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PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA

Secretaria dos Negócios Jurídicos


Divisão do Contencioso Geral

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Terceira Vara Cível da Comarca de So-
rocaba/SP.
P.A. n.º

PROCESSO N.º 2.356/01


Procedimento ordinário.

MUNICÍPIO DE SOROCABA, pessoa jurídica


de direito público interno, com sede nesta cidade à Av. Eng. Carlos
Reinaldo Mendes s/n.º, Palácio dos Tropeiros, inscrita no CNPJ/MF sob
n.º 46.634.044/0001-74, por seu representante legal o Sr. Prefeito
Municipal e por seu procurador infra-assinado, vem respeitosamente à
presença de V. Exa., nos autos do movida por FERNANDO CHEDA e
CHEDA S/A EMPREENDIMENTOS, em trâmite por essa R. Vara e
Cartório do 3.º Ofício, apresentar RAZÕES FINAIS, na forma que segue:

I - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Os Autores intentaram a presente ação em


face da Municipalidade, com o objetivo de obter da mesma o pagamento
de :
a) indenização pela desvalorização de imóvel em virtude da falta de
canalização do Córrego Supiriri;
b) indenização pela utilização indevida do imóvel mencionado na
exordial, como bacia de contenção de águas pluviais e como depósito
de esgoto;

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c) indenização por lucros cessantes em virtude do que os Autores


deixaram de auferir com a implementação do projeto de
empreendimento imobiliário no imóvel, pela falta de definição ou ação
da Municipalidade na Canalização do Córrego Supiriri;
d) indenização por alegados danos morais sofridos pelos Autores em
decorrência da falta de canalização do Córrego Supiriri,
impossibilitando os mesmos de fazerem uso de sua propriedade, que
apuram ser no montante equivalente a metade das indenizações retro
mencionadas;
e) juros moratórios na base de 12% ªª, a contar da citação; custas
processuais e honorários advocatícios.

Para tanto, em síntese, disseram que são os


proprietários do imóvel descrito na exordial com área de 24.531,47 metros
quadrados e que a mesma foi adquirida com o objetivo de se levar no
local um empreendimento imobiliário de grande porte.

Alegam que em diversas oportunidades,


pretenderam levar a efeito no referido imóvel, projetos para
aproveitamento da área mas tiveram sérios prejuízos em virtude de ação
indevida, inércia e omissão da Municipalidade.

Os Autores se queixam que, durante os


últimos vinte anos, a Municipalidade desapropriou parte da área
mencionada na inicial e fez exigências para que ocorresse o desdobro da
mesma e que também foram obrigados a impetrar mandado de
segurança porque a Municipalidade não deu imunidade de pagamento de
ITBI quando da transferência de parte do domínio do imóvel para integrar
o ativo de empresa. E mais, alegam que não foi cumprido pela
Municipalidade o que tinha sido pactuado verbalmente, relativo a
canalização do Córrego Supiriri.

Afirmam que remonta ao ano de 1979 o início


das tratativas dos Autores para ver solucionado a questão do Córrego do
Supiriri que corta o meio da propriedade dos Autores.
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Alegam que a Municipalidade canalizou o


Córrego do Supiriri até as imediações do imóvel dos Autores e, de forma
obsoleta, optou por implantar somente duas linhas de tubos de concreto
quando o corpo técnico da Municipalidade recomendava cinco linhas de
tubos de concreto.

Que em 1987, os Autores encomendaram um


parecer técnico sobre a canalização do mencionado córrego. Referido
parecer foi amplamente desfavorável aos Autores e afirmou que “nem
mesmo a canalização a céu aberto resolveria o problema ocasionado pela
Prefeitura Municipal de Sorocaba e que prejudica a utilização do imóvel
dos Autores”.

Que em 1989 contratou a Construtora


Cardieri para a implantação de grandioso sonho imobiliário. O projeto foi
aprovado pela Prefeitura mas a obra não foi iniciada porque não havia
solução para a canalização do Córrego Supiriri, e em razão do vulto da
obra não poderiam, na qualidade de empresários, implementar o referido
empreendimento.

E mais, no ano de 1996, o Autor Fernando


Cheda conseguiu firmar com a Municipalidade um Termo de Cooperação
Mútua para a canalização do córrego. E que, cumpriu a sua parte do
combinado mas a Prefeitura não fez o entabulado.

Que novo Governo Municipal se instalou e


foram apresentadas pela Municipalidade, quatro propostas para
solucionar a questão. Todavia, os Autores não aceitaram nenhuma delas
porque entenderam que qualquer delas inviabilizaria a utilização da
propriedade.

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Afirmam que durante os últimos vinte anos se


vêem privados da utilização do seu imóvel porque a Municipalidade
permitiu a canalização errada do Córrego Supiriri.

Afirmam também, que são obrigados a pagar


os tributos que incidem sobre o imóvel.

Alegam ainda, que sua propriedade recebe


esgoto, sem qualquer canalização e, para tanto, mencionam documento
emitido pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba).

Contudo, as argumentações e pretensões


dos Autores não têm o necessário suporte fático e jurídico, como será
demonstrado pela Municipalidade.

II – PRELIMINARMENTE:

Tempestividade:

Inicialmente, cumpre destacar a


tempestividade desta contestação, posto que os prazos judiciais em 1ª
Instância estavam suspensos por determinação do Conselho Superior da
Magistratura, nos termos constantes da Portaria n.º 5.867, de 27 de
agosto de 2001; Portaria n.º 5.868, de 28 de agosto de 2001; Portaria n.º
5.869, de 29 de agosto de 2001; Portaria n.º 5.870, de 30 de agosto de
2001; Portaria n.º 5.911, de 3 de setembro de 2001; Portaria n.º 5.912, de
4 de setembro de 2001 e Portaria n.º 5.914, de 5 de setembro de 2001.

Com o término da greve dos servidores da


Justiça, o Conselho Superior da Magistratura determinou, através do
Provimento n.º 764, de 14 de novembro de 2001, que os prazos judiciais
continuariam suspensos e retomariam o seu curso somente no dia 22 de
janeiro de 2002 em relação aos feitos que tem curso nas férias forenses,
e em 1º de fevereiro de 2002 em relação aos demais.

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Porém, o Provimento n.º 765, de 6 de


dezembro de 2001, determinou que os prazos judiciais voltassem a ser
contados a partir de 10/12/2001.

É certo também que houve correição


ordinária realizada por V. Exa. no Cartório do 3º Ofício Cível desta
Comarca, no período de 17 a 20 de dezembro de 2001.

E mais, com a republicação do Provimento


n.º 553/96 no DOE em 11/12/2001, a contagem de prazos judiciais foi
novamente paralisada no período entre 21 de dezembro e 31 de
dezembro do corrente ano.

Finalmente, no período compreendido entre


02 a 31 janeiro não tem curso os prazos processuais, em virtude do
disposto no Provimento n.º 501/94.

Em razão desses fatos, é indubitável a


tempestividade da presente contestação.

Ilegitimidade de parte - Ausência de Litisconsórcio Ativo Necessário:


O Sr. Jesus Cheda é condômino do imóvel
objeto desta lide, conforme se verifica na matrícula imobiliária n.º 42.419
do 2.º CRIA de Sorocaba. Referida matrícula tem cópia às fls. 59 dos
autos.

Todavia, conforme se verifica nos autos, o Sr. Jesus Cheda não está
integrando esta relação processual, o que viola o disposto no artigo 47 do Código de Processo Civil, que assim
dispõe:
“Art. 47 - Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou
pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo
uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença
dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único - O juiz ordenará ao autor que promova a citação de
todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob
pena de declarar extinto o processo.”

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Portanto, a ausência de Jesus Cheda neste


feito viola frontalmente o disposto na norma processual transcrita, visto
que o mesmo é condômino do Autor Fernando Cheda no imóvel que dá
origem aos pedidos de indenizações desta lide.

Além disso, consoante reiterada


jurisprudência do TJSP, não se admite a propositura nesses moldes sem
que haja a prova eficaz de que a área que está sendo discutida pertença
realmente aos autores. E, em se tratando de condomínio como é o caso,
não há como pressupor que o direito que julga ter o co-proprietário incida
diretamente sobre a área do imóvel mencionada por ele, sem incluir ou
excluir totalmente do litígio o condômino que não se fez presente à lide.
Tanto mais, a prova do direito, nesses casos, decorre diretamente do
título dominial, não podendo ser suprida por outro meio probante, motivo
pelo qual não pode somente um dos co-proprietários litigar sobre direito
alheio e nome próprio, já que somente responde por sua quota-parte, a
qual está em local indeterminado na referida gleba.

Isto posto, requer-se, com supedâneo legal


no artigo 47, parágrafo único e 267, inciso IV, ambos do CPC, que seja o
feito extinto sem julgamento de mérito.

Ausência de Litisconsórcio Passivo Necessário


Os Autores afirmam que parte dos prejuízos
postulados nesta lide também advêm do fato que a sua propriedade
recebe esgoto, sem qualquer canalização e, para tanto, mencionam
documento emitido pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de
Sorocaba). Assim, pleiteiam indenização pela utilização indevida do
imóvel mencionado na exordial, como depósito de esgoto.

Todavia, é sabido que o SAAE (Serviço


Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba) é uma autarquia municipal e
dispõe, por lei, de bens e pessoal próprios. E mais, é certo que é de
responsabilidade da mesma a captação e o tratamento de esgoto.

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Conforme se verifica nos autos, o SAAE


(Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba) não está integrando
esta relação processual, o que viola o disposto no artigo 47 do Código de
Processo Civil, já transcrito.

Dispôs a Lei Municipal n.º 1.390/65, com a


nova redação dada pela Lei Municipal n.º 5.025/95, que:

“Artigo 1º - Fica criado como entidade autárquica municipal, o


Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), com
personalidade jurídica própria, sede e foro na cidade de
Sorocaba, dispondo de autonomia econômico-financeira e
administrativa dentro dos limites traçados na presente lei.
...
Artigo 2º - O SAAE exercerá sua ação em todo o Município
de Sorocaba, competindo-lhe com exclusividade:
a- estudar, projetar e executar, diretamente ou mediante
contrato com organizações especializadas em engenharia
sanitária, as obras relativas à construção, ampliação ou
remodelação dos sistemas públicos de abastecimento de
água e de esgoto, que não forem objeto de convênio entre
a Prefeitura e os órgãos federais ou estaduais específicos;
b- atuar como órgão coordenador e fiscalizador da
execução dos convênios firmados entre o Município e os
órgãos federais ou estaduais para estudos, projetos e
obras de construção, ampliação ou remodelação dos
serviços públicos de abastecimento de água e esgotos
sanitários;
c- operar, manter, conservar e explorar, diretamente, os
serviços de água e de esgoto;
d- lançar, fiscalizar e arrecadar os tributos e preços dos
serviços de água e esgoto, e de outros serviços
relacionados ao seu campo de atuação;
e- exercer quaisquer outras atividades relacionadas com os
sistemas públicos de água e esgotos compatíveis com leis
gerais especiais.
...
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Artigo 4º - O patrimônio inicial do SAAE será constituído de


todos os bens móveis, imóveis, instalações, títulos, materiais e
outros valores próprios do Município, atualmente destinados,
empregados e utilizados nos sistemas públicos de água e
esgotos sanitários, os quais lhe serão entregues sem qualquer
ônus ou compensações pecuniárias.
...
Artigo 10 – O SAAE terá quadro próprio de funcionários,
os quais ficarão sujeitos ao regime jurídico estatutário em
conformidade com a legislação vigente.
Parágrafo Único – Compete a Administração do SAAE, admitir,
movimentar, exonerar e demitir os seus funcionários, de
acordo com as normas fixadas no Estatuto dos Servidores
Públicos Municipais de Sorocaba e Leis correlatas. “

Assim, se algum prejuízo foi causado aos


Autores em virtude de esgoto em área de propriedade dos mesmos, o
que não se admite, mas tão somente para argumentar, a
responsabilidade não poderá ser atribuída ao Município de Sorocaba,
mas sim ao SAAE que é uma autarquia municipal.

De outro lado, ressalta-se que no


ordenamento jurídico brasileiro as autarquias compõem a administração
indireta, na qualidade de pessoa jurídica de direito público, tendo pois,
entre outras, as características de pessoa jurídica, ou seja: é titular de
direitos e obrigações próprios, distintos daqueles pertencentes ao ente
que a instituiu; e ainda, capacidade de auto-administração, em virtude da
outorga de patrimônio próprio.

Além da doutrina, a jurisprudência também


entende que embora exista a responsabilidade subsidiária da pessoa
política ante as obrigações das fundações ou autarquias que instituir;
aquela é parte ilegítima para figurar no polo passivo de ação
indenizatória.

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“LITISCONSÓRCIO – Responsabilidade subsidiária da


Fazenda do Estado frente às obrigações de autarquia –
Ilegitimidade de parte da Fazenda Pública, entretanto, na
ação de indenização. Recurso improvido (TJSP – 7ª
Câm. de Direito Público; Ag. de Instr. nº 048.265.5/8-SP;
Rel. Des. Sérgio Pitombo; j. 08.08.1998; v.u.; ementa).” –
Boletim AASP 2085/167

Acresça-se ainda a conclusão da Profª.


MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO:

"O que tem sido defendido pela doutrina é a


possibilidade de o Estado responder subsidiariamente
quando se exaure o patrimônio da entidade; esse
entendimento ficou consagrado em lei, no tocante às
sociedades de economia mista, pois o artigo 242 da Lei
das S.A., determina que elas 'não estão sujeitas à
falência mas os seus bens são penhoráveis e
executáveis, e a pessoa jurídica que a controla
responde, subsidiariamente, pelas suas obrigações'.

Ora, se o legislador assim determinou com relação a


uma entidade que é de direito privado e que, por sua
estrutura de sociedade anônima, deveria caracterizar se
pela limitação da responsabilidade ao valor das ações
subscritas ou adquiridas (artigo 1.º da Lei das S.A.), é
porque quis, de um lado, proteger o patrimônio público,
proibindo a falência; e, de outro, garantir os direitos de
terceiros acaso lesados por entidades instituídas pelo
poder público.

Se assim é com relação a essas entidades, com muito


mais razão no caso de outras em que o capital é
inteiramente público ou em que o objetivo institucional é
a prestação de serviço público.

Na realidade, o fundamento dessa responsabilidade é o


mesmo que inspirou a regra do artigo 37, § 6º, da
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Constituição (adotada desde a Constituição de 1946), e


que leva o Estado a responder objetivamente pelos atos
de entidades a que ele deu vida, quando o patrimônio
das mesmas seja insuficiente; afinal, é o particular
sofrendo prejuízo pela atuação, direta ou indireta, do
Estado." (Direito Administrativo, Editora Atlas, 8ª edição,
página 342)

Desta maneira, a responsabilidade da


Municipalidade não é solidária com a do SAAE; mas tão só, subsidiária e
emergente apenas quando o SAAE não possuir patrimônio capaz de
cumprir com as finalidades estabelecidas na sua lei instituidora.

Para finalizar este tópico, deve-se observar


que em momento algum de sua exordial, os Autores afirmaram que o
SAAE não tivesse condições de responder exclusivamente pelo objeto
desta ação, em virtude de carência patrimonial ou financeira.

Portanto, a ausência do SAAE (Serviço


Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba) neste feito viola frontalmente o
disposto na norma processual já citada, visto que o mesmo é a autarquia
municipal responsável pela captação de esgoto e, em tese, seria
responsável por fato que também dá origem aos pedidos de indenizações
desta lide.

Isto posto, requer-se, a extinção do feito sem


julgamento do mérito, com supedâneo legal no artigo do CPC.

Ilegitimidade de Parte Ativa


A empresa Cheda S/A Empreendimentos não
pode figurar como titular do alegado direito pleiteado na presente lide,
posto que a mesma não mais existe. Referida pessoa jurídica deixou de
existir quando ocorreu a transformação do tipo societário de empresa.

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A sociedade anônima foi substituída pela


empresa por quotas de responsabilidade limitada e passou a denominar-
se Cheda Empreendimentos Ltda., conforme ata da Assembléia Geral
Extraordinária realizada em 23 de dezembro de 1996 e registrada na
Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o n.º 8.090/97-0 (segundo
averbação 2/42.420 de 16 de novembro de 1998 do 2.º CRIA na matrícula
imobiliária n.º 42.420 e inserida às fls. 60/verso dos autos).

De sorte que, é incontestável a ilegitimidade


da empresa Cheda S/A Empreendimentos, para figurar no polo ativo
desta lide.
Isto posto, requer-se, com supedâneo legal
no artigo 267, inciso VI, do CPC, a extinção do feito sem julgamento de
mérito.

III - DO MÉRITO
Os Autores não possuem os alegados
direitos pleiteados na presente lide.

DA DECADÊNCIA:

Através da presente ação, proposta no mês


de julho de 2001, os Autores postulam a condenação da Municipalidade
no pagamento das indenizações pleiteadas na exordial.

É norma legal, contida no Decreto n.º 20.910,


de 06/01/32, que todo e qualquer direito ou ação, seja qual for a sua
natureza, contra a Fazenda Pública, prescrevem em cinco anos, contados
da data do ato ou fato do qual se originaram.

Também não se pode perder de vista o


disposto no Art. 1 da Medida Provisória No 2.183-56, de 24 de Agosto de
o

2001, que incluiu o parágrafo único ao Artigo 10 do Decreto-Lei no 3.365,


de 21 de junho de 1941, que passou a vigorar com a seguinte alteração:
"Art. 10. ...............................................

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Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o


direito de propor ação que vise a indenização por
restrições decorrentes de atos do Poder Público."
(NR)

Os Autores afirmaram que remonta ao ano de


1979 o início das tratativas dos mesmos para ver solucionado a questão
do Córrego do Supiriri que corta o meio da propriedade dos Autores. E
afirmaram que a Municipalidade, naquela época, canalizou o Córrego do
Supiriri até as imediações do imóvel dos Autores e, de forma obsoleta,
optou por implantar somente duas linhas de tubos de concreto quando o
corpo técnico da Municipalidade recomendava cinco linhas de tubos de
concreto.

Por conseguinte, os Autores afirmaram na


exordial que durante os últimos vinte anos se vêem privados da utilização
do seu imóvel porque a Municipalidade permitiu a canalização errada do
Córrego Supiriri.

O mesmo é comprovado pelas cópias de


fls.09 e 17/verso do P.A. n.º 10.197/79, ora juntada; bem como, pelo que
foi afirmado às fls.163 dos autos, em documento (fls. 162/165) juntado
pelos próprios Autores.

Dessa maneira, é incontestável a


consumação da decadência do direito de ação com o objetivo de pleitear
indenizações decorrentes do direito real de uso e fruição do referido
imóvel.

Uma vez comprovado o decurso de tão longo


período sem qualquer oposição por parte dos autores ( mais de vinte
anos), período esse que, segundo demonstra a inicial decorreu de fato
entre a ação/omissão imputado à municipalidade como gerador de seus
pretensos direitos e a data da propositura desta ação, é incontestável a
consumação da decadência do direito de ação; fato que impõe a extinção
do processo com julgamento do mérito, com fundamento legal no artigo
269, inciso IV, do C.P.C.

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Isto posto, acaso não reconhecida a


ocorrência da decadência, é inconteste a prescrição o que resultará em
extinção do feito, o que se requer.

QUANTO A DESVALORIZAÇÃO DO IM”VEL PELA FALTA DE


CANALIZAÇÃO; UTILIZAÇÃO DO MESMO COMO BACIA DE
CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS E LUCROS CESSANTES

Não é verdade que os Autores são os


proprietários do imóvel descrito na exordial com área de 24.531,47 metros
quadrados, posto que ocorreu desapropriação de parte da mesma e
somente uma perícia poderá verificar o tamanho real da área que os
Autores alegam ser de propriedade dos mesmos.

Os Autores alegam que a referida área foi


adquirida com o objetivo de se levantar no local um empreendimento
imobiliário de grande porte. Todavia, deixaram de ressaltar que tinham
pleno conhecimento, ao adquirirem o imóvel em questão, que o mesmo
situava-se em uma baixada passível de alagamentos, posto que no meio
da área existe o Córrego Supiriri, e segundo palavras dos Autores, em
19 de junho de 1984, às fls. 162 dos autos: “Em 23.06.1976, quando
aquela região era ainda desprovida dos melhoramentos que ali hoje
existem, adquirimos no local uma área de 26.500 m² já com o objetivo de
efetuarmos ali um empreendimento de grande porte, levando-se em conta
a sua excepcional localização e tendo em vista a “Sorocaba do Futuro”,
que então já estava se fazendo realidade.” E mais: “Como é de seu
conhecimento, naquela área e também dentro de nossa propriedade,
corria em seu curso, como até hoje, o Córrego Supiriri, que é o
responsável pelo precário escoamento das águas pluviais advindas de
toda a parte alta da cidade. Esta precariedade causava, como causado
tem, inúmeros transtornos com enchentes e inundações em toda aquela
baixada.” (grifei)

Assim, verifica-se que os Autores sabiam que


a área adquirida pelos mesmos tinha enorme dificuldade técnica a ser
superada para que se pudesse implantar qualquer projeto imobiliário no
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local; posto que o mesmo é uma bacia natural de contenção de águas


pluviais. O que sempre os Autores tentaram, era jogar o ônus pelo mau
negócio efetuados pelos mesmos, ao adquirirem a referida área, na
coletividade sorocabana, posto que sempre desejaram que o erário
público subsidiasse totalmente, ou em parte, a canalização dos córregos
existentes dentro da propriedade objeto da exordial, já que, na qualidade
de experimentados empresários do setor imobiliário, não poderiam
ignorar que o sistema de contenção de águas exigiria um
superdimensionamento, faco ao vulto da obra..

Os Autores também alegaram que, em


diversas oportunidades, pretenderam levar a efeito no referido imóvel,
projetos para aproveitamento da área mas tiveram sérios prejuízos em
virtude de ação indevida, inércia e omissão da Municipalidade.

Isto não é verdade.

Também são sem fundamentos as queixas


dos Autores de que, durante os últimos vinte anos, a Municipalidade fez
exigências para que ocorresse o desdobro da área mencionada na
exordial. As únicas exigências foram as legais e as sociais.

Afirmam que remonta ao ano de 1979 o início


das tratativas dos Autores para ver solucionado a questão do Córrego do
Supiriri que corta o meio da propriedade dos Autores. Isto está correto.
Todavia, não é verdadeira a afirmação de que a Municipalidade tenha
pactuado verbalmente com os Autores, a canalização do Córrego Supiriri.

E mais, não é verdade que o vizinho da área


dos Autores, o empresário Elias Antonio José e a Municipalidade
canalizaram o Córrego do Supiriri até as imediações do imóvel dos
Autores de forma obsoleta, porque optaram por implantar somente duas
linhas de tubos de concreto quando o corpo técnico da Municipalidade
recomendava cinco linhas de tubos de concreto. Isto porque foi
implantado o que era possível diante dos custos existentes e das
circunstâncias e necessidades daquele momento.

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Ora, até o parecer técnico encomendado


pelos Autores em 1987, sobre a canalização do mencionado córrego,
afirmou às fls. 201 dos autos, que:
“Os fundos de vales são os escoadouros naturais das águas
pluviais, que incidem nas bacias de drenagem, a despeito da
vontade humana e da existência ou ausência de um sistema
adequado, natural ou artificial de drenagem, isto é uma
realidade desde que o mundo é mundo.
...
Os projetos de canalização de córregos são elaborados com a
expectativa de que os condutos tenha a sua capacidade
esgotamento superada uma vez em 5, 10, 25 ou mais anos,
em média fazendo um balanço econômico entre a média anual
dos prejuízos resultantes das inundações ocasionais de um
lado e o custo de estrutura de maior capacidade de outro.
O número de anos que uma dada chuva é igualada ou
excedida é denominada período de recorrência ou período de
retorno.”

Ademais, no ano de 1989, agora cientes do


parecer técnico retro mencionado, os Autores contrataram a Construtora
Cardieri para a implantação de projeto imobiliário no local. É certo que
esse projeto foi aprovado pela Prefeitura de Sorocaba, mas a obra não foi
iniciada pelos Autores, mesmo diante da solução dada pela Construtora
Cardieri para a canalização do Córrego Supiriri.

Essa solução encontra-se no contrato


entabulado entre a Construtora Cardieri e os Autores, para a construção
do Cheda’s Place – Convenções e Flats, que dispõe sobre as
especificações dos materiais e serviços:
“CÓRREGO
O córrego Supiriri será retificado devendo a céu aberto ser
executado com solo cimento nas dimensões apresentadas no
projeto, as galerias existentes deverão ser prolongadas até o
córrego com novas direções e diâmetros de forma a não
passarem sob a parte construída.”
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Assim, verifica-se que os Autores


encontraram uma solução técnica para o córrego que corta o seu imóvel;
porém não levaram adiante o empreendimento imobiliário contratado com
a Construtora Cardieri em decorrência de motivo não revelado na
presente lide e, certamente, nada tem a ver com a Municipalidade.

As outras alegações de empreendimentos


comerciais ou imobiliários, se verdadeiras, não passaram de tratativas
iniciais dos Autores com terceiros, e que não foram levadas adiante por
motivos desconhecidos da Municipalidade. De sorte que, por motivo
algum, é devida qualquer indenização por pretensos lucros cessantes.

Com relação ao ano de 1996, o Autor


Fernando Cheda conseguiu firmar com a Municipalidade um Termo de
Cooperação Mútua para a canalização do córrego. Não é demais
acrescentar que os Autores sabiam de antemão a inviabilidade técnica do
que foi pactuado, face ao parecer técnico que os mesmos mandaram
realizar e foi juntado às fls. 171/292 dos autos.

Todavia, também deve-se ressaltar que os


Autores não cumpriram a sua parte do combinado. A fotografia de alguns
tubos não demonstra, que foi disponibilizado todo o material combinado.

De outra parte, após análise técnica, o


município verificou que era inviável a solução dada ao problema no Termo
de Cooperação Mútua para a canalização do córrego. Assim, foram
apresentadas pela Municipalidade, quatro propostas para solucionar a
questão. Todavia, os Autores não aceitaram nenhuma delas porque
entenderam que qualquer delas inviabilizaria a utilização da propriedade.

Assim, o impasse criado pelos próprios


Autores não permitiu a canalização do Córrego Supiriri, até o momento.
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Deve-se acrescentar, também, que a


propriedade dos Autores não recebe despejo de esgoto. Ademais,
qualquer responsabilidade quanto a isto é de competência do SAAE
(Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba), que é uma autarquia
municipal, como já argüido em preliminar.

De outra parte, também não são verdadeiros


os demais fatos alegados na exordial. Portanto, ficam impugnados todos
os valores e os pedidos pleiteados pelos Autores, a qualquer título, posto
que os mesmos são indevidos e inverídicos.

QUANTO AOS TRIBUTOS E MANDADO DE SEGURANÇA

São esdrúxulas as lamentações dos Autores


em virtude de terem que pagar os tributos incidentes na área objeto desta
demanda ou em virtude de transferência de parte de domínio da mesma.

A obrigação de pagar tributos decorre de


norma constitucional e sempre será devida desde que exista o fato
gerador de sua incidência. No caso em tela ocorreram os fatos
geradores.

De outra parte, os Autores alegaram que


foram obrigados a impetrar mandado de segurança porque a
Municipalidade não deu imunidade de pagamento de ITBI quando da
transferência de parte do domínio do imóvel para integrar o ativo de
empresa.

Somente agora os Autores vem a Juízo


reclamar danos morais contra a tributação, exigindo poupuda reparação.

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Além do valor exigido pelos Autores ser


exorbitante, chegando às raias do enriquecimento ilícito em detrimento do
patrimônio público, temos que o Código Civil já estipulou o quantum que
deveria ser exigido, de maneira geral, em caso de ação judicial para ser
cobrado a mais que o devido. Diz o Código Civil:

“Art. 1.531. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em


parte, sem ressalvar as quantias recebidas, ou pedir mais do que for
devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do
que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir,
salvo se, por lhe estar prescrito o direito, decair da ação.”

Todavia, o Supremo Tribunal Federal já


dispôs na Súmula 159 que: “Cobrança excessiva, mas de boa fé, não dá
lugar às sanções do artigo 1.531 do Código Civil.”

De outra parte, é certo também que não


existe previsão legal para reparação exigida em virtude de lançamento ou
cobrança fiscal excessiva ou já paga. Mesmo o artigo 1531 do C.C. não
se aplica in casu. Já decidiu a 10ª Câmara do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo na Ap. Cível 33.128-2, conforme Jurisprudência das
Execuções, obra de R. Limongi França, Ed. Revista dos Tribunais, ano
1986, pág. 112/113 que:

“Não se justifica, todavia, a imposição à Fazenda do Estado


da pena do art. 1.531 do CC. Falhas administrativas, como a
ocorrida, ou por equívoco humano, ou por erro de
computação, são perfeitamente compreensíveis, não se
apercebendo nos mesmos qualquer dose de malícia ou má fé.
Ora, como bem se põe na Súmula 159, do Eg. STF,
consagrando jurisprudência interativa, ‘cobrança excessiva,
mas de boa fé, não dá lugar a sanções do art. 1.531 do CC.’
Em vetusto julgado daquele Pretório Excelso, no RE 3.755, já
se colocara que ‘os casos de plus petitionibus têm sido
considerados como aspectos de ato ilícito, pelo que a
Jurisprudência se orienta no sentido de somente reconhecer
legítima a aplicação da penalidade do art. 1.531 do CC, se
provados o dolo, a má fé ou culpa grave por parte do credor
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que reclama, judicialmente, dívida já paga’ (in Direito Sumular,


Roberto Rosas, Ed. RT, 1978, coment. À Súmula 159, pp. 66-
67). Mais recentemente voltou aquela Suprema Corte a
reiterar a orientação sumulada (RTJ 86/515).

Ora, a questão já foi integralmente resolvida


pelo Poder Judiciário. E mais, não existe qualquer pressuposto que possa
vir embasar a pretensão dos Autores.

QUANTO AOS DANOS MORAIS


Os Autores também pleitearam vultuosa
indenização por alegados danos morais.

Cumpre salientar que, havendo a


condenação do Poder Público, deve o Julgador atentar, no caso concreto,
para as condições das partes, a gravidade da lesão e sua repercussão, e
as circunstâncias fáticas.

Note-se que a Administração Pública, por sua


índole, não visa, em nenhum momento, a obtenção de lucros.

A sua arrecadação deve, sempre, ser


investida para o bem estar social, educação, saúde, saneamento básico,
etc.

No caso em testilha, como já fartamente


salientado, nada é devido também, à título de dano moral, por parte do
Poder Público Municipal.

O pedido dos Autores, de cumulação de dano


material e moral deve ser rejeitado porque vem contra pacífica
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assim se manifesta:
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“A reparação moral não se cumula, sendo considerada


embutida na indenização civil. Recebida a indenização pelo
dano patrimonial, inclusive com a concessão de pensão
vitalícia, não cabe a cumulação com a relativa ao dano moral,
se não demonstrada a existência de defeitos físicos ou
alterações psíquicas acarretados pelo acidente, nem o
prejuízo à parte social ou afetiva do patrimônio moral” (RE
116.381-0 - RJ Rel. Carlos Madeira, j. 21.6.88, DJU
159:20.269 de 19.8.88.

QUANTO AOS JUROS MORAT”RIOS DE 12%

Os Autores alegam, sendo a ação julgada


procedente, que os juros moratórios devem ser fixados em 12% ao ano.

Aqui os Autores também não têm razão.


Caso a ação venha ser julgada procedente, o
que não se admite, mas tão somente para argumentar, os juros
moratórios não podem ser calculados em 1% ao mês. Os juros moratórios
deve ser o estabelecido em lei. Ora, juros legais, consoante expressa
disposição do Código Civil, é de somente 6% ao ano; ou seja: 0,5% ao
mês, conforme transcrevemos a seguir:

“Capítulo XV - DOS JUROS LEGAIS


Art. 1062. A taxa dos juros moratórios, quando não convencionada (art. 1.262), será de
6% (seis por cento) ao ano.
Art. 1063. Serão também de 6% (seis por cento) ao ano os juros devidos por força da lei,
ou quando as partes os convencionarem sem taxa estipulada.
Art. 1064. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora,
que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza,
desde que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou
acordo entre as partes.
.........
Art. 1262. É permitido, mas só por cláusula expressa, fixar juros ao empréstimo de
dinheiro ou de outras coisas fungíveis.

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Esses juros podem fixar-se abaixo ou acima da taxa legal (art. 1.062), com ou sem
capitalização.”

No presente caso, por ausência de expressa


previsão contratual, caso a ação venha ser julgada procedente, são
indevidos os juros moratórios de 12% ao ano.

Por conseguinte, verifica-se que é abusivo o


percentual de 12% ao ano pleiteado na exordial porque causará o
enriquecimento sem causa, às custas dos cofres públicos.

IV – CONCLUSÃO:

Diante do exposto, requer-se o acatamento


das preliminares argüidas e, pelo mérito, o reconhecimento da
decadência/prescrição e a total improcedência dos pedidos formulados
pelos Autores, com a conseqüente condenação dos mesmos no
pagamento das custas judiciais e despesas processuais; e ainda, na
verba honorária, a ser fixada em 20% do valor da demanda.

Nestes termos,
pede deferimento.

Sorocaba, 14 de Junho de 2006.

Ruy Elias Medeiros Junior


Procurador Municipal
OAB 115403

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