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Patologia geral – Neoplasia: nota introdutória

 Lactus sensu, a neoplasia (do grego, neos – novo + plasia - crescimento) designa um
crescimento descontrolado, excessivo e indefinido de células, cuja proliferação não pode ser
adequadamente controlada pelos mecanismos reguladores que operam nos tecidos normais e
cuja forma mais séria é conhecida como câncer (do grego, karcinos - caranguejo);
 É a segunda causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos, com cerca de 30% da
população sofrendo de alguma forma desta doença;
Cerca de 25% dos adultos morrem de câncer, o qual mata mais pessoas abaixo dos 15 anos
que qualquer outra doença;
A elevada incidência da neoplasia é indicada por dados estatísticos das autópsias, os quais
mostram que as pessoas que não morrem da doença têm grandes possibilidades de
morrer com ela;
Por estas razões, e devido à dor e sérias complicações funcionais que acompanham a
doença, assim como aos muitos e graves efeitos secundários associados às terapias usadas, a
neoplasia é reconhecida como uma das maiores ameaças à nossa saúde e bem estar.
Patologia geral– Neoplasia: sinais de alarme

CANCER - SINAIS DE ALARME


(AMERICAN CANCER SOCIETY)

 ALTERAÇÕES DOS HÁBITOS INTESTINAIS (OBTIPAÇÃO/DIRREIA) OU URINÁRIOS

 FERIDAS QUE NÃO CURAM

 SANGRAMENTO NÃO USUAL; EXPECTORAÇÃO, FEZES OU URINA COM SANGUE

 ENDURECIMENTO OU INCHAÇO LOCALIZADO NA MAMA OU NOUTROS LOCAIS

 INDIGESTÃO OU DIFICULDADE EM DEGLUTIR

 ALTERAÇÕES DO TAMANHO, COR, TEXTURA OU FORMA DE VERRUGAS OU OUTROS SINAIS DA PELE

 TOSSE PERSISTENTE OU ROUQUIDÃO

 PERDA DE PESO RÁPIDA E ACENTUADA SEM EXPLICAÇÃO


Patologia geral– Neoplasia: terminologia

Terminologia e nomenclatura dos tumores

Glossário:
• Neoplástico = Neoplásico;
• Neoplasma = Tumor;
• Oncologia, do grego “oncos” que significa tumor = Cancerologia = estudo dos tumores;
• Câncer = Cancro (<> neoplasma maligno);
• Carcinogénese = produção ou indução de tumor.

Nomenclatura:
Benignos de origem epitelial
• Epitélios de superfície – papiloma (ex.: papilona de céllulas escamosas da pele)
• Epitélios sólidos ou de superfície – prefixo adenoma + nome do órgão de origem (ex.:
adenoma benigno da próstata; adenoma da tiróide)
Patologia geral– Neoplasia: terminologia (cont.)

Malignos de origem epitelial (carcinomas)


• Epitélio glandular – adenocarcinoma
• Outros epitélios – prefixo carcinoma + nome da linhagem celular afectada (ex. carcinoma
hepato-celular; carcinoma da próstata)

Tumores de origem mesenquimatosa


• Benignos – tecido de origem + sufixo “oma” (Fibroma; Osteoma, Condroma, Lipoma,
Leiomioma, Rabdomioma)
• Malignos – tecido de origem + sufixo “sarcoma” (Fibrosarcoma, Osteosarcoma,
Condrosarcoma, Liposarcoma, Leiosarcoma, Rabdomiosarcoma)

Outros tumores (nomenclatura histogénica – de acordo com o tecido de origem, desde que não sejam
classificáveis nas categorias anteriores):
• Linfomas, Melanomas malignos, Leucemias, Tumores embrionários, Teratomas, Tumores
Neuro-endócrinos.

Tumores designados pelo nome do cientista implicado no seu conhecimento


• Linfoma de Hodgkin, Sarcoma de Kaposi, Linfoma de Burkitt
Patologia geral– Neoplasia: terminologia (cont.)
Patologia geral – Neoplasia: desordens de crescimento
tecidual não neoplásico (adaptação celular)

Tipo de adaptação: depende da


natureza da lesão e da capacidade da
célula se dividir e proliferar

Células permanentes
Não se dividem e adaptam-se por
hipertrofia – neurónios,
miocárdio, e músculo esquelético

Células lábeis
Dividem-se continuamente e
adaptam-se por hipertrofia e
hiperplasia – medula óssea,
tracto GI e epitélios

Células estáveis Dividem-se


quando necessário e adaptam-
se por hipertrofia e hiperplasia
– hepatocitos, músculo liso e
fibroblastos
Patologia geral– Neoplasia: desordens do crescimento dos
tecidos

Respostas de crescimento adaptativo


• Hipertrofia – trabalho muscular aumentado;
• Hipotrofia – trabalho muscular diminuído;
• Hiperplasia – calos, endométrio, nódulos
linfáticos, remoção de um dos rins (hipertrofia
+ hiperplasia);
• Hipoplasia – desenvolvimento Inadequado –
estrutura imatura;
• Aplasia – ausência de desenvolv. do orgão.

Metaplasia: Conversão reversível de um tipo de célula


noutro; alteração do epitélio ciliado
pseudoestratificado respiratório por irritação do
fumo do cigarro – redução da função mucolítica e Comparação de a) Displasia com b) Neoplasia.
de limpeza. As células displásicas mostram vários graus
de pleomorfismo, algumas delas com
Displasia (a): Menos reversível; alteração do tamanho, aparência normal. As células neoplásicas são
forma celular (pleomorfismo) e arquitectura do todas anormais, com núcleos aumentados
tecido– lesão pré-cancerosa (bronquite crónica); e pleomorfismo mais pronunciado.

Neoplasia (b): alteração irreversível do padrão de


crescimento celular com rotura de função que pode
conduzir à morte.
Patologia geral– Neoplasia: metaplasia e displasia

Metaplasia e displasia: alterações reversíveis do epitélio


respiratório induzidas por lesão. Uma exposição mais intensa e
prolongada ao agente agressor pode produzir a transformação
irreversível para neoplasia.
Patologia geral– Neoplasia: estímulo versus inibição

O equilíbrio entre o estímulo e inibição


determina o padrão de crescimento do
tecido.
Patologia geral – Neoplasia: estrutura do tumor

Tecido neoplásico
Tumor benigno: células de tamanho, forma e arranjo arquitectural normal;
Tumor maligno: células pleomórficas (vários tamanhos e formas), em configuração desordenada
(exame de Papanicolau);
Células anaplásicas: reverso da diferenciação com aumento da capacidade reprodutiva e redução da
especialização funcional.

Estroma fibroso: tecido conjuntivo que suporta as células tumorais – tumores densos. Os tumores malignos
variam na capacidade de estimular os fibroblastos para produção dos componentes estromais.

Estroma vascular – Angiogénese: Ao crescer o tumor precisa de mais nutrientes, formando-se novos vasos
por acção de factores de crescimento endoteliais.
INDUTORES DA ANGIOGÉNESE INIBIDORES DA ANGIOGÉNESE
-VEGF: Factor de crescimento do endotélio -Interferons
vascular -Factor plaquetar 4
- bFGF: Factor de crescimento básico de -Análogos da Vit D3
fibroblastos -Trombospondina, Angiostatina
-TGF : Factor transformador do crescimento -IL 1, 4 e 12
-TNF- alfa: Factor de necrose tumoral -Ácido acetilsalicílico, Captopril, Talidomida,
- EGF : Factor de crescimento epidérmico antiestrogénios, metrotexato, etc.
Patologia geral– Neoplasia: mecanismo da angiogénese

Secreção de Degradação Proliferação e Remodelação para


factores da membrana migração das formar uma rede
angiogénicos basal células endoteliais capilar
Patologia geral– Neoplasia: angiogenese normal versus neoplásica
Angiogénese na Angiogénese na
cura da lesão neoplasia
Patologia geral – Neoplasia: tumor benigno versus maligno

(a) Benigno
• Crescimento lento e ordenado – pouca
lesão do tecido circundante;
• Cápsula fibrosa com linha de separação
do tecido normal – fácil remoção cirúrgica;
• Ausência de metásteses
• Prognóstico favorável.

(b) Maligno
• Crescimento rápido agressivamente Estrutura típica dos tumores:
invasivo, com envio de colunas celulares
para o interior do tecido normal;
• Cápsula rara ou incompleta e sem linha de a) Tumor benigno: células quase normais não
separação definida – difícil remoção pleomórficas que apresentam crescimento
cirúrgica. expansivo lento, confinado por uma cápsula de
tecido conjuntivo completa e bem desenvolvida.
• Presença de metástases: migração do
tumor primário originando tumores b) Tumor maligno: caracterizado por citologia
secundários (diferencia o maligno do
benigno) anormal, crescimento irregular e invasivo e
• Prognóstico desfavorável cápsula incompleta ou ausente.
Patologia geral – Neoplasia: características diferenciais do
tumor benigno/maligno

Característica Benigno Maligno


_________________________________________________________________

Estrutura das células Quase normal Formas anormais,


células e núcleos
grandes (pleomorfismo)
Estrutura do tecido Ordenada Desordenada, irregular
Taxa de crescimento Acima do normal Rápida
Crescimento invasivo Raramente Típico
Metástases Nunca Típicas
Cápsula Típica Rara, quando presente
é incompleta
Anaplasia Mínima Típica
Prognóstico Bom Mau
Patologia geral – Neoplasia: taxa de crescimento tumoral

• Tempo de geração: período entre


2 gerações celulares sucessivas;

• Tempo de duplicação: período de


duplicação do número de células
ou do tamanho do tumor; é maior
que o tempo de geração e
aumentando com a idade do tumor
(varia de um mês a um ano);

• Fracção de crescimento:
percentagem de células em
crescimento no tumor (varia entre
10 e 30%);

• A neoplasia resulta do Após 6 divisões de uma célula tumoral o número de


desequilíbrio entre produção e células sobreviventes é significativamente mais baixo
morte celular que as 64 teoricamente possíveis .
Patologia geral – Neoplasia: invasão tumoral
Adesividade celular

Factores que
influenciam a
capacidade de
crescimento
invasivo

Atrofia por pressão: o tumor ao expandir-se aumenta a


pressão sobre as células adjacentes que se atrofiam e
morrem;
Perda de adesão intercelular para libertação do tumor
primitivo
Motilidade celular em direcção aos vasos após separação das
outras células e degradação do estroma envolvente;
Receptores para MEC e MB que favorecem a degradação
enzimática destas membranas;
Quimiotaxia: estimulada por metabolitos das células normais,
produtos de degradação da MEC e MB e factores de
motilidade autócrinos.
Patologia geral – Neoplasia: invasão tumoral (cont.)

Metástase
Os tumores malignos associam a invasão local
com as metáteses para locais secundários,
crescendo de forma invasiva em tecidos
afastados.
Metástases por via embólica
Após penetração na veia ou vaso linfático as
células neoplásicas ligam-se através dos seus
hidratos de carbono de superfície a um
receptor específico das células endoteliais
chamado selectina, activam a formação de
êmbolos que as protegem e viajam até um
local de fácil saída, invadindo a partir daí um
local secundário.

Vasos sanguíneos
Da veia o êmbolo passa ao coração e
deste ao pulmão que invade por acção
de enzimas e de factores de motilidade;

O fígado torna-se um local secundário


por invasão pela veia porta a partir do
estômago e dos intestinos
Patologia geral – Neoplasia: invasão tumoral (cont.)

Requisitos para
o sucesso das
Vasos linfáticos metastases por
• Do crescimento do tumor nos êmbolos de
nódulos linfáticos resultam êmbolos células
que atingem outros nódulos; tumorais
• O crescimento do tumor bloqueia o
fluxo linfático no nódulo, libertando-
se êmbolos que viajam por canais
secundários para outros locais;
• Os êmbolos libertados no nódulo
viajam a jusante e entram na
corrente sanguínea.

Metástases por cavidades (exemplos):


• O adenocarcinoma do pâncreas
move-se para o extremo inferior da
cavidade pélvica e desenvolve-se
no recto;
• O neuroblastoma do bulbo
raquidiano move-se para o espaço
subaracnoideu.
Patologia geral – invasão tumoral (cont.)

Os êmbolos tumorais
transportados pela
corrente sanguínea
alojam-se muitas vezes
nos pulmões onde
formam tumores
secundários.

A excepção envolve
êmbolos com origem
no trato GI, os quais
tendem a alojar-se no
fígado
Patologia geral – Neoplasia: invasão tumoral (cont.)

Metásteses típicas de alguns tumores primários seleccionados


Patologia geral – Neoplasia: efeitos dos tumores

Pressão local sobre os vasos sanguíneos


– reduz a irrigação;
Invasão tumoral
Destruição do parênquima com do coração a
libertação de enzimas que destroem os
tecidos (MEC e MB); partir do pulmão
e junção dos
Ligação de estruturas com restrição dos dois órgãos com
movimentos (respiratórios ou restrição de
peristálticos); movimento

Obstrução e compressão de passagens


importantes (vasos, brônquios, esófago,
ureteres, uretra, aqueduto cerebral, ducto
biliar, etc.);
Crescimento
Associados à infecção: Supressão
geral do sistema imunitário e da tumoral
produção de neutrófilos e mastócitos obstrutivo do
pela medula óssea; Danos na fluxo sanguíneo,
função de barreira mais acentuado
na veia
Patologia geral – Neoplasia: efeitos dos tumores (cont.)

Anemia
• Dano directo nos vasos com sangramento (ex. carcinomas GI)
• Baixa de produção de glóbulos vermelhos e plaquetas pela medula óssea
(supressores tumorais, radioterapia, quimioterapia) e de factores de coagulação pelo
fígado;
• Hemólise autoimune por indução tumoral (leucemia, linfomas).

Dor tumoral
• Invasão de ossos (fracturas) e nervos;
• Obstrução com distensão de órgãos ocos;
• Invasão da medula espinal com compressão – glioma e meningioma.

Caquexia: impacto cumulativo dos vários efeitos do tumor


• Fraqueza, febre, palidez (infecção e anemia)
• Perda de peso, anorexia (utilização de proteína muscular como fonte energética,
deficiente absorção, TNF-α, IL-1, dor, ansiedade, depressão)
Patologia geral – Neoplasia: efeitos hormonais

T. benignos ou malignos fracamente anaplásicos – induzem hipersecreção hormonal

• Adenoma das células beta - induz hiperinsulinismo e hipokaliemia


(coma);

• Adenoma do cortex suprarenal – induz hipersecreção de aldosterona (HT,


retenção de Na+e H2O, hipokaliemia).

Secreção ectópica

• Carcinoma do pulmão (produção de insulina, PH, ADH, ACTH);

• Tumores do rim (PH, ACTH).


Patologia geral – Neoplasia: efeitos locais e sistémicos do
crescimento tumoral
Patologia geral – Neoplasia: defesa imunplógica e terapêutica
antitumoral

Mecanismos de defesa imunológica


Linfócitos T citotóxicos: actuam nas neoplasias
associadas a vírus
Mecanismos humorais: actuação dos anticorpos e
activação do complemento
Células natural killer: são activadas pela IL-2 e destroem
as células tumorais sem sensibilização prévia,
constituindo a 1.ª linha de defesa
Macrófagos activados: exibem selectividade citotóxica
contra as células tumorais e são activadas pelo
interferão gama
Diagnóstico imunológico: a resposta imunológica a
antigénios tumorais é usada na detecção de tumores:
antigénio carcioembriónico (CEA) para tumores dos
pulmões, pâncres e GI; alfa-fetoproteina (AFP) para
hepatomas primários e antigénio prostático específico
(PSA) para tumores da próstata.
Terapêutica antitumoral
• A dificuldade em remover ou destruir o tecido neoplásico
com preservação das células normais reduz o sucesso Factores que limitam a capacidade do sistema
do tratamento e implica efeitos colaterais desagradáveis; imunológico para suprimir o crescimento
• Esta terapêutica baseia-se na remoção do tecido tumoral
neoplásico ou na sua destruição com radiações, agentes
químicos ou imunológicos (BCG, IL-2) de forma isolada
ou combinada.
Patologia geral – Neoplasia: radiosensibilidade e
quimiosensibilidade
Patologia geral – Neoplasia: carcinogénese ou transformação
neoplásica Iniciação e promoção na
> 10 anos oncogénese;
E* representa o papel
das respostas
enzimáticas adaptativas
na luta contra os efeitos
do iniciador.

A transmissão genética directa da neoplasia é rara


(retinoblastoma), mas há factores familiares mal definidos que
favorecem a emergência de alguns tumores (câncer da mama
pré-menopáusico);
O processo oncogénico resulta sempre da prévia exposição a um
agente iniciador que altera proto-oncogenes que regulam a
mitose, reparação do ADN e apoptose, originando um
oncogene que codifica proteínas deficientes, o que pode
conduzir à acumulação de tecido em excesso, instável e
sensível à acção dos promotores (tabaco, hormonas, etc.) que
favorecem a formação do tumor;
Acredita-se que a alteração do proto-oncogene p53, o qual
codifica para uma proteína reguladora da divisão celular está
implicada em mais de 50% de todos os tumores humanos.
Patologia geral – Neoplasia: epidemiologia e factores pré-
neoplásicos

Factores ou condições pré-neoplásicas (iniciadores): condições ou doenças não


neoplásicas as quais, no entanto, encerram um risco acrescido de desenvolvimento de neoplasia.

• Hiperplasia endometrial ou da mama – carcinoma do endométrio ou carcinoma da mama;


• Gastrite crónica – carcinoma do estômago;
• Colite crónica – carcinoma do colon;
• Cirrose hepática – carcinoma hepatocelular;
• Tiroidite auto-imune – linfoma da tiróide.

Epidemiologia da neoplasia (promotores): agentes identificados com o


desenvolvimento da neoplasia na espécie humana

• Carcinoma do pulmão – tabagismo;


• Carcinoma do cervix – múltiplos parceiros sexuais;
• Carcinoma da bexiga – indústria da borracha;
• Carcinoma do fígado – micotoxinas (Asperg. flavus);
• Carcinoma da tiróide – exposição a radiação ionizante;
Patologia geral – Neoplasia: principais factores de potencial
carcinogénico

Químicos
• Hidrocarbonetos policíclicos (alcatrão cigarro- pulmão)
• Aminas aromáticas (indústria corantes e borracha – urotélio)
• Nitrosaminas sistema GI
• Agentes alquilantes (acção directa sobre o ADN)
Virais
• Epstein-Barr (Lintoma de Burkitt; carcinoma nasofaringeo)
• Hepatite B (Carcinoma hepato-celular)
• Papilomavirus(carcinoma cervical; alguns carcinomas da pele)
• HTLV-l vírus da leucemia humana de linfócitos T tipo I (Lintoma das
células T)
Irradiação ou substâncias radioactivas
Hormonas
• Estrogéneos, Testosterona
• Citoquinas
Fibras de Amianto (Asbestos)
Factores Dietéticos: muita gordura e pouca fibra
Patologia geral – Neoplasia: causas dos tumores

Há fortes evidências de que os tumores são causados por dano genético:

 Os neoplasmas apresentam alterações características nos seus genes que não são
encontradas nas células vizinhas normais e quando estes genes alterados são isolados e
introduzidos em células normais detectam-se nestas propriedades neoplásicas;
 Vários (provavelmente cinco ou mais), genes tem que ser alterados para tornar uma célula
normal em neoplásica. As mutações ocorrem em genes que normalmente regulam a divisão
celular e a arquitectura dos tecidos. Por exemplo, um receptor para um sinal de estimulação
do crescimento celular pode sofrer uma mutação de que resulte estimulação permanente da
divisão celular, ou então uma proteína que habitualmente bloqueia a divisão celular pode
deixar de o fazer porque o seu gene foi suprimido.
 As alterações genéticas encontradas em neoplasmas podem ser classificadas como
mutações dominantes ou recessivas, sendo designadas, respectivamente, por oncogenes e
genes supressores tumorais.
 As células neoplásicas têm sistemas de reparação ou protecção de danos no ADN, tendo
que acumular suficientes mutações para se tornarem malignas.
 Alguns indivíduos são predispostos ao desenvolvimento do câncer porque herdaram uma
mutação genética num oncogene ou num gene supressor, ou ainda um defeito na
reparação do ADN.
Patologia geral – Neoplasia: agentes causais

 A incidência do câncer varia entre as populações humanas e muita desta variação parece
ser ambiental. Os agentes que reconhecidamente causam o câncer incluem mutagénios
químicos, radiação ultravioleta ou radiação ionizante, mas também uma grande variedade
de agentes químicos não mutagénicos, certos vírus e outros agentes ou circunstâncias que
causam aumento da renovação celular, tal como, por exemplo, inflamação crónica.
 Os agentes carcinogénicos são na maior parte dos casos substâncias químicas inertes até
serem activadas pelo metabolismo. Tipicamente, são moléculas lipofílicas que são
metabolizadas nas células para se tornarem derivados mais hidrossolúveis e quimicamente
mais reactivas. Alguns carcinogénios apresentam especificidade de tecido ou de espécie,
devido principalmente a variações metabólicas.
 A radiação ionizante origina na célula radicais livres que reagem com o ADN, o qual pode
igualmente ser danificado por mutagénios químicos. Tais danos podem, muitas vezes, mas
nem sempre, ser reparados.
 As circunstâncias ou agentes químicos não mutagénicos que ajudam no desenvolvimento
do câncer, sem provocarem directamente mutações, são designados por promotores
(hormonas da pílula contraceptiva/câncer da mama, asbestos/câncer da pleura, fumo do
cigarro/câncer do pulmão), os quais podem, por exemplo, aumentar a divisão celular ou
permitir que as células mutantes escapem da influência restritiva das células vizinhas.
Patologia geral – Neoplasia: estagiamento tumoral -
classificação pelo sistema TMN

As letras T, N e M referenciam, respectivamente, o Tamanho do tumor, o grau de desenvolvimento dos


Nódulos linfáticos e o grau de Metástese do tumor;
Os subíndices numéricos 0, 1, 2.3 ..., graduam a intensidade das características referenciadas pelas letras.

T1N0M0 T2N1M0 T3N2M1

Tumor primário Tumor primário Tumor primário mais aumentado


simples do pulmão aumentado com com envolvimento dos nódulos
com cerca de 3 cm envolvimento dos linfáticos mediastínicos e
sem nódulos ou nódulos linfáticos metásteses no fígado
metásteses adjacentes
Patologia geral – Neoplasia: graduação tumoral

Características histológicas: grau de


difererenciação, extensão do Relação entre o grau do tumor e o
pleomorfismo e frequência das mitoses prognóstico em 3 tipos de tumor

I - Células muito diferenciadas, bem


ordenadas e com poucas ou nenhumas
mitoses visíveis;
IV – Células pouco diferenciadas
(anaplásicas), pleomórficas e com muitas
mitoses visíveis;
II e III – Malignidade intermédia entre
estes dois extremos.
Um grau baixo indica um tumor de
crescimento lento com baixa tendência de
invasão e metástese e portanto com bom
prognóstico, o qual é menos optimista
para os tumores de grau III e IV.
Patologia geral – Neoplasia: taxas de sobrevivência de
tumores malignos aos 5 anos (%)

Tipo de tumor Raça branca Raça negra


Tiróide 96 93
Melanoma 89 66
Cervix uterina 72 60
Corpo uterino 86 61
Mama 88 73
Laringe 66 54
Próstata 98 93
Bexiga 82 65
Linfoma de Hodkin 85 77
Colon – recto 63 53
Rim 62 60
Linfoma não Hodkin 56 46
Ovário 53 53
Mieloma múltiplo 30 33
Leucemia 47 38
Estômago 21 20
Pulmões 15 12
Esófago 15 8
Pâncreas 4 4
Patologia geral – Neoplasia

FIM

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