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PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA

Secretaria dos Negócios Jurídicos


Divisão do Contencioso Geral

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Terceira Vara Cível da Comarca de


Sorocaba/SP.
P.A. n.º

PROCESSO Nº 2005.048109-3 (n. ordem: 2110/2005).


USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA, pessoa


jurídica de direito público interno, com sede nesta cidade à Av. Eng. Carlos
Reinaldo Mendes nº 3.041, Palácio dos Tropeiros, inscrita no CNPJ/MF sob nº
46.634.044/0001-74, por seu procurador, vem respeitosamente à presença de
V. Exa., nos autos da AÇÃO DE USUCAPIÃO movida por ANTONIO RAYAS
RODRIGUES PELLI E OUTRA, em trâmite por essa R. Vara e Cartório do 3º
Ofício, contestar o pedido, na forma que segue:

I - Alegam os Requerentes que encontram-se há mais


de 5 anos, por si desde setembro de 2005 e através de seus antecessores há
mais de 10 anos, na posse mansa, pacífica, ininterrupta do seguinte imóvel
urbano, o qual constitui-se na moradia de sua família,

II – Que, o imóvel usucapiendo tem a seguintes


medidas e confrontações:

Inicia-se na divisa com a propriedade de Grinvile Conceição;


desse ponto segue em sentido horário em reta, na extensão de 8,64 metros,
azimute 60° 18'52", confrontando com a rua Fernando Dini, deflete à direita e
segue em reta, na extensão de 4,69 metros, azimute 139°02'10", confrontando
com a propriedade de Tereza Lucinda Jesus, onde está edificado o prédio 179
da rua Fernando Dini; deflete à direita e segue em reta 9,44 metros azimute
235°05'33", confrontando com a propriedade de Maria da Glória Campos
Assunção, onde está edificado o prédio 391 da rua Peru, deflete à direita e
segue em reta na extensão de 4,27 metros, azimute 325°43'49", deflete à
direita, e segue em reta na extensão de 0,28 metros azimute 55°43'47", deflete
à esquerda, e segue em reta na extensão de 1,18 metros azimute 326°01'46",
todas estas medidas confrontando com a propriedade de Grinvile Conceição,
onde está edificado o prédio 381 da rua Peru, alcançando o ponto de partida e
fechando o perímetro do terreno.

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III - Afirmam ainda que não possuem nenhum outro


imóvel, rural ou urbano,destarte, em conformidade com o artigo 1240 do
Código Civil.

IV - Ocorre, entretanto, que, segundo levantamento


efetuado pelo setor responsável da municipalidade, referido imóvel
encontra-se em parte do lote 28 da Quadra 8, da Vila Colorau II, área
essa pertencente à municipalidade (documentos anexos).

V - É certo que as disposições dos artigos 65 à 69


do Código Civil de 1916, foram mantidas no novo Código Civil Brasileiro
nos artigos 98 à 103, restando, pois mantidos os atributos dos bens
públicos, entre eles, a impossibilidade de oneração, impenhorabilidade e
imprescritibilidade; que afastam qualquer possibilidade de aquisição ou
de invocação de usucapião sobre eles. Essa regra tem fundamento de
validade no parágrafo 3º, do artigo 183, da Constituição da República,
que afirma que "os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião".

VI- A respeito do tema leciona o saudoso mestre


Hely Lopes Meirelles, verbis:

"A imprescritibilidade dos bens públicos decorre


como conseqüência lógica da sua inalienabilidade
originária. E é fácil demonstrar a assertiva: se os
bens públicos são originariamente inalienáveis,
segue-se que ninguém os pode adquirir enquanto
guardarem essa condição. Daí não ser possível a
invocação de usucapião sobre eles. É princípio
jurídico, de aceitação universal que não se adquire
direito em desconformidade com o direito" (in
Direito Administrativo Brasileiro, Editora Revista
dos Tribunais, 5ª edição, ano 1977, pág. 494).

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VII- Bom se ouvir ainda, o ensinamento do mestre


Rudolf von Ihering, verbis:

"Não podem ser objeto de posse no sentido


jurídico as coisas sobre as quais não é possível um
direito de propriedade; e deve-se aplicar a mesma
regra às pessoas que não podem ser proprietários
(em Roma, os escravos e os filhos de família).
Onde não é possível a propriedade, objetiva ou
subjetivamente, a posse não o é. A posse e a
propriedade caminham de mãos dadas; a inaptidão
da pessoa ou da coisa para a propriedade implica
sua inaptidão para a posse" (in A Teoria
Simplificada da Posse, São Paulo, José Bushatsky,
1976, pág. 69).

VIII- Diante do exposto, requer-se a improcedência


do pedido de usucapião, nos moldes em que foi proposto; com a
conseqüente condenação do Requerente no pagamento das custas pro-
cessuais e honorários advocatícios.

Requer ainda, provar o alegado por todos os


meios de provas admissíveis, especialmente: depoimento pessoal do
Requerente, testemunhas, documentos e perícia.

Nestes termos,
pede deferimento.

Sorocaba, 24 de Abril de 2006.

Ruy Elias Medeiros Junior


Procurador Municipal
OAB 115403

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