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AS ALIANÇAS DA FÉ
Este e-book foi digitalizado e enviado por:
Samuel Espindola
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Introdução
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Índice
Capítulo I
A Razão da Primeira Aliança
Capítulo II
Carne e Espírito
Capítulo III
AS Duas Alianças
Capítulo IV
O Espírito da Aliança
Capítulo V
A Transição Entre as Alianças
Capítulo VI
O Sangue das Alianças
Capítulo VII
Mensageiro, Mediador e Fiador
Capítulo VIII
O Livro da Aliança
Capítulo IX
Obediência na Nova Aliança
Capítulo X
A Aliança da Graça
Capítulo XI
O Sacerdócio Eterno
Capítulo XII
O Ministério da Nova Aliança
Capítulo XIII
A Santa Aliança
Capítulo XIV
Entrando na Aliança
Capítulo I
A Razão da Primeira Aliança
O DEUS FIEL
A NOSSA ESPERANÇA
A nossa esperança não depende das palavras de Roma, da
solidez dos nossos templos, da nossa capacidade de falar línguas
estranhas. A nossa esperança é Deus, o Deus fiel, o Deus que
guarda Sua palavra.
Para se ter uma fé inabalável, é preciso conhecer Deus.
Saber alguma coisa sobre a vida de Jesus não é suficiente. Saber
alguns fatos sobre a História da Igreja, não é base sólida para
ter fé. Quem garante a nossa salvação é o Deus da aliança eter-
na. Conhecer Deus é tornar-se mais semelhante a Ele.
Conhecer Deus é crer totalmente no que Ele promete, e esta fé
nos transformará.
Capítulo II
Carne e Espírito
"Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da
mulher escrava, e outro da livre. Mas o da escrava nasceu
segundo a carne, o da livre, mediante a promessa. Estas
cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas
alianças." Gálatas 4:22-24
ISAQUE E ISMAEL
O texto citado no início deste capítulo fala sobre Isaque e
Ismael, os símbolos das duas alianças. O leitor, com certeza, se
lembra da história. Em poucas palavras foi isto o que
aconteceu: Em Sua aliança com Abraão, Deus prometeu que
faria dele o pai de muitas nações e que surgiria um povo que
seria um exemplo para todos. Abraão e Sara, sua esposa, já
eram velhos quando lhes foi feita essa promessa. Sara não
podia conceber.
Combinaram que Abraão teria um filho com a escrava
Agar, a única maneira possível (ao seu entender) para tal
promessa cumprir-se. E foi isto o que fizeram. Nasceu Ismael,
filho de Agar, conforme a vontade humana.
O que não sabiam era que quando Deus faz uma
promessa, Ele a cumpre, mesmo por milagre. Sara, até então
estéril, concebeu e deu à luz a Isaque, o filho da promessa.
Surge, então, o problema: que fazer com a escrava e Ismael seu
filho? Que fazer com a carne?
Paulo usou estas duas figuras, os filhos de Abraão, para
descrever com perfeição a diferença entre a primeira e a
segunda aliança. A primeira era carnal e temporária; a
segunda era espiritual e permanente.
AS DUAS ALIANÇAS
PROPRIEDADE EXCLUSIVA
Uma das promessas condicionais da primeira aliança, foi
citada no início deste capítulo.
"Se diligentemente ouvirdes a Minha voz, e
guardardes a Minha aliança, então sereis a Minha
propriedade particular." Êxodo 19:5
MUDANÇA DE BASE
Nesta profecia sobre a segunda aliança, verificar se a uma
transformação interior, no coração e na mente, mas a base da
nossa fé será completamente mudada.
O MELHOR DE TUDO
Mas isso não é tudo. Além do privilégio de termos as leis
de Deus gravadas em nossos corações e mentes, e além de
sermos propriedade exclusiva de Deus, a profecia inclui uma
promessa ainda mais gloriosa:
NOVA ALIANÇA
A GLÓRIA DA PRIMEIRA
Não devemos esquecer, entretanto, que a glória de Deus
resplandeceu na primeira aliança. Seria errado atacar essas
primeiras promessas feitas por Deus, insinuando serem elas
meramente palavras vazias. Não. Deus foi sincero quando
prometeu ser o Deus de Israel. E se Israel tivesse guardado aos
Seus mandamentos, não teria havido necessidade da segunda
aliança.
Quando Moisés deixou a presença de Deus no monte Sinai,
e desceu com as tábuas da lei, ele teve de cobrir c rosto
porque este resplandecia com a glória de Deus. Esta foi a
marca do seu encontro com o Onipotente e a prova de que Deus
na verdade tinha entrado em contato com o homem.
Sem dúvida nenhuma esta primeira aliança estava
revestida da glória de Deus. O Apóstolo, porém, explica que se
a glória da primeira foi grande, sendo ela apenas um ministério
da condenação, tanto maior será a glória da segunda que é o
ministério do Espírito!
O OBJETIVO DA SALVAÇÃO
Neste texto, o Apóstolo se vale do mesmo símbolo empregado
pelo profeta Ezequiel para descrever o funcionamento da
segunda aliança. Êle diz que Deus usa o coração renovado do
homem no qual inscreve a nova aliança.
Nós, evangélicos, usamos linguagem que, às vezes, parece
um código secreto aos estranhos. Somos culpados de falar em
frases bem conhecidas nossas e, por isso, presumimos que
todo o mundo deve, automaticamente entender o que estamos
dizendo. Por exemplo, na hora do apelo, diz o pregador: "meu
amigo, dê a Deus o seu coração."
Ao ouvir que deve dar o coração a Deus, o ouvinte não afeito
à expressão fica sem saber o que deva fazer, pois o coração não é
objeto que se possa entregar na mão de outrem.
Atrás deste apelo, tão comum para nós, e tão estranho
para outros, há uma das grandes verdades do Evangelho. O
objetivo da salvação é o coração humano. Deus quer o seu
coração, pois se Ele o tem, então Ele tem tudo.
O coração do homem é a vida real. Com o coração ele ama.
Com o coração ele toma decisões. Parece estranho, mas a
Bíblia diz que o homem crê com o coração e não com a mente.
Nós agimos conforme os desejos do nosso coração. Somos pes-
soas controladas e guiadas pelos sentimentos do coração e não
pelas conclusões da lógica.
Esta a razão do apelo do pregador: "meu amigo, Deus quer
o seu coração." Na tábuas da carne Ele quer escrever as Suas
leis e os Seus mandamentos. No seu coração Ele quer imprimir
a Sua vontade para que você possa obedecê-lo. Se Deus receber o
seu coração, amigo leitor, você O obedecerá, não por obrigação
mas por amor.
O ESPÍRITO
Encontramos, no início, nova frase que não descobrimos
nas profecias do Velho Testamento. Paulo diz que a nova
aliança está sendo escrita pelo Espírito do Deus vivente.
Depois ele diz que o Evangelho é um ministério do Espírito". O
agente da segunda Aliança é o Espírito de Deus.
O grande dom da aliança é o Espírito do Senhor. Sua
presença no ato transformador da salvação é prova de que
Jesus, o mediador da aliança, está no trono no céu. Jesus disse
que quando chegasse à destra de Deus enviaria o Espírito. A
glória da primeira aliança era exterior; resplandeceu no rosto de
Moisés. A glória da segunda aliança é a presença permanente do
Espírito do Senhor, que toma sua residência no coração hu-
mano, fazendo do nosso corpo o templo de Deus. É Ele que nos
guia em toda a verdade, revelando nos as profundidades e os
matizes da nova vida em Jesus Cristo. Ao ler a palavra de Deus
com o novo coração e com o Espírito do Senhor, conhecemos o
que Deus nos deu, e o que Ele nos dá para nossa abundância
O Espírito Santo, o dom da segunda aliança, é o espírito
da fé. Traz-nos arrependimento. Convence-nos do pecado e da
justiça. Leva-nos a crer em Jesus Cristo como nosso único
Salvador.
O Espírito do Senhor é o comunicador da aliança.
Conhecemos a Deus por Seu intermédio. Ele traz a presença de
Deus para dentro do nosso coração novo.
A igreja de Jesus Cristo no dia de hoje não dá ao
Espírito Santo o seu devido lugar. Despreza os Seus dons e
limita a Sua liberdade. Em muitas igrejas a letra é m,ais
importante do que o espírito. Mas Paulo nos adverte, e há o
exemplo de quatro mil anos para comprovar esta verdade, que a
letra mata e só o espírito dá vida.
Se convidamos o Espírito Santo de Deus a entrar em
nossas igrejas e em nossas vidas; se o deixarmos em liberdade
para Se manifestar como quer; se buscarmos a Sua plenitude
de dons e frutos, somente então veremos e experimentaremos a
sobre excelente glória da nova aliança.
Capítulo V
A Transição Entre as Alianças
A TRANSIÇÃO EM NÓS
A transição entre as duas alianças foi abrupta. Mas nem
sempre é assim a nossa transição, ou seja, a nossa
transformação da morte para a vida.
Por que será que alguns mudam a sua vida da noite para
o dia e de repente se tornam crentes fervorosos, seguindo a
Cristo com dedicação e fidelidade? Por outro lado, há gente fraca
que ouve a mensagem do Evangelho; que gostaria de ser salva,
mas parece não ter forças para tanto. Ainda outros levam muito
tempo para morrer para o pecado. A luta contra a carne e a
libertação duma natureza pecaminosa é demorada. Em certos
casos, essas pessoas chegam finalmente ao ponto de largarem
os seus vícios e de se entregarem completamente a Cristo,
mas o caminho é longo e doloroso.
Parece-me que há dois fatores que influenciam essa
transição necessária para se ganhar a vida eterna: primeiro a
revelação de Cristo e depois a determinação da própria pessoa de
"fixar sua mente" em Cristo e andar com Êle, custe o que
custar.
Há pouco tempo uma senhora nos disse que tinha entrado
em uma reunião de quarta-feira, sobrecarregada de problemas e
confusão. Andara procurando paz de espírito em vários lugares
sem sucesso. Na primeira noite em que ouviu o Evangelho de
Cristo, aceitou a Jesus como seu único Salvador e desde então
sua vida se transformou completamente. Ela recebeu a
revelação do poder de Cristo para libertar o oprimido, para
aliviar o sobrecarregado. Ela se arrependeu dos seus pecados e
na mesma noite se tornou membro da família de Deus.
Isto é possível em todos os casos dos que buscam a paz e a
verdade. Muitos têm dificuldades de "fechar o contrato" ou,
em outras palavras, de se converterem para andar com Cristo.
Vejamos alguns conselhos que irão facilitar a entrada no reino
de Deus:
Primeiro, confesse o seu pecado e creia que Jesus morreu
em seu lugar, pagando o preço da sua salvação eterna. Creia
só nele como seu Salvador.
Segundo, morra com respeito aos seus vícios e pecados.
Ponha para trás todas as atividades e amizades que não se
harmonizem com a vida
Terceiro, manifeste sua ressurreição e nova vida pelo
batismo nas águas, pois Jesus disse, "Quem crer e fôr
batizado será salvo."
Quarto, fixe o seu coração em Deus e determine viver
para Êle, custe o que custar.
Quinto, leia a Bíblia e descubra nela as promessas da
nova aliança que são suas.
Se você seguir fielmente estes conselhos deixará de ser um
desses buscadores crônicos da verdade, e passará a ser uma
pessoa salva pelo sangue eterno de Jesus Cristo; uma pessoa
com um novo coração; uma pessoa satisfeita e transformada
pelo poder de Deus.
Capítulo VI
O Sangue das Alianças
PECADO
Vejamos os quatro aspectos deste "transplante de coração"
que estabelece a diferença entre a lei e a graça; entre a velha
e a nova aliança; entre a morte e a vida. Primeiro, através do
Evangelho de Cristo nós compreendemos o que é básico para
se receber a nova vida de Cristo, isto é, o conhecimento do
pecado. Tal compreensão é o que falta na vida de todo o
mundo e essa lacuna impossibilita o impulso que leva o
pecador a procurar a salvação. Deus não tem que obrigar o
homem a ser pecador para que o possa depois salvar. O que é
necessário é sentir êle a convicção de que é pecador e sem este
senso da sua condição perdida, jamais vai querer ser salvo.
Era justamente isto o que faltava nos tempos antigos
quando o povo tentava obedecer a Deus por obrigação e não
por causa de sentir sua necessidade espiritual.
Quando Jesus veio como o mensageiro da nova aliança, nos
trouxe a Sua definição do pecado. Dela os religiosos não
gostaram. Não sabiam eles que sua hipocrisia era pior do que o
adultério cometido pela pobre mulher que estava sendo jul-
gada. Antes de querer alguém salvar-se é necessário perceber
primeiro a sua necessidade, e isto é justamente o que falta. Paulo
descreve o problema da seguinte maneira:
DESEJO
Além de nos fazer compreender a nossa necessidade de
perdão, Jesus infunde-nos um grande desejo de viver para
Deus. É este um dos benefícios da nova vida de Cristo. O
coração natural do homem sente é desejo de se satisfazer;
desejo de obedecer a todos os impulsos carnais e sensuais do
corpo; desejo de manter o controle do seu próprio destino sem a
intervenção de quem quer que seja.
A Bíblia diz que o coração do homem natural é insensato,
obscurecido e enganador. Êle não obedece a Deus porque não
quer. Não disciplina os seus apetites porque não quer. Não
agrada a Deus porque não acha necessário fazê-lo.
O filho da nova aliança é diferente, e por isso, não é
compreendido por seu amigo não crente. O salvo quer agradar a
Deus. Quer disciplinar o seu corpo. Quer obedecer a Deus. E o
que é incompreensível ao descrente é o fato de que o filho de
Deus não faz isso por obrigação nem por senso de fanatismo
religioso. O crente obedece a Deus porque quer. O próprio
coração renovado deste filho da nova aliança bate em ritmo
com o coração de Deus e afastar-se dos pecados não lhe é duro
nem grande sacrifício.
VÍCIOS
Outro aspecto dos benefícios dum coração novo é que o
crente fica apto a deixar os hábitos maus, os vícios
pecaminosos e os alvos egoístas que outrora dominaram os
seus pensamentos e suas atividades. A transformação dessa
personalidade é algo inexplicável ao psiquiatra. Depois de se
arraigarem os hábitos, dificilmente o homem muda. Assimilado
um vício é muito rara a pessoa que tenha força de vontade
suficiente para eliminá-lo da sua vida. Mas nisto também
vemos a grandeza do milagre da salvação.
O homem faz, por prazer, aquilo que não queria, nem
podia fazer antes da sua salvação. O bêbado torna-se pessoa
sóbria. O mentiroso deixa de mentir. O infiel volta a viver
honestamente. Pensa-se que isto requer muita força de
vontade, mas na realidade o que exige é a decisão de aceitar o
pecador a Jesus Cristo como Salvador, e começar a obedecer os
impulsos dum coração novo.
PODER
Disse o Apóstolo Paulo: "pois não me envergonho do
evangelho, porque é o poder de Deus..." (Romanos 1:16). Esse
poder que se recebe no momento de aceitar a Jesus, o
mediador da nova aliança, é o poder moral necessário para
fazer o homem a vontade de Deus na vida cotidiana. Esse poder
é poder moral para viver êle satisfeito sem os prazeres carnais
que a Bíblia condena e que destroem o corpo, alma e espírito do
pecador. Esse poder do evangelho é poder moral para que bus-
quemos, em primeiro lugar, o reino de Deus e deixemos que
Deus tome conta das nossas necessidades.
Temos certeza de que para o leitor que ainda não recebeu
esse novo coração através da sua fé em Jesus Cristo, estas
palavras parecem estranhas. Para o leitor crente, porém, elas
descrevem perfeitamente o que já tem acontecido e despertam
nele mais uma vez, uma exclamação de louvor pelo milagre da
salvação.
Talvez o leitor nos pergunte: Como é que alcançamos tal
vitória sobre os nossos pecados e vícios? Somente através de
Jesus Cristo nosso Salvador, o mediador da nova aliança entre
Deus e o homem.
O FIADOR
Além de anunciar as promessas de Deus, como mensageiro
da aliança, e depois de nos trazer os benefícios do coração
novo, a Bíblia diz que Jesus é o fiador da aliança. Cremos que
este é um dos aspectos mais belos do Evangelho. É Jesus quem
garante a aliança; é o fiador do contrato.
Procuramos descobrir na Bíblia se Jesus é o NOSSO
fiador, que garante a nossa fidelidade, ou se é o fiador de Deus
para garantir as promessas.
Para nossa alegria, constatamos que Êle é tudo isso.
Diz a Bíblia que Jesus se nos tornou da parte de Deus
sabedoria, e justiça e santificação e redenção. (I Cor. 1:30). Por
outro lado, sendo o Filho Ünigênito de Deus e a segunda pessoa
da Trindade, Êle representa Deus. Jesus assinou o contrato da
aliança com seu próprio sangue. Êle representa o Pai e nos
oferece perdão e paz eterna. Mas Jesus é o fiador nosso
porque, depois de haver morrido, Êle entrou na presença de
Deus e lhe ofereceu Seu sangue como preço da nossa redenção.
Nessa ocasião Jesus representou-nos, e por causa dÊle podemos,
entrar no santo dos santos e ter comunhão pessoal com Deus
Pai.
Capítulo VIII
O Livro da Aliança
OS ENSINAMENTOS DO LIVRO
O que este livro da nova aliança diz nos transforma em
filhos de Deus. Êle diz que somos pecadores, perdidos e inimigos
de Deus, mas salvos e perdoados pela graça de Deus. O livro
diz que pelo batismo nas águas passamos pelo despoja-mento
do corpo da carne para depois, andar em novidade de vida. O
livro diz que o Espírito Santo vem para tomar sua residência em
nossos corpos, fazendo possível um "andar no Espírito" que
agrada a Deus.
O livro diz que podemos viver vitoriosamente e não
dominados pelo pecado. O livro diz que pela fé podemos agradar
a Deus. O livro diz que Jesus é o fiador da nossa salvação e que
Êle nos sustenta pelas orações perante o Pai.
Estas não são letras apenas: são verdades. O Espírito
confirma-as no fundo do coração. As promessas deste livro
sustentam na hora de crise ou confusão. O poder deste livro
guarda na hora de tentação e fraqueza.
Capítulo IX
Obediência na Nova Aliança
O GRANDE PERIGO
Aprendendo esta lição, a incapacidade de o homem
natural obedecer a Deus, somos tentados em pensar que a
obediênciia é impossível e que na nova aliança foi removida
como condição de bênçãos. De modo algum! Na primeira aliança,
obediência às leis era a condição única de receber as
promessas do Senhor. No dia de hoje a condição é: fé em Jesus
Cristo como o Mediador da aliança. Antes de aceitar Jesus
Cristo como seu salvador, o pecador permanece incapaz de
obedecer os mandamentos de Deus. É somente depois de se
tornar uma nova criatura que êle está em condições de obedecer.
Mas que este fato fique bem claro: Deus ainda exige obediência.
Obedecer a Deus é a base do Cristianismo, o âmago da nossa
esperança e a única maneira de agradar a Deus.
Para compreender a nova aliança e dela receber a
plenitude de bênçãos, o amigo leitor precisa compreender alguns
fatos sobre a obediência nos moldes do Novo Testamento, ou
seja, da nova aliança. Considere, portanto, quatro fatos:
OBEDIÊNCIA É ESSENCIAL
OBEDIÊNCIA É POSSÍVEL
É possível ao homem obedecer a Deus pela primeira vez na
história do mundo. Antigamente o homem estava sempre
amarrado por suas fraquezas e derrotado por sua natureza
malvada. Hoje, através do Fiador da aliança, temos a capa-
cidade de obedecer ao que Deus manda.
A possibilidade de obedecer a Deus reconhece, porém, certos
fatos que não mudaram desde os primeiros tempos da fraqueza
humana. O homem salvo e renovado ainda está na carne,
sujeito a todos os seus apetites e inclinações. Estando cercado
por tentações, influenciado pelos seus desejos carnais e pelas
recordações dos prazeres do pecado, esse novo crente precisa,
ainda, de ajuda para obedecer a Deus. Sozinho êle cai.
Depender da sua "força de vontade" não basta. Confiar em
suas boas intenções é insuficiente. Por mais santo que seja o
homem êle ainda permanece na carne com todos os seus
defeitos.
Juntamente com o perdão dos seus pecados, o novo
crente recebe uma energia espiritual; um poder moral; uma
capacidade de obedecer a Deus que transforma uma exigência
em um prazer. Antigamente êle tentava obedecer a Deus porque
sabia que os seus pecados eram ofensas contra Deus. Depois
da sua conversão, Êle descobre que obediência é uma
conseqüência natural da fé em Deus; o Espírito de Cristo que
domina o seu coração faz possível o que antigamente pareceria
um fardo pesado.
OBEDIÊNCIA É BEM-AVENTURANÇA
Algumas pessoas acham que obediência é a condição dura
que leva o crente ao ponto de começar a receber as bênçãos de
Deus. Discordamos desta idéia. Obedecer não é um fardo.
Obedecer não é o preço que se paga para receber a graça de
Deus. Obediência em si já é bem-aventurança!
O amigo leitor já pensou no privilégio de ser orientado pela
voz de Deus? Já imaginou que o criador do universo se
interessa em nossa vida ao ponto de ter comunicação conosco?
Obediência a Deus é inspirada pela orientação que o crente re-
cebe pela voz de Deus que ouve no seu coração. Isto é bem-
aventurança.
Outro dia dissemos a uma audiência que se não
houvesse o céu nem a eternidade, valeria a pena ser crente só
por causa do prazer de ser guiado pelo Espírito Santo. O leitor
entende o que é ter um guia? Alguns "guias" levam a pessoa a
lugares excusos onde está obrigada a praticar coisas que
deixam o sistema nervoso totalmente destruído. Centenas de
milhares de brasileiros estão sendo controlados por "guias" que
estão destruindo suas vidas física, emocional e moralmente
falando.
O povo da nova aliança tem por Guia o Espírito Santo do
Deus verdadeiro! Se isto não é bem-aventurança então eu não a
reconheço! Meu amigo leitor, obedecer a Deus não é obrigação
desgostosa: é conseqüência de submeter sua vida ao Espírito
Santo e ser guiado por Êle.
A Bíblia diz que Jesus está à dextra de Deus orando por
nós. Este fato nos enche de esperança. Êle nos inspira com a
possibilidade de sucesso nesta vida Cristã. Com Jesus, o nosso
advogado, intercedendo por nós, sentimo-nos fortificados e
preparados para levar uma vida digna e disciplinada.
Meu amigo leitor, obedecer não é árduo. Não é um fardo; é
uma bênção. Não é obrigação; é bem-aventurança.
Este é um dos frutos da nova aliança: ela muda o verbo
"precisar" para o verbo "poder". Ela muda uma promessa em
uma possessão. Ela transforma um sonho em oima realidade.
Por causa da nossa obediência, Deus diz,
AS TRÊS POSSIBILIDADES
Se a nova aliança se baseia na velha e a graça de Deus é
conseqüência das promessas, da lei, restam três possibilidades
para quem deseja seguir as recomendações Bíblicas: viver sob a
lei como o povo de Israel, abandonar a escravidão da lei para
viver inteiramente sob a graça de Deus, ou misturar uma com
a outra e tentar tirar "o melhor" das duas alianças.
O apóstolo Paulo teve o problema constante de orientar
os novos crentes a respeito da morte da lei e a liberdade da
nova aliança. Os "mensageiros de Satanás" que o seguiram
queriam escra-visar outra vez os que saíram da velha aliança e
nas suas cartas Paulo afirmou que se entra na segunda
aliança pela fé e pela graça de Deus.
O SACERDÓCIO ATUAL
O NOVO SACERDOTE
Quando na tarde da crucificação, o véu do templo foi
rasgado de cima para baixo, abrindo o caminho direto para
que o povo entrasse na presença do Onipotente, a vocação do
sacerdote se transformou para jamais voltar a ser propriedade
de uma tribo, ou de uma classe de clérigos, ou de umi grupo de
privilegiados!.
A única vez que o Novo Testamento fala a respeito do
sacerdote é em termos coletivos, e nunca a respeito de um
homem. Os dons ministeriais de apóstolo, profeta, evangelista,
pastor e mestre não têm no meio o "sacerdote" pela simples, razão
de que TODOS OS CRENTES EM CRISTO JESUS têm esta
vocação. Somos sacerdotes, todos nós que recebemos o perdão
dos nossos pecados pela graça de Deus e através da nossa fé em
Cristo JesuS! O que nos falta para cumprir este ofício é o fogo
de amor Divino que consome os desejos egoístas para nos
transformar em pessoas dedicadas a servir a Deus em oração, e
servir o mundo com o nosso testemunho da graça salvadora
de Deus.
Devemos aceitar a glória da nova aliança que é ser parte
do sacerdócio eterno que traz para o pecador a mensagem de
salvação eterna.
Capítulo XII
O Ministério da Nova Aliança
O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO
"Produzida pelo nosso ministério, pelo Espírito do Deus
vivente."
Ocupando os púlpitos deste mundo estão centenas de
milhares de homens chamados "ministros do evangelho."
Imagine, o leitor, o que aconteceria se esses homens todos
fossem "ministros do Espírito." Examinemos o que significa ser
um ministro do Espírito.
Quem ministra a nova aliança pelo Espírito Santo de
Deus tem que ser possuído inteiramente do Espírito Santo. O
trabalho do Espírito no dia de hoje tem dois aspectos: Êle traz
o poder moral que faz possível uma vida santificada, e dá poder
suficiente para realizar a obra de Deus. Não é suficiente que o
ministro da nova aliança apenas seja nascido pelo Espírito,
êle precisa saber o que é andar com o Espírito, ser guiado pelo
Espírito e falar com a inspiração do Espírito.
Quem gostaria de estudar uma língua com quem mal a
conhece? Quem tem interesse em estudar as coisas de Deus
com quem não conhece por experiência própria o que é viver
no Espírito? O ministro da nova aliança deve ser a prova pessoal
e testemunha viva do cumprimento de todas as promessas da
nova aliança.
Além desta necessidade do ministro do Espírito ser um
homem possuído totalmente pelo Espírito Santo de Deus, êle
deve exercer a sua vocação no poder do Espírito. Quando Deus
escolhe um homem para realizar uma obra sobrenatural, como
o trabalho da Igreja de Jesus Cristo, Êle o reveste com um
poder celestial. A chamada do ministro da nova aliança é,
"pregar o evangelho pelo Espírito Santo derramado do céu."
A CARÊNCIA ATUAL
O Espírito da nova aliança que deve ser representado pelos
ministros e honrado pelo povo de Deus é geralmente esquecido
e ignorado pela maioria das igrejas atuais. E toda a fraqueza,
formalidade e mundanismo é sempre resultante da ignorância
geral a respeito do Espírito Santo, a fonte de todas as vidas
santifiçadas e dedicadas.
A igreja atual precisa do Espírito Santo vivendo e dirigindo
as vidas do povo de Deus. Isto acontecerá quando, na igreja,
apareçam "ministros do Espírito" que vivam constantemente no
poder do Espírito e saibam transmitir esta energia aos fracos e
famintos deste alimento.
A nova aliança é um ministério do Espírito Santo.
Literatura religiosa, eloqüência nos púlpitos, estudos Bíblicos
são todos destinados a contribuir a uma organização
moribunda, porque a palavra de Deus diz,
SANTIDADE
O mais difícil de definir entre os atributos divinos. O
lugar mais sagrado do tabernáculo nos tempos antigos foi
chamado, "o santo dos santos." A palavra "santuário" tem esta
origem: o lugar onde "O Santo" é adorado. Santificação, êsite
estado de graça tão necessário e tão difícil de achar também
abrange esta concepção divina. Mecanicamente, o povo da velha
aliança entrou por intermédio do seu representante, o Sumo
Sacerdote, no santo dos santos para adorar a Deus; esse povo
prometeu uma vida santificada perante Deus e sua história é
um círculo constante de fracasso e derrota. Por mais que
quisessem a santificação era impossível.
São Lucas, em seu evangelho, recorda a profecia do ancião
Zacarias que disse, "... livres da mão de inimigos o
adorássemos sem temor, EM SANTIDADE e justiça perante Êle."
Se, durante quatro mil anos esse desejo jamais chegou a se
realizar, como seria que agora é possível? Vemos nesta profecia
a glória da nova aliança: somos co-participantes da natureza
divina, e da santidade divina.
Foi esta a grande bênção que o Fiador da Nova Aliança nos
trouxe:
1) "DE CONCEDER-NOS"
A salvação é um dom de Deus. Ninguém a compra nem
merece. A nova aliança é um dom de Deus. Êle disse a respeito:
"Nem. uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas."
I Reis 8:56
4) "SEM TEMOR"
O temor das trevas é tão real quanto do perigo real. O
pavor inutiliza qualquer pessoa. Muitos crentes têm medo de
falar de Cristo aos amigos. Outros crentes têm medo dos
"espíritos" que deixaram nos terreiros e da chantagem desses
"votos" feitos antes da sua salvação, votos esses que são
completamente anulados pelo sangue de Jesus Cristo.
Quantas pessoas têm medo de encarar os seus parentes com
uma afirmação da sua nova fé em Jesus Cristo?
Tais temores são desnecessários. Em a nova aliança
servimos e adoramos a Deus SEM TEMOR. É uma das
promessas da nova vida em Cristo. Não é preciso ter medo do
exú, ou do marido incrédulo. Se está em Cristo, o leitor está
livre. O amor de Cristo liberta do medo.
5) "PERANTE ÊLE"
A diferença entre religião e a nova aliança é que a
primeira se faz de vez em quando, como ir à igreja, acender
uma vela, repetir uma prece, enquanto Cristianismo verdadeiro
é viver constantemente na presença de Deus.
A promessa de Deus aos seus discípulos ainda está em
vigor, "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação
do século." Mateus 28:20. Não estamos "perante Êle" somente
quando entramos; no templo para orar, nem quando sentimos
que chegou a hora de ser religioso e pagar alguns dos nossos
pecados, mas todos os momentos de nossos dias. A nova
aliança é uma nova vida. É viver na presença de Deus; é ser
guiado pelo Espírito do Senhor; é deitar e acordar na
atmosfera de um outro mundo, o mundo espiritual.