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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do

Tribunal do Júri da Comarca de (Competência)-SC. Assim se manifesta a doutrina:


“Estando presentes ao menos 15 jurados, é
instalada a sessão. O julgamento realizado quando a
sessão se instala com menos de 15 jurados é nulo”
(Mirabete, Código de Processo Penal Interpretado, p.
1174)
ANTÔNIO, devidamente qualificado nos autos do
processo criminal nº 0000, que lhe move a Justiça Requer que seja declarada a nulidade do processo,
Pública, vem, mui respeitosamente, perante Vossa de acordo com o art. 564, III, “i” do CPP, submetendo o
Excelência, por seu advogado infra firmado, apelante a novo julgamento pelo Tribunal do Júri.
inconformado com a respeitável sentença condenatória,
interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no 1. NULIDADE POSTERIOR À PRONÚNCIA
artigo 593, III, “a”, “c” e “d”, do Código de Processo
Penal. Nos termos do artigo 442 do CPP, a sessão de
julgamento do Tribunal do Júri somente pode ser iniciada
Requer ainda que o presente recurso seja com o mínimo de quinze jurados.
recebido e devidamente processado, dando
prosseguimento nos termos da lei. Razões em anexo. No entanto, no caso concreto, tal aspecto não foi
observado, acarretando prejuízo à defesa. Trata-se,
Nesses termos, pede deferimento. portanto, de nulidade processual, nos termos do artigo
564, III, “i” do CPP.
(Local de prova), 8 de outubro de 2006..
Assim se manifesta a doutrina:
FULANO DE TAL “Estando presentes ao menos 15 jurados, é
OAB-SC 0000 instalada a sessão. O julgamento realizado quando a
sessão se instala com menos de 15 jurados é nulo”
(Mirabete, Código de Processo Penal Interpretado, p.
RAZÕES DE APELAÇÃO 1174)

Egrégio Tribunal, Requer que seja declarada a nulidade do processo,


de acordo com o art. 564, III, “i” do CPP, submetendo o
Colenda Câmara, apelante a novo julgamento pelo Tribunal do Júri.

Trata-se de processo criminal no qual o apelante foi


pronunciado e levado a julgamento pelo Tribunal do Júri 2. NULIDADE - INCOMUNICABILIDADE
por ter matado seu desafeto, por motivo fútil.
De acordo com o artigo 458, § 1º, do CPP, os
Iniciada a sessão de julgamento, com a presença jurados não poderão comunicar-se com outrem, nem
de doze jurados, procedeu-se ao sorteio dos sete para manifestar sua opinião sobre o processo.
compor o Conselho de Sentença. Posteriormente, no
interrogatório e na inquirição de testemunhas ficou Contudo, no caso concreto, tal aspecto não foi
observado, uma vez que o jurado Paulo comunicou-se
comprovado que o apelante assim procedeu porque
com os demais jurados no sentido da condenação.
suspeitava que o seu desafeto estava tendo um caso
Houve, nesse sentido, manifesto prejuízo à defesa.
com a sua esposa.
Trata-se, assim, de nulidade processual, nos
Durante todo o julgamento, o jurado Paulo termos do artigo 564, III, “j” do CPP.
comentou com a sua esposa, que também foi sorteada,
que a melhor solução era a condenação. Durante a Nesse sentido é a jurisprudência:
votação em sala secreta, foram formulados os quesitos
sobre o fato principal, qualificadora e, em seguida, os “A expressão de opinião pessoal sobre o processo
relativos à legítima defesa da honra sustentada pelo por parte de um dos jurados revela a quebra da regra da
defensor. incomunicabilidade, devendo o acusado ser submetido a
novo julgamento” (RT 729/518-9)
Ao final do julgamento, o apelante restou
condenado à pena de 18 anos de reclusão, nos mesmos Requer que seja declarada a nulidade do processo,
termos da decisão de pronúncia. de acordo com o art. 564, III, “j” do CPP, submetendo o
apelante a novo julgamento pelo Tribunal do Júri.
No entanto, a respeitável decisão deve ser
reformada, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:
3. NULIDADE – MARIDO E MULHER NO CONSELHO
1. NULIDADE – MÍNIMO LEGAL DE JURADOS DE SENTENÇA

Nos termos do artigo 442 do CPP, a sessão de Segundo o disposto o artigo 462 do CPP, são
julgamento do Tribunal do Júri somente pode ser iniciada impedidos de servir no mesmo conselho de sentença
com o mínimo de quinze jurados. marido e mulher.

No entanto, no caso concreto, tal aspecto não foi No entanto, essa regra não foi observada no caso
observado, acarretando prejuízo à defesa. Trata-se, concreto, acarretando prejuízo à defesa. Trata-se,
portanto, de nulidade processual, nos termos do artigo portanto, de nulidade processual, nos termos do artigo
564, III, “i” do CPP. 564 do CPP.
Na respeitável sentença condenatória, foi
Requer, portanto, que seja declarada a nulidade do imposta ao apelante uma pena de dezoito anos de
processo, de acordo com o art. 564 CPP, submetendo o reclusão, bem acima do mínimo referente ao homicídio
apelante a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. qualificado.

4. NULIDADE – ORDEM DOS QUESITOS No entanto, é importante reconhecer que não há


circunstâncias desfavoráveis ao apelante. Dessa forma,
Nos termos do artigo 484, III, do CPP, quando a não há razão para que a pena base seja fixada acima do
defesa apresentar uma excludente nos debates, os mínimo legal.
quesitos referentes a esta devem ser apresentados logo
após os do fato principal. Nesse sentido é o entendimento jurisprudencial:
“Sendo favoráveis as condições do art. 59 do
No entanto, no caso concreto, tal formalidade não Código Penal, a pena base deve ser fixada no mínimo
foi observada, acarretando prejuízo à defesa, uma vez legal” (TJSC 69/495)
que logo após o fato principal, foram formulados os
quesitos sobre a qualificadora. Requer, portanto, que a sentença condenatória
seja reformada, com a fixação da pena base no mínimo
Trata-se, portanto, de nulidade processual, nos legal para o delito de homicídio qualificado.
termos do artigo 564 do CPP.
7. REQUERIMENTO FINAL
Assim se manifesta a jurisprudência:
“A precedência dos quesitos de defesa sobre os
Ante o exposto, requer que o presente recurso
demais quesitos é obrigatória. Segundo a Súmula 162
seja acolhido e provido, como medida imprescindível à
do STF, é absoluta a nulidade do julgamento pelo Júri
realização da justiça, nos seguintes termos:
quando os quesitos de defesa não precedem os das
circunstâncias agravantes” (RT 697/286-7) a) que seja declarada a nulidade pela falta do
mínimo legal de jurados, nos termos do artigo 593, III, “i”,
do CPP, submetendo o apelante a novo julgamento pelo
Requer que seja declarada a nulidade do processo, Tribunal do Júri;
de acordo com o art. 564 do CPP, submetendo o
b) que seja declarada a nulidade do processo pela
apelante a novo julgamento pelo Tribunal do Júri.
comunicação dos jurados, nos termos do artigo 564, III,
“j” do CPP, submetendo o apelante a novo julgamento
5. DECISÃO MANIFESTAMENTE CONTRA A PROVA pelo Tribunal do Júri;
NOS AUTOS – MOTIVO FÚTIL c) que seja declarada a nulidade do processo pelo
parentesco no conselho de sentença, de acordo com o
Ficou provado, durante a instrução processual, que art. 564 do CPP, submetendo o apelante a novo
o apelante somente praticou o fato por considerar que a julgamento pelo Tribunal do Júri;
vítima era amante de sua esposa. d) que seja declarada a nulidade do processo pela
ordem dos quesitos, de acordo com o art. 564 do CPP,
Não há que se falar, portanto, em motivo fútil, uma submetendo o apelante a novo julgamento pelo Tribunal
vez que este consiste em um motivo insignificante, do Júri;
totalmente desproporcional ao delito cometido. e) que seja reconhecida a decisão manifestamente
contrária à prova dos autos, nos termos do artigo 593,
Portanto, a decisão dos jurados que reconheceu a III, d, do CPP, submetendo o apelante a novo julgamento
qualificadora referente ao motivo fútil foi proferida pelo Tribunal do Júri;
manifestamente contra a prova nos autos, razão pela f) que seja reformada a sentença condenatória,
qual deve ser anulado o julgamento. com a aplicação da pena base no mínimo legal.
Requer que seja reconhecida a decisão Nesses termos, pede deferimento.
manifestamente contrária à prova dos autos, nos termos
do art. 593, III, “d” do CPP, submetendo o apelante a (Local de prova), 8 de outubro de 2006.
novo julgamento pelo Tribunal do Júri.
FULANO DE TAL
6. DOSIMETRIA DA PENA OAB/SC – 0000

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