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Curso: ESPECIALIZAÇÃO em DESIGN GRÁFICO e ESTRATÉGIA CORPORATIVA

Disciplina: SEMIÓTICA e COGNIÇÃO


Professor: Alberto Puppi
Período: 19-20SET e 03-04OUT2003
Carga Horária: 30ha

EMENTA
Elementos da semiótica. Cognição humana. Semiótica e comunicação visual. Teoria
da comunicação aplicada ao design gráfico.

OBJETIVOS
1. Discutir, de modo introdutório, algumas das mais fundamentais questões ligadas
ao problema da investigação semiótica do mundo, entre elas as questões da língua,
da linguagem e da cognição humanas.
2. Apresentar e discutir os alcances práticos de uma divisão das estratégias
projetivas do design gráfico segundo o ponto de vista semiótico das diferentes
linguagens praticadas pelos designers ao longo da construção de sua própria
história.
2. Apresentar, à guisa de fundamentação teórica da divisão do design gráfico, duas
das principais vertentes teóricas que procuram dar conta dos fatos da linguagem,
Semiologia e Semiótica, e discutir a profundidade e o alcance de seus modelos
teóricos de Signo face a especificidade do fenômeno do Design Gráfico.

PROGRAMA
1. Língua, Linguagem, Cognição: Semiótica
2. Linguagens do Design Gráfico
3. Fundamentação Teórica
3.1. Introdução à Semiologia
3.1.1.Ferdinand de Saussure
3.1.2.Lingüística, Semiologia, Estruturalismo
3.1.3.O Modelo Lingüístico-Semiológico de Signo
3.2. Introdução à Semiótica
3.2.1.Charles Sanders Peirce
3.2.2.O Pragmatismo ou Pragmaticismo
3.2.3.A Semiótica ou Teoria Geral dos Signos
3.2.4.O Modelo Semiótico de Signo

METODOLOGIA
Aulas expositivas com auxílio de quadro-negro, retroprojetor, vídeo-cassete e
projetor de imagens digitais.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Participação nas discussões dos itens do programa e desenvolvimento de um
trabalho de leitura e crítica semiótica de produtos do design gráfico.

BIBLIOGRAFIA MÍNIMA
PIGNATARI, Décio. Semiótica e Literatura. São Paulo: Cultrix. [1974]
SANTAELLA, Lúcia. O Que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense. (Primeiros
Passos,103) [1983]

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
IBRI, Ivo Assad. Kósmos Noētós. São Paulo: Perspectiva. (Estudos, 130) [1992]
FERRARA, Lucrécia D'Aléssio. A Estratégia dos Signos. São Paulo: Perspectiva.
(Estudos, 79) [1981]
PEIRCE, Charles Sanders. The Collected Papers of Charles Sanders Peirce.
EUA: InteLex Corporation. (Past Masters) [1931-35, 1958 – edição eletrônica
reproduzindo Vols. I-VI, ed. Charles Hartshorne e Paul Weiss, Cambridge, MA:
Harvard University Press, 1931-1935 e Vols. VII-VIII, ed. Arthur W. Burks, mesma
editora, 1958].
PEIRCE, Charles Sanders. Escritos Coligidos. São Paulo: Abril Cultural. (Os
Pensadores) [1931-35, 1958]
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. São Paulo: Perspectiva. (Estudos, 46) [
1931-35, 1958]
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e Filosofia. São Paulo: Cultrix. [1931-35,
1958]
SANTAELLA, Lúcia. A Teoria Geral dos Signos. São Paulo: Ática. [1995]
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix. [
1916]
SHANNON, Claude & WEAVER, Warren. Teoria Matemática da Comunicação.
São Paulo: Difel [1948]

BIBLIOGRAFIA CORRELATA
FERRARA, Lucrécia D'Aléssio. Design em Espaços. São Paulo: Rosari. [2002]
PÉNINOU, G. Semiótica de la Publicidad. Barcelona: Gustavo Gilli.
SANTAELLA, Lúcia. Semiótica Aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
[2002]

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1. LÍNGUA, LINGUAGEM, COGNIÇÃO: SEMIÓTICA

2001

[KUBRICK ©1968, Stanley ]

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Origens da Linguagem

ERNEST FISCHER
• “a linguagem surgiu juntamente com os instrumentos” [1959: 30]

PIERRE LÉVY
• “André Leroi-Gourhan demonstrou que a história da hominização se confunde
com a de seus instrumentos e sua língua, essas duas grandes formas culturais
que progridem sempre conjuntamente (1).” [Lévy 1991: 18]
_________________

1. “Observemos que o estrito paralelismo estabelecido por Leroi-Gourhan entre habilidade


técnica e aptidão linguística é questionado pelas mais recentes descobertas em paleontologia,
que têm mostrado disparidades entre a evolução da área de Broca [área da linguagem
localizada na terceira cincunvolução frontal do hemisfério cerebral esquerdo], tal como se pode
reconstituí-la a partir das endocastas cranianas de fósseis humanos, e a evolução da
complexidade de instrumentos líticos. Ver os debates do Colloque de la Fondation Fyssen sur
L'évolution de Cerveau, sob a direção de Jean-Pierre Changeux, Paris, dezembro de 1990.”
[Lévy 1991: 18n1]
• “Muitas vezes esquecemos que o grande pré-historiador posiciona o grafismo
num nível quase idêntico ao da técnica e da palavra. Entalhes sobre ossos,
tatuagens, ritmos coloridos, representações sobre as paredes das cavemas
tomam-se complexos e desenvolvem-se ao mesmo tempo que a humanidade.
Macacos não possuem pinturas de guerra ou máscaras de feitiçaria, assim
como não possuem línguas. Na escala da história da humanidade, a distinção
entre escrita e desenho (ou artes plásticas em geral) é algo bastante recente.
(...) Queremos que os signos gráficos registrem a palavra, e a nomeamos
então "escrita", ou que fixem uma imagem visual, e nesse caso falaremos de
"desenho". Mas o grafismo ultrapassa desde sempre essa altemativa grosseira;
é antes de mais nada brotação de signos, suporte e prolongamento de um
imaginário do qual a língua não é a única forma de expressão. O grafismo,
escrita no sentido amplo, não tem por primeira vocação duplicar a oralidade ou
a cena vista: é uma linguagem autônoma.” [Lévy 1991: 18]

EZRA POUND
• “os poetas [criadores de linguagem] são as antenas da raça”

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2001

“A linguagem surgiu juntamente com os instrumentos”


[Ernest FISCHER ©1959. A Necessidade da Arte.]

2001

“André Leroi-Gourhan demonstrou que a história da hominização se


confunde com a de seus instrumentos e sua língua, essas duas grandes
formas culturais que progridem sempre conjuntamente.”
[LÉVY ©1991, Pierre. A Ideografia Dinâmica: Rumo a uma Imaginação Artificial? ]

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2001

“...brotação de signos, suporte e prolongamento de um imaginário do


qual a língua não é a única forma de expressão.”
[LÉVY ©1991, Pierre. A Ideografia Dinâmica: Rumo a uma Imaginação Artificial? ]

2001

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“Entalhes sobre
ossos,
tatuagens,
ritmos
coloridos,
representações
sobre as
paredes das
cavemas
tomam-se
complexos e
desenvolvem-se
ao mesmo
tempo que a
humanidade.” C
[LÉVY ©1991,
Pierre. A Ideografia A
Dinâmica.]

COMMARQUE, uma pequena caverna perto de Lascaux: “elusive engraving – a horse’s head more than two feet long” [Pfeiffer ©1982: 137]
V
“Na escala da história da humanidade, a distinção entre escrita e
E
desenho (ou artes plásticas em geral) é algo bastante recente.”
[LÉVY ©1991, Pierre. A Ideografia Dinâmica.]

CA
VE
PECH-MERLE, próxima de Lascaux: “hand sillouettes and spoted horses, head of right-hand horse fitting into similarly shaped rock projection” [Pfeiffer ©1982: figura 13]

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“Spray gun, prehistoric style: (a) vertebra paint holder and hollow-bore spray elements; (b) blowing paint mist; (c)
target, hand with finger bent under to imitate mutilation; (d) hand stencil. (Copyright M. H. Newcomer)” [Pfeiffer ©1982:
242-3]

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2. LINGUAGENS DO DESIGN GRÁFICO

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DESIGN REFERENCIAL

figura 1 OD_S

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DESIGN FUNCIONALISTA

figura 2 OI_S

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DESIGN PÓS-REFERENCIAL

figura 3 S_II

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DESIGN UTILITARISTA

figura 4 S_ID

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DESIGN PÓS-UTILITARISTA

figura 5 S_IF

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3.1. INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA
SE
MI
Semiologia OL
• Ferdinand de SAUSSURE 1857-1913
OG
• Cours de Linguistique Générale 1916
• Gramática Grega c. 400 a.C.
A
• Filologia WOLF 1777
• Filologia Comparada BOPP 1816
• Neogramáticos c. 1878
• Lingüística Moderna c. 1910
• Estruturalismo 1950
Roland BARTHES Christian METZ Jean
BAUDRILLARD Umberto ECO Julia
KRISTEVA Tzvetan TODOROV Algirdas-
Julien GREIMAS Jacques DERRIDA

A Semiologia foi sugerida por Ferdinand de Saussure, lingüísta suíço, nos


seus "Cursos de Lingüística Geral" proferidos na Universidade de Genebra no
começo do nosso século, quando criou as bases ainda hoje respeitáveis da
lingüística moderna.
Sua sugestão foi adotada, seguida e desenvolvida principalmente através de
um grupo de intelectuais europeus centrados especialmente na França, que recebeu
o nome de Estruturalismo pois seus membros adotaram, para a prática das ciências
humanas em geral, o método estruturalista praticado por Saussure na sua criação
da Lingüística Moderna.

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3.1.1. FERDINAND DE SAUSSURE

FERDINAND DE SAUSSURE (GENEBRA, 1857-1913)

COURS DE LINGUlSTIQUE GÉNÉRALE: Universidade de Genebra


• 1907;1909;1911
jan-juI1907: 06 alunos
nov-jul1909: 11 alunos
out-jul1911: 12 alunos

CURSO DE LINGÜÍSTICA GERAL: Cultrix/Edusp,1967 (1a Edição)


• "horror doentio à pena"
- não redigiu o manuscrito (o livro jamais escrito, não é obra póstuma)
- destruía sistematicamente suas anotações apressadas em que ia trabalhando
o esboço de sua exposição nas aulas
• obra escrita por dois de seus alunos a partir das notas de aula de oito deles
-1916, França (primeira tradução:1928; Japão)

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3.1.2. LINGÜÍSTICA, SEMIOLOGIA, ESTRUTURALISMO

A Lingüística

• é uma ciência que se constitui em torno dos "fatos da língua"

• passou por três fases sucessivas antes de se reconhecer como ciência e de


reconhecer seu verdadeiro e único objeto
GRAMÁTICA: GRÉCIA, c. 400 a.C.
° disciplina essencialmente normativa baseada na lógica que visa unicamente
formular regras para distinguir as formas corretas das formas incorretas e que
é, portanto, desinteressada de qualquer visão científica da própria língua
FILOLOGIA: FRIEDRICH AUGUST WOLF,1777
° restrita à fixação, comentário e interpretação de textos através do método da
Crítica ⇒Estética (que se ocupa da história literária, dos costumes, das
instituições, etc., inclusive da história das línguas como um objeto a mais
dentre os muitos objetos de estudo da Filologia - Saussure achava que a
filologia era falha num ponto muito particular: apegava-se de modo
demasiadamente servil à língua escrita, esquecendo-se da língua falada)
GRAMÁTICA (OU FILOLOGIA) COMPARADA: FRANZ BOPP; 1816
° movimento deflagrado a partir da descoberta de Bopp de que línguas afins
podiam ser comparadas entre si e que, assim, poderiam esclarecer-se umas
pelas formas das outras
° embora tal escola tenha tido o mérito incontestável de dar início a um campo
novo e fecundo, não chegou a constituir a verdadeira ciência da lingüistica: seu
primeiro grande erro vinha do fato de que jamais se perguntou o que
significavam as analogias que encontrava entre as diversas línguas e, mais
ainda, o enorme erro de considerar a língua como uma esfera à parte, um
quarto reino da natureza (falava-se em "vida da língua" e "a língua faz isto e
aquilo" como se ela fosse uma entidade)

• a lingüística propriamente dita, científica, surge somente por volta de 1878,


graças aos NEOGRAMÁTICOS; por insistência deles, deixou-se de ver a língua
como um organismo que se desenvolve por si, mas um produto do espírito
coletivo dos grupos lingüísticos

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A Lingüística Geral

• a LINGÜÍSTICA MODERNA criada por Saussure é uma Teoria Geral dos Signos
Lingüísticos pois esta ciência tem, por objeto de estudo, todas as manifestações
conhecidas das mais diversas línguas humanas

• LANGUE (LÍNGUA) X PAROLE (FALA)

• FALA ≠ESCRITA (apenas um "cômodo instrumento de registro" para Saussure)


⇒tradição fonocêntrica socrático-platônica (peripatetia)

• ESTRUTURALISMO "AVANT LA LETTRE": sua principal tarefa é a de procurar


os elementos permanentes e universais em todas as línguas particulares e
deduzir as leis gerais daí decorrentes

ESTRUTURA DAS LINGUAS: SIGNO

ESTRUTURA SIGNIFICANTE: FONEMA


⇒FONOLOGIA (FONÉTICA: Roman Jakobson)

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A Semiologia Saussureana

• a língua, diz Saussure, é apenas um dos muitos sistemas de signos que


utilizamos para exprimir nossas idéias [Saussure ©1916: 24]

• é por isso que se pode “conceber uma ciência que estude a vida dos signos no
seio da vida social"; "chamá-la-emos SEMIOLOGIA (do grego SEMEION =
SIGNO)”: “ela nos ensinará em que consistem os signos e que leis os regem"
[Saussure ©1916: 24]

• a lingüistica "não é senão uma parte dessa ciência geral" [Saussure ©1916: 24],
mas é apenas a principal parte dessa ciência geral, pois ela lida com a língua,
que é “apenas o principal dentre os sistemas de signos que exprimem idéias” [cf.
Saussure ©1916: 24], do qual devem ser deduzidas as leis gerais aplicáveis aos
outros sistemas de signos que também exprimem idéias, pois a língua deve ser
tomada como “norma de todas as outras manifestações de linguagem” [Saussure
©1916: 16-7]

• “para atribuir à língua o primeiro lugar no estudo da linguagem, pode-se, enfim,


fazer valer o argumento de que a faculdade – natural ou não – de articular
palavras não se exerce senão com a ajuda de um instrumento criado e fornecido
pela coletividade; não é, então, ilusório dizer que é a língua que faz a unidade
da linguagem” [Saussure ©1916: 18 – grifos meus]]

Psicologia, Semiologia, Lingüística

PSICOLOGIA GERAL {PSICOLOGIA SOCIAL [SEMIOLOGIA (LINGÜÍSTICA)]}

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O Estruturalismo

• nos anos 50, quando teve início a grande onda estruturalista (vide Claude Levi-
Strauss), franceses, búlgaros e italianos iniciaram uma verdadeira corrida no
sentido de criar a semiologia que Saussure não havia criado

• os primeiros semiologistas não fizeram outra coisa senão tentar transpor todos os
esquemas e conceitos da lingüística para os demais sistemas de signos (visuais,
musicais, cinematográficos, arquitetônicos, têxteis, do vestuário; etc.)
- ROLAND BARTHES (fotografia, moda)
- CHRISTIAM METZ (cinema)
- JEAN BAUDRILLARD (O Sistema dos Objetos)
- ALGIRDAS-JULIEN GREIMAS
- UMBERTO ECO
- JULIA KRISTEVA
- TZVETAN TODOROV
- JACQUES DERRIDA (GRAMATOLOGlA: aceitação da escrita como um sistema
de signos e não apenas um cômodo instrumento de registro)

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3.1.3. O MODELO LINGÜÍSTICO-SEMIOLÓGICO DE SIGNO

O Signo Lingüístico [SAUSSURE ©1916: 79-84]


SIG
MODELO LINGÜÍSTICO-SEMIOLÓGICO DE SIGNO SE
MI
“O signo
lingüístico
OL
une não uma
coisa e uma
palavra, mas
"c a s a "
- u m c o n c e ito -
um conceito
(u m a id é ia g e r a l) e uma “O s
- i m p r e s s ã o s e n s o r ia l -
- re p re s e n ta ç ã o p s íq u ic a -
imagem
acústica”
casa /k a /z a /
[Ferdinand de
SAUSSURE
Curso de
Lingüística
Geral]
s ig n o ≠ c o is a + p a la v ra s i g n o = c o n c e it o + i m a g e m a c ú s ti c a

"o signo lingüistico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma
imagem acústica" [SAUSSURE ©1916: 80]

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• /KA/ZA/ - a imagem acústica não é apenas um som material, coisa meramente
física, mas é uma impressão psíquica, uma representação sensorial

• "CASA" - não é uma casa em particular, uma determinada casa; é um conceito de


casa, uma idéia geral de casa (que envolve toda e qualquer forma particular de
casa) (que tem como potência significativa/significadora o poder de evocar, na
mente do usuário do signo, todas as coisas que um dia se conformaram, se
conformam e conformarão a ele, conceito, como “réplicas” suas)
SIG
MODELO LINGÜÍSTICO-SEMIOLÓGICO DE SIGNO SE
“O signo
MI
lingüístic
o une não
OL2
uma coisa
e uma
palavra,
mas um
"c a s a "
- u m c o n c e it o -
conceito
( u m a id é ia g e r a l)
- im p r e s s ã o s e n s o r i a l -
e uma
imagem
- re p r e s e n ta ç ã o p s íq u i c a -

/k a /z a /
acústica”

[Ferdinand
de
SAUSSURE
Curso de
Lingüística
Geral]
s i g n o = c o n c e it o + im a g e m a c ú s t i c a

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O Significante, o Significado e a Arbitrariedade do Signo Lingüístico
SIG
MODELO LINGÜÍSTICO-SEMIOLÓGICO DE SIGNO SE
“O signo “O laço MI
lingüístico é que une o
o total
resultante
Ste com o
Sdo é
OL
da arbitrário.”
DO
associação
de um
significante
S “Sua
natureza é
a de um
com um signo
significado. convencio
” TE nal.”
S [Ferdinand
de
SAUSSURE
Curso de
Lingüística
Geral]

s i g n o s e m i o l ó g i c o = > r e la ç ã o a r b i t r á r i a

SAUSSURE:
• "o signo lingüistico é o total resultante da associação de um significante com um
significado" [©1916: 81]

SAUSSURE:
• "o signo lingüistico é arbitrário", "sua natureza é a de um signo convencional"
(diferente de um "signo natural") [©1916: 81]
• "o laço que une o Ste com o Sdo é arbitrário" [©1916: 81]
• "o Ste é imotivado, arbitrário em relação ao Sdo." [©1916: 83]

O CONCEITO DE “SIGNIFICAÇÃO” PARA SAUSSURE


• A “significação”, podemos afirmar, é justamente aquele “laço que une o Ste com o Sdo” e
que é “arbitrário” [cf. ©1916: 81, 132-136].
QUANDO SE FALA DA SIGNIFICAÇÃO DE UM SIGNO, PENSA-SE, JUSTAMENTE E
ANTES DE TUDO O MAIS, NA PROPRIEDADE QUE ELE, SIGNO, TEM DE
REPRESENTAR UMA IDÉIA:
• “Tomemos inicialmente, a significação tal como se costuma representá-la e tal como nós
a representamos na p.80s.” [©1916: 133 – cf. figura 4 na pg. anterior].
• “Ela não é, como o indicam as flechas da figura, mais do que a contraparte da imagem
auditiva. Tudo se passa entre a imagem auditiva e o conceito, nos limites da palavra
considerada como um domínio fechado existente por si próprio.” I. é, “o conceito nos
aparece como a contraparte da imagem auditiva no interior do signo”. [©1916: 133]
• “(...) a significação”? “(...) vale dizer, (...) a contraparte da imagem auditiva”. [©1916: 133]

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A Linearidade do Signo Lingüístico

/ KA / ZAZ / / A / MA / RE / LAZ /
→

SAUSSURE:
• "o significante, sendo de natureza auditiva desenvolve-se no tempo, tem um caráter
linear" [©1916: 84]

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O Signo Semiológico

• "quando a Semiologia estiver organizada. deverá averiguar se os modos de


expressão que se baseiam em signos naturais - como a pantomima (“mímica”) -
lhe pertencem de direito" [©1916: 82]
• "supondo que a Semiologia os acolha, seu principal objetivo não deixará de ser o
conjunto de sistemas baseados na arbitrariedade do signo" [©1916: 82]
• "todo meio de expressão aceito numa sociedade repousa, em princípio num
hábito coletivo ou, o que vem a dar na mesma, na convenção (os signos de
cortesia não estão menos fixados por uma regra)" [©1916: 82]
• "pode-se, pois, dizer que os signos inteiramente arbitrários realizam melhor o
procedimento semiológico" [©1916: 82]
• "eis porque a língua, o mais completo e o mais difundido sistema de expressão é
também o mais característico de todos" [©1916: 82]
• "nesse sentido, a lingüística pode erigir-se em padrão de toda Semiologia, se bem
que a língua não seja senão um sistema particular" [©1916: 82]

LINGUAGEM =
{[(LINGÜÍSTICA: Sistemas de Signos Lingüísticos ou Línguas)
SEMIOLOGIA: Sistemas baseados na Arbitrariedade do Signo] +
[SISTEMAS “HETERÓCLITOS” DE SIGNO]}

Sistemas baseados na arbitrariedade do signo: (“alfabeto dos surdos-mudos”) (“ritos simbólicos”)


(“formas de polidez”) (“sinais militares”) (“etc”)] [Saussure ©1916: 24]

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Semiologia do Design Visual?

D O
S
TE
S

figura SEMIOL05

• O Signo da Comunicação Visual é "o total resultante da associação arbitrária de


um Ste com um Sdo"?

• A natureza do Signo Visual é a de um signo "convencional", "arbitrário",


"imotivado", de acordo com o modelo semiológico saussureano ou, ao contrário, é
um signo do tipo que é dito "natural", "não-arbitrário", em que ou o Ste é
"motivado" pelo Sdo ou vice-versa?

• Os produtos do Design Visual têm um "caráter linear"?

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Semiologia x Semiótica

• na década de 70, "alguns semiólogos europeus começaram a se dar conta de que


não era mais possível ignorar o fundador da Semiótica, Charles Sanders Peirce,
como ficou patente no "I Congresso Internacional de Semiótica" (Milão,1974)";
"por este tempo havia mais textos de Peirce traduzidos para o português do que
para o italiano ou o francês" [Pignatari, S&L:15]

• "o estudo estrutural das línguas naturais forneceu aos semiologistas métodos
aplicáveis às outras práticas semióticas (foi por este método lingüístico que a
Semiologia se formou antes de encontrar sua razão de ser no estudo das
práticas semióticas que não seguem o que a lingüística crê ser a lógica do
discurso natural, regulamentada pelas normas da comunicação falada utilitária,
i. é, pela gramática" [Kristeva, ESI: 26])

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3.2. INTRODUÇÃO À SEMlÓTICA

SE
Semiótica
MI
ÓT
• Charles Sanders PEIRCE 1839-1914
• Collected Papers 1938-1951
IC
A
PRAGMATISMO

FENOMENOLOGIA = IDEOSCOPIA = FANEROSCOPIA



CIÊNCIAS NORMATIVAS
(Estética)
(Ética)
(Lógica = Semiótica)

METAFÍSICA

A Semiótica foi criada por Charles Sanders Peirce (cientista e filósofo


americano e um dos grandes lógico-matemáticos da segunda metade do século
XIX e início do XX).
Ele a concebeu como parte integrante de um completo e complexo sistema
filosófico batizado de Pragmatismo (termo criado por ele). Posteriormente Peirce
rebatizou o seu sistema filosófico como Pragmaticismo quando o primeiro termo
começou a ser utilizado sem o rigor inicial que ele lhe atribuiu (o termo
Pragmaticismo foi adotado, dizia Peirce, porque "é um termo suficientemente
estranho para mantê-lo a salvo de detratores").

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3.2.1. PEIRCE, CHARLES SANDERS 1839-1914
[SANTAELLA ©1983, Lúcia. “O Legado de C. S. Peirce”: O que é Semiótica. 2a ed. São Paulo:
Brasiliense, 1984, 18-29.]
[PIGNATARI ©1974, Décio. Semiótica e Literatura. São Paulo: Perspectiva, 1974.]

• 1839 “seu pai (Benjamin Peirce) foi, na época, o mais importante


matemático de Harvard [Cambridge, Massachusetts], sendo sua casa uma
espécie de centro de reuniões para onde naturalmente convergiam os mais
renomados artistas e cientistas” [Santaella ©1983: 19 – grifos meus]

• 1845 “... químico ele já era, desde os seis anos de idade” [Santaella
©1983: 20]

• 1850 “Aos 11 anos escreveu uma História da Química; e em Química se


bacharelou na Universidade de Harvard.” [Santaella ©1983: 20]
“Mas Peirce era também matemático, físico, astrônomo, além de ter
realizado contribuições importantes no campo da Geodésia1, Metrologia2 e
Espectroscopia3. Era ainda um estudioso dos mais sérios tanto da Biologia
quanto da Geologia, assim como fez, quando jovem, estudos intensivos de
classificação zoológica sob a direção de Agassiz.” [Santaella ©1983: 20 – grifos
meus]
“Em nenhum momento de sua vida, contudo, Peirce se confinou estritamente
às ciências exatas e naturais. No campo das ciências culturais, ele se devotou
particularmente à Lingüística, Filologia e História. lsso sem mencionarmos suas
enormes contribuições à Psicologia que fizeram dele o primeiro psicólogo
experimental dos EUA.” [Santaella ©1983: 20 – grifos meus]
“Como se isso não bastasse, conhecia ainda mais de uma dezena de
línguas, além de ter realizado estudos em Arquitetura e cultivado a amizade de
pintores. Conhecedor profundo de Literatura (especialmente Shakespeare e
Edgard Alan Poe), fez elaborados estudos de dicção poética e chegou a escrever
um longo conto ("A Tale of Thessaly") para o qual não encontrou editor. Mais para
o fim de sua vida, estava escrevendo uma peça de teatro. Praticava ainda a "arte
quirográfica", além de ser um grande experimentador de vinhos, tendo
desenvolvido essa aprendizagem numa estada de seis meses em Voisin.”
[Santaella ©1983: 20-1 – grifos meus]

• 1851 “... desde o dia em que, na idade de 12 ou 13 anos, eu peguei, no


quarto de meu irmão mais velho, uma cópia da Lógica de Whateley e perguntei
ao meu irmão o que era Lógica, ao receber uma resposta simples, joguei-me no
assoalho e me enterrei no livro. Desde então, nunca esteve em meus poderes
estudar qualquer coisa – matemática, ética, metafísica, anatomia,
termodinâmica, ótica, gravitação, astronomia, psicologia, fonética, economia, a
história da ciência, jogo de cartas, homens e mulheres, vinho, metrologia, exceto
como um estudo de Semiótica” [apud Santaella ©1983: 27 – grifos meus];

• 1853 "aos 14 anos começou a ler Kant no original" [Pignatari ©1974: 16 –


grifos meus];”aos 16 anos de idade, começou a estudar Kant e, alguns anos mais

1
Ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra. [Koogan Larousse]
2
Parte da Física que trata dos pesos e medidas. [Koogan Larousse]
3
Estudo dos espectros luminosos. Fis. [Koogan Larousse]
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 29
tarde, sabia a Crítica da Razão Pura de cor” [Santaella ©1983: 24 – grifos meus];
e continuou a fazê-lo semanalmente até o fim de sua vida;

• 1861-1891 (dos 22-52 anos) “como cientista sobreviveu, trabalhando


para o governo federal a serviço da “Costa e Inspeção Geodésica”, durante o dia,
de 1861 a 1891, e simultaneamente, por algum tempo, no Observatório de
Harvard College, durante a noite” [Santaella ©1983: 22];

• antes de se aventurar a dar inicio às primeiras linhas do Pragmaticismo, seu


sistema filosófico; ele se impôs uma rigorosa leitura nos idiomas originais de toda
a filosofia ocidental a partir dos gregos

• por volta dos 34 anos elaborou a sua Semiótica pela primeira vez e a ela voltou
continuadamente ao longo de 40 anos (morreu aos 74 anos), pensando e
repensando suas idéias e conceitos desta que era uma parte apenas do seu
completo e complexo sistema filosófico

• Darwin

Collected Papers (1938-1951)

• a obra que ele deixou é extremamente vasta, cerca de 100.000 páginas


meticulosamente manuscritas a lápis ao longo destes 40 anos de maturidade
filosófica, mas jamais publicou um livro sequer: "a verdade é que Peirce foi
menosprezado em sua própria terra" [Pignatari, S&L: 15]

• embora não tenha publicado livros, uma pequena parte de sua obra (“12.000
páginas” [Santaella ©1983: 28]) foi publicada esparsamente sob a forma de
artigos em jornais e revistas americanos (especializados em filosofia ou não, como
a revista Mecânica Popular!?), porém, a maior parte dela permaneceu inédita
durante mais de 30 anos após a sua morte;

• hoje, cerca de 5.000 páginas (“fragmentos mais ou menos arbitrariamente


selecionados” [Santaella ©1983: 28]) desta sua obra encontra-se publicada em
uma coleção de oito volumes em quatro tomos editados sistematicamente entre
1938 e 1951 pela editora da Universidade de Harvard sob o título geral de
Collected Papers (Artigos ou Papéis Coligidos); o restante, previsto para estar
totalmente publicado até o ano 2000 ainda não veio a público (“... considerando-se
que só recentemente, graças aos esforços de grupos de estudiosos norte-
americanos, esses manuscrìtos foram catalogados; considerando-se que só agora
uma edição cronológica da produção de Peirce está sendo preparada para
restaurar, senão a integralidade, pelo menos a integridade do seu pensamento,
pode-se concluir que é com muito vagar que sua obra está sendo posta a público.
Com igual vagar está sendo decifrada, devido ao seu alto teor de complexidade e
originalidade.” [Santaella ©1983: 28 – grifos meus])

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 30


DIVISÕES DA CIÊNCIA
[PEIRCE, Charles Sanders: 1. 180-202. - vol. I, Principles of Philosophy., book II, “The Classification
of Sciences”, chapter 1, “An Outline Classification of Sciences” (* Pp. 5-9 of A Syllabus of Certain
Topics of Logic, 1903, Alfred Mudge & Son)]
[PEIRCE, Charles Sanders: 1. 238-272. - vol. I, Principles of Philosophy., book II, “The Classification
of Sciences”, chapter 2, “A Detailed Classification of the Sciences” (* section 1, chapter 2, of the
Minute Logic, 1902)]
[SANTAELLA ©1983, Lúcia. “Para se Ler o Mundo como Linguagem””: O que é Semiótica. 2a ed.
São Paulo: Brasiliense, 1984, 30-33.]

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SubGên... ESPÉCIES

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 32


GÊNEROS
GOGIA, ETIQUETA, ARITMÉTICA VULGAR, SOBREVIVÊNCIA, NAVEGAÇÃO, TELEGRAFIA, IMPRESSÃO, ENCADERNAÇÃO, DECIFRAÇÃO, FABRICAÇÃO DE TINTA; DE PAPEL, GRAVAÇÃO, BIBLIOTECONOMIA,...

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SubFamílias
2. CRÍTICA DA ARQUITETURA1. C. DAS OPERAÇÕES MILITARES (3. HISTÓRIA MODERNA)(2. HISTÓRIA ANTIGA)(1. HISTÓRIA MONUMENTAL) 2. DOUTRINA DOS COMPOSTOS1. DOUTRINA DOS ELEMENTOS 2. AROMÁTICA1. “ALIPHATIC” [?]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 34


FAMÍLIAS
3. PSICOLOGIA ANORMAL2. HEREDITARIEDADE PSÍQUICA1. PSICOLOGIA INDIVIDUAL 2. ANATOMIA 1. FISIOLOGIA 3. QUÍMICA INORGÂNICA________ 2. QUÍMICA ORGÂNICA__________1. QUÍMICA FÍSICA 2. ELETRICIDADE 1. ÓTICA 2. TERMODINÂMICA1. “ELATHERICS” [?] 2. GRAVITAÇÃO1. DINÂMICA

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SubOrdens
1. PSICOLOGIA INTROSPECTIVA 2. ASTRONOMIA1. “GEOGNOSY” 2. BIOLOGIA___________________ 1. QUÍMICA____________________ 3. FÍSICA ETÉREA______________ 2. FÍSICA MOLECULAR__________ 1. FÍSICA MOLAR_______________ 3. METODÊUTICA2. CRÍTICA1. GRAMÁTICA ESPECULATIVA

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 36


ORDENS
2. FÍSICA CLASSIFICATÓRIA_____ (OU NOMOLÓGICA)1. FÍSICA GERAL_______________ [Tempo, Espaço, Leis da Natureza, Matéria]3. METAFÍSICA FÍSICA [Deus, Liberdade, Imostalidade]2. METAFÍSICA PSÍQUICA [Qualidade, Fato, Lei/Pensamto]1. ONTOLOGIA [a Verdade]3. LÓGICA (OU SEMIÓTICA)______ [o Bem]2. ÉTICA [o Belo]1. ESTÉTICA

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 37


SubClasses
(OU PSÍQUICAS)2. CIÊNCIAS HUMANAS__________ 1. CIÊNCIAS FÍSICAS____________ 3. METAFÍSICA_________________ 2. CIÊNCIAS NORMATIVAS_______ [1dade, 2dade, 3dade] (OU FENOMENOLOGIA)1. IDEOSCOPIA

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 38


CLASSES
______________________________ ______________________________ (OU CIÊNCIAS ESPECIAIS)3. IDIOSCOPIA_________________ 2. FILOSOFIA__________________ 1. MATEMÁTICA

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SubRamos
______________________________ (OU DIGESTÃO)2. CIÊNCIAS DA REVISÃO________ 1. CIÊNCIAS DA DESCOBERTA___

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RAMOS

(OU CIÊNCIAS APLICADAS)2. CIÊNCIAS PRÁTICAS_______ 1. CIÊNCIAS TEÓRICAS_______

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 41


3.2.2. O PRAGMATISMO OU PRAGMATICISMO
[SANTAELLA ©1983, Lúcia. “Uma arquitetura filosófica”: O que é Semiótica. 2a ed. São Paulo:
Brasiliense, 1984, 35-40.]

FENOMENOLOGIA = IDEOSCOPIA = FANEROSCOPIA



CIÊNCIAS NORMATIVAS
(Estética)
(Ética)
(Lógica = Semiótica)
GRAMÁTICA ESPECULATIVA
LÓGICA CRÍTICA
RETÓRICA PURA ou METODÊUTICA

METAFÍSICA

As Bases Triádicas da Filosofia Peirceana

• “Peirce é o Marx da linguagem” [Pignatari ©1974: 159].


• Tal como ele, veio de Hegel (Dialética: Tese, Antítese, Síntese), "embora numa
roupagem estranha" [Peirce: 1.042. “My philosophy resuscitates Hegel, though in a
strange costume.”]
• tal como ele rompeu, por força de suas conclusões lógico-fenomenológicas, com a
Lógica Diádica Aristotélica, fugindo para além das limitações dicotômicas clássicas
(real x irreal, belo x não-belo, bem x mal, verdadeiro x falso, imanente x
transcendente; etc.) que informam toda a filosofia ocidental até Kant e Hegel e, de
quebra, toda a Semiologia de extração saussureana
• com base nestas conclusões lógico-fenomenológicas foi que Peirce construiu seu
Sistema Filosófico do Pragmatismo ou Pragmaticismo, todo ele embasado numa
Lógica Triádica

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 42


FENOMENOLOGIA
“a primeira instância de um trabalho filosófico” [Santaella ©1983: 36]

OBJETIVO GERAL:
• “criar a Doutrina das Categorias, que tem por função realizar a mais radical
análise de todas as experiências possíveis” [Id: 36]
“Insatisfeito com as categorias aristotélicas, consideradas como categorias mais
lingüísticas do que lógicas, profundamente influenciado por Kant, mas
considerando suas categorias, extraídas da análise lógica da proposição, como
sendo materiais e particulares e não formais e universais, Peirce dedicou grande
parte de sua existência à elaboração, aperfeiçoamento e ampliação do campo de
aplicação das suas categorias universais, categorias estas que não brotaram
nem de pressupostos lógicos, nem da língua, mas do exame atento e
perscrutante da "experiência" ela mesma.”
"Com Hegel, Peirce manteve relações contraditórias. Desprezava seu idealismo
absoluto ao mesmo tempo que o considerava "o mais grandioso dentre todos os
filósofos que já existiram". Via as categorias hegelianas como puramente
materiais e também particulares, mas enxergava, nos três estágios do
pensamento formulados por Hegel, profundas semelhanças com suas categorias
fenomenológicas universais.“
"Isso não pode nos levar a apressadamente afirmar, contudo, que o pensamento
peirceano tenha qualquer débito para com Hegel. É Pierce quem diz: "Embora
meu método apresente uma similaridade muito geral com o de Hegel, seria
historicamente falso considerá-lo uma modificação do método hegeliano. Ele veio
à luz através do estudo das categorias kantianas e não das hegelianas."
"Foi só depois de ter elaborado sua própria doutrina das categorias é que Peirce
veio a se dar conta de suas semelhanças genéricas com os estágios hegelianos,
o que, para ele, só servia como mais uma comprovação de que suas categorias
estavam no caminho certo.” [Id: 36-7]

METODOLOGIA:
• “A Fenomenologia, como base fundamental para qualquer ciência, meramente
observa os fenómenos e, através da análise, postula as formas ou propriedades
universais desses fenômenos.” [Id: 38]
“Devem nascer daí as categorias universais de toda e qualquer experiência e
pensamento. [Id: 38]
“Numa recusa cabal a qualquer julgamento avaliativo a priori, a Fenomenologia é
totalmente independente das ciências normativas.” [Id: 38]

OBS:
• “Embora o termo fenomenologia ou "phaneroscopia", conforme Peirce preferia
chamar, só tenha sido por ele empregado por volta de 1902 [63 anos], quando da
construção arquitetônica de seu sistema, a preocupação fenomenológica
constituiu-se na base fundamental de toda sua filosofia, e já comparecia como
investigação primordial desde seus escritos em 1867 [28 anos].” [Id: 36]
• “Através de sua fenomenologia pretendia gerar uma fundamentação conceitual
para uma filosofia arquitetônica, baseada em uns poucos conceitos, simples e
suficientemente vastos a ponto de dar conta do "trabalho inteiro da razão
humana". Esses conceitos, a partir dos 58 anos [1897], Peirce estava certo de tê-
los atingido com as suas categorias.” [Id: 39]
“Nessa medida, sem uma inteligibilidade cuidadosa e acurada das categorias
peirceanas, assim como de sua phaneroscopia (descrição dos Phanerons ou
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 43
fenômenos), muito pouco pode toda sua teoria ser compreendida, principalmente
a Semiótica, que da Fenomenologia extrai todos os seus princípios.” [Id: 39]

CATEGORIAS CENOPITAGÓRICAS
(categorias universais da experiência):
1dade SENTIMENTO DE QUALIDADE presente
2dade REAÇÃO/VONTADE passado x presente
3dade REPRESENTAÇÃO/COGNIÇÃO fluxo do tempo

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 44


CIÊNCIAS NORMATIVAS
“É (...) sob [sic!] a base da Fenomenologia que as ciências normativas se
desenvolvem obedecendo à seqüência seguinte: Estética, Ética e Semiótica ou
Lógica.” [Santaella ©1983: 38]

OBJETIVO GERAL:
• “Tendo todas elas por função "distinguir o que deve e o que não deve ser" [Id: 38]

ESTÉTICA
“se define como ciência daquilo que é objetivamente admirável sem qualquer razão
ulterior” [Id: 38]
“é a base para a Ética” [Id: 38]

ÉTICA
“ou ciência da ação ou conduta” [Id: 38]
“da Estética recebe seus primeiros princípios” [Id: 38]

LÓGICA OU SEMIÓTICA
“teoria dos signos e do pensamento deliberado” [Id: 38]
"sob [sic!] ambas, e delas extraindo seus princípios, estrutura-se em três ramos a
ciência Semiótica” [Id: 38]

OBJETIVO GERAL:
• “A Semiótica ou Lógica (...) tem por função classificar e descrever todos os tipos
de signos logicamente possíveis.” [Id: 39]
“Isso parece dotá-la de um caráter ascendente sobre todas as ciências especiais,
dado que essas ciências são linguagens. " [Id: 39]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 45


METAFÍSICA
“ou ciência da realidade“ [Santaella ©1983: 38]
“Definindo realidade ou real como sendo precisamente aquilo que é de modo
independente das nossas fantasias, pois que "vivemos num mundo de forças que
atuam sobre nós, sendo essas forças, e não as transformações lógicas do nosso
próprio pensamento, que determinam em que devemos, por fim, acreditar", fica claro
porque a Metafísica comparece como resultante e não antecedente de toda sua
filosofia.” [Id: 38-9]

CATEGORIAS UNIVERSAIS DA REALIDADE:


1os QUALIDADES (POSSÍVEIS)
2os EXISTÊNCIA (DE FATO))
3os LEIS/PENSAMENTOS

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 46


3.2.3. A SEMIÓTICA OU TEORIA GERAL DOS SIGNOS

A Semiótica ou Teoria Geral dos Signos (conforme Peirce); é uma ciência que se
constitui em torno dos fatos do largo espectro da linguagem; abrangendo não só a
língua falada como também a escrita e todo o universo dos signos não-verbais.

• ela também é um estruturalismo "avant la lettre"


° sua principal tarefa também é a de procurar os elementos permanentes e
universais em todas as manifestações da linguagem e deduzir as leis gerais dai
decorrentes
° porém, como para Peirce o Universo todo é “um vasto Representamen, um
grande símbolo do desígnio de Deus, acabando suas conclusões em
realidades vivas” [5.119]4, esses elementos permanentes e universais devem
ser procurados não só na linguagem humana, mas em todo recanto do
universo

A lógica está preocupada com as condições do pensamento


verdadeiro.
Todo pensamento é performatizado por meio de signos.
PORTANTO a Lógica se confunde com a Semiótica.

4
5.119. “Therefore, if you ask me what part Qualities can play in the economy of the universe, I shall reply that
the universe is a vast representamen, a great symbol of God's purpose, working out its conclusions in living
realities.”
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 47
3.2.4. O MODELO SEMIÓTICO DE SIGNO

M O D E L O T R IÁ D IC O S IM P L IF IC A D O D E S IG N O

ALG U M A ALG O
C O IS A (S IG N O ) ALG UÉM

figura S&D10

“Um signo é algo que substitui algum aspecto ou capacidade de alguma coisa para alguém".
[PEIRCE: 2.228]

“A sign, or representamen, is something which stands to somebody for something in some


respect or capacity. It addresses somebody, that is, creates in the mind of that person an
equivalent sign, or perhaps a more developed sign. That sign which it creates I call the
interpretant of the first sign. The sign stands for something, its object.” [2.228]

• ALGO, não mais uma "imagem acústica" nem mesmo apenas uma "palavra" STE
• ALGUMA COISA, não apenas um "conceito" como SDO
• ALGUÉM; que toma parte ativa no processo de SIGNIFICAÇÃO e não mais uma
coletividade social que o determina e prescreve o seu uso
OBS: ainda assim, esta definição traz uma forte concepção antropocêntrica da questão da
linguagem, idéia simplista à qual Peirce recorria em situações de desilusão com seus
leitores – “Defino al Signo como algo que é determinado em su calidade de tal por otra cosa,
llamada su Objeto, y de modo tal que determine um efecto sobre una persona, efecto que
llamo su Interpretante; vale decir que este último es determinado por el Signo, en forma
mediata. Mi inserción del giro “sobre una persona” es una suerte de dádiva para el
Cancerbero [“a sop to cerberus”], porque he perdido las esperanzas de que se entienda mi
concepción más amplia de la cuestión.” [Peirce 1974: 102-3 – carta para Lady Welby
iniciada em 14 de dezembro de 1908 e continuada em 23 de dezembro do mesmo ano (in
HARDWICK, Charles, ed. Semiotics and Significs. The Correspondence between
Charles S. Peirce and Lady Victoria Welby. Bloomington: Indiana University Press, 1977,
pp.66-73, 73-86.)]

PIGNATARI:
• signo é "toda e qualquer coisa que substitua ou represente outra; em certa medida
e para certos efeitos" [S&L: 13]
• "ou melhor: toda e qualquer coisa que se organize ou que tenda a se organizar
sob a forma de linguagem, verbal ou não" [S&L: 13]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 48


O MODELO SEMIÓTICO DE SIGNO RELAÇÃO TRIÁDICA GENUÍNA

M O D E L O T R IÁ D IC O G E N U ÍN O D E S IG N O

O BJETO IN T E R P R E -
S IG N O
D O S IG N O TA N T E

figura S&D10

"Um Signo, ou Representamen, é um Primeiro que se coloca em tal relação triádica genuína
com um Segundo, chamado seu Objeto, de tal modo que seja capaz de determinar que um
Terceiro, chamado seu Interpretante, assuma com o Objeto do Signo a mesma relação triádica
que o próprio signo assume."
[PEIRCE: 2.274]

“A Sign, or Representamen, is a First which stands in such a genuine triadic relation to a


Second, called its Object, as to be capable of determining a Third, called its Interpretant, to
assume the same triadic relation to its Object in which it stands itself to the same Object.”
[2.274, from “Syllabus”, c. 1902]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 49


D IA G R A M A D E S A U S S U R E P A R A D IA G R A M A D E O G D E N & R IC H A R D S P A R A
O S IG N O D IÁ D IC O O S IG N O T R IÁ D IC O

S O

A D A P T A Ç Ã O D O D IA G R A M A D E O G D E N & R IC H A R D S P A R A O S IG N O T R IÁ D IC O

O BJETO IN T E R P R E -
S IG N O
D O S IG N O TA N T E

figura S&D115

OBS: podemos aproximar, de maneira muito cautelosa, os conceitos peirceanos de


Signo e Objeto com os conceitos saussureanos de “significante” e “significado”, mas
o conceito de Interpretante redefine radicalmente a significação mecânica da relação
arbitrária e permite a montagem da dinâmica do “processo triádico de significação”.

5
cf. OGDEN, C. K. & RICHARDS, I. A. The Meaning of Meaning.
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 50
A RELAÇÃO TRIÁDICA GENUÍNA SEMIOSE

T R IM !!

L ig a ç ã o
T R IM !!
T e le fô n ic a

O S

L ig a ç ã o A lg u é m q u e r
T R IM !! f a la r c o m ig o .
T e le fô n ic a

O S I1

L ig a ç ã o A lg u é m q u e r V o u a te n d e r.
T R IM !! f a la r c o m ig o . ( ...O u n ã o , o u lig a r
T e le fô n ic a a s e c r e tá r ia ...)

O S S I2

L ig a ç ã o A lg u é m q u e r V o u a te n d e r. V o u d iz e r
T R IM !! f a la r c o m ig o .
( . . . O u n ã o , o u lig a r
T e le fô n ic a a s e c r e tá r ia ...) “ A lô ! ” .

O S S S I3

A lg u é m q u e r V o u a te n d e r. S e re i p o u c o
L ig a ç ã o V o u d iz e r
T R IM !! f a la r c o m ig o .
( . . . O u n ã o , o u lig a r e f u s iv o p a r a
T e le fô n ic a a s e c r e tá r ia ...) “ A lô ! ” .
s e r b re v e .
O S S S S I4

A lg u é m q u e r V o u a te n d e r. S e re i p o u c o
L ig a ç ã o V o u d iz e r
T R IM !! f a la r c o m ig o . ( . . . O u n ã o , o u lig a r e f u s iv o p a r a
T e le fô n ic a a s e c r e tá r ia ...) “ A lô ! ” .
s e r b re v e .
O S S S S S I

figura S&D24

2.274. “The triadic relation is genuine, that is its three members are bound together by it in a way that
does not consist in any complexus of dyadic relations. That is the reason the Interpretant, or Third,
cannot stand in a mere dyadic relation to the Object, but must stand in such a relation to it as the
Representamen itself does. Nor can the triadic relation in which the Third stands be merely similar to
that in which the First stands, for this would make the relation of the Third to the First a degenerate
Secondness merely. The Third must indeed stand in such a relation, and thus must be capable of
determining a Third of its own; but besides that, it must have a second triadic relation in which the
Representamen, or rather the relation thereof to its Object, shall be its own (the Third's) Object, and
must be capable of determining a Third to this relation. All this must equally be true of the Third's
Thirds and so on endlessly; and this, and more, is involved in the familiar idea of a Sign; and as the
term Representamen6 is here used, nothing more is implied.” [274-7, 283-4, 292-4 are from “Syllabus”,
c. 1902, no part of which was ever published (cf. note to ch. 1)]

6
2.274. “A Sign is a Representamen with a mental Interpretant. Possibly there may be Representamens that are not Signs. Thus, if a
sunflower, in turning towards the sun, becomes by that very act fully capable, without further condition, of reproducing a sunflower which
turns in precisely corresponding ways toward the sun, and of doing so with the same reproductive power, the sunflower would become a
Representamen of the sun. But thought is the chief, if not the only, mode of representation.”
2.275. “.Namely, while no Representamen actually functions as such until it actually determines an Interpretant, yet it becomes a
Representamen as soon as it is fully capable of doing this; and its Representative Quality is not necessarily dependent upon its ever actually
determining an Interpretant, nor even upon its actually having an Object.” [274-7, 283-4, 292-4 are from “Syllabus”, c. 1902, no part of
which was ever published (cf. note to ch. 1)] – grifos meus
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 51
OS NÍVEIS DE ANÁLISE DOS SIGNOS

N ÍV E L S IN T Á T IC O D E A N Á L IS E D O S S IG N O S

S IG N O

N ÍV E L S E M Â N T IC O D E A N Á L IS E D O S S IG N O S

O B JE TO S IG N O
D O S IG N O

N ÍV E L P R A G M Á T IC O D E A N Á L IS E D O S S IG N O S

S IG N O IN T E R P R E -
TA N TE

figura S&D12

“Os princípios e analogias da Fenomenologia nos permitem descrever como devem ser as divisões
das relações triádicas” [2.233] e consequentemente dos signos. Os signos, triádicos, “são divisíveis
em três tricotomias” [2.243].
• Isto é, os Signos Triádicos podem ser analisados, ou seja, divididos em três níveis distintos de
complexidade crescente, os chamados níveis Sintático, Semântico e Pragmático (termos criados
por Charles Morris7 a partir da obra de Peirce). [Cherry, ACM: 30]

O NÍVEL SINTÁTICO: é o nível dos Signos tomados em relação a si mesmos


independentemente de todo o resto [Peirce: 2.243]
O NÍVEL SEMÂNTICO: é o nível dos Signos considerados sob o modo como eles se
relacionam com seus Objetos [Peirce: 2.243]
O NÍVEL PRAGMÁTICO: é o nível dos Signos considerados sob a ótica dos efeitos
interpretantes que os Signos determinam a partir da sua própria constituição e das
suas relações para com seus Objetos [Peirce: 2.243]

7
MORRIS, Charles W. “Foundations of the theory of signs”: International Encyclopedia of Unified Science
Series. Vol. I, n. 2. Chicago: University of Chicago Press, 1938.
MORRIS, Charles W. Signs, Language and Behavior.
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 52
DIVISÕES TRICOTÔMICAS DOS SIGNOS

N ÍV E L S IN T Á T IC O P R IM E IR A D IV IS Ã O D O S S IG N O S

Q U A L IS S IG N O S
S IN S IG N O S
L E G IS S IG N O S

N ÍV E L S E M Â N T IC O S E G U N D A D IV IS Ã O D O S S IG N O S

ÍC O N E S
O B JE TO ÍN D IC E S
D O S IG N O S ÍM B O L O S

N ÍV E L P R A G M Á T IC O T E R C E IR A D IV IS Ã O D O S S IG N O S

REM AS
D IC E N T E S IN T E R P R E -
AR G UM EN TO S TA N TE

figura S&D13

NO NÍVEL SINTÁTICO, o nível dos Signos considerados única e exclusivamente em sua relação para
consigo mesmos, eles podem ser divididos em três categorias conforme sua constituição individual
enquanto fenômenos existentes no universo: “uma mera qualidade, um fato existente ou uma lei geral”
[Peirce: 2.243], ou seja, QUALISSIGNOS, SINSIGNOS ou LEGISSIGNOS, respectivamente.
NO NÍVEL SEMÂNTICO, o nível dos Signos considerados sob o modo como eles se relacionam com seus
Objetos, eles também podem ser divididos em três categorias estabelecidas a partir da observação de que
eles têm diferentes modos de substituir ou, melhor, de representar seus Objetos: isto é, se eles os
representam “através de algum caráter próprio a eles mesmos, através de alguma relação existencial com
estes seus Objetos ou de sua relação para com um Interpretante” [Peirce: 2.243], ou seja, ÍCONES,
ÍNDICES ou SÍMBOLOS, respectivamente. 8
NO NÍVEL PRAGMÁTICO, o nível dos Signos considerados sob o ponto de vista dos efeitos interpretantes
que os Signos determinam a partir da sua própria constituição e das suas relações para com seus Objetos,
eles são igualmente divididos em três categorias estabelecidas a partir da observação de que há três tipos
de efeitos interpretantes possíveis de ser determinados por eles: “se o seu Interpretante os representa
como um Signo de possibilidade, como um Signo de fato ou como um Signo de razão” [Peirce: 2.243], ou
seja, REMAS, DICENTES ou ARGUMENTOS (ou, ainda, Signos Remáticos, Signos Dicentes ou Signos
Argumentais).

8
“(…) deve-se observar que, enquanto o signo denota o objeto, não precisa de especial inteligência ou razão da parte de seu intérprete para
ler o signo e distinguir um signo do outro, o que se faz necessário são percepções sutis e familiaridade com os concomitantes habituais de
tais aparências, e com as convenções do sistema de signos (em jogo – n.a.). Para conhecer o objeto, o que é preciso é a experiência prévia
{i.e., “experiência colateral” [8.178-9] – n.a.} desse objeto” [8.181].
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 53
DIVISÕES TRICOTÔMICAS DOS SIGNOS NÍVEL SINTÁTICO (S-S)

Q U A L IS S IG N O

S IN S IG N O

L E G IS S IG N O

figura S&D14

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 54


NÍVEL SINTÁTICO (S-S) QUALISSIGNO

Q U A L IS S IG N O
figura S&D14

“É uma Qualidade que é um Signo. Ela não pode agir aqui e agora enquanto
signo enquanto não estiver fisicalizada; mas não é a fisicalização que a
caracteriza como Signo”. [Peirce: 2.244 – grifos meus]

“É U M A
Q U A L ID A D E
Q U E É U M
S IG N O ”
[2 .2 4 4 ]
Q U A L IS S IG N O
figura S&D14

O D O R ES,
SABO R ES,
C O RES, SO N S,
TEXTU R AS,
M A T IZ E S , T O N S ,
TER NU R AS ETC
[ Q U A L ID A D E S
S IG N IF IC A N T E S ]

Q U A L IS S IG N O
figura S&D14

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 55


NÍVEL SINTÁTICO (S-S) SINSIGNO

S IN S IG N O
figura S&D14

“(Onde a sílaba sin é tomada com o sentido de “aquilo que é uma só vez”, como em
singular, simples, etc.) é uma coisa ou evento realmente existente que é um Signo.
Esta coisa ou evento só pode existir através de suas qualidades; portanto
envolve um qualissigno ou, melhor, vários qualissignos. Porém, estes
qualissignos são de um tipo peculiar, eles são do tipo que só constituem um
signo se estiverem realmente fisicalizados.” [Peirce: 2.245 – grifos meus]

“É U M A C O IS A
O U EVENTO
R EALM EN TE
E X IS T E N T E
Q U E É S IG N O ”
[2 .2 4 5 ]
S IN S IG N O
figura S&D14

UM CACO DE
V ID R O , U M P E D A Ç O
D E M A D E IR A , U M A
M AÇ Ã, Q U ALQ U ER
C O IS A
[F A T O S O U
EVENTO S
S IG N IF IC A N T E S ]

S IN S IG N O
figura S&D14

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 56


NÍVEL SINTÁTICO (S-S) LEGISSIGNO

L E G IS S IG N O
figura 1S&D14

“É uma lei que é um Signo. Esta lei é usualmente estabelecida pelos seres humanos. Todo
Signo convencional é um Legissigno (mas não o inverso). O Legissigno não é um simples
objeto, mas um tipo geral que, tem se concordado, deve ser significante. Todo
Legissigno significa através de uma instância de sua aplicação, que deve ser chamada uma
Réplica {ou Instância [cf. 4.537]} dele. Assim, a palavra “ele”, por exemplo, aparecerá
normalmente um punhado de vezes numa mesma página. Ela é, em todas as suas
ocorrências, uma e a mesma palavra, o mesmo legissigno. Cada instância singular dela é
uma Réplica. A Réplica é um Sinsigno. Então, todo Legissigno requer Sinsignos. Porém,
estes não são Sinsignos ordinários, porque estas ocorrências peculiares são vistas como
significantes. Nem mesmo a Réplica seria significante se não fosse a lei.” [Peirce: 2.246 –
grifos meus]

“É U M A L E I
(O U T IP O
G ER AL O U
FO R M A) Q U E
É U M S IG N O ”
[2 .2 4 6 ]
L E G IS S IG N O
figura S&D14

T O D O S O S S IG N O S
C O N V E N C IO N A IS E
A S “R É P L IC A S ” O U
“ IN S T Â N C IA S ” D A S
L E IS N A T U R A IS
[ L E IS , T IP O S G E R A IS
OU FORM AS
S IG N IF IC A N T E S ]

L E G IS S IG N O
figura S&D14

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 57


DIVISÕES TRICOTÔMICAS DOS SIGNOS NÍVEL SEMÂNTICO (O-S)

ÍC O N E

ÍN D IC E

ro s a
S ÍM B O L O

figura S&D15

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 58


NÍVEL SEMÂNTICO (O-S) ÍCONE

ÍC O N E
figura S&D15

“É um Signo que se refere ao Objeto que ele denota meramente em virtude de


suas próprias características, as quais ele possui quer qualquer tal Objeto exista
realmente ou não. É verdade que a menos que tal Objeto exista atualmente, o Ícone
não atua como um Signo; mas isto não tem nada a ver com seu caráter de Signo.
Qualquer coisa, no entanto, seja ela uma qualidade, um existente individual ou uma
lei, é um Ícone de alguma coisa, desde que ele seja semelhante àquela coisa e
usado como um Signo dela” [Peirce: 2.247 – grifos meus]9,10

ÍC O N E
figura S&D15

s f r o n z ip á u d ic o

ÍC O N E
figura S&D15

9
O Ícone é um Signo que mantém com os Objetos que ele representa uma RELAÇÃO NECESSÁRIA
através de SIMILARIDADES POSSÍVEIS de serem estabelecidas através de uma relação NÃO-
ARBITRÁRIA.
10
Ícones Semióticos ≠Ícones Bizantinos, dos Ícones Pop e dos Ícones “GUI”.
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 59
NÍVEL SEMÂNTICO (O-S) ÍNDICE

ÍN D IC E
figura S&D15

“Um Índice é um Signo que se refere ao Objeto que ele denota em virtude de
ser realmente afetado por aquele Objeto. Ele não pode, portanto, ser um
Qualissigno porque as Qualidades são o que elas são independentemente de
qualquer outra coisa. No entanto, desde que o Índice é afetado pelo Objeto, ele tem,
necessariamente, alguma Qualidade em comum com este Objeto e é em respeito a
isto que ele se refere ao Objeto. Portanto, o Índice envolve um tipo de Ícone, muito
embora um Ícone de uma variedade bastante peculiar; e, além disso, o Índice não é
caracterizado pela mera semelhança com seu Objeto, mesmo naqueles aspectos
que fazem dele um Signo, mas sim pela sua real e atual modificação provocada pelo
Objeto” [Peirce: 2.248 – grifos meus] 11

11
O Índice é um Signo que mantém com o Objeto que ele representa uma RELAÇÃO NECESSÁRIA
como a do Ícone, porém não através de similaridades possíveis, mas sim através ou da relação bruta
da causa-e-efeito físicos ou através de uma SIMILARIDADE PROVÁVEL (i.é, IDENTIDADE), ambas
relações também NÃO-ARBITRÁRIAS.
[Cf. “Escritos Não Publicados” (cap. 1, seção “Interpretantes Lógicos”) e “Correspondência (A Lady
Welby – Dez Classes de Signos + Triângulo)” para colher citação direta a respeito da “identidade”.]
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 60
NÍVEL SEMÂNTICO (O-S) SÍMBOLO

ro s a
S ÍM B O L O
figura S&D15

AURÉLIO ELETRÔNICO
Rosa [Do lat. rosa.] S. f.
1. A flor da roseira. 2. A flor das rosáceas. 3. A parte rosada das faces. 4. Mulher muito bonita. 5. Pega de
latão usada pelos encadernadores para dourar os livros. 6. Rosácea 1 (1). 7. Geom. Rosácea 1 (3). 8. Mus.
Boca circular e ornamentada no tampo dos instrumentos de cordas dedilháveis da família do alaúde, e que
também se encontra nos cravos, clavicórdios, e nas espinetas dos sécs. XV e XVI; rosácea, roseta. 9. Bras.,
MG. Chulo. O anus. S. m. 10. V. cor-de-rosa (3). Adj. g. e 2 n. 11. Que é cor-de-rosa; róseo: 12. Diz-se da cor-
de-rosa:

“Um Símbolo é um Signo que se refere ao Objeto que ele denota em virtude de
uma lei, usualmente uma associação de idéias gerais, as quais determinam que o
Símbolo seja interpretado como referente ao Objeto. Ele é, assim, ele mesmo um
tipo geral ou lei, isto é, um Legissigno. Como tal, ele age através de uma Réplica.
Mas não apenas ele próprio é geral, o Objeto ao qual ele se refere também tem uma
natureza geral. Agora, aquele que é geral tem sua razão de ser justificada nas
instâncias que ele determinará. Deve haver, portanto, instâncias existentes do que o
Símbolo denota, embora nós devamos entender aqui por “existente”, existente no
universo imaginário possível ao qual o Símbolo se refere. O Símbolo será, através
da associação ou outra lei, indiretamente afetado por aquelas instâncias; e, assim, o
Símbolo envolverá um tipo de Índice, muito embora um Índice de uma variedade
muito peculiar. Não será de modo algum verdade, no entanto, que o menor efeito
destas instâncias sobre o Símbolo contará para o seu caráter significante” [Peirce:
2.249 – grifos meus]12

12
O Símbolo é um Signo que mantém com os Objetos que ele representa uma RELAÇÃO
ARBITRÁRIA através de uma CONTIGÜIDADE IMPOSTA através de uma lei ou hábito de uso.
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 61
DIVISÕES TRICOTÔMICAS DOS SIGNOS NÍVEL PRAGMÁTICO (S-I)

IN T E R P R E T A N T E
O BJETO
D O S IG N O E M O C IO N A L
(E F E I T O S IG N IF IC A T IV O )

REM A

IN T E R P R E T A N T E
O BJETO
D O S IG N O E N E R G É T IC O
(E F E I T O S IG N IF IC A T IV O )

D IC E N T E

IN T E R P R E T A N T E
O BJETO
D O S IG N O L Ó G IC O
(E F E I T O S IG N IF IC A T IV O )

ARG UM EN TO
figura S&D16

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 62


NÍVEL PRAGMÁTICO (S-I) REMA

IN T E R P R E T A N T E
O BJETO
D O S IG N O E M O C IO N A L
(E F E IT O S IG N IF IC A T IV O )

REM A
figura S&D16

O Rema é um Signo que determina, como seu Interpretante, uma “mera qualidade
de sentimento” [Peirce: 8.332], que deve “importar em muita coisa a mais do que
aquele sentimento de reconhecimento” [5.475]. A este interpretante Peirce o
chama de “Interpretante Emocional” [5.475]: “o primeiro e apropriado efeito
significativo de um signo é um sentimento produzido por ele” [5.475]; “quase
sempre há um sentimento que interpretamos como evidência de que nós
compreendemos o efeito do signo, embora a base de verdade seja, neste caso,
freqüentemente muito leve” [5.475]; “em alguns casos, este é o único efeito
significativo que o signo produz” (...) “assim, a execução de uma peça de música de
concerto é um signo (...) ela veicula, e foi composta para veicular as idéias musicais
do compositor; mas estas consistem, usualmente, numa mera série de sentimentos”
[5.475 – grifos meus].

" é u m s ig n o q u e ,
p a ra o s e u
O BJETO In te r p r e ta n te , é IN T E R P R E T A N T E
u m S ig n o d e
D O S IG N O D O S IG N O
P o s s ib ilid a d e
q u a lita tiv a "
[2 .2 5 0 ]
REM A
figura S&D16

“Um Rema é um Signo que, para o seu Interpretante, é um Signo de Possibilidade


qualitativa, isto é, é entendido como representante de tal e tal tipo de Objeto
possível. Qualquer Rema, talvez, possa fornecer alguma informação; mas ele
não é interpretado como se fizesse tal coisa.” [Peirce: 2.250 – grifos meus]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 63


" é u m s ig n o q u e ,
p a ra o s e u
O BJETO In te r p r e ta n te , é IN T E R P R E T A N T E
é u m a P o s s ib ili- u m S ig n o d e
d a d e q u a lita tiv a D O S IG N O
P o s s ib ilid a d e
q u a lita tiv a "
[2 .2 5 0 ]
REM A
figura S&D16

O BJETO
é u m a P o s s ib ili-
"o m ú o n " IN T E R P R E T A N T E
d a d e q u a lita tiv a D O S IG N O

REM A
figura S&D16

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 64


NÍVEL PRAGMÁTICO (S-I) DICENTE OU DICISSIGNO

IN T E R P R E T A N T E
O BJETO
D O S IG N O E N E R G É T IC O
(E F E IT O S IG N IF IC A T IV O )

D IC E N T E
figura S&D16

“Se um signo produz qualquer posterior efeito significativo próprio, ele o fará
através da mediação do interpretante emocional, e tal efeito posterior irá sempre
envolver um esforço. Eu o chamo de Interpretante Energético.” [5.475] “O esforço
pode ser do tipo muscular, como é o caso no comando “Ordinário, marche!”; mas
ele é muito mais usualmente um exercício sobre o Mundo Interior, um esforço
mental. Ele nunca pode ser o significado de um conceito intelectual, desde que ele é
um ato singular, enquanto que tal conceito é de natureza geral.” [5.475]

" é u m s ig n o
q u e , p a ra o s e u
O BJETO In te rp r e ta n te , é IN T E R P R E T A N T E
D O S IG N O u m S ig n o d e D O S IG N O
e x is t ê n c ia a t u a l"
[2 .2 5 1 ]

D IC E N T E
figura S&D16

“Um Dicissigno ou Signo Dicente é um Signo que, para seu Interpretante, é um


Signo de existência atual. Ele não pode, portanto, ser um Ícone, o qual não
fornece qualquer fundamento para uma interpretação sua com referência à
existência atual. Um Dicissigno envolve, necessariamente, como parte dele,
um Rema, para descrever o fato que é interpretado como indicação sua. Mas
este é um tipo peculiar de Rema; e mesmo que ele seja essencial ao
Dicissigno, ele não o constitui de modo algum.” [Peirce: 2.251 – grifos meus]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 65


" é u m s ig n o
q u e , p a ra o s e u
O BJETO In te rp r e ta n te , é IN T E R P R E T A N T E
é u m a c o is a o u u m S ig n o d e
e v e n t o e x is t e n te D O S IG N O
e x is t ê n c ia a t u a l"
[2 .2 5 1 ]

D IC E N T E
figura S&D16

" d ir e it a , v o lv e r !"
"a ro s a é u m a
O BJETO flo r " IN T E R P R E T A N T E
é u m a c o is a o u " e lia s é
e v e n t o e x is t e n te D O S IG N O
hum ano"
"ro s a é u m a c o r"

D IC E N T E
figura S&D16

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 66


NÍVEL PRAGMÁTICO (S-I) ARGUMENTO13

IN T E R P R E T A N T E
O BJETO
D O S IG N O L Ó G IC O
(E F E IT O S IG N IF IC A T IV O )

ARG UM ENTO
figura S&D16

O Argumento é um Signo que determina, como seu efeito significativo próprio, um


“Interpretante Lógico” [5.476]. “Podemos dizer que este efeito deva ser um pensamento,
isto é, um signo mental? Sem dúvida, ele deve sê-lo; só que se este signo for de natureza
intelectual – como ele teria de ser – ele também teria que ter um interpretante lógico de si
mesmo; portanto ele não pode ser o último interpretante lógico do conceito. Pode ser
provado que o único efeito mental que pode ser produzido deste modo e que não é um
signo (intelectual – NA) mas é de aplicação geral é uma mudança-de-hábito; entendendo
por mudança de hábito uma modificação nas tendências de uma pessoa para ação, que
resulta de experiências prévias ou de exercícios prévios das suas vontades ou atos, ou de
um complexo de ambos os tipos de causa.” [5.476]

" é u m s ig n o
q u e , p a ra o s e u
O BJETO In te rp re ta n te , é IN T E R P R E T A N T E
D O S IG N O u m S ig n o d e D O S IG N O
u m a le i"
[2 .2 5 2 ]
ARG UM ENTO
figura S&D16

“Um Argumento é um Signo que, para seu Interpretante, é um Signo de uma lei. Ou, talvez
nós pudéssemos dizer que um Rema é um Signo que é compreendido como representante
de seu Objeto meramente em suas características; que um Dicissigno é um Signo que é
compreendido como representante de seu Objeto com respeito à sua existência atual; e que
um Argumento é um Signo que é compreendido como representante de seu Objeto
em sua característica de Signo.” [Peirce: 2.252]
“A peculiaridade dela (da Proposição ou Dicissigno: NA) reside no seu modo de significar; e
dizer isto é o mesmo que dizer que sua peculiaridade reside na sua relação para com seu
Interpretante. A Proposição professa ser realmente afetada pelo existente atual ou lei real
aos quais ela se refere. O Argumento tem a mesma pretensão, mas esta não é a principal
pretensão do Argumento. O Rema não tem tal pretensão.” [Peirce: 2.252] “O Interpretante
do Argumento representa-o como uma instância de uma classe geral de Argumentos, cuja
classe, no todo, sempre vai tender à verdade. É esta lei, de alguma forma, que o
13
Ex: “Todo humano é mortal.”, “Elias é um homem.”, portanto “Elias é mortal”. – cf. 5.308: “Silogismo
completo” (efeito significativo = Interpretante Lógico)
notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 67
Argumento faz surgir; e este “surgimento” é o modo de representação próprio dos
Argumentos. O Argumento deve, portanto, ser um Símbolo ou seja, um Signo cujo Objeto
seja uma Lei ou Tipo Geral. Ele deve envolver um Símbolo Dicente, ou Proposição, que é
denominada sua Premissa; porque o Argumento só pode fazer surgir a lei fazendo-a surgir
numa instância. Esta Premissa é, no entanto, bastante diferente em força (i.é, em sua
relação para com seu Interpretante) de uma proposição similar meramente assertada; além
disto, isto está longe de constituir todo o Argumento. Isto porque uma outra proposição,
chamada a Conclusão, requerida para completar o Argumento, representa completamente o
Interpretante e da mesma maneira tem uma força peculiar, ou relação para com o
Interpretante.” [Peirce: 2.253 – grifos meus]

" é u m s ig n o
q u e , p a ra o s e u
O BJETO In te rp re ta n te , é IN T E R P R E T A N T E
e m s u a c a ra c te rís
tic a d e s ig n o , d e le i
u m S ig n o d e D O S IG N O
u m a le i"
[2 .2 5 2 ]
ARG UM ENTO
figura S&D16

"H u m a n o s s ã o
m o r t a is ."
O BJETO " E lia s é IN T E R P R E T A N T E
e m s u a c a ra c te rís
tic a d e s ig n o , d e le i h u m a n o ." D O S IG N O
" E lia s é
m o r t a l. "
ARG UM ENTO
figura S&D16

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 68


DEZ CLASSES DE SIGNOS

01. QUALISSIGNOS ICÔNICOS REMÁTICOS (111)


02. SINSIGNOS ICÔNICOS REMÁTICOS (211)
03. SINSIGNOS INDICIAIS REMÁTICOS (221)
04. SINSIGNOS INDICIAIS DICENTES (222)
05. LEGISSIGNOS ICÔNICOS REMÁTICOS (311)
06. LEGISSIGNOS INDICIAIS REMÁTICOS (321)
07. LEGISSIGNOS INDICIAIS DICENTES (322)
08. LEGISSIGNOS SIMBÓLICOS REMÁTICOS (331)
09. LEGISSIGNOS SIMBÓLICOS DICENTES (332)
10. LEGISSIGNOS SIMBÓLICOS ARGUMENTAIS (333)

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 69


SIGNOS GENUÍNOS E DEGENERADOS

1
DADE
M ÔNADA Q U A L ID A D E S

m ônada

2 DADE D ÍA D A FATO S O U E V E N TO S

m ônada

d ía d a

3
DADE
T R ÍA D A L E IS

figura S&D30

“Os prinípios e analogias da Fenomenologia nos permitem descrever como devem


ser as divisões das relações triádicas” [Peirce: 2.233]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 70


SIGNOS GENUÍNOS E DEGENERADOS NÍVEL SINTÁTICO

Q U A L IS S IG N O S IN S IG N O L E G IS S IG N O
Q U A L IS S IG N O

Q U A L ID A D E S Q U A L ID A D E S L E IS D A S
“P U R A S ” D O S FATO S O U Q U A L ID A D E S
(M E R A S P O S S IB IL ID A D E S ) D O S EVEN TO S (T E O R IA D A C O R )
(C O M P O S IÇ Ã O )
(M O R F O L O G IA )
(E T C )

FATO S O U L E IS D O S F A T O S
EVEN TO S
S IN S IG N O

O U DO S EVENTO S
"B R U T O S " (L E IS IN D U S T R IA IS )
(L E IS D A Q U ÍM IC A )
(L E IS D A F ÍS IC A )
(E T C )

L E IS
L E G IS S IG N O

C O N V E N C IO N A IS
(L E IS D A L ÍN G U A )
(L E IS J U R ÍD IC A S )
(A C O N S T IT U IÇ Ã O )
(E T C )

figura S&D25_11

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 71


SIGNOS GENUÍNOS E DEGENERADOS NÍVEL SINTÁTICO

Q U A L IS S IG N O S IN S IG N O L E G IS S IG N O
Q U A L IS S IG N O
S IN S IG N O

g
L E G IS S IG N O

figura S&D25_11

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 72


SIGNOS GENUÍNOS E DEGENERADOS NÍVEL SEMÂNTICO

ÍC O N E ÍN D IC E S ÍM B O L O
ÍC O N E

ro s a
ÍN D IC E

ro s a
S ÍM B O L O

figura S&D25_22

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 73


SIGNOS GENUÍNOS E DEGENERADOS NÍVEL PRAGMÁTICO

REM A D IC E N T E ARG UM ENTO

TER M O : P R O P O S IÇ Ã O S IL O G IS M O
"o m ú o n " P A R T IC U L A R : A B D U T IV O
" a lg u m c is n e é
REM A

p re to "

P R O P O S IÇ Ã O S IL O G IS M O
U N IV E R S A L : IN D U T IV O
D IC E N T E

" n e n h u m c is n e é
p re to "

S IL O G IS M O
ARG UM ENTO

D E D U T IV O

figura S&D25_33

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 74


SIGNOS GENUÍNOS E DEGENERADOS Diagrama de Integração

N . S E M Â N T IC O N . S IN T Á T IC O N . P R A G M Á T IC O
ÍC O N E ÍN D IC E S ÍM B O L O Q U A L I S S IG N O S I N S IG N O L E G IS S IG N O
R EM A D IC E N T E AR G U M ENTO
Q U A L ID A D E S Q U A L ID A D E S

Q U A L I S S IG N O
L E IS D A S
“P U R A S ” D OS FATOS OU Q U A L ID A D E S => => =>

ÍC O N E
“M E R A S P O S S I B IL ID A D E S ”
D OS EV E NTOS (T E O R I A D A C O R ) IN T E R P R E TA N T E S IN T E R P R E TA N T E S IN T E R P R E TA N T E S
L Ó G IC O -

R E M A
(H A R M O N IA ) E M O C I O N A IS E N E R G É T IC O -
(M O R F O L O G IA ) G E N U ÍN O S E M O C IO N A I S E M O C IO N A I S ,
(E T C ) R A C IO C Í N I O
A B D U T IV O

FATOS O U L EIS D O S F A T O S
E VE NTOS => =>

S IN S IG N O
OU D O S E VE NTO S
O

ÍN D IC E
"B R U T O S " IN T E R P R E TA N T E S IN T E R P R E TA N T E S

D IC E N T E
(L E IS IN D U S T R I A I S )
(L E IS D A H I S T Ó R I A ) E N E R G É T IC O S L Ó G IC O -
(L E I S D A F Í S IC A ) G E N U ÍN O S E N E R G É T IC O S ,
(E T C ) P R O P O S IT A IS R A C IO C Í N I O
IN D U T IV O

L EIS

L E G I S S IG N O
S ÍM B O L O

C O N V E N C IO N A IS =>

AR G U M ENTO
(L E IS D A L ÍN G U A ) IN T E R P R E T A N T E S
( L E I S J U R ÍD I C A S ) L Ó G IC O S
(A C O N S T IT U IÇ Ã O ) G E N U ÍN O S ,
(E T C ) R A C IO C Í N I O
D E D U T IV O

figura S&D26

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 75


DOIS OBJETOS, TRÊS INTERPRETANTES

O B JETO O BJETO IN T E R P R E T A N T E IN T E R P R E T A N T E IN T E R P R E T A N T E
D IN Â M IC O IM E D IA T O S IG N O IM E D IA T O D IN Â M IC O F IN A L

figura S&D28

EX:

O BJETO EM ULSÃO Q UADRO, IN T E R P R E T A N T E IN T E R P R E T A N T E


FO T O G R A FA D O K O D A K /F U J I FO TO FO CO D IN Â M IC O F IN A L
ABER TU RA

figura S&D28

OBJETO IMEDIATO
1904 “o Objeto tal como ele é representado” [8.333]
1908 “o Objeto tal como o Signo o representa” [8.343]
1906 “é o Objeto tal como o Signo ele mesmo o representa, e cujo ser é, portanto,
dependente de sua Representação no Signo” [4.536]

OBJETO DINÂMICO
1904 “seu Objeto em si mesmo” [8.333]
1908 “o Objeto realmente eficiente mas não imediatamente presente” [8.343]
1906 “é a Realidade que de algum modo contribui para determinar o Signo à sua
Representação” [4.536]

INTERPRETANTE IMEDIATO
1904 “seu interpretante tal como representado ou como se pretende que seja
entendido” [8.333]
1908 “o Interpretante representado ou significado no Signo” [8.343]
1906 “é o interpretante tal como revelado através do correto entendimento do Signo
em si mesmo, e é ordinariamente chamado de sentido do signo” [4.536]

INTERPRETANTE DINÂMICO
1904 “seu interpretante tal como ele é produzido” [8.333]
1908 “efeito atualmente produzido na mente pelo Signo” [8.343]
1906 “é o efeito atual que o Signo, enquanto um Signo, realmente determina” [4.536]

INTERPRETANTE FINAL OU NORMAL


1904 “seu interpretante em si mesmo” [8.333]
1908 “efeito que seria produzido na mente pelo Signo depois de suficiente
desenvolvimento do pensamento” [8.343]
1906 “refere-se à maneira pela qual o Signo tende a se representar enquanto ser
relacionado ao seu Objeto” [4.536]

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 76


DOIS OBJETOS, TRÊS INTERPRETANTES DIVISÃO DE SIGNOS

N ÍV E L S IN T Á T IC O D IV IS Ã O D O S S IG N O S

Q U A L IS S IG N O S
S IN S IG N O S
L E G IS S IG N O S

N ÍV E L S E M Â N T IC O D IV IS Ã O D O S S IG N O S

O B JE TO
D E S C R IT IV O S
D E S IG N A T IV O S
IM E D IA T O C OPULANTES

O I S

ÍC O N E S
O B JE TO
ÍN D IC E S
D IN Â M IC O S ÍM B O L O S

O D S

N ÍV E L P R A G M Á T IC O D IV IS Ã O D O S S IG N O S

H IP O T É T IC O S IN T E R P R E T A N T E
C A T E G Ó R IC O S
R E L A T IV O S
IM E D IA T O

S II

S U G E S T IV O S IN T E R P R E T A N T E
IM P E R A T IV O S
S IG N IF IC A T IV O S D IN Â M IC O

S ID

R EM AS IN T E R P R E T A N T E
D IC E N T E S
AR G UM ENTO S F IN A L

S IF

figura S&D28

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 77


DIVISÃO DE SIGNOS NÍVEL SINTÁTICO (S-S)

Q U A L IS S IG N O Q U A L IS S IG N O S IN S IG N O L E G IS S IG N O

Q U A L ID A D E S Q U A L ID A D E S L E IS D A S
“P U R A S ” D O S FATO S O U Q U A L ID A D E S
(M E R A S P O S S IB IL ID A D E S ) D O S EVEN TO S (T E O R IA D A C O R )
(C O M P O S IÇ Ã O )
(M O R F O L O G IA )
(E T C )

FATO S O U L E IS D O S F A T O S
EVEN TO S
S IN S IG N O

O U DO S EVENTO S
"B R U T O S " (L E IS IN D U S T R IA IS )
(L E IS D A Q U ÍM IC A )
(L E IS D A F ÍS IC A )
(E T C )

g
L E IS
L E G IS S IG N O

C O N V E N C IO N A IS
(L E IS D A L ÍN G U A )
(L E IS J U R ÍD IC A S )
(A C O N S T IT U IÇ Ã O )
(E T C )

figura S&D25_11

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 78


DIVISÃO DE SIGNOS NÍVEL SEMÂNTICO IMEDIATO (OI-S)

D E S C R IT IV O
D E S IG N A T IV O
CO PULANTE D E S C R IT IV O D E S IG N A T IV O COPULANTE

figura S&D25_21

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 79


DIVISÃO DE SIGNOS NÍVEL SEMÂNTICO DINÂMICO (OD-S)

ÍC O N E ÍC O N E ÍN D IC E S ÍM B O L O

ro s a
ÍN D IC E

ro s a
S ÍM B O L O

figura S&D25_22

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 80


DIVISÃO DE SIGNOS NÍVEL PRAGMÁTICO IMEDIATO (S-II)

H IP O T É T IC O
C A T E G Ó R IC O
R E L A T IV O H IP O T É T IC O C A T E G Ó R IC O R E L A T IV O

figura S&D25_31

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 81


DIVISÃO DE SIGNOS NÍVEL PRAGMÁTICO DINÂMICO (S-ID)

S U G E S T IV O
IM P E R A T IV O
IN D IC A T IV O S U G E S T IV O IM P E R A T IV O IN D IC A T IV O

figura S&D25_32

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 82


DIVISÃO DE SIGNOS NÍVEL PRAGMÁTICO FINAL (S-IF)

REM A D IC E N T E ARG UM ENTO

TER M O : P R O P O S IÇ Ã O S IL O G IS M O
"o m ú o n " P A R T IC U L A R : A B D U T IV O
" a lg u m c is n e é
REM A

p re to "

P R O P O S IÇ Ã O S IL O G IS M O
U N IV E R S A L : IN D U T IV O
D IC E N T E

" n e n h u m c is n e é
p re to "

S IL O G IS M O
ARG UM ENTO

D E D U T IV O

figura S&D25_33

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 83


DOIS OBJETOS, TRÊS INTERPRETANTES Diagrama de Integração

O D -S O I- S S -S S - II S - ID S - IF
ÍC O N E ÍN D IC E S ÍM B O L O D E S C R IT IV O D E S IG N AT IV O C O PU L AN T E Q U A L IS S I G NO S IN S IG N O L E G IS S I G NO H IP O T É T IC O C AT E G Ó RIC O R E L A T IV O S UG E S T IV O IM P E RA T IV O IN D IC AT IV O R EM A D IC E N T E A R G U M EN T O

Q U A L ID A D E S Q U A L ID A D E S = > = > = >


L EI S D A S
I N T ER P R E T A N TE S I N T ER P R E T A N TE S I N T ER P R E T A N TE S

O D ID IF
“P U R A S ” D O S FA T O S O U Q U A L ID A D E S
( ME R A S P OS S I B I L ID A D E S ) D O S E V EN TO S (T E O R IA D A C O R ) E M O C IO N A IS E N E R G É T IC O - L Ó G IC O -
G E N U ÍN O S E M O C IO N A IS E M O C IO N A IS
( C O M P O SI Ç Ã O )
[ R A C IO C ÍN I O
(M O R F O L O G IA )
A B D U T IV O ]
(E T C )
ÍC ON E ÍN D I C E S Í MB O L O D ES CRI T IV O D E S IG N A T I V O CO PUL A NT E H I P OT É T IC O C A T E GÓ R IC O R E L A T IV O SUG EST I VO IM P E R A T IV O IN D I C A T I V O REM A DI CEN T E A R GU M E N T O
GE N U Í N O IC ONI C A ME N T E D E GE N E R A D O IC ON I C A ME N T E D E GE N E R A D O GE NUÍ N O D E S C R I T IV A ME N T E D EGE N E R A D O D E S C R I T IV A ME N T E D E GE N E R A D O QU A L I S S IG N O S I N S I GN O L E G IS S IGN O GE N U Í N O H I P OT E T IC A ME N T E D E G E N E R A D O H I P OT E T IC A ME N T E D E G E N E R A D O GE N U Í N O S U G E S T I V A M E N T E D E GE N E R A D O S U G E S T I V A M E N T E D E GE N E R A D O GE N U Í N O R E M A T I C A M E N T E D E GE N E R A D O R E M A T I C A M E N T E D E GE N E R A D O
GE N U Í N O QU A L I T A T IV A ME N T E D E GE N E R A D O
QU A L I T ATIV A ME N T E D E GE N E R A D O

F AT O S O U L EI S D O S FA T O S = > = >

ro s a
E V E N TO S O U D O S E V EN T O S I N T ER P R E T A N TE S I N T ER P R E T A N TE S
"B R U T O S " ( LE I S I N D U S TR I A I S ) E N E R G É T IC O S L Ó G IC O -
( L E I S D A Q U ÍM I C A ) G E N U ÍN O S E N E R G É T IC O S
( LE I S D A F Í S I C A ) [ R A C IO C ÍN I O
I N D U T IV O ]
(E T C )
ÍN D I C E S Í MB O L O D E S IG N A T I V O CO PUL A NT E C A T E GÓ R IC O R E L A T IV O IM P E R A T IV O IN D I C A T I V O DI CEN T E A R GU M E N T O
GE N U Í N O IN D I C IA L ME N T E D E GE N E R A D O GE N U Í N O D E S IG N A T I V A M E N T E D E G E N E R A D O S I N S I GN O L E G IS S IGN O GE N U Í N O C A T E GO R IC A ME N T E D E G E N E R A D O GE N U Í N O IM P E R A T IV A ME N T E D E G E N E R A D O GE N U Í N O D I C E N T E ME N T E D E G E N E R A D O
GE N U Í N O F A T U A L ME N TE D E G E N E R A D O

L EI S = >

ros a C O N V E N C IO N A IS I N T ER P R E T A N TE S
( LE I S D A L Í N G U A ) L Ó G IC O S
( LE I S JU R Í D I C A S ) G E N U ÍN O S
( A C O N S TI T U I Ç Ã O ) [ R A C IO C ÍN I O
(E T C ) D E D U T IV O ]
S Í MB O L O CO PUL A NT E
GE N U Í N O GE N U Í N O L E G IS S IGN O R E L A T IV O IN D I C A T I V O A R GU M E N T O
GE N U Í N O GE N U Í N O GE N U Í N O GE N U Í N O

O D O I S II ID IF

figura S&D26

notas para SEMIÓTICA E COGNIÇÃO [albertoPUPPI] UNIVALI2003 84


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1959 A Necessidade da Arte. RJ: Zahar, 1987.

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1991 A Ideografia Dinâmica. São Paulo: Loyola, 1998.

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1923 The Meaning of Meaning. London: Routledge & Kegan Paul, 1923.

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[Peirce: 1.- 6.] Collected Papers of Charles Sanders Peirce. Ed. Charles
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[Peirce: 7.- 8.] Collected Papers of Charles Sanders Peirce. Ed. Arthur W. Burks.
Cambridge: Harvard University Press, ©1958 (7 e 8). [Edição Eletrônica.
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©1908 La Ciencia de la Semiótica. Ed. Armando Sercivich. Buenos Aires: Nueva
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1974 Semiótica e Literatura. 3a ed. SP: Cultrix, 1987.
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SANTAELLA, Lúcia.
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