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revisado – 1999
engo florestal alexandre f. barnewitz – ibama
téco agrícola vito a. cembranel – emater/rs
2
eze - central evangélica de ajuda ao desenvolvimento
fidene – presidente – walter frantz
saa – secretário – césar augusto schirmer
emater – presidente – caio tibério da rocha
drnr – diretora margô guadalupe antonio
ibama – superntendente rs - nelton vieira dos reis
aipan – presidente – ben–hur lenz césar mafra
m a – delegado estadual – clóvis a schwertner
arfor
ijuí – presidente – nilo rubem leal da silva
santo Ângelo – presidente antônio warpechowski
santa rosa – presidente – oscar bütenbender
três passos - presidente – joão pedro weiler
giruá – presidente – vazulmiro fernandes
agradecimentos
a nossas esposas, filho e filhas pela compreensão e apoio que nos dedicaram.
as equipes municipais da emater de ijuí, catuípe e augusto pestana pelo apoio.
aos departamento da unijui, irder, dbq, e reitoria pela colaboração prestada.
ao doper-det- setor de multimeios da emater/rs pela orientação.
ao ibama, drnr e arfors pelo apoio técnico.
dedicaÇÃo
aos secretários de agricultura, aos colegas da emater e arfors, aos professores e
extensionistas das comissões municipais do municípios comveniados que terão a nobre
tarefa de levar aos agricultores, lideres e estudantes a idéia de vivermos em um
ecossistema mais equilibrado.
os autores
3
indice
apresentaÇÃo...................................................................................................................5
1. objetivos.......................................................................................................................6
2. o grande problema.......................................................................................................6
3. causas...........................................................................................................................8
4. conseqÜÊncias.............................................................................................................8
5. soluÇÕes......................................................................................................................9
6. revisÃo tÉcnica............................................................................................................11
6.4.3. plantio....................................................................................................................36
6.5.1. exóticas..................................................................................................................44
6.5.2. nativas....................................................................................................................49
4
7. resultados esperados....................................................................................................55
7.1. diagnóstico................................................................................................................55
8. metodologia da soluÇÃo.............................................................................................69
8.1. o projeto....................................................................................................................69
9. benefÍcios.....................................................................................................................71
referencial bibliogrÁfico.................................................................................................74
5
apresentaÇÃo
6
projeto regional de refloretamento e recupeÇÃo ambiental
referencial teÓrico
desenho?
1)objetivos
3)causas
4)conseqÜÊncias
5)soluÇÕes:
justificativa: o estado tem 42% de sua área com aptidão para o reflorestamento
segundo as classes de capacidade de uso do solo (classes vi, vii, viii), podendo ser
um grande fornecedor de matéria-prima florestal para o país, segundo rocha 1990.
a região noroeste tem esta aptidão destacada porque originalmente era coberta de
mata. no ano 2000 o brasil terá um consumo de 9,7 milhões de hectares igual a 95,4
milhões de metros cúbicos conforme souza, aflovem (1987).
6) revisÃo tÉcnica
resumindo serve para preservar o solo, água, ar, diversidade da flora e fauna;
gerando equilíbrio ambiental fundamental para a perpetuação das espécies vivas
inclusive a dos homens.
este equilíbrio somente será atingido se tivermos 25 % da área coberta de floresta
segundo a onu e fao (citada por rocha l990).
1. precipitação (chuvas)
2. intercepção (em culturas, árvores, solo, etc.)
3. gotejamento de copa (água goteja da copa)
4. fluxo de caule (água escorre pelos caules)
5. infiltração(água penetra no solo)
6. interfluxo (fluxo subsuperficial)
7. escoamento superficial ( enxurrada)
8. armazenagem deprecional ou superficial (retenção)
9. percolamento ou fluxo de base
10. evapotranspiração
11. detenção superficial
uma árvore do tipo sibipiruna sozinha, transpira no verão cerca de 400 litros de
água por dia. isto eqüivale ao efeito refrescante proporcional a 4 aparelhos de ar
condicionado ligados durante 24 horas por dia (revista natureza, edição especial Árvores
ornamentais, editora europa, 1996).
as concentrações mundiais de co2 (gás carbônico),na atmosfera, antes da
revolução industrial era de 290 ppm. atualmente com a queima dos combustíveis
fôsseis, chega a níveis de 345 ppm, estas situação necessita ser revertida no prazo de 20
a 30 anos para evitar o efeito estufa prejudicial a vida do planeta. segundo ab ‘saber, a.
12
et alii, 1990, citado por schröeder (1992).
para reduzir os níveis de co2 na atmosfera, impõe-se duas linhas: fixar
rapidamente o excesso de carbono e pesquisar fontes de energia que reduzem a emissão
de co2. transformando assim o modelo energético atual, (hoje cerca de ¾ da energia
primária no mundo são derivados de combustíveis fósseis), para minimizar o efeito
nocivo do excesso de co2 na atmosfera e contribuir decisiva e economicamente
justificada, a forma recomendada é o reflorestamento, segundo schröeder (1992).
a floresta fixa de 20 a l00 vezes mais carbono por unidade de área do que
plantações ou pastos. isto nos revela além da alta fixação de co2 da floresta, as
proporções que podem nos levar o desmatamento indiscriminado, conforme pacheco &
helene,1990, citado por schröeder (1992).
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auto-ecologia de espécies florestais (corrigir conforme rascunho)???
segundo a figura no 5, verificamos que uma árvore possui relações diversas com
os elementos físico-químicos e biológicos da floresta a sua volta. cabe explicar mais
detalhadamente cada grupo de (micro) organismos.
fungos parasitas:
especialmente ascomicetos e bacidiomicetos, que atacam as folhas destruindo células.
fungos decompositores:
a maioria são saprófitas, que alimentam-se de matéria orgânica em decomposição.
aguardando o momento de decompor as folhas velhas e mortas.
dispersores:
na floresta nativa, os dispersores apresentam muitas vezes para espécies de árvores
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uma condição especial para a sua perpetuação. animais maiores dispersam sementes
grandes e frutos carnosos e animais pequenos dispersam sementes menores.
epífitas:
são plantas que crescem em cima de outra planta, com raízes sem contato com o chão.
são as samambaias, bromélias e orquídeas. não são prejudiciais à planta hospedeira,
em sua maioria.
microorganismos mutualistas:
a maioria das árvores possuem associações com fungos em suas raízes denominados de
micorrizas. absorvem açucares das raízes e fornecem nutrientes minerais como o
fósforo e nitrogênio através de bactérias fixadoras associadas às leguminosas e outras
famílias.
polinizadores:
são insetos, pássaros e morcegos que, visando as flores em busca de néctar e pólen,
fazem a polinização.
(coelho, 1996 não publicado)
existe uma lei que diz que cada propriedade deve ter, no mínimo, 20% de sua área
coberta com florestas. essa lei, se for bem analisada, traz muitas vantagens para o
produtor.
a mata, quando existente na propriedade, traz os seguintes benefícios:
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• o mato enriquece o solo
as folhas que caem das árvores deixam o solo mais fértil.
• as matas purificam o ar
além de fornecer inúmeros produtos, as florestas são produtoras de oxigênio,
filtram o ar e tem efeito refrescante. uma árvore de grande porte transpira cerca
de 400 litros de água por dia, no verão, equivalente ao efeito de 4 aparelhos de
ar condicionado funcionando 24 horas por dia..
17
***figura do perfil do rio, morro, encosta reflorestados
18
nativa ou reflorestar devido a importância da cobertura florestal para absorver o
impacto da chuva e promover infiltração da água, abastecendo o lençol freático e
evitando erosão.
***inserir figura no 7 e 8
• margem de rios e barragens: segundo a legislação, qualquer curso d’água com até
10 m de largura deve ter uma mata de preservação permanente de 30 metros em cada
margem. em rios com largura de 10 a 50 metros a margem florestal deve ser de 50
metros. nos rios com largura de 50 a 200 metros, deve ser de 100 metros a margem
florestal. em rios de largura de 200 a 600 metros a margem florestal deve ser de 200
metros, e de 500 metros de margem florestal para rios com largura superior a 600
metros.
ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios naturais ou artificiais,
nascentes e olhos d’água deve ter um raio mínimo de 50 metros de cobertura florestal.
(código florestal brasileiro - lei 4771/65).
***inserir figura 9 e 10
19
6.4) como reflorestar
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625 secundárias (no máximo 50 exemplares por espécies)
625 secundárias tardias (idem secundárias)
625 clímax
b) implantação de bosques com 2000 plantas por hectare.
l.625 pioneiras
250 secundárias
l25 clímax
*** inserir desenho das formas geométricas. fig. 12.
figura no 12 deve-se observar que a formação seja sempre um mosaico como ocorre
naturalmente.
o surgimento das espécies nativas seguem uma seqüência lógica a qual devemos
observar quando da implantação de bosques nativos segundo longhi, (1995).
a formação da diversidade de espécies florestais nativas tropical e subtropical é de
mais de uma centena de espécies arbóreas klein, (l982), citado por longhi (1995) não
publicado, com densidade baixa para cada espécie por ha, formando um mosaico
arbóreo natural, onde cada ponto é diferente na estrutura e composição segundo
kageyama citado por longhi (1995) não publicado. para que esta formação possa seguir
sua reprodução é essencial a presença de animais, porém essa relação é altamente
específica para com as espécies florestais.
importante é que o reflorestamento que se pretende implantar deve ser de
múltiplas espécies para que possa se auto renovar sem a interferência humana.
segundo budowski citado por longhi (1995), as espécies nativas comportam-se de
modo diferente quanto ao crescimento a pleno sol, a sombra ou independem destes
fatores.
a separação de espécies florestais tropicais em grupos ecológicos pode ser feita
por diferentes critérios, conforme demostra a tabela 3, por isto gerando confusão na
literatura segundo kageyama & viana, (1989) citados por coelho (1996) não publicado.
“no sul do brasil, algumas espécies apresentam características mistas, dificultando
sua inclusão em categorias. especialmente na formação florestal denominada mata de
pinhais, observamos espécies com características mistas. a araucária (araucaria
angustifolia) é um exemplo, pois apresenta sementes recalcitantes (de curta
longevidade), crescimento mediano e folhas com alta longevidade, apresentando-se
como heliófita em qualquer fase, muitas vezes atuando como pioneira sobre áreas de
campo.
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conceito de categorias sucessionais ou categorias ecológicas ou ainda categorias de
sucessão vegetal ou florestal:
longhi, (1995) não publicado, faz uma conceituação das categorias sucessionais
como segue:
pioneiras: de ciclo curto em média 5 a l5 anos podendo durar até 50 anos,
formadoras do estrato arbustivo,(nessecita luz em todas as fases, dormência fotoblástica
ou por calor) dispersão por animais não específicos. ex.: grandiúva, aroeira-brava, chá
de bugre.
secundárias iniciais: ciclo 15 a 30 ano em média, formadora do estrado sub-
arbóreo, sementes dispersas pelo vento com poder germinativo curto, aparecem nas
clareiras. ex.: ipê amarelo.
secundárias tardias: ciclo de 30 a 50 anos formação do estrato arbóreo,
sementes dispersas pelo vento, surgem depois das secundarias iniciais, sementes com
dormência mecânica. ex.: grápia e alecrim.
clímax: ciclo superior a 50 anos podendo chegar a 500 anos, formadora do estrato
arbóreo superior a dispersão das sementes é feita por animais específicos é reprodutora
à sombra. ex.: grápia, canafístula.
segundo coelho, em ecologia florestal, 1996, não publicado), conceitua a
categoria de reprodutoras à sombra no lugar da categoria clímax. outros conceituam
simplesmente, que espécies clímax são as mais altas e dominantes na floresta o que não
é de todo verdadeiro. tampouco é verdadeiro que a floresta é sempre o ápice de qualquer
processo sucessional, ou o ápice de qualquer escala de valores, mesmo porque estes
valores são criados pelo homem com forte influência econômica. a natureza nem
sempre se comporta segundo valores estabelecidos pelo homem. exemplos: vegetações
de banhados, campos, cerrados, campos sujos, conforme condições de solo e clima
disponíveis podem ser considerados ecossistemas clímax.
reprodutoras à sombra: categoria equivalente a clímax , porém diferindo do seu
conceito clássico. caracterizada pela presença de espécies com pouca necessidade de luz
intensa, longevidade de sementes de mediana a curta com dormências variadas. ex.:
erva mate que surge em um estágio avançado da sucessão florestal na floresta latifoliada
mista. outros exemplos: aguaí-da-serra, cerejeira, manacá ou primavera e guassatonga.
pioneiras:
bracatinga mimosa scabrella, leguminosa
chá-de-bubre casearia silvestris, flacourtiácea
fumo-bravo solanum erianthum, solanácea
mandiocão didimopanax morototoni, araliácea
reprodutoras à sombra
erva mate ilex paraguariensis, aquifoliácea
aguaí da serra chrysophyllum gonocarpum, sapotácea
manacá ou primavera brunfelsia uniflora, solanácea
cerejeira engenia rostrifolia, mirtácea
guassatonga casearia decandra, flacourtiácea
• quebra ventos - estas estruturas tem a finalidade de reduzir a velocidade dos ventos
em até 80%. estes devem ser localizados perpendicularmente ao sentido dos ventos
dominantes da localidade. este é formado por 3 a 8 fileiras de árvores de diferentes
espécies e alturas.
o quebra vento protege até 22 vezes a sua altura em distância, além da vantagem
de abrigar inimigos naturais das pragas de lavouras, abrigar gado e favorecer
polinização das lavouras abrigadas por uma série de quebra ventos, bem como dificultar
a disseminação de pragas e doenças.
espécies recomendadas para quebra ventos: ciprestes, calistemon (chorão da
praia), acácia trinervis, eucalipto, grevilha, pinus, plátano, tipuana, guajuvira,
bracatinga.
ex.: 1ª fileira calistemon
2ª fileira acácia trinervis
3ª fileira acácia trinervis
4ª fileira cipreste
5ª fileira eucalipto
6ª fileira eucalipto
7ª fileira eucalipto
8ª fileira acácia trinervis
6.4.3) plantio
o preparo do solo vai depender de cada situação, porém o ideal deve ser
semelhante ao preparo do solo para culturas anuais, tais como subsolagem e outros.
após a limpeza do terreno ou das clareiras prepara-se o local das covas para o
plantio, fazendo pequenas coroas. É muito importante que o plantio seja efetuado
quando o solo estiver com umidade recomendada, dando preferência a dias nublados.
isto possibilitará melhores condições para que as mudas plantadas sobrevivam.
a profundidade do plantio deve ser a mesma em que a muda se encontra no
tubete, isto é, não se deve enterrar demais nem deixar a raiz sobrando sobre a superfície
do solo, devendo formar uma pequena bacia para captar água.
deve-se abrir a cova e misturar a terra da superfície com adubo orgânico e ou
químico, conforme a análise do solo.
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algumas espécies suportam bem a semeadura direta a campo, podendo ser feita a
lanço, sem a produção de mudas em viveiro
exemplo: pinheiro brasileiro, bracatinga e timbó podem ser semeadas diretamente
no local definitivo.
. cobertura morta - é a prática de proteger o solo ao redor da planta com palha, restos
de cultura ou outros materiais orgânicos, para evitar o desenvolvimento de ervas
daninhas e manter a umidade do solo.
. roçada - prática que deve ser adotada nas entre linhas, que pode ser mecânica ou
manual, até o perfeito estabelecimento das árvores na área.
. replantio - o replantio é executado com mudas de qualidade, de modo a substituir
aquelas atacadas por formigas, mortas ou danificadas por outros agentes: deverá ser de
20 - 30 dias após o plantio; o povoamento deve ter sobrevivência superior a 95%.
. desrama (poda)- a desrama é a prática de retirada dos galhos mortos e vivos mais
baixos, com a finalidade de evitar a criação de nós dentro da madeira, melhorar a
qualidade e altura do fuste, favorecendo a ventilação e insolação do povoamento, sendo
realizado no fim do inverno.
neste caso após a exploração deseja-se que cada toco brote, devendo-se ter os
mesmos cuidados da época de implantação, sem uso do fogo e com combate à formiga.
em cada toco poderá surgir inúmeros brotos dos quais deve-se conduzir 3 a 4 brotos
bem distribuídos.
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a bracatinga faz a resemeadura naturalmente, para seguir o processo basta fazer o
desbaste do excesso de mudas.
• corte seletivo
neste sistema faz-se o plantio com densidade inicial de 2.500 plantas por hectare.
nos anos iniciais a plantação terá um desenvolvimento bem visível em altura e diâmetro.
após este período ela entra em estagnação em função da concorrência por espaço e
nutrientes, sempre que isso ocorrer recomenda-se o desbaste seletivo por baixo, marca-
se e retira-se as árvores suprimidas e dominadas e deixa-se as dominantes, com espaço
vital suficiente para o seu crescimento. este sistema adapta-se para o cultivo de espécies
exóticas de rápido crescimento tais como: eucaliptos, pinus, cinamomo paraíso, uva do
japão, grevilha, e nativas como pinheiro brasileiro.
neste caso objetiva-se produzir madeira nobre para serrarias com diâmetro maior,
porém com ciclo mais longo (20 anos ou mais).
***inserir figura 15
nos desbastes periódicos obtém-se produtos menos nobres, mas trazendo receita
para o produtor. partindo-se de 2.500 plantas por hectare, após os desbastes ficaremos
com uma densidade final de 300 plantas destinadas a toras para serraria.
• corte sistemático
este sistema é menos usado, porém mais simples e barato em alguns casos, e
consiste na retirada sistemática de uma fileira e deixando-se outras três, retira-se mais
uma sucessivamente, prestando-se para povoamentos homogêneos. no caso de
povoamento heterogêneos, retiram-se faixas de árvores, correndo-se o risco de se cortar
algumas árvores valiosas para o povoamento.
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6.4.7) problemas do reflorestamento
• plantio de espécies em locais inadequados;
• replantio atrasado;
• falta de adubação ou adubo em contato direto com a raiz;
• espaçamento incorreto;
• mudas plantadas com o colo enterrado;
• competição demasiada de inços;
• não combate às formigas cortadeiras;
• manejo ou condução inadequado de povoamentos;
• intervalo de corte prolongado;
• falta de replantio;
• não execução da desrama;
• não condução da rebrota;
• falta de desbaste e desbrote;
• falta de conhecimento do assunto.
6.5.1) exóticas:
1. a) nome vulgar: acácia negra
b) nome científico: acacia mearnsiii
c) classificação na dinâmica sucessional: pode ser usada como pioneira para
implantações futuras de nativas.
d) características gerais: espécie rústica exótica, nativa da austrália, de rápido
crescimento, leguminosa fixadora de nitrogênio, com boa adaptação na região sul.
tem casca rica em taninos e madeira dura de alto poder calorífico.
espécie procurada pelas formigas e atacada por um inseto coleóptero chamado
“serrador da acácia negra” que coloca ovos nos galhos e corta estes para o
desenvolvimento das larvas. esta praga deve ser combatida através da catação manual
dos adultos e queima imediata dos galhos afetados.
e)usos: pode ser empregada em áreas deterioradas e voçorocas como
recuperadora de solos, indicada como pioneira na implantação de erva-mate e
outras nativas. indicada para produção de casca para extração do tanino na região
da grande porto alegre para produção de lenha de alto poder calorífico e varas de
construção civil, aglomerados e papel.
f) produtividade: espécie de rápido crescimento com alta produção de lenha (+/-
300 m3/ha por ciclo) de baixo diâmetro quando feito plantio adensado. Árvore de
ciclo curto, morrendo após aproximadamente 8 anos de idade. indicado o corte
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raso para se obter maior produtividade.
g) propagação: faz-se a implantação preferencialmente com mudas, podendo-se
fazer também com sementes. após o primeiro ciclo de 8 anos faz-se novo plantio
com mudas ou se induz a regeneração natural através da queima da resteva da
cultura que é menos indicado pelos danos causados pelo fogo ao ambiente
natural. espaçamento 2 x 2 m ou 3x 1,5 m ou 2 x 1,5 m dependendo da fertilidade
do solo.
solo profundos, úmidos, férteis úmidos, bem férteis, pesados aluviais, úmidos
suporta bem drenados drenados férteis e úmidos bem drenados
arenosos e e profundos
fracos
altitude até 400 m até 800 m até 1000 m até 1200 m até 1400 m
ago/out
6.5.2) nativas:
1 a) nome vulgar: angico vermelho
b)nome científico: parapiptadenia rigida
c) característica da dinâmica sucessional: espécie secundária inicial, podendo
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passar ao estágio seguinte da sucessão. dispersão das sementes pelo vento.
d) características gerais: é da família das leguminosas, semelhante a canafístula,
apresenta copa corimbiforme ampla. sua casca descasca intensamente. os folíolos
são verdes e menores que a canafístula, prefere lugar com bastante umidade,
várzeas e margens de rios.
e) usos: pode ser empregada para confecção de tábuas, dormentes, palanques,
barrotes de casas e como lenha e carvão.
f) propagação: a propagação é feita por semente e sua dispersão através do vento.
o plantio definitivo é feito por mudas.
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g) produtividade: tradicionalmente os ervais tem produção de 5 a 6 toneladas por
hectare/ 3 anos, mas com manejo correto e moderno pode-se atingir produtividade
superior a 30 toneladas/ano ou l8 meses. hoje em dia já se conhece técnicas
modernas de cultivo que dão ótimos resultados, como o cultivo baixo dos ervais.
recomendações:
plantio: altas densidades superiores a 2.222 plantas por hectare (espaçamento de
3m x l,5 m) com cobertura de solo de inverno e verão.
mudas: pequenas e de um ano de idade, produzidas de preferência em tubetes,
livres de cachimbamento da raiz e rustificadas.
***inserir desenho figura 16,17 e 18
37
b) nome científico: patagonula americana
c) classificação da dinâmica sucessional: é espécie secundária inicial, e a
dispersão de suas sementes é feita pelo vento, sendo facilmente transportadas e
disseminadas, devido ao cálice seco, semelhante a uma hélice, que é muito
característico.
d) características gerais: distingue-se facilmente das demais por ser decidual, com
tronco freqüentemente tortuoso e com casca cinzenta, levemente fissurada e
abundante ramificação recenosa, formando copa alargada, provida de densa
folhagem verde escura.
e) usos: a madeira tem larga aplicação, sobretudo em construções, obras expostas,
cabos de ferramentas, remos, implementos agrícolas, móveis, carpintaria,
carrocerias, tacos, madeira com flexibilidade e elasticidade. É de fácil combustão.
possui cerne negro resistente a deterioração por insetos.
f) propagação: por mudas com fácil pega no transplante.
7)resultados esperados:
7.1) diagnóstico
“o projeto regional de reflorestamento e recuperação ambiental firmou
convênio com 30 municípios da região noroeste do rio grande do sul, sendo:
- 17 municípios so conselho regional de desenvolvimento (crd) do noroeste colonial:
ajuricaba, augusto pestana, bom progresso, catuípe, coronel barros, crissiumal,
humaitá, ijuí, jóia, panambi, pejuçara, redentora, são valério do sul, tenente portela,
tiradentes do sul e três passos;
- 08 municípios do crd fronteira noroeste: cândido godói, dr. maurício cardoso, novo
machado, porto lucena, porto vera cruz, santo cristo, são josé do inhacorá e
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tucunduva;
- 05 municípios do crd missões: eugênio de castro, giruá, salvador das missões, santo
Ângelo e vitória das missões.
estes municípios estão inseridos na área de atuação da fidene/unijuÍ e emater
regional noroeste. nesta mesma área atuam as arfors (associação de reposição florestal
obrigatória) de ijuí, três passos, santo Ângelo, santa rosa e giruá.
para se ter um dimensionamento desta região, a comissão central do projeto efetuou
um “diagnóstico preliminar da situação florestal, apícola e da piscicultura”, onde os
municípios, através de sua secretaria da agricultura, arfors e emater local, realizaram o
levantamento de dados do seu respectivo município, compilados e analisados no irder
pelo engº agrº m. sc. osório antonio luchese.
39
presença de pedregosidade, afloramento de rochas e a declividade acentuada. algumas
deveriam ser utilizadas com o cultivo de essências florestais, principalmente as com
declividade acentuada e com pedregosidade que dificultam as operações agrícolas,
especialmente mecanizada.
as áreas de preservação permanente, de 4.688 ha (classes v e viii) não deveriam
sofrer a ação do homem, pois são consideradas refúgio da fauna e flora, escarpas e
banhados.
os restantes 17,44% (classes ivi, vi e vii) são indicadas para culturas permanentes,
devendo serem ocupadas com cobertura florestal, preferencialmente, pois a utilização
mais intensiva do solo poderá acarretar perdas irreversíveis, degradando e tornando
muitas vezes impossível a sua recuperação.
41
7.1.4) dados sobre utilização da matéria prima florestal
43
tabela 8 – balanço energético do município de ijuí no ano de 1989
fonte de energia percentual
energia elétrica 11,40 %
derivados petróleo 55,13 %
Álcool carburante 4,68 %
lenha 28,68 %
outros (carvão) 0,11 %
total 100,00 %
fonte: emater/rs - ijuí eng.º agr.º peri osmar korb
plantas apícolas:
exemplos:
papel reciclável.
este são exemplos da reformulação dos processos industriais que se difundem por
todo o mundo.
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7.7)relação custo/benefício levantado em conta as aplicações alternativas do capital
8) metodologia da soluÇÃo:
8.1) o projeto
o viveiro:
no terceiro ano a produção do viveiro deverá chegar a 5.000.000 de mudas, das
espécies de eucalipto 40 %, outras exóticas 20 % e nativas 40 %, usando tecnologia de
ponta como produção em casa de vegetação com ambiente controlado, embalagem
própria que permite desenvolver mudas com raízes perfeitas usando sementes com
qualidade genética superior.
estratÉgia da campanha:
a campanha será levada a campo pela comissão municipal e pessoal de apoio,
49
através de palestras para agricultores e escolares, com utilização da mídia e material
instrucional.
a comissão central realizará curso para nivelar conhecimentos e instrumentalizar
as comissões municipais e pessoal de apoio.
os trabalhos serão acompanhados e avaliados através de formulários específicos e
relatórios das diferentes comissões.
material instrucional:
referencial teórico plano de curso
plano de palestra lâminas para retroprojeção
vídeo educativo spots 30’ para rádio
vt 30’ para tv cartazes
folder kit demonstrativo
faixas.
9)benefÍcios
9.1)exemplo prático
a nossa meta É:
Área a reflorestar................................30.000 hectares
50
tempo.................................................10 anos
mudas de qualidade ...........................5.000.000 a partir do 3o ano
investimentos .....................................r$ 600.000,00
em 20 anos a lucratividade do
projeto será de.....................................r$ 389.865.200,00
aplicando em trigo e soja
teríamos uma lucratividade de.............r$ 71.104.112,00
aplicando em poupança
teríamos uma lucratividade de.............r$ 2.999.822,00
apicultura............................................r$ 90 novos apiários
25 colméias por apiários
fundo rotativo.....................................u$ 16,305.00
contrapartida brasileira......................u$ 16,305,00
piscicultura.........................................300 novos açudes com 150 ha
de lâminas d’água
fundo rotativo....................................u$ 78,000.00
contrapartida......................................u$ 117,000.00
benefÍcios econÔmicos:
Índice benefício/ custo alternativo .................................................................................5,5
benefÍcios sociais:
mais empregos e melhoria da qualidade de vida para a população de 421.223
habitantes nos 30 municípios conveniados.
benefÍcios polÍticos:
preparação da região para obter certificação da iso 14.000 visando o selo verde
para comércio externo.
benefÍcios ambientais:
atingir ecossistemas mais equilibrados e auto-sustentáveis.
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