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AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
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Índice
2.7. Saturação...................................................................................................................... 22
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2.8.2. Impedância de saída................................................................................................ 23
2.8.3. Ruído ...................................................................................................................... 23
5.1. Comparadores.............................................................................................................. 60
5.1.1. Comparador não inversor ....................................................................................... 60
5.1.2. Comparador inversor .............................................................................................. 62
7. FILTROS ATIVOS............................................................................................. 72
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7.2.3.3. Filtro Cauer ou Elíptico ................................................................................... 80
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1. Amplificador Operacional
1.1. Introdução
• A – Entrada inversora;
• B – Entrada não inversora;
• Y – saída.
Observação: O símbolo mais usual é o símbolo da figura 1.1 (a), logo também é o adotado
neste trabalho.
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1.2. Amplificador Operacional Ideal
Fabricantes Códigos
FAIRCHILD µA741
NATIONAL LM741
MOTOROLA MC1741
RCA CA741
TEXAS SN741
SIGNETICS SA741
SIEMENS TBA221(741)
SID CA741
Tabela 1.1 – Codificação de AOP 741 de diversos fabricantes.
Na realidade, os AOP’s possuem pelo menos 8 terminais, como mostra a figura 1.2 que é
baseada nos AOP’s µA741 (FARCHILD) e LM741 (NATIONAL).
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Onde os pinos:
8
A figura 1.3 mostra os tipos mais comuns de encapsulamento:
Devido à entrada diferencial dos AOP’s não serem idênticas, é provocado em sua saída
uma tensão denominada “OFFSET”. Para que isso seja evitado é necessário colocar entre
os pinos 1 e 5 um potenciômetro com alimentação negativa (pino 4).
Isto evita o OFFSET evitando erros na saída conforme mostra a figura 1.4.
• Instrumentação petroquímica;
• Instrumentação nuclear;
• Instrumentação biomédica.
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1.4. Ganho de um amplificador
Av = Eo / Ei
Av(dB) = 20 log ( Eo / Ei )
A tabela 1.2 mostra algumas relações típicas em dB e que para amplificar o sinal o valor dB
assume valor positivo e quando há atenuação assume valor em dB é negativo.
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Av(dB) Eo / Ei Po / Pi
120 1.000.000 1.000.000.000.000
90 31.600 1.000.000.000
60 1.000 1.000.000
30 31,6 1.000
20 10 100
10 3,16 10
6 2 4
3 1,414 2
0 1 1
-3 0,707 0,5
-6 0,5 0,25
- 10 0,316 0,10
- 20 0,1 0,01
- 30 0,0316 0,001
- 60 0,001 0,000001
- 120 0,000001 0,000000000001
É importante observar que quando não há nem ganho nem atenuação o valor em dB é zero.
Quando se trata de potência o valor 3 dB representa que a potência de saída é o dobro da
entrada e com o valor 10 dB a potência de saída é 10 vezes maior que a entrada.
Já quando assume o valor -3 dB representa que a potência de saída é a metade da entrada e
com o valor -10 dB a potência de saída é 10 vezes menor que a entrada.
Trabalhar utilizando o conceito de dB implica em algumas vantagens, dentre elas:
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Figura 1.6 – Operações utilizando o conceito dB.
A figura 1.7 mostra a representação gráfica de uma fonte que alimenta um AOP,
que por sua vez alimenta uma carga.
VR1 = ( R1 * Vs ) / (R1 + Rs )
Quando se estipula uma tensão porcentual em VR1 em relação à tensão de entrada Vs, por
exemplo: VR1 = 90% Vs, se tem uma relação proporcional de R1 em relação à Rs sendo
R1 = 9 Rs. Caso VR1 = 99% Vs, conclui-se que R1 = 99 Rs. Logo:
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R1 ∞ VR1 = Vs
A conclusão prática é que quanto maior R1 for maior em relação a Rs maior será a
proporção Vs aplicada em R1. Logo para que a entrada no AOP seja mais próxima da
original (fonte) Vs a sua resistência de entrada R1 deve ser muito alta em relação à
resistência de saída da fonte Rs.
Através da figura 1.7, saída de AOP indica que VRL = V0 – iL * RT. À medida que RT
diminui aumenta a proporção de tensão na carga RL e quando RT = 0:
VRL = V0
Nesta condição iL fica praticamente limitada pelo valor da carga RL, pois o valor
máximo de iL realmente é limitado pelo que o AOP pode fornecer.
Por exemplo, o AOP 741 tem um valor máximo típico de corrente de 25 mA, sendo
denominada corrente de curto-circuito de saída e representada por Ios.
Nos manuais dos fabricantes a resistência de entrada é representada por Ri e de saída por
Ro.
É importante observar que na aplicação utilizando AOP não é relevante a transferir a
máxima potência e sim transferir o máximo de sinal sobre a carga (RL).
O ganho de tensão é importante para que o AOP possa receber sinais de baixas
amplitudes e amplificá-los a níveis satisfatórios. Esta aplicação é importante quando os
sinais são captados por transdutores nas mais variadas aplicações da engenharia.
A situação ideal é que o AOP tenha um ganho de tensão infinito.
Nos manuais o ganho de tensão é representado por Avo.
É fundamental o AOP ter uma largura de faixa ampla para que o sinal de qualquer
freqüência possa ser amplificado de forma adequada; isto é; sem sofrer corte ou atenuação.
Idealmente BW (“BANDWIDTH”) deveria ter a faixa de freqüência no intervalo [0 , ∞]
Hz.
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Nos manuais a variação de corrente é representada por ∆I / ∆T, sendo seu valor
fornecido por mA/ºC. A variação da tensão é representada por ∆V / ∆T e seu valor é
fornecido em µV/ºC.
Quando uma freqüência f1 varia para um valor f2 tal que f2 = 10 f1, é dito que f2
variou uma década.
De forma geral f2 variou n décadas quando f2 = 10n f1.
E quando uma freqüência f1 varia para um valor f2 tal que f2 = 2 f1, é dito que f2
variou uma oitava.
De forma geral f2 variou n oitavas quando f2 = 2n f1.
Estes conceitos são muito úteis nos estudos de AOP’s e de filtros ativos.
• Sem realimentação;
• Realimentação positiva;
• Realimentação negativa.
Este modo de operação também denominada operação em malha aberta e o ganho do AOP
é estipulado pelo fabricante, sendo sua característica é que não há controle sobre o mesmo.
Esta operação é útil quando o AOP é utilizado como comparador.
A figura 2.1 mostra a forma esquemática de um AOP sem realimentação.
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É importante observar que a saída é reaplicada à entrada não inversora do AOP através de
um resistor de realimentação Rf.
A saída é reaplicada à entrada inversora do AOP através do resistor Rf, algumas das
aplicações de AOP com Realimentação negativa são:
• Amplificador não-inversor;
• Amplificador inversor;
• Somador;
• Amplificador diferencial;
• Diferenciador;
• Integrador;
• Filtros ativos.
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Figura 2.4 – Forma esquemática de um sistema genérico de realimentação negativa.
Onde:
• Vi é o sinal de entrada;
• Vo é o sinal de saída;
• Avo é o ganho em malha aberta, dado pelo fabricante;
• B é o fato de realimentação negativa;
• Vd é o sinal diferencial de entrada, comumente denominado de Erro;
• Vf é o sinal que realimenta a entrada.
Vd = Vi – Vf ( 2.1 )
Vd = Vo / Avo ( 2.2 )
Vf = B * Vo ( 2.3 )
Substituindo ( II ) em ( I ), é obtido:
( Vo / Avo ) = Vi – Vf ( 2.4 )
( Vo / Avo ) = Vi – B * Vo ( 2.5 )
Rearranjando a equação ( V ), se tem:
Avf = 1 / B ( 2.8 )
O ganho de malha fechada pode ser controlado através do circuito de realimentação,
facilitando em muito a aplicação da técnica da realimentação negativa.
Na figura 2.5 mostra um modelo de diagrama esquemático de um AOP real. Nota-se que a
entrada é apresentada uma Ri finita, colocada entre o terminal inversor e não inversor. No
modelo está incorporada uma resistência R2 na realimentação negativa.
Onde FTCT é uma fonte controlada por tensão, a qual possui um valor igual ao produto do
ganho em malha aberta (Avo) pela tensão diferencial de entrada (Vd).
Quando a resistência Ri é muito alta (idealmente infinita) não há passagem de corrente no
circuito compreendido entre V1 e V2. Logo:
I1 + I2 = IB1 = 0
Logo:
Vb = [ Va ( Avo * R1 + Ro + R1 + R2 ) – V1 ( Ro + R2 ) ] / Avo * R1
Quando se considera Avo um valor extremamente alto tendendo ao infinito tem-se:
Vb = Va
Observe que este resultado é possível com a realimentação negativa, a qual tende a
igualar os potenciais dos pontos a e b, quando o ganho de malha aberta tende ao infinito.
Concluindo:
Vd = Vb – Va = 0 ( 2.11 )
Esta equação ( 2.11 ) está de acordo com a observada em ( 2.2 ) também é observado que
como Vb – Va = 0, independente de seus valores. Devido a isto se pode dizer que na
realimentação negativa há um curto-circuito virtual.
O termo virtual significa que há um efeito devido a uma característica intrínseca do
equipamento. Pois neste caso se tem um V = 0 apresenta I = 0, diferente do curto-circuito
real que para V = 0 e apresenta I ≠ 0.
Em um caso particular, quando o terminal não inversor estar aterrado seu potencial será
nulo, conseqüentemente o curto-circuito virtual torna-se um terra virtual.
Estas equações descritas são fundamentais para análise de circuitos com AOP’s
realimentados negativamente, sendo muito úteis em circuitos lineares básicos abordado no
capítulo 3.
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2.5. Curva de resposta em malha aberta e em malha fechada
20
Neste caso como Avf = 10 (20 dB) e BW = 1 M Hz / 10 = 100 K Hz, ou seja, acima de 100
K Hz a curva em malha fechada se confunde com a de malha aberta, logo o sinal passa a ter
uma atenuação de 20 dB/década até atingir o ponto B(fT).
Nos manuais fT é denominada como freqüência de transição ou largura de faixa de
ganho unitário.
2.6. “Slew-Rate” ( SR )
A máxima taxa de variação da tensão de saída por unidade de tempo de um AOP é definido
como “Slew-Rate”. A unidade relacionada com SR é [ V / µs ].
SR está associado à velocidade de resposta de um AOP, ou seja, quanto maior o SR melhor
o AOP.
Algumas literaturas tratam o SR como: taxa de subida, taxa de resposta, taxa de giro, dentre
outras.
Considere um sinal senoidal na entrada de um AOP, sendo sua saída:
Vo = Vp sen(wt),
Pela definição:
SR = [ dVo/dt ]max
Logo:
SR = [ V * w * cos(wt) ] wt = 0
Conseqüentemente:
SR = Vp * w ou SR = 2 * π * f * Vp ( 2.13 )
Onde: Vp é o valor de pico.
A equação ( 2.13 ) deve ser levada em conta, pois estabelece um comprometimento
entre a freqüência e o valor de pico, caso não seja observada esta dependência poderá haver
uma distorção no sinal de saída conforme mostra a figura 2.7.
Quando um AOP em operação atingir em sua saída um nível fixo, ou seja, onde a
partir daí não se observa nenhuma variação em sua saída é dito que o AOP atingiu sua
saturação.
Geralmente atinge o nível de saturação quando a saída atinge 90% do módulo de
sua alimentação, como mostra a figura 2.8.
Figura 2.8 – Sinal de saída com AOP saturado com alimentação de ±15 Volts.
Foi visto que com a realimentação negativa é possível controlar o ganho da malha
fechada (Avf ), outras vantagens também são:
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É importante observar que a equação ( 2.14 ) é válida somente para circuitos com a
configuração não-inversora.
2.8.3. Ruído
Ruído é definido como qualquer sinal indesejável que pode aparecer no sinal desejado.
As fontes de ruídos mais comuns são: motores elétricos, linhas de transmissão, descargas
atmosféricas, radiações eletromagnéticas.
Um bom aterramento é fundamental para minimizar o efeito do ruído em circuitos
eletrônicos.
Outra ação é utilizar de capacitores da ordem de 0,1 µF entre o terra e o pino do circuito
integrado ( CI ) onde se aplica a alimentação. Este capacitor funciona como passagem para
as correntes parasitas de alta freqüência, normalmente produzidas ao longo dos condutores
entre a fonte de alimentação e o circuito. Para um bom aproveitamento desta técnica o
capacitor deve estar o mais próximo possível do pino de alimentação do CI.
No caso dos AOP’s que tem a característica de alimentação simétrica, são necessários dois
capacitores conforme mostra a figura 2.9.
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Na realimentação negativa o efeito do ruído é minimizado graças suas características
intrínsecas.
Em sua estrutura interna o AOP possui um capacitor que forma uma rede de atraso
que é responsável pela taxa constante de atenuação. A figura 2.10 mostra um diagrama
esquemático deste circuito.
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Do circuito:
Av = R/ (√(R2 +R2) = 1 / √2
Ou:
Av(dB) = - 3dB
Como Xc = 1 / 2πfC
E quando,
Xc = R fc = 1 / 2πRC (2.19)
Logo: f / fc = R / Xc.
Conclui-se:
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Utilizando a equação (20) e substituindo a freqüência f, tem-se:
• f = fc Av(dB) = - 3 dB;
• f = 10 fc Av(dB) = - 20 dB;
Logo se observa que a rede de atraso existente dentro de um AOP com compensação
interna de freqüência é responsável é pela taxa de atenuação constante igual a 20
dB/década.
Foi visto que a tensão de saída possui um atraso em relação à entrada. Este ângulo de fase
varia em função da freqüência.
Verifica-se que até aproximadamente 0,1 fc o sinal de saída permanece em fase com
sinal de entrada. A partir deste valor surge um defasamento que atinge – 45º quando f = fc.
O defasamento máximo ocorre a partir de f = 10 fc estabilizando de forma assintótica em
torno de –90º.
Torna-se óbvio que o limite de θo é –90º e ocorre quando f = ∞ Hz.
A figura 2.4 mostra o diagrama de bode para a variação do ângulo de fase do sinal de saída
( θo ) em função da freqüência.
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2.10. “Rise time” (tempo de subida)
É uma característica importante do AOP, que é o tempo gasto pelo sinal de saída
para variar de 10% a 90% de seu valor final. Normalmente representado por Tr é da ordem
típica de 0,3 µs. A figura 2.14 mostra o “Rise time”.
O que determina o valor do “Rise time” ou Tr é a rede de atraso que pode ser representado
por um circuito RC série conforme a figura 2.10. O processo de carga do capacitor nesta
rede de atraso é diretamente responsável por Tr. Seja a tensão instantânea sobre o
capacitor:
vc = V( 1 – e–t/RC )
Onde V é a tensão contínua aplicada no capacitor. Sabe-se que depois de um tempo de
aproximadamente 5 RC o circuito entra em estabilidade, ou seja: vc = V(valor final).
Seja t1 o tempo para o qual vc = V/10 e t2 para vc = 9V/10, logo:
t1 ≈ 0,1 RC ; t2 ≈ 2,3 RC
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Então:
Tr = t2 – t1 Tr = 2,2 RC (2.22)
BW representa a largura de faixa da rede de atraso:
BW = 1 / 2πRC (2.23)
Substituindo as equações (2.22) em (2.23):
2.11 “Overshoot”
Característica do AOP que indica durante o estado transitório a “sobrepassagem”,
normalmente porcentual, da tensão de saída no regime permanente.
O “Overshoot” é um fenômeno prejudicial, principalmente quando se trabalha com
sinais de baixa amplitude e é dado por:
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3. Circuitos lineares básicos com AOP’s
É dito que um circuito utilizando AOP é linear quando o mesmo está operando como
amplificador. A análise de circuitos lineares com AOP é simples quando se supõe o AOP
como ideal, pois neste caso pode-se aplicar os processos comuns de circuitos elétricos
como: Leis de Kirchhoff, teorema de Thèvenin, Norton, dentre outros.
Será considerado o AOP como ideal, pois seus resultados são muito próximos de um AOP
é real. Estes resultados podem ser ainda mais precisos se for utilizado um AOP com
características melhores, ou seja, próximas de um ideal.
A denominação é dada ao AOP é devido que o sinal de saída estar defasado 180º em
relação ao sinal de entrada. A figura 3.1 mostra a configuração padrão do circuito
amplificador inversor.
Avf = vo / vi = - Rf / R1 ( 3.1)
O sinal negativo indica o defasamento do sinal de saída em relação ao sinal de entrada:
Avf = vo / vi = ( Rf / R1 ) ∟180º.
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Uma desvantagem desta configuração é que a impedância de entrada Zif é dependente
apenas de R1, ou seja:
Zif ≈ R1 (3.2)
Como comentado no item 2.8.1, a equação:
Zif = Ri ( 1 + B * Avo )
Não é válida para o AOP inversor.
B = R1 / ( R1 + Rf ) (3.3)
B = R1 / ( R1 + Rf ) (3.4)
Nota-se que esta relação é idêntica à utilizada para o AOP inversor, equação (3.3).
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Figura 3.2- Configuração de um AOP não inversor.
[ ( 0 – va ) / R1 } + [ ( vo – va ) / Rf ] = 0
- ( vi / R1 ) + { ( vo – vi ) / Rf ] = 0
Ou seja:
Avf = vo / vi = 1 + ( Rf / R1 ) (3.5)
O AOP apresenta uma tensão de “offset” na saída Vo mesmo que não haja sinais de
entrada, como mostra a figura 3.3. Para cancelar o efeito de “offset” o fabricante fornece 2
(dois) terminais que estão conectados a um estágio diferencial de entrada do AOP,
permitindo o balanceamento das correntes do coletor dos transistores. Este balanceamento
anula a diferença existente entre os valores da tensão de base e emissor. O Valor de "offset”
é dado pelo fabricante e é denominado como “INPUT OFFSET VOLTAGE” .
A figura 3.3 mostra formas de compensação de “offset”.
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Figura 3.3 – Formas de compensação de “offset”.
A figura 3.3 (a) mostra a opção convencional para compensação de “offset”, a figura 3.3 (b)
e (c) mostram opções através de resistores externos quando o AOP não possuir terminais de
ajuste de balanceamento, como por exemplo, o LM 307 do fabricante National.
Na figura 3.3 (b) optou-se por fazer a compensação utilizando a porta inversora e na
figura 3,3 (c) através da porta não inversora.
Compensar o “offset” é uma tarefa que necessita de disponibilidade de tempo e
como são necessários resistores de precisão o custo é relativamente alto. Mesmo assim a
compensação implica em redução do “offset” e não em sua eliminação.
Por isso os fabricantes indicam uma solução mais simples e barata que é a colocação de um
resistor de equalização que é explicitado pela figura 3.4.
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Figura 3.4 – Compensação de “offset” através de resistores de compensação.
A figura 3.4 (a) utiliza a realimentação negativa com entrada inversora e a figura 3.4 (b)
utiliza a realimentação negativa com entrada não inversora.
O resistor de equalização é calculado pelo equivalente do paralelo entre R1 e Rf.
Existe uma relação entre Vi(offset) e Vo(offset) e válidas para ambas configurações:
Avf = vo / vi = 1 (3.7)
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Este circuito apresenta altíssima impedância de entrada e baixíssima impedância de
saída, neste caso B = 1 o que difere dos amplificadores inversor e não inversor cujo valor
de B é menor que 1.
A figura 3.5 mostra a configuração denominada “Buffer”.
• Isolador de estágios;
• Reforçador de corrente;
• Casador de impedâncias, dentre outras.
Na figura 3.5 (b) apresenta o “buffer” casando a impedância com um outro sistema,
podendo ser um gerador de sinais por exemplo. Isto porque quando Rf assume o valor de
Rs o ganho para a configuração AOP não inversor é igual a 1.
É denominado de estágio não integrante aquele que apresenta alta impedância de entrada,
de modo a não servir de carga para o estágio anterior. Isto porque, idealmente, não drena
corrente do mesmo. A figura 3.6 mostra um exemplo de estágios não integrantes em
cascata.
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Nesta associação se tem:
O AOP inversor pode ser utilizado com circuito somador, neste caso em particular
com três entradas. Evidentemente o número de entradas pode variar. A figura 3.7 mostra
um circuito somador de 3 (três) entradas.
vo = - ( v1 + v2 + v3 ) (3.12)
vo = - ( v1 + v2 + v3 ) / 3 (3.12 a)
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vb = [ ( G1 v1 ) + ( G2 v2) + (G3 v3) ] / (G1 + G2 + G3)
Onde G = 1 / R é a condutância [ S ].
vo = ( v1 + v2 + v3 ) / 3
Aplicando a LCK no ponto b, se tem: [ (v2 – vb) / R1) - [ vb / R2] = 0, de onde se obtém:
vb = [ R2 / ( R1 + R2 ) ] v2 ( 3.15)
Substituindo a equação 3.15 em 3.14 se tem como resultado:
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vo = ( R2 / R1 ) ( v2 - v1 ) ( 3.16)
Caso um ruído qualquer afete tanto a entrada inversora quanto não inversora v1 e v2
com a mesma amplitude e fase como mostrado através da figura 3.9, este sinal deve sofrer
uma atuação diferencial e idealmente ser eliminado. Esta característica é denominada
Razão de Rejeição de Modo Comum (CMRR: Common Mode Rejection Ratio), a qual é
determinada pelo estágio diferencial do AOP.
Portando pode-se definir CMRR como sendo a propriedade do AOP de rejeitar
(atenuar) qualquer sinal de entrada aplicado simultaneamente nas entradas inversora e não
inversora.
Logo em um AOP ideal, para que resulte em vo = 0, utilizando a equação 3.16 é
necessário que v1 seja igual a v2 ( v1 = v2 ).
Em um AOP real o que ocorre é uma atenuação que depende do valor característica de
CMRR do AOP. A figura 3.10 mostra uma situação onde vc é comum à entrada inversora e
não inversora.
vo = Ad ( v2 – v1 ) (3.17)
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Onde Ad é denominado ganho diferencial de tensão. E Ac representa o ganho do
circuito, logo se tem:
vo = Ac vc (3.18)
ρ = Ad / Ac (3.19)
ou em decibéis
40
Figura 3.12 – Variação do CMRR de uma AOP em função da freqüência.
41
A figura 3.13 mostra o diagrama esquemático simplificado de um AOP de instrumentação
que permite uma boa compreensão de seu funcionamento.
Através da figura 3.13, pode se notar que a altíssima impedância de entrada é estabelecida
pelos estágios não inversores colocados em sua entrada A1 e A2 e o controle de ganho
externo ajustável de malha fechada é evidenciado através de Rg.
Os AOP de instrumentação possuem algumas limitações construtivas, alguns
possuem alto ganho mas uma baixa resistência de entrada (µA725).
Outros apresentam baixo ganho (LH0036), uma outra classe possui um grande “Slew rate”,
ou seja, uma baixa resposta à freqüência (BW), que em muitos casos é interessante para
minimizar o efeito do ruído. E em alguns casos possuem controle externo (LH0036, muito
utilizado para AOP diferencial de alta precisão).
Já outros não possuem controle de ganho ajustável. Fica portanto, a critério do
projetista avaliar quais das características citadas devem ser consideradas mais importantes.
De acordo com a figura 3.13 e utilizando o conceito de terra virtual se tem:
[ ( vx – v1 ) / R2 ] + [ (v2 – v1 ) / Rg ] = 0
42
vx = [ ( v1 Rg ) + ( v1 R2 ) + ( v2 R2 ) ] / Rg (3.21)
De outra forma:
[ ( vy – v2 ) / R2 ] + [ (v1 – v2 ) / Rg ] = 0
Logo:
Vy = [ ( v2 R2 ) + ( v2 Rg ) - ( v1 R2 ) ] / Rg (3.22)
Como o AOP de instrumentação é caracterizado por uma aplicação diferencial
comentada anteriormente, vo = ( vy – vx ), e substituindo os valores de vy e vx das
equações 3.21 e 3.22, se tem que:
vo = [ 1 + ( 2 R2 / Rg ) ] ( v2 – v1 ) (3.23)
O que leva a conclusão que controlando o valor Rg, controla-se o ganho do AOP de
instrumentação.
Para freqüências até 100 kHz o resistor tem o valor de R, pois o indutor se torna um
curto circuito e o capacitor um circuito aberto. Mas para valores acima de 100 kHz o efeito
tanto da reatância capacitiva quanto da reatância indutiva passam a não ser desprezíveis.
Logo quando um AOP está sendo utilizado em altas freqüências o resistor passa a causar
distorções em sua resposta.
Na prática adota-se para freqüência da ordem de 100 kHz resistores na faixa de
1k Ω. Para freqüência da ordem 1 MHz esta faixa é reduzia para a faixa de 1 kΩ a 10 kΩ.
Ou seja, quanto maior a freqüência menor é a faixa dos valores relacionados aos resistores.
43
3.12. Amplificador de CA com AOP
Logo:
R1 ≥ 10 / ( 2 π f C1) (3.24)
E:
RL ≥ 10 / ( 2 π f C2) (3.25)
Para o AOP não inversor é necessário incluir de um resistor (R2) para garantir o
retorno da componente CC para a terra e conseqüentemente garantir a polarização da
entrada não inversora.
Esta configuração não possui uma impedância de entrada (Zi’) alta, isto porque o
resistor R2 fica em paralelo com a impedância do circuito original e como esta impedância
(Zi) tem um valor muito alto Zi’ passa a ter um valor aproximadamente igual a R2.
Na prática é comum adotar R2 com valor na faixa de 10 kΩ a 100 kΩ.
A figura 3.16 mostra um AOP não inversor.
44
Figura 3.16 - AOP CA não inversor.
45
4. Diferenciadores, Integradores e Controladores
O AOP pode atuar como diferenciador, integrador e controlador e para isto são usados
geralmente capacitores. Devido a isto, é uma aplicação linear mais complexa que as
descritas anteriormente.
46
Aplicando LCK no ponto a, se tem: C ( dvi / dt ) + ( vo / Rf ) = 0, logo:
vo = - Rf C ( dvi / dt ) (4.2)
Como esperado o sinal de saída apresenta uma inversão em relação ao sinal de
entrada.
Caso seja aplicado um sinal triangular simétrico na entrada de um AOP
diferenciador, a sua saída será um sinal retangular, pois um sinal triangular pode ser
interpretado como um conjunto de rampas ascendentes e descendentes, logo sua derivada
será uma constante, como mostra a figura 4.3.
Figura 4.3 – Sinal triangular simétrico aplicado à entrada de um diferenciador e sua saída.
Zf = Rf + j0 e Zi = 0 – j 2 π f XC :
Avf = – j 2 π f Rf C
47
Em módulo:
Avf = 2 π f Rf C (4.3)
• Instabilidade de ganho;
• Sensibilidade a ruídos;
Figura 4.5 – AOP diferencial prático com R1 em série com capacitor de entrada.
Onde Re = R1 // Rf
48
Neste caso se tem:
Avf = - Rf / [ R1 + ( 1 / j 2 π f C ) ]
Em módulo:
Avf = ( Rf / R1 ) / √ [ 1 + ( 1 / 2 π f C R1 )2 ] (4.4)
fL = 1 / 2 π f R1 C (4.5)
Onde se:
• f > fL, o circuito atua como amplificador inversor com ganho: – Rf /R1.
É importante ressaltar que para que o funcionamento seja adequado fL deve ficar o mais
distante possível de f, nos dois sentidos.
Na prática o AOP diferenciador apresentará uma saída mais precisa se for imposta
como condição de projeto as seguintes relações:
R1 C ≤ T / 10
(4.6)
Rf ≈ 10 R1
Ou seja, a constante de tempo da rede de atraso deve ser muito menor (pelo menos
10 (dez) vezes) do que o período do sinal aplicado. E a estabilização do ganho em altas
freqüências deve ficar em torno de 10 (dez) vezes.
49
4.4 AOP Integrador
vo = ( - 1 / RC ) ∫ vi dt , no intervalo [ 0, t ] (4.7)
Caso o capacitor tenha uma tensão inicial, este valor deve ser somado ao resultado da
equação 4.7, por isso algumas vezes é utilizada uma chave em paralelo com o Capacitor C
para garantir que ele esteja descarregado antes que o AOP integrador seja utilizado. Ou seja
a chave está fechada antes da operação do AOP e aberta quando o mesmo estiver ativo. A
figura 4.7 mostra o diagrama desta configuração.
50
Quando é aplicado um sinal retangular simétrico na entrada de um AOP integrador
em sua saída se tem um sinal triangular, como mostra a figura 4.8.
Avf = - [ (1 / j 2 π f C ) ] / R1 = 1 / (j 2 π f R1 C )
Em módulo:
Avf = 1 / ( 2 π f R1 C ) (4.8)
51
4.5. AOP Integrador prático
Avf = - { ( R1 / j 2 π f C ) / [ ( Rf + ( 1 / j 2 π f C ) ] } / R1
Chegando finalmente a:
Avf = - ( Rf / R1 ) / ( 1 + j 2 π f C )
Em módulo:
Avf = ( Rf / R1 ) / √ [ 1 + ( 1 / 2 π f C Rf )2 ] (4.9)
A estabilidade do ganho acontece quando a freqüência é nula ( f = 0 ) e o valor em módulo
do ganho é de Rf / R1.
Pode-se concluir que o circuito da figura 4.9 funciona como integrador para altas
freqüências e como inversor para baixas freqüências, ou seja:
Esta freqüência, denominada de fL é a freqüência de corte de atraso do diferenciador:
52
fL = 1 / 2 π f Rf C (4.10)
Onde se:
• f < fL, o circuito atua como amplificador inversor com ganho: – Rf /R1.
É importante ressaltar que para que o funcionamento seja adequado fL deve ficar o mais
distante possível de f, nos dois sentidos.
Na prática o AOP integrador apresentará uma saída mais precisa se for imposta
como condição de projeto as seguintes relações:
R1 C ≥ T / 10
(4.11)
Rf ≈ 10 R1
Ou seja, a constante de tempo da rede de atraso deve ser muito maior (pelo menos
10 (dez) vezes) do que o período do sinal aplicado. E a estabilização do ganho em baixas
freqüências deve ficar em torno de 10 (dez) vezes.
O integrador soma pode ter mais ou menos entradas, ficando a cargo do projetista.
53
O integrador diferencial é mostrado pela figura 4.11
54
4.8. Conceitos básicos sobre controle de processos
E = Cm – Csp (4.14)
O valor de E está relacionado com a variável dinâmica do processo e pode ser: Vazão,
Temperatura, Pressão, dentre outros. De tal forma que, através da malha fechada de
controle seja processada a ação corretiva necessária para prover a estabilidade do sistema.
O valor de Cm é fornecido por um medidor que possui um transdutor adequado ao
processo. Transdutor é definido como um dispositivo que converte uma grandeza
(normalmente não elétrica) em outra (normalmente elétrica).
O conversor da figura 4.12 tem a finalidade de converter o sinal elétrico em um sinal não
elétrico atuando de forma direta o processo que é no elemento final de controle.
Normalmente a corrente de um sistema de controle é baixa, geralmente situada entre 4 a 20
mA.
O processo é realimentado negativamente e como já visto tende minimizar o erro ou desvio
( E ) tendendo a uma estabilizar o sistema compatibilizando-o com o “set-point”.
Em alguns casos quando o erro ( E ) ultrapassa um valor limite do controlador não é
possível sua correção, por exemplo, em caso de vazamento. Devido a isto é importante o
registro que pode indicar através de alarmes o operador do sistema para que atue no
mesmo.
55
É importante ressaltar que o controlador é o elemento importante no sistema, pois atua
como o “cérebro” do mesmo. O controlador analisa o sinal de erro e determina o valor
necessário para corrigir a instabilidade do sistema.
Para adequá-lo ao tipo de ação corretiva o mesmo assume 3 (três) características básicas:
• Controlador de ação proporcional ação P;
Estas três ações podem ser combinadas para melhorar a ação em um sistema de controle,
logo se pode ter: Ação PI (proporcional + integral), ação PID (proporcional + integral +
derivativa), ação PD (proporcional + derivativa), dentre outras.
A ação mais elementar de controle, também conhecido como “On-Off”. Neste tipo
de controle a saída do processo estará sempre com 0% ou 100 % de resposta, ou seja, uma
válvula estará ou totalmente fechada ou totalmente aberta.
Uma extensão natural deste controle é o conceito de controle proporcional. Neste
tipo de ação há uma relação linear entre o sinal de erro ( E ) de entrada e saída ( Po ) do
controlador, logo a saída tem uma resposta proporcional ao sinal de comando do
controlador, que é mostrada pela figura 4.13.
Po = Kp E + P1 (4.15)
Ep = ( E / ∆C ) 100 (4.16a)
A implementação eletrônica da equação 4.15 pode ser obtida através de AOP’s
conforme mostra a figura 4.14. O potenciômetro R1 permite o ajuste da constante de
proporcionalidade ( Kp ).
56
Figura 4.14 - Implementação eletrônica de um AOP de ação P.
vo = ( R2 / R1 ) ve + v1 (4.17)
Onde:
• vo corresponde a Po;
• ve corresponde a E;
• v1 corresponde a P1 para um erro nulo;
• ( R2 / R1 ) corresponde à constante de proporcionalidade Kp.
Po = KD ( dE(t) / dt ) (4.20)
58
Figura 4.16 – Implementação de um AOP de ação D.
• vo corresponde a Po(t);
• vE corresponde ao sinal de erro E(t);
• ( R2 C ) corresponde ao ganho derivativo KD.
Para que o projeto de um controlador de ação derivativa com boa estabilidade em altas
freqüências é conveniente utilizar as condições de projetos dadas pela equação 4.6, isto é:
R1 C ≤ T / 10 e Rf ≈ 10 R1.
59
5. Aplicações não lineares com AOP’s
A denominação circuitos não lineares está relacionada com os tipos de respostas dos
circuitos, os quais não são funções lineares dos sinais de entrada. Estes circuitos têm grande
aplicabilidade pratica, são eles: Comparadores, “Schmitt Trigger’s”, Oscilador com ponte
de Wien, Temporizadores, Multivibrador Astável, Gerador de Onda Dente de Serra,
Circuitos Logaritmos e Antilogaritmos, Retificadores Reguladores de Tensão.
5.1. Comparadores
Em várias situações é necessário comparar dois sinais entre si, para isso é
importante pré-estabelecer qual dos dois é a referência. É possível através de AOP’s
implementar um circuito que realize esta comparação e que por isso são denominados
comparadores.
Os comparadores produzem saídas em forma de pulsos discretos em função do nível
do sinal aplicado. Geralmente os comparadores trabalham em regime de saturação, ou seja,
se o nível for alto à saída está na saturação positiva e se for baixo a saída encontra-se na
saturação negativa.
Basicamente há dois tipos de controladores:
A figura 5.1 mostra o controlador não inversor e sua respectiva saída ou resposta.
60
É importante observar que a saída apresenta uma comutação entre estados quando o
sinal de entrada passa por zero, devido esta característica também é denominado “detector
de passagem por zero”.
Por ser um circuito de malha aberta o comparador apresenta um elevado ganho Av,
ou seja, ganho de malha aberta. Sua operação é simples é amplificada a diferença de tensão
entre as entrada não inversora e inversora e que o leva a saída de +Vsat ou –Vsat, diferença
positiva e diferença negativa respectivamente. Matematicamente é representado:
+ Vsat , se vi > 0
vo = (5.1)
- Vsat , se vi < 0
Quando a saída é positiva é dito que o comparador está operando no primeiro quadrante e
quando a saída é negativa é dito que o comparador está operando no segundo quadrante. A
figura 5.2 mostra um exemplo de operação de um comparador não inversor.
61
5.1.2. Comparador inversor
62
Matematicamente é representado:
+ Vsat , se vi < 0
vo = (5.2)
- Vsat , se vi > 0
Quando a saída é positiva é dito que o comparador está operando no segundo quadrante e
quando a saída é negativa é dito que o comparador está operando no quarto quadrante.
Nos dois exemplos de comparadores o referencial adotado é a terra e normalmente uma
pequena diferença de tensão é suficiente para acionar o comparador levando-o a
comutação, na ordem de 1 mili Volt.
E possível utilizar uma referência, caso necessário, diferente de nulo, o que é alterado é o
ponto de comutação. A figura 5.4 mostra um comparador com referência não nula.
Matematicamente é representado:
Pode-se dizer que todos os comparadores são casos particulares de uma situação
genérica, representada pela figura 5.6, na qual um AOP opera como comparador, em malha
aberta, cujas entradas são aplicadas v1 (inversora) e v2 (não inversora). No qual se aplica a
equação 5.4.
63
vo = Avo ( v2 – v1 ) (5.4)
v1 = 0
Condição: vo = Avo vi
v2 = vi
• Comparador inversor:
v1 = vi
Condição: vo = - Avo vi
v2 = 0
v1 = vi
Condição: vo = Avo ( vref - vi )
v2 = vref
O que reflete a concordância com os resultados obtidos nas equações 5.1, 5.2 e 5.3.
64
5.2.1. Primeiro método
Este método consiste na utilização de dois diodos Zener conectados “anodo contra anodo”
ou “catodo contra catodo”, colocados entre a saída e o terminal inversor do AOP. Como
mostra a figura 5.7.
65
5.2.3. Terceiro método
Neste método é escolhido quando se quer ter níveis de saída compatíveis com a
família TTL, portanto o Diodo Zener Vz deve possuir um valor superior a 5,1 Volts. A
figura 5.9 mostra a implementação do circuito.
Nota-se que no semiciclo negativo há uma tensão negativa de 0,7 Volts devido à
polarização direta do diodo Zener.
66
Figura 5.10 – Pinagem do comparador LM 311 da National semiconductors.
67
O LM 339 apresenta uma velocidade de comutação, em torno de 1.300 ns, mas pelo
fato de possuir 4 (quatro) comutadores em um único encapsulamento e seu baixo consumo
o torna economicamente viável.
Os comparadores sob forma de CI apresentam características que o tornam
superiores aos comparadores implementados utilizando AOP’s, as principais são:
• Alto ganho;
• Ampla resposta em freqüência (BW);
• Grande velocidade de comutação
68
exemplo: 50 mV, 100 mV, dentre outros, que depende do valor de pico a pico da tensão de
ruído ou interferência sobreposta ao sinal normal de entrada. A diferença entre estes dois
níveis é denominada margem de tensão de histerese (VH):
Figura 5.12 – Atuação de um comparador comum (b) e um “Schmitt Trigger” (c), sob um mesmo sinal
(a).
Na figura 5.12 (a) o sinal apresenta em seu semiciclo negativo um ruído. Este ruído
provoca no comparador inversor, comutações errôneas conforme indica a figura 5.12 (b).
Supondo que a referência do comparador é o valor de VDI, se aplicarmos histerese
ao comparador se tem uma saída de acordo com a figura 5.12 (c), ou seja, neste caso o
ruído no sinal não provoca nenhuma comutação ou chaveamento indevido.
69
Graças à histerese as comutações só ocorrem após ser atingido os níveis de disparo
(VDS ou VDI).
VDS = [ R1 / ( R1 + R2 ) ] +Vsat
(5.6)
VDI = [ R1 / ( R1 + R2 ) ] -Vsat
Na prática é estabelecido que +Vsat é aproximadamente 1,5 de V e -Vsat é
aproximadamente 1,5 de –V. Logo VDS e VDI dependem das tensões de alimentação do
comparador.
A figura 5.15 mostra a curva característica ou curva de transferência de um
comparador inversor regenerativo. Esta curva mostra uma relação entre os sinais de entrada
e saída o que permite compreende o funcionamento do circuito e a aplicação da histerese
em um comparador.
70
Figura 5.15 – Curva característica de um AOP inversor regenerativo.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
71
7. Filtros Ativos
A noção intuitiva de filtro é a de um elemento inserido em um sistema capaz de
separar do todo, o desejável do indesejável.
No campo das telecomunicações, instrumentação industrial e biomédica,
teleprocessamento, dentre outros; os filtros possuem acentuadas aplicações.
7.1. Definição
• Função executada;
• Tecnologia empregada;
72
7.2.1.3. Filtros Passa-Faixa (PF)
Este filtro só permite a passagem de freqüências situadas entre uma freqüência de corte
inferior (fci) e outra superior (fcs), onde freqüências inferiores à freqüência de corte inferior
e superiores à freqüência de corte superior são atenuadas.
Este filtro só permite a passagem de freqüências situadas abaixo uma freqüência de corte
inferior (fci) e acima de outra superior (fcs), onde as freqüências entre as freqüências de
corte inferior e superior são atenuadas.
A figura 7.1 (a) mostra a simbologia adotada e a figura 7.1 (b) mostra a resposta dos
mesmos na situação ideal.
73
7.2.2. Classificação quanto à tecnologia empregada
São construídos com elementos passivos, tais como: resistores, capacitores e indutores.
Tais filtros são inviáveis em baixas freqüências por exigirem indutores de grande tamanho
e em baixas amplitudes causam uma atenuação das mesmas.
São construídos com alguns elementos passivos associados a elementos ativos, atualmente
utilizam amplificadores operacionais com elemento ativo aproveitando as suas
características. Alta impedância de entrada e a baixa impedância de saída são associadas as
suas outras características permitem implementar filtros de grandes qualidades.
Anteriormente foram utilizadas válvulas, primeira geração, posteriormente transistores,
segunda geração e atualmente AOP’s, terceira geração.
Os filtros ativos possuem uma série de vantagens em relação aos filtros passivos:
74
• Atualmente não podem ser aplicados em sistemas de média e alta potência,
como por exemplo, em acionamentos industriais.
Utilizam componentes digitais como elementos construtivos. São aplicados quando o sinal
está em forma digital. São muito utilizados em sistema de transmissão de dados.
São filtros que são projetados baseados em uma função resposta ou aproximação e possuem
uma função matemática específica, através da qual se consegue uma curva de resposta
aproximada para um determinado filtro.
Em relação à função de resposta utilizada os filtros mais comuns são os filtros
Butterworth, Chebshev e Cauer (também conhecido como Elíptico).
• wc é a freqüência de corte;
75
Figura 7.2 – Curvas de resposta para ordens 2, 4, 6 e 8 e comparando com filtro ideal Passa-Baixa.
A resposta do filtro Butterworth é considerada plana, porque não possui nenhuma oscilação
denominada “Ripple”. A resposta máxima é na vizinhança de w = 0, conforme mostra a
figura 7.2.
Pode-se observar que quanto maior a ordem do filtro mais sua reposta aproxima de um
filtro Ideal.
Quando se considera w >> wc, pode-se aproximar a equação 7.1 de:
TA = 20 n log(w/wc) (7.3)
Para n = 1, TA = 20dB/década. Para n = 2, TA = 40 dB/década e assim sucessivamente.
A figura 7.3 mostra o filtro Butterworth Passa-Alta
76
Figura 7.3 – Curvas de resposta para ordens 2, 4, 6 e 8 e comparando com filtro ideal Passa-Alta.
Figura 7.4 – Curvas de resposta para ordens 2, 4, 6 e 8 e comparando com filtro ideal
Passa-Faixa.
77
A figura 7.5 mostra o filtro Butterworth Rejeita-Faixa
Figura 7.5 – Curvas de resposta para ordens 2, 4, 6 e 8 e comparando com filtro ideal Rejeita-Faixa.
O filtro Chebshev possui uma eficiência maior que o filtro Butterworth na vizinhança da
freqüência de corte, principalmente em baixa ordem. Mas apresenta “ripples” na faixa de
passagem conforme mostra a figura 7.6. Os “ripples” na faixa de passagem são iguais à
ordem do filtro.
Onde:
• KPB é o ganho do filtro quando a freqüência w é nula;
• wc é a freqüência de corte;
• Cn é o polinômio de Chebshev.
A taxa de atenuação (TA) do filtro de Chebshev é na maioria das vezes superior a 20n
dB/dècada. Seu valor pode ser calculado pela expressão:
de onde se obtém:
Da qual se obtém:
79
7.2.3.3. Filtro Cauer ou Elíptico
Este tipo de filtro apresenta “Ripples” tanto na faixa de passagem quanto na faixa de
corte. Todavia são os que têm a melhor definição em termos de freqüência de corte, ou seja,
sua faixa de transição é a menor dos filtros mencionados.
São normalmente usados em filtros de alta precisão no ponto de corte. A figura 7.7
mostra a resposta típica para um filtro elíptico ou Cauer.
80
8. Projetos de filtro ativos
No capítulo anterior foram vistos os fundamentos teóricos sobre filtros ativos. Neste
capítulo são desenvolvidos alguns projetos de filtros ativos.
Existem várias formas de implementação de filtros ativos as mais comuns são a
estrutura de realimentação múltipla, MFB (Multiple-Feed-Back) e a estrutura de fonte de
tensão, VCVS (Voltage-Controlled-Voltage-Source). Estas duas estruturas são utilizadas
por apresentarem:
• Boa estabilidade;
• Baixa impedância de saída;
• Facilidade de ajuste de ganho e de freqüência;
• Não necessitam de muitos componentes externos.
Um fator limitante é que o máximo valor do fator Qo para estas estruturas é da ordem de 10
(dez).
É importante verificar que a estrutura MFB apresenta ganho invertido.
Com estas estruturas é possível implementar qualquer tipo de função resposta, Butterworth,
Chebshev, Bessel, dentre outros apenas alterando os valores dos componentes da estrutura,
os quais são encontrados em tabelas obedecendo as condições de projeto dos filtros.
O filtro Passa-Baixa de primeira ordem utilizando a estrutura VCVS é mostrado pela figura
8.1.
K = 1 + R3 / R2 (8.1)
Para atenuar o efeito do “Offset” R1 assume o valor de:
81
1/R1 = 1/R2 + 1/R3 (8.2)
O valor de R1 esta ligado à freqüência de corte:
R1 = 1 / ( b wc C ) (8.3)
Onde b é uma constante que determina o tipo de função resposta para o filtro. Para filtros
de ordem maiores e iguais a 2 (dois).
Substituindo R3 da equação 8.1 na equação 8.2 se obtém:
R2 = [ K / ( K - 1 ) ] R1 (8.4)
Substituindo R2 da equação 8.1 na equação 8.2 se obtém:
R3 = K R1 (8.5)
82
Figura 8.2 – Filtro Passa-Baixa de segunda ordem (VCVS).
K = 1 + R4 / R3 (8.6)
Resistência R1:
C1 ≤ [ a2 + 4b ( K – 1 ) ] C2 / 4 b (8.11)
Obedecendo estas equações, de 8.6 a 8.11 o filtro é projetado.
A tabela 8.2 mostra as etapas do projeto de um filtro Passa-Baixa de segunda ordem de
estrutura de fonte de tensão controlada por tensão (VCVS).
Passos Etapas do Projeto
83
1 Estabelecer o valor de K, K > 0.
2 Estabelecer o valor da freqüência de corte fc.
3 Estabelecer o valor de PR (caso o filtro for Chebshev)
4 Determinar os parâmetros a e b através de consulta à tabela adequada.
5 Determinar C2 = 10/fc.
6 Determinar C1, equação 8.11.
7 Determinar R1, equação 8.7.
8 Determinar R2, equação 8.8.
9 Determinar R3, equação 8.9.
10 Determinar R4, equação 8.10.
11 Montar um protótipo e realizar ajustes.
12 Ajustar K e fc.
13 Montar o circuito definitivo.
Tabela 8.2 – Etapas do projeto para implementar um filtro de segunda ordem (VCVS).
Figura 8.3 – Filtro de segunda ordem com estrutura de realimentação múltipla (MFB).
Ganho:
K = - R2 / R1 (8.12)
Resistência R2:
84
R2 = 2 / { a C2 + √ [ a2 C2 - 4 b C1 C2 ] wc } (8.13)
Resistência R1:
R1 = R2 / K (8.14)
Resistência R3:
R3 = 1 / ( b C1 C2 R2 wc2 ) (8.15)
Os parâmetros a e b são obtidos em tabelas apropriadas e definem o tipo de função resposta
ou aproximação desejada.
A escolha de C2 comercial próximo a 10/fc, determina-se o máximo valor comercial de C1
baseado na seguinte equação:
C1 ≤ a2 C2 / [ 4b ( K – 1 ) ] (8.16)
É importante verificar que o valor comercial C1 deva ser o maior possível,
respeitando a equação 8.16.
Os resistores R1, R2 e R3, devem ter os valores o mais próximo possível dos valores
calculados pelas equações 8.14, 8.13 e 8.15, respectivamente.
A tabela 8.3 mostra as etapas do projeto de um filtro Passa-Baixa de segunda ordem MFB.
85
O filtro Passa-Alta estrutura VCVS é mostrado através da figura 8.4, observa-se que
é a mesma topologia do filtro Passa-Baixa apenas trocando o posicionamento dos
elementos R1 e C.
Ganho:
K = 1 + R3 /R2 (8.17)
Resistência R1:
R1 = 1 / wc C (8.18)
R2 = K R1 / ( K – 1 ) (8.19)
Resistência R3:
R3 = K R1 (8.20)
86
A tabela 8.4 mostra as etapas do projeto da implementação de um filtro Passa-Alta de
primeira ordem de estrutura VCVS.
87
Ganho:
K = 1 + R4 / R3 (8.21)
Resistência R1:
R1 = 4b / { a + √ [ a2 C2 + 8 b ( K – 1 ) ] wc C } (8.22)
Resistência R2:
R2 = b / ( C2 R1 wc2 ) (8.23)
Resistência R3, para K > 1:
R3 = K R1 / ( K – 1 ) (8.24)
Resistência R4:
R4 = K R1 (8.25)
Relembrando que o valor de C é conveniente que seja um valor comercial em torno de 10/fc
e que o “Offset” é atenuado pois obedecendo este equacionamento obtém-se para R1: R1
= ( R2 R3) / (R2 + R3).
A tabela 8.5 mostra as etapas do projeto para um filtro Passa-Alta de segunda ordem
VCVS.
88
8.6. Filtro Passa-Alta de segunda ordem MFB
Ganho:
K = - C1 / C2 (8.26)
Resistência R1:
R1 = a / [ ( 2 C1 + C2 ) wc ] (8.27)
Resistência R2:
R2 = b ( 2 C1 + C2 ) / ( a C1 C2 wc) (8.28)
Figura 8.7 – Combinações de filtros de primeira e segunda ordem para obtenção de ordens superiores.
90
Como o ganho de uma associação em cascata é dado pela soma em decibéis (dB), ou seja,
pelo produto dos ganhos é interessante distribuir este os ganhos entre os estágios e no final
compor o ganho total. De forma geral quando se associa m estágios com ganho final KT o
ganho de cada estágio K é dado por:
K = ( KT )1/m (8.29)
Figura 8.8 – Projeto de um filtro Passa-Baixa de ordem 3, utilizando dois filtros em cascata e ordem 2 e
posteriormente de ordem 1.
Figura 8.9 – Projeto de um filtro Passa-Baixa de ordem 3, utilizando dois filtros em cascata e ordem 2 e
posteriormente de ordem 1.
92
Os filtros Passa-Faixa também podem ser implementados com as estruturas MFB e VCVS.
Outra opção, inclusive mais simples, é associar em cascata um filtro Passa-Baixa e
posteriormente um filtro Passa-Faixa. É importante lembrar que os filtros devem ser de
mesma ordem, assim o filtro resultante terá a ordem em dobro. A figura 8.10 esta aplicação.
Figura 8.10 – Filtro Passa-Faixa utilizando um filtro Passa-Baixa e posteriormente um filtro Passa-
Alta.
93
A figura 8.12 mostra a implementação de um filtro Passa-Faixa com estrutura de
realimentação múltipla. O fator Qo (fator de qualidade) está intimamente ligado com os
valores de componentes passivos do circuito, não podendo exceder a 10 (dez).
K = R3 / 2 R1 (8.32)
Resistor R1:
R1 = Qo / ( wo C K ) (8.33)
Resistor R2:
R2 = Qo / [ wo C ( 2 Qo2 – k ) ] (8.34)
Resistor R3:
R3 = 2 Qo / ( wo C ) (8.35)
94
Passos Etapas do Projeto
1 Estabelecer fc1 e fc2.
2 Determinar fo e wo, equação 8.30.
3 Determinar Qo, equação 7.4.
4 Estabelecer o valor de K equação 8.31.
5 Determinar o valor comercial em torno de C = 10/fc.
6 Determinar R1, equação 8.33.
7 Determinar R2, equação 8.34.
8 Determinar R3, equação 8.35.
9 Montar um protótipo e realizar ajustes.
10 Ajustar K e fo.
11 Montar o circuito definitivo.
Tabela 8.7 – Etapas do projeto de um filtro Passa-Faixa MFB.
Os procedimentos para determinar fo, Qo e C são análogos aos utilizados para o filtro
Passa-Faixa. E os valores para obter os resistores são:
Resistor R1:
R1 = 1 / ( 2 Qo wo C ) (8.36)
Resistor R2:
R2 = 2 Qo / ( wo C ) (8.37)
95
Resistor R3:
1/R3 = 1/R2 + 1/R3 (8.38)
Os valores fo e K podem ser ajustados através de R1 e R2. A tabela 8.8 mostra as etapas do
projeto de um filtro Rejeita-Faixa.
96