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APRESENTAÇÃO 17
PORTUGAL NUM
MUNDO DE RELAÇÃO
A LÍNGUA PORTUGUESA:
UM TRAÇO DE UNIÃO
À RODA DO MUNDO
VASCO GRAÇA MOURA
O leitor, desembarcando, pela primeira vez, com soldados, E se queres, com pactos e lianças
marinheiros, religiosos, comerciantes, ou simples De paz e amizade, sacra e nua,
aventureiros, num lugar em tais condições, sem intérpretes à Comércio consentir das abondanças
mão e, muitas vezes, sem condições até para fazer entender Das fazendas da terra sua e tua,
por gestos alguns aspectos mais elementares ligados à Por que cresçam as rendas e abastanças
comunicação entre seres humanos, estaria colocado (Por quem a gente mais trabalha e sua)
exactamente na mesma situação em que muitos portugueses De vossos Reinos, será certamente
se encontraram. De ti proveito e dele glória ingente.
Nem o português era falado, ou, sequer, conhecido, nessas
paragens, nem os portugueses, ou outros europeus, estavam (Lusíadas, VII, 62)
em condições de se fazerem entender.
E todavia… entendiam-se! E apesar de, ao que parece, Vasco Mas imaginemos agora o que se passava, não já em
da Gama ter confundido o culto de uma deusa local com o Calecute, à chegada do Gama, que sempre podia dispor de
da Virgem Maria, podemos ler em Camões um exemplo um ‘língua’, ou intérprete, relativamente fácil de arranjar
interessante, de que devemos registar a complexidade entre os falantes de árabe que pululavam na costa oriental de
abstracta da proposta feita pelo nauta português ao África, muito em especial de Mombaça para cima.
Samorim: Imaginemos um missionário, ou um comerciante português
a chegar às partes da China ou do Japão. Ou à costa
brasileira. E começarem a entregar-se à sua actividade,
falando e fazendo-se entender…
Num curto prazo o terão conseguido e não só. Também se política e de prática administrativa, um valor essencial de
dedicaram ao estabelecimento de vocabulários e gramáticas, cultura e um factor imprescindível para a ciência e a
à redacção de catecismos, à transmissão da língua portuguesa tecnologia, a formação e o desenvolvimento. Nem os crioulos,
às populações nativas com que iam contactando. E além onde os há, provaram ser idóneos para o ensino ou para
disso, deixaram relatos, informações organizadas e esboços a formulação do pensamento abstracto, nem a existência
históricos das partes longínquas com que iam contactando, de dezenas de línguas nativas o teria permitido.
em termos que supõem uma grande capacidade de Nesses países, além disso, há uma fortíssima ligação
compreensão da informação local, nas línguas locais, muitas humana, adensada ao longo de séculos e muitas vezes
vezes, decerto, apenas colhida pela via oral. estreitada por laços de parentesco próximo, com o povo
Em muitos pontos do globo, a língua portuguesa terá português. E é de supor, mau grado as oposições, por vezes
‘entrado e saído’ com relativa precariedade. Mas em muitos muito negativas para a nossa língua, entre o francês e o
ficou e ainda hoje perdura. As razões que o explicam são, português, em Cabo Verde e na Guiné, ou entre o inglês
evidentemente, de natureza histórica, política e e o português, em Moçambique, que a nossa língua não
administrativa, institucional, social, cultural e familiar. perderá a sua posição dominante.
E as condições dessa mesma permanência variaram, no Numa situação internacional assaz complexa, poderá dizer-se
tempo e no espaço em termos muito diferentes entre si. que a verdadeira oposição em África é a que ocorre entre
Basta comparar o relativamente frouxo conhecimento do ‘latinofonia’ e ‘anglofonia’, mas que isso diz respeito à opção
português por parte dos habitantes chineses de Macau, onde, por uma determinada língua veicular internacional e não à
sem uma política concertada com as autoridades daquela língua que os povos desses estados falam e escrevem
autonomia especial da República Popular da China, ele realmente na sua realidade quotidiana.
estaria condenado a desaparecer de todo a breve trecho, com De resto, a criação cultural desses seis países africanos no
o que se passa na Índia, ocupada pelas tropas indianas desde plano literário e noutros (teatral, cinematográfico, crítico, etc.)
fins de 1961 e desde então subtraída ao domínio português: é, quase exclusivamente, feita em língua portuguesa.
ainda hoje, em Goa, Damão e Diu, há uma geração das Diferente ainda é o caso do Brasil, gigantesco espaço
populações fixadas nesses territórios antes da intervenção geográfico e humano da América do Sul. Desde o tempo do
indiana que fala e escreve em português corrente. Questões Marquês de Pombal que a resolveu ‘totalitariamente’, à boa
culturais, questões familiares, questões institucionais (o maneira do despotismo iluminado, que a questão não
Código Civil Português de 1867 ainda hoje lá se aplica), se põe. O português é a língua do Brasil, com variantes
questões enfim ligadas a uma afirmação de identidade de pronúncia, sintaxe e vocabulário, é certo, mas que não
própria face ao mosaico étnico, cultural e religioso de que se são mais do que isso.
compõe a União Indiana, podem explicá-lo, embora possa É no Brasil que o português é falado por mais gente do que
também dizer-se que em Goa, Damão e Diu a língua em todo o restante universo da língua portuguesa no mundo.
portuguesa está em regressão e só poderá ultrapassar esse E é por isso a partir do Brasil que ele tem mais peso
estado se houver políticas de cooperação bilateral no contexto internacional, sendo também de supor que é
suficientemente fortes e sugestivas que o permitam. no Brasil, hoje país da fusão multicultural por excelência,
Diferente parece ser também a questão de Timor Leste, que ele evoluirá em termos mais significativos.
o oitavo país de língua portuguesa. A tradição cultural e Detenhamo-nos um pouco: podemos comparar o trajecto,
religiosa, aliada à cooperação bilateral e inscrita em todo a expansão e a projecção da língua portuguesa no mundo, à
o complexo processo que levou à independência de Timor viagem de Pedro Álvares Cabral em 1500, a primeira, na
em relação à Indonésia, levam a que o português possa aspirar História da Humanidade, a ligar por mar os cinco continentes.
a um papel importante na construção desse novo país. Nesse sentido, o olhar que hoje temos sobre a importância
É, de resto, o que acontece em África. Em cada um dos seis das nossa língua no mundo é um olhar… ‘cabralino’.
países africanos de língua oficial portuguesa, a nossa língua é E aqui têm cabimento alguns números a testemunharem
um factor de unidade nacional, um instrumento de acção das ordens de grandeza.
A LÍNGUA PORTUGUESA:
UM TRAÇO DE UNIÃO À RODA DO MUNDO
O português é a sétima língua mais falada do mundo, depois do como um todo, é todavia contrariado por um aspecto
chinês de Pequim, do inglês, do indi-urdu, do espanhol, centrípeto: tanto o Brasil como Portugal, e como ainda
do russo e do indonésio-malaio. Encontra-se à frente do possivelmente os países africanos de língua oficial
árabe, do bengali, do francês, do japonês e do alemão. portuguesa, reúnem condições para assegurar a unidade
Mas já ocupa o quarto lugar entre as línguas europeias mais faladas da língua nos tempos de globalização acelerada em que
no mundo, depois do inglês, do espanhol e do russo, e antes vivemos hoje: na língua portuguesa se comunica em tempo
do alemão, do francês e do italiano. real graças a tecnologias que a transportam com as suas
Todavia, o português é uma das línguas nacionais menos actuais características, na língua portuguesa se cria literatura,
faladas no território europeu, como qualquer comparação imprensa e produção audiovisual que circula rapidamente
demográfica elementar permite concluir. Confinado à entre os vários espaços em que é falada, na língua
Europa, se Portugal não fosse um país independente e acaso portuguesa se intervém no plano multilateral dos oito
se tivesse tornado uma ‘autonomia ibérica’, o português Estados em questão e no plano internacional das principais
provavelmente seria hoje considerado ‘língua minoritária’... organizações, na língua portuguesa se processam as várias
Por outro lado, o português ‘de Portugal’, dada a estabilidade modalidades de cooperação que vão sendo desenvolvidas.
das nossas fronteiras ao longo de perto de oito séculos, A língua portuguesa é pois um traço de união que não se
cobriu todo o território nacional, com apreciável unidade e limita a uma simples memória histórica. Assegura o
sem variantes dialectais que a tal respeito possam considerar- funcionamento de um complexo sistema no presente
-se significativas. Teve e tem, por isso mesmo, um papel e tende, com os aperfeiçoamentos de que esse sistema
fundamental na consolidação da nossa identidade é susceptível, a sê-lo cada vez mais no futuro.
e pode aspirar ao estatuto de paradigma só acessível a uma É o facto de esse traço de união, ou, se se preferir, esse
língua que conte com numerosos clássicos no seu denominador comum a perto de duzentos milhões de seres
património literário. Dos países de língua portuguesa, humanos existir que, por um lado, permite uma visão do
Portugal ocupa naturalmente o primeiro lugar quanto mundo, uma Weltanschauung afim em tantas partes
a este aspecto. geográfica, histórica, cultural e etnicamente tão afastadas
Mas é ainda de ponderar que o número, a dimensão entre si no globo e, por outro, representa um bloco com
demográfica e territorial e a importância geo-estratégica dos características próprias ante várias entidades e instituições
países em que uma dada língua é falada contribui em larga que estão actualmente a enquadrar os Estados tradicionais
medida para o seu potencial num mundo em globalização em novas modalidades de organização e coordenação de
acelerada. Nessa escala, a desproporção é evidente: o inglês actividade: perante a União Europeia, a NAFTA,
é falado em aproximadamente 47 países, o francês em 30, o Mercosur, as organizações emergentes no Oriente e
o árabe em 21, o espanhol em 20 e o português, conquanto no Extremo-Oriente, a língua portuguesa permite que
venha em quinto lugar nesta série, em apenas 8... os Estados em que é falada sejam vistos e respeitados como
Se acrescentarmos que a maioria destes últimos oito se uma ponte interactiva e capaz de assegurar ligações mais
compõe de países ainda em vias de desenvolvimento, alguns eficazes: Portugal pertence à União Europeia, o Brasil
com enormes dificuldades e dependentes de impressivas integra o Mercosur, Angola, Moçambique, a Guiné,
ajudas externas, podemos concluir que é neste quadro que S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde estão em relação estreita
devemos ser extremamente realistas. com a Organização de Unidade Africana e os países ACP
Mas há ainda outro aspecto que não podemos escamotear. e assim sucessivamente. Mesmo em potências e blocos
É que a língua portuguesa muito provavelmente evoluirá de asiáticos emergentes, a que pertencem a Índia, a China e o
maneira diferente consoante os territórios em que é falada, Japão, o português ganha um novo espaço nesta perspectiva,
tanto na pronúncia, como no léxico e na gramática. isto sem falar nas comunidades de emigrantes que em certas
Este aspecto centrífugo, que encerra, em si mesmo, áreas (Estados Unidos, África do Sul) criam importantes
potencialidades de enriquecimento e versatilidade da língua focos de irradiação da nossa língua.
Pode dizer-se que os Portugueses têm uma especial provavelmente pode ser assegurada pela grande intensidade
responsabilidade quanto aos níveis qualitativos de utilização das comunicações que actualmente são feitas em tempo real
da sua língua: por razões históricas e sócio-culturais que ou em tempo extremamente curto. E também pela
me dispenso de desenvolver, a maior parte do grande circulação da produção científica e técnica, bem como da
património cultural que, ao longo dos séculos, se vem produção cultural, nomeadamente a literária e a audiovisual,
exprimindo em língua portuguesa teve a sua origem em mas não só ela, em português, através de todos os espaços
Portugal. em que o português é falado.
O que, do mesmo passo, envolve a indispensabilidade Essa circulação, sujeita embora a forças centrífugas, pode em
do português ‘de Portugal’ para o cânone da língua-padrão. si mesma constituir um valioso vector centrípeto e de
Temos interesse em que o português que falamos seja, tanto reequilíbrio. No que nos diz respeito, ela deve assentar no
quanto possível numa área tão complexa e tão sensível, uma prestígio e na qualidade do português ‘de Portugal’, num
referência paradigmática. melhor apetrechamento humano, técnico e até económico
Hoje, todavia, temos de reconhecer que uma língua é uma para promover a sua difusão, num interesse geo-político
realidade imaterial e dinâmica que pertence a todos quantos a muito relevante da nossa parte e numa vontade política de
falam enquanto língua materna ou língua nacional. agir nesse sentido.
No caso do português, mesmo nos países em que este Isto significa que as políticas de cooperação, necessariamente
é oficialmente considerado língua veicular, e sem qualquer multilateral nesta matéria, muito em especial as atinentes ao
desrespeito por outras situações sócio-linguísticas, pode ensino e aprendizagem da língua portuguesa e à circulação,
dar-se como assente que, sem ele, não seriam possíveis em todas as direcções, dos textos produzidos nela, poderão
à escala nacional a prática política, a prática legislativa, a ter um papel crucial quanto ao seu futuro. Elas contribuirão
prática administrativa, a prática jurisdicional, a aprendizagem para consolidar, e do mesmo passo enriquecer, o português-
científica e técnica, a criação cultural praticamente em todos padrão, assegurando-lhe uma particular coerência na
os campos, os contactos internacionais a todos os níveis… diversidade inevitável das pronúncias, dos léxicos, das
Recapitulemos alguns pontos: sintaxes e de outros vários tropismos que possam ocorrer.
Os Portugueses não são donos da língua portuguesa. Por último pode perguntar-se: e em Portugal, o que é que
São apenas os que primeiro a falaram e lhe deram aptidões acontece ao português? É claro, desde há muito, que a
modernas de expressão e comunicação, sobretudo a partir língua que falamos é um factor de identidade e de unidade
do século XVI, de modo a que ela pudesse proporcionar aos nacional. O facto de se tratar de uma língua sem variantes
seus falantes um relacionamento eficaz com o mundo dialectais notáveis para o que aqui nos interessa, conjugado
e uma determinada visão dele. com a estabilidade das nossas fronteiras continentes nos
A língua tem características eminentemente evolutivas em últimos oito séculos, tem permitido, cada vez mais, que
que se deparam tensões de vária natureza entre a chamada a língua portuguesa seja o principal instrumento que
língua-padrão, que tende para estabilizar as suas normas permite identificarmo-nos como pertencente a um grupo
em nome de um cânone reputado ideal, e as outras e tão que tem uma visão do mundo e se reconhece nela. Importa
diversas expressões em que se manifesta. Esta situação não também que seja um instrumento de aquisição de
é estática: tende a dar-se uma interacção permanente entre conhecimento e de elaboração e expressão do pensamento.
as duas esferas. E que recupere, na escola e na prática quotidiana em todos
Dadas a dispersão geográfica, a situação histórica e a muito os planos da vida, um nível qualitativo de utilização que
grande diversidade cultural dos falantes do português, está em vias de perder e requer políticas muito decididas
aquelas forças centrífugas poderão tornar-se mais para se contrariar o presente estado de coisas.
intensamente actuantes.
Mas a permanência das características fundamentais
da língua-padrão, bem como o apreço pelo seu cultivo,
COMUNIDADES
PORTUGUESAS
A epopeia dos Descobrimentos levou os portugueses a procurar alternativas de vida pelos cinco
continentes, transformando-os desde cedo numa espécie de emigrantes no seu próprio império.
Se o povoamento das ilhas atlânticas dos Açores e Madeira se fez com população maioritariamente
originária de Portugal, o de Cabo Verde também viria a contar com muitos portugueses que,
posteriormente, se foram miscigenando principalmente com africanos da costa fronteira, alargando-se
ainda estes agrupamentos às terras do Brasil. Assim se traçaram os primeiros contornos
da emigração enquanto fenómeno estrutural da sociedade portuguesa, talvez mais impulsionada pelas
necessidades de sobrevivência de muitos do que pelo desejo de aventura e glória de alguns. Face aos
parcos recursos naturais e à quase total dependência de uma actividade agrícola pobre e de proveitos
muito variáveis, as sucessivas vagas de emigração a que Portugal foi assistindo desde o século XV deixaram
marcas consideráveis a nível interno, mas foi graças a elas que a cultura e língua portuguesas conheceram
uma notável expansão mundial.
Testemunhos de um passado longínquo incêndio de 1835 e onde, em 1592, os jesuítas haviam fun-
dado a primeira Universidade ocidental. E se a expansão
Para além de uma boa parte da África negra e do gigantes- portuguesa sempre se caracterizou por um complexo pro-
co Brasil, os portugueses estenderam a sua presença a diver- cesso de aculturação, em nenhum outro lado ela foi tão
sos pontos do Oriente, ora deixando testemunhos mais importante e profunda como no Brasil, onde são por demais
ténues da sua passagem, como é o caso do Japão e Malaca, ora evidentes os exemplos de arquitectura portuguesa espalha-
perpetuando a sua herança cultural em territórios que gover- dos naquele imenso território. Nas antigas colónias africa-
naram até ao século XX, como aconteceu com Goa, Damão, nas, a ainda recente descolonização, em conjunto com os
Diu, Macau e Timor. estreitos laços de cooperação e o elevado grau de mobilida-
Uma vez dissolvido o Império, continuam a prevalecer no de das populações para Portugal, faz com que as marcas da
espaço português de outrora os inconfundíveis traços da sua cultura portuguesa se confundam com as locais, numa
arquitectura que, em conjunto com a língua, compõem as imbricação que se vai perpetuando no tempo e em espaços
marcas privilegiadas de um património cultural que não só que falam a mesma língua.
impõe uma referência obrigatória ao passado histórico dos Com efeito, a língua portuguesa é, provavelmente, a
lugares, como celebra a expansão da alma portuguesa pelo expressão mais profunda da nossa identidade e o elo privile-
mundo. Em Goa, o intenso comércio mantido pelos portu- giado de ligação entre o povo português – na sua heterogenei-
gueses, entre as suas diversas possessões do Oriente e a Euro- dade cultural interna – e as novas nações que ele ajudou a
pa, fez desta cidade uma das mais ricas e famosas do universo fundar, mantendo-se até à actualidade como língua oficial das
de então. Em 1557 e ainda em contínuo desenvolvimento, cinco antigas colónias de África (Cabo Verde, Guiné Bissau,
dizia-se que Goa era “tão grande e bela como Lisboa”. E na S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique), para além do
verdade, as evidentes influências portuguesas no espaço cons- Brasil e de Timor.
truído ainda fazem dela um território à parte no contexto da Na Ásia também continua a ser possível ouvir falar o por-
União Indiana, com uma paisagem cultural quase única e tuguês nos territórios indianos de Goa, Damão e Diu, muito
rigorosamente delimitada pela fronteira. embora os grupos de falantes sejam cada vez mais restritos
O ex-libris de Macau continua sendo a fachada de grani- com o passar dos anos e o mesmo tenda a acontecer também
to do velho Colégio Madre de Deus, que sobreviveu ao no caso de Macau, onde a posse administrativa portuguesa se
87 67
Ruínas
Ruínas 65
Locais de antigos
Perímetros de edifícios
antigosreligiosos
edifícios religiosos 85
62
88 61
Locais de antigos
Perímetros de edifícios
antigosdeedifícios
serviços públicos
de serviços públicos 82 83
68
89
Equipamentos no no
Equipamentos séc. Séc.
XVI XVI 63
84 69
Largos e eruas
Largos de maior
ruas comércio
de maior no séc. XVI
comércio no Sec. XVI 90
64 60 15
Principais
Eixos eixos de circulação
principais de circulação
81 58
(a ponteado os mais importantes, 70
a cheio os existentes na actualidade) 59
91
77
71
13
72 57
76 55
56 17
75 73 54
19
18
74 53 16
20 21
117 52 51 22
116
112
114
115
111 110
109
108 93
113
95
86
92
66 Rio Ma ndo v
107 95
106 94 10
105 96
104 9
Distribuição
Distribuição de igrejas,
de igrejas, devalaias
devalaias e mesquitas, 1960
e mesquitas, 1960 102 103 11 8
97
100 12
101 14
98
99
13
35 23
36
37
39
38
34
32
47
46 48
49 44
33
50 31
30
43
45
40
41
Devalaias
Igrejas
42
Mesquitas
Velhas conquistas
Novas conquistas
871_05_Miolo_Pags211a238 06/02/02 10:38 Página 219
29
500 m N
0 125 250 m
PORTUGAL
10 336 000
CABO VERDE
434 800
GUINÉ-BISSAU
1 200 000 S. TOMÉ E PRÍNCIPE
175 000
BRASIL
ANGOLA
169 800 000
12 800 000
TIMOR
750 000
MOÇAMBIQUE
18 600 000
Principais países
de residência
dos portugueses,
2003
1 177 112
Distribuição dos
788 683
portugueses por
700 000
continente, 2003
506 270
7% Oceania
132 625
1 000 a 9 999
65 000
1%
47 064
38 000
1 a 999 Ásia
0 3%
América
África do Sul
EUA
França
Brasil
Canadá
Reino Unido
Suíça
Alemanha
Luxemburgo
Espanha
Bélgica
Venezuela
58%
110
1 1 1
1 1 2 156
1
2 1 1 1 1 4
1 1 1 1 1 1
1 1
2 1 1
1 1
1
1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
3 55 1
1 1 1 1 1 1
1
1 2
Associações 1 1 1 1 1 1 3 1
1 1
de portugueses 1 1 5 137
1 1 1 5
1
3 Conselheiro cultural 1
4 1 1 3 4
1 1 3
3 Centro cultural 3 42
2 3
3 Centro de línguas
1 1 1
2 58
3 Cátedras 23
3 Leitores
2
2 11
1 1 2 6 1 2 240
19
1 1 19
1 3 2 23 59
1 1
611 1 1
1 1 1
1 1 1 2 9 1 1 101
9
1 4
1 2 5 24 1
1 1 1 2
12 4 2
9 6 3
6 1 1
1
3 1
2
1
1 1
1 2
2 2
5 6 3
Jornais
Rádios
TV