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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo tecer comparações entre o cálculo da primeira e segunda forma
fundamentais para superfícies no espaço tridimensional Euclidiano – R3, e no pseudo-espaço
tridimensional de Lorentz-Minkowski – L3.
Palavras-chave
Aplicação de Gauss , Formas fundamentais, Geometria diferencial, Lorentz-Minkowski.
ABSTRACT
The aim of this work is to compare the calculation between the first and second fundamental
forms for the surfaces in the Euclidian tridimensional space – R3, and in the tridimensional
pseudo-space of Lorentz-Minkowski – L3.
Keywords
Differential geometry, Fundamental forms, Gauss Map, Lorentz-Minkowski.
___________________________________________
(1)
Docente do Centro Universitário de Lavras – Unilavras. Mestre em Matemática e Estatística pela Universidade Vale do Rio
Verde – Unincor. Contato: ismael@unilavras.edu.br
(2)
Professor orientador. Universidade Vale do Rio Verde – Unincor. Doutor (Livre Docente) em Matemática pela Universidade
Estadual de Campinas – Unicamp. Contato: irwenguadalupe@terra.com.br, mestrado_profissional@yahoo.com.br.
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo fazer um estudo comparativo da primeira e segunda formas
fundamentais no espaço tridimensional euclidiano, R3 e no pseudo-espaço tridimensional de
Lorentz-Minkowski, L3. Este último tem sua importância nas aplicações em Física, onde sua
maior expressão é na Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein, onde é mais comumente
formulada. Nessa configuração as três dimensões usuais do espaço são combinadas com uma
única dimensão de tempo para formar uma variedade quadridimensional para representar um
espaço-tempo.
Após definir o pseudo-espaço de Lorentz-Minkowski e apresentar vários conceitos
importantes utilizados na geometria diferencial e a plicação normal de Gauss são determinados os
coeficientes da primeira e segunda formas fundamentais e sua aplicação na geometria de
superfícies em R3 e em L3.
Definição: Seja R3 = {(x1, x2, x3) | x1, x2, x3 Î R}, o espaço real tridimensional. Dados os
vetores x = (x1, x2, x3) e y = (y1, y2, y3) em R3, definimos o pseudo-produto
escalar de x e y por:
áx, yñ 1 = – x1 y1 + x2 y2 + x3 y3.
Milani, Shojaeifard (2006) apresentam o pseudo-produto escalar em L3 como áx, yñ 1 =
x1 y1 + x2 y2 – x3 y3, porém, a mudança de posição do sinal (–) em nada modifica a geometria das
superfícies geradas nesta métrica.
Chamaremos (R3, áx, yñ 1) de pseudo-espaço tridimensional de Lorentz-Minkowski e
escreveremos L3 = R31 para denotar (R3, áx, yñ 1 ).
Como o pseudo-produto escalar pode ser positivo, negativo ou nulo, este não pode ser,
portanto, um produto interno.
Seja v = (v1, v2, v3) Î L3. A forma quadrática áv, vñ 1 define, segundo Walrave (1995), o
vetor como sendo tipo espaço, tempo ou luz.
Definição: Seja v um vetor em um espaço L3. Dizemos que v é:
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Definição: Seja u, v Î L3, define-se o produto vetorial de u = (u1, u2, u3) e v = (v1, v2, v3),
nesta ordem, como sendo o único vetor u Ù v Î L3 definido por:
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Rodrigues (2006) demonstra que o produto misto de três vetores u, v, w Î L3, onde u =
(u1, u2, u3), v = (v1, v2, v3) e w = (w1, w2, w3) é dado por:
i. áu, u Ù vñ 1 = áv, u Ù vñ 1 = 0
ii.
Definição: Gray (1999) afirma que uma superfície regular é uma aplicação X : U Ì R2 ®
M (M = R3 ou M = L3) de um conjunto aberto U Ì R2 para M tal que:
i. X é diferenciável, isto é, se escrevermos X(u,v) = (x(u,v), y(u,v), z(u,v)), (u,v) Ì U, as
funções x(u,v), y(u,v), z(u,v) possuem derivadas parciais contínuas de todas as ordens em
U.
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Se M = R3, a imagem de N(u, v) está contida na esfera unitária S2(1), centrada na origem.
Por outro lado, se M = L3, temos que áXu Ù Xv, Xuñ 1 = áXu Ù Xv, Xvñ 1 = 0, e assim, Xu Ù
Xv, por definição anterior, é um vetor tipo tempo. O vetor normal à superfície é perpendicular ao
plano tangente, Por conseqüência, o vetor normal unitário N(q) é um vetor tipo tempo de L3 cuja
imagem está contida no pseudo-espaço hiperbólico definido por:
H2(–1) = {(x, y, z) Î L3; –x2 + y2 + z2 = –1, x > 0}.
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X(u,v) em q=(u0, v0).Visto que um vetor tangente α(t)=X(u(t),v(t)), t Î I = (–x, x), com
q=(u0,v0), temos:
Iq=áα’(t₀), α’(t₀)ñ q
onde,
E(u0, v0) = áXu, Xuñ q
F(u0, v0) = áXu, Xvñ q
G(u0, v0) = áXv, Xvñ q
A) O catenóide em R3
A superfície obtida pela revolução da curva catenária em torno do eixo Ox, denominada
catenóide (FIGURA 3), pode ser dada em R3, segundo Do Carmo (2005) pela parametrização:
X(u, v) = (u, cosh(u)cos(v), cosh(u)sen(v))
F=0
G = áXu, Xuñ = 0 + cosh2(u)sen2(v) + cosh2(u)cos2(v)
G = cosh2(u)
Iq = a2E + 2abF + b2G
Iq = a2 cosh2(u) + 2ab×0 + b2 cosh2(u)
Iq = (a2 + b2) cosh2(u), a,b Î R.
e = –1
f=0
g=1
IIq = a2e + 2abf + b2g
IIq = a2(–1) + 2ab×0 + b2 ×1
IIq = b2 – a2, a,b Î R.
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B) O catenóide em L3
O catenóide de primeiro tipo em L3 (FIGURA 4), também denominado por Yang, Kim
(2006) catenóide elítico, é obtido pela rotação da catenária em torno de um eixo tipo tempo. Pode
ser parametrizado, segundo Van de Woestijne (1990) como:
X(u, v) = (u, –sen(v)senh(u), cos(v)senh(u))
e = –1
f=0
g=1
IIq = a2e + 2abf + b2g
IIq = a2(–1) + 2ab×0 + b2 ×1
IIq = b2 – a2, a,b Î R.
C) O helicóide em R3
Considere uma hélice cilíndrica dada por a(t) = (acos(t), asen(t), bt), t Î R, a > 0 e b¹0.
Por cada ponto da hélice pode-se traçar uma reta paralela ao plano xy e que intersecta o eixo Oz.
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A superfície gerada por essas retas, que muito se assemelha a uma escada em espiral é
denominada helicóide (FIGURA 5) ou, segundo Picado (2006), um helicóide é a superfície
descrita por uma hélice de avião quando este se move em linha reta com velocidade constante. É
uma superfície regrada obtida pela isometria do catenóide, cuja parametrização pode ser dada
segundo Do Carmo (2005) por:
X(u, v) = (senh(u)cos(v), senh(u)sen(v), v)
i) I forma fundamental:
E = cosh2(u); F = 0; G = cosh2(u)
Iq = (a2 + b2)cosh2(u), a,b Î R.
Comparando os resultados obtidos acima com aqueles obtidos para o catenóide em R3,
percebe-se que EC = EH = cosh2(u), FC = FH = 0 e GC = GH = cosh2(u), caracterizando, então que
as superfícies são localmente isométricas (FIGURA 6).
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i) I forma fundamental
E = s=senh2(u); F = 0; G = senh2(u)
Iq = (a2 + b2)senh2(u), a, b Î R.
Comparando os resultados obtidos para o catenóide e helicóide de primeiro tipo em L3,
percebe-se que a isometria entre o catenóide e o helicóide em L3 também acontece (FIGURA 8).
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRAY, A. Modern Differential geometry of curves and surfaces with MathematicaÒ. 2nd
edition. New York (USA): CRC Press, 1999, 1053p.
STEINBRUCH, A.; WINTERLE, P. Geometria Analítica. 2ª. edição. São Paulo: Editora Mc
Graw-Hill, 1987, 302 p.
WALRAVE, J. Curves and surfaces in Minkowski Space. Thesis (Doctorate). 1995. 112f. K.
U. Leuven (Belgium), Faculteit Der Wetenschappen.
YANG, S.D; KIM, Y.W. A family of maximal surfaces in Lorentz-Minkowski three space.
American Mathematical Society, v. 134, n. 11, p. 3379-3390, November 2006.