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Resumo: a contemporaneidade traz à tona novos conhecimentos sobre

currículos provocados questões da atualidade, temas de relevância social,


demandas conjunturais importantes para a cidadania e para a autonomia -
mesmo que não estejam sistematizados - pois dão suporte à aprendizagem
significativa do aluno. Para que as mudanças qualitativas aconteçam em
educação, é preciso dar significado ao ato pedagógico, ao ensinar e ao
aprender, isto é, transformar o conteúdo da aprendizagem, objeto do
conhecimento em aprendizagem significativa. O professor tem a função de
organizar uma prática didático-pedagógica que estimule a aprendizagem
conceitual-significativa, na qual o aluno estabelece uma relação de prazer com
os conhecimentos, levando-o a aprender a aprender. Isto requer do professor a
organização do currículo escolar de maneira coerente, uma vez que a
aprendizagem ocorre de forma progressiva e gradual, tendo suas concepções
pedagógicas manifestadas a favor do aluno como sujeito e agente das ações,
priorizando sua aprendizagem. Por conseguinte, a questão da formação de
professores não se limita apenas a redefinição de disciplinas ou de
componentes curriculares. É muito mais ampla. Está presente na concepção de
mundo, de pessoa, de sociedade e na ação didático-pedagógica, o que lhe
confere identidade e autonomia.

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O que cria de fato um projeto é a discussão, o debate coletivo e, no meio do


debate, a ação

As mudanças ocorridas no sistema educacional brasileiro têm nos levado a


pensar e discutir sobre os novos desafios que a escola terá de enfrentar nesse
início de milênio. Para isso, vêm contribuindo incisivamente a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional e os Parâmetros Curriculares Nacionais,
abrindo caminhos para as inovações, tendo como meta um projeto de
educação inserido no contexto internacional da chamada globalização.

A escola, ao longo desses últimos anos, tem discutido sobre sua autonomia
como também redefinindo o seu papel, na perspectiva de adequar-se às novas
exigências de sociedade e de mercado. Nesse sentido, é imprescindível pensar
a educação situada a um contexto sociocultural, econômico e político.

A pedagoga Sônia M. Bitencout (exame,2001) nos alerta sobre o grande papel


da educação hoje, quando diz: “O grande desafio da educação é ensinar a
pensar”. Assim sendo, precisamos de uma escola que ensine a pensar,
formando cidadãos críticos capazes de interagir com o mundo, mas,
principalmente, que arrisque, tente e busque novos conhecimentos, enfim, que
atue de fato e que exerça sua cidadania.

Para isso, é necessário construir uma escola que leve os adolescentes a


sentirem prazer em estar nela, mas, sobretudo, que eles possam construir seus
próprios conhecimentos, mais ainda que sejam autônomos. Assim, oportunizar
as crianças e os jovens ao conhecimento, a reflexão e a participação interativa
é tarefa da escola. Se pararmos para pensar um pouco mais sobre o que
nossos jovens andam fazendo quando estão na escola, sem dúvida, a resposta
será imediata: quase nada. Quase nada porque lêem pouco, pesquisam muito,
mas de forma dispersa, não aproveitada, não planejada. Isso tem gerado muita
polêmica entre os professores, isto porque, alunos desinteressados, que não
realizam atividades ou mesmo que são incapazes de aprender, geralmente são
“mal vistos” dentro do próprio espaço escolar. Por que nossos alunos não
querem nada? Será que a escola não está atendendo às suas expectativas?

O modelo de sociedade que está aí, desenhado com todos seus entraves,
decorrido de um processo de globalização que cada vez mais leva os jovens ao
desespero e a não terem perspectivas de futuro, na medida em que não
consegue resolver a questão do desemprego, da fome, da moradia e tantos
outros problemas sociais gritantes que afligem a maioria da população
brasileira, tem, sem dúvida, contribuído para o insucesso de muitos estudantes.
Essa agressão social é uma das causas principais da crise educacional de
nossos dias. Chegamos até a pensar que a escola está significando muito
pouco para os jovens, visto que muitos dos problemas surgidos na escola
transcendem ou extrapolam seus limites.

Pensando nisso tudo, e depois de ter participado do 1º encontro sobre


Pedagogia de Projetos, encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação,
resolvi pensar e repensar mais um pouco sobre o que de fato significava para
mim, como professora de Língua Portuguesa, do ensino fundamental, esse
projeto. Na perspectiva de contribuir para as discussões em torno da
Pedagogia de Projetos.

A Pedagogia de Projetos tornou-se nesses últimos anos uma das alternativas


viáveis para as reais necessidades de aprendizagens do educando, isto porque
se têm levado um maior número de professores a rediscutir sobre sua prática
pedagógica, questão que considero primordial para todo educador. Lendo
Freire (1997:44) encontramos: “É pensando criticamente a prática de hoje e de
ontem que se pode melhorar a próxima prática”.

Partindo dessa citação, tornar-se fácil compreender por que a prática


pedagógica é objeto permanente de discussão. O professor que ensina deve
compreender que sua prática pedagógica só será verdadeiramente útil se for
capaz de estimular a inteligência coletiva de seus estudantes, mais ainda, deve
sentir-se sujeito da ação pedagógica. O educador conscientizado do seu papel
re-direciona suas atividades pedagógicas quantas vezes forem necessárias.

Como bem sabemos a Pedagogia de Projetos não é de hoje, desde o início do


século XX, que se discute a respeito de sua contribuição ao processo de
ensino-apredizagem. Surgiu com o educador e filófoso Jonh Dewey, com a
chamada “Pedagogia Ativa”. Ele foi o introdutor e responsável por uma nova
concepção pedagógica que considerava, já no século passado, o aluno como
sujeito de seu próprio conhecimento. É dele esse pensamento:

“A educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura.


A escola deve representar vida presente. Tão real e vital para a criança como o
que ela vive em casa, no bairro ou no pátio” (1964, p.430).

Seu pensamento muito contribuiu com o movimento de educação


progressista. Já nessa época, foram feitas as primeiras referências ao trabalho
de projeto como postura pedagógica inovadora. Nessa perspectiva, a postura
pedagógica utilizada e realizada a partir da pedagogia de projetos dá
legitimidade às práticas pedagógicas, na medida em que tudo parte da situação
problema para busca de situações didáticas que vise solucioná-la. Para isso,
todos dentro da escola vão desejar envolver-se com o projeto. O aluno é o
condutor do processo, pois é através dele que a escola projetar-se-á para
resolver as situações problemas, considerando e respeitando o que os alunos
desejam saber, conhecer e descobrir.

“A Pedagogia de Projetos visa à re-significação desse espaço escolar,


transformando-o em num espaço vivo de interações, aberto ao real e às suas
múltiplas dimensões. O trabalho com Projetos traz uma nova perspectiva para
entendermos o processo de ensino-aprendizagem”. (Leite,1996: 8).

Em Almeida (2000:22) encontramos: “Os projetos são assim porque abrem


uma brecha naquela coisa meio morna do dia-a-dia da sala de aula. Criam
possibilidades de ruptura por se colocarem como espaço corajoso, no qual é
possível unir a Matemática à Biologia, a Química à História, a Língua
Portuguesa à formação de uma identidade cultural”.

No meu entender, a Pedagogia de Projetos oferece ao professor condições


para que ele revitalize o cotidiano escolar, materializando e sistematizando
coletivamente as atividades escolares, entendendo que o aluno é a coisa mais
importante no processo de ensino-apredizagem. É ainda a forma de se
valorizar a criatividade dos alunos, resgatando a identidade tanto do aluno
como do professor, já que são sujeitos de todo processo de ensino. Mas para
que tudo isso aconteça, a escola precisa mudar sua postura em relação ao
modo como pensa suas atividades pedagógicas. Isso também implica na
mudança de postura do professor. Ele precisa estar aberto às discussões, às
trocas de experiências e envolver-se com o trabalho interdisciplinar, sem esse
tripé fica difícil qualquer tentativa de mudança. O que cria de fato um projeto é
a discussão, o debate coletivo, e, no meio do debate, a ação. Deve ser
entendido como processo, nunca como um fim, pois pode ser repensado e
modificado de acordo com as necessidades da escola, da turma, dos
professores, enfim da comunidade escolar.
Ainda com relação a Leite (1996:9) ela nos fala:

“Um projeto gera situações problemáticas, ao mesmo tempo, reais e


diversificadas. Possibilita, assim, que os educando, ao decidirem, opinarem,
debaterem, construam sua autonomia e seu compromisso com o social”.

O que é interessante ressaltar nessa citação é o envolvimento do aluno no


projeto, visto que eles tomam decisões, fazem escolhas, executam e vão
adotando estilos, comportamentos de acordo com seus gostos e interesses. Os
alunos são capazes de perceber-se como sujeito. Nessa perspectiva, o projeto
nada mais é do que uma atividade direcionada, onde se acompanha passo a
passo toda produção dos alunos.

As experiências pedagógicas divulgadas por escolas que trabalham com a


pedagogia de projetos revelam muita autenticidade, criatividade e
transparência, tudo que é projetado passa a ter um significado novo, isto
porque, a forma como se realizam as atividades não são individualizadas. Os
conteúdos trabalhados ganham vida, porque não são vistos isoladamente, mas
integrado a um conjunto, ou seja, conectados a outras disciplinas, gerando um
esforço coletivo na construção do conhecimento.

Portanto, inovar, criar, experimentar são, pois, desafios importantes para a


construção de uma escola que seja capaz de perceber que o trabalho em
conjunto pode gerar sua autonomia. Os projetos criam possibilidades para a
escola, evitando que o cotidiano escolar não seja engolido pela mesmice do
dia-a-dia. E o mais importante é que ela estará preparando não apenas para
vida futura, mas para a vida presente, real. Percebe-se, assim, a importância
da Pedagogia de Projetos não só como inovadora, mas como possível de
acontecer. Basta que se tenha o olhar sensível do educador, projetando-se
para um novo jeito de caminhar.

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