Sei sulla pagina 1di 12

Avaliação do Desenvolvimento Psicomotor em Crianças Portadoras de Deficiência

Mental na APAE de Adamantina


Evaluation of the Development Psychomotor in Children’s Bearers of Deficiency Mental in
APAE of Adamantina

Mari, Viviane
Graduanda do 8º termo de Fisioterapia da FAI
Docusse, Claudia Paccini A.
Especialista em Psicomotricidade e Professora do curso de Graduação em Fisioterapia.
Francisco, Francisco Carlos de
Professor doutor do curso de graduação em Fisioterapia.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento psicomotor de crianças


portadoras de deficiência mental na APAE de Adamantina e relatar quais os déficits mais
significativos.Foram escolhidas quatro crianças do sexo feminino, portadoras de deficiência
mental de grau leve a moderado.A avaliação consistiu da aplicação de provas e a partir delas
construiu-se o gráfico do perfil psicomotor, traduzindo a idade motora das crianças. A análise
dos resultados permitiu concluir que as crianças apresentam déficits em alguns aspectos do
seu desenvolvimento motor e para tanto seria importante uma reeducação psicomotora assim
como orientação a pais e professores para uma adequada estimulação.

Palavras – chave

Crianças, psicomotora, desenvolvimento

Abstract

The present study had as objective evaluates the development children’s bearers of mental
deficiency psicomotor in APAE of Adamantina and to tell which the most significant deficits.
They were chosen four children of the feminine sex, bearers of mental deficiency of light
degree the moderate. The evaluation consisted of the application of proofs and starting from
them the graph translating the age motora children’s. The analysis of the results allowed to
conclude that the children present deficits in some aspects of your motor development motor
and for so much it would be important a reeducation psychomotor as well as orientation to
parents and teachers for an appropriate stimulation.

Key –Words

Children’s, psychomotor, development


Introdução

A deficiência mental, denominada também oligofrenia ou mais comumente retardo mental, é


um termo usualmente utilizado para designar o indivíduo que apresenta inteligência abaixo do
normal e capacidade reduzida para o aprendizado (Swaiman apud Sheperd, 1996).

As crianças com deficiência cognitiva apresentam comumente desempenho motor deficiente,


seja em decorrência de disfunção cerebral, seja porque sua capacidade de prestar atenção ou
sua capacidade para o desenvolvimento de conceitos abstratos se encontra comprometido, ou
porque não são capazes de adequar a intenção à ação e de aprender as habilidades motoras ou
motivação para explorar o ambiente (Sheperd, 1996, p 165).

De acordo com a definição estabelecida pela OMS (1968), pode-se classificar as pessoas com
deficiência mental dentro dos seguintes níveis, baseados no QI e considerando o
comportamento adaptativo:

Deficiência mental leve -------------------------------------------- QI entre 53 e 70


Deficiência mental moderada ------------------------------------- QI entre 36 e 52
Deficiência mental grave ------------------------------------------ QI entre 19 e 35
Deficiência metal profunda --------------------------------------- QI inferior a 20

Pode-se dizer que a criança com retardo mental discreto terá uma inteligência e
desenvolvimento muito próximo dos limites normais, somente em ritmo mais lento, mas
sendo capazes de viver e trabalhar dentro da sociedade (Illingworth apud Sheperd, 1996).

No entanto se não for estimulada, a criança mentalmente retardada apresentará certos atrasos
previsíveis, que afetarão o seu relacionamento com os adultos e crianças de sua idade, sua
capacidade para se deslocar de um lugar para outro, e de se adequar no tempo e no espaço.

Todos os movimentos executados pelas crianças são resultado da coordenação psicomotora


ou neuromuscular, variando apenas o grau de solicitação (Mello, 1983).

Segundo Idla (1976), a coordenação resulta de um trabalho entre os sistemas nervoso e


muscular e que se traduz como uma manifestação da inteligência.

Para que ela possa ser adquirida e a criança obtenha o automatismo dos gestos é necessária a
elaboração de um programa de atividades estruturado convenientemente.
A maturação nervosa é também importante na determinação da coordenação psicomotora,
mas para que ela seja aperfeiçoada deve ser considerados a adaptação funcional, o tempo, o
meio ambiente e o treinamento.

Em alguns casos, de acordo com Davis et al. (1980), a criança coordena seus movimentos a
partir da percepção dos estímulos que o meio externo oferece.

Para Gruspun (1983), a criança a partir do nascimento começa a formar o seu conhecimento
corporal por meio de múltiplas percepções que se inicia quando ela adquire os primeiros
movimentos, pois, estes lhes permitem receber impressões táteis.

VAYER apud MELO (1997, p. 27), esclarece que “em cada fase de seu desenvolvimento a
criança é o resultado atual das relações e comunicações que realiza entre seu corpo, as outras
pessoas e a realidade das coisas”. A construção do esquema corporal, isto é, a organização das
sensações relativas a seu próprio corpo, relacionadas com os dados do mundo exterior é
indispensável para a formação da personalidade da criança. A sua personalidade e
desenvolvimento se iniciaram graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo,
de seu ser, de suas possibilidades de agir e transformar o mundo à sua volta, sendo o ponto de
partida, portanto, para as diversas possibilidades de ação.

Em seu desenvolvimento, as crianças serão beneficiadas se puderem criar, aprender e


descobrir vinculado ao movimento que o próprio lhes permite (Curtiss, 1988). Este
aprendizado e descoberta muitas vezes se evidenciam inadequadamente em crianças com
algum grau de deficiência mental.

A psicomotricidade irá atuar como um suporte básico que auxilia a criança a adquirir
sensações e percepções, assim como conceitos que lhes darão o conhecimento de seu corpo e
através desse, o mundo que os rodeia.

A avaliação psicomotora consiste de testes que permitem mostrar as diferentes etapas de um


mesmo indivíduo e também verificar possíveis atrasos na idade motora das crianças em
relação a sua idade cronológica e/ou mental e a partir dos resultados propor atividades com
intuito de influir no seu desenvolvimento, ampliando seu repertório motor e
conseqüentemente organizando sua consciência corporal com base no vivido.

Entende-se como o atraso no desenvolvimento motor uma dificuldade ou incapacidade em


realizar e dominar ações condizentes à idade cronológica.
Objetivos

Avaliar o desenvolvimento psicomotor de crianças portadoras de deficiência mental na APAE


de Adamantina e relatar os déficits mais significativos.

Metodologia

Os casos escolhidos para a realização do trabalho foram quatro crianças do sexo feminino,
portadoras de deficiência mental de grau leve a moderado, com idade cronológica entre doze
e quinze anos. Elas são assistidas em período integral pela APAE de Adamantina sendo que
três das crianças estudam na mesma sala de aula, correspondente a 2ª série do ensino
fundamental e uma criança estuda na 1ª série.

As crianças foram divididas em dois grupos de acordo com o grau de deficiência mental:

Grupo 1: composto por duas crianças portadoras de deficiência mental grau leve, com idade
cronológica de treze anos e sete meses e quinze anos e cinco meses e ambas com idade
mental de sete anos. As crianças começaram a freqüentar a instituição respectivamente nos
anos de 1994 e 1999;

Grupo 2: composto por duas crianças portadoras de deficiência mental grau moderado, com
idade cronológica de doze anos e dois meses e quatorze anos e com idade mental
respectivamente a cinco e seis anos, tendo a primeira começado a freqüentar a instituição no
ano de 1999 e a outra em 1995.

A avaliação da idade mental das crianças foi realizada no ano de 1999 pela psicóloga da
APAE, segundo proposta de Viscky.

Somente uma criança do grupo portador de deficiência mental grau leve e uma do grau
moderado são atendidas no serviço de fisioterapia presente na APAE.

As provas foram aplicadas no interior do setor de Fisioterapia da instituição.

Materiais

Os materiais utilizados para a avaliação foram:


• Papel tamanho ofício e papel quadriculado;
• Corda e elástico;
• Fita métrica;
• 12 cubos de 25 mm de lado;
• Fio nº 60 e agulha (1cm X 1mm);
• Par de cordões para sapato de 45 cm;
• Labirintos;
• Papel de seda (5cm X 5 cm);
• Bola de plástico de 6 cm de diâmetro;
• Placa de 20 X 13 cm, com 3 espaços em forma de círculo, quadrado e triângulo;
• 2 fósforos de comprimentos diferentes (5 e 6 cm);
• Carta (14 X 10 cm) não recortada e uma recortada;
• Cartão com rodelas com diâmetro de 3 cm, recortadas de papel gomado;
• Tesoura sem ponta, lápis, despertador, prego, martelo;
• Cartolina de 25 X 15 cm, furada no centro com um furo de 0,5 cm de diâmetro e tubo longo
de cartolina;
• Quadro perfil psicomotor proposto por Picq e Vayer (1988);
• Carta de autorização apresentada à instituição.

Procedimentos

A avaliação iniciou-se em 12/08/03, e terminou em 22/08/03.

As provas realizadas para a avaliação psicomotora foram baseadas na proposta de Picq e


Vayer (1988).

Antes da execução todas as provas foram demonstradas e condicionado ao completo


entendimento por parte da criança.

O exame psicomotor constou de:

• Teste da Figura Humana de F. Goodenough (1926): apresentou-se à criança um papel sulfite


e um lápis preto nº 2 e solicitou-se para que fizesse um desenho de si mesma. Este desenho
corresponde à realidade da criança, pois ela desenha o ser humano em função do
conhecimento que possui de si mesma. Esta prova, junto à prova do controle segmentário,
avalia o esquema corporal da criança;
• Observação do desenvolvimento e do comportamento psicomotor: que é feita através das
provas descritas por Picq e Vayer (1988), relacionadas logo abaixo, que se exprimem em
faixas etárias do desenvolvimento psicomotor da criança. As provas são:

• Equilíbrio ou controle postural: correspondente a prova I dos testes de Ozeretski –


Guilmain, propõe idades de análise de 2 a 12 anos e busca observar o equilíbrio estático e
dinâmico;

• Coordenação Dinâmica das Mãos: correspondente à prova II de Ozeretski – Guilmain, traz


atividades compatíveis à idade de 2 a 13 anos e analisa a capacidade da criança observar e
assimilar o que lhe é proposto e direcionar sua coordenação manual para sua eficiente
execução;

• Coordenação Dinâmica Geral: correspondente a prova III de Ozeretski – Guilmain, as


atividades são para a idade de 2 a 12 anos e analisa as coordenações essenciais da criança e o
domínio e harmonia corporal enquanto se movimenta;

• Controle segmentário: prova do controle do próprio corpo de Berges e Lézine, citado em


Picq e Vayer (1988), junto com o desenho da figura humana avalia o esquema corporal.
Equivale a idade de 3 a 6 anos e analisa a capacidade da criança de observar, assimilar e
repetir os gestos, assim dominando seu corpo a partir do modelo realizado pelo avaliador;

• Organização Látero-espacial: adaptação da bateria de Piaget – Head, descrita por Galifret –


Granjon, corresponde às idades de 6 a 12 anos;

• Organização Perceptiva: adaptação da bateria de Piaget – Head, para crianças de 2 a 5 anos;

• Estruturação Espaço-temporal: adaptada das estruturações rítmicas de M. Stambak é uma


progressão da prova de organização perceptiva, correspondendo as idades de 6 a 11 anos.
Permite a criança através de seus sentidos, perceber diferenças e semelhanças dos objetos,
comparando e relacionando-os com diferentes situações propostas;

• Observação da Dominância Lateral: adaptação do “Harris Tests of Lateral Dominance”,


analisa a dominância da mão, pé e olho;
• Prova de Rapidez: corresponde a prova do pontilhado de M. Stambak, apud Picq e Vayer
(1988) e pode ser considerada uma prova complementar à lateralidade. Foi entregue a criança
uma folha de papel quadriculado com 25 quadrados sobre 18, cada quadrado tendo 1 cm de
lado, e um lápis preto nº 2. A folha foi apresentada no sentido do comprimento e foi pedido
para que a criança fizesse um traço em cada quadrado, sem pular nenhum e o mais rápido
possível, podendo a criança pegar o lápis com a mão escolhida. Foi cronometrado a duração
de 1 minuto e após pedido para realizar a prova com a outra mão;

• Tônus muscular: (Lefevre, 1972), foi realizado através da palpação dos músculos do tronco
e membros para avaliar o tono em repouso e após movimentação passiva nos vários
segmentos dos membros superiores e membros inferiores e completados pelo balanço passivo
nos membros superiores.

As avaliações foram aplicadas iniciando-se com a prova correspondente a idade cronológica


da criança e se não realizada com sucesso, passado para as idades inferiores até que houvesse
sucesso. A idade atribuída foi a correspondente à última prova realizada com sucesso.

Nas provas de controle segmentário, rapidez e estruturação espaço-temporal foi dado um


ponto por acerto e após realizou-se uma somatória dos pontos revelando a idade obtida em
cada prova.

Para a realização do cálculo da idade psicomotora cinco provas foram consideradas:


equilíbrio, coordenação dinâmica geral, coordenação dinâmica das mãos, esquema corporal e
organização perceptiva, as outras provas complementares não interferiram no cálculo.

A partir das idades obtidas em cada prova, construiu-se o gráfico do perfil psicomotor da
criança (anexo I), traduzindo o seu desenvolvimento e comportamento psicomotor.

Resultados e Discussões

Os deficientes mentais moderados e principalmente os leves são crianças de aparência normal


ou subnormal na maior parte do tempo. São capazes de compreender determinadas relações e
analisar situações concretas. O que acontece é que eles desenvolvem-se a uma velocidade
diferente, segundo as diferentes etapas do desenvolvimento psicobiológico. (Picq e Vayer,
1988).

Um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor acarreta uma não correspondência entre as


habilidades motora características de uma determinada idade com a idade cronológica
correspondente, ou seja, um comportamento motor que seria explicado numa certa idade,
somente será adquirido mais tardiamente (Lefevre, 1972).
Este estudo visou constatar na prática se as crianças portadoras de deficiência mental
apresentam algum atraso no seu desenvolvimento e para isso foi realizada a avaliação
psicomotora que analisa o desempenho motor das crianças.

As crianças apresentaram atraso em todas as provas com relação à idade cronológica, mas
levando-se em consideração os graus de retardo mental presente, foi realizada somente uma
comparação com suas idades mentais.

Os resultados referentes a cada grupo foram descritos juntamente com a discussão e seguem
abaixo:

Grupo 1: nas crianças desse grupo a idade mental e a motora não apresentaram grandes
diferenças, sendo que a prova que revelou um déficit bastante significativo foi a do equilíbrio,
com um atraso de 3 anos para ambas as crianças.

O bom equilíbrio é essencial para a conquista da boa locomoção e independência dos


membros superiores. Quanto mais o equilíbrio é falho, maior é a absorção de energia útil para
outros trabalhos, e esta luta constante contra o desequilíbrio, ainda que inconsciente fatiga o
espírito e distrai involuntariamente a atenção. A dificuldade em equilibrar-se produz estados
de ansiedade e insegurança, pois a criança não consegue manter um estado estático ou de
movimento e isto atrapalha a relação entre equilíbrio físico e psíquico.

A falta de equilíbrio nestas crianças pode também ter uma causa psicológica, a qual pode ser
explicada pelo fato delas terem falta de confiança em si mesmas, em suas possibilidades ou
devido à impossibilidade de se concentrarem naquilo que fazem, pois há uma relação entre o
equilíbrio de um indivíduo e sua mente, para obtê-lo é necessário um controle tônico
ajustado, e as emoções estão intimamente ligadas ao tônus de fundo.

O teste de rapidez constou como idade inferior a 6 anos, pois, nenhuma das crianças
conseguiu executar a prova rapidamente no tempo proposto.

Grupo 2: houve uma grande diferença nas idades obtidas entre as crianças desse grupo. Uma
das crianças obteve idade motora superior a idade mental e a outra um déficit em quase todas
as provas revelando uma idade motora com um atraso de 1 ano e 2 meses em relação à idade
mental, sendo que esta apresentou também dificuldades para entender os comandos verbais e
receio ao executar as provas.
Para melhor esclarecimento optou-se pela discussão distinta dos resultados de cada criança
desse grupo.

A primeira criança obteve ótimos resultados, revelando somente uma dificuldade na


realização das provas de estruturação espaço-temporal e de rapidez.

A orientação espacial pode ser definida como três aspectos: a tomada de consciência do corpo
em relação ao meio, conscientização da relação das coisas entre si e a organização do
indivíduo em relação ao mundo que o cerca.

Estabelece-se em função de estímulos exteroceptivos proporcionados pelo meio e a medida


que a percepção da criança se desenvolve os movimentos tornam-se mais aprimorados, pois
ela passa a dominar seu corpo e surge a necessidade de explorar o mundo de outra maneira,
ou seja, de ampliar sua noção espacial. Também a concepção de tempo é baseada na vivência
corporal, através da adaptação dos ritmos internos com as condições temporais impostas pelo
ambiente (Picq e Vayer, 1988).

Portanto é através do movimento que a criança descobre o espaço, a falta de estímulos do


meio, assim como a restrição em suas experiências e um raciocínio instável, podem explicar
as perturbações em se orientar e organizar no tempo e no espaço encontrado nessas crianças.

A segunda criança avaliada nesse grupo apresentou um atraso na maioria dos itens da
avaliação psicomotora e também nas provas complementares.

A prova do recorte que corresponde à idade de 6 anos foi realizada com insucesso, tendo a
criança não apresentado freio inibitório e bastante dificuldade em entender os comandos
sobre como realizar o recorte, além de apresentar sincinesias.

Na prova do esquema corporal traduzido pelo desenho da figura humana, ela apresentou
correspondência a idade mental de 5 anos, mas nas provas de controle segmentário obteve um
déficit significativo. No entanto, apresentou dominância lateral e sucesso na prova de
organização látero-espacial.

As maiores dificuldades foram encontradas na execução das provas que exigiam controle
postural estático e dinâmico, coordenação e destreza dos gestos.

Pôde-se observar que a criança é bastante insegura em realizar as atividades, o que restringe a
exploração do meio e por apresentar consciência de suas limitações fica bastante ansiosa
diante das situações que a expõem a elas.
Nas crianças débeis, os aspectos mais evoluídos de sua função motora não podem ser
desenvolvidos apenas por uma educação específica. É apenas após o domínio global do corpo
que se pode suprimir a ansiedade habitual e o não-querer, diminuir as sincinesias e as tensões,
e trazer com um controle satisfatório, a confiança indispensável para o desenvolvimento das
formas mais diferenciadas de motricidade (Picq e Vayer, 1988). A falta de concentração,
confiança e ansiedade, portanto se traduz nas perturbações das habilidades e harmonia dos
gestos.

Conclusão

A partir da análise dos resultados demonstrados neste trabalho, foi possível concluir que as
crianças portadoras de deficiência mental apresentam déficits no seu desenvolvimento
psicomotor.

Pôde-se observar também que o atraso no seu desenvolvimento motor não é decorrente
exclusivamente do grau de retardo mental presente, o que demonstra que o que pode estar
faltando para algumas dessas crianças é uma adequada estimulação de seus potenciais e
exploração do meio.

Para a criança com função cognitiva afetada a falta de incentivo para explorar as
possibilidades do ambiente é um fator decisivo para sua deficiência motora. Deixar de
estimulá-las somente por achar que não são capazes de compreender ou manifestarem
interesse limita ainda mais os seus conhecimentos.

Em razão desses resultados seria importante estar realizando com essas crianças uma
reeducação psicomotora, visando uma melhor possibilidade de adaptação, através de
atividades que ampliem sua consciência corporal e repertório motor.

O treinamento de profissionais, assim como a orientação a pais e professores que convivem


com essas crianças para que seja realizadas adequada estimulação e motivação, podem
auxiliar no bom desenvolvimento psicomotor e descoberta das possibilidades de ação.
Referências Bibliográficas

Chazaud, J. Introdução à Psicomotricidade. São Paulo: Manole, 1978.

CORRÊA, F. I; PAES, J.A. A psicomotricidade na criança portadora de deficiência auditiva.


Presidente Prudente, SP, Unesp, 1999. Monografia de conclusão de curso.

CURTISS, S. A alegria do movimento na pré-escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

DAVIS, Robert et al. A aprendizagem e o ensino de habilidades percepto-motoras. In: Sistemas


de Aprendizagem. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1980.

De MEUER, A e STAES, L. Psicomotricidade: Educação e reeducação – níveis maternal e


infantil. São Paulo: Manole, 1984.

ECKERT, H. M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo: Manole, 1993.

GALLAHUE, D. L e OZMUM, J.C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês,


crianças, adolescentes e adultos. 1ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2001.

GRUSPUN, H. Distúrbios neuróticos da criança. Rio de Janeiro: Atheneu, 1983.

IDLA, Ernst. Movimiento y ritmo: juego y recreación. Buenos Aires: Paidos, 1976.

LE BOULCH, J. A educação pelo movimento. 2ªed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

LEFEVRE, A.B. Exame neurológico evolutivo do pré-escolar normal. São Paulo: Sarvier,
1972.

MELO, J.P. Desenvolvimento da consciência corporal: uma experiência da Educação Física na


idade Pré-escolar. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1997.

MELLO, Paulo. R.B. Fundamentos técnicos para elaborar exercícios ginásticos. Rio de
Janeiro: Sprint, II (5), julho-agosto, 1983.

PICQ, L & VAYER, P. Educação Psicomotora e Retardo Mental: Aplicação aos diferentes
tipos de inadaptação. 4ªed. São Paulo: Manole, 1988.

SAMPAIO, A.G; Pereira, A.P. M. A contribuição das atividades psicomotoras associadas com
elementos de terapia musical no desenvolvimento psicomotor de crianças com quatro anos e
portadoras de Síndrome de Down. Presidente Prudente, SP, Unesp, 1998. Monografia de
conclusão de curso.

SHEPERD, R.B. Fisioterapia em Pediatria. 3ªed. São Paulo: editora Santos, 1996.

VAYER, P. A criança diante do mundo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.


VIANA, A.R e DE MELO, W.A et ali. Coordenação Psicomotora. 3ªed. v.I. Sprint Editora.

Potrebbero piacerti anche