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Sintomas visuais de deficiências nutricionais de macronutrientes, Boro e

Manganês em Banana Ornamental (Musa velutina H. Wendl. & Drude)

Pinho, P.J.1; Guedes de Carvalho, J.2; Faria Junior, L.A. 2; Amaral de Souza, G.2; Kawamoto,
L.S.2
1
Universidade Federal de Lavras - Departamento de ciência do solo. Caixa postal 3037,
Lavras –MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras - Departamento de ciência do solo. Lavras –MG, Brasil.
E-mail: pinhopj@yahoo.com.br

Introdução

Vários fatores estão envolvidos na qualidade dos produtos da floricultura, destacando-se


entre eles a adubação e a nutrição das plantas. Esse setor produtivo ressente-se da falta de
pesquisa na área de adubação, com recomendações mais seguras para cada sistema de
cultivo que garantisse a produtividade e a qualidade das culturas (Furlani & Castro, 2001). A
diversidade e a amplitude de climas e solos no Brasil permitem cultivos de inúmeras
espécies de flores e plantas ornamentais, de diversas origens, tanto nativas quanto de clima
temperado e tropical (Kiyuna et al., 2004).
A diagnose visual consiste em comparar o aspecto da amostra com o do padrão, na maior
parte dos casos compara-se o de um órgão, geralmente a folha dependendo do elemento
(Carvalho et al., 2001;Malavolta et al., 1997). Entretanto, é de conhecimento geral que
algumas espécies demonstram sintomas de deficiências nutricionais com algumas
peculiaridades.
A Banana ornamental (Musa velutina H. Wendl. & Drude) é uma espécie da família
Musaceae. É um arbusto perene, de textura herbácea, ereta, entouceirada, rizomatosa,
folhas largas, verdes brilhantes, lisas com pecíolos longos com uso ornamental. Sua
inflorescência é ereta, curta, disposta no ápice do pseudocaule, com brácteas róseas
também de uso ornamental (Lorenzi & Melo Filho, 2001).

Objetivos

O presente estudo teve por objetivo caracterizar os sintomas de deficiência nutricional de


macronutrientes e boro e manganês em banana ornamental.

Material e métodos

O experimento foi realizado em casa de vegetação do Departamento de Ciência do Solo da


Universidade Federal de Lavras (Lavras-MG), definida geograficamente pelas coordenadas
de 21º 14’ de latitude sul e 45º 00’de longitude oeste, altitude de 910 m. Foi realizado a
desinfestação das sementes por meio de imersão em solução de hipoclorito de sódio a 10%
por 5 minutos. As sementes foram germinadas em bandejas de isopor com 72 células cada,
onde permaneceram até o início da fase experimental. O substrato utilizado foi vermiculita.
Foi utilizada uma solução de sulfato de cálcio (CaSO4 . 2H2O) 10-4 M para umedecer o
substrato.
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e 8
tratamentos, representados por: Solução Hoagland & Arnon completa (testemunha), solução
nutritiva menos N (-N), solução nutritiva menos P (-P), solução nutritiva menos K (-K),
solução nutritiva menos Ca (-Ca), solução nutritiva menos Mg (-Mg), solução nutritiva menos
S (-S), solução nutritiva menos B (-B) e solução nutritiva menos Mn (-Mn). As mudas
utilizadas serão oriundas de sementes provenientes do município de Ijací – MG, Brasil. As
mudas foram transferidas para uma bandeja de 36 L completa com 25, 50 e 100% da sua
força iônica, durante um período de 15 dias em cada concentração, respectivamente. Após o
período de aclimatação, foram aplicados os tratamentos onde serão omitidos os
macronutrientes. As soluções foram trocadas quinzenalmente durante o período
experimental onde devam se manifestar os sintomas de deficiência característicos de cada
omissão dos macronutrientes. A ocorrência e evolução dos sintomas de deficiência foram
descritos e fotografadas para a sua caracterização.

Resultados e discussão

As plantas que se desenvolveram nos tratamentos com omissão de macronutrientes, B e


Mn, em solução nutritiva, apresentaram sintomas visuais de deficiências nas folhas. A ordem
cronológica de aparecimento desses sintomas foi a seguinte: B, Mn, N, P, K, S, Mg e Ca.

Deficiência de B - As plantas sob omissão de B foram colhidas aos 41 dias após o inicio
dos tratamentos. A deficiência foi observada nas folhas mais jovens, que apresentaram leve
clorose internerval; redução da área foliar, alterações nas formas das folhas tornando-se
mais estreitas com necrose. A deficiência de B causou também a formação de folhas
menores e mais espessas em relação às folhas do tratamento completo, além de reduzir o
tamanho das plantas.
Deficiência de Mn - As plantas sob omissão de Mn foram colhidas aos 45 dias após o inicio
dos tratamentos. A deficiência foi observada nas folhas folhas mais novas ocorrendo
deformações das mesmas, com o avanço da deficiência houve necrose do limbo foliar dos
bordos para o centro das folhas, acarretando redução do crescimento das plantas.
Deficiência de N - Aos 56 dias após o início dos tratamentos as plantas sob omissão de N
foram colhidas. Essas apresentaram redução de crescimento em relação ao tratamento
completo. As folhas mais velhas apresentaram uma clorose uniforme.
Deficiência de P - As plantas sob omissão de P forma colhidas aos 72 dias após o início
dos tratamentos. Foram observadas necroses nos bordos das folhas. Foram igualmente
observados reduções no crescimento das plantas.
Deficiências de K - Os sintomas de deficiências de K se caracterizaram por clorose das
folhas seguido de necrose nos bordos dessas. As plantas foram colhidas aos 72 dias após o
início dos tratamentos. Como ocorreu para o N e P, a deficiência de K também provocou
redução do crescimento das plantas.
Deficiência de S - As plantas sob omissão de S forma colhidas aos 88 dias após o início
dos tratamentos. Estas apresentaram clorose uniforme de folhas mais novas com
deformações das mesmas. As folhas ficaram com uma cor amarelo claro com a nervura
central avermelhada bem destacada no limbo inferior. Houve redução do crescimento das
plantas sob omissão do nutriente.
Deficiência de Mg - Sob deficiência de Mg as plantas apresentaram clorose dos bordos das
folhas. Essa clorose se intensificou com o avanço da deficiência nas plantas, tornando as
folhas com bordos bastante amarelados e com o centro ainda verdes. Não foi observado
redução do crescimento das plantas sob omissão desse nutriente, sendo que estas foram
colhidas aos 105 dias após o início dos tratamentos.
Deficiência de Ca - A omissão de Ca provocou redução do crescimento das plantas. Nas
folhas, foram observados cloroses que evoluíam para necroses em pontos isolados das
folhas. O tratamento foi o último a ser colhido, sendo as plantas colhidas aos 115 dias após
o inicio do tratamento.

Conclusões

A ordem cronológica de aparecimento dos sintomas foi a seguinte: B, Mn, N, P, K, S, Mg e


Ca.
Os sintomas de deficiências foram semelhantes aos descritos na literatura para a bananeira
(Musa paradisiaca L)
Bibliografia

Carvalho, J.G.; Lopes, A.S.; Brasil, E.; Reis Junior, R.A. Diagnose da fertilidade do solo e do estado
nutricional de plantas. 1ª Ed. Lavras, UFLA/FAEPE. 2001, 95 p.
Furlani, A.M.C.; Castro, C.E.F. Plantas ornamentais e flores. In: Ferreira, M.E. Cruz, M.C.P.; Raij, B.;
Abreu, C.A. Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura. Jaboticabal: CNPq/
FAPESP/POTAFOS, 2001. p. 533-552.
Kiyuna, I.; Ângelo, J. A., Coelho, P.J. Flores: comportamento do comercio exterior brasileiro.
Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/out/trabalhos.php?codAutor=25
Lorenzi, H.; Melo Filho, L.E. As plantas tropicais de R. Burble Marx. São Paulo: Instituto Plantarum de
estudos da flora, 2001. 488 p.
Malavolta, E.; Vitti, G.C.; Oliveira, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e
aplicações. 2ª Ed. Piracicaba: Potafos, 1997. 319p.

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