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Proteína fluorescente revolucionou biologia

Descoberta que rendeu prêmio a três pesquisadores permitiu


ver processos que antes eram invisíveis

Bernardo Esteves
Ciência Hoje On-line
08/10/2008

A descoberta e o
desenvolvimento de
proteínas
fluorescentes coloridas
que revolucionaram a
biologia renderam o
Nobel de Química deste
ano a um japonês e dois Da esquerda para a direita: Osamu
norte-americanos. Shimomura, Martin Chalfie e Roger Tsien
Osamu Shimomura, (fotos: J. Henriksson-Scanpix / J.
Martin Chalfie e Roger Henriksson-Scanpix / UCSD).
Tsien dividirão o prêmio
em três partes iguais,
anunciou hoje a Real Academia Sueca de Ciências.

As proteínas fluorescentes são hoje uma das mais importantes


ferramentas para estudos em vários campos da biologia. Por
brilharem sob a luz ultravioleta, elas permitem visualizar processos
que antes não podiam ser enxergados pelos cientistas, como o
desenvolvimento de células nervosas, o alastramento de tumores, a
progressão do mal de Alzheimer no cérebro ou o crescimento de
bactérias patogênicas.

Hoje essas proteínas são usadas para a manipulação genética de


organismos vivos usados em pesquisas – de bactérias e
protozoários a vermes e até mamíferos como camundongos. Seu
uso transcendeu, inclusive, a esfera da ciência – o leitor talvez se
lembre do coelho que brilha no escuro produzido pelo artista
plástico brasileiro Eduardo Kac.

“A possibilidade de clonar uma proteína fusionada com proteínas


fluorescentes revolucionou a forma de estudar a expressão de
genes”, avalia a bióloga Andréa Macedo, pesquisadora da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo grupo de
pesquisa tem trabalhado com essas proteínas (ver ‘Parasitas
fluorescentes’). “Antes disso, tínhamos dificuldade para monitorar a
expressão desses genes. Hoje é muito fácil: basta olhar ao
microscópio, ou nem isso, no caso de animais maiores”.

A pesquisa médica está entre as áreas


beneficiadas por esse desenvolvimento.
“Muitas doenças são causadas pela falta
ou pelo aumento da expressão de certos
genes”, lembra Macedo. “Ao estudá-los
com proteínas fluorescentes, fica possível
entender quando, onde e como está
ocorrendo sua expressão.”

Água-viva pioneira A proteína fluorescente


verde (GFP) foi
identificada pela
A primeira proteína fluorescente primeira vez na água-
conhecida foi descoberta em 1962 por viva Aequorea victoria,
Osamu Shimomura, um dos laureados em 1962 (foto:
deste ano. Ele isolou a chamada GFP – Fundação Nobel).
sigla em inglês para proteína fluorescente
verde – estudando a água-viva Aequorea
victoria, que tem um órgão bioluminescente capaz de emitir um
brilho verde quando o animal é agitado. Já nos anos 1970, ele
conseguiu desvendar o mecanismo bioquímico que conferia essa
propriedade à proteína.

Outro dos premiados deste ano, Martin Chalfie, começou a


trabalhar com a GFP no final dos anos 1980. Ao tomar
conhecimento da existência dessa proteína, ele intuiu que ela
poderia ser um interessante marcador para visualizar processos
biológicos em organismos vivos. Chalfie teve a idéia de conectar o
gene da GFP com outros genes, de forma a visualizar a ativação
destes e a produção de proteínas.

Para levar sua idéia a cabo, Chalfie identificou, com a ajuda de


outros pesquisadores, a localização do gene responsável pela
síntese da GFP no genoma da Aequorea victoria. O passo seguinte
foi cloná-lo na bactéria Escherichia coli, que passou a produzir o
gene e a brilhar no escuro quando iluminada por luz ultravioleta.
Fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/130074

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Nova função para o gene do relógio


biológico?
Ciclo circadiano e divisão de trabalho das abelhas podem estar
associados

O gene responsável pelo controle do relógio biológico de


vertebrados e diversas espécies de insetos pode influir na divisão
de tarefas das abelhas comuns. Um estudo realizado por
pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos,
revelou que, nas abelhas mais velhas, que saem da colméia em
busca de alimento, a expressão do gene é o dobro da normal (os
níveis de atividade do RNA mensageiro ligado a esse gene são
duas vezes maiores que a média). A repetição do fato nas abelhas
jovens forçadas a realizar esse trabalho antes da idade usual
também chamou a atenção da equipe.

A divisão de trabalho das


abelhas depende da idade:
apenas as mais velhas
buscam comida. Seu relógio
circadiano (que se repete a
cada dia) interno é muito
desenvolvido e guia sua
navegação, sua dança
Abelhas que buscam comida comunicativa e a coleta do
apresentam atividade néctar. A nova descoberta
anormalmente alta do gene do sugere que o gene que regula
relógio biológico o relógio biológico teria
também uma outra função,
ligada à divisão de tarefas.

Ainda não se sabe como acontece essa associação. Segundo disse


à Ciência Hoje on-line o entomólogo Gene Robinson, coordenador
da pesquisa, é cedo para afirmar com certeza que esse aumento na
atividade do gene implica a determinação das tarefas das abelhas,
embora sua influência se faça notar no ritmo de trabalho dos
insetos. As abelhas mais jovens, que permanecem na colméia e
têm unicamente a função de alimentar as larvas, descansam e
trabalham sem se importar com o tempo; as mais velhas deixam a
colônia para buscar alimento apenas durante o dia.

Mesmo que não se saiba exatamente as razões e resultados do


aumento de atividade constatado, os pesquisadores têm certeza de
que sua descoberta já é uma importante contribuição aos estudos
dos insetos sociais. "Nosso trabalho indica que um gene conhecido
quase exclusivamente por seu papel nos ritmos circadianos pode
ter outras funções", afirma Robinson. "E é o primeiro a documentar
mudanças na expressão desse gene no contexto do
comportamento social."

Leonardo Cosendey
Ciência Hoje/RJ
24/07/00

Fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/2706

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QUEREMOS ACREDITAR:
A igreja dos falsos deuses
T S Wiley,
Antropóloga e teórica médica, com passagem pelo jornalismo
investigativo. Trabalha atualmente em pesquisa médica, com
especial interesse nas áreas de endocrinologia e biologia evolutiva

“Em algum momento do passado, os cientistas descobriram que o


tempo flui mais vagarosamente quanto mais longe estivermos do
centro da Terra. O efeito é minúsculo, mas pode ser medido com
instrumentos extremamente sensíveis. Uma vez conhecido o
fenômeno, algumas pessoas, ansiosas por permanecer jovens,
mudaram-se para as montanhas.
Agora, todas as casas estão construídas em Dom, no Matterhorn,
Monte Rosa e outras elevações. É impossível vender casas em
qualquer outro lugar... Pilotis... Pessoas ansiosas por viver mais
construíram suas casas nos pilotis mais altos... Elas celebram sua
juventude e caminham nuas em suas varandas...
Com o tempo, as pessoas esqueceram a razão por que o mais
alto é melhor.
Mesmo assim, continuam a ensinar a seus filhos a evitarem
deliberadamente outras crianças que vivem em elevações menores.
Elas até se convenceram de que o ar rarefeito é bom para seus
corpos e, seguindo essa lógica, adotaram dietas parcimoniosas e
recusam tudo que não seja o alimento mais leve. No final, o povo
se tornou fino como o ar, ossudo e velho antes da hora.
– Alan Lightman,
Os sonhos de Einstein

Em O Dorminhoco, clássico de Woody Allen, o personagem Miles


Monroe, dono de uma loja de alimentos naturais e clarinetista, dá
entrada no Saint Vincent’s Hospital em 1977 para um procedimento
de rotina. Tem uma úlcera péptica. Quando acorda, duzentos anos
depois, descobre que morreu – e que uma tia carinhosa o colocou
em suspensão criogênica.

A trama engrossa quando dois cientistas fora-da-lei o


descongelam ilegalmente para tirar vantagem do fato de que ele é
uma não entidade numérica – e, como tal, pode ajudá-los a
derrubar o regime fascista que controla os Estados Unidos em
2173. Há uma conversa em que eles discutem o progresso do
paciente:

– Ele pediu algo especial?


– No café da manhã, pediu umas coisas chamadas germe de trigo e
mel orgânico.
– Aah, sim, parece que naquele tempo as pessoas pensavam que
essas coisas eram substâncias encantadas, que continham
propriedades capazes de preservar a vida.
– Quer dizer que não havia gordura, churrasco ou cobertura de
chocolate quente?
– Oh, não, essas coisas eram consideradas más para a saúde –
exatamente o oposto do que hoje a gente sabe ser verdade.
– Incrível!
O que é mais enervante a respeito desse pequeno flash de
cinematografia? Que os números do seguro social classificam todo
cidadão em um banco de dados de computador tipo “O Grande
Irmão”, que um regime fascista controla os Estados Unidos ou que
o New England Journal of Medicine divulgou um estudo em 1998
que conclui que a gordura pode, na verdade, proteger contra
doenças cardíacas? Será que a sabedoria nutricional de 1970, na
qual confiamos há décadas, pode estar completamente
equivocada?
O que vem agora? Durma mais ou você terá câncer?
Pode considerar profética esta última afirmação.
Mais tarde, Miles (Woody) vê o personagem vivido por Diane
Keaton acender um cigarro por razões médicas e reclama: “Como
pudemos errar tanto? Todo mundo sabia que gordura e cafeína
eram substâncias tóxicas!” O outro respondeu: “Miles, todo mundo
sabe que as únicas coisas que mantiveram viva a humanidade
foram café, cigarros e carne vermelha!”
De certa forma não parece tão engraçado, agora que pode ser
verdade.
Sem dúvida, café e cigarros parecem manter os franceses vivos.
Eles até têm uma aparência melhor que a nossa. Nessa mesma
cena tragicômica, o germe de trigo é dublê muito velado de nossas
saladas e barras nutritivas. Na década de 1970, as saladas e barras
nutritivas certamente seriam classificadas como “comida saudável”
para os “maníacos da saúde”. Todos se sentiam muito confortáveis
com o fato de que havia os “maníacos da saúde” e o resto de nós.
Atualmente, se você não cuida da sua saúde, é considerado um
imbecil.
Hoje em dia tudo é rotulado “de baixo teor de gordura”, “sem
gordura”, “99% livre de gordura” ou “com 30% menos de gordura”,
na tentativa de se qualificar um “alimento saudável”. Até mesmo os
sucos de frutas e as massas secas são vendidas como “sem
gordura” porque somos todos imbecis. Seu médico e os doutores
que aparecem na mídia, todos dizem – mesmo depois que os livros
Protein Power do Dr. Atkins, já provaram o contrário – que você não
consegue carboidratos de alta qualidade para perder peso a menos
que consuma:

• 5 a 7 porções de frutas e verduras por dia, além das


• 5 a 7 porções recomendadas de grãos e pães, além de
• Massas e vinho
Eles nunca contam a Pepsi, a Coca, o mel no chá o xarope de
milho com alto teor de frutose, que aparece como conservante em
quase todos os alimentos processados. Agora vamos imaginar toda
a comida que eles recomendam empilhada sobre a mesa (isto
porque jamais caberia no prato). Não lhe parece muita coisa?
E se todas essas promessas de baixo teor de gordura gerando
vida longa, sem câncer e diabetes, num corpo magro e esbelto,
ativado por um coração forte, limpo e sem hipertensão, fossem
falsas desde o início? E se os carboidratos, e não a gordura fossem
a causa da obesidade, do diabetes e do câncer?”
.............

(Fonte: páginas 23 a 25, do livro “Apague a luz!” Durma melhor e:


perca peso, diminua a pressão arterial e reduza o estresse, Bent
Formby e T. S. Wiley, 384 páginas, Rio de Janeiro, Editora Campus,
2000.)

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