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Art. 226 CF
A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
o casamento é civil e gratuita sua realização.
O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
É facilitada a conversão da união estável em casamento.
União estável
O tema União Estável sempre foi cercado de grande preconceito, já que desde 1890
quando o casamento se tornou um ato civil, incontáveis famílias ficaram à margem da
legalidade.
Não obstante a existência de uma lei que regulasse o casamento, no decorrer deste último
século continuaram existindo os “casamentos de fato”, vivendo os consortes e toda sua
prole marcados pela ilegalidade, até que; com a promulgação da Carta Constitucional em
05 de outubro de 1988, os legisladores constituintes incluíram no Texto Constitucional, em
seu artigo 226, parágrafo 3.º, a expressão união estável, reconhecendo-a como entidade
familiar, o que veio abrir uma grande porta para se ver editada leis, que finalmente, com
justiça, regularizariam a situação de milhares de famílias, existentes de fato - não de direito
- que à partir daquele momento recebiam o “status de família.”
Gustavo Tepedino esclarece: “Não pretendeu, com isso, o constituinte, criar famílias de
primeira e segunda classes, já que previu, pura e simplesmente, diversas modalidades de
entidades familiares, em igualdade de situação. Pretendeu, ao contrário, no sentido de
oferecer proteção igual a todas as comunidades familiares, que fosse facilitada a
transformação do título das uniões estáveis, de modo a que a estas pudesse ser estendido o
regime jurídico peculiar às relações formais.”
Tanto a Lei n.º 8.971, de 29 de dezembro de 1994, quanto a Lei n.º 9.278, de 10 de maio
de 1996, aplicaram o quanto puderam de casamento a todas as formas de convivência.
A Lei n.º 8.971/94 , veio a regular o direito a alimentos entre os companheiros, bem como
os direitos sucessórios.
A lei n.º 9.287/96, no seu artigo 1.º, preceitua que é reconhecida como entidade familiar a
convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com
o objetivo de constituição de família.
Essa lei estabeleceu como direitos e deveres iguais dos conviventes:
a) o respeito e consideração mútuos;
b) assistência moral e material recíproca;
c) guarda, sustento e educação dos filhos comuns (art. 2.º)
Os direitos e deveres referentes a sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
Casamento civil- dissolução: pelo divorcio após separação judicial por mais de uma não
cf. lei, ou pelo divorcio direto – separação de fato por mais de 2 anos.
Além dessas disposições, a Constituição Federal prevê duas outras regras de tutela: a lei
punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente
(art. 227, § 4.°); e são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às
normas da legislação especial (art. 228).
Cf. Sedução e corrupção de menores no Código Penal: arts. 217 e 218 e Crimes praticados
contra as crianças: arts. 225 e segs. Do Estatuto da Criança e do Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente considera, mediante seu artigo 2.°, criança, para
os efeitos legais, a pessoa com até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela
entre doze e dezoito anos de idade.
Artigo 229 – Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e, os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidades.
Artigo 230 – A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e
garantindo-lhes o direito à vida.
No Brasil hoje, o 6º lugar é ocupado pelos 3,5% de óbitos de pessoas idosas. Morrem
aproximadamente 13.000 idosos por acidentes e violência por ano, isto é, 35 óbitos dia,
sendo 66% homens e 34% mulheres. 10% dos idosos que morrem por violência, são
vitimas de homicídio, na maioria homens, e, o número de suicidas 7/100.000, é um índice
elevado e preocupante.
Em um grupo de 100.000 habitantes com mais de 60 anos, 2.495, sofreram ou foram
vitimas de homicídios, atropelamentos, tombos ou quedas dentro de casa.
Mas, a Constituição diz, que: “a família , a sociedade, o Estado têm o dever de amparar as
pessoas idosas, em todas suas necessidades”, mas, isso infelizmente não acontece.
Segundo o Censo de 2.000, existem mais idosos que crianças – 30 idosos para 100
crianças. Cerca de 8,6% da população brasileira, estão com 60 anos ou mais. As mulheres
são maioria, e 62,4% dos idosos são responsáveis economicamente pelos seus domicílios.
Nos próximos 20 anos, a população idosa no Brasil, representará 13% da população.
Proteção legal ref. idoso
Constituição Federal: arts. 229 e 230;
Lei 6001/ 73- art. 1º e arts. 54 e 55;
Código Civil – arts. 1694 a 1710 – Do direito de família – dos alimentos;
Lei 10741/2003 – Estatuto do idoso;
CPC: arts. 650, 1211 a, 1211 b,
e 1211 c.