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VIBRAÇÕES E ACELERÔMETROS
NOVEMBRO DE 2007
Autores:
Fernando Barbarini
Jim Silva Naturesa
Leonardo Gonçalves
Ronie Von
Vibrações e Acelerômetros
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INDICE
1. INTRODUÇÃO 4
1.1. O QUE É VIBRAÇÃO? 4
2. MEDIÇÃO E ACELERÔMETROS 6
2.1. ACELERÔMETRO PIEZOELÉTRICO 7
2.1.1. EXEMPLO DE ACELERÔMETROS COMERCIAIS 12
2.2. SHAKER ELETRODINÂMICO - SISTEMA UNHOLTZ DICKIE 13
2.3. SHAKER HIDRÁULICO - SISTEMA LANSMONT 15
3. APLICAÇÕES DOS ACELERÔMETROS PIEZOELETRICOS 17
3.1. MEDIÇÕES DE VIBRAÇÃO EM ROLAMENTOS 17
3.2. ENSAIOS TÍPICOS DE VIBRAÇÃO EM CORPOS DIVERSOS 26
3.2.1. FINALIDADE DOS ENSAIOS DE VIBRAÇÃO 27
3.2.2. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE VIBRAÇÃO 27
3.2.3. APLICAÇÃO DOS ENSAIOS DE VIBRAÇÃO 28
4. REFERÊNCIAS 36
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1. INTRODUÇÃO
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2. MEDIÇÃO E ACELERÔMETROS
A amplitude da vibração pode ser quantificada de diversas maneiras, tais como: nível pico-
a-pico, nível de pico, nível médio e o nível quadrático médio ou valor eficaz (ou RMS – Root Mean
Square). A figura 2 apresenta as diversas formas de se quantificar as vibrações.
O valor pico-a-pico indica a máxima amplitude da onda senoidal e é usado, por exemplo,
onde o deslocamento vibratório da máquina é parte crítica na tensão máxima de elementos de
máquina. O valor de pico é particularmente usado na indicação de níveis de impacto de curta
duração. O valor médio é usado quando se quer se levar em consideração um valor da
quantidade física da amplitude em um determinado tempo. O valor RMS é a mais importante
medida da amplitude porque ele mostra a média da energia contida no movimento vibratório -
mostra o potencial destrutivo da vibração (Fernandes, 2000), (Marques, 2007).
Os parâmetros de vibração devem ser medidos em unidades métricas de acordo com a
norma ISO, conforme a tabela 1. A constante gravitacional g também pode ser usada nos níveis
de aceleração, tomado como 9,81 m2/s.
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Pela análise da figura 3 percebe-se que o material piezoelétrico é colocado entre uma base
sólida fixa e um elemento móvel. Este elemento é acionado por um diafragma, gerando um a força
eletromotriz proporcional à força aplicada. A flexibilidade do sensor piezoelétrico pode ser
aumentada fazendo longas faixas do material e montando-as como vigas ou diafragmas (Paulino,
2007).
Os principais materiais piezoelétricos são: cristais – sem centro de simetria, cerâmicas – a
piezoeletricidade é induzida por aplicação de um elevado campo elétrico a uma determinada
temperatura e os polímeros. Os mais utilizados são as cerâmicas e os polímeros. As cerâmicas
possuem um preço menor e são mais fáceis de serem fabricadas. Entretanto, elas têm alta
impedância acústica, são rígidas e frágeis – limitando sua flexibilidade como transdutor. Os
polímeros são acusticamente bem adaptáveis e flexíveis, mas possuem baixo acoplamento
eletromecânico, baixa constante dielétrica e elevado custo de fabricação. Os melhores
transdutores são os compósitos de polímero e cerâmica, pois combinam alto acoplamento
eletromecânico, baixa impedância, constante dielétrica constante e preços moderados (Paulino,
2007).
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..
Vout = K x
Onde K é a sensibilidade do acelerômetro [mV/g].
Os acelerômetros possuem uma faixa dinâmica útil, abaixo da sua freqüência de
ressonância – veja figura 5. Nas medições de vibrações, há necessidade de se escolher o
acelerômetro correto para cada freqüência a ser medida. Normalmente conecta-se o acelerômetro
diretamente no medidor de vibração medição (que contém um pré-amplificador). O medidor indica
o nível RMS da aceleração, velocidade ou deslocamento. Normalmente os acelerômetros
possuem uma escala de até 1000 g, com uma faixa de freqüência acima de 100 kHz. O limite de
aplicação normalmente é imposto pelo pré-amplificador do sinal do sensor que possui uma faixa
de freqüência menor. A figura 6 mostra as conexões típicas de medição (Cetinkunt, 2007)
(Fernandes, 2000).
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Com base na figura, podem-se escrever as tensões de saída do transdutor (VAB) e a tensão
de entrada (VEF). A tensão VEF é função do comprimento do cabo, sendo que para cada
comprimento o circuito deve ser calibrado.
q
V AB =
C1
q
VEF =
C1 + C2 + C3
Se for utilizado um pré-amplificador (Charge amp) a tensão de saída será dada por:
q
Vout =
Cf
Eliminando os problemas associados ao comprimento do cabo, pois a tensão de saída
depende apenas do capacitor de realimentação Cf. Entretanto, o problema de utilizar um pré-
amplificador é que o ruído na saída do amplificador é diretamente proporcional à razão de
(C1+C2+C3) por Cf. Por exemplo, um acelerômetro modelo 339B01 da PCB Piezotronics possui as
seguintes características: sensibilidade 100 mV/g, faixa de freqüência acima de 2 kHz, amplitude
acima de 50g com resolução de 0,002g (Cetinkunt, 2007).
Escalas logarítmicas são usadas para construir os gráficos com as amplitudes de vibração.
Também é utilizada a escala decibel (dB) para comparar níveis. O decibel (dB) é a relação de um
nível qualquer em relação ao nível de referência (Fernandes, 2000).
Os níveis em dB são dados por:
⎛ a ⎞
N(dB) = 20 log10 ⎜ ⎟
⎜a ⎟
⎝ ref ⎠
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Estes acelerômetros são de uso geral e de princípio piezoelétrico. Eles podem operar em uma
ampla faixa de temperatura, sem perder as características especificadas.
2.1.1.1 Especificações:
• Impedância de entrada: 20,000 megohms min at 75º F, 500 megohms min at 500º F
• Linearidade: 2%
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• Weight: 27 gramas
• Mesa: Está instalada pelo eixo central, onde está a bobina de campo variável. É sobre ela que
a amostra deve ser instalada.
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Foto 1 – Excitador de vibração – posição vertical Foto 2 – Excitador de vibração – posição horizontal
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Excitador: Composto pelo pistão e pela servo-válvula, é ele quem vibra transmitindo energia a
amostra de ensaio. O pistão é o atuador hidráulico e a servo-válvula controla o fluxo de óleo
pelo pistão, fazendo que ele vibre.
Mesa: Está acoplada ao pistão. É sobre ela que as amostras de ensaio são instaladas. Ela é
sustentada por quatro colunas posicionas em seus cantos, balões pneumáticos instalados entre
as colunas e a mesa controlam a altura dela e impedem que ela se assente sobre o pistão.
Controlador de Vibração: Não só controla a vibração da mesa, como também contêm toda a
parte eletrônica de monitoramento e de interface entre as diversas partes do sistema. Ele
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possui quatro canais de entrada para acelerômetros tipo ICP de 50mV/g, usados para o
controle da mesa. Estas entradas também podem ser usadas, em conjunto com outros
equipamentos, para monitorar amostras de ensaio (atualmente o módulo de monitoramento de
amostras está desativada). O controlador possui também uma entrada para controle remoto,
que permite que outros controladores controlem a mesa.
Unidade de Sustentação: Responsável por controlar a pressão nos balões que sustentam a
mesa. A pressão dos balões é calculada de acordo com a massa instalada sobre o shaker (isto
inclui o peso da mesa).
Obs: Antes de começar cada ensaio, verifique se as conexões estão corretas, para isto use o
manual do sistema.
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Segundo Bezerra (2004) e Michalak et al. (2007) os rolamentos podem gerar vibrações
devido a variações de conformidade, ou, dos esforços entre seus componentes no tempo. As
variações dos esforços estão diretamente relacionadas ao número de esferas ou rolos. Ao longo
do tempo, esses esforços tendem a causar fadiga nos componentes do rolamento. Há diversas
técnicas de detecção de falhas nos rolamentos tais como, técnicas no domínio do tempo, no
domínio da freqüência, cepstrum e a técnica no domínio tempo-freqüência.
Em geral, os rolamentos estão submetidos a cargas radiais que geram um campo de carga
– veja figura 11. À medida que as esferas entram e saem da dessa região surgem vibrações no
rolamento, mesmo estando o rolamento em perfeito estado. De acordo com Bezerra (2004), este
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sinal ruidoso é bem visível quando o sinal de um rolamento em perfeito estado é observado no
domínio do tempo. A figura 12 são apresentadas três possíveis formas de carregamento radial do
anel interno do rolamento, em relação ao fator de distribuição de carga.
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Figura 14 – Pico e valor de rms para um rolamento com defeito. Fonte: Bezerra, 2004.
Outra técnica utilizada é a energia residual. Essa técnica consiste em obter o sinal do
rolamento sem defeito e em seguida calcula-se a densidade espectral de potência do sinal que
servirá de padrão DEP (Sp). Quando se deseja saber a condição do rolamento, uma nova
aquisição é feita e em seguida, calcula-se a sua densidade espectral de potência DEP (Sr). A
energia residual é o valor da área obtida a partir do módulo da diferença das duas densidades
(Bezerra, 2004).
Esse processo pode ser visualizado na figura 12. A figura apresenta a energia residual
obtida para um rolamento com defeito na pista interna. Na figura 12 (a) estão representados os
gráficos da densidade espectral de potência do rolamento sem defeito (linha vermelha contínua) e
do mesmo rolamento após o surgimento de defeito na pista interna. Para a freqüência de 2.568 Hz
a densidade espectral vale aproximadamente 2,2 g2s/Hz (sem defeito) e para a freqüência de
5.160 Hz vale 2,0 g2s/Hz (com defeito). A Figura 15 (b) mostra o gráfico obtido a partir do módulo
da diferença do sinal do rolamento com defeito e do sinal sem defeito (Bezerra, 2004).
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Bezerra (2004) realizou uma série de ensaios a fim de determinar as freqüências em que
ocorrem alguns dos principais defeitos nos rolamentos. A figura 16 apresenta um esquema da
bancada de ensaios realizados. A figura 17 mostra um foto da bancada de ensaios com os
acelerômetros e o sistema de aquisição de dados.
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Figura 17 – Foto da bancada de ensaios – detalhe dos rolamentos com os acelerômetros. Fonte:
Bezerra, 2004.
Entretanto, antes de iniciar os ensaios, ele obteve via simulação matemática as principais
freqüências de ressonância dos componentes do rolamento, tais como, freqüência de ressonância
da pista interna, externa e da esfera. A tabela 2 mostra as freqüências de ressonâncias para as
diversas peças do rolamento. A tabela 3 apresenta os resultados obtidos no ensaio. As
freqüências foram um pouco diferentes das calculadas. Nas figuras seguintes podem ser
visualizados os gráficos dos ensaios e fotos dos rolamentos.
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Figura 19 - Parâmetros estatísticos para rolamento que ocorreu fusão da gaiola. Fonte: Bezerra,
2004.
Figura 20 – Energia residual para o rolamento com defeito na pista interna. Fonte: Bezerra, 2004.
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Uma das áreas mais importantes da engenharia moderna consiste na análise e revisão do
comportamento dinâmico de sistemas físicos. Através de simulações destes comportamentos, é
possível determinar os seus pontos frágeis. Muitas vezes, apenas pequenas alterações no projeto,
podem tornar o seu produto mais resistente e conseqüente mais confiável.
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Dentro dos diversos ensaios realizados na área de vibração imaginemos a seguinte situação:
Uma empresa decide desenvolver um novo sistema de embalagem, para tanto será necessário
uma integração entre as áreas de Marketing, que tem como objetivo diferenciar produtos para
aumentar as vendas, e Técnica, que busca embalagens eficientes no desempenho de suas
funções na cadeia logística. Neste caso um dos pontos de mais importância para a área técnica
torna-se a proteção, que deve garantir a qualidade do produto até a sua utilização, sendo
necessárias embalagens com resistência mecânica adequada, acolchoamento entre outros.
Mas apesar de todo este processo como garantir que os equipamentos cheguem ao seu destino
como partiram de sua origem ?
A verificação da eficácia de uma embalagem pode ser garantida através da simulação de
transporte em laboratório (mesa de vibração) que auxiliam na identificação de avarias no produto e
embalagem, indicando as causas prováveis, através de diversos parâmetros adotados que
refletem os esforços nos diversos graus de severidade existentes no transporte.
Para realização dos ensaios de vibração o equipamento, na maioria dos casos, não é testado em
funcionamento. A situação de funcionamento poderá ocorrer dependo do tipo de ensaio de
vibração realizado.
Basicamente a montagem consiste em fixar o equipamento sobre uma mesa vibratória que o
”excitará”. A fixação, dependendo do tipo de ensaio e produto, poderá ser realizada diretamente
através de barras laterais/”unhas” ou de forma indireta, onde o fabricante fornece um dispositivo de
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fixação sobre o qual a amostra é posicionada e este é fixado através de parafusos a mesa
vibratória.
Foto 11– Fixação direta (barras laterais) Foto 12– Fixação Indireta (dispositivo de fixação) –
auxílio de “unhas” laterais
Os Ensaios de Vibração Funcional são ensaios que visam avaliar se o equipamento é capaz de
continuar funcionando normalmente durante o teste.
O equipamento é montado na sua configuração normal de uso e enquanto opera sua funções, é
excitado não podendo sofrer interferência na sua operação.
Como exemplo de equipamentos testados nesse ensaio tem-se: microcomputadores, impressoras,
equipamentos lotéricos.
Os ensaios que podem ser utilizados para esse tipo de aplicação são os Ensaios de Vibração
Senoidal, de Vibração Aleatória e de Choque.
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Os ensaios que podem ser utilizados para esse tipo de aplicação são os Ensaios de Vibração
Senoidal, de Vibração Aleatória e de Choque.
Os Ensaios de Simulação de Transporte são ensaios que simulam a condição real de transporte
do equipamento.
Essa simulação pode ser de transporte aéreo, marítimo ou rodoviário. Todos realizados com bases
em normas nacionais e internacionais.
O ensaio pode ser realizado com o equipamento embalado ou desembalado. Durante o ensaio, o
equipamento não pode sofrer nenhum tipo de dano estrutural. Caso o equipamento esteja
embalado, a embalagem deve sofrer o mínimo de danos possíveis e deve também proteger a
integridade do equipamento.
Como exemplo de equipamentos testados nesse ensaio tem-se: computadores, centrais
telefônicas.
Os ensaios utilizados para esse tipo de aplicação são os Ensaios de Vibração Senoidal e de
Vibração Aleatória.
3.2.3.6 Fadiga
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Os Ensaios de Fadiga tem como objetivo determinar o quanto o equipamento sob ensaio é capaz
de resistir a esforços repetitivos durante longos períodos.
Existem também os ensaios de Fadiga Torcional e de Fadiga Flexional. São ensaios severos que
solicitam bastante o equipamento sob ensaio.
Nesse tipo de ensaio o equipamento é solicitado com a intenção de ficar vibrando até quebrar ou
sofrer algum dano em sua estrutura que comprometa o seu funcionamento. Os esforços que o
equipamento sofre nesse tipo de ensaio são esforços que se acumulam num mesmo ponto,
fazendo com que esse ponto fique tencionado.
Em alguns ensaios de Fadiga o equipamento pode não chegar a quebrar. Caso isso aconteça, o
equipamento é considerado de vida infinita.
Como exemplo de equipamentos testados nesse ensaio tem-se: virabrequim.
O ensaio que pode ser utilizado para esse tipo de aplicação é o Ensaio de Vibração Senoidal.
Os Ensaios de Resistência de Embalagens são ensaios que visam avaliar a capacidade que a
embalagem tem de absorver os impactos externos mantendo a integridade do equipamento.
Esse tipo de ensaio é geralmente realizado com a embalagem lacrada de fábrica, pois evita que o
equipamento seja montado errado dentro da embalagem.
Como exemplo de equipamentos testados nesse ensaio tem-se: computadores, monitores.
O ensaio que pode ser utilizado para esse tipo de aplicação são os Ensaios de Vibração Senoidal,
de Vibração Aleatória e os Ensaios de Queda Livre.
Os Ensaios de Impactos, Choques e Quedas são ensaios que visam avaliar encaixes, conexões,
embalagem de equipamentos sensíveis a esses tipos perturbações.
Nos Ensaio de Impactos e Choques os equipamentos sob ensaio são montados nas suas
condições reais de uso podendo estar operando suas funções normalmente ou podendo não estar
operando nenhuma função. Os choques são aplicados com um intervalo de tempo entre eles,
sendo que no final dos choques o equipamento não pode ter sofrido nenhum tipo de dano
estrutural.
No Ensaio de Queda Livre os equipamentos são soltos a uma altura especificada por normas,
sendo que após a queda o equipamento não pode ter sofrido nenhum tipo de danos estruturais
como trincas, amassados, arranhões.
Como exemplo de equipamentos testados nesse ensaio tem-se: motores de limpador de pára-
brisa, microcomputadores.
Os ensaios que podem ser utilizados para esse tipo de aplicação são os ensaios de Choque e de
Queda Livre
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Ensaio caracterizado pela excitação por um sinal harmônico (senoidal), desenvolvido dentro de um
intervalo específico de freqüência, o qual é varrido continuamente a uma taxa de varredura
específica que pode ser linear (hertz por segundo) ou logarítmica (oitavas por minuto). Quanto
maior for a taxa de varredura, menor será o tempo de duração de uma varredura.
A amplitude do ensaio pode ser definida pela aceleração (G), pela velocidade (m/s) ou pelo
deslocamento da mesa (mm). Em uma mesma curva de excitação pode haver aceleração,
velocidade e deslocamento como critérios para especificação da amplitude.
A duração do ensaio pode ser definida através do número de varreduras a serem executadas, ou
por um tempo pré determinado.
O Ensaio de Freqüência Discreta é um ensaio caracterizado por uma excitação senoidal numa
freqüência específica, não havendo varredura.
A amplitude do ensaio pode ser definida pela aceleração (G) ou pelo deslocamento da mesa (mm).
A duração do ensaio é definida através de um tempo pré determinado.
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O Ensaio de Vibração Aleatória (randômica) têm uma excitação cuja aplicação é aleatória. Essa
ensaio não têm velocidade de varredura pois o controlador escolhe aleatoriamente uma
determinada freqüência com a sua respectiva aceleração.
A amplitude para esse tipo de ensaio é definida através do nível de energia espectral (G2/Hz).
A duração do ensaio é feita através de um tempo pré-determinado já que a aplicação da
freqüência é aleatória.
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Entende-se por ressonância a característica física dos corpos que, ao serem excitados em suas
freqüências naturais, tendem a adquirir amplitudes de vibração muito superiores à amplitude de
excitação. A freqüência natural de um corpo corresponde a uma forma peculiar de um corpo vibrar,
estabelecido pela distribuição de massa e rigidez deste.
Assim, o que caracteriza uma ressonância é uma diferença considerável de amplitude de vibração
medida em uma freqüência específica quando comparada com as amplitudes medidas em outras
freqüências e quando comparada com a amplitude de excitação.
Exemplo:
Considere um dispositivo excitado por uma curva senoidal na faixa de 5 a 1000 Hz com amplitude
de excitação de 1g. Este dispositivo está sendo medido por um acelerômetro. A figura 1 apresenta
a curva de aplicação e a curva de medição.
A curva em azul indica a curva de excitação. A curva em vermelho indica a curva de resposta do
acelerômetro de medição. Analisando as diferenças de amplitude, pode-se observar que em toda a
faixa de freqüência, a amplitude de resposta foi superior à amplitude de excitação. Entretanto, na
região de 450 Hz, a diferença de amplitudes foi muito maior do que a amplitude de resposta no
restante da faixa de freqüência e muito maior que a amplitude de excitação. Isso caracteriza um
estado de ressonância. A freqüência natural é portanto a freqüência de 450 Hz. A figura 2
apresenta um gráfico real de ressonâncias.
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Quanto ao posicionamento dos acelerômetros para pesquisa de ressonância, estes devem ser
definidas ou por norma ou pela solicitação do cliente.
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O Ensaio de Queda Livre consiste em deixar que o equipamento embalado caia livremente em
uma superfície plana livre de saliências e em alturas especificadas por normas. A altura varia de
acordo com o peso do equipamento com a embalagem.
Este ensaio visa determinar se a embalagem do equipamento está projetada para suportar os
choques da embalagem com corpos no meio externo.
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4. REFERÊNCIAS
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