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urbano e
gestão do
riscos
Brasil: Risco e Ambiente Urbano
Processos sócio-ambientais condicionantes das situações de risco: fenômenos
naturais ou ações antrópicas;
Associação de situações de perigo com urbanização: conversão de áreas
rurais em urbanas ou adensamento acelerado de áreas já urbanizadas ou pela
industrialização.
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Risco e Regularização Fundiária
Instrumentos de intervenção em assentamentos precários
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Normas de urbanização para planos de regularização
• Plano Diretor deve estabelecer critérios e delimitar áreas objetos dos
planos, prevendo normas para o processo de urbanização, normalmente
por meio de uma Lei de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);
• ZEIS, Profavela etc.: Dispositivos urbanísticos diferenciados, incentivo à
regularização e produção de HIS (com processo participativo).
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Onde ocorrem as ocupações
• Áreas ambientalmente mais frágeis - protegidas por lei (com fortes
restrições ao uso) e desprezadas pelo mercado imobiliário formal;
• Áreas loteadas e ainda não ocupadas - desconhecimento do traçado do
loteamento, com ocupação de áreas públicas;
• Conjuntos Habitacionais - projeto não aprovado, infra-estrutura não
instalada, sem registro imobiliário, ou desacordo com lei urbanística;
• Áreas inundáveis - ocupação de várzeas, aterramento de manguezal ou
charco;
• Áreas de preservação ambiental ou de risco - áreas de mananciais ou
margens de rios e canais, ocupações em morros, restingas, dunas e
mangues.
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posse x regularidade registrária. A ordem urbanística tem início na
comprovação da regularidade da propriedade: para dar início aos
procedimentos de aprovação de qualquer loteamento é necessário
regularizar a propriedade).
Instrumentos de Regularização
• Equipe de trabalho dedicada à regularização fundiária (inclusive assistência
técnica gratuita);
• Critérios para definir quais áreas devem ser objeto de regularização;
• Integração das ações de urbanização com as ações de regularização;
• Mecanismos de parceria e interlocução com a comunidade das áreas
irregulares;
• Instrumentos de parceria e cooperação técnica para promoção da
regularização;
• Identificação das áreas irregulares: Cadastramento e Mapeamento;
• Seleção dos Instrumentos jurídicos a serem utilizados.
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Levantamento da situação fundiária
Informações sobre o tempo de residência da família, se a ocupação foi de
forma originária ou se houve aquisição de morador anterior, se o terreno é
usado para fim habitacional ou misto etc.;
Informações sobre o imóvel (se é público - ex. áreas afetadas, terrenos de
marinha - ou particular, identificando-se os proprietários e matrículas no registro
de imóveis).
Definição de critérios para remoções
Em função do levantamento cadastral e das condições físicas (Risco
irremediável?) e jurídicas da área pode haver necessidade de remover parte
das ocupações (restrições ambientais, situações de risco irremediável,
densidades muito altas que impeçam abertura de vias etc.);
É fundamental a escolha da área para onde as famílias serão removidas, em
novo projeto habitacional, de forma a preservar vínculos sócio-econômicos.
Levantamento topográfico e aperfeiçoamento do cadastro
Obtenção de dados identificando o responsável pelo domicílio, nomes dos
moradores, filiação, ocupação, situação de emprego, renda familiar, número de
filhos menores, número de filhos em idade escolar etc.
Plano Urbanístico
• Não se limita ao projeto urbanístico puro e simples para a área: deve
incorporar especificidades do assentamento (usos, costumes, cultura local
etc.);
• Deve conter definição dos espaços públicos e privados (parcelamento ou
condomínio), de acordo com a legislação urbanística e ambiental, assim
como do PMRR (quando houver), a partir da definição do que deve ser
consolidado e o que deve ser removido;
• Deve prever infra-estrutura urbana adequada, equipamentos sociais, áreas
verdes, de lazer e comerciais (sempre que possível);
• Pode ser executado em etapas (priorizar risco);
• O processo de elaboração deve ser participativo e democrático, procurando
incorporar outros agentes sociais envolvidos com a questão fundiária.
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Requisitos para estruturação de um Programa Municipal de
Regularização
Sistema Municipal de HIS - Conselho Municipal de Habitação e/ou de
Desenvolvimento Urbano, Fundos de Habitação e/ou Desenvolvimento Urbano;
• Lei de ZEIS - norma urbanística própria para aprovação de projetos de HIS,
com participação da comunidade alvo e incentivo para urbanização de
áreas ociosas;
• PMRR – articulação com o PMHIS e mobilização da sociedade para
redução da vulnerabilidade;
• Política de assistência técnica gratuita (direito, arquitetura, engenharia,
geologia etc.).
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• Doação (deve ser autorizada por lei e pode ser operação consorciada
prevista pelo E. da Cidade).
Alternativas de Financiamento
• Recursos públicos municipais, estaduais e federais;
• Recursos privados
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Recursos do OGU
• Habitar Brasil BID (HBB);
• Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H);
• Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH).
Programas Estaduais
Fundo Estadual de Habitação (FEH)
Programa Lares Geraes: SEDRU/COHAB
Programa Lares Habitação Popular (PLHP) - Produção de HIS População alvo:
Renda familiar de até 3 s.m.;
Programa Lares Segurança Pública (PLSP) - Financiamento para aquisição de
imóveis residenciais em área urbana e para uso próprio a servidores da área
de segurança pública;
• Construção de UH e provimento de infra-estrutura urbana;
• Locação de imóveis para servidores que se encontram em situação de risco
funcional.
Construção de UH em parceria com associações microrregionais de
municípios;
Construção, reformas e melhorias em UH utilizando recursos repassados pela
União;
Construção, reformas e melhorias em UHIS na região do Jequitinhonha,
Mucuri, Norte de Minas e Rio Doce;
Regularização fundiária em terrenos e imóveis situados em áreas de
vulnerabilidade social pertencentes ao Estado, bem como aos municípios
(desde que solicitado);
Execução de intervenções urbanísticas em áreas de adensamentos
subnormais.
Locação de UH para população com idade superior a 65 anos em condição de
vulnerabilidade social;
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Elaboração de Planos Municipais de Regularização Fundiária na RMBH.
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Recursos Privados
Aplicação dos Instrumentos de Política Urbana do Estatuto da
Cidade
Áreas ociosas
Na maior parte das cidades brasileiras existem áreas vazias ou pouco
aproveitadas, em função da infra-estrutura existente ou da capacidade da rede
de serviços instalada. O PD deverá definir o aproveitamento mínimo para cada
área e delimitar aquelas cujo aproveitamento esteja aquém daquele
determinado. Os proprietários destas áreas deverão adequar seu uso aos
parâmetros de aproveitamento, parcelando o terreno ou edificando. Os prazos
e as demais condições para a aplicação do parcelamento, da edificação ou da
utilização compulsória serão determinados em lei municipal.
IPTU Progressivo no Tempo
Não sendo cumpridas as condições para o aproveitamento da área, o
Município passará a aumentar, durante 5 anos consecutivos, a alíquota do
IPTU, até o limite máximo de 15%. O Município manterá a cobrança
progressiva do IPTU pela alíquota máxima, até que o proprietário proceda ao
aproveitamento do terreno.
Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública
Decorridos 5 anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário
cumpra a obrigação de adequar o seu aproveitamento, o Município pode
desapropriar o imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública. O não
cumprimento desta obrigação será considerado ato de improbidade
administrativa do Prefeito.
Outorga Onerosa do Direito de Construir
O Município deve delimitar no Plano Diretor as áreas onde poderá haver maior
adensamento populacional com o aumento da área construída. Significa
conceder o direito de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico
fixado. O excedente de área a ser construída será cobrado nas condições
estabelecidas em lei municipal específica e os recursos obtidos com a
aplicação deste instrumento deverão ser revertidos em beneficio da população
de baixa renda ou dirigidos para as atividades inerentes ao planejamento
urbano local.
Operações Urbanas Consorciadas
É um conjunto de intervenções coordenadas pelo Poder Público municipal, com
a participação de proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados, com o objetivo de promover transformações significativas
em determinada área, como modificação de características de parcelamento,
modificação das normas de uso e ocupação do solo, alteração do Código de
Obras, regularização de construções ou reformas etc.
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Controle da ocupação e prevenção a reprodução dos
assentamentos irregulares
É fundamental o controle da ocupação, nas áreas objetos de intervenção, mas
o processo deve envolver a área de planejamento urbano, no sentido de
monitorar a dinâmica demográfica, visando a produção de situações de
vulnerabilidade em função da atividade imobiliária, no mercado formal.
Deve haver controle efetivo da valorização imobiliária por meio da limitação do
adensamento e da verticalização, aliado a um processo de Gestão Social da
valorização imobiliária urbana (implementação efetiva dos instrumentos de
política urbana do Estatuto da Cidade: Outorga Onerosa do Direito de
Construir, IPTU Progressivo, Operações Urbanas etc.).
Referências
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Gestão social do espaço urbano
Promoção da justa redistribuição dos ônus e bônus da urbanização.
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