Sei sulla pagina 1di 23

( NÃO CLICAR )

O que trava melhor :

- um Fiat Uno a 120 km/h…

ou um Ferrari Enzo a
150km/h?
?
?? ?
“Quando se acelera de 120 km/h
para 150 km/ h, há uma diferença
de 30 km/h, o que é 25 % mais.

Mas a energia aumenta 50 % !

…e o Ferrari não tem um sistema


de travagem 50 % mais potente”.
Doutorado em Engenharia Mecânica pelo Em 2000, foi vencedor
Instituto Superior Técnico (IST), é professor no do prémio Científico
mesmo departamento e investigador do IBM 1999, com o
IDMEC -Instituto de Engenharia Mecânica. É trabalho Projecto de
João director dos laboratórios LEMAC (Laboratório Componentes
de Engenharia Mecânica Assistida por Estruturais de Veículos
Manuel com Base em
Computador) e LTI (Laboratório de
Pereira Tecnologias de Informação) do Departamento Formulações de
Dias de Engenharia Mecânica do IST. Sistemas Mecânicos
Rígido-Flexíveis

Orienta ainda dois doutoramentos, cinco mestrados e seis projectos de fim de


curso relacionados com a segurança de veículos e reconstituição de acidentes.
Participou ainda em três projectos europeus de Segurança Passiva de Veículos
Ferroviários.

Actualmente, participa a nível internacional em dois projectos europeus, um de


segurança de veículos ferroviários (MODTRAIN), e outro de segurança de veículos
rodoviários (APROSYS). A nível nacional, coordena os projectos MRRA (Motards,
Rails e Reconstituição de Acidentes) e PARA (Peões, Atropelamentos e
Reconstituição de Acidentes).
Click sempre, agora, p/ avançar
À luz das leis da física, a velocidade corresponde a
determinada energia.
Se aumentar a velocidade para o dobro, a energia aumenta quatro vezes.

Ou seja, o
acidente é quatro
vezes mais
Para não haver impacto, a energia tem de ser dissipada
por atrito, isto é, na travagem.

Por exemplo, passar de uma velocidade de 50


km/h para 150 km/h, significa que a velocidade
aumentou três vezes e a energia cresceu nove
vezes.

Se quiser travar a 150 km/h,


precisa de nove vezes mais a
distância que seria necessária
para uma velocidade de 50 km/h.
Para João Dias, esta proporção é
desconhecida da maioria dos condutores,
o que constitui um dos problemas da
sinistralidade rodoviária.

“As pessoas não têm a noção do


risco associado à velocidade”.

“ Mas quando se duplica a


velocidade, o risco de lesão
aumenta… 16 vezes !"
Perante as evidências das leis da
física, o investigador assume-se como
um crítico do discurso da liberalização
dos limites de velocidade nas auto-
estradas.

"Quando oiço dizer que a


velocidade na auto-estrada
a 120 km/h está
desadequada e deveria ser
150 km/h, isso significa que
Muito do tempo de João Dias é absorvido
pela investigação científica de dois tipos de
acidente: motociclos e peões. A escolha
não foi feita por acaso. Os desastres com
motos e os atropelamentos são os que têm
maior peso na sinistralidade nacional.

Perante os elevados números de mortalidade


nas estradas portuguesas, João, Dias defende
a aposta na educação rodoviária e na severa
penalização dos infractores, Para si próprio,
mergulhar no mundo dos acidentes de viação
tem sido o suficiente para desacelerar.

"Cada vez que me aparece uma autópsia,


reduzo um quilómetro."
Um simples programa informático permite
determinar a velocidade de embate de um
automóvel num peão e as suas consequências
para a vítima, tendo em conta as lesões e as
características da vítima, bem como o tipo de
veículo.
Para as simulações exemplificadas, o tempo
de percepção/reacção do condutor
considerado foi de um segundo, o que
equivale a um condutor sóbrio e atento.
O piso seco e um veículo recente, em boas
condições, foram outras variáveis
ponderadas.
Numa localidade, ao
acelerar de 50 km/h (o
máximo permitido por
lei) para 70 km/h,
passa-se de uma
situação em que não há
acidente para um
acidente com
probabilidade de morrer
de 75 %.
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 50 km/h

Peão a 24 metros
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 50 km/h

Peão a 24 metros

Tempo de reacção: 1 segundo

A esta velocidade, num segundo, o


condutor percorre cerca de
14 metros
antes de começar a travagem
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 50 km/h
Peão a 24 metros

Travagem

O carro precisa de mais

10 metros
para se imobilizar.
24 metros
Aos 24 metros, o condutor, que já reagiu e travou, fica encostado ao peão.

<< Não há acidente >>


Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 60 km/h

Peão a 24 metros
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 60 km/h
Peão a 24 metros

Tempo de reacção

A esta velocidade, num segundo, o condutor percorre cerca de


17 metros,
antes de começar a travar.

Com mais 20 % da velocidade, a energia para dissipar aumentou 40 %.


Durante o tempo de percepção / reacção, são percorridos 17 metros.
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 60 km/h
Peão a 24 metros

Travagem

17 metros
Início da travagem 7 metros
Só há sete metros para travar e há mais 40 % da energia para dissipar.
A velocidade de embate no peão é de 42 km/h.
A esta velocidade a probabilidade de morte do peão é de aproximadamente 15 %.
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 70 km/h
Peão a 24 metros

A velocidade de embate no peão é de 61km/h. A probabilidade de morte


do peão é de aproximadamente 75 %.
Distâncias de travagem & velocidades de embate

Velocidade: 80 km/h
Peão a 24 metros

A velocidade de embate no peão é de 77 km/h. A probabilidade de morte


do peão é de aproximadamente 90 %.
Um dos problemas da sinistralidade com veículos de duas rodas,
segundo o investigador João Dias, é que os Motards não têm noção de
como se trava uma moto:

- não é como um carro...

O desconhecimento das distâncias de travagem pode tornar-se no pior


inimigo.

É que a 50km/h o condutor precisa de 10 metros para se imobilizar.

Mas a 200 km/h, precisa de


160 metros…
"É muito delicado travar tanto. O condutor acaba por cair e a moto
nunca mais pára", assegura João Dias.
Texto: Sofia Rodrigues / Público, 30 Out 2005

Com a colaboração do Departamento de Engenharia


Mecânica do IST

Realização Power Point:


Gabriel Cavaleiro

25MAR2006

Potrebbero piacerti anche