Sei sulla pagina 1di 8

CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..

Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

COMO FUNCIONA A MEMÓRIA, PROCES-


SADOR, CHIPSETS E OUTROS CIRCUITOS
O USO DA MEMÓRIA
O processador 8088 usado nos primeiros PCs era capaz de “enxergar” somente 1 MB de memória. Essa área é
dividida em áreas menores de 64 KB. Dessa forma, a área de memória é dividida em 16 blocos de 64 KB (16 x 64
KB = 1 MB). Para manter compatibilidade com programas mais antigos (e, principalmente, com periféricos mais
antigos), os micros atuais continuam com a mesma estrutura do PC original no primeiro megabyte de memória.
Essa área é dividida da seguinte forma:
• Os dez primeiros bancos (banco O a banco 9, endereços que vão de 00000h a 9FFFFh) são utilizados pe-
lo processador no endereçamento à RAM. Logo, concluímos que o máximo de RAM que os computadores
PC endereçam é 640 KB (10 x 64 KB). Esse trecho de memória é chamado memória básica, ou memória
convencional. Mesmo instalando-se mais do que 640 KB de RAM em micros modernos, sistemas opera-
cionais antigos como o DOS só reconhecerá 640 KB, pois precisam manter compatibilidade com o PC
original.
• Os bancos 10 e 11 (Ah e Bh, endereços de A0000h a BFFFFh) são reservados para o aCeSSO à memória
de vídeo pelo microprocessador. As interfaces de vídeo serão discutidas em capítulo próprio, mas é bom
saber que a memória de vídeo está fisicamente localizada na própria interface, e não na placa-mãe.
• Os bancos de 12 a 14 (Ch a Eh, endereços de C0000h a EFFFFh) são reservados para a localização de
firmwares das mais diversas interfaces periféricas, tais como interfaces de vídeo, host SCSI e interfaces
adaptadoras de rede local. Esse trecho de memória é chamado de memória superior, ou UMB (Upper
Memory Banks).
• No banco 15 (Fh, endereços de F0000h a FFFFFh) está localizada a memória ROM do micro, que é mais
conhecida como BIOS (Basic Input/Output System). Nessa área se localizará a linguagem Basic residente,
caso tenha sido instalada. (É uma memória ROM opcional existente nos primeiros PCs.)

ÁREA DE MEMÓRIA ENDEREÇOS CONTEÚDO


0 à 640KB 00000h a 9FFFFh Banco 0 ao Banco 9 – Memória Convencional
640 a 704 KB A0000h a AFFFFh Banco 10: Memória de vídeo
704 a 768 KB B0000h a BFFFFh Banco 11: Memória de vídeo
768 a 832 KB 00000h a CFFFFh Banco 12: ROM da interface de vídeo
832 a 896 KB D0000h a DFFFFh Banco 1 3: Firmware de interfaces
896 a 960 KB E0000h a EFFFFh Banco 14: Firmware de interfaces
960 a 1 024 KB F0000h a FFFFFh Banco 15: BIOS (e Basic residente, caso haja).

SEGMENTO E OFFSET
Ao longo deste livro, a forma como representamos endereços é a forma física em que eles se apresentam, uma
vez que o assunto aqui é o hardware. Em termos de software, o mais comum é a representação de endereços em
forma de segmento e offset. O segmento é o banco em questão e o offset, o endereço relativo dentro de tal ban-
co. Tomemos como exemplo o endereço C0005h. Esse endereço pode ser representado como C000:5, ou seja,
endereço inicial (segmento) C0000 + deslocamento (offset) 5. Outro exemplo: A1234h pode ser representado como
A000:1234, A100:234, A120:34 ou ainda A123:4.

BARRAMENTO
Genericamente falando, o barramento é o caminho de comunicação do processador com os diversos circuitos do
micro. Ele pode ser dividido em:
• Barramento de dados: É por onde os dados circulam.
• Barramento de endereços: É por onde a informação de endereço é fornecida.
• Barramento de controle: Informações adicionais como, por exemplo, se a operação é de leitura ou escrita.

O barramento é compartilhado por todos os circuitos da placa-mãe do computador. Isso significa que todos os
circuitos recebem a mesma informação ao mesmo tempo. No exemplo dado, mesmo a operação sendo de escrita
em memória, todos os demais circuitos do micro recebeu o mesmo dado e o mesmo endereço simultaneamente.
Através do barramento de controle, os demais circuitos souberam que o dado era destinado à memória, portanto
eles deveriam ficar inoperantes.

Use Input – Consultoria Página 1 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

BARRAMENTO DE I/O
O barramento que descrevemos anteriormente chama-se bar-
ramento local e é o caminho de comunicação do processador
com a memória RAM e com um circuito da placa-mãe chamado
ponte norte. Esse barramento é de alto desempenho e, por
esse motivo, periféricos lentos não podem ser conectados dire-
tamente a ele, para que não haja obstrução na comunicação do
processador e, conseqüentemente, queda de desempenho.
Dessa forma, o processador comunica-se com periféricos atra-
vés de outros barramentos, genericamente chamados barra-
mentos de 1/O (ou EIS — Entrada/Saída). Entre esses barra-
mentos, podemos citar o barramento ISA e o PCI. A comunica-
ção desses barramentos com o barramento local é feito por um
circuito chamado ponte, que faz parte dos circuitos de apoio da
placa-mãe (chipset). Estudaremos os barramentos do micro em
detalhes mais adiante.

ENDEREÇOS DE I/O
O processador necessita programar os circuitos periféricos de
apoio existentes na placa-mãe, bem como se comunicar com
dispositivos de entrada e saída, que podem estar conectados
na placa-mãe, através de um barramento de I/O (como é o
caso da placa de fax modem e da placa de som, por exemplo).
Essa comunicação é feita através de uma área distinta e independente, chamada área de 1/O (Input/Output — En-
trada/Saída). Tradicionalmente, no PC, essa área é de 1 KB, ou seja, há 1.024 endereços (de 000h a 3FFh) que
são utilizados pelo processador para se comunicar com algum circuito periférico ou programá-lo. Como exemplo
prático, podemos citar a porta paralela, utilizada para a comunicação do micro com a impressora. Normalmente, a
porta paralela do micro utiliza o endereço 378h, ou seja, quando o micro quer enviar algum dado à impressora, ele
simplesmente “joga” esse dado para o endereço de 1/O 378h. No Windows 9x, você pode facilmente visualizar
qual endereço de 1/O um determinado periférico está utilizando (a área de 1/O é chamada de Intervalo de En-
trada e Saída). Isso pode ser feito através do gerenciador de dispositivos, acessado pelo ícone Sistema do pai-
nel de controle (um caminho alternativo seria clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone Meu Computador,
escolhendo a opção Propriedades do menu que aparecerá). Basta clicar no periférico que você quer visualizar e, a
seguir, escolher a guia Recursos.

CIRCUITOS DE APOIO
É claro que o processador não é capaz de fazer absolutamente tudo. Na placa-mãe do micro existem diversos
circuitos de apoio, aos quais chamamos genericamente de chipset. Eles são responsáveis por auxiliar o proces-
sador no gerenciamento do micro, por exemplo, no controle de interrupções e no acesso direto à memória. O chip-
set é responsável também por outras funções importantíssimas, como auxiliar o processador no controle da me-
mória e por outras primordiais.
Controlador de Interrupções
QUADRO DE INTERRUPÇÕES DE UM IBM – PC - XT Um pedido de interrupção é um que fazemos ao mi-
IRQ0 Temporizador Conectado ao ChipSet croprocessador para que ele pare de executar as tare-
IRQ1 Teclado (conectado ao chipset). fas que estiver executando naquele determinado mo-
IRQ2 (Normalmente sem uso e disponível) mento para atender ao periférico que pediu tal inter-
IRQ3 COM2 e COM4 (Seriais de Comunicação) rupção. Esse tipo de procedimento é extremamente
importante para dispositivos de entrada, como tecla-
IRQ4 COM1 e COM3
dos, por exemplo. Ora, para que o microprocessador
IRQ5 Disco Rígido HD padrão ST-506 não + uti
saiba que você está apertando uma tecla, o que ele
IRQ6 Unidade de Disquete
faz? Faz uma leitura do teclado. Mas vamos supor
IRQ7 Porta de Comunicação Paralela (LPT)
que você não esteja apertando tecla alguma. Ele con-
tinua a fazer a leitura do teclado, retornando um código “Nenhuma Tecla Pressionada”. Ora, se fosse assim, o seu
computador passaria mais tempo lendo o teclado do que propriamente executando o programa que você pediu.
Portanto, o uso de uma interrupção pelo teclado é de suma importância, pois só assim o microprocessador poderá

Use Input – Consultoria Página 2 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

ficar executando o programa pedido. Quando você apertar uma tecla,


isso gerará uma interrupção que fará com que o microprocessador
leia, então, o teclado! Assim, o computador ficará “liberado” para
executar o programa que você pediu em vez de ficar lendo o teclado
o tempo todo. O mesmo ocorre com outros dispositivos, como o
mouse. Todos os processadores da família Intel, no entanto, têm
apenas uma entrada para interrupção. E isso é muito pouco, pois
permite que você conecte somente um dispositivo de entrada de
dados ao microcomputador. A solução encontrada foi à utilização de
um circuito controlador de interrupções. Esse circuito controlador de
interrupções é capaz de gerenciar até oito pedidos de interrupção,
chamados de IRQ (Interrupt Request — Pedido de Interrupção). Cada
linha de interrupção estará conectada a um periférico distinto. Mas
temos níveis de prioridade por aqui, pois pode haver o caso de dois
ou mais dispositivos pedirem uma interrupção ao microprocessador
ao mesmo tempo. As linhas de interrupção recebem um nome de
IRQ 0 a IRQ7, sendo IRQO o de maior prioridade e o IRQ7, o de
menor prioridade. Isso explica a existência de oito níveis de interrup-
ção nos primeiros PCs. Quando temos dois pedidos de interrupção
simultâneos, somente o de prioridade superior será atendido. O outro
será descartado completamente. Por exemplo, se IRQI e IRQ4 forem
pedidos ao mesmo tempo, o controlador de interrupções informará
ao microprocessador que deve atender a IRQ1, esquecendo-se completamente de IRQ4. Como os primeiros PCs
tinham apenas oito linhas de interrupção, rapidamente todas as linhas disponíveis foram utilizadas por algum peri-
férico. No projeto do AT (que utilizava o então moderno processador 80286), o número de interrupções disponíveis
foi aumentado, possibilitando que mais periféricos fossem conectados ao micro. Para manter total compatibilidade
em hardware com as interfaces criadas para os primeiros PCs, um controlador de interrupções foi conectado ao
processador de maneira idêntica a que existia no PC original. Um segundo controlador foi conectado em cascata a
esse primeiro controlador, disponibilizando mais linhas de interrupção, conforme mostra a Figura 1.6. Esse mesmo
esquema é utilizado em todos os PCs até hoje. Dessa forma, o primeiro controlador será responsável pelas linhas
IRQO a IRQ7, de modo similar ao que ocorria no PC original. O segundo controlará as novas linhas IRQ8 a
IRQ15, sendo conectado ao primeiro controlador através da IRQ2. Temos, no total, 15 interrupções, pois a IRQ2
está permanentemente fazendo a conexão do segundo controlador com o primeiro. Em termos de nível de priori-
dade, não podemos mais nos guiar pelos números das linhas de interrupção. Tomando o segundo controlador,
vemos que IRQ8 tem o maior nível de prioridade e IRQI5, o menor. No primeiro controlador, IRQO tem o maior
nível de prioridade, e IRQ7, o menor. Porém, IRQ8 a IRQ15 têm nível de prioridade 2 no primeiro controlador, pois
a conexão do segundo controlador ao primeiro é feita através da cascata IRQ2. Acompanhe, na figura, os níveis
de prioridade das linhas de interrupção a partir do 2~6. No Windows 9x, você pode facilmente visualizar qual é a
interrupção utilizada por um determinado periférico, através do gerenciador de dispositivos, acessado pelo ícone
Sistema do painel de controle (um caminho alternativo seria clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone Meu
Computador, escolhendo a opção Propriedades do menu que aparecerá).
QUADRO DE INTERRUPÇÕES A PARTIR DO 80286
IRQ 0 Temporizador da Placa Mãe
IRQ 1 Teclado
IRQ 2 Conexão em Cascata do ChipSet
IRQ 3 COM2 COM4 (comunicação serial)
IRQ 4 COM1 COM3
IRQ 5 Normalmente utilizado por placas de som
IRQ 6 Unidade de Controle de Disquetes.
IRQ 7 Porta Paralela (LPT)
IRQ 8 Relógio de tempo Real RTC da placa mãe
IRQ 9 Normalmente utilizado por placas de vídeo
IRQ 10 (Normalmente Disponível)
IRQ 11 (Normalmente Disponível)
IRQ 12 Mouse de Barramento / PS2 (Bus mouse)
IRQ 13 Co-Processador matemático
IRQ 14 Usado para controle do IDE (HD)
IRQ 15 Controle IDE secundário.

Use Input – Consultoria Página 3 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

Basta clicar no periférico que você quer visualizar e, a seguir, escolher a guia Recursos. Importante notar que os
periféricos de um micro podem utilizar níveis de interrupção diferentes dos apresentados na tabela (por exemplo, a
placa de som pode utilizar IRQ1O em vez de IRQ5). Isso ocorre, sobretudo, no Windows 9x, por se tratar de um
sistema operacional plug-and-play. Nesse caso, os níveis de interrupção, endereços de I/O e canais de DMA são
ajustados automaticamente pelo sistema operacional, fazendo com que cada periférico do micro ocupe um recurso
único, evitando conflitos. Assim, o usuário não precisa se preocupar com esse tipo de configuração. Os chamados
conflitos de interrupção ocorrem se dois ou mais periféricos estiverem utilizando o mesmo IRQ. Isso ocorre espe-
cialmente quando um leigo ou um técnico desqualificado executam a instalação do periférico. Como cada periféri-
co é construído de forma a usar uma linha de interrupção única, é muito pouco provável que ele entre em conflito
com algum outro dispositivo (repare que, em nossa tabela, cada periférico utiliza uma linha de interrupção predefi-
nida). A tecnologia Plug and Play foi criada justamente para que qualquer leigo possa instalar sozinho um periféri-
co. Quando há um conflito, o próprio sistema operacional trata de reconfigurar os periféricos em conflito, automati-
camente. O barramento PCI possui quatro linhas de interrupção: INTA# a INTD#.

Como você pode observar na Figura as interrupções PCI são conectadas ao processador, utilizando-se o tradicio-
nal controlador de interrupções da Figura ao lado, através de um circuito chamado roteador de interrupções PCL
Na maioria dos projetos de placas PCI, o periférico utiliza a interrupção JNTA#. Durante o boot, o BIOS (através do
POST) elege uma linha IRQ disponível para acomodar os dispositivos PCI instalados como, por exemplo, a placa
de vídeo. Dessa forma, teoricamente não há como um dispositivo PCI entrar em conflito com um dispositivo ISA.
No Setup de alguns micros há como definir manualmente essa configuração, fazendo com que a placa PCI em um
determinado slot PCI utilize obrigatoriamente uma determinada IRQ. Por exemplo, configurando a opção PCI slot 1
em IRQ 10, você fará com que o dispositivo PCI conectado ao slot PCI número um obrigatoriamente utilize a IRQ
10. Preferimos manter esse tipo de configuração em modo automático, para que o prévio BIOS e, posteriormente,
o sistema operacional configurem quais IRQs as placas PCI utilizarão. Para evitar problemas de conflitos, há ainda
a possibilidade de dizermos ao BIOS quais linhas de interrupção (IRQ) placas ISA não-plug-and-play (ou seja,
placas antigas) utilizarão. Isso é útil para casos em que o POST não detecte a existência de uma determinada
placa ISA antiga e, inadvertidamente, acabe disponibilizando a mesma interrupção utilizada por essa placa para
um outro dispositivo. Com isso, essas linhas ficarão reservadas para placas ISA não-plug-and-play e não poderão
ser utilizadas por dispositivos ISA plug-and-play e PCI. Esse ajuste é feito no Setup do micro, conforme estudare-
mos adiante. Ao contrário do barramento ISA, o barramento PCI permite o compartilhamento de interrupções.
Como dissemos anteriormente, a maioria dos projetos de placas PCI utiliza a INTA#, e o POST elege quais inter-
rupções do tipo IRQ cada periférico PCI utilizará. Além disso, é possível que mais de um dispositivo PCI utilize
uma mesma linha IRQ sem problemas. O processador é capaz de identificar corretamente a origem do pedido de
interrupção, por causa da maneira como o barramento PCI é construído. Esse mesmo procedimento não é válido
para dispositivos que não sejam PCI (por exemplo, placas ISA). Nesse caso, não há solução: o conflito é inevitá-
vel. Todos os circuitos da figura estão integrados no chipset da placa-mãe (mais especificamente, em um circuito
chamado ponte sul — ver Capítulo 10). Por esse motivo, não espere encontrar esse circuito em uma placa-mãe
moderna. Não devemos confundir essas interrupções — de hardware — com as chamadas interrupções do sistema
operacional — de software, isto é; pequenas sub-rotinas do sistema operacional para os mais diversos controles e
amplamente utilizadas por programadores mais experientes.

Use Input – Consultoria Página 4 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

Acesso Direto à Memória (DMA)


Você deve ter reparado que, todas as vezes que mencionamos o acesso à memória, sempre envolvemos o mi-
croprocessador. E isso se deve ao fato de que somente este pode ter acesso a ela. Se um dispositivo qualquer
quiser acessar a memória, deverá fazê-lo através do microprocessador. Mas isso se torna um processo lento,
sobretudo no caso de transferência de grande quantidades de dados entre a memória e um outro periférico, por
exemplo, unidades de disquete. Imagine a transferência de um arquivo de 100 KB (um arquivo pequeno, não?) de
um disquete para a memória. Você teria, na pior das hipóteses, mais ou menos 100.000 conjuntos de instruções
do tipo “Leia do disco” e “Armazene dado no endereço x”. Haja tempo e paciência. Em casos como esse, o perifé-
rico poderá usufruir um circuito de apoio chamado controlador de DMA (Direct Memory Access — Acesso Direto à
Memória). No PC original, até quatro periféricos poderiam ser conectados ao controlador de DMA. Esse controla-
dor tinha quatro entradas (chamadas canais), numeradas de DMAO a DMA3. O DMA permite a transferência de
dados sem o conhecimento do processador. Ganharemos tempo (e desempenho) com isso, pois, enquanto uma
transferência de DMA está sendo efetuada, o processador poderá estar executando uma outra tarefa. Da mesma
forma que o número de linhas de interrupção era insuficiente, outro problema surgia: no PC original, o controlador
de DMA era um circuito de 8 bits, pois o barramento de dados dos primeiros PCs era de 8 bits apenas. No projeto
do AT, o controlador de DMA foi substituído por outro capaz de trabalhar com dados de 16 bits, permanecendo
também com quatro entradas (canais). Para manter compatibilidade com periféricos mais antigos de 8 bits, um
segundo controlador de DMA de 8 bits foi adicionado em cascata ao primeiro, de 16 bits.
QUADRO DE DMA A PARTIR DO 80286 E SUPERIORES Temos, portanto, disponíveis quatro entradas de
DMA 0 (Normalmente Disponível) DMA de 8 bits e três entradas de DMA de 16 bits,
DMA 1 Normalmente usado por placas de som pois perdemos uma na conexão em cascata do
DMA 2 Usado pela unidade de disquete segundo controlador com o primeiro. Esse padrão é
DMA 3 (Normalmente Disponível) mantido em todos os micros até hoje e está esque-
DMA 4 Conexão em Cascata (conectada ao chipset) matizado na figura ao lado. As quatro portas de
DMA 5 Normalmente usado por placas de som DMA de 8 bits permanecem com seus antigos no-
DMA 6 (Normalmente disponível) mes: DMAO, DMA1, DMA2 e DMA3. As quatro por-
DMA 7 (Normalmente disponível) tas de DMA de 16 bits chamam-se DMA4, DMA5,
DMA6 e DMA7. Lembre-se de que DMA4 não pode
ser utilizada, pois está conectada em cascata com o segundo controlador de DMA. No caso do 80286,0 controla-
dor de DMA era capaz de acessar no máximo 16 MB de RAM (justamente o limite do processador), além de traba-
lhar à metade da freqüência de operação do processador. Hoje em dia, o circuito controlador de DMA está inte-
grado dentro do chipset da placa-mãe e capaz de acessar bem mais do que 16 MB de RAM (a quantidade máxima
depende do chipset), além de trabalhar na mesma freqüência de operação da placa-mãe. Da mesma forma que
ocorre com as interrupções e endereços de I/O, no Windows 9x podemos visualizar qual canal de DMA está sendo
utilizado por um determinado periférico. O procedimento e o mesmo O esquema de DMA é típico do barramento
ISA. O barramento PCI utiliza um esquema de transferência de dados genericamente conhecido como bus maste-
ring. (Esse método é muito mais rápido) que o DMA padrão (que utiliza uma taxa de transferência típica de 2
MB/s), pois faz uso da taxa de transferência total do barramento PCI (132 MB/s) para fazer a transferência de
dados. Ao contrário do esquema IDE DMA padrão, o bus mastering não utiliza canais e, por esse motivo, não gera
conflitos.
ENCAPSULAMENTO E PINAGEM DE CIRCUITOS INTEGRADOS
Os circuitos integrados podem estar disponíveis em vários padrões de encapsulamento e pinagem. O encapsula-
mento do circuito integrado pode ser plástico ou cerâmico e usar um dos seguintes padrões de pinagem:
• DIP: Dual In-line Package
• LCC: Leadless Chip Carrier
• QFP: Quad Flat Package
• PGA: Pin Grid Array
• BGA: Ball Grid Array
Existem muitos outros padrões de pinagem. Neste livro iremos apresentar os padrões utilizados por processado-
res e outros circuitos que você encontrará em PCs, como o chipset e memórias. A constante miniaturização dos
circuitos integrados é conseguida facilmente. Como o verdadeiro circuito é a pastilha de silício (que é extremamen-
te pequena), basta que o tamanho dos terminais do circuito integrado seja diminuído ou que sua diagramação seja
modificada.
DIP Dual ln-Iine Package
-

Esse é o tipo mais antigo de encapsulamento de circuitos integrados. Trata-se de


duas linhas paralelas de terminais. O problema desse tipo de encapsulamento é
em relação ao número de terminais: quanto mais terminais o circuito integrado

Use Input – Consultoria Página 5 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

tiver, maior em comprimento ele será. Há versões miniaturizadas desse encapsulamento, genericamente chama-
das SOP (Small Outline Package).
LCC Leadless Chip Carrier
-

Esse tipo de encapsulamento traz terminais saindo pelos quatro lados do circuito
integrado. Os terminais são dobrados para baixo, pois esse tipo de circuito é feito
para ser encaixado em soquetes apropriados. A versão mais comum desse encap-
sulamento é a PLCC (Plastic Leadless Chip Carrier).

QFP Quad FIat Package


-

O QFP é bem parecido com o LCC, com a diferença de ser utilizado em


circuitos integrados que serão soldados diretamente em placas de circuito
impresso, sem a utilização de soquetes, através de uma técnica de solda-
gem especial (chamada SMT). Quando o circuito utiliza encapsulamento
cerâmico, ele passa a ser chamado CQFP e, quando plástico, PQFP. Há
sub-variações desse tipo de encapsulamento, como a TQFP (Thin Plastic
Quad Flat Package), em que o circuito integrado é mais fino.
PGA Pin Grid Array
-

Esse tipo de encapsulamento é bastante utilizado por processadores. O cir-


cuito integrado é quadrado com os terminais saindo por baixo, de modo a ser
encaixado em um soquete apropriado. Tem diversas variações, de acordo
com o material utilizado no encapsulamento. Quando este é cerâmico, o
padrão passa a ser chamado CPGA e, quando plástico, PPGA.
BGA BaII Grid Array
-

O padrão BGA é bastante usado por novos chipsets (circuitos de apoio da


placa-mãe). Seus terminais ficam por baixo do circuito, sendo um PGA em
miniatura, como mostra a figura. Esse padrão de pinagem e encapsulamento
também é conhecido como PBGA (Plastic Ball Grid Array).

PINO 1
Independentemen-
te do tipo de en-
capsulamento utili-
zado, todo circuito
integrado traz uma
marcação de
orientação de
pinagem, para que
o técnico não
encaixe erro-
neamente o circuito
integradoouem
soquete mesmo
seu o solde em posição errada — o que, em ambos os ca-
sos, poderia danificar o circuito. Essa orientação normalmente consiste em
um chanfrado na lateral do circuito integrado ou uma marcação circular em
baixo-relevo, ambos indicando o primeiro pino, que deverá coincidir com a
marcação existente, seja no soquete, onde o circuito integrado deverá ser encaixado, seja com alguma marca
decalcada em silkscreen sobre a placa de circuito impresso. Essa marcação é genericamente chamada de marca-
ção de pino 1. Em soquetes, a marcação de pino 1 é normalmente caracterizada por um chanfrado em uma de
suas laterais.

OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES


A seguir, falaremos sobre duas informações importantes: flat cables, que são cabos utilizados por quaSe todos os
periféricos internos do micro, e jumpers, que são pequenos contatos utilizados na configuração de diversos compo-
nentes do micro, em especial a placa-mãe.

Use Input – Consultoria Página 6 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

FIat Cable
Alguns peri-
féricos —

como a uni-
dade de
disquete e o
disco rígido
— utilizam um tipo de cabo bastante
peculiar para a sua conexão ao micro.
Trata-se do flat cable, um cabo plano e
flexível. Assim como circuitos integra-
dos, todo flat cable tem uma marcação
de pino 1, que deverá coincidir com a
marcação de pino 1 no periférico. Essa
marcação é feita através de um fio com
cor diferenciada, normalmente verme-
lho. Outras cores também podem ser
usadas, como rosa, azul, branco e
preto O flat cable é, normalmente, cin-
za. Note que, no periférico, a marcação
de pino 1 é feita de várias maneiras,
sendo a mais usual um “1” estampado
próximo ao pino correspondente. Po-
demos também encontrar chanfrados,
setas indicativas, entre outras marca-
ções. Além disso, se, no periférico,
você não encontrar a marcação de
pino 1, porém a de um pino com valor
elevado (“40”, por exemplo), significa
que o pino 1 está localizado no lado oposto. Assim como circuitos integrados, todo flat cable tem uma marcação
de pino 1, que deverá coincidir com a marcação de pino 1 no periférico. Essa marcação é feita através de um fio
com cor diferenciada, normalmente vermelho. Outras cores também podem ser usadas, como rosa, azul, branco e
preto. O flat cable é, normalmente, cinza. Note que, no periférico, a marcação de pino 1 é feita de várias maneiras,
sendo a mais usual um “1” estampado próximo ao pino correspondente. Podemos também encontrar chanfrados,
setas indicativas, entre outras marcações.
Jumpers e Switches
Determinados periféricos e placas necessitam de configurações, confor-
me veremos ao longo do livro. Quando não utilizam a tecnologia Plug
and Play (onde toda a configuração é feita por software), o técnico deve-
rá fazer a configuração do periférico por hardware, normalmente através
de jumpers ou DIPswitches (micro-chaves). Entre essas configurações
podemos citar a escolha do nível de interrupção (IRQ) e do canal de
DMA que serão utilizados por uma placa de som. Tanto a micro-chave
quanto o jumper servem apenas para fazer um contato, como uma mi-
núscula chave Liga/Desliga, habilitando ou desabilitando alguma função
do periférico a ser configurado.

Use Input – Consultoria Página 7 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com


CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..
Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

Use Input – Consultoria Página 8 Curso COMPUTER – INSIGHT

PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com

Potrebbero piacerti anche