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Projeto JA
Núcleo de Assessoria Jurídica Comunitária Justiça e Atitude
RELATÓRIO DE ATIVIDADES/2006
FEVEREIRO/2007
TERESINA - PI
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Fig.1: Confraternização Inicial dos Passe Livre (etc), seja pela função de
Projetos discutir a sociedade que se vê nessas
movimentações populares.
E como não poderia faltar, uma das contribuições do JA para o evento coma
realização da famosa Oficina do Amor. Afinal, JA com toda certeza é amor. Fora enfatizado
que no curso normal de nosso projeto, essa oficina é utilizada para discutir a carta de
princípios da RENAJU, assim como buscar a firmeza de que o amor é base de tudo que
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estamos a tentar construir. Após o encontro, muitos projetos já nos procuraram para enviar
esquematizada essa oficina pedagógica, o que nos deixa amplamente felizes com a
aceitação da discussão e o sucesso das dinâmicas (do amarrado, do balão e do toque).
A descontração veio com o forró e na hora das refeições, onde havia maior
integração dos participantes do encontro e rodas de conversas sobre as práticas dos projetos
pelo Brasil a fora. Posteriormente fora consensuado que um espaço fixo para que os
projetos possam expor suas práticas de maneira sistematizada é necessário e será incluso na
programação dos próximos encontros.
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Deste encontro, o JA trouxe muitos ganhos: novas amizades que foram feitas,
fortalecimento com as AJUs de Teresina, além de várias reflexões e idéias para o futuro do
nosso projeto e maior participação das pessoas.
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Assim, resumem-se as oficinas efetivadas no segundo semestre de 2006:
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Descrição: Os acadêmicos, através de uma prática dialógica, transmitirão os conhecimentos
acerca dos Direitos Humanos, o que é preconceito e descrever assessoria jurídica popular e
o Projeto Justiça e Atitude.
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Descrição: Nesta oficina, será necessário dividir o conjunto em dois grupos. Um trabalhará
com a aplicação da técnica do teatro do oprimido pelos acadêmicos do JA.
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Descrição:
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2.3. ENNAJUP: I Encontro Norte/Nordeste de Assessorias Jurídicas Universitárias
Populares
Fig.5 – ENNAJUP
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4) Maior envolvimento e compromisso social por parte dos acadêmicos integrantes.
Propostas de maior atuação do JÁ em 2007.
4. CERTIFICADOS
A carga horária expressa nos certificados dos acadêmicos e coordenadores do
Projeto JA será de 54 horas/aula, resultado do somatório de 13 oficinas de duração de 04
horas/aula cada. Será ofertado certificado aos participantes da comunidade com a carga
horária de 28 horas/aula, somatório de 07 capacitações práticas com duração de 04
horas/aula cada, como será demonstrado a seguir.
a) acadêmicos coordenadores
b) acadêmicos participantes
c) Grupo Miridiwa
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ANEXOS
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ANEXO I
VII ERENAJU
(ENCONTRO DA REDE NACIONAL DE ASSESSORIA JURÍDICA
UNIVERSITÁRIA)
OFICINA DO AMOR
JA é AMOR no ERANAJU 2006/FORTALEZA – CE
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A Oficina do Amor foi inspirada no curso seqüencial intitulado Educação desde e
para Direitos Humanos, coordenador pelo Professor Warat. Nesse curso existe a disciplina
do Amor com quarenta horas de duração. Brincamos com os componentes da oficina
dizendo ser interessante imaginar provas e avaliações didáticas sobre o amor.
1. Nome:
2. Objetivos
O interesse dessa oficina é causar estranheza em seus participantes e fazer com que
cada um note algumas de suas barreiras sentimentais que servem de obstáculo para maior
interação com o próximo. Também é um momento de descoberta do outro, como pessoa
que possui fraquezas, e descoberta do grupo como ente feito da diversidade. A discussão
termina por fazer referência aos princípios da Carta da RENAJU e o grupo terminará por
constatar que o amor (confiança e respeito) norteiam esse elenco de condutas.
3. Material:
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b) Balões coloridos, contanto que tenham cores repetidas;
c) Várias fichinhas com o elenco dos sentimentos das Carta de Princípios da
RENAJU, que deverão ser colocadas dentro dos balões.
d) Aparelho de Som;
e) Músicas animadas (de preferência infantis, tipo Xuxa, Chiquititas, etc) e
calmas (introspectivas tipo Miss You Love - Silverchair).
f) Local fechado, onde possa se conseguir um ambiente escuro.
4. Duração
5.Descrição
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Posterior divide-se o grupo em duplas (preferencialmente com pessoas que não
tenham maior contato anterior) e começa a dinâmica do amarrado que trabalhará a
confiança. Uma pessoa será vendada e terá suas mão atadas, de preferência para trás, pois
assim interfere-se mais com senso de profundidade e direção da pessoa. A outra que está
livre, guiará seu par pelo local. O facilitador pede para que as duplas saiam da sala e
explorem o local. Algumas vezes, o facilitador pedirá que o guia rode seu par, para evitar
que o amarrado comece a criar noção do espaço por onde caminha vendado. No término de
10 a 15 minutos, o facilitador pede para que retornem á sala, com sinais. O amarrado não
pode saber que está voltando à sala, para que suas emoções estejam a flor da pele quando
da narração de sua aventura.
Ainda vendados (com as mãos livres), as pessoas falam como se sentiram. A maioria
das pessoas faz referência aos portadores de deficiência, das limitações que os espaços
geram a essas pessoas. O facilitador então pergunta se eles confiaram nos guias e por que.
As explanações são as mais diversas: “Ele me levou pra um lugar que nem sabia onde
era!”, “A pessoa não me avisava dos degraus!” , “O meu guia me levou pra beber água!”,
“O meu me colocou no banheiro feminino.. etc...”. Faz-se as mesmas perguntas aos guias:
Qual a sensação de está guiando alguém? A maioria responde que é responsabilidade.
Então, mudam-se os pares. A preferência é fazer pares do mesmo sexo. Agora a vez
da dinâmica do toque. Apaga-se a luz e pede-se para que os participantes fechem os olhos.
Coloca-se uma música calma e pede para que as pessoas se toquem. O facilitador dá as
instruções do toque: Peguem nas mãos! Nos braços, depois pernas. Rosto. Toquem os
olhos, nos lábios e por aí vai. Chega um determinado momento que o facilitador pede para
que as pessoas procurem peculiaridades no corpo do parceiro, como uma cicatriz, um sinal
etc. Então, pede-se que parem.
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Ainda de olhos fechados, pede-se que as pessoas descrevam os parceiros e a
sensação de tocar outra pessoa e ser tocado. Essa é uma dinâmica de estranheza porque as
pessoas sentem vergonha de algum detalhe em seus corpos e se sentir esquadrinhado por
uma pessoa que nem conhecem intimamente faz com que sentimentos diferentes apareçam.
Algumas pessoas dizem que se sentiram desconfortáveis, outras não e por aí vai. Agora já
podem abrir os olhos.
Algumas pessoas ainda não conseguirão olhar nos olhos do parceiro. No mínimo,
haverá certa cumplicidade entre as pessoas que se tocaram.
Agora vem a dinâmica dos balões. O facilitador já deverá ter colocado as fichinhas
dentro dos balões. As fichinhas terão os seguintes termos: respeito, confiança, sociedade
justa, direitos humanos, assessoria jurídica popular, desmistificação do Direito, amor.
Depois a discussão será em torno das fichinhas. O facilitador deixará que o grupo
converse agora, conceituando os termos apresentados nos papelotes e incentivando a
reflexões como: Quem você não consegue amar? O que tem tudo isso em comum com o
amor? Com a AJU? E com a confiança? Há assessoria jurídica sem amor? E dá-se
prosseguimento. O facilitador deverá intervir quando sentir que a discussão está
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desanimando. Todas as dinâmicas efetuadas formam um processo de desprendimento para
que as pessoas possam falar com sinceridade e quando estiverem refletindo saberem que
existem aspectos que as impedem para total integra à atividade da assessoria jurídica. Ponto
crucial e objetivo da oficina. Deverá durar o máximo de tempo possível.
O encerramento dessa oficina poderá ser com uma reflexão, a leitura de um conto
(indicamos a história de São Jorge e o Dragão, com o sentido que as pessoas terminam por
criar armaduras e viver em combate que desaprendem amar) ou outro elemento à escolha
do facilitador.
Entretanto temos que ver que a atividade de assessoria jurídica é uma resposta a um
mundo brutalizado que utiliza o Direito para mitigar a dignidade do ser humano. O que é
prático e rápido toma lugar da reflexão, do sentimento.
Enquanto participantes da Assessoria Jurídica, por mais libertadora que seja essa
prática, seus componentes não estão a salvo do ‘não sentir’. Temos certeza que todos
querem fazer o melhor para modificarem a realidade. Entretanto, não é pelo fato de serem
de projetos de Assessoria Jurídica que as pessoas são boazinhas, politicamente corretas ou
um ser humano melhor que um opressor que capitaliza vidas. Existe hipocrisia e demagogia
e não estamos alheios de efetuar posturas que contenham esses elementos.
Somos pessoas que se insurgem com o que está posto, mas devemos nos dar o
direito de nos estranharmos e sentir o outro. Não basta lutar por esse ser, se não se quer
proximidade, não se tem confiança e respeito. Não somos direcionadores das comunidades
nas quais se atua. Porque ‘tanger’ gente é o que não queremos.
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A oficina do Amor é uma modesta representação da necessidade de estarmos sempre
nos perguntando sobre nossos sentimentos e sentido de justiça. Por isso não é uma
brincadeira banal.
Amar é crucial.
ANEXO II
Oficina A – 05/08/06
ANEXO III
Oficina B – 12/08/06
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foi pedido para que cada pessoa pegasse uma figura. Quando todas já estavam com suas
figuras na mão, foi pedido para que cada um dissesse o seu nome e o porque de ter
escolhido aquela figura.
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ANEXO III
Oficina C - 26/08/06
Tema: Práticas de Assessoria Jurídica Comunitária (TEÓRICA)
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Objetivo: Discussão da realidade que nos cerca e das formas de interferir e modificar essa
realidade, para melhor entender o trabalho da Assessoria Jurídica Popular.
Desenvolvimento:
MATERIAIS UTILIZADOS
• Cartolinas
• Tesoura
• Pinceis
• Fita Adesiva
• Barbante
2° Momento
• Divide-se a turma em grupos
o Para cada grupo é entregue uma cartolina e pincéis
• Após distribuir as cartolinas, cada grupo deverá desenvolver nela uma forma de
intervir na sociedade a partir dos conhecimentos adquiridos na faculdade.
3° Momento – Cada grupo deverá apresentar o seu cartaz levantando questões acerca das
formas de interação entre aluno e comunidade na construção de uma sociedade mais justa.
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4° Momento – Dinâmica da Teia - Abre-se uma grande roda tendo um dos participantes o
rolo de barbante na mão. Cada participante deve dizer em uma única palavra o que espera
do Projeto JA no semestre e, em seguida, jogar o rolo de barbante pra outra pessoa na roda
segurando-o em um de seus pontos, formando, ao final, uma grande teia com o barbante no
centro da roda. Em seguida o coordenador, que foi o que iniciou com o lançamento do rolo
de barbante, explica a importância de trabalhar em grupo para a assessoria jurídica popular.
ANEXO V
Oficina D – 23/09/06
Tema: Inserção do Projeto JA na Comunidade (PRÁTICA)
Objetivo: é o JA se inserindo no meio social, repassando o conhecimento sobre
Direito, assessoria jurídica, assistência, estabelecendo formas de interação entre os
integrantes do projeto e a comunidade.
Desenvolvimento: Foi feita uma rápida dinâmica de apresentação para familiarizar
os nomes dos integrantes do Grupo Miridiwa com os do JA e após isso, uma grande
roda para uma conversa franca, onde todos podiam falar e expor suas opiniões e
dúvidas sobre a temática Diversidade Sexual. Cada integrante do Grupo Miridiwa
pôde contar um pouco da sua vivência na sociedade e das dificuldades que
enfrentam, assim como os integrantes do JA puderam falar de sua convivência com
o tema Homodiversidade.
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ANEXO VI
Oficina E – 30/09/06
ANEXO VII
Oficina F – 07/10/06
Desenvolvimento:
• Textos:
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HOMOAFETIVIDADE E SAÚDE
Breve Histórico
O homossexualismo vem sendo debatido por diversos ângulos. Do ponto de vista da saúde,
ele é visto pelas muitas questões que o rodeiam e não pela sua condição em si, uma vez que
deixou de ser considerado como doença. A saúde do homossexual está sendo discutida do
ponto de vista do seu conforto psicológico, a partir da sua aceitação sócio-cultural
Por ser uma questão que envolve vários aspectos polêmicos, em especial os culturais,
jurídicos e sociais, o homossexualismo costuma também ser um tema controverso para a
saúde.
Centenas de pesquisas foram realizadas e outras centenas estão em curso para tentar definir
a homossexualidade: trata-se de uma doença? Um distúrbio? Uma perversão? Uma opção?
Seja como for, embora os números variem, aceita-se dizer que cerca de 10% da população é
lésbica ou homossexual numa parte significativa das suas vidas, conforme explica o Grupo
Gay da Bahia (GGB), atuante ONG (Organização Não-Governamental), em sua página na
Internet sobre o assunto.
“É difícil determinar percentagens exatas devido ao fato de muitos daqueles que temem o
preconceito esconderem a sua orientação sexual”, ponderam. Segundo o GGB, “os
indivíduos homossexuais crescem em todo o tipo de lares, em todos os tipos de famílias.
São criados nas áreas rurais, nas grandes cidades e em todos os locais deste mundo. Os
homossexuais estão presentes em todos os grupos sócio-econômicos, étnicos e religiosos
imagináveis”.
Assumindo-se estes dados como verdadeiros, estamos tratando aqui de uma parcela
consideravelmente grande da população, realmente expressiva, impossível, portanto, de ser
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ignorada nas suas questões de saúde, assim como nas suas demandas sociais, culturais ou
jurídicas.
De acordo com a edição 27, ano XII, de agosto de 1993, do Boletim do Grupo Gay da
Bahia (GGB), em 1985, anos antes, portanto, do CFP se pronunciar sobre o tema, o
Conselho Federal de Medicina também passou a impedir a classificação da
homossexualidade como desvio e transtorno sexual.
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heterossexual. Na década de 80, as estatísticas brasileiras registravam aproximadamente
47% dos casos relacionados à transmissão homo-bissexual, contra 10% entre os
heterossexuais. Tais porcentagens demonstram que a transmissão homossexual é tão
importante quanto a heterossexual, ao mesmo tempo em que apontam para uma tendência à
diminuição do número de casos entre os homossexuais. No entanto, raras foram as
iniciativas governamentais de prevenção destinadas à população homossexual masculina
que pudessem marcar a relevância da transmissão homossexual na disseminação do
HIV/AIDS ou com as quais pudéssemos relacionar a tendência à diminuição de casos.
Quase todas as iniciativas de prevenção conhecidas foram realizadas por ONGs/AIDS e
grupos gays. No caso do Brasil, a primeira campanha governamental a ser realizada em
nível nacional está prevista para 2002.
Nos últimos anos, a homossexualidade, como categoria social, tem sido objeto de pesquisas
e debates, que vêm colocando à luz diferentes processos de como identidades sociais e
políticas são conformadas a partir da vivência de desejos sexuais por pessoas do mesmo
sexo (Heilborn, 1996; Parker, 1991; McRae, 1990). No campo da epidemiologia também
tem sido problemática a definição da homossexualidade como categoria epidemiológica, e
o seu enfoque se apresenta complexo e difícil. Nem sempre a transmissão homo-bissexual
corresponde a casos de pessoas com uma identidade sexual/social definida como
homossexual, podendo ser até pessoas que se definam socialmente como heterossexuais.
No Brasil, 18% dos casos de AIDS entre homens ainda acusam transmissão por causa
ignorada, e a dificuldade de compreender quem são e o que acontece nestes 18% pode ser
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resultado de limites dos instrumentos epidemiológicos e da complexidade em definir
epidemiologicamente o universo homossexual. Pode ser que entre estes 18% estejam
incluídos homens com práticas homossexuais esporádicas ou constantes e com identidades
sociais heterossexuais (Brasil, 2001a).
Prevenção e Assistência
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Como já mencionei, segmentos da população mais jovem, em situação de pobreza ou sob
efeitos de fatores de vulnerabilidade, como opressão sexual, violência familiar e policial,
entre outros, apresentam níveis preocupantes de HIV e merecem cada vez mais a atenção
das iniciativas de prevenção (Pimenta et al., 2001). As dificuldades para a prevenção nessas
populações estão relacionadas à vergonha e à culpa que ainda cercam a abordagem da
homossexualidade nas iniciativas de prevenção e mesmo de assistência (Warner, 1999). A
culpa e a vergonha podem estar fundamentando as representações que dizem que todo
homossexual é potencialmente um doente de AIDS e responsável pela disseminação do
vírus em outros segmentos populacionais, o silêncio e a invisibilidade de expressões,
imagens ligadas à homossexualidade na mídia e nas campanhas de prevenção, o medo que
os homossexuais sentem de fazer o teste ou a crise que se segue ao receber um resultado
soropositivo, já que pode se considerar ou ser considerado culpado de ter se infectado pelo
HIV.
A culpa e a vergonha podem ainda estar mesmo embutidas nas mensagens de prevenção,
quando recomendam o sexo mais seguro como um mandamento a ser cumprido à risca, sem
chances de falhas, que, quando acontecem, são vistas como irresponsabilidade, negligência
ou fracasso do indivíduo em negociar e praticar o sexo seguro. As iniciativas de prevenção
devem levar em conta que a negociação do sexo mais seguro está sujeita a uma série de
fatores e circunstâncias que variam ao longo da história do indivíduo. Talvez não seja
possível praticar sexo seguro sempre, em todas as relações sexuais, durante toda a vida. É
importante, no entanto, procurar entender estas variações e circunstâncias ao longo do
projeto de vida dos indivíduos, em vez de reforçar os aspectos normativos e de controle que
as mensagens de prevenção possam conter, e que podem alimentar sentimentos de culpa e
vergonha, cada vez que alguma prática de risco ocorrer.
Um outro desafio para a prevenção do HIV em homens com práticas homossexuais tem
sido as abordagens metodológicas a serem utilizadas. Até a segunda metade dos anos 90, os
modelos e teorias comportamentais foram os mais utilizados nas iniciativas de prevenção
(Parker, 2000). Nos últimos anos, esses modelos vêm sendo criticados e reformulados, já
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que priorizam mudanças comportamentais, como se o risco pudesse ser evitado a partir de
normas técnicas a serem recomendadas e adotadas e que seriam as práticas de sexo mais
seguro. Tais modelos comportamentais mais tradicionais, ao se concentrar em alterar e
medir um aspecto do indivíduo - a mudança comportamental - terminam por deixar de lado
outros aspectos mais sociais e culturais, que também têm se mostrado importantes de se
considerar e trabalhar nas iniciativas de prevenção. Nesse sentido, outros modelos vêm
orientando as intervenções, chamando a atenção para questões mais estruturais, como a
situação socioeconômica e o respeito de direitos civis, e para fatores, como a opressão
sexual, violência familiar e policial, racismo, nível de escolaridade, entre outros; vêm
também, de forma isolada ou em sinergia, determinando a vulnerabilidade ao HIV/AIDS e
também a outras doenças.
Ao tentarmos levar esses modelos comportamentais para outros segmentos sociais, sua
aplicação também se mostrou limitada, pois, para muitos, a adoção e manutenção de
práticas mais seguras está intimamente relacionada a mudanças de fatores de
vulnerabilidade, como aqueles já mencionados. Nesse caso podemos mencionar grupos
étnicos oprimidos, populações empobrecidas, onde a defesa dos direitos humanos, além das
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recomendações para mudanças comportamentais, é fundamental na prevenção do
HIV/AIDS e na promoção da saúde.
A categoria orientação sexual geralmente não é considerada nas pesquisas clínicas sobre o
risco para diferentes doenças que podem afetar os homens. Dessa maneira, os problemas e
necessidades de saúde de populações com diferentes orientações sexuais terminam não
sendo conhecidas pela profissão médica (Tuller, 2001). Esse tem sido uma dos grandes
obstáculos para o tratamento de homens com práticas homossexuais. Temas como saúde
mental, abuso de substâncias, outras doenças sexualmente transmissíveis e prevenção à
violência pouco têm levado em conta a questão da orientação sexual, o que revela uma
lacuna nos programas de pesquisa em saúde. Seria interessante, além dos efeitos do HIV,
conhecer também como a questão de orientação sexual influencia na vulnerabilidade para
doenças como hepatite C, HPV (papiloma vírus, que pode causar câncer cervical nas
mulheres e câncer no ânus em homossexuais), entre outras infecções virais transmitidas
sexualmente, assim como na prevenção e tratamento ao câncer de próstata.
Com relação à saúde mental, é pouco conhecido como os efeitos do estresse de viver numa
sociedade com tantos preconceitos contra a homossexualidade afetam a saúde psíquica e
física dos homossexuais. Assim sendo, mais estudos são necessários sobre como a
depressão, atitudes destrutivas e uso de drogas, entre outros, estão relacionados às
dificuldades de viver uma orientação sexual diferente da dominante.
A homofobia, que ainda acontece nos serviços de saúde, é outro obstáculo para o acesso a
serviços de saúde e para um tratamento correto. Diferentemente de países como os EUA e
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alguns da Europa Ocidental, onde há serviços de saúde dirigidos por profissionais de saúde
assumidamente homossexuais, no Brasil esta é uma realidade distante, e tampouco existem
programas de assistência para a população de homossexuais, tal como já existe para outras
populações, como os programas de saúde da mulher.
Sem esquecer dos esforços de prevenção e tratamento para o HIV/AIDS, a intenção deste
artigo é chamar a atenção para estratégias que possam reforçá-los e fazer com que alcancem
um número cada vez de maior de homens com práticas homossexuais. No que diz respeito à
assistência, possivelmente a inclusão da orientação sexual nos estudos clínicos sobre as
doenças pode ampliar as possibilidades de atenção para uma saúde mais integral, incluindo
o HIV. Conhecer as diferentes condições e necessidades de saúde das populações
homossexuais, valorizando as suas variadas identidades, expressões e projetos políticos e
culturais é uma forma de reconhecê-las socialmente e romper com o referencial da doença,
que tem prevalecido até a atualidade em grande parte do pensamento sobre
homossexualidade e saúde. Isso certamente permitirá uma atenção menos massificada,
estigmatizada e mais respeitosa com as diferenças.
Conclusão
Em 14 de setembro de 2004, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da
Câmara de Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 5.448 de 2001, que estabelece o crime de
discriminação em razão de doença de qualquer natureza, alterando a Lei nº 7.716, de 5 de
janeiro de 1989. Trata-se de um grande avanço do ordenamento Jurídico Brasileiro e da
sociedade civil visto que amplia a proteção legal a parcelas da população vitimas do odioso
preconceito e discriminação em relação a doenças de qualquer tipo, como AIDS e câncer.
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Os portadores dessas doenças são impedidos de freqüentar clubes, escolas, hotéis,
restaurantes, transportes públicos e outros ambientes.
O projeto tem como autor o Deputado Nelson Pellegrino e, como relatora, a Deputada Juíza
Denise Frossard.
Os desafios aqui expostos, apontam para a importância da interdisciplinaridade dos
diferentes saberes, da solidariedade entre pesquisadores e ativistas, e da integralidade das
ações de prevenção e assistência como princípios norteadores para a identificação e
enfrentamento, para a prevenção e o tratamento do HIV/AIDS e de outras questões de
saúde dos homens homossexuais. Os estudos epidemiológicos devem estar em sintonia com
a pesquisa social sobre a homossexualidade, incluindo a compreensão de fatores de
vulnerabilidade social ao HIV/AIDS, de forma que as análises sobre o impacto da epidemia
sejam as mais precisas, e a definição de políticas de prevenção, melhor orientadas. Os
estudos clínicos também poderiam considerar a questão da orientação sexual para uma
melhor compreensão sobre incidência, risco e vulnerabilidade e outras doenças que podem
afligir homens com práticas homossexuais.
A prevenção e a assistência devem estar integradas, como maneira de garantir uma atenção
mais completa e que vise à felicidade individual e coletiva. A prevenção, em qualquer
grupo populacional, mas especialmente em grupos estigmatizados, não deve se converter
em mais um regulamento de normas com caráter disciplinador sobre o que é certo ou
errado, mas sim em um conjunto de ações que visem a emancipação e a felicidade. Nesse
caso, a promoção dos direitos humanos de ser parte fundamental deste conjunto das ações e
intervenções no campo da saúde.
ANEXO VIII
Oficina G – 14/10/06
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Desenvolvimento: Durante a pesquisa e também durante a oficina que, começou com uma
dinâmica em que todos colocaram numa folha de papel qual direito eles achavam que era
mais negado, verificou-se que o maior direito que eles pleiteiam é a união civil porque
através dela eles passam a ter vários benefícios que um casal de heterossexuais casado ou
com união estável tem, como direito de herança, seguro social, luto, entre outros benefícios
só concedidos a casais heterossexuais De 1989 aos dias atuais, vários paises vêm
regulamentando essa questão, garantindo por lei que os casais homossexuais possam se unir
civilmente e gozar dos direitos advindos dessa união, como exemplos podemos citar a
Dinamarca (que foi o primeiro pais a permitir a união civil entre pessoas do mesmo sexo), a
Noruega, França, entre outros. No Brasil existe um projeto de lei que visa disciplinar a
união civil entre pessoas do mesmo sexo. Essa união tão almejada vem só regulamentar
uma situação que já existe de fato.
Mas o grande problema esta na nossa Lei Maior, a Constituição, que trata o
casamento, a formação de família e a união estável especificadamente entre homem e
mulher (art. 226, §3º e §5º), o que gera um grande impasse para que haja uma reforma no
nosso código civil para regulamentar a união dos homo afetivos, já que todo o nosso
ordenamento jurídico deriva da CF. Seria necessária então uma emenda à Constituição, para
a promulgação do projeto de lei. Por enquanto q única solução encontrada por eles é fazer
um contrato de convivência, mas que não garante os benefícios da união civil, somente da
uma maior segurança.
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suspensão da licença de funcionamento por 30 dias ou até mesmo a interdição do
estabelecimento, e que, segundo integrantes do Grupo Miridiwa, nunca chegaram a ser
aplicadas a casos concretos. Ainda é grande o preconceito e a discriminação existente
contra esse grupo de pessoas e providencias devem ser tomadas porque cada vez mais vem
aumentando a violência contra essas pessoas que apenas querem ter o direito de viver
dignamente suas vidas, exercer seus direitos de cidadãos e principalmente de pessoas
humanas, sem importar a quem elas são ligadas afetivamente, pessoa do mesmo sexo ou
não.
A adoção é outro direito que os homo afetivos almejam, e que muitos casos tem sido
negada. A adoção é feita por uma pessoa ou duas que recebem a guarda da criança, que tem
como sustentá-la, dar boa educação, uma vida digna. Só que a realidade que se vê é que
muitos casais homossexuais querem e podem adotar uma criança, mas esse direito é negado
a eles somente pela sua opção sexual.
Talvez, ou quem sabe com certeza, o gerador de todos os problemas aqui relatados,
seja justamente da falta de conhecimento e do preconceito das pessoas. Se a união civil
fosse permitida e a homofobia fosse tipificada como crime, talvez o preconceito e a
discriminação diminuíssem ou pelo menos não seriam tão às claras como é hoje. O
problema, na verdade, está na cabeça das pessoas que tem medo das diferenças, do
diferente, essa é a grande verdade.
ANEXO IX
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Oficina H – 21/10/06
2° Momento – Foi feito um Teatro onde cada grupo pode repassar um pouco do visto na
Oficina anterior em forma de dramatização. Cada grupo contou com um integrante do
Miridiwa e teve que montar uma pequena peça aos moldes do Teatro do Oprimido.
Segundo a técnica desse Teatro, cada grupo representava pela dramatização uma situação
de opressão e injustiça na sociedade e as pessoas do projeto que assistiam à peça poderiam
interagir ao final apontando formas com as quais o oprimido poderia dar fim à sua situação
de opressão.
ANEXO X
Oficina I – 11/11/06
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Tema: E a saúde como está? (PRATICA)
Objetivo: momento em que foi explanado por um profissional da área de saúde acerca da
AIDS e das Doenças Sexualmente Transmissíveis: prevenção, tratamento etc.
Desenvolvimento: A oficina ocorreu em forma de debate. A estudante de biomedicina,
Ester Miranda, apresentou conteúdos específicos sobre medidas profiláticas de doenças
sexualmente transmissíveis.
ANEXO X1
Oficina J – 18/11/06
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DISCRIMINAÇÃO
A discriminação pode se dar por sexo, idade, cor, estado civil, ou por ser a pessoa,
portadora de algum tipo de deficiência. Pode ocorrer ainda, simplesmente porque o
empregado propôs uma ação reclamatória, contra um ex-patrão ou porque participou de
uma greve. Discrimina-se, ainda, por doença, orientação sexual, aparência, e por uma série
de outros motivos, que nada têm a ver com os requisitos necessários ao efetivo desempenho
da função oferecida.
Ivair Augusto Alves dos Santos afirma que o preconceito não pode ser tomado como
sinônimo de discriminação, pois esta é fruto daquela, ou seja, a discriminação pode ser
provocada e motivada por preconceito. Diz ainda que:Discriminação é um conceito mais
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amplo e dinâmico do que o preconceito. Ambos têm agentes diversos: a discriminação
pode ser provocada por indivíduos e por instituições e o preconceito, só pelo indivíduo. A
discriminação possibilita que o enfoque seja do agente discriminador para o objeto da
discriminação. Enquanto o preconceito é avaliado sob o ponto de vista do portador, a
discriminação pode ser analisada sob a ótica do receptor.
Renata Malta Vilas-Bôas destaca que apesar do termo “discriminação” ser geralmente
utilizado com conotação negativa, nem toda a discriminação tem esse sentido.
TEXTO 2:
Devemos começar por negar que o preceito referido possa ser considerado suficiente
para a resolução do problema. Se é certo que aí se afirma claramente que os preceitos
constitucionais vinculam as entidades privadas, não se diz em que termos se processa essa
vinculação e, designadamente, não se estabelece que a vinculação seja idêntica àquela
que obriga as entidades públicas.
Também a solução não pode ser deduzida simplesmente do conceito de liberdade
definido pela Constituição. A nossa lei fundamental não crisma uma opção liberal-
individualista, nem uma opção colectivistatotalitária.
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Afinal, estamos perante um conflito entre duas dimensões da liberdade, ou da liberdade
com a igualdade. A liberdade que os direitos fundamentais pretendem garantir não é apenas
um abstracto valor social, mas sobretudo o poder de disposição ou a auto-determinação dos
indivíduos concretos, e é, por sua vez, em nome da liberdade geral ou da liberdade negocial
que podem defender-se certas compressões à aplicabilidade dos preceitos constitucionais
nas relações entre particulares.
As primeiras pretendem dar maior protecção aos indivíduos em face dos grupos privados
ou indivíduos poderosos, revelando uma especial sensibilidade às relações de desigualdade
que se multiplicam no mundo do trabalho, da política, da vida social e até da vida familiar.
Fazem apelo para isso ao forte pendor socializante da Constituição e à necessidade de os
poderes públicos assegurarem a todos os níveis a igualdade e a justiça social, intervindo e
organizando, estabelecendo imperativos, disciplinando e proibindo.
As segundas procuram defender uma margem de liberdade de acção para os particulares,
tentando evitar que, através de um intervencionismo asfixiante ou de um igualitarismo
extremo, se afecte o sentimento de liberdade, a iniciativa e a capacidade de realização dos
indivíduos concretos. Privilegiam, por isso, as normas constitucionais que indiciam a
autonomia privada, o livre desenvolvimento da personalidade, a liberdade negocial.
Porém, todos acabam por concordar em certos pontos essenciais: que os sujeitos
privados poderosos não podem ser tratados como quaisquer outros indivíduos e que devem
ser consideradas ilícitas nas relações privadas as diferenças de tratamento ou as restrições
que atinjam a dignidade das pessoas, por um lado; mas, que não pode destruir-se a
autonomia pessoal e que a liberdade negocial e geral não pode ser negada, por outro lado.
Daqui resulta a nossa convicção de que, seja qual for a teoria adaptada, os seus quadros são
capazes de suportar soluções concretas equilibradas e justas.
No entanto, não pode ignorar-se, pelo menos, que, por detrás da pluralidade de opiniões
da doutrina jurídica nesta matéria, estão em jogo questões teóricas estruturais, como são a
do significado do instituto jurídico-constitucional dos direitos fundamentais e a do papel do
legislador e dos tribunais (enquanto órgãos de fiscalização da constitucionalidade) no
contexto da divisão constitucional dos poderes.
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TEXTO 3:
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
TEXTO 4:
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Para além dessa ligação básica, que vale para a generalidade das normas incriminadoras,
o direito constitucional há-de entender-se especialmente convocado quando estejam
directamente envolvidos, como bens jurídicos protegidos ou restringidos, os direitos
fundamentais.
De facto, os direitos fundamentais das pessoas, na sua dimensão objectiva, constituem
valores comunitários e, nessa medida, bens jurídicos valiosos, cuja protecção pode ou deve
ser assegurada pelo Estado através da incriminação da respectiva ofensa, seja por
autoridades públicas, seja por outros particulares – por isso, as leis penais prevêem e punem
os crimes contra as pessoas: contra a honra, contra a reserva da vida privada, bem como
contra outros bens jurídicos pessoais, como a imagem e a palavra. E, em determinadas
hipóteses, a lei penal tem mesmo de regular situações nas quais se verifica, pelo menos na
aparência, uma colisão entre direitos fundamentais ou um conflito entre um direito
fundamental e um outro valor comunitário, como acontece claramente, em face da
liberdade da expressão ou do direito de informação dos jornalistas, na definição do tipo e
das condições de punibilidade da difamação e da injúria ou na punição da violação do
segredo de justiça.
Ora, aí necessariamente, os preceitos constitucionais respeitantes aos direitos
fundamentais têm de estar implicados a título principal, quando se determina a intensidade
normativa da protecção dos bens pessoais e, sobretudo, quando se harmonizam ou se
estabelecem preferências entre direitos fundamentais ou entre esses direitos e valores
sociais ou estaduais.
E essa intervenção principal dos preceitos constitucionais não se dirige então apenas ao
legislador, quando este configura o crime, mas sobretudo ao julgador, quando é chamado a
aplicar o preceito da lei penal ao caso concreto.
TEXTO 5:
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Conforme De Plácido e Silva: "LAICO. Do latim laicus, é o mesmo que leigo,
equivalendo ao sentido de secular, em oposição do de bispo, ou religioso." (SILVA, 1997, p.
45)
ANEXO XII
Oficina L – 25/11/06
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2º Momento: Os integrantes foram divididos em grupos
e a cada um deles foi distribuído um texto sobre
Protagonismo Social. Após a leitura e discussão do texto
entre si, cada grupo montaria uma esquete tentando
mostrar o antes e depois dos grupos oprimidos que
percebem-se protagonistas sociais
Fig.13 – OFICINA L
TEXTO:
A Ânsia de Protagonismo Social
Qual o sentido de tamanha azáfama neste mundo? Qual a finalidade da
avareza e da ambição, da perseguição de riqueza, do poder e da
proeminência? Satisfazer as necessidades da natureza? O salário do mais
humilde trabalhador pode satisfazê-las. Quais serão então as vantagens desse
grande objectivo da vida humana a que chamamos melhorar a nossa condição?
Ser observado, ser correspondido, ser notado com simpatia, complacência e aprovação,
são tudo vantagens que podemos propor-nos retirar daí. O homem rico compraz-se na
sua riqueza porque sente que ela faz recair as atenções do mundo sobre si. O homem
pobre, pelo contrário, envergonha-se da sua pobreza. Sente que ela o coloca fora do
horizonte dos seus semelhantes. Sentir que não somos notados representa
necessariamente uma desilusão para os desejos mais candentes da natureza humana. O
homem pobre sai e volta a entrar despercebido, e permanece na mesma obscuridade seja
no meio de uma multidão seja no recato do seu covil. O homem de nível e distinção,
pelo contrário, é visto por todo o mundo. Toda a gente anseia por vê-lo. As suas acções
são objecto de atenções públicas. Raro será o gesto, rara a palavra que ele deixe escapar
que passe despercebida.
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ANEXO XIII
Oficina M – 02/12/06
ANEXO XIV
Oficina N – 09/12/06
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