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NIM
Pedro Jorge B. F. Lima
Fortaleza, junho de 2002
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A venda de sementes para o plantio pode ser uma boa fonte de renda
pois, até agora, sua oferta no Brasil ainda é pequena. A maior parte das
sementes plantadas no Brasil são importadas da República Dominicana e da
Nicarágua e o óleo vem da Índia.
As sementes de nim geralmente perdem a capacidade de germinar a
partir de 3 a 4 semanas depois de colhidas. Além disso se não forem
despolpadas, lavadas, secas e guardadas de maneira correta, podem mofar e
se tornarão imprestáveis tanto para o plantio como para os outros usos. Por
esta razão, para produzir mudas ou para extrair óleo, é necessário muito
cuidado durante a colheita, seleção, despolpa, lavagem, secagem e
armazenagem das sementes, para que os produtos obtidos tenham qualidade
garantida.
Agricultores/as que cultivam poucas plantas, levam vantagem em relação
a quem tem grandes áreas plantadas, porque poderão colher e beneficiar as
sementes de forma muito mais cuidadosa. Além disso, o clima seco do sertão
semi-árido favorece a produção, a secagem e a conservação das sementes de
nim.
2 - PROCESSAMENTO
O processamento dos frutos de nim compreende seleção, despolpa,
lavagem, e secagem. São operações fáceis, mas um tanto trabalhosas que
devem ser realizadas com muito cuidado para garantir a qualidade do produto.
No nosso clima, onde as temperaturas sempre altas, a umidade existente
no fruto, na polpa e na semente, favorecem o desenvolvimento de mofo.
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Restos de polpa sobre a casca da semente também ajudam no
desenvolvimento de mofo que prejudica a germinação ou a qualidade do óleo
extraído delas.
Lugares fechados e sem ventilação, também favorecem o
desenvolvimento desses fungos.
A presença de fungos nas sementes ou nos frutos é identificada facilmente
pelo cheiro de mofo e pelas manchas escuras que se formam sobre a casca das
sementes.
Para fazer a despolpa são necessários uma bacia, uma vasilha com água,
areia fina e uma peneira.
Coloca-se uma camada de frutos que ocupe quase todo o fundo da bacia e
em seguida um pouco de areia. Em seguida adiciona-se água aos poucos, até
formar uma espécie de mingau.
Coloca-se a palma de uma mão sobre essa mistura e pressiona-se
levemente os frutos em movimentos circulares. Aos poucos o atrito faz as
cascas e a polpa soltarem e em alguns minutos as sementes estarão limpas.
Na sequência deve-se colocar as sementes numa peneira para lavá-las.
Depois de limpas, as sementes devem ser colocadas numa outra vasilha.
Aproveita-se o momento da lavagem para separar aquelas sementes que
ainda tenham restos de polpa aderidos na casca para depois completar a
despolpa.
Ao terminar a despolpa, coloca-se um punhado de cal em uma vasilha
com água na qual as sementes limpas devem ser deixadas por uns dez
minutos. Esse tratamento com cal diminui os riscos de ataque de mofo durante
o armazenamento das sementes.
2.2 - SECAGEM
Depois de tratadas com cal, as sementes devem ser colocadas no sol por
três a quatro horas. Para isto devem ser espalhadas sobre sacos de pano ou
folhas de jornal, em uma camada bem fina.
Esse período no sol é suficiente para retirar a maior parte da umidade
existente nas sementes, cuja secagem deve ser completada à sombra, durante
dois a três dias.
Durante a secagem deve-se aproveitar para descartar alguma semente
que ainda tenha ficado com restos de polpa, com manchas escuras ou
rachadas, para não prejudicar a qualidade do produto final.
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3 - ARMAZENAMENTO
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O rótulo deve conter as seguintes informações: nome do agricultor,
localidade ou propriedade, município, ano da safra, número do lote , período da
colheita, porcentagem de germinação e peso.
FONTE DE INFORMAÇÕES
Este texto resulta da experiência adquirida pelo seu autor na realização de
todas as etapas do processamento de sementes de Nim, assim como da leitura
e adaptação de recomendações das seguintes publicações:
1 - ARBOL NIM EN NICARÁGUA – Cultivo y aprovechamiento como fuente
de insecticidas botánicos, de autoria de Anne Kathrina Gruber e Maritza
Méndez, técnicas do Proyecto Insecticida Botánico Nim, publicado em
Manágua, em 1992.
2 – EL NIM Y SUS BIOINSECTICIDAS, UNA ALTERNATIVA AGROECOLÓGICA,
elaborado em Havana, Cuba, por Jesús Estrada Ortiz, Maria T. López Díaz e
Pedro Barrios, do INIFAT.
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