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Ao Conselho Executivo

Ao Conselho Pedagógico
Ao Conselho Geral Transitório
À Associação de Pais e Encarregados de Educação
da Escola Secundária Sá de Miranda

Ao Ministério da Educação
À Presidência da República
Ao Governo da República
À Assembleia da República - Grupos Parlamentares
À Procuradoria Geral da República
À Plataforma Sindical
Ao Conselho Científico para a Avaliação de Professores
À DREN
À Comunicação Social

Escola Secundária de Sá de Miranda - Braga

MOÇ ÃO

Os professores da Escola Secundária de Sá de Miranda, em Braga, reunidos no dia


3 de Novembro de 2008, consideram que o actual modelo de avaliação do
desempenho, aprovado pelo Decreto-Regulamentar 2/2008, perturba o
funcionamento das escolas e gera um enorme mal-estar entre os docentes,
impossibilitando a sua concentração no processo educativo e prejudicando a
qualidade do acompanhamento dos alunos.

Os professores contestam:

1. O Estatuto da Carreira Docente, na medida em que institui uma divisão


artificial entre professores ao agrupá-los, de forma aleatória, em duas
categorias: titulares / não-titulares. Tal gera, entre outros aspectos,
uma relação inquinada entre pares - agora avaliadores e avaliados -,
desligando ainda o processo de avaliação docente das vertentes científica
e pedagógica que lhe são necessárias.
2. A complexidade e inviabilidade de um modelo de avaliação
eminentemente burocrático, que lesa princípios básicos da equidade e
universalidade, e em nada contribui para a melhoria do desempenho dos
professores.
3. A forma como tem sido produzida a mais variada legislação que, ao
procurar regulamentar um processo inexequível, viola não só princípios
consagrados na Constituição mas também princípios fundamentais do
Direito.
4. A pública e abusiva responsabilização dos docentes pelo insucesso,
abandono e exclusão escolar dos alunos, cobrando exclusivamente à
escola aquilo que só pode ser imputável à sociedade no seu conjunto.
5. A enorme sobrecarga de trabalho, burocrático e improdutivo, que se
traduz em horários de permanência na escola muito acima do legalmente
estabelecido e implica horas de trabalho acrescido, em casa, a fim de
assegurar o exercício condigno do que é o cerne das funções do
professor: a preparação das suas aulas e o acompanhamento dos
trabalhos dos seus alunos.
6. A menorização, junto da opinião pública, do papel do professor enquanto
profissional da educação, da sua função social, e o consequente
comprometimento dos princípios básicos da escola pública enquanto
garante de um ensino de qualidade, livre, universal e gratuito.

Em nome dos princípios e valores da profissão docente, que continuamos a


defender, os professores desta Escola, abaixo-assinados, declaram o seu profundo
descontentamento com a situação hoje vivida nas escolas, expressam o seu total
desacordo com o actual modelo de Avaliação de Desempenho do Pessoal Docente e
exigem a sua imediata suspensão.

Os signatários,

121 professores, num total de perto de 150 professores

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