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VANDERLEI ALVES DA SILVA

O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA EM REFINARIAS BRASILEIRAS: Um


estudo dos planos de refinarias brasileiras e uma análise de acidentes em refinarias no
mundo e a apresentação de uma proposta de relação de cenários acidentais para
planejamento

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em


Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense,
como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.
Área de concentração: Meio Ambiente

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc.

Co-Orientador: Prof. Dr. César Antônio Leal, PhD

NITERÓI
2003
VANDERLEI ALVES DA SILVA

O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA EM REFINARIAS BRASILEIRAS: Um


estudo dos planos de refinarias brasileiras e uma análise de acidentes em refinarias no
mundo e a apresentação de uma proposta de relação de cenários acidentais para
planejamento

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em


Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense,
como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.
Área de concentração: Meio Ambiente

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________
Prof. Dr. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc. (Orientador)
Universidade Federal Fluminense

__________________________________________________________
Prof. Dr. César Antônio Leal, Ph.D. (Co-Orientador)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Formatado: Espanhol
__________________________________________________________ (Espanha-moderno)

Luis Perez Zotes, D. Sc.


Universidade Federal Fluminense

________________________________________________________
Flavio Sanson Fogliatto, Ph.D.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Niterói
2003
Dedico este trabalho

A DEUS, pelas inúmeras graças quem tem derramado durante toda a minha vida e de forma

especial durante a realização deste mestrado.

À minha esposa que me incentivou a retornar aos estudos permitindo as descobertas

possibilitadas durante estes dois anos.

À minha filha Rafaela e meu filho Gabriel pelo entendimento do meu esforço e por todo

carinho e alegria que tenho recebido deles

Aos meus pais que com sacrifício e dificuldades me transmitiram os princípios cristãos pelos

quais procuro guiar a minha vida


AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu a saúde e as condições para realizar este trabalho.

À Alberto Pasqualini REFAP S. A. pelo investimento no meu desenvolvimento e em especial


ao Gerente de Segurança e Meio Ambiente Paulo Jorge Ribu de Freitas pelo apoio que me
proporcionou na realização deste trabalho.

Ao meu orientador prof. Dr. Quelhas que durante este trabalho foi um incentivador.

Ao meu co-orientador prof. Dr. Leal pelo inestimável apoio no desenvolvimento deste
trabalho sempre de forma amiga e cordial.

Ao engenheiro Augusto Barros pelo apoio, principalmente no entendimento do processo de


refino e na revisão do trabalho.

Às Refinarias de Manguinhos e Ipiranga que gentilmente forneceram através de suas áreas de


segurança e meio ambiente os seus planos de emergência.

Ao prof. Dr. Paulo Portich pela importante contribuição na elaboração desta dissertação.

Ao colega mestrando Nildemar Correa Ruella, que muito contribuiu no fornecimento de


referências bibliográficas para a composição desta dissertação.

Aos colegas de diversas refinarias da PETROBRAS, da Agência Nacional de Petróleo,


Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) de Minas Gerais pela presteza na resposta de
consultas necessárias a esta dissertação
RESUMO

O Brasil vem apresentando avanços importantes em diversas áreas. Entre elas, por exemplo, a
possibilidade de ser auto-suficiente na produção e refino de petróleo está entre as principais.
Acidentes envolvendo grandes derrames de óleo, como os ocorridos na Baía da Guanabara e
no Paraná, levaram a avanços no processo de planejamento de emergência brasileiro. Estas
melhorias podem ser verificadas através do avanço da legislação, citando-se como exemplo a
Resolução CONAMA 293, de 12 de dezembro de 2001, que introduziu o conceito de um
conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo
originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos ou plataformas,
bem como suas respectivas instalações de apoio, além de orientar também a sua elaboração
antes da ocorrência desses incidentes. Este trabalho baseia-se em estudo da legislação atual,
incluindo a produção dos órgãos legislativos comuns e dos diversos órgãos ambientais
licenciadores das refinarias, em acidentes ocorridos em refinarias no mundo inteiro e nos
planos de emergência atualmente em vigor nas refinarias brasileiras. Apresenta, também,
outras situações que se encaixem em uma estrutura semelhante ao contido na Resolução
CONAMA 293, permitindo a adoção de ações de forma antecipada, isto é, não esperando que
os acidentes atuem abrindo uma “porta” na parede rígida das organizações. Como parte dos
resultados obtidos propõe-se uma estrutura de plano de ação de emergência que contém uma
relação de ações comuns aplicáveis em diversas situações emergenciais evitando
redundâncias que pouco contribuem para a elaboração de um planejamento de emergência.
Além disto, desenvolve-se o conjunto de cenários de acidentes típicos para os quais deve-se
ter uma preparação para ações de emergência, numa refinaria. O trabalho propõe que o
planejamento seja constituído de um Procedimento Geral de Emergência e Planos de
Emergência Individuais para os cenários determinados. O Procedimento Geral de Emergência
deve conter as ações comuns a qualquer situação de emergência como, por exemplo,
informações relativas a alarmes, comunicação, responsabilidades de gestão, evacuação e
contagem de pessoal, entre outras. Neste sentido é apresentada uma lista de ações comuns
identificadas nos planos de emergência pesquisados. Os Planos de Emergência Individuais
deveriam ser elaborados para as situações particulares de cada instalação, entre as quais foram
consideradas as seguintes: Derrame de Produtos, Nuvem Tóxica (Cloro e Gás Sulfídrico),
Incêndio em Tanque, Parque de GLP, Unidades de Processo, Tubovia; Sistemas Elétricos e
Equipamentos de Processo.

Palavras-chave: Refinaria. Planejamento de Emergência.


ABSTRACT

Brazil has been showing important advances in several areas. Among them, for example, the
possibility of being self-sufficient in petroleum production and refining is among the top ones.
Accidents involving major oil spills, like the ones of Guanabara Bay and Paraná, have led to
advances in the Brazilian process of emergency planning. These advances can be seen in the
improvement of the legislation, taking as an example the CONAMA Resolution #293, of
December, 12, 2001, which introduced the concept of minimum content for Individual
Emergency Plan for oil pollution incidents occurring in organized harbors, naval and maritime
installations, terminals, ducts or platforms, as well as their support installations, in advance,
that is prior to the occurrence of these incidents. This dissertation is based on the study of
current laws and regulations produced by the legislative organisms and governmental
agencies that regulate the environmental licensing of refineries, on accidents that occurred in
refineries all over the world and on present Brazilian refineries emergency plans. This
dissertation shows, also, other situations that would fit into the structure of an Emergency
Plan as defined by CONAMA #293, allowing the adoption of anticipated measures and not
waiting for the opening of a “door” in the rigid wall of organizations. As part of the obtained
results it is proposed a structure of an Emergency Action Plan containing a list of common
measures that can be applied to several emergency situations, avoiding redundancies without
significant contribution to emergency-planning. Furthermore, it develops a set of typical
accident scenarios for which there must be preparedness in advance of emergency measures,
in a refinery. It is proposes that the overall planning should be constituted by an General
Emergency Procedure and Individual Emergency Plans for specific scenarios. The General
Emergency Procedure should contain the actions common to any emergency situations such
as, for instance, information about alarm, communications, management responsabilities,
evacuation and personnel accountability amongst others. In this sense it is presented a list of
common actions identified in the emergency plans that were object of this research. The
Individual Emergency Plans should be made by considering the particular situations of each
installation, with a suggestion of the following: Products Spill, Toxic Cloud (Chlorine and
Sulphidric Gas), Tank Fire, LPG Park, Process Units, Pipeway, Electrical Systems and
Process Equipment.

Keywords: Refinery. Emergency Planning.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura. 1 – Esquema de processo de destilação atmosférica, ou primária. .............................27

Figura 2 – Esquema do processo de destilação a vácuo..........................................................28

Figura 3 – Esquema do processo de craqueamento catalítico fluido.......................................29

Figura 4 – Esquema do processo de craqueamento retardado................................................30

Figura 5 – Esquema do processo de desasfaltação a propano. ................................................31

Figura 6 – Esquema do processo de desparafinação com solvente. ........................................32

Figura 7 – Esquema do processo de desaromatização com solvente. .....................................33

Figura 8 - Quatro fases do gerenciamento de emergência. .....................................................63

Figura 9 – Representação da Seleção de Incidentes................................................................65

Figura 10 – Priorização de cenários para planejamento de emergências ................................67

Figura 11 – Esquema simplificado de construção da proposta de cenários ............................75

Figura 12 – Funções genéricas assumidas para organizar as ações genéricas ........................77

Figura 13 – Contribuições à proposta: cenários para planejamento de emergência................79

Figura 14 – Distribuição dos acidentes segundo a causa ........................................................82

Figura 15 - Número de acidentes por tipo de substância.........................................................83

Figura 16 - Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência .......................................84

Figura 17 – Acidentes por áreas das refinarias.......................................................................85


LISTA DE TABELAS

Tabela Pág.

Tabela 1 Refinarias brasileiras, capacidade de processamento e localização – ANP, 2003 ......... 23

Tabela 2 Principais Unidades das Refinarias Brasileiras (LIMA, 2001) ...................................... 80

Tabela 3 Número de acidentes segundo a causa - MHIDAS (2002) ............................................. 81

Tabela 4 Número de acidentes e respectiva percentagem por substância – MHIDAS (2002) ...... 82

Tabela 5 Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência – MHIDAS (2002) .................. 84

Tabela 6 Acidentes por áreas das refinarias – MHIDAS (2002) ................................................... 85

Tabela 7 Informações de mortos e feridos em acidentes em refinarias – MHIDAS (2002) ......... 86

Tabela 8 Planejamento de Emergências e Cenários Acidentais das Refinarias ............................ 87

Tabela 9 Número de Planos de Emergência e sua Classificação ................................................ 89

Tabela 10 Número de Planos de Emergência por Área ................................................................. 90

Tabela 11 Número de Planos de Emergência por Equipamento ................................................... 91

Tabela 12 Número de Planos de Emergência para Nuvem Tóxica ou Inflamável ........................ 92

Tabela 13 Número de Planos de Emergência para Vazamento de Produtos Líquidos ................. 92

Tabela 14 Número de Planos de Emergência para Transporte ...................................................... 93

Tabela 15 Total das funções genéricas identificadas nos planos .................................................. 93

Tabela 16 Quantidade de Ações Genéricas de Coordenação Geral identificadas nos planos ....... 95

Tabela 17 Quantidade de Ações Genéricas de Resgate Médico identificadas nos planos ............ 96

Tabela 18 Quantidade de Ações Genéricas de Combate e Controle identificadas nos planos ...... 100

Tabela 19 Quantidade de Ações Genéricas de Isolamento/Evacuação Identificadas nos planos . 101

Tabela 20 Comparativo de níveis de efeito físico de gases tóxicos - (ppm) – Fonte: Guidelines
for Chemical Process Quantitative Risk Analysis – CCPS, 1989 ................................................. 105
LISTA DE SIGLAS

AIChE American Institute of Chemical Engineers


ANP Agência Nacional do Petróleo
APELL Awareness and Preparedness for Emergency at Local Level
API American Petroleum Institute
BLEVE Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion
CCPS Center for Chemical Process Safety
CEPRAM Conselho Estadual de Proteção ao Meio Ambiente
CETESB Centro Tecnológico de Saneamento Básico
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
COPPE Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia
CRA Centro de Recursos Ambientais
DCPAE Diálogo com a Comunidade e Preparação e Atendimento a Emergências
DEA Dietanol Amina
EAR Estudo de Análise de Risco
EHS Environmental Health and Safety
EOC Emergency Operations Center
EPI Equipamento de Proteção Individual
FCC Fluid Catalytic Cracking
FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
FEMA Federal Emergency Management Agency
FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental
FMEA Failure Modes and Effects Analysis
GLP Gás Liquefeito de Petróleo
GN Gás Natural
HAZOP Hazard and Operability - Estudo de Risco e Operabilidade
HDT Hidrotratamento
IAP Instituto Ambiental do Paraná
IPAAM Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas
LGE Líquido Gerador de Espuma
LIMA Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente
LGN Líquido de Gás Natural
MEK Metil Etil Cetona
MHIDAS Major Hazard Incident Data System
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NBR Norma Brasileira Registrada (no INMETRO)
NR Norma Regulamentadora
OCE Organização de Controle de Emergência
OHSAS Occupational Health and Safety Assesssment Series
OIT Organização Internacional do Trabalho
ONU Organização das Nações Unidas
PAE Plano de Ação de Emergência
PAM Plano de Auxílio Mútuo
PCI Plano Comunitário Integrado
PCP Plano de Contingência do Pólo
PEI Plano de Emergência Individual
PGR Programa de Gerenciamento de Risco
PPEOB Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional do Benzeno
REDUC Refinaria de Duque de Caxias
REGAP Refinaria Gabriel Passos
RINEM Rede Integrada de Emergência
RMP Risk Management Program
SEMACE Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SRD Safety and Reliability Directorate
SSST Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho
UOP Universal Oil Products
UPGN Unidade e Processamento de Gás Natural
WIA What If Analysis
SUMÁRIO

1 ORGANIZAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA ...............................13


1.1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 13
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA............................................................................................................................... 16
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA.......................................................................................................................... 16
1.3.1 Objetivo Geral.............................................................................................................................................. 17
1.3.2 Objetivos Específicos.................................................................................................................................... 17
1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO......................................................................................................................... 17
1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ...................................................................................................................... 18
1.6 REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITUAL............................................................................................... 19
1.7 QUESTÕES SOBRE PLANOS DE EMERGÊNCIA ...................................................................................... 19
1.8 DEFINIÇÃO DE TERMOS............................................................................................................................. 20
1.9 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................................................................... 21

2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................22


2.1 O REFINO DE PETRÓLEO............................................................................................................................ 22
2.1.1 Unidades de Processamento......................................................................................................................... 25
2.1.2 Riscos dos processos .................................................................................................................................... 38
2.2 O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA E A SELEÇÃO DE CENÁRIOS ACIDENTAIS ........................ 43
2.2.1 Considerações Iniciais ................................................................................................................................. 43
2.2.2 Requisitos Legais.......................................................................................................................................... 43
2.2.3 Os Sistemas de Gestão.................................................................................................................................. 56
2.2.4 Critérios na Seleção de Cenários Acidentais ............................................................................................... 63
2.3 AÇÕES GENÉRICAS..................................................................................................................................... 68

3 METODOLOGIA.....................................................................................................73
3.1 APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................... 73
3.2 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE CENÁRIOS E RELAÇÃO DE AÇÕES
GENÉRICAS ........................................................................................................................................................ 73
3.3 COLETA DOS DADOS DOS PLANOS DE EMERGÊNCIA ........................................................................ 75
3.4 ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS................................................................................................ 76

4 ESTUDO DE CASO ...............................................................................................78


4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................................... 78
4.2 INFORMAÇÕES DA ÁREA DE REFINO BRASILEIRA ............................................................................. 79
4.3 ACIDENTES EM REFINARIAS .................................................................................................................... 81
4.3.1 Causas Identificadas .................................................................................................................................... 81
4.3.2 Substâncias Envolvidas ................................................................................................................................ 82
13

4.3.3 Tipologia das Conseqüências de Acidentes.................................................................................................. 83


4.3.4 Caracterização dos Acidentes por Área de Ocorrência ............................................................................... 84
4.3.5 Acidentes com Feridos e Fatalidades........................................................................................................... 86
4.4 PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA DAS REFINARIAS........................................................................ 86
4.4.1 Cenários Acidentais Identificados e Classificação ...................................................................................... 87
4.4.2 Cenários por Área de Emergência ............................................................................................................... 90
4.4.3 Cenários por Equipamentos ......................................................................................................................... 91
4.4.4 Cenários de Nuvem Tóxica ou Inflamável.................................................................................................... 91
4.4.5 Cenários de Vazamento de Produtos Líquidos............................................................................................. 92
4.4.6 Cenários de Transporte ................................................................................................................................ 93
4.5 AÇÕES GENÉRICAS..................................................................................................................................... 93
4.5.1 Coordenação Geral da Emergência............................................................................................................. 94
4.5.2 Resgate de Vítimas ....................................................................................................................................... 96
4.5.3 Combate e Controle da Emergência............................................................................................................. 97
4.5.4 Isolamento e Evacuação de Área ............................................................................................................... 100
4.6 PROPOSTA DE CENÁRIOS ACIDENTAIS ............................................................................................... 101
4.6.1 Considerações Iniciais ............................................................................................................................... 101
4.6.2 A Contribuição da Legislação e Sistemas de Gestão ................................................................................. 102
4.6.3 Procedimento Geral de Emergência .......................................................................................................... 103
4.6.4 O Estudo dos Acidentes e dos Planos de Emergência................................................................................ 104
4.6.5 Considerações Finais ................................................................................................................................. 108

5 CONCLUSÕES ....................................................................................................109

REFERÊNCIAS.......................................................................................................114

OBRAS CONSULTADAS ........................................................................................118

APÊNDICE ..............................................................................................................121

ANEXOS .................................................................................................................156
1 ORGANIZAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA

1.1 INTRODUÇÃO

O crescimento populacional mundial nos dois últimos séculos tem trazido uma série de
novos problemas entre o equilíbrio do Homem e os seus recursos naturais. Cada vez mais este
aumento vertiginoso da população requer alimento, energia e espaço para tal (ONU, 1991).

A humanidade é incapaz de agir conforme a ordenação natural existente, porém


tem obtido resultados positivos em todas as áreas do conhecimento. Um dos exemplos disso
foi a descoberta e o aproveitamento do petróleo que trouxe inúmeros avanços para toda a
sociedade (ONU, 1991).

O Brasil vem obtendo avanços significativos na produção e processamento de


petróleo, quer para suprir a energia e os combustíveis necessários, quer para vislumbrar em
um futuro próximo a auto-suficiência em sua produção.

As exigências consideráveis de aumento de produção brasileira de petróleo, com o


conseqüente aumento da capacidade nacional de refino para atender principalmente ao
processamento do nosso petróleo, envolvem ampliação e atualização tecnológica em um
expressivo número de refinarias, fato este que introduz riscos adicionais ao parque de refino
atual.

As operações já existentes e as decorrentes de ampliações envolvem, na maioria


dos casos, altas temperaturas, altas pressões, produtos químicos perigosos e grandes
inventários, que implicam obrigatoriamente em riscos industriais com possibilidade de
14

ocorrência de acidentes. Llory (2001) afirma que os acidentes não acabam nunca e podem
ocorrer em fábricas em qualquer parte do mundo, não estando nossas refinarias, obviamente,
imunes a enfrentarem acidentes industriais.

Igualmente o aumento da extração e conseqüentemente da capacidade de refino das


refinarias traz uma necessidade de maior armazenamento de combustíveis produzidos e
também um aumento da probabilidade de riscos de danos ambientais, tendo como origem
cenários de acidentes envolvendo vazamentos de tanques, dutos e outros.

Para ilustrar o aspecto mencionado, no parágrafo anterior, tem-se no Brasil dois


acidentes recentes envolvendo transferência por dutos de terminais para refinarias que tiveram
grande repercussão na mídia em decorrência de danos ambientais decorrentes de vazamentos.
Óleo combustível, numa quantidade de 1,292 milhões de litros, vazou, no dia 18 de janeiro de
2000, de um duto que ligava a Refinaria Duque de Caxias (REDUC) a um Terminal na Ilha
D’Água, atingindo a área da Baía da Guanabara no Rio de Janeiro (SENADO, 2000). No dia
16 de julho de 2000, no período da tarde, ocorreu o maior acidente com derramamento de
óleo/petróleo em recursos hídricos (arroio Saldanha, rio Barigui e rio Iguaçu) da história do
nosso País, levando o Instituto Ambiental do Paraná a aplicar uma multa de R$ 50.000.000,00
(cinqüenta milhões de reais) na PETROBRAS/REPAR (IAP, 2000). Estes acidentes abriram a
“porta” para que mudanças significativas ocorressem no Brasil como muito bem afirmou
Llory:

Tudo se passa como se o acidente entreabrisse uma porta na parede


rígida das decisões passadas, dos procedimentos e proteções
enraizadas, antes que mais uma vez essa porta ... se feche, e mais
uma vez fique muito difícil formular de dentro das empresas e
organizações uma crítica aprofundada, um questionamento da
doutrina de segurança... Com a ajuda do tempo, o espectro do
acidente se distancia e se apaga... E as conseqüências secundárias
benéficas do acidente se desfazem. (LLORY, 2001).

Após os acidentes, diversas ações foram estabelecidas pela PETROBRAS, responsável


pela operação de dutos, terminais e refinarias envolvidos nos acidentes. Foram investidos
mais de 3 bilhões de reais através do Programa de Excelência Ambiental e Segurança
Operacional (PEGASO). Como exemplo, pode ser citada a instalação de nove Centros de
15

Defesa Ambiental (CDA) em todo território nacional com pessoal especializado e


equipamentos de última geração no controle de vazamento de óleo, tornando o país uma
referência neste tipo de cenário. Todas as suas unidades obtiveram no final do ano de 2001
certificação ambiental, de segurança e saúde através das normas IS0 14001, OHSAS 18001 e
BS 8800. Os sistemas de gestão trazem ganhos importantes para as organizações (DA SILVA,
2002) e no conteúdo das normas citadas está estabelecida a necessidade da atenção à
Preparação e Atendimento a Emergências, algo importante para o tratamento de cenários de
acidentes potenciais.

Paralelamente, o governo federal desenvolveu legislações específicas, visando


estabelecer mecanismos de prevenção e mitigação de derrames de óleo no Brasil. Exemplos
disto são a Lei 9966, de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a
fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas e
perigosas em águas sob jurisdição nacional e a Resolução CONAMA Nº 293, de 12 de
dezembro de 2001, que estabelece o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual
para incidentes de poluição por óleo originados em portos organizados, instalações portuárias
ou terminais, dutos, plataformas, bem como suas respectivas instalações de apoio e orienta a
sua elaboração.

Tendo em vista os riscos ambientais presentes em uma refinaria, há necessidade de


programas de segurança saúde e meio ambiente que apresentem caráter pró-ativo, simulando e
identificando potenciais ações de emergências, bem como a própria capacidade de resposta
da organização perante as mesmas.

Um bom planejamento de resposta deve contemplar os cenários acidentais possíveis e


ações genéricas que deverão ser desenvolvidas após a ocorrência de um acidente industrial
(QUARANTELLI, 2000).

A certeza de que acidentes são possíveis de ocorrer exige ações de resposta à


emergência por parte das organizações que operam unidades com riscos. O planejamento para
estas situações transforma-se em uma ferramenta importante para que vidas sejam salvas, o
meio ambiente seja preservado e perdas materiais sejam evitadas.
16

1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA

Os riscos existentes em uma refinaria de petróleo exigem a constituição de Planos de


Contingência e Emergência que são fundamentais, tanto à capacitação das equipes envolvidas
na organização do controle das emergências, quanto ao combate e controle em caso de
ocorrência de um acidente industrial. Os Planos de Emergência devem ser elaborados com
base em diversos cenários acidentais e, entre outros aspectos, devem conter as ações de
resposta imediatas a serem adotadas visando evitar a perda de vidas, minimizar danos
ambientais e perdas de materiais, com o retorno à normalidade tão rápido e ordenado quanto
possível. Conforme será visto, num levantamento realizado para elaboração desta dissertação,
a definição dos cenários acidentais e as ações genéricas comuns contidas nos Planos de
Emergência de refinarias brasileiras apresentam, em alguns casos, diferenças e, em outros,
semelhanças.

Considera-se como marco inicial as seguintes questões:


1) Quais são os cenários acidentais identificados pelas refinarias brasileiras que
determinaram a necessidade de elaboração de planos de emergência?
2) Existe uma relação de respostas iniciais genéricas a serem utilizadas na
elaboração dos Planos de Emergência de refinarias?

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

O presente trabalho tem como objetivo estudar os planos de emergência elaborados


pelas refinarias brasileiras identificando os diversos cenários acidentais considerados e as
ações genéricas de resposta contidas nestes planos. Com base em uma análise histórica
realizada usando um banco de dados internacional de acidentes acrescido de eventos
ocorridos no país, no levantamento dos planos de ação de emergência de todas as refinarias
brasileiras, no estudo da legislação e normas nacionais e internacionais assim como nos
resultados obtidos e na literatura, será feita uma sugestão de conjunto de cenários que devem
servir de base para elaboração de planos de ação de emergência em refinarias.
17

1.3.1 Objetivo Geral

• Identificar os diversos cenários acidentais que determinaram a elaboração de


planos de emergência de refinarias brasileiras e uma relação de ações genéricas contidas
nestes planos.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Efetuar levantamento da legislação brasileira existente, em especial os requisitos


de licenciamento de órgãos ambientais nos estados onde as unidades de refino estão inseridas,
que contenha aspectos a serem considerados na elaboração de planos de emergência e que
possa, de alguma maneira, fundamentar a definição de cenários acidentais e ações genéricas.
• Estudar os requisitos estabelecidos nas normas ISO 14001, OHSAS 18001 e BS
8800 que foram utilizados na certificação das refinarias brasileiras. Este estudo consistirá na
análise das normas identificando possíveis aspectos que auxiliem na determinação de cenários
e ações de resposta genéricas.
• Identificar os cenários acidentais nos Planos de Emergência de refinarias
brasileiras, procurando identificar as diferenças e semelhanças existentes, de forma a verificar
e propor uma relação de cenários que exigiriam um planejamento de emergência com
estrutura semelhante a utilizada no CONAMA 293;
• Identificar uma relação de ações genéricas que possam ser utilizadas em todas as
situações de emergência de maneira a evitar redundância de ações em diversos planos
• Efetuar uma análise histórica dos acidentes ocorridos em refinarias no mundo
inteiro buscando identificar os cenários acidentais de maior incidência efetuando um
comparativo com os cenários estabelecidos para os Planos de Emergência de refinarias
brasileiras.

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Os planos de controle de emergência são fundamentais em instalações de refino, por


integrarem o Programa de Gerenciamento de Riscos que, segundo Walter (1998) se constitui
em três partes:
18

9 Uma identificação dos Perigos;


9 Um Programa de Prevenção;
9 Um Programa de Resposta à Emergência

Estes planos possuem aspectos particulares com relação aos demais procedimentos
regulares (DUARTE, 2002) em virtude dos inúmeros impactos que ocorrem durante uma
situação de emergência.

Alguns tipos de cenários de acidentes possíveis de ocorrer em refinarias já estão


cobertos na legislação. A Resolução CONAMA 293 descreve procedimentos e formas de
apresentação dos planos de emergência para derrames de óleo, a qual foi elaborada após o
derrame de óleo ocorrido na Baía da Guanabara.

Deve-se ressaltar que o estudo de cenários acidentais possíveis de ocorrerem em uma


refinaria, que não estejam contemplados em legislações específicas, certamente representa
uma contribuição para a melhoria nos Programas de Gerenciamento de Risco destas
organizações, evitando que a elaboração de planos para tais cenários somente ocorra após um
grande acidente.

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo está baseado no levantamento de Planos de Emergência das refinarias


brasileiras no período de novembro de 2002 até setembro de 2003 e inclui todas as refinarias
existentes no Brasil.

As questões avaliadas nos planos se limitaram aos cenários acidentais utilizados nos
Planos de Emergência e às ações genéricas que devem ser desencadeadas quando da
ocorrência de um acidente, não abrangendo todos os demais aspectos contidos no plano de
emergência, tais como treinamento de pessoas, simulados, equipamentos, materiais, sistemas
de comunicação e evacuação de pessoas, entre outros.
19

O estudo de acidentes em refinarias se limitou ao MHIDAS - Major Hazard Incident


Data System, do SRD (Safety and Reliability Directorate) do Reino Unido e a algumas
informações adicionais disponíveis sobre acidentes em refinarias brasileiras.

O estudo também não avaliou os critérios adotados pelas refinarias no estabelecimento


dos cenários acidentais e das ações genéricas, pois exigiria maior aprofundamento no
processo de formulação do Programa de Resposta à Emergência das diversas refinarias, o que
não está contido nos objetivos desta dissertação.

1.6 REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITUAL

O referencial teórico utilizado engloba a produção científica de vários pesquisadores


brasileiros nesta área, tais como Duarte (2002) e Souza Júnior (2002), que têm estudado
questões envolvendo emergências industriais no Brasil. Alguns desses pesquisadores fazem
parte do núcleo de pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ)
tratando de questões de emergência.

No cenário internacional foram utilizados autores como E. L. Quarantelli, Frank P.


Lees, R. J. Walter e informações de instituições como o American Petroleum Institute (API),
a American Institute of Chemical Engineers (AIChE) e a Federal Emergency Management
Agency (FEMA). Algumas legislações estrangeiras também foram utilizadas.

No cenário nacional foi utilizada a legislação recente desenvolvida no Brasil, bem


como as exigências que vêm sendo estabelecidas pelos órgãos licenciadores das refinarias. A
experiência do pesquisador na implantação de Planos de Emergência em uma refinaria no Sul
do Brasil também foi utilizada, assim como as informações contidas nos planos de
emergência de várias refinarias brasileiras abrangendo todo o parque de refino nacional.

1.7 QUESTÕES SOBRE PLANOS DE EMERGÊNCIA

Neste trabalho pretende-se esclarecer algumas questões relativas às bases para


elaboração de planos de ação para atendimento de emergências em refinarias de petróleo. As
questões para as quais se pretende ter uma resposta são as seguintes:
20

(1) Quais são as diferenças e as semelhanças existentes entre os planos de emergência


existentes no parque de refino brasileiros?
(2) Os cenários acidentais relacionados pela refinarias possuem alguma similaridade
com acidentes em unidades de refino ocorridos no mundo?
(3) Existe uma lista de ações genéricas a serem desempenhadas para os diversos
cenários acidentais levantados?

1.8 DEFINIÇÃO DE TERMOS

Para melhor compreensão do estudo realizado, foram definidos alguns termos


importantes:
a) Plano de emergência: conjunto de medidas que determinam e estabelecem as
responsabilidades setoriais e as ações a serem desencadeadas imediatamente após um
incidente, bem como definem os recursos humanos, materiais e equipamentos adequados à
prevenção, combate e controle da situação.
b) Plano de contingência: conjunto de procedimentos e ações que visam à
integração dos diversos planos de emergência setoriais, bem como a definição dos recursos
humanos, materiais e equipamentos complementares para a prevenção, combate e controle da
situação.
c) Órgão ambiental ou órgão de meio ambiente: órgão do poder executivo federal,
estadual ou municipal, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA),
responsável pela fiscalização, controle e proteção ao meio ambiente no âmbito de suas
competências; (alínea XXI do Art. 2º da Lei 9966).
d) Órgão regulador da indústria do petróleo: órgão do poder executivo federal,
responsável pela regulação, contratação e fiscalização das atividades econômicas da indústria
do petróleo, sendo tais atribuições exercidas, no Brasil, pela Agência Nacional do Petróleo
(ANP). (alínea XXIV do Art. 2º da Lei 9966).
e) Cenário acidental: conjunto de situações e circunstâncias específicas de um
incidente com causa(s) e conseqüência(s) estabelecida(s).
f) Análise de vulnerabilidade: é a aplicação de modelos matemáticos, com
suporte de computação eletrônica, para quantificar os efeitos dos acidentes. Os cálculos
permitem dimensionar o alcance dos impactos dos acidentes, no espaço da instalação
industrial e de sua vizinhança (DUARTE, 2002).
21

1.9 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

No Capítulo 1 é apresentada uma introdução à pesquisa relacionando suas questões e


objetivos bem como estabelecendo sua delimitação.

No Capítulo 2 tem-se uma revisão da literatura com relação ao refino de petróleo, o


planejamento de emergências e a seleção de cenários acidentais bem como aspectos relativos
as ações genéricas de resposta à emergência.

No Capítulo 3 é apresentada a metodologia adotada na dissertação que consiste num


estudo de acidentes em unidades de refino e nos planos de emergência de refinarias
brasileiras.

No Capítulo 4 são apresentados os resultados e as discussões referentes à pesquisa,


tratando inicialmente dos acidentes ocorridos em unidades de refino e abordando na seqüência
os planos de emergência de refinarias brasileiras.

No Capítulo 5 as conclusões obtidas são apresentadas na forma de proposta de


cenários acidentais a serem considerados no Programa de Planejamento de Emergências bem
como a análise dos planejamentos atualmente existentes.
2 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo faz-se a apresentação das bases e de dados para o entendimento do


desenvolvimento da dissertação. Primeiramente aborda-se a questão do Refino no Brasil,
descrevendo-se os processos e seus riscos e, por último, são expostos as bases conceituais do
planejamento de emergência e a seleção de cenários de acidentes. Trata-se de expor e
construir a consistência da proposta de cenários a ser apresentada no desdobramento desta
pesquisa e a relação de ações genéricas contidas nos planos de emergência pesquisados.

2.1 O REFINO DE PETRÓLEO

O Brasil comporta um grande parque de refino que possui atualmente capacidade de


processamento de praticamente toda a demanda de mercado do país. São apresentadas na
Tabela 1 as informações referentes ao processamento total de petróleo no ano de 2002,
conforme informação da Agência Nacional do Petróleo (ANP, 2003) bem como as cidades e
estados onde estão localizadas as refinarias.
23

Tabela 1 - Refinarias brasileiras, capacidade de processamento e localização

PROCESSAMENTO
SIGLA REFINARIA LOCALIZAÇÃO
Total em m³ - ano 2002
LUBNOR Lubrificantes e Derivados 339.735 Fortaleza – CE
de Petróleo do Nordeste
IPIRANGA Petróleo Ipiranga 711.993 Rio Grande – RS
MANGUINHOS Petróleos de Manguinhos 755.478 Rio de Janeiro – RJ
RECAP Capuava 2.496.513 Mauá – SP
REMAN Isaac Sabbá 2.605.558 Manaus – AM
REFAP Alberto Pasqualini 6.113.408 Canoas – RS
REGAP Gabriel Passos 7.243.645 Betim – MG
RPBC Presidente Bernardes 8.868.567 Cubatão – SP
REPAR Araucária 11.093.622 Araucária – PR
REDUC Duque de Caxias 11.181.325 Rio de Janeiro – RJ
REVAP Henrique Lage 11.290.663 S. J. dos Campos – SP
RLAM Landulpho Alves 11.770.311 Mataripe – BA
REPLAN Paulínia 18.783.493 Campinas – SP
TOTAL 93.254.311
Fonte: ANP, 2003

A seguir é apresentada, de forma sucinta, uma descrição das atividades em uma


refinaria de petróleo. A mesma foi elaborada com base em informações do Manual Técnico da
OSHA Industrial Hygiene Monitoring Manual for Petroleum Refineries and Selected
Petrochemical Operations (API, 1971) e na experiência de 15 anos de trabalho em refinarias
de petróleo do autor desta dissertação. Pelo grande número de processos envolvidos na
atividade de refino de petróleo, pode ser compreendido o fato de que planos de ações de
emergência referentes a instalações aparentemente semelhantes possam vir a apresentar
significativas diferenças.

O início do refino de petróleo ocorreu através do processamento, na forma de


destilação, para obtenção de querosene. A evolução do refino de petróleo da simples
destilação para processos mais complexos vem exigindo um melhor gerenciamento dos
aspectos relativos de segurança, saúde e meio ambiente.

O refino de petróleo consiste no processamento de uma mistura complexa de


hidrocarbonetos, a forma na qual ele é extraído da natureza, de forma a obter várias outras
misturas complexas de hidrocarbonetos, com propriedades bem definidas para uso em fins
24

específicos. Este processo de refino vem evoluindo constantemente em virtude da demanda


dos clientes e de exigências ambientais.

A exigência original era a produção de querosene como uma fonte de luz mais barata e
melhor que o óleo de baleia. O desenvolvimento do motor de combustão interna levou à
produção de gasolina e óleo diesel. A evolução aeronáutica criou uma primeira necessidade
de gasolina de aviação de alta octanagem para combustível de jatos, uma forma sofisticada do
produto original, o querosene.

Processos de Destilação. A primeira refinaria, aberta em 1861, produzia querosene por


destilação atmosférica simples. Seus subprodutos incluíam alcatrão e nafta. Logo foi
descoberto que óleos lubrificantes de alta qualidade poderiam ser produzidos por destilação
de petróleo sob vácuo. No entanto, pelos 30 anos seguintes o querosene foi o produto que os
consumidores queriam. Dois eventos significativos mudaram essa situação: (1) a invenção da
luz elétrica, que diminuiu a demanda por querosene, e (2) a invenção do motor de combustão
interna, que criou uma demanda por diesel e gasolina.

Processos de Craqueamento Térmico. Com o advento da produção em massa e da 1ª


Guerra Mundial, o número de veículos que utilizavam gasolina aumentou dramaticamente e a
demanda por gasolina aumentou proporcionalmente. No entanto, os processos de destilação
produziam apenas uma quantidade determinada de gasolina a partir do óleo cru. Em 1913, o
processo de craqueamento térmico foi desenvolvido, o qual sujeitava combustíveis pesados a
condições de intensos calor e pressão, quebrando fisicamente as grandes moléculas para gerar
outras menores a fim de produzir quantidades adicionais de gasolina e óleos destilados. O
processo de visco-redução, outra forma de craqueamento térmico, foi desenvolvido no final
da década de 1930 para produzir produtos mais desejáveis e valiosos.

Processos Catalíticos. Motores a gasolina de alta taxa de compressão requeriam


gasolina de alta octanagem com melhores características de antidetonação A introdução do
craqueamento catalítico e processos de polimerização nos finais da década de 1930 atenderam
à demanda fornecendo cortes melhorados de gasolina e maiores números de octanas.
25

A alcoilação, outro processo catalítico desenvolvido no início da década de 1940,


produziu mais gasolina de aviação de alta octanagem e insumos petroquímicos para
explosivos e borracha sintética. Subseqüentemente, a isomerização catalítica foi desenvolvida
para converter hidrocarbonetos a fim de produzir quantidades aumentadas de insumos de
alcoilação. Melhores catalisadores e processos tais como hidrocraqueamento e reformação
foram desenvolvidos na década de 1960 para aumentar os cortes de gasolina e melhorar as
características de detonação. Estes processos catalíticos também produziam moléculas de
hidrocarbonetos com ligação dupla (alquenos) e formaram a base da moderna indústria
petroquímica.

Processos de Tratamento. Ao longo da história do refino vários métodos de tratamento


foram usados para remover produtos que não fossem hidrocarbonetos, impurezas e outros
constituintes que afetam adversamente as propriedades de produtos acabados ou reduzem a
eficiência dos processos de conversão. O tratamento pode envolver reação química e/ou
separação física. Exemplos típicos de tratamento são “adoçamento” químico, tratamento
ácido, lavagem cáustica, hidrotratamento, secagem, extração de solvente e desaromatização
de solvente. Compostos “adoçantes” e ácidos dessulfurizam o óleo cru antes do tratamento e
tratam os produtos durante e após o processamento.

Após a 2ª Guerra Mundial, vários processos de reformação melhoraram a qualidade e


variedade das gasolinas e produziram produtos de qualidade superior. Alguns destes
envolviam o uso de catalisadores e/ou hidrogênio para mudar moléculas e remover enxofre.

2.1.1 Unidades de Processamento

As refinarias brasileiras utilizam um número variado de unidades para efetuar o


processamento do petróleo e obter os produtos finais desejados. Em consulta técnica à
Agência Nacional do Petróleo obtiveram-se informações sobre os processos de refino
utilizados nas refinarias brasileiras. Todas as refinarias do Brasil possuem as unidades de
Destilação Atmosférica, a Vácuo e unidade de Craqueamento Catalítico Fluido – FCC. A
resposta de consulta enviada à ANP está transcrita no Anexo A. Além das unidades já
mencionadas, verificou-se que os seguintes processos são encontrados em unidades de refino
brasileiras:
26

9 Coqueamento Retardado;
9 Desasfaltação a propano;
9 Desparafinação com solvente;
9 Desaromatização com solvente;
9 Desoleificação de parafinas;
9 Hidrotratamento (HDT) de várias correntes, tais como nafta, querosene,
diesel, lubrificantes, n-parafinas e parafinas;
9 Reformação catalítica;
9 Alcoilação;
9 Unidade de Produção de propeno;
9 Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN;
9 Adoçamento de produtos, tais como GLP, gasolina e querosene;
9 Tratamento com DEA de várias correntes, tais como gás combustível e
GLP;
9 Unidade de Tratamento de Águas Ácidas;
9 Unidade de Recuperação de Enxofre;
9 Visco-redução.

No relatório Capacitação Institucional sobre Análise e Gerenciamento de Riscos


Ambientais das Atividades do Setor Petrolífero no Brasil (2001), elaborado pelo Laboratório
Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA) da COPPE/UFRJ, está apresentado um breve
histórico das refinarias brasileiras bem como as unidades existentes e suas capacidade de
processamento.

Dessalinização do Petróleo

O petróleo usualmente contém água, sais inorgânicos, sólidos suspensos e traços de


metal solúveis em água. Como um primeiro passo no processo de refino, para reduzir e
prevenir uma série de problemas, esses contaminantes devem ser removidos por
dessalinização. Existem dois métodos típicos de dessalinização, quais sejam, as separações
química e eletrostática. Na química, água e surfactantes químicos (demulsificadores) são
adicionados ao óleo, aquecidos de forma que sais e outras impurezas fiquem dissolvidos ou
aderidos à água, e então enviados a um tanque de decantação. Na elétrica há a aplicação de
cargas eletrostáticas de alta voltagem para concentrar glóbulos em suspensão no fundo do
27

tanque de decantação. O óleo é aquecido para reduzir a viscosidade e a tensão superficial a


fim de facilitar a mistura e a separação da água. A temperatura é limitada pela pressão de
vapor do óleo. Nas unidades de refino brasileiras este processo faz parte do processo de
destilação atmosférica.

Destilação Atmosférica e a Vácuo

O petróleo dessalinizado é pré-aquecido e enviado à coluna de destilação que opera a


pressões ligeiramente acima da atmosférica e a temperaturas acima de 300°C. Todas as
frações, exceto as mais pesadas, se vaporizam. À medida que o vapor sobe na torre, sua
temperatura vai se reduzindo. Óleo combustível pesado ou resíduo asfáltico são extraídos do
fundo. Os demais produtos variados, como óleo lubrificante, óleo combustível, querosene,
gasolina e gases não condensados são retirados de diferentes níveis da torre.

Figura. 1 – Esquema de processo de destilação atmosférica, ou primária.


Fonte: PETROBRAS, 2003
28

O óleo residual da torre é destilado posteriormente a altas temperaturas com redução


de pressão para evitar o craqueamento térmico. O processo acontece em torres de destilação a
vácuo. A destilação a vácuo se parece com a destilação atmosférica. Exceto pelo fato de que
colunas de maior diâmetro são usadas, o equipamento também é similar. Torres a vácuo são
usadas tipicamente como alimentação do craqueamento catalítico.

Figura 2 – Esquema do processo de destilação a vácuo.


Fonte: PETROBRAS, 2003
29

Unidade de Craqueamento Catalítico Fluido - FCC

No processo de craqueamento catalítico fluido, conhecido por FCC, o óleo é


craqueado na presença de um catalisador finamente dividido e mantido em estado aerado ou
fluidizado por vapores de óleo, e depois fracionado. O craqueador fluido consiste em uma
seção de catalisador e uma seção de fracionamento que operam juntas como uma unidade de
processamento integrada. Um processo FCC típico mistura uma carga de hidrocarboneto
aquecido com catalisador quente, regenerado, e a mistura é craqueada a baixas pressões. Este
craqueamento continua até que os vapores de óleo são separados do catalisador nos ciclones
do reator. A corrente de produto resultante é então carregada para uma coluna de
fracionamento onde é fracionada e tem uma parte do óleo pesado reciclada.

Figura 3 – Esquema do processo de craqueamento catalítico fluido.


Fonte: PETROBRAS, 2003
30

Coqueamento Retardado

Também chamado de craqueamento retardado, neste processo a carga aquecida,


normalmente resíduo de torres de destilação, é transferida para grandes vasos que fornecem o
grande tempo de residência necessário para permitir que as reações de craqueamento se
completem. Inicialmente o insumo é aquecido e a mistura é transferida para um ou mais vasos
de coqueamento, onde o material quente é mantido (retardado) por aproximadamente 24
horas, até craquear, quando ocorre a formação de coque e produtos mais leves. Os vapores
retornam a um fracionador onde gás, nafta e óleos são separados. Os hidrocarbonetos mais
pesados são reciclados na fornalha. Depois que o coque atinge um determinado nível no vaso,
a corrente de material é enviada para outro vaso de forma que a operação seja contínua.

Figura 4 – Esquema do processo de craqueamento retardado.


Fonte: PETROBRAS, 2003
31

Desasfaltação a propano

É um processo de extração de asfalto a partir do óleo pelo uso de propano como


solvente. Neste processo são separadas as frações pesadas que produzem óleo lubrificante
pesado, insumo para craqueamento catalítico e asfalto. No processo, o insumo e o propano
líquido são bombeados para uma torre de extração e a separação ocorre em um contactor de
disco rotativo. Os produtos são evaporados e o vapor é lavado para recuperar o propano, que é
reciclado. Esse processo também remove alguns compostos de enxofre e nitrogênio, metais,
resíduos de carbono e parafinas do insumo.

Figura 5 – Esquema do processo de desasfaltação a propano.


Fonte: PETROBRAS, 2003
32

Desparafinação com solvente

A desparafinação com solvente é usada para remover a parafina tanto de destilados


quanto de estoques em qualquer estágio do processo de refino. Há vários processos usados
para a desparafinação, mas todos possuem os mesmos estágios em geral, que são: (1) misturar
o produto a um solvente; (2) precipitar a parafina da mistura por esfriamento, e (3) recuperar o
solvente da parafina e do produto desparafinado por destilação e por lavagem por vapor.
Normalmente são usados dois solventes: tolueno, que dissolve o óleo e mantém a fluidez a
baixas temperaturas, e metil etil cetona (MEK), que dissolve pouca parafina a baixas
temperaturas e age como agente precipitador de parafina.

Figura 6 – Esquema do processo de desparafinação com solvente.


Fonte: PETROBRAS, 2003
33

Desaromatização com solvente

O processo de desaromatização, ou extração de aromáticos, separa aromáticos,


naftenos e impurezas da corrente de produto por dissolução ou precipitação. O insumo é
primeiramente secado e então tratado usando uma operação de tratamento de solventes por
contracorrente contínua. O produto pode ser lavado com um líquido no qual as substâncias a
serem removidas são mais solúveis do que no produto, ou são adicionados solventes
selecionados para fazer as impurezas se precipitarem. O solvente é separado da corrente por
aquecimento, evaporação ou fracionamento, e resíduos são removidos subseqüentemente do
rafinado por lavagem por vapor ou flasheamento a vácuo. Precipitação elétrica pode ser usada
para a separação de compostos inorgânicos. O solvente então é regenerado para ser usado
novamente no processo.

Figura 7 – Esquema do processo de desaromatização com solvente.


Fonte: PETROBRAS, 2003
34

Desoleificação de parafinas

A desoleificação de parafinas visa recuperar parafinas de qualidade comercial a partir


da parafina oleosa produzida no processo. No processo, a carga de parafina oleosa recebe uma
diluição por MEK-tolueno (metil etil cetona e tolueno) e é resfriada em trocadores e
resfriadores de forma que a parafina dura se cristaliza e a parafina mole permanece em
solução. A mistura é enviada para filtros rotativos de fracionamento, onde a parafina mole
segue para extração de solvente e a parafina dura é retida, formando a “torta”. Essa “torta” é
diluída em solvente para dissolver a parafina mole residual, e a mistura segue para filtros
rotativos. A parafina dura resultante é enviada para a recuperação de solvente e o filtrado é
reciclado para diluir a parafina oleosa. Após a extração do solvente, tanto a parafina dura
quanto a mole são enviadas para estocagem.

Hidrotratamento (HDT)

O hidrotratamento catalítico é um processo de hidrogenação usado para remover


contaminantes tais como nitrogênio, enxofre, oxigênio e metais das frações de petróleo
líquidas. Tipicamente, o hidrotratamento é efetuado antes de processos como reformação
catalítica de modo que o catalisador não seja contaminado. O hidrotratamento também é
efetuado antes do craqueamento catalítico para reduzir o enxofre e melhorar a gama de
produtos finais, e para aperfeiçoar frações de petróleo de destilação intermediária para
querosene, óleo diesel e óleos de queima. Além disso, o hidrotratamento converte olefinas e
aromáticos em compostos saturados. O hidrotratamento para remoção de enxofre é chamado
especificamente de hidrodessulfurização. Em uma unidade típica, o insumo é desaerado e
misturado com hidrogênio, é pré-aquecido e carregado sob pressão através de um reator
catalítico de leito fixo. No reator os compostos de enxofre e nitrogênio do insumo são
convertidos em H2S (sulfeto de hidrogênio) e NH3 (amônia). A seguir os produtos da reação
deixam o reator e, após seu resfriamento, entram em um separador de gases. O gás rico em
hidrogênio resultante é reciclado para combinação com o insumo, e a corrente de gás em
baixa pressão, rica em H2S, é enviada para uma unidade de tratamento de gases. O gás limpo
é então adequado como combustível para as caldeiras da refinaria. A corrente líquida, o
produto do hidrotratamento, é normalmente enviada para uma coluna de lavagem para
remoção de componentes indesejáveis.
35

Reformação catalítica

A reformação catalítica é um processo usado para converter naftas de baixo número de


octanas em componentes de gasolina com alto número de octanas chamados reformados. A
reformação representa o efeito total de numerosas reações ocorrendo simultaneamente. Um
reformador catalítico é uma combinação de reator e unidade de recuperação de produto. É
comum haver uma seção de pré-preparo na qual, por combinação de hidrotratamento e
destilação, o insumo é especificado. A maioria dos processos usa platina como catalisador
ativo. Algumas vezes a platina é misturada a um segundo catalisador (catalisador bimetálico)
tal como o rênio ou outro metal nobre.

Alcoilação

A alcoilação, ou alquilação, combina olefinas leves com isobuteno, na presença de um


catalisador, ácido sulfúrico ou hidrofluorídrico. O produto é chamado de alquilado e é
composto de uma mistura de hidrocarbonetos de alta octanagem com parafínicos de cadeia
ramificada.

No processo de alcoilação com ácido sulfúrico, nas unidades tipo cascata, o insumo
entra no reator e entra em contato com o catalisador de ácido sulfúrico em alta concentração.
O efluente do reator é separado nas fases ácida e de hidrocarbonetos em um separador, e o
ácido é devolvido ao reator. A fase hidrocarboneto é lavada em água quente com soda
cáustica para controle de pH antes de ser sucessivamente despropanizada, deisobutanizada e
desbutanizada. O alquilado obtido pode ir diretamente para a produção de combustível de
motor ou ser reprocessado para produzir material para produção de combustível de aviação. O
isobutano é reciclado para alimentação.

No processo de alcoilação com ácido hidrofluorídrico, os processos Phillips e UOP


são os processos mais comumente usados. No processo Phillips os insumos são secados e
alimentados para um conjunto reator/separador. Depois de deixar a zona de reação, o efluente
segue para um separador que separa o ácido, que é reciclado, dos hidrocarbonetos. A camada
superior de hidrocarbonetos, consistindo de propano, butano normal, alquilado e isobutano
excedente (reciclo), é carregada para o fracionador principal, sendo a sua camada inferior
usada como alquilado de motor. A saída de topo do fracionador, que consiste principalmente
36

de propano, isobutano e ácido, segue para um depropanizador. O propano com traços de ácido
segue para um lavador de ácido e é defluorizado, tratado e mandado para estocagem. O
isobutano é retirado do fracionador principal e reciclado para o reator/separador, e o alquilado
do fundo do fracionador principal é enviado para a produção. O processo UOP usa dois
reatores com separadores separados. Metade do insumo secado é carregado no primeiro
reator, junto com o reciclo e o isobutano formado. O efluente do reator segue então para o
segundo reator, onde o ácido é reciclado e o hidrocarboneto é carregado no segundo reator. A
outra metade do insumo também vai para o segundo reator, com o ácido do separador sendo
reciclado e os hidrocarbonetos sendo carregados no fracionador principal. O processo
subseqüente é similar ao processo Phillips. A saída de topo do fracionador principal segue
para um depropanizador. O isobutano é reciclado para a zona de reação e o alquilado é
enviado para a produção.

Unidade de Produção de Propeno

A unidade de produção de propeno gera propeno a partir de uma carga de nafta


craqueada e GLP. Inicialmente a mistura é enviada para um desbutanizador, que separa o
GLP da nafta, a qual é enviada para a produção de gasolina. O GLP passa por um tratamento
com DEA e é umedecido. A mistura é enviada para um depropanizador, que separa as frações
butano e buteno, que seguem para produção de GLP. A mistura restante é tratada com soda e
novamente lavada com água, e segue para um deetanizador, que separa as frações etano e
eteno. O restante segue para um despropenizador, que separa o propeno do propano. O
propano é enviado para produção de GLP. O propeno é enviado para um leito de polimento e
então é estocado, pronto para servir como matéria prima.

Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN

A UPGN tem por objetivo processar o gás natural (GN) e gerar GLP e gasolina.
Inicialmente o GN tem seu condensado removido fisicamente por um coletor, e é tratado com
monoetilenoglicol para remoção de umidade por absorção. A corrente de gás é refrigerada em
um sistema de refrigeração a propano e passa em uma torre de absorção, onde um solvente em
contracorrente absorve gás. O gás residual sai então pelo topo da torre. O gás condensado pelo
resfriamento e pela absorção com solvente, chamado óleo rico, passa por uma torre de
desetanização que gera gás residual rico em etano e óleo rico desetanizado. Este óleo é
37

fracionado em uma torre de destilação, resultando em óleo de absorção isento de GN,


chamado óleo pobre e que é tratado para voltar a absorver LGN do gás natural, e em líquido
de gás natural (LGN) que sai pelo topo da torre. O LGN segue para a desbutanizadora, sendo
então separado em GLP, que sai pelo topo, e em gasolina natural, que sai pelo fundo. A
gasolina segue diretamente para estocagem, enquanto o GLP é tratado para reduzir a
corrosividade e receber odorização, seguindo então para as esferas de armazenamento.

Adoçamento

O adoçamento, um dos principais tratamentos da gasolina, trata compostos de enxofre


(H2S, tiofeno e mercaptano) para melhorar a coloração, o odor e a estabilidade à oxidação. O
adoçamento também reduz as concentrações de dióxido de carbono.

Tratamento com DEA (Dietanol Amina)

Esse processo remove contaminantes ácidos de gases ácidos e correntes de


hidrocarbonetos. Nas plantas de amina, as correntes de gás e hidrocarbonetos contendo
dióxido de carbono e/ou sulfeto de hidrogênio são carregadas em uma torre de absorção ou
contactor líquido onde os contaminantes ácidos são absorvidos pelo contrafluxo de DEA
(dietanol amina). O gás ou líquido lavado é removido pela parte superior, e a DEA é mandada
para um regenerador. No regenerador os componentes ácidos são removidos por aquecimento
e refervimento e saem do sistema, e a amina é reciclada.

Unidade de Tratamento de Águas Ácidas

A unidade de tratamento de águas ácidas visa melhorar as condições do condensado


resultante de processo, chamado de água ácida, e que costuma ser uma mistura de água com
H2S e amônia. O condensado é enviado para uma torre de bandejas. Pode vir aquecido ou ser
aquecido na própria torre. O material que sai pelo topo, chamado de gás residual, é composto
de vapor, H2S e amônia, pode ser destinado para incineração ou para unidade de recuperação
de enxofre. O efluente do fundo da torre pode ser reaquecido e reinjetado na torre ou, se já se
tiver removido a maior parte do contaminante, ir para tratamento de efluentes, com a
denominação de água retificada.
38

Unidade de Recuperação de Enxofre

Esse processo converte sulfeto de hidrogênio em gases ácidos e correntes de


hidrocarbonetos em enxofre simples. O sistema mais usado de recuperação é o processo
Claus, que usa tanto reações térmicas quanto de conversões catalíticas. Um processo típico
produz enxofre pela queima de sulfeto de hidrogênio sob condições controladas. Vasos de
esgotamento são usados para remover água e hidrocarbonetos das correntes de gás de
alimentação. Os gases são então expostos a um catalisador para recuperar enxofre adicional.
O vapor sulfúrico da queima e conversão é condensado e recuperado.

Visco-redução

Visco-redução, uma forma suave de craqueamento térmico, reduz significativamente a


viscosidade de resíduos pesados de óleo cru sem afetar muito o ponto de ebulição. O resíduo
da destilação atmosférica é aquecido a pressão atmosférica e suavemente rompido em um
aquecedor. É então abatido com gás frio para controlar uma ruptura excessiva, e flasheado em
uma torre de destilação. O processo é utilizado para reduzir o ponto de fusão de resíduos
parafínicos e reduzir a viscosidade de resíduos usados na mistura com óleos combustíveis
mais leves. Destilados médios podem também ser produzidos, dependendo da demanda de
produto. O alcatrão residual termicamente craqueado, que se acumula no fundo da torre de
fracionamento, é flasheado a vácuo em um stripper e o destilado é reciclado.

2.1.2 Riscos dos processos

Os riscos para as pessoas e equipamentos numa refinaria de petróleo estão


intimamente ligados à inflamabilidade dos inúmeros compostos processados e/ou
armazenados. É comum ter-se temperaturas elevadas, acima dos pontos de ebulição das
substâncias. Havendo perda de contenção, as substâncias inflamáveis podem entrar em
ignição dando lugar a cenários de acidentes tais como incêndio em poça e jato de fogo, os
quais podem causar danos em locais expostos diretamente as chamas ou em pontos nas
imediações, por ação da emissão de radiação térmica que acompanha a combustão.
Substâncias inflamáveis liberadas na atmosfera podem se misturar com o ar formando nuvem
de gás inflamável-ar que podem causar danos quando ocorre um incêndio em nuvem, ou
havendo condições favoráveis do tipo confinamento ou presença de equipamentos e estruturas
39

que favoreçam a geração de turbulência e portanto aumento da velocidade de chama, a


queima pode se tornar explosiva. Explosões de nuvem de gás inflamável-ar são fenômenos
que, em geral, causam destruição que, dependendo da massa envolvida, podem chegar a
quilômetros do local da explosão.

A inflamabilidade da maior parte dos produtos manipulados em uma refinaria é a


propriedade que está intimamente ligada aos riscos que se tem neste tipo de planta industrial.

Não obstante, também há a presença de materiais tóxicos nas plantas como


subprodutos dos processos ou como parte de sistemas de tratamento, entre os quais o sulfeto
de hidrogênio ou ácido sulfídrico (H2S), o cloro e a amônia estão quase sempre presentes.
Estas substâncias citadas, entre outras, também constituem riscos para os trabalhadores e
eventualmente para a população.

As principais tipologias acidentais do refino são as seguintes; ver LIMA (2001):

9 Explosão ou incêndio ocasionados pela liberação de gases ou líquidos


inflamáveis;
9 Liberação de gases tóxicos para atmosfera;
9 Explosão de vasos pressurizados;
9 Explosão de equipamentos devido à entrada de ar em sistemas
contendo hidrocarbonetos aquecidos;
9 Explosão de equipamentos devido à entrada de hidrocarbonetos em
sistemas de ar ou vapor;
9 Explosão devido ao contato de produtos aquecidos com água;
9 Incêndio em tanques de estocagem, materiais contaminados ou
canaletas de drenagem com resíduos de produtos inflamáveis;
9 Derramamento de óleo, derivados e outras substâncias líquidas para o
ambiente.

A seguir apresenta-se uma breve relação dos processos de refino existentes no Brasil,
onde se buscou relacionar os principais riscos de cada processo importantes para o
planejamento de emergências.
40

Dessalinização. Há o risco potencial de incêndio devido a vazamento ou liberação de


óleo dos aquecedores na unidade de dessalinização. Os componentes do óleo com baixo ponto
de fulgor também podem ser liberados em caso de vazamento.

Destilação. Aquecedores e trocadores nas unidades de destilação atmosféricas e a


vácuo podem fornecer uma fonte de ignição, e o potencial para um incêndio existe se ocorrer
um vazamento ou liberação de produto.

Craqueamento térmico, coqueamento retardado, visco-redução. Por ser o


craqueamento térmico um processo fechado, o potencial primário para incêndio deriva de
vazamentos ou liberações de gases ou vapores que alcancem uma fonte de ignição, tal como
um aquecedor. O potencial para fogo está presente em operações de coqueamento graças à
possibilidade de vazamentos de vapor ou produtos. Se as temperaturas saírem de controle,
uma reação exotérmica pode ocorrer dentro dos coqueadores. Existe potencial para exposição
a gases perigosos, tais como sulfeto de hidrogênio e monóxido de carbono, e traços de
aromáticos polinucleares associados com operações de coqueamento. A água de efluente pode
ser altamente alcalina e conter óleo, sulfetos, amônia e/ou fenol.

Craqueamento catalítico fluido. Hidrocarbonetos líquidos no catalisador ou que entrem


na corrente de ar aquecido de combustão devem ser controlados para evitar reações
exotérmicas. Por causa da presença de aquecedores nas unidades de craqueamento catalítico,
existe a possibilidade de fogo devido a vazamento ou liberação de vapores. Na descarga de
catalisador coqueado existe a possibilidade de fogo em sulfeto férrico, que sofre ignição
espontânea quando exposto ao ar e, portanto, deve ser umedecido com água para evitar
vapores inflamáveis. Além disso, a exposição a sulfeto de hidrogênio e/ou monóxido de
carbono pode ocorrer durante uma liberação de produto ou vapor. A formação inadvertida de
carbonila de níquel pode ocorrer em processos que usem catalisadores à base de níquel, com
potencial para exposições perigosas.

Desasfaltação a propano. Há potencial de incêndio em caso de um vazamento ou


liberação de produto atingir uma fonte de ignição, tal como um aquecedor. Vapor condensado
dos vários processos de asfaltação e desasfaltação contém traços de hidrocarbonetos.
Qualquer perda no vácuo pode resultar na entrada de ar atmosférico e fogo subseqüente. Além
41

disso, o aumento de temperatura no fundo da torre de vácuo para melhorar a eficiência pode
gerar metano por craqueamento térmico. Podem ser criados vapores nos tanques de asfalto
que não sejam detectados em amostragens e testes, mas que podem ser inflamáveis. Existe
potencial para exposição a sulfeto de hidrogênio e dióxido de enxofre na produção de asfalto.

Desparafinação e desaromatização com solvente. Tratamento por solventes é


essencialmente um processo fechado e, apesar de as pressões de operação serem relativamente
baixas, existe potencial para fogo de um vazamento ou derramamento se houver contacto com
uma fonte de ignição tal como um secador ou aquecedor de extração. Na remoção de
parafinas, a perda do vácuo cria um risco potencial de incêndio se permitir a entrada de ar no
sistema.

Desoleificação de parafinas. O processo é um processo fechado, e o potencial para


incêndio ocorre no caso de vazamentos ou derramamentos do solvente.

Hidrotratamento (HDT). Existe potencial para incêndio em caso de vazamento de


produto ou de hidrogênio. Há potencial de exposição a sulfeto de hidrogênio ou hidrogênio
gasoso devido a vazamentos, ou amônia no caso de ocorrências de liberações de água
residual. Pode haver a presença de fenol se insumos com alto ponto de ebulição forem
processados.

Reformação catalítica. Como o sistema é um processo fechado, existe o potencial de


incêndio se ocorrerem um vazamento ou liberação de gás de reformado ou hidrogênio.

Alcoilação. Como o sistema é um processo fechado, existe o potencial de incêndio no


caso de ocorrência de vazamento ou liberação de produto que possibilite o contato com uma
fonte de ignição. Pode haver danos sérios devido a resíduos ou liberações dos ácidos. O ácido
hidrofluorídrico provoca a formação de fluoreto férrico, e ambos os ácidos podem sair da
faixa de controle se entrarem em contato com água, podendo causar reações exotérmicas e
aumento da corrosão. Quanto à saúde humana, o ácido sulfúrico e, particularmente, o
hidrofluorídrico, são produtos potencialmente perigosos, e grandes liberações devem ser
consideradas situações emergenciais.
42

Unidade de Produção de Propeno. Existe possibilidade de incêndio tipo tocha caso um


vazamento pequeno de gás alcance fonte de ignição. Se houver a entrada de oxigênio na
tubulação e equipamentos com gás pode ocorrer uma explosão se as temperaturas alcançarem
a temperatura de ignição da mistura gasosa.

Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN. Existe potencial para incêndio


em tocha se ocorrer vazamento de gás por orifícios ou falhas em tubulação junto a fontes de
calor. Pode haver incêndio em nuvem se houver liberação de grande quantidade de gás, e
explosão se a nuvem estiver em local contido ou se entrar oxigênio na corrente gasosa e esta
entrar em contato com fonte de ignição.

Recuperação de enxofre e adoçamento. Existe potencial de incêndio em caso de


vazamento ou liberação de insumo ou produto. Processos de adoçamento usam oxigênio do
ar. Se ocorrer excesso de oxigênio no processo, é possível ocorrer fogo devido à geração de
eletricidade estática, que age como fonte de ignição. Há potencial de exposição a sulfeto de
hidrogênio (H2S), produtos cáusticos (hidróxido de sódio), cáusticos gastos, catalisador gasto
(Merox), poeira de catalisador e agentes de adoçamento (carbonato e bicarbonato de sódio).

Tratamento de correntes com DEA. Há potencial de incêndio se um derramamento ou


vazamento alcançar uma fonte de ignição. Há potencial de exposição a compostos de amina
(monoetanolamina, dietanolamina, metildietanolamina), sulfeto de hidrogênio e dióxido de
carbono.

Unidade de Tratamento de Águas Ácidas. Pode ocorrer vazamento de vapores ricos


em H2S e amônia, que são produtos perigosos para a incolumidade física, e portanto deve ser
considerado como de situação emergencial.
43

2.2 O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA E A SELEÇÃO DE CENÁRIOS


ACIDENTAIS

2.2.1 Considerações Iniciais

Torna-se imprescindível a apresentação dos conceitos a seguir expostos para o perfeito


entendimento, por parte de pesquisadores e profissionais, da contribuição que esta pesquisa
pretende oferecer à gestão do processo de planejamento de emergência em refinarias no
Brasil.

2.2.2 Requisitos Legais

Nesta seção, uma revisão dos aspectos legais será feita, pois na elaboração de um
planejamento de emergência é necessário que haja a consciência que regulamentos
estabelecidos podem afetar a seleção de cenários acidentais (CCPS, 1995).

No âmbito internacional é ampla a legislação que aborda aspectos relativos ao


planejamento de emergência e a seleção de cenários acidentais. Souza Júnior (2002) apresenta
os requisitos legais adotados pelos Estados Unidos e pela Comunidade Européia na
constituição dos processos de planejamento de emergência relativos a situações que podem
afetar a área externa de indústrias químicas e petroquímicas. Carvalho (2002) ressalta que a
“regulamentação brasileira relativa à indústria de petróleo vem, ao longo dos anos, utilizando
os regulamentos americanos como base em sua elaboração” e cita exemplos concretos
relativos a esta afirmação. Neste sentido foi julgado oportuno transcrever estudo elaborado
pelo Center for Chemical Process Safety of the American Institute of Chemical Engineers
referente a regulamentos existentes nos Estados Unidos que tratam de requisitos para a
seleção de cenários acidentais, conforme apresentado no Quadro 1.
44

Regulamento/Ato Abordagem
OSHA PSM (Process O PSM se refere ao uso de várias técnicas de Análise de Risco de Processo aceitas e não aborda
Safety Management), Plano especificamente se cenários não são dignos de crédito e se devem ser considerados. No PSM se
de Evacuação e enfatiza que o plano de ação de emergência precisa incluir procedimentos para responder a
HAZWOPER (29 CFR liberações menores, presumivelmente devido à sua maior probabilidade e impacto imediato no
1910. 119, 1910.38a e local de trabalho. O planejamento de evacuação de emergência e as normas HAZWOPER não
1990.120) abordam a consideração de incidentes não dignos de crédito.
Programa da Califórnia de Este programa é destinado a abordar efeitos potenciais ao público de liberações acidentais ou
Prevenção e efeitos fora dos limites da planta, e requerem Programas de Prevenção e Gerenciamento do
Gerenciamento do Risco Risco onde existe potencial de significativos efeitos fora do local. Os regulamentos requerem
(Capítulo 6.95 do Código modelagem e análises das conseqüências para os cenários de liberação de maior potencial
de Saúde e Segurança do identificados na análise de risco. Não existem regras específicas requerendo a inclusão de
Estado da Califórnia) incidentes não dignos de crédito no nível do estado. Somente algumas autoridades de reforço
local requereram o uso do Pior Incidente Possível.
Ato de Delaware para O ato se destina a abordar efeitos potenciais para o público de liberações acidentais (ou seja,
Gerenciamento de Risco efeitos fora dos limites da planta) e requerer Programas de Gerenciamento de Risco onde existe
De Substâncias o potencial de significativos efeitos fora do local. Os regulamentos especificamente definem
Extremamente Perigosas várias abordagens para calcular a “Quantidade Potencial de Liberações”, todas elas indicando
(Código Delaware 7, uma filosofia de Pior Incidente Digno de Crédito, conforme definido acima. Estas abordagens
Capítulo 77) incluem:
• Falha catastrófica de tubulação (fluxo de ambas extremidades);
• Falha catastrófica da mangueira (fluxo de ambas extremidades);
• Exposição de vasos e equipamento ao fogo se o material é inflamável, ou se
substâncias inflamáveis ou combustíveis são manuseadas ou estocadas perto;
• Abertura de válvulas de alívio de pressão com base no projeto de sistema de
alívio; e
• Falha de sistemas de mitigação, tais como tochas, lavadores de gases, válvulas de
isolamento, válvulas de excesso de fluxo, sistemas de resfriamento.
Inerente a estas abordagens é o reconhecimento de que vasos projetados apropriadamente em
conformidade com códigos e normas e geridos em conformidade com os elementos
recomendados de segurança de processos químicos têm probabilidade extremamente baixa de
falha catastrófica instantânea.
Ato de Prevenção de A finalidade deste ato é similar à do Ato de Delaware. Os regulamentos requerem modelagem e
Catástrofe Tóxica de Nova análise das conseqüências dos cenários de maior liberação potencial identificados nas análises
Jérsei (Título 7 NJAC – de risco. Não há regras específicas requerendo a inclusão de incidentes não dignos de crédito,
Capítulo 31) mas a instalação precisa explicar porque qualquer risco de acidente não é abordado. Os
regulamentos requerem que o treinamento da equipe de resposta à emergência inclua planos de
ação para tratar de cenários específicos e que os treinamentos sejam baseados em critérios
previamente planejados de liberações.
Programas de A finalidade destes regulamentos propostos em outubro de 1993 é similar aos atos estaduais
Gerenciamento de Risco referidos acima. A proposta inicial da EPA inclui o uso do “pior caso de liberação” para
U.S. EPA para Prevenção finalidades de planejamento de emergência. Pior caso de liberação é definido como “... a perda
de de toda substância regulada do processo numa liberação acidental que conduz às piores
Liberação Acidental de conseqüências fora do local“. Isto inclui todo o material contido em diferentes vasos. Contudo,
Produtos Químicos (58 FR EPA também indicou que “não quer que as instalações enfoquem somente os liberações de pior
54190) caso porque outros cenários de liberação são preocupantes, geralmente são mais prováveis que
um cenário de liberação de pior caso e precisam ser abordados no programa de prevenção”.
Além disso, enquanto este regulamento requer a identificação de “liberações de pior caso”, ele
não requer planos de gerenciamento de emergência para aqueles incidentes não dignos de
crédito.
Quadro 1 - Resumo de Abordagens Reguladoras à Seleção de Cenários.
Fonte: Seleção de Cenários, segundo o “Guidelines for Technical Planning for On-site Emergencies”
– CCPS,1995

No âmbito da legislação nacional a questão de planejamento de emergência é tratada


em uma série de documentos, a maior parte deles recente, e esses documentos, conforme sua
45

origem, possuem graus hierárquicos e de detalhamento diferentes. Dessa forma, a legislação


brasileira pode ser estruturada da seguinte forma:
9 Constituição;
9 Emenda Constitucional;
9 Lei Complementar;
9 Leis federais;
9 Portarias, decretos, instruções normativas, normas reguladoras e outros.

De Moraes (2001) assinala que a competência de cada ente público (União,


Estados/Distrito Federal e Municípios) de legislar sobre um determinado assunto em geral
está bem delimitada nos diplomas legais superiores, de forma que não costuma haver
discussões sobre a competência de aplicação de lei federal, estadual ou municipal incidente
sobre um determinado assunto.

Em relação aos Estados, a estrutura legislativa é bastante semelhante, com uma


Constituição Estadual e Emendas à Constituição Estadual, leis estaduais e decretos, portarias
e outros atos emanados de órgãos estaduais. Da mesma forma, em relação ao Município a
estrutura é semelhante, com a ressalva de que há uma Lei Orgânica, leis municipais e
decretos, portarias e outros atos emanados de órgãos municipais. Dessa forma, conforme
Meirelles (2001), o Estado, através de todos os seus entes públicos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios), dispõe de um conjunto de regramentos cogentes, aplicáveis conforme
o âmbito de atuação. Este conjunto estabelece as obrigações de todos em relação à
preservação do meio ambiente.

Machado (2000) também ressalta que a lei formal referente ao estudo prévio de
impacto ambiental, bem como os demais atos que visam à proteção do meio ambiente, é de
competência comum, ou seja, pode ser elaborada e/ou fiscalizada pela União, pelo Estado ou
pelo Município, conforme facultado pelo art. 23, VI, da Constituição Federal de 1988.

A Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio


Ambiente, e cria em seu art. 6° o SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente, do qual
o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – é órgão consultivo e deliberativo,
podendo propor diretrizes e políticas governamentais e deliberar sobre normas e padrões
46

compatíveis com o meio ambiente ecologicamente correto, conforme definido na al. II desse
mesmo artigo. Dessa forma, a Lei 6.938 delegou competência ao CONAMA para a emissão
de diretrizes que visem à preservação do meio ambiente.

Assim, na esfera de competência da União, o CONAMA está autorizado a emitir


normas de caráter cogente. A Resolução CONAMA n° 1, de 23 de janeiro de 1986, que
dispunha sobre estudos de impacto ambiental, já ordena que faça parte do estudo a atividade
técnica de “... definição das medidas mitigadoras de impactos negativos..” (art. 6°, III), que é
o embrião da exigência legislativa para a elaboração de planos de emergência.

A resolução CONAMA n° 237, de 19 de novembro de 1997, dispõe sobre o


procedimento genérico de licenciamento ambiental, definindo as atribuições e competências
dos diversos órgãos envolvidos no processo de licenciamento. Define, também, que um plano
de emergência ou contingência é considerado um Estudo Ambiental para fins de
licenciamento, conforme seu artigo 1°, inciso III. Além disso, estabelece que cada órgão
licenciador poderá exigir, a seu critério, documentos diversos de forma a assegurar a
integridade do meio ambiente. Pelo fato de que os planos de emergência das refinarias têm
por objetivo primordial a minimização de impactos nocivos às pessoas, ao meio ambiente e as
instalações e também que geralmente associa uma minimização ou prevenção desses impactos
ao bem-estar da comunidade vizinha de uma instalação, a legislação nacional referente a
planos de emergência inexiste per si, e se origina do arcabouço legislativo das leis e normas
ambientais, extrapolando uma possibilidade de dano ambiental, para estruturar um plano de
emergência, com seus cenários, no ambiente industrial.

O art. 225, § 1°, IV, da Constituição Federal de 1988, estipula o seguinte:

Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

IV – Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade


potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.

A Lei 9966, de 28 de abril de 2000, estabelece os princípios básicos a serem


obedecidos na movimentação de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em portos
organizados, instalações portuárias, plataformas e navios em águas sob jurisdição nacional e
47

também neste contexto define plano de emergência e plano de contingência, dentro de uma
filosofia de abrangência e responsabilidades de ações.

A Lei 9966 define como plano de emergência um ou mais planos setoriais de ações,
com recursos humanos e materiais locais a cada setor, e considera plano de contingência o
conjunto desses planos setoriais, sua sinergia e outros recursos e procedimentos externos, de
caráter global ou geral, que não são abrangidos pelos planos setoriais.

A mesma lei estabelece, ainda, em seu artigo 7° e seguintes, que portos, instalações
portuárias, plataformas e suas instalações de apoio devem dispor de planos de emergência
individuais e integrados. A consolidação desses planos em um plano de contingência local
fica a cargo do órgão ambiental competente (artigo 8°, caput). No entanto, não dispõe sobre o
conteúdo mínimo desses planos. Outro fato importante é que esta legislação apresenta um
verdadeiro avanço para o estabelecimento de planos de emergência em território brasileiro
apenas abrangente para as áreas de portos e outros vinculados com vias fluviais, marítimas,
etc. Embora as refinarias de petróleo não estejam obrigadas a atender a esta legislação, os
princípios técnicos contidos nesta lei podem perfeitamente ser aplicados aos planos de
emergência e respostas de uma refinaria, fato este já usual em várias refinarias brasileiras.

Em complemento à Lei 9966, a resolução CONAMA n° 293, de 12 de dezembro de


2001, estabelece um conteúdo mínimo de Plano de Emergência Individual para acidentes de
derramamento de óleo em água, com uma série de questões que os planos devem prever. No
entanto, essa resolução é de observância obrigatória apenas para instalações sujeitas a esses
tipos de acidentes, mas se constitui em um guia para a elaboração de outros planos.

Embora até então não existisse uma legislação federal específica vinculada com riscos
de operação de refinarias, esta lacuna começou a ser preenchida por meio da Convenção OIT
nº 174, e Recomendação nº 181, que foi toda ela abordada em todas as suas etapas por Souza
Júnior (2002) que apresentou todo um histórico da implementação desta legislação no Brasil
iniciando em agosto de 1994, em um seminário com representantes dos trabalhadores, das
empresas e dos setores públicos.
48

Estas etapas levaram à aprovação em janeiro de 2002, por meio do Decreto da


Presidência da República n° 4085 de 15 de janeiro de 2002, publicado no Diário Oficial em
16 de janeiro de 2002, referendando a aprovação pelo Congresso Nacional, do texto da
Convenção nº 174 da OIT sobre Prevenção de Acidentes Industriais Maiores, complementada
pela Recomendação nº 181 através do Decreto Legislativo nº 246 de 28 de junho de 2001. O
Decreto da Presidência estabelece que a Convenção “seja cumprida tão inteiramente como
nela se contêm”. Essa Convenção considera a necessidade de prevenção, redução ao mínimo
dos riscos e as conseqüências de acidentes maiores. A Convenção é aplicável a instalações
expostas a riscos de acidentes maiores excluindo a área nuclear, no tocante às substâncias
radioativas, a área militar e o transporte fora das instalações, distinto do transporte por dutos.

Em seu artigo 9°, “Disposições Relativas à Instalação”, alínea “d”, a Convenção


estipula que os empregadores deverão estabelecer e manter um sistema documentado de
prevenção de riscos que preveja:

planos e procedimentos de emergência que compreendam:

i) a preparação de planos e procedimentos de emergência eficazes, com


inclusão de procedimentos médicos de emergência, para ser aplicado
no local em caso de acidente maior ou de risco de acidente maior, a
verificação e a avaliação periódica de sua eficácia e sua revisão quando
for necessário;

ii) informar sobre os possíveis acidentes e os planos de emergência locais,


às autoridades e aos organismos encarregados de estabelecer os planos
e procedimentos de emergência para proteger a população e ao meio
ambiente na parte externa da instalação;

iii) quaisquer consultas necessárias com tais autoridades e organismos;

É interessante observar que “identificação e o estudo de perigos e a avaliação dos


riscos, levando também em conta as possíveis interações entre substâncias” e, em especial,
“medidas destinadas a limitar as conseqüências de um acidente ampliado” são consideradas
como não integrantes de planos de emergência, uma vez que estão referidas nas alíneas “a” e
“e” do artigo 9°. De acordo com esse ponto de vista, o planejamento de emergência tem então
um enfoque de mitigação de danos à saúde humana e ao meio ambiente preponderante a
atividades técnicas de combate e contenção.
49

Do mesmo modo, em outra esfera de atuação, o Direito do Trabalho, mas ainda dentro
da área de competência da União, pelo Ministério do Trabalho, pela atualização recente de
leis e regulamentos tem produzido documentos técnicos, que interagem nesta preocupação de
prevenção de riscos específicos, abaixo discriminados:

A Portaria 23, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), de 27 de


dezembro de 1994, alterou a NR (Norma Regulamentadora) 13 – Caldeiras e Vasos sob
Pressão redefinindo uma grande gama de itens, a ponto da norma ser totalmente substituída
pela nova redação. Já nesse momento se observava a necessidade de se pensar em termos de
emergências, pois foi colocado como documento obrigatório do Manual de Operação da
Caldeira, atualizado, um conjunto de procedimentos de emergência, conforme o item 13.3.1,
c. A norma, no entanto, não detalha o seu conteúdo mínimo.

Dentro desta mesma linha, por iniciativa do Ministério do Trabalho e outros órgãos
federais foi emitida a Portaria 14, de 20 de dezembro de 1995, como parte de um esforço
nacional para minimizar a exposição e diminuir a concentração ambiental aos menores níveis
possíveis para a geração e uso de benzeno, inseriu-se o Anexo 13-A – Benzeno – no Anexo
13 da NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Esse Anexo, entre outras providências,
determina que se uma empresa não puder deixar de utilizar benzeno em seu processo
produtivo, deve elaborar o PPEOB – Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao
Benzeno (item 3.2). Em seu item 5.4, 11° parágrafo, determina também que o PPEOB
apresente uma descrição dos procedimentos e recursos necessários para o controle da situação
de emergência, até o retorno à normalidade. Nesse ponto já se verifica uma evolução
conceitual, refletindo uma preocupação maior com a questão de emergência, pois já menciona
que deve haver procedimentos e recursos à disposição do combate a emergências. No entanto,
ainda não define um conteúdo mínimo do plano.

Concluindo os esforços do governo federal, e vinculados com o estudo em tela, nos


interessa sobremaneira a nova redação da NR 22, que recebeu a nova denominação de
Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, efetuada pela Portaria 2.037 do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) de 15 de dezembro de 1999. Nessa reformulação as atividades de
mineração ficam obrigadas a desenvolverem e implementarem um Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR), no qual o capítulo 22.32 é dedicado a operações de
50

emergência. Neste capítulo, no item 22.32.1, estabelece que “toda mina deverá elaborar,
implementar e manter atualizado um plano de emergência...”, e a seguir lista uma série de
elementos que devem compor o plano. Deve ser observado que a não observância desse artigo
pode vir a implicar em multa e até interdição das atividades da mina. Pelo seu grau de detalhe,
esse modelo também pode servir como guia para elaboração de novos planos e evidencia um
avanço da legislação com relação ao planejamento de emergência.

Pode ser resumido que no âmbito Federal existe um avanço com relação à elaboração
de planos destinados a emergências mas no entanto somente o Decreto nº 4.085 referente a
Convenção da OIT 174 atinge diretamente as refinarias estabelecendo requisitos com relação
aos planos de emergência.

Além desses casos que são tratados na esfera federal, os demais casos de instalações
são tratados na esfera de competência dos Estados e Distrito Federal. Para instalações com
certo potencial de risco se faz necessária uma ação fiscalizatória por parte do Poder Estadual,
e assim é importante realizar um exame nos estados onde existem operações de refinarias. Os
estados que possuem refinarias em operação no Brasil atualmente são: Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Amazonas.

No Estado de São Paulo, o Centro Tecnológico de Saneamento Básico – CETESB - é


o órgão estadual que efetua as ações de licenciamento e fiscalização ambiental. Conforme o
tipo do empreendimento, as exigências para se obter Licença Prévia, de Instalação ou de
Operação são diferentes, sendo mais rigorosas para instalações de maior risco. Para tanto,
emite periodicamente Termos de Referência, de caráter geral e único para o Estado de São
Paulo, termos esses que fornecem as atividades básicas de Estudos de Análise de Riscos. Em
sua edição de março de 2002 emitiu o Termo de Referência para a Elaboração de Estudos de
Análise de Riscos determinando que um EAR (Estudo de Análise de Riscos) deve ter, entre
outros elementos, uma etapa de Gerenciamento de Riscos. Nesta etapa deve ser elaborado um
PAE – Plano de Ação de Emergência, baseado nos resultados da análise e avaliação de riscos
e nas exigências de legislação diversas. O PAE deve ser elaborado para empreendimentos de
qualquer porte, seja pequeno, médio ou grande. Os elementos que devem conter este
planejamento estão transcritos abaixo:
51

Independentemente das ações preventivas previstas no PGR, um Plano de


Ação de Emergência (PAE) deve ser elaborado e considerado como parte
integrante do processo de gerenciamento de riscos.

O PAE deve se basear nos resultados obtidos no estudo de análise e


avaliação de riscos, quando realizado, e na legislação vigente, devendo
também contemplar os seguintes aspectos:

9 introdução;

9 estrutura do plano;

9 descrição das instalações envolvidas;

9 cenários acidentais considerados;

9 área de abrangência e limitações do plano;

9 estrutura organizacional, contemplando as atribuições e


responsabilidades dos envolvidos;

9 fluxograma de acionamento;

9 ações de resposta às situações emergenciais compatíveis com os


cenários acidentais considerados, de acordo com os impactos esperados e
avaliados no estudo de análise de riscos, considerando procedimentos de
avaliação, controle emergencial (combate a incêndios, isolamento,
evacuação, controle de vazamentos, etc.) e ações de recuperação;

9 recursos humanos e materiais;

9 divulgação, implantação, integração com outras instituições e


manutenção do plano;

9 tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com


os diferentes cenários acidentais estimados;

9 documentos anexos: plantas de localização da instalação e layout,


incluindo a vizinhança sob risco, listas de acionamento (internas e externas),
listas de equipamentos, sistemas de comunicação e alternativos de energia
elétrica, relatórios, etc.

Pode ser verificado que o estado de São Paulo, através deste documento, determinou
um avanço importante na exigência dos Planos de Emergência sendo que a configuração
adotada é semelhante ao que nas refinarias da PETROBRAS está contido com uma
denominação diferente que é o Plano de Contingência Local. Outro fato importante é que os
cenários acidentais são determinados tendo como base o resultado do processo de análise de
risco utilizado.

No estado do Rio Grande do Sul a Fundação Estadual de Proteção Ambiental


Henrique Roessler – FEPAM emitiu em março de 2001 o Manual de Análise de Riscos
52

Industriais que estipula que as exigências ou isenções, relativas à análise de riscos, para
obtenção das licenças dependem de uma classificação que é efetuada a partir de um índice de
risco calculado de acordo com os requisitos definidos no manual. São estabelecidas 4 (quatro)
categorias de risco sendo a categoria 1 aplicada àquelas instalações/atividades que podem ser
consideradas como de risco desprezível e a categoria 4 às de maior risco definido como
possível de causar danos significativos em distâncias superiores a 500 m do local. As outras
duas categorias são intermediárias. A exigência de PAE se aplica às categorias 3 e 4 e o
conteúdo do PAE é o descrito a seguir:

Os responsáveis pela atividade regulamentada deverão desenvolver e


implementar um Plano de Ação de Emergência (PAE) com o objetivo de
proteger os empregados, o público externo e o meio ambiente. Tal
programa deverá envolver, pelo menos, os elementos relacionados a seguir.

a) Atribuição de responsabilidades

b) Designação de um Centro de Controle de Emergência (principal e


alternativo)

c) Procedimentos para comunicação com Autoridades Competentes

d) Procedimentos para informação ao público potencialmente afetado

e) As bases técnicas para a elaboração do Plano

f) Procedimentos e medidas de ação de emergência no decorrer do


acidente

g) Procedimentos para revisão e atualização do Plano

h) Procedimentos para treinamento periódico dos empregados

As bases técnicas para elaboração do PAE deverão ser consistentes com os


resultados da análise de riscos das instalações envolvidas, identificando
claramente os cenários de acidente tomados como base para o
desenvolvimento do Plano e contemplando procedimentos e medidas de
ação de emergência específicos para o controle das emergências geradas
por cada um dos cenários analisados ou por grupos de cenários que
apresentem evoluções semelhantes.

Pode ser observado que o estabelecimento de um grupo de cenários semelhantes é um


aspecto importante na medida em que é altamente recomendável ter um plano com
flexibilidade que possa ser utilizado com sua ampliação para determinados cenários ou
adoção em uma escala menor (LEES, 1996). Entende-se que apesar de riscos poderem ser
pequenos seria importante a adoção de um plano de emergência mesmo que simplificado pois
53

fortaleceria a cultura para este aspecto e um Plano de Gerenciamento de Risco deveria


contemplar a preparação para uma emergência.

No estado do Paraná existe uma minuta de Lei do governo do estado que tem como
objetivos fornecer aos técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) um padrão de
referência, que permita estabelecer se determinado empreendimento atende requisitos
mínimos de Gerenciamento de Risco e que possa ser efetuada uma avaliação periódica se
determinado empreendimento em operação mantém requisitos previamente estabelecidos.

O IAP dispõe de uma minuta de PGR que ainda não está em vigor. A minuta de lei
estabelece que a análise de risco deve estabelecer as possíveis emergências que exigirão
planos específicos. O texto contido na minuta da lei está transcrito abaixo:

Para Planos de Contingência é obrigatório o seguinte:

9 Os Planos de Contingência devem ser identificados e possuir data de


emissão e número da revisão;

9 Devem ser cadastrados no Corpo de Bombeiros da área de articulação onde


a empresa estiver localizada;

9 Descrição do cenário considerado, abrangência e respectivos impactos;

9 Ações a serem adotadas como conseqüência da emergência, inclusive com


o envolvimento da população do entorno do empreendimento (se
aplicável);

9 Deverão ser previstos os recursos humanos e materiais para a devida


garantia do controle das emergências de acordo com o potencial de risco
em função dos produtos perigosos envolvidos;

9 Programa de treinamento (teórico e prático) do Plano de Contingência;

9 Nome e assinatura dos responsáveis pela emissão e atualização do Plano de


Contingência.

Podem ser percebidas neste documento a utilização do termo Plano de Contingência


ao invés do termo utilizado nos documentos da FEPAM e CETESB como Planos de Ação de
Emergência e a obrigatoriedade de cadastramento no Corpo de Bombeiros da localidade da
empresa, um fato importante que já permite um maior envolvimento do poder público no
tocante a esta questão.
54

A minuta do PGR do IAP estabelece que o empreendimento “deve implantar e manter


uma organização de emergência e isto com o objetivo de dominar e minimizar as possíveis
emergências, oriundas de sua atividade” estabelecendo os requisitos mínimos desta
organização. A composição do plano está transcrita abaixo:

Para Planos de Contingência é obrigatório o seguinte:

9 Os Planos de Contingência devem ser identificadas e possuir data de


emissão e numero da revisão;

9 Descrição do cenário considerado, abrangência e respectivos impactos;

9 Ações à serem tomadas como conseqüência da emergência, inclusive


com o envolvimento da população do entorno do empreendimento (se
aplicável);

9 Recursos humanos e materiais disponíveis;

9 Planos de ação (ação , responsável e prazo) para melhorias;

9 Programa de treinamento (teórico e prático) do Plano de Contingência;

9 Nome e assinatura dos responsáveis pela emissão e atualização do Plano


de Contingência.

No estado do Rio de Janeiro a FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio


Ambiente informa em sua página (http://www.feema.rj.gov.br/analise_risco.htm) que estão
em fase final de aprovação os seguintes documentos abordando a Análise de Risco:

9 Manual de Orientação de Análise de Risco;


9 Exigibilidade de verificação quanto ao risco para a comunidade;

9 Instruções Técnicas para Apresentação de Análise de Risco.

No documento Instruções Técnicas para Apresentação de Análise de Risco existe uma


classificação em Nível de Risco Preliminar e o texto abaixo aborda a questão do planejamento
de emergência:

Dependendo dos impactos que essas atividades podem causar à população


e ao meio ambiente, há dois tipos de planos: Plano de Contingência e Plano
de Ação para Emergência. O primeiro, Plano de Contingência, detalha a
ação conjunta dos órgãos públicos e empresas privadas em caso de
emergência de grande porte. O Plano de Ação para Emergência é exigido
55

das atividades cujo nível de risco definido pela Análise de Risco seja igual
a 3 ou 4; nele é detalhada a ação interna de uma empresa em caso de
emergência.

Pode ser percebido que a FEEMA estabelece uma distinção clara entre Plano de
Emergência e Plano de Contingência sendo que o controle de incidentes que exijam ação
conjunta de órgãos públicos e privados são tratados dentro do conceito de Contingência e as
atividades da empresa dentro do plano de emergência.

No estudo elaborado pelo Laboratório Interdisciplinar de Meio ambiente da


COPPE/UFRJ, um estudo do termo de referência da FEEMA mostra que a identificação dos
cenários deve utilizar a Análise Preliminar de Perigos (APP) podendo ser auxiliada por outros
instrumentos com análise histórica (LIMA, 2001).

No estado de Minas Gerais a Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM)


estabelece um Programa de Gerenciamento de Riscos com metodologia semelhante à da
CETESB. A Fundação foi consultada e informou (Anexo B) que o licenciamento naquele
estado apresentou uma inovação ao introduzir a dimensão do risco social. Na renovação da
licença de operação da REGAP, em 11/11/2000, foram introduzidos pela primeira vez no
Brasil os preceitos da OIT 174 (artigos 16 e 17).

Nos estados do Amazonas e do Ceará, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas


(IPAAM) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará – (SEMACE) efetuam
exigências de apresentação de análise de risco para obtenção das licenças dentro de uma série
de outras exigências, porém não existe um manual ou padrão que contenha a estrutura ou
requisitos para o planejamento de emergência.

No estado da Bahia, o Centro de Recursos Ambientais (CRA) estabelece requisitos de


gerenciamento de risco para fins de licenciamento. Destaque deve ser feito ao Projeto Appolo
2 (2000) que foi exigência definida através do Conselho Estadual de Proteção ao Meio
Ambiente (CEPRAM) que emitiu a Resolução nº 2113 de 22 de outubro de 1999 com
exigências para o licenciamento do Complexo Básico do Pólo Petroquímico de Camaçari
incluindo o Mapeamento de Riscos, conforme Termo de Referência (CRA, 2000). O Projeto
estabelece diversos requisitos com relação ao gerenciamento de riscos incluindo, por
56

exemplo, exigências de treinamentos básicos e avançados em Análise de Risco. No item que


aborda a área de Planejamento de Emergência está estabelecido que “A empresa deverá
elaborar um plano integrado de planos e procedimentos de emergências considerando, dentre
outros pontos, os cenários abordados nas análises de risco de processo”.

2.2.3 Os Sistemas de Gestão

Existe uma tendência, observada em organizações brasileiras de grande porte e com


alto risco envolvido em suas operações, de buscar a implantação de sistemas de gestão com
certificação reconhecida internacionalmente, como, por exemplo, as normas ISO 9000, ISO
14001 e OHSAS 18001. É oportuno verificar que aspectos destes sistemas de gestão afetam o
planejamento de emergência e a identificação de cenários acidentais nas refinarias brasileiras.

Os sistemas de gestão de saúde e segurança permitem a uma organização controlar


seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhorar seu desempenho (OHSAS 18001,
1999). A BS 8800 tem como objetivo aprimorar o desempenho das organizações em matéria
de saúde e segurança, fornecendo orientação quanto à maneira pela qual o seu gerenciamento
deve ser integrado com a administração de outros aspectos do desempenho da empresa. A ISO
14001 (1996) estabelece sistemas de gestão ambiental que atendam às necessidades de um
vasto conjunto de partes interessadas e às crescentes necessidades da sociedade sobre
proteção ambiental.

As diretrizes estabelecidas por estas normas permitem uma certificação por órgãos
privados ou públicos de que possuem sistemas de gestão adequados. Essa certificação passa a
ser atestado de credibilidade para a empresa, em função de qual organismo efetuou a
certificação.

O sistema de gestão bem aplicado em relação a questões de meio ambiente e de


segurança e saúde ocupacional vem ao encontro dos princípios de desenvolvimento
sustentável, que em última análise é o modo de desenvolvimento que não esgota os recursos
para as gerações vindouras. Isso implica em políticas de renovação de recursos, de tratamento
de efluentes e outras, que têm por característica evitar degradação ao ambiente em torno do
empreendimento.
57

Um planejamento de emergência busca, justamente, minimizar os danos ao entorno da


empresa quando houver um acidente de proporções, sendo esta a razão pela qual esse assunto
deve ser contemplado nas diretrizes de sistemas de gestão.

A norma OHSAS 18001 (1999) – Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde


Ocupacional – Especificação –, estabelece, em seu item 4.4.7, que:

A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para


identificar o potencial e atender a incidentes e situações de emergência,
bem como para prevenir e reduzir as possíveis doenças e lesões que
possam estar associadas a eles.

A organização deve analisar criticamente seus planos e procedimentos de


preparação e atendimento a emergências, em particular após a ocorrência
de incidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos,


onde exeqüível.

O tratamento a emergências, pela norma OHSAS 18001, faz parte do assunto


“operação”, assumindo um caráter mais personalizado. A norma OHSAS 18001 não define
mais detalhes de como deve ser um planejamento de emergência, pois se propõe tão somente
a indicar diretrizes gerais.

Por outro lado, a norma OHSAS 18002, de 2000 – Sistemas de Gestão da Segurança e
Saúde Ocupacional – Diretrizes para a implementação da OHSAS 18001 –, estabelece,
também em seu item 4.4.7, uma série de diretrizes mais detalhadas sobre o que o
planejamento de emergência deveria conter. Chama a atenção o fato da norma subdividir o
planejamento de emergência em duas áreas, uma chamada de “plano de emergência” e outra
chamada de “equipamentos de emergência”.

Sucintamente, o plano de emergência é apresentado como composto por um conjunto


ordenado de uma série de procedimentos, informações e vias de comunicação, elementos
estes citados no item 4.4.7.1, conforme mostrado abaixo:

É recomendado que o(s) plano(s) de emergência descreva(m) em linhas


gerais as medidas a serem tomadas quando surgirem as situações
especificadas, e inclua(m) o seguinte:
58

9 identificação de acidentes e emergências potenciais;

9 identificação da pessoa que ficará como responsável durante a emergência;

9 detalhes das ações a serem desenvolvidas pelo pessoal durante a


emergência, incluindo as medidas a serem tomadas por pessoas externas
que se encontram no local da emergência como, por exemplo, contratados
ou visitantes (ex.: pode-se solicitar aos contratados e visitantes que se
movam para pontos de encontro específicos);

9 responsabilidade, autoridade e obrigações do pessoal com funções


específicas durante a emergência (ex.: chefe de bombeiros, equipe de
primeiros socorros, especialistas em vazamentos nucleares/tóxicos);

9 procedimentos de evacuação;

9 identificação e localização de materiais perigosos e medidas de emergência


necessárias;

9 interligação com serviços externos de emergência;

9 comunicação com organismos oficiais;

9 comunicação com os vizinhos e com o público;

9 proteção de registros e equipamentos críticos;

9 disponibilidade das informações necessárias durante a emergência como,


por exemplo: arranjo físico da planta, dados de materiais perigosos,
procedimentos, instruções de trabalho e telefones de contato.

É recomendado que o envolvimento de órgãos externos no planejamento e


atendimento a emergências seja claramente documentado. É recomendado
que tais órgãos sejam informados sobre as possíveis circunstâncias de seu
envolvimento e que recebam essas informações, se assim desejarem, a fim
de facilitar seu envolvimento nas atividades de atendimento.

Por outro lado, os equipamentos de emergência serão aqueles previstos no


planejamento como um todo como passíveis de uso em caso de emergência, cuja necessidade
deve ser apurada e fornecida a quantidade adequada, bem como deve ser estabelecido um
sistema de testes. Neste item, a norma fornece exemplos de equipamentos, tais como sistemas
de alarme, meios de saída, etc., mas não estabelece obrigatoriedade de determinado
equipamento.

A OHSAS encara um planejamento de emergência de forma diferente do estabelecido


na legislação: subdivide o planejamento em plano, que é basicamente um conjunto de
procedimentos, e em equipamentos necessários, definidos em função dos procedimentos. O
plano a que se refere é bastante amplo, vindo a se envolver com uma série de aspectos
59

externos, similar a um plano de contingência. Em comparação com o estabelecido na


legislação brasileira, se observa que o aspecto de plano de emergência engloba equipamentos
e procedimentos locais, e plano de contingência abrange os planos de emergência
complementando-os com procedimentos e recursos especiais de forma a consolidar padrões
de atendimento de modo mais completo e integrado em uma área maior.

A norma NBR ISO 14001 (1996) – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e


Diretrizes para Uso – foi editada antes da Norma OHSAS 18001, e definiu o texto que foi
adotado para as especificações básicas de planos de emergência, com enfoque na questão
ambiental. Assim, o item 4.4.7 da norma ISO 14001 define que:

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar o


potencial e atender a acidentes e situações de emergência, bem como para
prevenir e mitigar os impactos ambientais que possam estar associados a
eles.

A organização deve analisar e revisar, onde necessários, seus


procedimentos de preparação e atendimento a emergências, em particular
após ocorrência de acidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos,


onde exeqüível.

Como se observa, o texto da norma OHSAS 18001 foi adaptado do texto da NBR ISO
14001 modificado em alguns pontos devido a questões de terminologia: “acidentes” passaram
a ser mencionados como “incidentes”, de forma a se tentar deixar o termo mais genérico, e os
danos a serem evitados passaram a ser “doenças e lesões” ao invés de “impactos ambientais”
que seriam prevenidos e/ou mitigados.

A norma NBR ISO 14004 (1996) – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais
sobre Princípios, Sistemas e Técnicas de Apoio – em seu item 4.3.3.4 define parâmetros para
planejamento de emergências ambientais. Neste caso, o planejamento de emergência é
considerado somente como o plano, conjunto de procedimentos, sem mencionar a questão dos
recursos e dos equipamentos. Fornece ainda uma lista, como auxílio prático, de componentes
que devem constar do plano. O enfoque do plano de emergência, neste caso, é o de um plano
de contingência conforme definido pela legislação brasileira.
60

A norma BS 8800 (1996) – Guia para Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde


Ocupacional –, foi editada também antes da Norma OHSAS 18001, e em seu item 4.3.7 –
Preparação e Resposta a Emergências – define que: “Uma organização deve tomar
providências para estabelecer planos de contingências em emergências previsíveis e
minimizar os seus efeitos.”

Observa-se que neste caso também há uma incerteza quanto à terminologia, remetendo
ao conceito empregado nas normas ISO, por tratar indistintamente plano de emergência e
plano de contingência. No entanto, na norma BS 8800 menciona-se que a tomada de decisões
é feita em uma análise baseada em risco (Risk-Based Decision Making), que propõe aplicar
uma metodologia definida e padronizada à tarefa de identificação dos riscos das instalações,
com reflexos na elaboração de procedimentos de emergência estabelecendo neste caso uma
metodologia a ser utilizada no estabelecimento de cenários que deverão ser considerados para
elaboração de um plano de emergência.

As publicações API 9100A e 9100B (1998) orientam a adoção de sistema modelo de


gestão ambiental, de saúde e segurança. É enfatizado que a adoção do sistema proposto é
voluntária, e tem por objetivo desenvolver um sistema de gestão ou aperfeiçoar um já
existente.

A publicação API 9100A, intitulada “Sistema Modelo de Gestão Ambiental, de Saúde


e Segurança (EHS)”, descreve quais os objetivos da adoção do sistema proposto, quais devem
ser os elementos constitutivos dos sistemas e quais são as expectativas. Uma dessas
expectativas, definida no item 3.9.2 da publicação, é a pronta resposta a emergências por meio
de um sistema organizado:

Há um sistema implantado para resposta em emergência e administração


de crise para cada instalação, o que inclui planos documentados,
atualizados, acessíveis, disseminados e compreendidos. Os planos
incluem: estrutura organizacional, responsabilidades, autoridades e
procedimentos para comunicações internas e externas; acesso ao pessoal,
recursos de equipamentos; informações de segurança, saúde e meio
ambiente; e o entrosamento com outras organizações de resposta em
emergência da comunidade e da companhia.
61

Sendo um documento referente a diretrizes gerais, não se aprofunda nos itens que
devem fazer parte de um plano de emergência, mas orienta sua confecção.

Na publicação API 9100B, intitulada “Documento de Orientação para o Sistema


Modelo de Gestão Ambiental, de Saúde e Segurança (EHS)”, a resposta a emergências é
considerada uma ação de suporte e são dadas mais orientações sobre sua elaboração, no item
2.3.4:

Devem ser estabelecidos planos e procedimentos para assegurar resposta


correta a incidentes inesperados, decorrentes de operações anormais,
acidentes ou outras potenciais situações de emergência. Quando
apropriado, os planos devem abordar ferimentos imediatos e de longo
prazo a pessoas, seja no local da instalação ou fora dele; danos a
equipamentos; liberações químicas acidentais para a atmosfera, água ou
terreno; e os efeitos específicos ambientais ou sobre o ecossistema
oriundos de liberações acidentais.

Nesse mesmo item a publicação fornece um “Auxílio Prático”:

Os planos de emergência tipicamente incluem a organização e


responsabilidades nestas situações; uma lista do pessoal mais importante e
como chegar a ele; uma lista de serviços de emergência e como obtê-los;
planos de comunicações internas e externas; ações a serem adotadas no
caso de tipos diferentes de emergência; informações sobre materiais
perigosos; planos de treinamento; e um programa para testar a eficácia do
plano pela condução de exercícios.

Na publicação API 1628B, de julho de 1996, está estabelecido que a técnica “Risk-
Based Decision Making” é aplicável tanto a medidas quanto a materiais utilizados para
remediação de acidentes envolvendo liberação de hidrocarbonetos favorecendo a proteção da
saúde e do meio ambiente e facilitando o combate apropriado. A publicação não se refere
diretamente a planejamento de emergência, mas este é contemplado pelo foco da sua
aplicação, e assim considera-se que essa técnica influi em sua elaboração.

O API, não obstante, desenvolveu procedimentos específicos para permitir um


adequado planejamento de emergências. Exemplo disso é a publicação “Management of
Atmospheric Storage Tank Fires”, API Recommended Practice n° 2021, quarta edição, de
maio de 2001.
62

A ABIQUIM, através de seu programa “Atuação Responsável”, emitiu, em agosto


de 2002, uma série de recomendações visando à implantação da sistemática da Convenção
OIT 174 nas indústrias químicas. Assim, refere Códigos de Práticas Gerenciais que devem ser
adaptados de forma a atenderem à Convenção. Dentre os seis Códigos citados, um deles
mereceu atenção especial: o Código de Diálogo com a Comunidade e Preparação e
Atendimento a Emergências – DCPAE – que tem seus objetivos descritos no item II.2.B:

A finalidade do Código é de assegurar um preparo adequado para situações


de emergências, e para que a comunidade esteja informada sobre as
operações e riscos existentes nas unidades. Um dos componentes principais
do Código é a garantia de que cada instalação industrial possua um
programa implantado que responda rápida e precisamente a qualquer tipo
de emergência, de forma a auxiliar na proteção dos funcionários e da
comunidade. Outro componente é que as empresas iniciem e mantenham
um programa de efetiva comunicação com a comunidade, de forma a
responder a toda e qualquer preocupação que essa possa ter sobre
segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

A finalidade da publicação foi avaliar a situação nacional sob a perspectiva da


Convenção 174 e propor diretrizes para sua efetiva implantação. No que tange a planos de
emergência, referiu-se ao fato de já existirem PAE – Planos de Atendimento a Emergências –
em todas as indústrias associadas à ABIQUIM, muito embora várias regiões não possuíssem
ainda planos de atividades quando fossem exigidas ações extra-muros. Referiu-se a que todos
os Pólos Petroquímicos dispõem de organizações como PAM – Plano de Auxílio Mútuo; PCI
– Plano Comunitário Integrado; APELL – Awareness and Preparedness for Emergency at
Local Level; RINEM – Rede Integrada de Emergências; PCP – Plano de Contingência do
Pólo; e outras denominações similares, bem como alguns pólos industriais e localidades com
alta concentração de indústrias também dispõem de organizações no formato PAM. Conclui a
avaliação referente a atendimento a emergências declarando que a indústria química já vem
assumindo atitudes em relação a acidentes maiores.

Os sistemas de gestão aplicados em refinarias brasileiras, bem como a Atuação


Responsável das Indústrias Químicas, estabelecem a necessidade de identificar os perigos e
adotar medidas para o controle de situações de emergência. O critério a ser adotado para esta
identificação e a quantidade de planos de emergência e sua estruturação é flexível e deve ser
definido pelas próprias refinarias.
63

2.2.4 Critérios na Seleção de Cenários Acidentais

A abordagem efetuada nas regulamentações permite verificar que as leis brasileiras


começam a estabelecer critérios importantes para definição de cenários acidentais. Exemplo
disso é o cenário de derramamento de óleo. Os critérios utilizados para elaboração de um
Plano de Emergência para derrame de óleo vêm sendo adotados pelas refinarias apesar dessas
unidades não estarem obrigadas por lei a cumprir esta legislação. Os sistemas de gestão
implementados pelas refinarias, como pode ser verificado acima, exigiram diversas questões
relativas ao planejamento de emergência e o licenciamento para operação das unidades vem
demandando diversos aspectos relativos à elaboração de Planos de Emergência. Verifica-se
que existem algumas diferenças na terminologia que certamente serão melhor entendidas com
a implementação da nova legislação que vem sendo elaborada tratando de aspectos relativos
ao planejamento de emergência que, conforme foi verificado, é algo recente no Brasil.

Um planejador de emergências necessita ter consciência que o planejamento de


emergência é um processo contínuo, cíclico, iniciando com a prevenção e incluindo a
prontidão, a resposta e a recuperação (CCPS, 1995) que pode ser representado conforme a
Figura 8.

Figura 8 - Quatro fases do gerenciamento de emergência.


Fonte: CCPS, 1995

“Instalações que conduzem de forma apropriada uma análise dos perigos do processo
podem encontrar um número grande de cenários de incidentes potenciais” (CCPS, 1995) e
certamente a priorização dos cenários se torna importante para o planejador. “Geralmente é
64

reconhecido que é impossível identificar todas causas possíveis, eventos intermediários e


conseqüências finais de cenários de incidentes potenciais” (CCPS, 1995).

A CCPS considera que existem vários métodos para selecionar cenários que devem ser
considerados no planejamento de emergência que variam de técnicas informais a análises
formais de risco de processo. Em seu guideline estão relacionadas as seguintes técnicas:

9 Levantamento informal por especialistas Æ são levantamentos informais efetuados por


especialistas familiarizados com o projeto da planta, operação, manutenção do processo,
devendo incluir no mínimo uma pessoa com experiência em planejamento de emergência.
Relaciona requisitos necessários para desenvolvimento do trabalho e sugere a técnica de
“brainstorming” para definição dos cenários a serem considerados. Apresenta uma tabela
com causas genéricas para incidentes de perda de contenção

9 Levantamento do perigo para apoiar o planejamento de emergência Æ são levantamentos


tipicamente conduzidos por um grupo de participantes com uma gama de experiência e
conhecimento incluindo engenharia, operação de área, supervisão da operação,
manutenção, resposta de emergência e um líder com experiência na análise de riscos do
processo. Os levantamentos são similares às técnicas de análise de risco de processo sendo
que, no entanto, neste caso o número de cenários documentado será menor que o obtido na
análise de risco de processo e aponta como vantagem uma melhor identificação de
cenários mais complexos com a incorporação de análise de risco;

9 Análise de Riscos do Processo para Apoiar o Planejamento de Emergência Æ neste caso a


base para o planejamento de emergência utiliza técnicas utilizadas para identificar
incidentes tais como: Análise de “Caso Se” (“What If Analysis” – WIA), Estudo do Risco
e Operabilidade (HAZOP) e Análise dos Modos de Falha e Efeitos (“Failure Modes and
Effects Analysis” - FMEA)

A priorização ocorre após se executar uma relação de todos os cenários passando a


seleção de um número limitado. A análise deve ser efetuada no sentido de permitir o
planejamento de emergência identificando um grupo de incidentes representativos dos:

9 Vários tipos de perigos.

9 Limites superiores da gravidade de conseqüências e do impacto final.


65

9 Limites superiores de risco.

A CCPS apresenta uma representação da seleção de incidentes que é transcrita na


Figura 9.

NOTAS
(1) Aborda um número infinito de possíveis incidentes de várias proporções.
(2) Obtido por alguma(s) forma(s) de análise de risco inclusive listas de verificações, “caso se” , etc.
(3) Remoção de incidentes com poucas conseqüências.
(4) Combina incidentes similares, especialmente aqueles com conseqüências similares.
(5) A lista da qual os incidentes serão selecionados para o estudo de planejamento de emergência (ou
avaliação do risco). Com base na lista condensada, é obtida por agrupamento de incidentes em
subconjuntos onde estão envolvidos materiais similares e/ou características de derramamento.
(6) Esta é a lista de subconjuntos representativos de incidentes a serem considerados.
(7) No grupo limite estão os incidentes do conjunto representativo que têm as maiores conseqüências.

Figura 9 – Representação da Seleção de Incidentes


Fonte: CCPS, 1995

A classificação de incidentes segundo a CCPS deve ser efetuada com base nas
seguintes considerações:

9 Incidentes com efeito localizado (cheiro fora da refinaria, por exemplo);

9 Incidentes grandes prováveis de ocorrer Æ os que tenham ocorrido durante a vida


da planta são mais importantes para o planejamento de emergência;

9 Piores incidentes com conseqüências catastróficas com uma freqüência muito


baixa Æ estes incidentes devem ser seriamente considerados, pois podem exceder os
recursos da organização.
66

As medidas para selecionar incidentes definidas pela CCPS são (tradução do


pesquisador):

1. Eliminar incidentes localizados que não requerem mobilização da equipe de


resposta de emergência.

2. Consolidar incidentes remanescentes redundantes ou muito similares que têm


composição, estoques, taxas de descarga, locais de descarga e tipos adequados
de ações de resposta de emergência similares.

3. Selecionar um incidente de pior caso e de maior conseqüência digno de


crédito e um incidente grande de maior probabilidade para representar cada
grupo consolidado.

Com relação ao número de cenários a serem considerados, foi traduzido o


entendimento da CCPS (1995):

Geralmente, estes incluirão até dez tipos de incidentes que refletem a gama
de perigos, estratégias, equipamentos, técnicas e escala de operações que
serão encontrados na maioria dos incidentes. Inclusive um grande número
de incidentes pode prejudicar a capacidade de uso do plano de emergência
e a eficiência dos treinamentos e exercícios.

A Federal Emergency Management Agency (FEMA), agência do governo americano


para gerenciamento de emergência, em seu Emergency Management Guide For Business &
Industry (2002), num guia elaborado para auxiliar a elaboração de planejamentos de
emergência para qualquer tipo de indústria, define que para o estabelecimento dos cenários
acidentais deve-se inicialmente relacionar todas as emergências que podem afetar a empresa.
O grupo de planejamento deve considerar questões internas e externas à empresa bem como
análise histórica (incidentes ocorridos na empresa ou fora dela), questões tecnológicas (falhas
de processo e de sistemas tais com falta de resfriamento), erros humanos (fadiga, pouco
treinamento por exemplo), meios físicos (aspectos relativos ao tipo de construção, raios entre
outros) e os aspectos definidos na legislação. É citado como exemplo um levantamento
efetuado para um banco que concluiu ser catastrófico um incêndio na sala de computadores.
67

A lista posteriormente é colocada em uma planilha, de forma a ser elaborada uma


priorização dos cenários acidentais identificados. Os critérios e o tipo de planilha estão
apresentados na Figura 10, traduzida pelo Autor.

Figura 10 – Priorização de cenários para planejamento de emergências


Fonte: FEMA, 2002

Duarte (2002) considera dois casos distintos para seleção de cenários que servirão de
base para a elaboração de planejamento de emergências:

9 Caso A Æ quando existe um documento de análise de risco – A análise de risco


servirá para selecionar os cenários obedecendo aos seguintes critérios:

9 Escolha de um cenário de cada tipo de acidente potencial contido na análise


de risco;

9 Avaliação dos diversos locais onde os acidentes podem ocorrer – neste


sentido pode ser afirmado que, em muitas situações, as análises de risco
carecem de identificação clara do local do acidente;

9 Capacidade de resposta aos acidentes nos diversos horários – como citado


anteriormente, existem avaliações de risco que não detalham o horário da
ocorrência;

9 Utilização do espaço vulnerável para definir áreas seguras, rotas de fuga


evacuação e abrigagem – este aspecto pode ser considerado quando existe
uma análise completa, que é a abordagem efetuada; porém nem sempre
existe uma quantificação dos riscos;

9 Avaliação da possibilidade de agravamento – esta é uma situação que deve


ser considerada no planejamento de emergência, mas que normalmente não
68

está contemplada na análise de riscos. Neste sentido é apresentada uma


metodologia para consideração de cenários agravados.

9 Caso B – Não existe documento formal de análise de risco – São definidas etapas
a serem utilizadas na definição dos cenários acidentais sendo semelhante ao
processo formulado pela CCPS. Uma planilha é apresentada bem como exemplo
de um cenário selecionado. Os critérios para seleção são semelhantes aos
utilizados quando existe uma análise de risco.

Não são definidas formas de priorização. No entanto as ferramentas propostas


permitem que esta priorização seja efetuada, pois as planilhas apresentadas, após preenchidas,
certamente facilitam a visualização dos cenários de maior importância.

2.3 AÇÕES GENÉRICAS

Pesquisas efetuadas pelo Centro de Pesquisa de Desastres (Disaster Research Center –


DRC) durante mais de quatro décadas, conduzidas por inúmeros pesquisadores, levaram à
conclusão de que desastres naturais e tecnológicos, essencialmente, não apresentam
diferenças significativas; Quarantelli (2000). A boa gestão de um desastre pode ser avaliada,
segundo os pesquisadores do DRC, através de 10 critérios transcritos abaixo:

9 Reconhecer corretamente a diferença entre necessidades e demandas


geradas pelo agente de reação;
9 Empreender as funções genéricas de forma adequada;
9 Mobilizar pessoal e recursos de forma eficiente;
9 Envolver delegação de tarefas e divisão do trabalho apropriadas;
9 Permitir o processamento de informações adequado;
9 Permitir o exercício adequado de tomada de decisão;
9 Enfatizar o desenvolvimento da coordenação como um todo;
9 Misturar os aspectos emergentes com aqueles estabelecidos;
9 Prover um sistema de comunicação de massa com informações
adequadas;
9 Ter um centro de operações de emergência (EOC – Emergency
Operations Center) que funcione bem;
69

Como o desenvolvimento adequado das funções genéricas durante uma emergência é


necessário para boa gestão do controle de uma emergência, considera-se fundamental definir
claramente estas funções no planejamento da emergência.

As ações genéricas são divididas, de acordo com Quarantelli (apud PERRY, 2000), em
6 enquadramentos, a saber: alerta; evacuação; abrigo; assistência médica de emergência;
busca e resgate e proteção da propriedade.

As funções genéricas são ações ou atividades que podem ser úteis em


diversos eventos desastrosos. A evacuação, por exemplo, será necessária em
inundações, furacões, erupções vulcânicas, acidentes em fábricas de energia
nuclear ou acidentes com materiais perigosos. As funções genéricas são
desenvolvidas e planejadas na fase anterior ao impacto ‘embora algumas
decisões tenham que ser adaptada às demandas da situação
(QUARANTELLI apud PERRY, 2000).

Duarte (2002) ao abordar a importância da existência, nos planos de emergência, de


ações a serem desempenhadas pelos diversos participantes, elenca uma série de ações,
dividindo as mesmas entre os diversos grupos que atuam no processo de controle de
emergência. São apontadas as ações a serem tomadas, quando ocorrer uma emergência, por
operadores, pessoal da área de segurança industrial, da área de socorro médico, de gerentes e
pessoal administrativo e de diretores e superintendentes. Entende, conforme a corrente mais
moderna de pensamento, que cada pessoa dentro da organização tem um papel a desempenhar
na ocorrência de uma emergência, dentro de sua posição na organização, bem como suas
habilidades e competências organizacionais. Essas ações estão relatadas abaixo, sendo muitas
delas deflagradas logo após o acionamento do sinal de alarme.

OPERADORES:

9 Cortar corrente elétrica de áreas com risco de explosão;


9 Fazer paradas de emergência em equipamentos;
9 Despressurizar sistemas;
9 Interromper bombeamentos;
9 Bloquear fluxos indesejáveis;
9 Fazer circular vapor em equipamentos ameaçados;
70

9 Acionar os equipamentos de combate a incêndio e resfriamento


instalados na área;
9 Deslocar veículos das áreas sinistradas.

SEGURANÇA INDUSTRIAL:
9 Mobilizar os recursos humanos e materiais necessários;
9 Estabelecer o centro local de controle do acidente;
9 Buscar, resgatar e remover vítimas;
9 Implementar ações de controle dos efeitos locais, fazendo uso dos
equipamentos adequados;
9 Implementar ações para prevenir a ampliação do acidente, tais como
conter espalhamento dos derramamentos e usar neblinas d’água para
impedir que nuvens de gás inflamável atinjam fontes de ignição;
9 Isolar a área;
9 Controlar o tráfego interno;
9 Orientar a evacuação de áreas internas;
9 Orientar o posicionamento da equipe de socorro médico e de suas
respectivas viaturas de apoio;
9 Manter o fluxo de informações aos demais níveis do controle de
emergência;
9 Manter o suprimento de materiais e equipamentos durante o controle
do acidente;
9 Orientar o trânsito de pessoas nas áreas próximas ao acidente.

EQUIPES DE SOCORRO MÉDICO:


9 Deslocar-se para as proximidades do acidente, conforme a orientação
recebida;
9 Estabelecer posto de atendimento avançado;
9 No caso de múltiplas vítimas, proceder à seleção das prioridades de
atendimento;
9 Prestar socorro médico compatível com os recursos disponíveis no
posto de atendimento avançado e no centro de atendimento médico;
9 Encaminhar vítimas graves a atendimento hospitalar;
71

9 Manter contato com as unidades hospitalares receptoras, a fim de


fornecer informações sobre vítimas encaminhadas;
9 Identificar e encaminhar vítimas fatais para locais apropriados;
9 Manter o fluxo de informações aos demais níveis de controle de
emergência.

GERENTES E FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS


9 Manter contato com as autoridades e órgãos públicos de apoio;
9 Dar auxílio logístico às ações de controle e mitigação,
providenciando recursos materiais específicos ou suprimentos
maiores, para emergências de longa duração;
9 Convocar, em caráter extraordinário, recursos humanos adicionais;
9 Manter contato com os meios de comunicação e representantes das
comunidades vizinhas.

DIRETORES E SUPERINTENDENTES
9 Apresentar as características da ocorrência, os respectivos meios de
controle empregados e a avaliação das conseqüências aos respectivos
elementos:
9 Autoridades dos órgãos de controle específico da atividade;
9 Autoridades dos órgãos públicos responsáveis pelo
licenciamento da instalação e pelo controle do meio ambiente
(municipais, estaduais e federais);
9 Instâncias superiores internas, tais como Conselho de
acionistas e dirigentes do grupo industrial do qual faça parte;
9 Representantes de comunidades vizinhas;
9 Público em geral, através dos meios de comunicação de
massa;
9 Autoridades do poder judiciário, em depoimentos formais.

Ao abordar o papel dos setores envolvidos no atendimento médico de emergência em


acidentes químicos ampliados, Vasconcellos e Gomez (2000) relacionam papéis a serem
desenvolvidos no processo de controle de emergência.
72

O Guidelines for Technical Planning for On-site Emergencies (CCPS, 1995) ressalta
que existem procedimentos comuns em qualquer situação emergencial e que eles devem ser
descritos somente uma vez. A eliminação destas ações redundantes nos diversos planos
melhoram a consistência na resposta a uma emergência. O guia descreve dez funções comuns
para a maioria das empresas: Alerta e Alarme, Comunicação, Coordenação, Evacuação e
Contagem de Pessoal, Procedimentos de Parada de Emergência, Segurança Patrimonial, Plano
de Auxílio Mútuo, Informações para Mídia e Público, Notificações Especiais e Procedimento
de Fatalidade, Elaboração de Relatórios Obrigatórios. O guia também orienta que além destes
procedimentos comuns deverão ser elaboradas ações específicas não contidas no conjunto
relacionado acima para: fogo, vazamento químico, médico e resgate, furacão, tornado e
vendaval, nevasca /tempestade e enchentes. Pode ser percebida uma orientação clara de não
efetuar repetições de ações semelhantes em todos os planos existentes relacionando nos
planos as ações específicas do cenário definido.

O guia da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA (FEMA,


1996), para o planejamento de emergências de forma genérica, atribui competências a órgãos
públicos, conforme o papel desses órgãos no atendimento das necessidades públicas. O
planejamento de emergências, para os diversos níveis, contém (ou deve conter) as seguintes
seções:

9 Direção e controle;

9 Comunicações;

9 Aviso;

9 Informação da emergência ao público;

9 Evacuação ou abandono;

9 Atendimento de pessoas;

9 Saúde e atendimento médico;

9 Gerenciamento de recursos.
3 METODOLOGIA

3.1 APRESENTAÇÃO

A metodologia de pesquisa aplicada neste trabalho é essencialmente exploratória e


utiliza as ferramentas de estudo de caso, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, coleta e
análise de dados.

3.2 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE CENÁRIOS E


RELAÇÃO DE AÇÕES GENÉRICAS

A metodologia de trabalho adotada consistiu em duas etapas distintas:

Primeiramente foi realizada pesquisa bibliográfica, seguida de pesquisa de banco de


dados referentes aos planos de emergência das refinarias brasileiras. Foram realizadas
consultas a cada uma das refinarias, envolvendo diretamente os responsáveis da área de
segurança. Foram obtidas informações sobre:

9 Cenários acidentais e ações genéricas existentes nos planos de emergência


e contingência de todas as refinarias brasileiras;

9 Acidentes ocorridos em unidades de refino no mundo inteiro constantes no


Banco de Dados – MHIDAS (2002)

A obtenção dos planos permitiu uma compilação dos cenários acidentais considerados
nestes planos e efetuar a relação de ações genéricas a serem empreendidas na gestão de uma
emergência. A compilação foi efetuada por meio de uma planilha com os cenários acidentais
74

considerados nas diversas refinarias e uma relação de ações genéricas. O resultado desta
compilação está apresentado no Apêndice A. Nas tabelas apresentadas, o termo “ok” indica
que a ação está contemplada no plano.

Foram realizados ainda estudos de acidentes ocorridos em unidades de refino no


mundo inteiro através de dados disponíveis no banco de dados de acidentes - Major Hazard
Incident Data System, (MHIDAS) do Safety and Reliability Directorate (SRD) do Reino
Unido. Foi efetuado o acréscimo de dados referentes a algumas ocorrências nacionais. O
estudo do Banco de Dados, que contêm mais de doze mil registros de dados de acidentes
disponíveis, permitiu estabelecer um conjunto de 533 acidentes ocorridos em refinarias. A
este conjunto incorporam-se mais dez acidentes ocorridos em refinarias brasileiras, elevando
o número para 543 registros de acidentes.

Com base neste universo de dados, buscou-se estabelecer:

9 quais as causas dominantes;

9 em que setores das refinarias os acidentes mais freqüentemente ocorrem;

9 quais os efeitos predominantes.

Os registros de dados do MHIDAS não são completos, de forma que nem todos têm
registro disponível de detalhes que seriam interessantes.

Por exemplo, só foram obtidas informações sobre as causas de acidentes para 247 do
total de 543 registros utilizados. Este estudo, portanto, analisou as causas de 247 acidentes, e
permitiu efetuar uma identificação dos cenários acidentais que ocorreram em unidades de
refino.

Utilizando o resultado da pesquisa efetuada em planos de emergência das unidades de


refino foi possível elaborar uma proposta de cenários acidentais a serem considerados na
elaboração de planos de emergência que possam refletir a gama de perigos, estratégias,
equipamentos, técnica e escala de operações que deverão ser encontrados na maioria dos
incidentes.
75

A proposta elaborada, além das duas pesquisas relacionadas anteriormente, considerou


também os aspectos relativos à legislação brasileira, inicialmente elaborada somente para
derrame de óleo, bem como a experiência do pesquisador nas atividades de gerenciamento de
emergências da Alberto Pasqualini REFAP S/A na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul.

A construção da proposta apresentada pode ser esquematizada através da Figura 11.

Experiência
Profissional
& Pesquisa

Proposta de
Estudo de Cenários Planos das
para Refinarias
Acidentes
Planejamento

Requisitos
Legais

Figura 11 – Esquema simplificado de construção da proposta de cenários


Fonte: Elaborada pelo autor

3.3 COLETA DOS DADOS DOS PLANOS DE EMERGÊNCIA

O parque de refino existente no Brasil é composto de treze refinarias, onze delas


pertencendo ao sistema PETROBRAS (REFAP, REPAR, REPLAN, RECAP, REVAP,
RPBC, REDUC, REGAP, RLAM, LUBNOR e REMAN), e as outras duas pertencentes aos
grupos privados Ipiranga, no caso da Refinaria Ipiranga, e REPSOL-YPF, no caso da
Refinaria de Manguinhos. A Alberto Pasqualini REFAP S/A pertence 70% ao sistema
PETROBRAS e 30% à REPSOL-YPF. Todas estas refinarias possuem sistemas de gestão
implantados o que facilita a coleta dos documentos relativos ao planejamento de emergência.
76

A coleta dos planos de contingência e emergência das refinarias da PETROBRAS


ocorreu através de consulta ao sistema interno de documentação, visto o pesquisador ter
acesso a todo o planejamento de emergência de todas unidades de refino da PETROBRAS.

Contato efetuado com gerência da REPSOL/YPF permitiu obter as informações


necessárias da Refinaria de Manguinhos, através da gerência de Segurança e Meio Ambiente
daquela unidade.

A refinaria da Ipiranga forneceu, através da gerência de Segurança e Meio Ambiente,


os documentos de sua unidade localizada na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

O estudo nos Planos de Contingência e Emergência abrangeu a totalidade das


refinarias existentes no território nacional. Foram obtidos no levantamento todos os Planos de
Contingência das refinarias brasileiras, totalizando 13 Planos de Contingência e foram
identificados 146 (cento e quarenta e seis) Planos de Emergência no universo de refinarias
estudadas.

O período de coleta de todos os planos ocorreu de novembro de 2002 a setembro de


2003.

3.4 ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os planos de contingência e emergência obtidos foram analisados e agrupados


segundo os seguintes critérios:

9 Cenários acidentais Æ Todos os planos que continham o mesmo cenário acidental


foram agrupados de forma a identificar a quantidade de cenários que levaram a
constituição de um plano de emergência;

9 Ações genéricas de resposta Æ No caso das refinarias onde as ações são


apresentadas na forma de 5W 1H (metodologia que descreve as ações de
emergência da forma: “O que fazer?”, “Quem faz?”, “Quando faz?”, “Como faz?”,
“Onde faz?” e “Por que faz?”) as diversas questões foram transformadas em uma
77

ação. Constatou-se que cinco refinarias têm seus planos organizados segundo este
modelo.

As ações de resposta genéricas identificadas nos planos foram relacionadas na planilha


do Apêndice A.

Foi assumido, com base na prática desenvolvida em planejamento de emergência de


uma refinaria, um número de 4 (quatro) funções, a fim de relacionar as ações genéricas
identificadas na pesquisa efetuada. Esta forma adotada de organizar reflete o que o
pesquisador entende como as ações mais adequadas no planejamento de emergência de uma
refinaria, principalmente no aspecto de teste destes planos. Essa abordagem facilita o
treinamento, podendo dividí-lo em quatro áreas independentes, isto é, pode-se trabalhar na
simulação somente do resgate médico, por exemplo (plano de emergência médico).

As ações de resposta genéricas obtidas foram, então, relacionadas com cada uma das
quatro seguintes funções genéricas: Coordenação Geral da Emergência, Resgate de Vítimas,
Combate e Controle de Emergência e Isolamento/Evacuação de Área.

A Figura 12 apresenta uma representação das funções genéricas que se assume como
importante para serem agrupadas as ações identificadas nos planos de emergência:

Isolamento e Cordenação
Evacuação de Geral da
Área Emergência

Combate e
Resgate de
Controle de
Vítimas
Emergência

Figura 12 – Funções genéricas assumidas para organizar as ações genéricas


Fonte: Elaborada pelo autor
4 ESTUDO DE CASO

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Neste capítulo, após a apresentação de informações sucintas da área de refino


brasileira, se apresenta o resultado dos estudos de acidentes ocorridos em refinarias no mundo
inteiro e do planejamento de emergência de unidades de refino brasileiras. Este estudo, aliado
à revisão da literatura e à experiência do pesquisador em planejamento de emergência,
possibilitou a apresentação, na seqüência, da proposta de cenários acidentais onde se torna
necessário um planejamento de emergência por parte das refinarias. A Figura 13 apresenta
uma representação esquemática dos aspectos que contribuíram para a elaboração da proposta
de planejamentos a serem efetuados pelas refinarias.
79

Conhecimento Técnico

Experiência Profissional &


Revisão de Literatura

Falha mecânica 75 10 Tanque

Equipamento
Eventos externos 72
Causas

7 Torre
Fatores humanos 54 238 96% 81% 30 5 Permutadores

Planejamento de Emergências
Impacto 29 4 Compressores
Proposta de Planejamento de
Acidentes em Refinarias

Serviço 8 Emergência: 4 Vasos


Petróleo 231
Conseqüência Substância

Nuvem tóxica
7 H2S

combustível
Combustíveis 115 Planejamento Geral
7 Cloro
Hidrocarbonetos 47 460 87% Derrame de Produtos

ou
Formação de Nuvem Tóxica 88% 22 4 Gás Natural
Deriv. Petróleo 40
Incêndio em Tanque 2 Gás Combust.
Gases 27
Parque de GLP 2 Catalisador
Incêndio 200

Vazamento de
Unidades de Processo 10 Petróleo
Explosão 158

Produtos
Tubovia 4 Produtos Quím.
Liberação 77 490 93% Sistemas Elétricos 87% 20 3 Álcool
Vazamento 44 Equipamentos de Processo
2 Nafta
Incêndio Tanque 11
1 DEA+Incêndio
Processo 300
10 Casa Força
Tancagem 105
10 Parque GLP
Área

Área
Transporte 66 526 99% 75% 42 8 Casa de Bomb.
Transferência 52 7 Tubovia
Armazenagem 3 7 Unid. Processo

Derrame de Produtos com


Caldeiras
Produtos Benzeno

Legislação

Figura 13 – Contribuições à proposta: cenários para planejamento de emergência


Fonte: Elaborada pelo autor

O estudo do planejamento de emergência permitiu a elaboração de uma relação de


ações genéricas aplicáveis em qualquer situação de emergência, podendo ser utilizada no
planejamento geral.

4.2 INFORMAÇÕES DA ÁREA DE REFINO BRASILEIRA

A PETROBRAS, com suas onze refinarias, é responsável por 98% do refino de


petróleo no Brasil, sendo os 2% restantes processados pelas refinarias de Manguinhos e
Ipiranga. A Tabela 2 apresenta as principais unidades existentes nas refinarias brasileiras,
permitindo uma visão da complexidade existente nas diferentes refinarias.
80

Tabela 2 – Principais unidades das refinarias brasileiras

MANGUINHOS
IPIRANGA
LUBNOR
REPLAN

REMAN
REDUC

REGAP
REVAP

RECAP
REPAR

REFAP
RLAM

RPBC
Unidade

Destilação X X X X X X X X X X X X X
Craqueamento X X X X X X X X X X X X
Desasfaltação X X X X
Hidrotratamento X X X X X X X
Coque X X
MTBE X X X X
Reforma X X X
Lubrificante X X X
Fonte: LIMA, 2001

Para efetuar o processamento de petróleo, estas unidades constituem-se de um sistema


complexo de tubulações que serve para interligação de um elevado número de equipamentos
tais como: permutadores, vasos, torres, reatores, misturadores, compressores, bombas,
tanques, motores elétricos e sistemas de instrumentação e controle. As unidades normalmente
produzem as utilidades necessárias para sua operação tais como: água, eletricidade, vapor e ar
comprimido.

A PETROBRAS, após o derrame ocorrido na Baía da Guanabara, decidiu que todas


suas unidades deveriam certificar-se em normas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. No
final do ano de 2001 todas as refinarias da PETROBRAS obtiveram a certificação em normas
que tratam da gestão de SMS. A refinaria de Manguinhos detém atualmente a certificação de
qualidade ISO 9001 e a refinaria Ipiranga possui a certificação ISO 14001.

O atual parque de refino receberá elevados investimentos (Plano Plurianual de


Investimentos 2001-2005) da PETROBRAS, buscando atender às crescentes exigências
ambientais com o processamento de petróleos mais pesados e uso de novas tecnologias. Este
aumento implicará, em paralelo, num aumento de acidentes, que é um dos reflexos negativos
deste avanço, com risco de perda de vidas humanas, degradação do meio ambiente e prejuízos
ao patrimônio.
81

4.3 ACIDENTES EM REFINARIAS

4.3.1 Causas Identificadas

A pesquisa efetuada no Banco de Dados MHIDAS (2002), identificou registro de


informações sobre as causas para 247 registros do total de 543 acidentes em refinarias
existentes no banco de dados, ou seja, pouco mais de 45% dos casos. Neste total onde as
causas são conhecidas, as três principais causas são: falha mecânica com 30,36%, eventos
externos com 29,15% e falha humana responsável por 21,86% dos casos. Refinarias são
sistemas complexos com muitos componentes mecânicos; portanto, ter-se como principal
causa identificada a falha mecânica é algo que não surpreende, mas que talvez indique a
importância de um Programa de Gerenciamento de Riscos consistente com reforço nas
questões relativas à manutenção e qualidade de componentes mecânicos. O fator humano que
aparece como terceira maior causa, com mais de 21% dos casos, também possui um
acréscimo significativo com aspectos relativos à disciplina operacional e treinamento
adequado da força de trabalho. Os resultados obtidos na identificação das causas são
apresentados de forma organizada na Tabela 3 e visando fornecer uma melhor visualização
também estão apresentados na forma de torta, na Figura 14.

Tabela 3 – Número de acidentes segundo a causa

Número de
Causa Percentagem
acidentes

Falha mecânica 75 30,36


Eventos externos 72 29,15
Fator humano 54 21,86
Impacto 29 11,74
Serviço 8 3,24
Condições anormais de processo 4 1,62
Instrumentação 3 1,21
Reações descontroladas 2 0,81
Total 247 100
Fonte: MHIDAS, 2002
82

Causas de Acidentes Ocorridos

4 8 2 29

75

72

54

Impacto Eventos Externos Fator Humano


Instrumentação Falha Mecânica Condições Anormais de Processo
Serviço Reações Violentas

Figura 14 – Distribuição dos acidentes segundo a causa


Fonte: MHIDAS (2002)

4.3.2 Substâncias Envolvidas

Foi identificada, entre os 543 acidentes analisados, a existência de informações sobre


as substâncias envolvidas para 527 casos. Na Tabela 4 foram listados os resultados em
número de acidentes ocorridos e as substâncias envolvidas. Foi possível identificar que
acidentes envolvendo petróleo são dominantes, com quase 49% de casos onde o mesmo está
envolvido, seguindo-se os combustíveis com aproximadamente 22% dos casos. Dado que
estes dois componentes estão presentes em larga escala, em refinarias, o resultado é coerente
com as operações de refino.
Tabela 4 - Número de acidentes e respectiva percentagem por substância
Substância Nº de acidentes Percentagem
Petróleo 231 43,83
Combustíveis 115 21,82
Hidrocarbonetos 47 8,92
Derivados do petróleo 40 7,59
Gases 27 5,12
Inorgânicos 26 4,93
Diversos 16 3,04
Solventes 10 1,90
Lubrificantes 10 1,90
Resíduos 5 0,95
Total 527 100
Fonte: MHIDAS, 2002
83

São apresentados, para auxiliar a visualização, os mesmos resultados na Figura 15.

Ocorrência de Acidentes por Substância

16 5 26

115

231

47

10
40
27 10

Inorgânicos Combustíveis Hidrocarbonetos Solventes


Derivados do Petróleo Lubrificantes Gases Petróleo
Diversos Resíduos

Figura 15 - Número de acidentes por tipo de substância


Fonte: MHIDAS, 2002

4.3.3 Tipologia das Conseqüências de Acidentes

A pesquisa também foi realizada para verificação do tipo de conseqüências que


resultaram dos acidentes para os casos onde estes dados estavam disponíveis. As informações
foram identificadas para 525 casos, ou seja, para quase a totalidade. Incêndios aparecem como
o principal tipo de conseqüência de acidentes em refinarias com 38,10% dos casos, explosões
vêm em segundo lugar com 30,10%, ou seja, entre somente estes dois tipos de conseqüências
tem-se quase que 70% dos tipos de cenário de acidente. Dado que em refinarias praticamente
todos os insumos e produtos são líquidos ou gases inflamáveis, os resultados da pesquisa
confirmam algo esperado permitindo afirmar a importância de considerar este fator no
processo de planejamento de emergência de refinarias. Pode ser constatado que o número de
acidentes envolvendo vazamentos responde por oito por cento (8%) do total, mas, no entanto,
acidentes desta natureza normalmente apresentam grande repercussão, como foram os casos
do derrame da Baía da Guanabara e do Paraná. Os dados são apresentados na Tabela 5 e
também na Figura 16, permitindo uma melhor visualização.
84

Tabela 5 - Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência


Conseqüência Nº de acidentes Percentagem
Incêndio 200 38,10
Explosão 158 30,10
Liberação contínua 77 14,67
Vazamento 44 8,38
Incêndio em tanque 11 2,10
Explosão não confinada 10 1,90
Liberação instantânea 7 1,33
Incêndio em nuvem 5 0,95
Explosão confinada 4 0,76
Tocha 4 0,76
BLEVE e incêndio 1 0,19
Explosão nuvem de pó 1 0,19
Bola de fogo 1 0,19
Nuvem de gás 1 0,19
Incêndio em poça 1 0,19
Total 525 100,00
Fonte: MHIDAS, 2002

Ocorrência de Acidentes por Tipo

4 10 5 1 4
1 7 11 11 77
44
1

158
200

BLEVE & Incêndio Explosão Confinada Liberação Contínua


Explosão de Nuvem de Pó Explosão Incêndio
Vazamento Nuvem de Gás Liberação Instantânea
Incêndio em Poça Bola de Fogo Incêndio em Tanque
Tocha Explosão Não Confinada Flash Fire

Figura 16 - Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência


Fonte: MHIDAS, 2002

4.3.4 Caracterização dos Acidentes por Área de Ocorrência

No planejamento de emergência, um aspecto importante a ser considerado é a área


onde existe a ocorrência. Certamente um incêndio em uma unidade de processo exige
estratégias distintas do mesmo incêndio quando ocorrendo em uma tubovia de processo.
85

Dessa forma foram pesquisadas nos relatórios as áreas onde ocorreram os acidentes. Na
Tabela 6 são apresentados os resultados do levantamento obtido para 529 casos de acidentes,
de um total de 541 disponíveis. Pode-se perceber que a área de processo é onde a maior parte
dos acidentes acontece, pois responde por 300 acidentes do total conhecido, ou seja, 56,71%.
Outro aspecto importante é que a área de tancagem responde por 19,85% totalizando nestas
duas áreas mais de três quartos dos acidentes em refinarias. Como já feito anteriormente,
apresentam-se os resultados também através da Figura 17.

Tabela 6 – Acidentes por áreas das refinarias


Área Nº de acidentes Percentagem
Processo 300 56,70
Tancagem 105 19,85
Transporte 66 12,48
Transferência 52 9,83
Armazenagem 3 0,57
Resíduos 3 0,57
Total 529 100
Fonte: MHIDAS, 2002

Ocorrência de Acidentes por Área

3 3
66

52

300

105

Processo Tancagem Transferência Transporte Armazenagem Resíduos

Figura 17 – Acidentes por áreas das refinarias


Fonte: MHIDAS, 2002
86

4.3.5 Acidentes com Feridos e Fatalidades

Evitar a perda de vidas humanas em acidentes é um dos grandes objetivos do


planejamento de emergência e julgou-se importante efetuar a coleta de dados com relação ao
número médio de mortes e de feridos em acidentes em refinarias. Foi obtido um total de 114
registros de acidentes com mortes, uma cifra considerável, pois este número de acidentes com
mortes representa cerca de 25% do total de registros. O número médio de mortes observado
foi de 3,8, uma média que não pode ser considerada baixa e um desvio padrão também alto,
mostrando que há uma variação grande em redor da média. O maior número de mortes
observado foi de 39 mortes. Com relação aos dados disponíveis de feridos em acidentes, tem-
se também um desvio padrão elevado em torno da média que foi de cerca de 15 feridos. Essas
informações estão apresentadas na Tabela 7.

Nº médio de mortes 3,8 Nº médio de feridos 14,8


Desvio padrão 5,8 Desvio padrão 31,4
Máximo 39 Máximo 329
Nº de registros 114 Nº de registros 183
Tabela 7 - Informações de mortos e feridos em acidentes em refinarias
Fonte: MHIDAS, 2002

4.4 PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA DAS REFINARIAS

A pesquisa efetuada permitiu identificar como está estruturado o planejamento de


emergência das refinarias brasileiras. As unidades da PETROBRAS elaboram o seu
Planejamento fundamentado em uma norma específica da empresa desenvolvida para esta
finalidade, fato este que demonstra a importância que esta questão possui para a empresa. Esta
norma permite uma padronização no planejamento de emergência da empresa visto a
inexistência de padronização no Brasil. A Norma N-2644 – Critérios para Elaboração do
Plano de Contingência Local de agosto de 2000 estabelece no item 4.10.2 - Planos de
Emergência o seguinte:

4.10.2.1 Os planos devem ser elaborados para cada hipótese acidental,


podendo ser agrupados de acordo com as similaridades. As hipóteses
acidentais a serem consideradas neste plano são: incêndio, vazamento de
87

produtos químicos, socorro médico, emergências meteorológicas e


naturais, entre outros.

4.10.2.2 Em cada plano devem estar descritas e esquematizadas todas as


ações desencadeadas por cada grupo integrante da OCE, cobrindo as
diversas fases do controle da emergência, desde a detecção do evento até a
avaliação final das operações com emissão do relatório.

Nota: Recomenda-se que seja em forma de fluxograma associado a


planilha no formato 5W e 1H. [Prática Recomendada]

4.10.2.3 Deve estar previsto o desencadeamento de ações para utilização de


recursos externos.

Como pode ser verificado, as refinarias da PETROBRAS possuem um Plano de


Contingência Local e Planos de Emergência específicos. Verificou-se que uma unidade
incorporou ao Plano Local os planos de emergência, exemplo este seguido pela Refinaria de
Manguinhos.

Considerou-se importante este esclarecimento inicial uma vez que o planejamento


elaborado pelas refinarias da PETROBRAS distingue claramente a existência de um Plano de
Contingência Local e Planos de Emergência específicos onde se obteve os cenários acidentais
e as ações de resposta genéricas relacionadas no Apêndice A.

4.4.1 Cenários Acidentais Identificados e Classificação

Os cenários acidentais utilizados como base para o Planejamento de Emergência


identificados na pesquisa efetuada estão relacionados na Tabela 8 onde pode ser verificada em
algumas refinarias a existência de um elevado número de planos específicos de emergência e
em outros um planejamento contido no próprio Plano de Contingência Local.

Tabela 8 – Planejamento de emergências e cenários acidentais das refinarias

Cenário Contido no
A B C D E F G H I J K L M
Plano de Emergência

Vazamento de amônia X X
88

Cenário Contido no
A B C D E F G H I J K L M
Plano de Emergência

Vasos de Blow down X X X

Vazamento/incêndio
X X X X X X X X
casa de bombas

Casa de força,
subestações e X X X X X X X X X X
equipamentos elétricos
Caldeiras X X
Vazamento de
X X
catalisador
Compressores X X X X
Laboratório X X X X
Prédio administrativo X X
Estação de Tratamento
X X X X X
de Despejos Industriais
Fornos X X X
Envolvendo gás natural X X X X
Vazamento de GLP no
parque de X X X X X X X X X X
armazenamento
Permutadores X X X X X
Reatores X X
Vazamento de produtos
X X X X
químicos em rios
Tanques X X X X X X X X X X
Torres X X X X X X X
Transporte Ferroviário X
Transporte rodoviário X X X X
Tubovia X X X X X X X
Unidades de processo X X X X X X X
Vasos X X X X
Vazamento de Álcoois X X X
Vazamento de cloro X X X X X X X
Vazamento de DEA
X
seguido de incêndio
Vazamento de enxofre
X
seguido de incêndio
Vazamento de etano X
Vazamento de gás
X X
combustível
89

Cenário Contido no
A B C D E F G H I J K L M
Plano de Emergência

Vazamento de H2S X X X X X X X
Vazamento de nafta X X
Vazamento de petróleo
X X X X X X X X X X
ou derivados
Vazamento de SO2 X
Vazamento de soda
X
cáustica
Fonte: Elaborada pelo autor

Foi adotada uma classificação dos 34 (trinta e quatro) cenários que determinaram a
elaboração de Planos de Emergência da seguinte forma:

9 Área de Emergência Æ Foi possível verificar que, para um elevado número de


Planos elaborados, a área onde a emergência ocorre foi determinante para
elaboração do Planejamento. Foi constatada a existência de 56 planos de
emergência considerando este requisito para sua elaboração;
9 Equipamento de Processo Æ Foi constatado que este critério para elaboração de
Planos de Emergência foi adotado pelas refinarias em 37 situações;
9 Liberação de Gás Tóxico e/ou Inflamável Æ Ao se agrupar os cenários utilizados
para elaboração de Planos de Emergência em gases tóxicos e inflamáveis se pôde
constatar que esta condição foi utilizada na elaboração de 25 planos;
9 Vazamento de Produtos Líquidos Æ O vazamento de produtos líquidos como
cenário determinante para elaboração de Planos de Emergência foi critério
utilizado em 17 situações;
9 Transporte Æ Se constatou que 5 Planos de Emergência foram elaborados
utilizando cenários de transporte rodoviário e ferroviário. Este reduzido número é
resultado da pesquisa considerar emergências internas (on-site); mas, mesmo
assim, puderam ser identificadas refinarias que possuem planos específicos para
estas ocorrências internas.

A Tabela 9 apresenta um resumo dos planos de emergência identificados na pesquisa


efetuada:
90

Tabela 9 – Número de planos de emergência e sua classificação


Classificação/Cenário Quantidade %
Área de Emergência 56 38%
Equipamento 37 25%
Liberação Gás Tóxico ou Inflamável 25 17%
Vazamento Produtos Líquidos 23 16%
Transporte 5 3%
Total 146 100%
Fonte: Elaborada pelo autor

4.4.2 Cenários por Área de Emergência

Verificou-se que a área onde ocorrem as emergências é considerada um fator


determinante na necessidade identificada pelas refinarias para elaboração de planos de
emergência. Mesmo as refinarias que não dispõem de planos específicos de emergência, isto
é, cujo Planejamento está todo contido dentro do Plano de Contingência, levam bastante em
consideração a área onde as emergências ocorrem. Esse fato já era esperado, visto a
necessidade de estratégias, equipamentos e treinamentos distintos para controle de uma
emergência dependendo do local onde ela se desenvolve. A Tabela 10 apresenta as áreas onde
se verificou uma maior preocupação na elaboração de Planos de Emergência.

Tabela 10 – Número de planos de emergência por área


Área da Emergência Quantidade
Casa de Força/Subestações 10
Parque de GLP 10
Casa de Bombas 8
Tubovia 7
Unidades de Processo 7
Estação de Tratamento Despejo Industrial 5
Laboratório 4
Vasos de Blow Down 3
Prédio administrativo 2
Total 56
Fonte: Elaborada pelo autor

Foi constatado que quase 40% dos planos por área de emergência foram desenvolvidos
para atender a emergências em Parques de Armazenamento de GLP e instalações elétricas e
subestações. Parques de Armazenamento de GLP representam normalmente os cenários de
91

maior alcance em refinarias, o que justifica todas as unidades possuírem planos específicos
para esta área. As subestações e casas de força exigem estratégias e equipamentos distintos e
leva as unidades a desenvolverem planos específicos para estas áreas.

4.4.3 Cenários por Equipamentos

Foi possível identificar que 26% dos planos de emergência elaborados pelas refinarias
foram elaborados a partir de um cenário de emergência em equipamentos específicos. O
cenário que trata de tanques se encontra presente em todas unidades de refino estudadas e é
algo esperado visto que emergências nestes equipamentos, em especial incêndios,
normalmente representam as maiores exigências de recursos tais como Líquido Gerador de
Espuma (LGE), uma elevada quantidade de água e mesmo efetivos e estratégias distintas. As
torres, previsivelmente, se encontram logo a seguir, provavelmente em virtude de suas
grandes alturas, que levam a estratégias e equipamentos e treinamentos distintos. A Tabela 11
apresenta o número de Planos identificados por equipamento.

Tabela 11 – Número de planos de emergência por equipamento


Equipamento Quantidade
Tanques 10
Torres 7
Permutadores 5
Compressores 4
Vasos 4
Fornos 3
Caldeiras 2
Reatores 2
Total 37
Fonte: Elaborada pelo autor

4.4.4 Cenários de Nuvem Tóxica ou Inflamável

Pôde ser identificada a preocupação das refinarias com cenários de nuvens tóxicas, em
especial com cloro e H2S (sulfeto de hidrogênio, gás sulfídrico). As refinarias, para aumentar
a confiabilidade no fornecimento de água e mesmo pelo elevado consumo exigido em suas
unidades, usualmente necessitam dispor de Estações de Tratamento de Água que utilizam
cloro em grandes quantidades. O gás sulfídrico é inerente ao petróleo e normalmente se
92

apresenta em maiores quantidades nas unidades de Recuperação de Enxofre. Em virtude da


elevada toxicidade destes produtos já era de se esperar um elevado número de planos
específicos para estes cenários. A Tabela 12 apresenta o número de planos desenvolvidos para
tratar de cenários envolvendo nuvem tóxica ou inflamável.

Tabela 12 – Número de planos de emergência para nuvem tóxica ou inflamável


Liberação de Gás Tóxico ou Inflamável Quantidade
H2S 7
Cloro 7
Gás Natural 4
Gás Combustível 2
Catalisador 2
Amônia 2
SO2 1
Total 25
Fonte: Elaborada pelo autor

4.4.5 Cenários de Vazamento de Produtos Líquidos

O cenário de derrame de óleo em corpos d’água exigiu a elaboração de planos


específicos de emergência por todas as refinarias. Foi percebido que este cenário vem
recebendo preocupação maior em virtude das grandes ocorrências da Baía da Guanabara e do
Paraná e estão sendo elaborados planos tratando especificamente de vazamento de produtos
químicos. A Tabela 13 apresenta os cenários que levaram as refinarias a elaborar planos
específicos de emergência.

Tabela 13 – Número de planos de emergência para vazamento de produtos líquidos


Vazamento Produtos Líquidos Quantidade
Petróleo 10
Produtos Químicos em Rio 4
Álcool 3
Nafta 2
DEA seguido incêndio 1
Enxofre seguido incêndio 1
Soda Cáustica 1
Etano 1
Total 23
Fonte: Elaborada pelo autor
93

4.4.6 Cenários de Transporte

Como o objeto deste estudo trata de emergências internas (on-site) os acidentes de


transporte não estão incluídos. Se pôde, entretanto, constatar que algumas refinarias elaboram
planos específicos de transporte e a quantidade pode ser verificada na Tabela 14.

Tabela 14 – Número de planos de emergência para transporte


Transporte Quantidade
Rodoviário 4
Ferroviário 1
Total 5
Fonte: Elaborada pelo autor

4.5 AÇÕES GENÉRICAS

A relação de Ações Genéricas obtidas pode ser verificada no Apêndice A para os


Planos de Contingência ou então para os Planos de Emergência pesquisados. Foi identificada
nos documentos pesquisados uma relação de 3.465 ações sendo que 64,2% do total abordam
ações que foram assumidas como de Combate e Controle da Emergência. Esta constatação se
justifica na medida em que são planos específicos desenvolvidos pelas refinarias para tratar
das ações de combate e controle de emergência e mesmo nas três unidades onde estas ações
estão contidas dentro do plano de contingência podem ser identificadas ações típicas de
brigadas que atuam diretamente no combate e no controle. A Tabela 15 apresenta o resumo
das ações obtidas no estudo efetuado.

Tabela 15 – Total das funções genéricas identificadas nos planos


Funções Genéricas Quantidade %
Combate e Controle da Emergência 2225 64,2
Coordenação Geral da Emergência 498 14,4
Resgate de Vítimas 485 14,0
Isolamento e Evacuação de Área 257 7,4
Total 3465 100
Fonte: Elaborada pelo autor
94

4.5.1 Coordenação Geral da Emergência

Todos os planos pesquisados apresentam uma estrutura da coordenação de emergência


que normalmente está relacionada no Plano de Contingência. Foram identificadas ações nos
Planos de Emergência que se assumiu serem típicas de coordenação geral. As ações
identificadas na pesquisa que tratam da coordenação geral são:

9 Acionamento do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) Æ As refinarias normalmente


participam de PAM nas regiões onde atuam. O acionamento em muitas situações pode ser
efetuado pela Organização de Controle de Emergência (OCE).

9 Avaliação do Impacto Ambiental Æ Esta é uma atribuição típica da área de coordenação,


pois normalmente exige especialistas e consultores muitas vezes não disponíveis na região
e em algumas situações até mesmo não disponíveis no país.

9 Comunicação ao Órgão Ambiental Æ As comunicações a órgãos oficiais são importantes,


e atualmente as refinarias devem, também, efetuar comunicação formal à Agência
Nacional do Petróleo (ANP) para os casos definidos na Portaria ANP Nº 03 de 10 de
janeiro de 2003. Seria importante ampliar esta ação contemplando o comunicado à ANP.

9 Comunicação à sede da empresa Æ As refinarias possuem sistemática de comunicação de


emergências para suas sedes, que, em muitos casos, está contida dentro do Plano de
Contingência e em outros documentos específicos para esta finalidade.

9 Acionamento de Corpo de Bombeiros, Polícias Rodoviárias e Militar, Defesa Civil Æ Foi


entendido que o acionamento mais importante deve ser o da Defesa Civil. As refinarias,
em nosso entender, devem atuar de forma a centralizar ações. O acionamento do Corpo de
Bombeiros normalmente é realizado nos casos em que as brigadas internas não
conseguem controlar os incêndios. A maioria das situações é controlada pelos efetivos de
segurança próprios que as refinarias possuem com treinamento específico em cenários que
raramente as unidades de bombeiros atuam.

9 Retorno às atividades normais Æ Esta é uma ação que depende muitas vezes de avaliações
de especialistas que, adicionadas às disponíveis pelas equipes de controle, permitem um
retorno seguro às atividades após uma emergência.
95

9 Disposição final dos resíduos Æ Esta ação muitas vezes não recebe uma atenção especial
dos planejadores de emergência, visto que as refinarias dispõem de sistemas implantados
de gestão de resíduos. Muitas vezes este sistema será insuficiente para atender uma
elevada demanda em virtude de uma emergência sendo que um derrame de óleo é um dos
cenários onde este aspecto é extremamente relevante.

9 Investigação e Elaboração de Relatórios Æ As refinarias dispõem de sistemas


estabelecidos para investigação de acidentes e as próprias corporações estabelecem formas
de conduzir este processo.

Os Planos de Contingência das refinarias estudadas apresentam também ações de


grupos específicos como, por exemplo, área jurídica e financeira que não foram abordados
neste trabalho e que fazem parte das atividades de grupos de coordenação. A Tabela 16
apresenta as ações identificadas e o número de vezes que foram relacionadas nos planos
pesquisados:

Tabela 16 – Quantidade de ações genéricas de coordenação geral identificadas nos planos


Ação Genérica de Coordenação Geral Quantidade %
Comunicação ao órgão ambiental 107 22
Acionamento de bombeiros, polícias
rodoviária e militar, defesa civil, etc, se 101 20
necessário
Remoção e disposição final dos resíduos 99 20

Acionamento do PAM, em caso de


80 16
necessidade

Investigação e elaboração de relatório sobre


56 11
o acidente

Avaliação do impacto ambiental 31 6

Comunicação à Sede da empresa 13 3

Retorno às atividades normais de operação 11 2


Total 480 100
Fonte: Elaborada pelo autor
96

4.5.2 Resgate de Vítimas

As refinarias estudadas possuem Planos de Emergência Médica que não foram objeto
deste estudo. As refinarias, como percebido, possuem equipes treinadas em prestar resgate
médico às vítimas, pois um primeiro atendimento é necessário até a chegada de recursos
médicos. Foram constatadas nos planos as seguintes ações genéricas:

9 Verificação da existência de vítimas Æ Esta é uma atribuição da OCE, porém típica da


atividade de resgate médico. Esta é uma ação importante pois a existência de vítimas pode
alterar a estratégia de controle em função, por exemplo, da localização da vítima.

9 Resgate de Vítimas Æ Esta ação muitas vezes depende de especialistas nesta área, como é
o caso de brigadas que necessitam de especialistas para resgate em altura.

9 Equipe Médica presta os primeiros socorros à vítima Æ Em muitos casos estes primeiros
socorros são prestados por socorristas voluntários previamente treinados.

Duarte (2002) relaciona outras ações que se encontram relacionadas no Plano de


Emergência Médico das refinarias. No entanto, considerou-se oportuno a citação relativa ao
posto de atendimento avançado, pois é vital que os atendimentos sejam efetuados em local
isento do risco da emergência que está ocorrendo.

A Tabela 17 apresenta a distribuição das ações obtidas na pesquisa efetuada, onde se


pôde constatar que as três ações identificadas nos planos estão praticamente distribuídas
igualmente.

Tabela 17 – Quantidade de ações genéricas de resgate médico identificadas nos planos


Ação Genérica de Resgate Médico Quantidade %
Equipe médica presta os primeiros
168 35
socorros às vítimas
Verificação da existência de vítimas 161 33
Resgate das vítimas 156 32
Total 485 100
Fonte: Elaborada pelo autor
97

4.5.3 Combate e Controle da Emergência

As ações de combate e controle de uma emergência, contidas nos planos estudados,


permitem verificar uma gama de estratégias adotadas nos diversos cenários acidentais que
puderam ser identificados nesta pesquisa. As ações selecionadas são aplicáveis a todos os
planos estudados. Como era esperado, o número de ações encontradas foi maior do que nas
outras três funções assumidas neste estudo.
9 Detecção da anormalidade/emergência Æ Esta ação é de elevada importância, pois o
tempo transcorrido entre o início efetivo de uma emergência e sua detecção pode ser
determinante no tamanho e complexidade dos efeitos. Neste sentido, os planejadores
devem contemplar aspectos importantes para reduzir este tempo de detecção ao mínimo
possível. Atualmente muitas refinarias possuem câmaras e detectores de óleo nos canais
de seus efluentes, reduzindo assim o tempo de resposta em caso de um derrame acidental;
9 Comunicação do ocorrido ao painel e à coordenação geral Æ Esta ação permite operações
importantes de controle por parte da central de controle da refinaria e configura o
acionamento das brigadas que irão atuar no controle da emergência;
9 Operadores se equipam e iniciam o primeiro combate Æ Um elevado número de
incidentes é contido antes mesmo da chegada das brigadas com ações de operadores, pois
em muitos casos o controle deve ser efetuado com a eliminação da alimentação do
produto gerador da emergência e que pode ser efetuado em muitos casos pelos operadores.
A preservação da vida dos operadores é a prioridade neste caso e pode ser percebido que
os planos buscam estabelecer que inicialmente os operadores devem estar equipados com
roupas, aparelhos autônomos entre outros para iniciar um controle colocando sempre suas
vidas como prioridade;
9 Acionamento da OCE Æ Dependendo do sistema de detecção existente a OCE pode ser a
primeira a ser acionada e o tempo entre a detecção e o efetivo acionamento é importante;
9 Acionamento da bomba de emergência Æ Se percebeu que nem sempre o sistema de
bombas é acionado automaticamente. Este é um aspecto importante a ser considerado
pelos planejadores de forma a trabalhar para que o sistema de bombas tenha um
acionamento automático, alterando esta ação para algo do tipo “verificação se o sistema
de bombas está funcionando”;
98

9 Acionamento do Plano de Contingência da Refinaria Æ Apesar de em alguns planos não


constar esta ação, entende-se que ela deverá ocorrer em um caso de emergência, pois estes
planos fazem parte do plano de contingência.
9 Acionamento do alarme Æ Duarte (2002) ressalta que o acionamento do alarme é o ponto
de partida das ações a serem desempenhadas por toda a estrutura de controle de
emergência de uma empresa. Ressalta que este apito permite um entendimento por parte
das pessoas e a associação a um determinado procedimento. Os planejadores devem ter
clara a importância deste sistema, pois o início de muitas ações dependerá deste sinal.
9 Avaliação da magnitude do evento Æ Llory (2001) analisando uma série de acidentes
ressalta a dificuldade de efetuar uma avaliação de uma situação de emergência e cita, por
exemplo, que no caso específico de Bhopal a maioria dos operadores ignorava a
periculosidade real das substâncias fabricadas. A avaliação da magnitude do evento pode
ser determinante no sucesso do controle de uma emergência. No relatório do acidente com
a P-36, onde ocorreu a morte de 11 brigadistas, está contida a recomendação: “Aprimorar
os Procedimentos e Planos de Emergência no que concerne, dentre outros, aos seguintes
tópicos: Ida da brigada de incêndio diretamente para o local da ocorrência...”. Entendeu-se
que os brigadistas não conseguiram avaliar a magnitude do evento que estavam vivendo,
em virtude de diversas informações que não dispunham quando da sua ocorrência.
9 Verificação da direção do vento Æ Este é um componente importante para determinar as
estratégias de controle bem como do processo de evacuação da área onde a emergência
está ocorrendo, ou daquelas que poderão ser afetadas;
9 Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis Æ Esta ação permitirá dotar o
comando de informações importantes para a segurança das brigadas e para decisão com
relação ao abandono do local ou proximidades;
9 Monitoramento/eliminação de fontes de ignição Æ Em atividades de refinarias, em uma
emergência, as possíveis fontes de ignição tornam-se importantes, pois em muitos casos a
ignição de uma nuvem inflamável, por exemplo, ocorre longe do ponto de vazamento,
sendo um aspecto importante a ser verificado pela OCE;
9 Orientação quanto ao EPI adequado Æ Esta ação demonstra a importância que os planos
conferem à segurança dos brigadistas. Estratégias de controle devem obrigatoriamente
garantir a integridade da vida dos brigadistas, sendo prática recomendada a designação de
um dos componentes como o responsável por cuidar da segurança da própria equipe, isto
é, verificando se os equipamentos foram colocados adequadamente, se questões de
99

segurança não estão sendo esquecidas. Este componente atua como um “anjo da guarda”
dos demais componentes;
9 Orientação de deslocamento dos brigadistas Æ Um trabalhador componente de uma
brigada normalmente está executando seu trabalho rotineiro quando ocorre a convocação
para uma emergência. O deslocamento até o local de forma segura e rápida é garantida
através de comunicado eficiente efetuado durante a chamada;
9 Aplicação de neblina de água ou espuma Æ A maioria das emergências de uma refinaria
exigirá a utilização de água e/ou espuma, como, por exemplo, neblina em nuvens tóxicas.
A importância de ações desta natureza pode ser evidenciada na falha do sistema de
neblina do acidente de Bhopal (LLORY, 2001). Esta ação talvez pudesse ser excluída das
ações genéricas, porém, em virtude do elevado número de aplicações, se decidiu mantê-la
nesta relação;
9 Execução de Manobras Operacionais Æ As refinarias dispõem de procedimentos
operacionais específicos a serem utilizados em caso de emergência, os quais não foram
objeto deste estudo. Estas ações, na maioria dos casos, são indispensáveis para o controle
da emergência e para evitar que o cenário seja ampliado;
9 Resfriamento de equipamentos vizinhos Æ Esta ação visa resguardar a ampliação do
cenário da emergência reduzindo o seu tamanho. É uma ação que não tem aplicação em
todos os cenários acidentais, porém, em função de sua importância, foi relacionada dentro
das que foram classificadas como genéricas;
9 Registro da emergência em relatório de turno Æ Foi verificado um número reduzido desta
ação nos planos de ações estudados (25 de um total de 2.225);
9 Avaliação final para término da emergência Æ Esta ação em muitos casos não poderá ser
executada somente pelas equipes de combate e controle. Exigirá, em muitos casos, a ação
de especialistas, pois a partir dessa avaliação será tomada a decisão de retorno ou não das
operações normais;
9 Acionamento do alarme de final de emergência Æ A decisão sobre o acionamento deste
alarme em algumas situações passa pela coordenação geral, que atua em conjunto com as
equipes de combate e controle.

A Tabela 18 apresenta o resultado encontrado nos planos de emergência e


contingência para ações de combate e controle. Foram identificadas 2.225 ações e foi julgado
importante ressaltar o segundo item, que trata do processo de equipar os brigadistas.
Entendeu-se que o número elevado de planos registrando este aspecto indica a preocupação
100

contida nos planos com a vida dos brigadistas. Certamente, o fato de todos estarem equipados
não é suficiente para garantir a segurança de pessoas que irão participar de eventos que muitas
vezes acarretam alta destruição. No entanto, sendo este um dos aspectos que foram
considerados como da mais alta importância no controle de uma emergência, foi constatado
com satisfação que esta é segunda maior ação registrada nos planos de emergência.

Tabela 18 – Quantidade de ações genéricas de combate e controle identificadas nos planos

Ações Genéricas de Combate e Controle Quant. %


Combate ao evento conforme orientação do comando de
204 9,2
combate
Orientação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do
193 8,7
evento
Execução de manobras operacionais 183 8,2
Avaliação da magnitude do evento 173 7,8
Acionamento do alarme de início de emergência 157 7,1
Acionamento da OCE 147 6,6
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos 125 5,6
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis 123 5,5
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação 115 5,2
Acionamento da bomba de emergência 103 4,6
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por
97 4,4
viaturas até o local da emergência
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição 92 4,1
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à
87 3,9
coordenação geral da emergência
Interrupção da transferência de produtos 73 3,3
Acionamento do alarme de fim de emergência 72 3,2
Avaliação final para término da emergência 71 3,2
Detecção da anormalidade/emergência 61 2,7
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso 53 2,4
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam
44 2,0
primeiro combate até a chegada da equipe de emergência
Acionamento do plano de contingência da refinaria 27 1,2
Registro da emergência em relatório de turno 25 1,1
Total 2225 100
Fonte: Elaborada pelo autor

4.5.4 Isolamento e Evacuação de Área

As refinarias estudadas possuem planos de abandono específicos que são parte


integrante dos planos de contingência. Duarte (2002) reputa esta ação como a mais complexa
101

das medidas mitigadoras quando os acidentes podem afetar a população. Podem ser
identificadas duas ações relativas ao isolamento e evacuação de área como partes integrantes
dos planos de emergência:

9 Interdição da área afetada Æ Muitos relatos de acidentes registram problemas gerados


devido ao acesso de pessoas não autorizadas em uma emergência. Torna-se importante,
portanto, controlar o acesso da área através de isolamento;

9 Evacuação da área envolvida Æ A evacuação, em casos de incêndio e explosão, tende a


ocorrer em um intervalo de tempo tão curto que uma evacuação não é prática (LEES,
1996), sendo, no entanto, importante no caso de nuvens tóxicas. No caso de um plano de
emergência com atuação na área interna da refinaria, a evacuação dos trabalhadores de um
local onde, por exemplo, iniciou-se um vazamento de combustível, é extremamente
importante, pois em muitos casos decorre um tempo relativamente grande até que a
nuvem inflamável alcance uma fonte de ignição (o queimador de um forno, por exemplo).

A quantidade de ações genéricas identificadas nos planos está na Tabela 19.

Tabela 19 – Quantidade de ações genéricas de isolamento/evacuação identificadas nos planos

Ação Genérica de Isolamento/Evacuação Quant. %


Interdição da área afetada a fim de impedir o
147 57
acesso ao local da emergência
Evacuação da área envolvida e de outras
110 43
áreas da refinaria
Total 257 100
Fonte: Elaborada pelo autor

4.6 PROPOSTA DE CENÁRIOS ACIDENTAIS

4.6.1 Considerações Iniciais

Como já citado, a existência de um elevado número de planos de emergência pode


prejudicar a capacidade de uso desses planos e a eficiência dos treinamentos e exercícios
(CCPS, 1995), ao mesmo tempo em que a inexistência de planejamento para determinados
102

incidentes acarretará falhas importantes no controle de incidentes. A consideração do


planejamento de emergência como um processo cíclico e contínuo é fundamental, pois muitas
unidades podem passar vários anos sem necessitar que toda sua estrutura de resposta seja
utilizada em uma situação real. No entanto, o processo contínuo de melhoria através de
treinamentos e simulados permite avanços no sistema existente, que podem ser o diferencial
entre o sucesso e o fracasso em um caso real.

O estudo efetuado permitiu verificar que o Conselho Nacional do Meio Ambiente


introduziu um avanço significativo com a Resolução CONAMA 293/2001. Esta resolução
introduziu o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual (PEI) para incidentes de
poluição por óleo, e em suas considerações iniciais consta que uma das razões que
determinaram a emissão desta Resolução foram incidentes recentes ocorridos no Brasil. O
conteúdo mínimo que deve constar no PEI encontra-se no Anexo I da referida Resolução. O
avanço introduzido pela Resolução pode ser estendido para outros incidentes, diferentes do
derrame de óleo, aproveitando a estrutura introduzida por esta legislação sem, no entanto,
ampliar de forma desnecessária a relação de incidentes, ampliação essa que comprometeria
uma gestão adequada do processo de atendimento à emergência das empresas.

4.6.2 A Contribuição da Legislação e Sistemas de Gestão

O estudo realizado demonstrou que a legislação brasileira já determina a existência de


planejamento de emergência nas seguintes situações:

9 Derrame de óleo Æ apesar da legislação não incluir as refinarias, pode-se


perceber que todas as unidades brasileiras contemplam no seu processo de
planejamento de emergências este cenário acidental. Os requisitos contidos na
Lei 9966 e na Resolução CONAMA 293 não estão plenamente implementados
nos planos atualmente existentes, mas pode-se perceber o avanço das
refinarias nesta direção, mesmo não sendo as mesmas obrigadas pela lei;

9 Emergência em caldeiras Æ A NR-13 estabelece a exigência deste cenário


como parte integrante do Manual de Operação da Caldeira. Este fato é
contemplado pelas refinarias, sendo que se identificaram 2 planos de
emergência específicos para esse cenário;
103

9 Emergência com benzeno Æ Este cenário está incluído nos planos de


emergência para líquidos inflamáveis das refinarias, onde os requisitos
específicos com cuidados relativos ao benzeno estão contidos dentro do
Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional do Benzeno (PPEOB) das
refinarias.

Pode-se verificar que os órgãos estaduais licenciadores das refinarias estabelecem


exigências com relação ao planejamento de emergência, com requisitos de estrutura dos
planos. A base dos cenários acidentais é construída a partir da análise de risco das instalações.
Julga-se oportuno ressaltar que a FEPAM, no estado do Rio Grande do Sul, cita que podem
ser utilizados cenários ou grupo de cenários. Pode-se também perceber que a FEEMA, no
estado do Rio de Janeiro, introduz uma diferença importante entre plano de emergência, que
trata de planejamento com envolvimento exclusivo das empresas, e plano de contingência,
quando ocorre o envolvimento de órgãos públicos, aspecto este que não consta na Lei 9966,
mas que entende-se tenha sido bem interpretado pela FEEMA. Pode-se perceber que nenhum
dos órgãos tipificou previamente cenários que obrigatoriamente devem ter planejamento de
emergência.

Os sistemas de gestão estudados, como se entende que deveria ser, não entra em
detalhes quanto a cenários, sendo que a BS 8800 remete a definição dos cenários às
conclusões da análise de risco.

A análise da legislação e dos sistemas de gestão praticamente apontam para cenários


de derrame de óleo, incidentes envolvendo benzeno, e caldeiras. Nenhum deles demanda um
conteúdo mínimo para estes planos, sendo que a estrutura dependerá do órgão licenciador
onde a refinaria está instalada.

4.6.3 Procedimento Geral de Emergência

Pode-se verificar que, considerando o conteúdo mínimo da Resolução CONAMA 293,


diversos itens seriam comuns a todos os PEI’s a serem elaborados sendo, portanto, viável a
elaboração de um Procedimento Geral de Emergência. Este seria um documento contendo as
ações comuns a qualquer situação de emergência no qual as ações genéricas estariam
104

estabelecidas, evitando redundâncias nos demais planos. Constariam deste documento os


seguintes itens: informações relativas a alarmes; comunicação; responsabilidades de gestão;
evacuação e contagem de pessoal; procedimentos de paradas de emergência; segurança das
equipes de emergência; plano de auxílio mútuo; informações para imprensa; notificações
especiais e de fatalidades; e requisitos de relatórios (CCPS, 1995), bem como os requisitos
aplicáveis a todos os planos contidos no conteúdo mínimo da Resolução CONAMA 293.
Como já foi citado, a eliminação de redundâncias assegura uma melhor consistência ao
planejamento de emergência.

4.6.4 O Estudo dos Acidentes e dos Planos de Emergência

O estudo realizado em acidentes ocorridos em refinarias e nos planos de emergência


existentes, aliado à experiência do pesquisador no planejamento de emergências, leva a
considerar que os seguintes cenários refletem a gama de perigos, estratégias, técnicas e
escalas de operações que serão encontrados na maioria dos incidentes possíveis de ocorrer em
uma refinaria:

9 Derrame de hidrocarbonetos ou substâncias tóxicas em cursos d’água Æ este


cenário, além da exigência legal, que avançou bastante no Brasil nos últimos anos
após os acidentes na Baía da Guanabara e no Paraná, demanda estratégias, recursos
e treinamentos específicos. A contaminação por substâncias tóxicas pode ser
incluída dentro do processo de planejamento de derrames considerando, no
entanto, os volumes de substâncias existentes nas refinarias e elaborando
procedimentos específicos que contenham aspectos a considerar no caso de um
derrame de produto que seja solúvel em água.

9 Formação de nuvem tóxica tal como de cloro ou gás sulfídrico Æ O estudo dos
planos das refinarias permitiu verificar a preocupação com liberação de nuvens
tóxicas e inflamáveis sendo que se pôde identificar 14 planos de emergência
específicos para controle de emergência com cloro e H2S. Identificou-se um
número de 84 acidentes envolvendo liberações acidentais contínuas e instantâneas,
entre as 525 ocorrências consideradas quanto às suas conseqüências. Verifica-se a
importância da existência de um plano específico para nuvem tóxica para as
refinarias com forte consideração para os gases cloro e H2S. O cloro é um gás
utilizado nas estações de tratamento de água sendo o de maior toxicidade existente,
105

em grandes quantidades, nas refinarias. O H2S aparece em diversas unidades de


processo das refinarias, estando presente em maiores quantidades nas Unidades de
Recuperação de Enxofre e Unidades de Águas Residuais, e apresenta também uma
elevada toxicidade. A Tabela 20 apresenta um comparativo da toxicidade dos
gases identificados como tóxicos nos planos de emergência das refinarias. A
obrigatoriedade de um planejamento específico seria estabelecida para refinarias
que tivessem quantidades de cloro e gás sulfídrico superiores a 700 kg, sendo
dispensável, obviamente, para as refinarias que não dispusessem de algum desses
gases, por exemplo, de cloro. Existem diferenças importantes no processo de
controle de uma emergência com gás sulfídrico, cloro e amônia, tais como: o cloro
é gás pesado, o H2S quase neutro e a amônia leve; a solubilidade da amônia na
água é grande, o mesmo não ocorrendo com a do cloro que é pequena. Por outro
lado, existem semelhanças, tais como o dimensionamento de recursos e
treinamento das brigadas em proteção respiratória. Este planejamento necessitaria,
portanto, conter os aspectos semelhantes para emergências com nuvens tóxicas e
procedimentos específicos, no caso das diferenças identificadas.

Tabela 20 – Comparativo de níveis de efeito físico de gases tóxicos - (ppm)

Descrição Cloro H2S Amônia


IPVS Æ Concentração que representa uma
ameaça de morte ou danos irreversíveis à
saúde, imediata ou posterior, ou que 10 100 300
poderia interferir com a habilidade do
indivíduo em poder escapar
LC1-30 Æ Nível de concentração com
potencial de causar 1 % de fatalidades em 136 256 1206
30 minutos de exposição
LC10-30 Æ Nível de concentração com
potencial de causar 10 % de fatalidades em 241 327 4315
30 minutos de exposição
Limite, em kg, para implementação de
1135 4540 4540
Gerenciamento de Riscos (EPA)
Limite, em kg, para implementação de
681 681 4540
Gerenciamento de Riscos (OSHA)
Fonte: Guidelines for Chemical Process Quantitative Risk Analysis – CCPS, 1989.
106

9 Incêndio em tanques Æ Pode-se perceber que todas as refinarias possuem


planejamento de emergência para incêndio em tanques. Dez refinarias apresentam
planos específicos, e as três que não possuem planos específicos têm este cenário
incluído no seu Plano de Contingência. O estudo de acidentes mostra um número
de 200 acidentes de incêndio e 11 acidentes de incêndios em tanques quando
consideramos a conseqüência e de 105 acidentes ocorrendo na tancagem quando
consideramos a área de ocorrência evidenciando de certa forma a importância
deste cenário. Essa importância elevada decorre das exigências de
dimensionamento de recursos de água e de Líquido Gerador de Espuma, uma vez
que os incêndios nestes equipamentos são de grandes proporções e a
disponibilidade dos recursos é fundamental para que as ações de combate e
mitigação tenham sucesso. A API 2021 considera, por exemplo, que incêndios que
ocorram em toda a superfície do líquido são extremamente difíceis de serem
controlados. Um planejamento para este cenário seria necessário
independentemente do tamanho da tancagem da refinaria.

9 Parque de GLP Æ O armazenamento de grandes quantidades de GLP em esferas e


cilindros, localizados em parques exclusivos para esta finalidade, representa um
dos maiores riscos da atividade de refino. Pode-se constatar, através do estudo
realizado em acidentes no refino, que o evento BLEVE, que usualmente envolve
GLP, teve registrado um caso, mas a proporção de cenários onde as consequências
dos acidentes são explosões, geradas em um grande número de casos por GLP, é
superior a 30% de todos os acidentes. Constatou-se, no estudo dos planos de
emergência, que todas as refinarias estudadas dispõem de planejamento para
emergências em parques de GLP. Pode-se concluir que um planejamento de
emergências específico para o parque de GLP é praticamente obrigatório para uma
refinaria.

9 Unidades de Processo Æ O Brasil conta atualmente com 17 diferentes unidades de


processo nas diversas refinarias atualmente em operação. Em que pese a aparente
diversidade de situações, costumam apresentar os mesmos riscos básicos, a saber:
uma área conflagrada, com obstruções a acesso, com equipamentos próximos e
com trânsito de pessoas; fogo em situação tridimensional; material inflamável
aquecido, sob pressão e suscetível ao contato com oxigênio; e a possível presença
107

de substâncias tóxicas, em especial o gás sulfídrico. Dessa forma, esse pode ser
considerado um cenário praticamente padrão para unidades de processo, com o
cuidado de considerar as substâncias envolvidas e seu estado físico. Um
planejamento executado considerando como cenário a área de ocorrência em
unidades de processo contemplaria quase 60% de emergências em unidades de
refino, observação essa que pode ser comprovada no estudo realizado sobre
acidentes e pelo fato de sete de todas refinarias disporem de planos de emergência
para unidades de processo. Este planejamento exigiria procedimentos específicos
em decorrência dos diferentes riscos existentes nas unidades identificados, por
exemplo, através da análise de risco existente.

9 Tubovia Æ As ocorrências emergenciais em tubovias costumam desenvolver


panoramas bidimensionais, que podem vir a envolver substâncias de todas as
unidades de processo. Também neste caso pode ser considerado um cenário típico,
envolvendo a possibilidade de que se lide com todas as substâncias que sejam
transportadas na unidade. Usualmente as tubovias, também denominadas dutovias,
apresentam a característica de conter um número elevado de tubulações com os
mais variados produtos. Estratégias importantes devem ser desenvolvidas no
controle de uma emergência nesta área, e cita-se como exemplo a importância de
manter o fluxo em determinadas linhas de forma a evitar o colapso de uma
tubulação próxima à um incêndio, bem como do envolvimento com unidades
interligadas às linhas em que ocorreu o acidente, podendo serem necessárias
paradas de unidades em emergência, ações de fechamento de válvulas dos tanques
interligados, e outras. O estudo de acidentes apresenta um número de 52 acidentes
em áreas de tranferência, e 7 refinarias possuem planos para emergências em
tubovias.

9 Sistemas elétricos Æ Este é um cenário que o estudo realizado em acidentes


ocorridos em refinarias não identificou. Porém, no estudo dos planos de
emergência, pôde-se verificar uma forte preocupação das refinarias com cenários
nesses sistemas. Verifica-se que acidentes em subestações, porões de cabos, salas
de baterias, geradores e outros locais similares são importantes para as refinarias.
Acidentes em sistemas elétricos podem desencadear uma série de eventos em toda
a refinaria, e dessa forma estratégias e equipamentos distintos são necessários no
108

controle de uma emergência desta natureza. Este fato deve ter levado as refinarias
a contemplar este cenário com planos específicos de emergência.

9 Equipamentos de Processo Æ O estudo do planejamento de emergência das


refinarias permitiu identificar que 25% de todos os planos existentes foram
elaborados considerando equipamentos de processo existentes nas unidades.
Tanques e torres representam 46% deste total, e no estudo de acidentes pode-se
verificar que em torno de 20% dos acidentes ocorrem com tancagem. Sem uma
análise profunda pode-se deduzir que estes equipamentos demandam estratégias e
recursos distintos, fato este que pode ter levado as refinarias a estabelecerem
planos específicos para estes equipamentos. As torres, por exemplo, em virtude de
sua altura e dificuldade de acesso, e os tanques, em função da elevada demanda de
água e LGE, foram, em nosso entender, as causas que determinaram esta
preocupação das refinarias. Existem semelhanças entre os equipamentos levando-
se, portanto, a propor um procedimento geral contemplando os diversos
equipamentos. Este cenário, em nosso entender, deveria ser elaborado
considerando um critério de priorização a partir da análise de risco existente pelas
refinarias.

4.6.5 Considerações Finais

Deseja-se salientar que, para os cenários propostos, o planejamento de emergência


seria elaborado com estrutura semelhante ao previsto no CONAMA 293, sendo necessário
desenvolver para cada cenário o conteúdo mínimo, a exemplo do que foi efetuado para
derrame de óleo, exigindo, portanto a alteração da forma como atualmente são elaborados os
planos de emergência. Entende-se que os cenários anteriormente propostos, com base na
pesquisa realizada, englobariam praticamente todos os cenários possíveis de ocorrer em uma
refinaria, facilitando o gerenciamento dos planos atualmente existentes.
5 CONCLUSÕES

A pesquisa realizada permitiu verificar um forte desenvolvimento no Processo de


Gerenciamento de Riscos no Brasil nos últimos anos, fato este ocorrido, em nosso
entendimento, por causa de esforços presentes em diversos segmentos da sociedade, por força
de acidentes de grande repercussão e por avanços na legislação ambiental. O planejamento de
emergência, um dos componentes de um Programa de Gerenciamento de Riscos, porém, teve
um avanço menor, apesar de perceberem-se iniciativas importantes neste sentido, tais como a
aprovação da Resolução CONAMA 293 e a aprovação da Convenção OIT 174.

Percebe-se que os órgãos licenciadores vêm estabelecendo avanços através das


exigências nos processos de licenciamento das empresas, porém entende-se que seria
extremamente importante que esse processo fosse desenvolvido de forma padronizada em
todo território nacional adotando os mesmos critérios. Tal situação ocorre, por exemplo, nos
Estados Unidos, através do requisito da EPA Risk Management Program Rule (RMP), bem
como o padrão definido na Publicação API 760 de 1998. Os critérios para um programa de
gerenciamento de riscos poderiam ser estabelecidos através de uma Resolução CONAMA
abrangendo todo o Território Nacional.

O estudo permitiu verificar que existe um longo caminho a ser trilhado no processo de
planejamento de emergência, mas que as refinarias brasileiras dispõem de uma boa estrutura
de planejamento de emergência sendo possível, no entanto, obter avanços importantes a partir
das recentes legislações, principalmente o CONAMA 293 e o decreto que aprovou a
Convenção da OIT 174, que exigirão dos poderes públicos ações importantes no tocante a
emergências externas às empresas.
110

Certamente é difícil estabelecer um número rígido de planos de emergência a ser


elaborado por uma empresa. No entanto, o bom gerenciamento de um grande número de
planos dentro de um processo cíclico e contínuo se torna extremamente difícil, e este trabalho
pretendeu efetuar uma contribuição no sentido de identificar aspectos importantes que devem
ser considerados neste planejamento. Não existem dúvidas com relação ao cenário de
derramamento de óleo, principalmente após os grandes acidentes ocorridos no Brasil e,
certamente, antecipar-se no estabelecimento de outros cenários é de vital importância.

O estudo permitiu identificar a necessidade de um Plano que inclua aspectos comuns a


todos os cenários acidentais que foi denominado Procedimento Geral de Emergência:

9 Informações relativas a alarmes;

9 Comunicação;

9 Responsabilidades de gestão, evacuação e contagem de pessoal;

9 Procedimentos de paradas de emergência;

9 Segurança das equipes de emergência;

9 Planos de auxílio mútuo;

9 Informações para a imprensa;

9 Notificações especiais e de fatalidades;

9 Requisitos de relatórios obrigatórios;

9 Demais requisitos aplicáveis a todos os planos conforme o conteúdo mínimo da


Resolução CONAMA 293.

Dessa forma foi elaborada proposta de necessidade de elaboração de Planos de


Emergência Individual para:

9 Derrame de Produtos Æ Neste Plano de Emergência Individual (PEI) estaria


incluída qualquer situação de derrame passível de ocorrência na refinaria,
necessitando, por exemplo, um procedimento específico contemplando produtos
tóxicos que misturam-se com água.
111

9 Formação de Nuvem Tóxica Æ Este PEI envolve as situações da refinaria onde


existe a possibilidade de ocorrência de formação de nuvem tóxica, em especial
envolvendo o gás cloro e sulfídrico.

9 Incêndio em Tanque Æ O PEI para este cenário necessita de procedimentos


envolvendo o parque de tancagem da refinaria. Sugere-se como base para
desenvolvimento deste planejamento o API Recommended Practice 2021 –
Management of Atmospheric Storage Tank Fires, que fornece informações
importantes para planejamento de emergência para este tipo de ocorrência.

9 Parque de GLP Æ Os grandes impactos possíveis de ocorrerem por causa de um


acidente em parques de GLP apontaram para a necessidade de um PEI específico
que contemple a área de armazenagem de GLP.

9 Unidades de Processo Æ O PEI para unidades de processo exige levar em


considerações as diferentes características das unidades de processo existentes.
Constatou-se que 60% das emergências ocorridas em refinarias se deram em
unidades de processo e, portanto, se torna importante priorizar o planejamento de
emergência nestas áreas.

9 Tubovia Æ O PEI para emergências em tubovias foi incluído devido ao número


importante de acidentes identificados no estudo, e percebe-se uma preocupação
das refinarias com emergências nesta região.

9 Sistemas Elétricos Æ Estabeleceu-se a necessidade de elaboração de um PEI para


emergências em sistemas elétricos, principalmente as ocorridas em subestações e
casas de força. Este cenário somente foi identificado no planejamento de
emergência das refinarias, não ficando evidente no estudo de acidentes realizado.

9 Equipamentos de Processo Æ O elevado número de planos de emergência das


refinarias elaborados especificamente para equipamentos de processo, tais como
permutadores, vasos, torres e reatores, nos leva a propor um PEI englobando estes
equipamentos. Obviamente esta elaboração dependerá da interface com o PEI para
unidades de processo, com o objetivo de evitar redundâncias desnecessárias.
112

O estudo permitiu identificar a necessidade de planos estruturados para outras


empresas. Um exemplo dessa necessidade é com relação ao gás cloro. Considera-se que
nenhuma empresa poderia operar com quantidades de cloro superiores a 700 kg
(considerando-se os requisitos da EPA e da OSHA) e questiona-se o seguinte: Um grande
acidente envolvendo cloro levaria a emissão de uma Resolução específica para este incidente?
Por que não antecipar esta exigência?

A efetiva gestão de um plano, incluindo a etapa de prevenção, pode ser obtida através
de simulados, permitindo uma redução nos acidentes e, em caso de concretização da
ocorrência de um acidente, uma redução da dimensão dos impactos decorrentes.

Deve estar claro que este estudo não esgota o tema, mas simplesmente discute algumas
das questões importantes do planejamento de emergência e apresenta sugestões que podem
contribuir para o avanço desta área de conhecimento. Outras ações, tais como o
aprofundamento do estudo da relação de ações genéricas identificadas neste estudo e a
proposta de cenários apresentada, podem ser estudadas, incluindo outros aspectos de um
controle de emergência não incluídos neste trabalho, tais como evacuação, comunicação e
relacionamento com a mídia, entre outros.

Pela percepção de diferenças importantes no planejamento de emergência das


refinarias, este estudo também poderá contribuir na busca contínua do aperfeiçoamento deste
processo, pois este nunca se acaba.

Considera-se a necessidade de aprofundamento do assunto principalmente na


definição do conteúdo mínimo a ser considerado nos diversos cenários que aqui se propõe.
Qual seria o conteúdo mínimo para um Plano de Emergência Individual envolvendo nuvem
tóxica, por exemplo, de cloro? Utilizando um paralelo ao que foi elaborado para derrame de
óleo, qual seria o pior caso a considerar em um incêndio em tanque? A elaboração de forma
antecipada destes conteúdos mínimos para cada um dos cenários pode, por exemplo,
identificar instalações com número insuficiente de equipamentos autônomos ou falhas
importantes no processo de abandono ou abrigagem, bem como insuficiência de recursos para
controle de um incidente específico.
113

A proposta de um Procedimento Geral de Emergência necessita de um


desenvolvimento utilizando a ótica da Resolução CONAMA 293, permitindo ganhos
significativos ao processo de planejamento de emergência. Um estudo com uma proposta de
conteúdo mínimo para os diversos incidentes evitaria que cada estado desenvolvesse
exigências diferentes e unificaria esta questão no Brasil, fato que pode estar aliado ao
Gerenciamento de Risco como um todo.
114

REFERÊNCIAS

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121

APÊNDICE
122

APÊNDICE A – Ações de respostas genéricas

VAZAMENTO DE AMÔNIA
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok
Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok
Resgate

Vítimas

Resgate das vítimas ok ok ok ok


de

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da OCE ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da bomba de emergência ok ok


Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Oritentação quanto a rota e o posicionamento a ser seguido por viaturas
ok
até o local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


123

EMERGÊNCIA NOS VASOS DE BLOW DOWN


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Disposição final dos resíduos ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok
Resgate

Vítimas

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok


de

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok
Oritentação quanto a rota e o posicionamento a ser seguido por viaturas
ok ok ok
até o local da emergência
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Execução de manobras operacionais destinadaas ao controle da
ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


Evacuação

ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


124

VAZAMENTO/INCÊNDIO NA CASA DE BOMBAS


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Disposição final dos resíduos ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok ok
Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento do plano de contingência da refinaria ok ok


Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme orientação do comando
ok ok ok ok ok ok ok ok
de combate
Execução de manobras operacionais destinadaas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Registro da emergência em relatório de turno ok ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok


125

EMERGÊNCIA NA CAFOR, SUBESTAÇÕES E OUTROS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok


Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Registro da emergência em relatório de turno ok ok ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok


126

EMERGÊNCIA EM CALDEIRAS
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok
Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok
Resgate

Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da bomba de emergência ok ok


Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


127

VAZAMENTO DE CATALISADOR
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
Verificação da existência de vítimas ok ok ok
Resgate

Vítimas

Resgate das vítimas ok ok ok


de

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok
Aplicação de neblina d'água ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok


128

EMERGÊNCIA EM COMPRESSORES
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


129
130

EMERGÊNCIA NO LABORATÓRIO
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok


131

EMERGÊNCIA NO PRÉDIO ADM


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok
Resgate

Vítimas

Resgate das vítimas ok ok ok ok


de

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência
Acionamento do alarme de fim de emergência ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


132

EMERGÊNCIA NA ETDI
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Resgate de Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
Verificação da existência de vítimas ok ok ok
Vítimas

Resgate das vítimas ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok


133

EMERGÊNCIA EM FORNOS
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


134

EMERGÊNCIA ENVOLVENDO GÁS NATURAL


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok
Resgate

Vítimas

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok


de

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


135

VAZAMENTO DE GLP NO PARQUE DE ARMAZENAMENTO


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok ok ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok ok ok ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok ok ok ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok ok


136

EMERGÊNCIA NOS PERMUTADORES


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok


137

EMERGÊNCIA NOS REATORES


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok


138

VAZAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok
Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Combate e Controle da Emergência

Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok


Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Caso produto vazado possua concentração de benzeno maior que 1% em
ok ok
volume, deve-se monitorar o benzeno
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno ok
Controle dos envolvidos, em caso de vazamento envolvendo benzeno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok


139

EMERGÊNCIA EM TANQUES
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok ok


140

EMERGÊNCIA EM TORRES
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok


141

EMERGÊNCIA EM TRANSPORTE FERROVIÁRIO


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


142

EMERGÊNCIA EM TRANSPORTE RODOVIÁRIO


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok


Detecção da anormalidade/emergência ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


143

EMERGÊNCIA EM TUBOVIA
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok


144

EMERGÊNCIA EM VASOS
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok


145

VAZAMENTO DE ALCOOIS
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


146

VAZAMENTO DE CLORO
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação ok
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok ok ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok


147

VAZAMENTO DE DEA SEGUIDO DE INCÊNDIO


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok


148

VAZAMENTO DE ENXOFRE SEGUIDO DE INCÊNDIO


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok


149

VAZAMENTO DE ETANO
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok


150

VAZAMENTO DE GÁS COMBUSTÍVEL


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


151

VAZAMENTO DE H2S
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
ok
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok


152

VAZAMENTO DE NAFTA
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Evacuação de
Isolamento e

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
emergência
Área

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


153

VAZAMENTO DE PETRÓLEO OU DERIVADOS


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental ok


Comunicação ao órgão ambiental ok ok ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás ok


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência ok ok
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
ok ok ok ok
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok ok ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok
Registro da emergência em relatório de turno ok
Avaliação final para término da emergência ok ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência ok ok
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok


154

VAZAMENTO DE SO2
Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade
Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
Resgate

Verificação da existência de vítimas ok ok ok


Vítimas
de

Resgate das vítimas ok ok


Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


de Área

ok ok
emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok


155

VAZAMENTO DE SODA CAUSTICA


Legenda
Refinarias que não possuem plano de emergência para este evento
Refinarias que possuem plano para este evento Refinarias
Ações A B C D E F G H I J K L M
Acionamento do PAM, em caso de necessidade ok
Resgate Coordenação Geral da

Avaliação do impacto ambiental


Comunicação ao órgão ambiental ok
Emergência

Comunicação à SEDE da Petrobrás


Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,
ok ok
se necessário
Retorno às atividades normais de operação
Remoção e disposição final dos resíduos ok ok
Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente
de Vítimas

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok


Resgate das vítimas ok ok ok ok
Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok
Detecção da anormalidade/emergência
Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação
geral da emergência
Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate
até a chegada da equipe de emergência
Acionamento da bomba de emergência ok
Combate e Controle da Emergência

Acionamento da OCE ok ok
Acionamento do plano de contingência da refinaria ok
Acionamento do alarme de início de emergência ok ok ok
Avaliação da magnitude do evento ok ok ok
Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok
Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok
Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok
Oritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok
Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o
ok ok
local da emergência
Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok
Execução de manobras operacionais destinadas ao controle da
ok ok ok
emergência, quando possível
Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok
Interrupção da transferência de produtos ok
Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso
Registro da emergência em relatório de turno
Avaliação final para término da emergência ok ok
Acionamento do alarme de fim de emergência
Isolamento e
Evacuação

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da


ok ok ok
de Área

emergência

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok


156

ANEXOS
157

ANEXO A - Consulta Técnica – Manifestação 5943/2003:

Prezado Senhor:

Em resposta à sua consulta de 16/05/2003, informamos que os processos abaixo relacionados


são encontrados em refinarias brasileiras, sendo que apenas os assinalados (*) existem em
todas elas:
- Destilação atmosférica e a vácuo (*);
- Craqueamento Catalítico Fluido – FCC (*);
- Coqueamento Retardado;
- Desasfaltação a propano;
- Desparafinação com solvente;
- Desaromatização com solvente;
- Desoleificação de parafinas;
- Hidrotratamento (HDT) de várias correntes, tais como nafta, querosene, diesel,
lubrificantes, n-parafinas e parafinas;
- Reformação catalítica;
- Alcoilação;
- Unidade de Produção de propeno;
- Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN;
- Adoçamento de produtos, tais como GLP, gasolina e querosene;
- Tratamento com DEA de várias correntes, tais como gás combustível e GLP;
- Unidade de Tratamento de Águas Ácidas;
- Unidade de Recuperação de enxofre;
- Visco-redução.

Atenciosamente.

Joberto Ferreira Dias Junior


ANP/SRP
158

ANEXO B - E-mail recebido da FEAM

De um modo geral a metodologia utilizada para avaliação dos EAR - Estudos de Análise de
Riscos que são apresentados para a FEAM é a mesma elaborada pela CETESB sendo que no
PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos introduzimos o parâmetro PCR - Programa de
Comunicação de Riscos que para atingira sua finalidade, ou seja o direito e a necessidade de
saber que tem a comunidade adjacente sobre um empreendimento( ou atividades específicas
dele), e seus riscos o PCR deve atender os seguintes objetivos:
*educação e informação;
*aprimoramento do conhecimento público;
*metas organizacionais;
*metas de cunho legal, e
*resolução de problemas e conflitos.
O PCR foi introduzido como parte do licenciamento ambiental por meio da Deliberação
Normativa COPAM (Conselho de Política Ambiental) N° 39 de 19 de Novembro de 1999
que dispõe sobre o licenciamento ambiental de Dutos para o Transporte de Gás Natural.
Portanto é importante ressaltar que essa deliberação teve o mérito de inovar ao incorporar no
seu texto a dimensão social do risco.
Além disso, nas recentes (nos três últimos anos) avaliações dos EARs, temos nos referenciado
na Avaliação Sociotécnica (experiência adquirida com os pesquisadores da
ENSP/FIOCRUZ).
Finalmente sugiro que você entre em contato com os seus colegas da REGAP pois na
revalidação da Licença de Operação -11/11/2000 - desta refinaria, além de ter sido avaliada
neste contexto foi o primeiro caso no Brasil que foi incorporado ao licenciamento ambiental
os preceitos da OIT 174 (Artigos 16 e 17), portanto dois anos antes do Brasil ter se tornado
signatário (Decreto Federal nº 4085 de 15 de janeiro de 2002).

Espero ter atendido as sua espectativas (desculpe se fui um pouco pedante, mas é preciso
colocar as boas coisas que o entes públicos e seus servidores vem realizando dentro da melhor
resposta social a ser dada à comunidade).

Saudações

Antonio Carlos Rosa

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