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Licenciatura em Direito
Direito Processual Penal
1ª Frequência (Diurno)
23-06-2006
I
Questões teóricas
constitucional aplicado”
II
Questões Práticas
A
e de um seu amigo muito próximo, B, colocados sob escuta, por um período de 30 dias.
descoberta da verdade.
No decurso e por efeito das escutas, ficou a saber-se, entre outras coisas que
Passados os 30 dias, as escutas continuaram sem que tivesse havido qualquer renovação
com o auto das intercepções e gravações, foram presentes à autoridade que autorizou as
escutas.
terem prolongado por dois meses para além dos 30 dias autorizados?
relativo aos referidos 30 dias e respectivas fitas gravadas não terem sido levados ao
prazo?
com a companheira, com quem vive em união de facto, na cidade de Lisboa, mas
ausentando-se, com frequência, por períodos longos, para parte incerta do País.
A prova já recolhida revela fortes indícios de que A praticou, na área da comarca de
dos art.202º al. b), 203º nº1 e 204º nº2 al. a), todos do Código Penal (a que corresponde
pena de prisão de 2 a 8 anos), tendo por objecto jóias guardadas no interior de uma casa
A não tem antecedentes criminais e confessou os factos quando interrogado pelo MºPº.
2. Caso a detenção fosse efectuada, que actos processuais se seguiriam a ela, com
3. Que medida ou medidas de coacção deveria (m) ser aplicada (s) ao detido? E
FIM
I
Questões teóricas
CRP.
II
Questões Práticas
Como nada do que foi exposto era suspeito, os agentes da polícia resolveram fazer, eles
mesmos, a revista aos próprios jovens e, nada tendo encontrado, fizeram, então, uma
Deduzida acusação contra o arguido pelo crime de abuso sexual de crianças previsto e
punível pelo art.172º, n.º3 al. b), do Código Penal (a que corresponde pena de prisão até
3 anos), por ter actuado sobre menor de 14 anos, por meio de conversa obscena, o
configuravam uma tentativa de manter com ele coito anal, por meio de violência física,
mas, sim, o crime previsto e punível pelos art.22º, nº1 e 2 al. c), 23º nº2, 73º nº1 al. a) e
b) e 172º nº2, todos do Código Penal (a que corresponde pena de prisão entre o mínimo
Suponha, agora, que, deduzida nova acusação com base nos factos revelados pelo
ofendido em audiência e na qualificação jurídica que o juiz, ali, lhes atribuiu, e assim
que a incriminação correcta é, não a da nova acusação, mas, sim, a que resulta das
disposições conjugadas dos art. 22º, nºs 1 e 2, al. c), 23º nº2, 73º nº1 al. a) e b), 164º nº1
e 177º n.º 4, todos do CP (a que corresponde pena de prisão entre o mínimo de 9 meses
FIM
I
Questões teórico-práticas
testemunhas antes de designar data para o debate instrutório. Quando está a proceder a
debate instrutório, por entretanto ter adoecido. Pode intervir no julgamento deste
processo?
3. Feita a chamada para uma audiência de julgamento, verifica-se que o arguido não está
acompanhado pelo seu advogado constituído, que foi devidamente notificado. O juiz
iuris?
II
Questões Práticas
MºPº que exerce funções no local onde, nesse mesmo dia, acabara de cometer, em
autoria material, um crime de furto simples, previsto e punível pelo art.203º, nº1, do
A detenção fora efectuada por dois particulares que presenciaram os factos, não se
2. Caso não, como deveria, então, proceder o agente do MºPº quanto ao destino a
dar ao detido?
3. Caso entendesse que não era admissível o processo sumário, poderia o agente
abreviado?
4. Que possibilidade tinha o agente do MºPº de reagir contra o despacho do juiz
de forma de processo especial fora dos casos previstos na lei (art.119º, al. f), do
veracidade dos factos, tendo-o feito com o único e exclusivo propósito de causar
A decisão proferida naquele processo civil considerou estas testemunhas essenciais para
procedimento criminal, pelo crime previsto e punível pelo art.360º, nº3, do Código
FIM
1. Defina direito processual penal e diga quais as suas fontes, o seu objecto e os
seus fins.
5. Diga quais os efeitos possíveis dos vícios formais dos actos processuais,
art.144º, al. d, do Código Penal, e que foi objecto da acusação, foram realizados
autos e declarações.
FIM
suficiência discricionária.
2. Diga o que entende por competência por conexão e por separação de processos,
de polícia criminal.
encontra consagrado, e diga em que medida se concilia com esse princípio o que
adiamento da audiência.
FIM
I
Questões teóricas
II
Questões Práticas
A
António é ofendido num processo penal por crime de ofensa à integridade física
simples (art.143º, nº1, do Código Penal), pendente há mais de dez meses, sem que
tivesse sido deduzida acusação.
Descontente com o atraso verificado, interpôs acção cível de indemnização em tribunal
da jurisdição civil, visando ser ressarcido dos prejuízos que o aludido crime lhe causou.
Porém, como já apresentara anteriormente idêntico pedido no decurso do inquérito, veio
a este processo informar que, tendo interposto acção cível autónoma, desistia do pedido
cível formulado no processo penal, embora mantivesse o interesse no prosseguimento
deste para condenação penal do arguido, pela prática do crime.
- A pretensão de António (de dedução em separado da acção cível e de
prosseguimento da acção penal) merece deferimento?
B
Contra António, solteiro, de 23 anos de idade, sem profissão e habitualmente residente
com seus pais na cidade de Aveiro, corre inquérito no decurso do qual já se encontram
apurados fortes indícios da prática, por aquele arguido, de um crime de furto qualificado
previsto e punível pelas disposições conjugadas dos art.202º, alínea b), 203º, nº1 e 204º,
nº2, alínea a), todos do Código Penal, tendo por objecto um veículo automóvel.
António ausenta-se, com frequência e por períodos mais ou menos longos, para algures
no Algarve,
Não tem antecedentes criminais e confessou os factos.
- Qual ou quais a (s) medida (s) de coação que, face à situação exposta, deveria (m) ser
aplicada (s), em concreto, a António?
Na resposta, tenha, designadamente, em conta os princípios que regem as medidas de
coacção.
C
Em audiência de julgamento de um processo-crime, António, arguido, não prestou
quaisquer declarações sobre os factos constantes da pronúncia.
O assistente requereu ao tribunal a leitura das declarações prestadas por António no
inquérito perante o Ministério Público, tendo o arguido, a quem foi dada a palavra para
se pronunciar sobre o requerimento, dito que se não opunha.
- Que decisão deveria o tribunal tomar acerca do referido requerimento?
FIM
I
Questão teórica
Pronuncie-se sobre o direito do arguido a defensor, sobre o momento processual a partir
do qual deve obrigatoriamente ser feita a sua nomeação, caso ainda não tenha sido
constituído ou nomeado, e sobre os casos de assistência obrigatória do defensor e
consequências da sua falta.
II
Questão prática
António, de 20 anos de idade, praticou um crime de roubo (art.210º - 1, Código Penal),
durante a noite, numa rua de Setúbal.
Foi imediatamente perseguido pela vítima e por uma pessoa que passava no local e por
elas alcançado e manietado.
Chamada de imediato a patrulha da PSP mais próxima, os agentes, informados do
sucedido, conduziram António à esquadra, onde elaboraram auto de notícia e
constituíram António como arguido, com simples leitura dos direitos e deveres
consignados no art.61º Código de Processo Penal.
Em conversa informal com os agentes policiais, António informou que se dedicava
habitualmente a essa actividade criminosa, actuando, como actuou, em colaboração com
Mário, deslocando-se ambos de automóvel à procura do momento e local mais
adequados, escolhendo de comum acordo o momento de actuar por meio de violência e
ficando, sempre, um deles dentro do carro, a fim de possibilitar uma fuga rápida.
A detenção foi comunicada telefonicamente ao magistrado do Ministério Público da
comarca de Setúbal, que ordenou a apresentação do arguido, no tribunal, no dia
seguinte.
O arguido foi notificado pelos agentes policiais que elaboraram o auto de notícia de que
podia apresentar em audiência de julgamento até cinco testemunhas de defesa.
Responda fundamentadamente às seguintes perguntas:
1. Ao ser constituído arguido na esquadra, deveria António ter sido assistido
por defensor?
2. Poderia o agente do Ministério Público apresentar o detido de imediato
para julgamento em processo sumário?
3. Se, perante o juiz, António se recusasse a prestar quaisquer declarações,
podiam os depoimentos dos agentes policiais ser aproveitados para a
abertura de inquérito contra Mário e ali constituir meios de prova contra
este?
4. No caso de, por qualquer motivo, se não ter realizado julgamento em
processo sumário, e de os depoimentos dos agentes policiais poderem ser
aproveitados para a abertura de inquérito contra Mário, deveria o agente
do Ministério Público instaurar um inquérito único contra António e Mário
ou inquéritos separados?
FIM
Questão teórica
Ministério Público.
II
Questão prática
No dia 1 de Janeiro de 2007, na cidade de Almada, José foi vítima de uma agressão
com arma de fogo, por parte de Aníbal, feita com intenção de matar.
Transportado numa ambulância para o Hospital de São José, em Lisboa, ali veio a
cirúrgica.
presidente, com os factos por que foi pronunciado declarou não desejar prestar
declarações.
FIM
I
Questão teórica (6 valores)
Comente e desenvolva a seguinte expressão, dita a propósito da interpretação e
integração da lei processual penal: “O Código de Processo Penal é
tendencialmente autónomo e auto-suficiente”
II
Questão teórico-prática (6 valores)
José foi pronunciado pela prática de um crime p. e p. pelo art.144º, al. a), do
Código Penal (ofensa à integridade física grave) e um crime de furto simples p. e
p. pelo art.203º - 1, do mesmo código.
Terminada a produção da prova, os membros do tribunal colectivo, reunidos no
gabinete por iniciativa do juiz presidente, concordaram na convicção de que não
se provaram os factos integradores do crime de ofensa à integridade física e que,
por outro lado, se provou o crime de furto, mas qualificado, p. e p. pelos art.203º
- 1 e 204º - 1, al. a), do referido Código Penal, porque o objecto subtraído, ao
contrário do que constava do despacho de pronúncia, era de valor elevado.
Que procedimento deveria o presidente do tribunal adoptar em seguida?
III
Questão prática (6 valores)
A e B, réus numa acção cível que lhes foi movida por C, apresentaram, para
prova de factos essenciais alegados na contestação, um cheque falso, por ambos
fabricado com intuito de prejudicar C, assim incorrendo na previsão do art.256º,
nº2, do Código Penal.
A falsificação foi realizada na área da comarca de Lisboa, onde também
decorreu o processo cível.
C denunciou o crime perante o Ministério Público da comarca de Lisboa.
1. Poderá organizar-se um só inquérito quanto a A e B e nele ser
deduzida uma única acusação? (2 valores)
2. Suponha que o magistrado do Ministério Público que tem a direcção
do ou dos inquéritos aplica cumulativamente aos arguidos, já
constituídos como tal, as medidas de coacção de termo de identidade
e residência e de caução. (2 valores)
Poderia o Ministério Público fazê-lo? Se não, como classifica o acto,
no âmbito da categoria das invalidades processuais?
3. No ou nos processos instaurados, poderá C, prejudicado com a
falsificação, constituir-se assistente? Como e até quando? (2 valores)
FIM
I
Questão teórica (6 valores)
II
maneira: “O tribunal considerou provados os factos referidos atrás com base nas
processo”.
A e B, réus numa acção cível que lhes foi movida por C, apresentaram, para
FIM
I
Questão teórica (6 valores)
II
Questão teórico – prática (6 valores)
não presenciou os factos revelou a identidade de uma pessoa que lhe disse “ter visto
tudo”.
Fê-lo apenas porque foi fisicamente agredido e teve receio de o continuar a ser.
III
Questão prática (6 valores)
Em Janeiro de 2007, Cristina apresentou queixa contra Manuela, dizendo que esta lhe
durante o qual a primeira, referindo-se à mãe de Cristina, afirmou: “a tua mãe é uma
Tendo tomado conhecimento através da filha das afirmações de Manuela a seu respeito,
que considerou ofensivas da sua honra, a mãe de Cristina apresentou, por seu turno,
transcrita para ser utilizada e valer como meio de prova no inquérito instaurado na
FIM
I
Questão teórica (6valores)
II
Questão teórico – prática (6 valores)
Certo arguido por um crime de homicídio involuntário, que nunca foi encontrado, foi
declarado contumaz.
Tendo, depois disso, tomado conhecimento da existência do processo, juntou a este,
subscrito por advogado constituído, um requerimento para abertura de instrução.
Quid juris?
III
Questão prática (6 valores)
o arguido sofria, à data dos factos por que vinha acusado, de uma psicopatia grave que o
factos da acusação.
FIM
I
Questão teórica
II
Questão teórico-prática