado

Preparado
57,14%
28,58%
Neutro
7,14%
Pouco preparado
3,57%
Não preparado

Gráfico 13: Nível de preparação dos empresários juniores


Fonte: Pesquisa de Campo

l) Preparado para conduzir seu próprio negócio: tem-se no Gráfico 13 uma


auto-avaliação do empresário júnior centrado na questão se este está preparado
para conduzir seu próprio negócio, na qual grande parte dos entrevistados afirmou
que estavam preparados (57,14%) ou estavam neutros (28,58%).
Isso reflete mais uma faceta do desenvolvimento do fenômeno do
empreendedorismo brasileiros nas universidades, por meio das EJ’s, que em
particular demonstra a realidade de São Luís para estes que em breve serão recém-
formados.
63

m) Quanto à confiança dos clientes em relação à qualidade dos projetos


desenvolvidos pelas EJ’s: tem-se no Gráfico 14 uma avaliação do nível de confiança
dos clientes em relação à qualidade dos projetos desenvolvidos pelas EJ’s, na qual o
nível de confiança teve resultados positivos.
Isto é ratificando pelo grande número de clientes dessas empresas, sendo
entre elas empresas de grande porte nacional e regional como a Vale, Alumar,
Gabriela, entre outras grandes empresas, conforme descrita acima e ratificado nas
entrevistas realizadas.

Confiam muito 21,43%

Confiam
67,86%
Neutro 10,71%

Confiam pouco 0%

0%
Não confiam

Gráfico 14 - Confiança em relação à qualidade dos serviços prestados


Fonte: Pesquisa de Campo

n) O mercado maranhense, principalmente o de São Luís, conhece os


trabalhos desenvolvidos pelas EJ’s: para este se faz uma avaliação do mercado
regional, na qual é ilustrado no Gráfico 15 essencialmente na cidade de São Luís,
em relação ao nível de conhecimento dos trabalhos desenvolvidos.
Destaca-se que o conhecimento sobre as empresas é superficial,
conforme resultados do questionário, na qual 50% afirmam que o mercado
maranhense e ludovicense têm pouco ou nenhum conhecimento parcial dos
trabalhos das EJ’s.
64

conhecem muito 0,00%

conhecem 25,00%

neutro 14,29%

conhecem pouco
50,00%
10,71%
não conhecem

Gráfico 15 - Nível de conhecimento do mercado maranhense e ludovicense


Fonte: Pesquisa de Campo

7,7%
5,2%
33,3%
20,5%

33,3%

Prepara-se para o mercado de trabalho


Reconhecimento acadêmico e/ou profissional
Desenvolver a cultura empreendedora
Retorno financeiro
Outros

Gráfico 16: Motivo da entrada na EJ


Fonte: Pesquisa de Campo
65

o) Entrada na EJ: para o acadêmico conforme Gráfico 16, tem-se a razão


da opção por participar na EJ, na qual o reconhecimento acadêmico e ou
profissional teve 33,3%; Preparação para o mercado de trabalho com 33,3%;
desenvolvimento da cultura empreendedora 20,5%; retorno financeiro 5,2%; e,
outros 7,7%.
A motivação para os acadêmicos incidir que exclusivamente em motivos
educacionais e na busca continua pela qualidade de seus serviços, conforme é visto
a seguir:

8,70%
26%

34,80%
6,50%

24%

Prestar serviços com o custo m ais barato para as m icros e pequenas em presas

Reduz o custo final das m ercadorias e serviços na qual com põem a cadeia produtiva

Criar e fomentar inovação tecnológica ou novo conhecim ento para as m icro e pequenas em presas

Prepara em preendedores

Outros

Gráfico 17 - Principais contribuições da EJ para a sociedade


Fonte: Pesquisa de Campo

No Gráfico 17 quais as principais contribuições da empresa Júnior para a


sociedade, sendo a prestação de serviços com o custo mais barato para as micro e
pequenas empresas com 26%; redução do custo final das mercadorias e serviços na
qual compõem a cadeia produtiva com 6,5%; criação e fomento a inovação
66

tecnológica ou novo conhecimento para as micro e pequenas empresas; preparação


empreendedores com 26%; e outros 8,7%.
A prestação de serviços com o custo mais barato para as micro e
pequenas empresas é apenas uma das vantagens obtidas para a sociedade por
meio do repasse para o consumidor final de seus produtos finais menos onerosos. E
isto acontece devido à redução do custo final das mercadorias e serviços na qual
compõem a cadeia produtiva.
A criatividade e o fomento de novas tecnologias também é observada,
sendo um palco para as EJ’s de engenharias e demais empresas.
Mas o que ganha destaque é a preparação dos novos empreendedores
que é fundamental para toda e qualquer empresa, mas não somente para os futuros
ex-universitários como para aquelas micro e pequenas empresas que recebem o
auxilio das EJ’s por meio de suas consultorias e outros serviços.

9% 9%
11%

4% 24%

4%

13%
6% 20%

Dificuldade de adaptação na EJ
Um maior apoio par parte da IES
Dificuldade na implantação de projetos
Necessidade de maior tempo de adaptação da nova diretoria
Deficiente comunicação interna e externa
Alta centralização da diretoria
A alta rotatividade dos gestores
Abandono dos diretores da empresa antes do termino do mandato
Outros

Gráfico 18: Principais dificuldades de adaptação das EJ’s


Fonte: Pesquisa de Campo
67

No Gráfico 18 é analisado as principais dificuldades encontradas pelos


acadêmicos que desejam participar da EJ.
Nota-se que a falta de apoio das IES para com as EJ’s é a principal
dificuldade de adaptação das mesmas, sendo isto o ponto de concordância também
nas entrevistadas realizadas e o ponto comum e central de todas as instituições
pesquisadas.
Entende-se então que as EJ’s são fundamentais para o desenvolvimento
do empreendedorismo, trazendo benefícios de ordem econômica, social, ambiental,
educacionais, entre outras, pois trazem vantagens para a sociedade, a universidade
e os próprios universitários que participam de suas EJ’s.
Entretanto é imprescindível que esta tenha apoio para o seu
fortalecimento recebendo todo o apoio e infra-estrutura disponível, tais como bons
livros na biblioteca, professores capacitados com disponibilidade tempo para orientá-
los nos projetos de grande complexidade, entre outros.
68

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O presente trabalho tornou possível compreender a realidade das EJ’s na


cidade de São Luís/MA, bem como relatar sobre as mesmas e o seu desempenho,
que diante da falta de apoio das IES, visível pela: falta de estrutura física, falta de
professores orientadores, problemas de custeio para execução de atividades,
problemas administrativos deixados pelas gestões anteriores, entre outros. Estes
culminam para o enfrentamento de grandes dificuldades por partes dos atuais
empresários juniores que acabam por depender apenas da criatividade e dos
poucos recursos, quando encontrados.
Mas, apesar disso foi possível observar que os membros efetivos e ativos
das EJ’s apresentam um bom aproveitamento para seu desenvolvimento acadêmico,
uma vez que traz a práxis acadêmica.
A importância do fenômeno do empreendedorismo está relacionado com
o desenvolvimento da Empresa Júnior. Entretanto, encontraram-se problemas
diversos, tais como: falta de motivação dos empresários juniores, falta de apoio da
IES.
Vale ressaltar que em relação à EJ versus a IES a primeira afeta
diretamente a segunda, bem como de modo indireto, pois toda a EJ leva o nome da
graduação e, ou, IES na qual está ligada.
Já para a sociedade, o desenvolvimento do empreendedorismo por parte
da EJ é essencial como modo de retribuição para mesma, uma vez que os
acadêmicos que participam da empresa realizam serviços de qualidade, com menor
custo e maior benefício. Com isso, contribuindo na formação dos gestores
empreendedores e na geração de novas empresas por profissionais mais
qualificados e aperfeiçoados.
Assim, sugerem-se medidas como a realização de parcerias com
entidades ou instituições de ensino público, privado e, ou, de economia mista,
tornando viável a ligação Universidade – Mercado - Sociedade de modo mais
eficiente. Ou seja, a realização de parcerias com grandes empresas também ajuda,
pois qualifica melhor o universitário, que tem uma visão completa de seu mercado
de trabalho, e ainda, observando a realidade não somente das micro e pequenas
empresas, mas de todos os tipos de empresas do mercado.
69

Outra sugestão é uma campanha que vise à valorização das EJ’s por
parte das IES, sendo essencial para a melhor qualidade do ensino universitário, pois
viabilizar a realização de atividades com o entorno da Universidade, transformado a
IES e EJ em um instrumento de ação, ou mesmo, de políticas públicas.
A motivação também é uma ferramenta relevante para o estímulo das
EJ’s, pois um acadêmico motivado é um instrumento valioso de geração dos futuros
empresários, pois entrando na EJ aprendem a ser seus próprios chefes, adquiridos
características de um empreendedor.
Para os que saíram da IES, recém-formados e ex-membros efetivos da
EJ que desejam ser empreendedores, propõem-se caso interesse dos mesmos, à
incubação de empresas destes ex-estudantes, por meio da realização de convênios
com a EJ, para que assim haja um estímulo para a criação de empresas jovens e
apoiados por IES, por meio de disponibilidade de mão-de-obra, conhecimento de
mercado, marketing, pesquisa de mercado.
Também é necessária uma adoção de medida que promova a
participação dos egressos, uma vez que, são essenciais para a constante renovação
e crescimento da EJ. Assim, sugere-se a realização de palestras e convites
individuais e coletivos para os novos universitários, além de cumprimento alternativo
da disciplina de estágio que pode ser cumprida na EJ, como exemplo que já
acontece em outras instituições. Isto é, interligar estágio curricular da grade do curso
com serviços prestados pela EJ.
70

REFERÊNCIAS

BORTOLOTO, Heloisa Straza. RACRE - Rev. Adm. CREUPI, Esp. Sto. do Pinhal -
SP, v. 05, n. 09, jan./dez.2005.

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http://www.brasiljunior.com.br. Acesso em: 17. abril. 2008.

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com.br/z22.htm acessado em 25 de abr. de 2008.

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Machado; RIBEIRO, Tatiana V.A. Empreendedorismo e educação empreendedora:
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GOMES, Laurentino; NOGUEIRA, Marcos. Que país era aquele? O Brasil surreal
que Dom João encontrou: negros donos de escravos em Minas, chuvas de esgoto
em Salvador e um índio rei da Amazônia. De norte a sul, uma viagem pelo
inacreditável país que existia antes de 1808. Revista Super Interessante. Ed. 251,
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GUIMARÃES, C. L.; SENHORAS, E. M.; TAKEUCHI, K. P. Empresa júnior e


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nicamp.br/site/06/download/artigos/anprotec.pdf. Acessado em: 17/03/2008.

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RODRIGUES, Rogério Guimarães. Evolução do Conceito Empresa Júnior na


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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em


Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
73

APÊNDICE
74

Apêndice A: Questionário aplicado aos empresários juniores

CENTRO DE ENSINO ATENAS MARANHENSE


FACULDADE ATENAS MARANHENSE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM ANALISE DE SISTEMAS

Venho através solicitar as informações para composição de trabalho monográfico do


Curso de Administração com habilitação em Análise de Sistemas da Faculdade
Atenas Maranhense (FAMA). Desde já agradeço pela sua colaboração.

IDENTIFICAÇÃO
Idade: ___________ sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Instituição de ensino superior: ____________________________
Empresa Júnior: _______________________________________
Quantos alunos participam na sua Empresa Júnior: ___________

Responda as questões abaixo de acordo com a sua percepção como membro de


uma empresa Júnior no Maranhão:

1. Você acha o empreendedorismo é importante para desenvolvimento e


crescimento sócio-econômico de São Luís?

Não é Pouco Neutro importante Muito


importante importante importante
1 2 3 4 5

Participar de empresa juniores:

2. Quanto ao aprendizado para vida profissional / empregabilidade /


trabalhabilidade:

Não contribui Contribui Neutro Contribui Contribui


Pouco Bastante
1 2 3 4 5

3. Quanto ao desenvolvimento do espírito empreendedor (perspectiva de novos


negócios):

Não contribui Contribui Neutro Contribui Contribui


Pouco Bastante
1 2 3 4 5
75

4. Quanto aos projetos desenvolvidos pelas EJ’s:

Não Normais Um certo grau Desafiadores Altamente


desafiadores de dificuldade desafiadores
1 2 3 4 5

5. Quanto à contribuição para a formação acadêmica:

Não Contribuiu Neutro Contribuiu Contribuiu


contribuiu pouco além do
esperado
1 2 3 4 5

6. Quanto à sua participação na EJ, você se sente:

Não atuante Atua Neutro Atuante Altamente


Pouco atuante
1 2 3 4 5

7. Quanto ao apoio da Universidade:

Não atuante Atua Neutro Atuante Altamente


Pouco atuante
1 2 3 4 5

8. Quanto à atuação do professor orientador:

Não atuante Atua Neutro Atuante Altamente


Pouco atuante
1 2 3 4 5

9. Quanto à relação aplicação dos conhecimentos teóricos, os projetos


desenvolvidos:

Não Contribui Neutro Contribuí Contribuí muito


contribuem pouco
1 2 3 4 5

10. Quanto à recomendação me participar de empresa Júnior, você recomendaria


para outros alunos e/ou outras IES:

Não Talvez Neutro Sim, com Sim, sem


restrições. restrições.
1 2 3 4 5
76

11. Você acredita as EJ’s fomentam empresários juniores na cidade de São Luís?

Não Contribui Neutro Contribuí Contribuí muito


contribuem pouco
1 2 3 4 5

12. Você se sente preparado para conduzir seu próprio negócio?

Não preparado Pouco Neutro Preparado Altamente


preparado preparado
1 2 3 4 5

13. Quanto à confiança dos clientes em relação à qualidade dos projetos


desenvolvidos pelas EJ’s?

Não Confiam Confiam Neutro Confiam Confiam muito


Pouco
1 2 3 4 5

14. O mercado maranhense, principalmente o de São Luís, conhece os trabalhos


desenvolvidos pelas EJ’s?

Não Conhecem Neutro Conhecem Conhecem


Conhecem Pouco muito
1 2 3 4 5

15. Você entrou na EJ para:

( ) Preparar-se para o mercado de trabalho


( ) Reconhecimento acadêmico e/ou profissional
( ) Desenvolver a cultura empreendedora
( ) Retorno financeiro
( ) Outros: Qual: _______________________________

16. Quais as principais contribuições da Empresa Júnior para a sociedade:

( ) Prestar serviços com o custo mais barato para as micros e pequenas empresas
( ) Reduz o custo final das mercadorias e serviços na qual compõem a cadeia
produtiva
( ) Criar e fomentar inovação tecnológica ou novo conhecimento para as micro e
pequenas empresas
( ) Prepara empreendedores
( ) Outros: Qual: _______________________________
77

17. Quais as principais dificuldades encontradas pelos acadêmicos que desejam


para participar da Empresa Júnior que faz parte:

( ) Dificuldade de adaptação na Empresa Júnior


( ) Um maior apoio par parte da instituição
( ) Dificuldade na implantação de projetos
( ) Necessidade de maior tempo de adaptação da nova diretoria
( ) Deficiente comunicação interna e externa
( ) Alta centralização da diretoria
( ) A alta rotatividade dos gestores
( ) Abandono dos diretores da empresa antes do termino do mandato
( ) Outros: Qual: _______________________________

18. Quais sugestões você aponta para a melhoria como participante da empresa:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
78

Apêndice B: Entrevista aplicada aos Diretores das Empresas Juniores

CENTRO DE ENSINO ATENAS MARANHENSE


FACULDADE ATENAS MARANHENSE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM ANALISE DE SISTEMAS

Venho através solicitar as informações para composição de trabalho monográfico do


Curso de Administração com habilitação em Análise de Sistemas da Faculdade
Atenas Maranhense (FAMA). Desde já agradeço pela sua colaboração.

Razão Social: __________________________________________________


Gestor: _______________________________________________________
Localização: ___________________________________________________
Quantidade de participantes: ______________________________________
Histórico da Empresa Júnior:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Qual a missão, visão e valores da EJ?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
1- Em sua opinião qual a importância que sua EJ representa para a sociedade de
São Luís/MA?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
79

2- Em sua opinião, quais as perspectivas de mercado para a sua empresa aqui em


São Luís/MA?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3-Você considera a sua EJ, uma empresa de sucesso no mercado de São Luís
dentro do seu ramo de atuação?Justifique?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4- Quais oportunidades de mercado você encontra aqui em São Luis?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5- Quais são os seus principais clientes?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6-Quais os seus principais concorrentes?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7- O empreendedorismo é importante para o desenvolvimento e crescimento sócio-
econômico de São Luís/MA? Justifique?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
80

8- Como a definição de metas e planejamento da EJ pode garantir bons resultados?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9- Como os gestores devem se comportar no mercado para assegurar a
perpetuação da EJ?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10-De que forma a EJ contribui para o crescimento e desenvolvimento sócio-
econômico de São Luís/MA?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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