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Biofísica 06/07

Capítulo 3 Helena Serrano

Movimentos, Biomecânica e Elasticidade (continuação)

Movimento Composto – Lançamento de Projecteis

Exemplo de Aplicação 1 – Velocidade de Corrida dos Seres Humanos

1º - averiguar se a corrida é de curta, média ou longa distância  vm é atingida de forma


diferente

2º- durante algum tempo o atleta mantém uma v = vmax

v/10,5 [m/s]
vm [m/s]

Vmax = 10,5 m/s

d = 200 m

200 2
1
Distância [m] tempo [s]

Nas competições de Atletismo:

d < 200 m  corrida de curta distância  vm aumenta com a distância percorrida

d>200 m  corrida de média e longa distância  vm diminui com a distância percorrida 


Justificação Biológica:

 para d > 200 m o suprimento de O2 começa a diminuir, tornando-se insuficiente !!!

 a falta de O2 começa a fazer-se sentir para 200 m < d < 400 m

Exemplo de Aplicação 2 – Salto em Distância

Um atleta vai realizar um salto em distância. Quando inicia o salto, ele terá uma velocidade de 10,5
m/s. Se o seu centro de massa estiver a 60 cm do solo, a que distância o atleta saltará ? Não
considere o efeito da resistência do ar.

Biomecânica

área que utiliza os conceitos e leis da mecânica, para interpretar e explicar fenómenos
que ocorrem quando um ser vivo está em repouso ou em movimento.

Forças fundamentais – gravitacionais, electromagnéticas, nucleares fortes e fracas

Forças derivadas – todas as outras: força elástica, forças de atrito, força de contacto, …

1
A biomecânica estuda apenas o efeito das forças derivadas !

FORÇA ELÁSTICA

F  alteração das dimensões do corpo  Deformação

Elasticidade – capacidade que um corpo possui de retomar a sua forma inicial quando
descarregado.

Tracção

Compressão

Corte

Flexão

Torção
3

. sem aplicação de carga

l0

F F

. com aplicação de carga

lf

- F provoca o desenvolvimento de uma reacção responsável pelo estabelecimento o equilíbrio da


barra;

2
F
σ=
S
0
σ - tensão média – resistência interna de um corpo a uma força exterior aplicada sobre ele por
unidade de secção;
So (Ao) – área inicial da secção transversal da barra;

F =K*∆l lei de Hooke


∆l – alongamento do material devido a F;
K – constante elástica do material;

lf − lo ∆l
ε= =
lo lo
ε− extensão (deformação) nominal;
lf – comprimento da barra sob acção da força F;

σ =Eε Lei de Hooke

E – módulo de elasticidade – inclinação da recta característica do comportamento elástico dos


materiais;

-a força de tracção provoca:

1 – extensão longitudinal (εl);

2 – encurtamento transversal (εt);

ε
ν= t
0.25 < υ < 0.35 −materiais metálicos
ε l

υ- coeficiente de Poisson – mede a rigidez do material na direcção perpendicular à aplicação da


força;

3
2 – Ensaio de tracção

Características:

-ensaio universal pela facilidade de execução e reprodutibilidade dos resultados;

- ensaio destrutivo;

- utilizado para quantificar propriedades mecânicas dos materiais e fornecer dados para projecto;

Metodologia:

-solicitar provete de geometria definida a um esforço crescente uniaxial de tracção;

- o esforço é aplicado continuamente até à rotura;

- regista-se em simultâneo o alongamento do provete em função da força aplicada;

-Normas para ensaios de tracção ( AFNOR A03-151; ASTM E8; DIN 50108; NP 10 002-1).
Provetes:
- Lo;
- Lc;
- Lt; L0

Lc

LT

-raio de concordância – r – definido pela norma de ensaio;


- as cabeças de amarração do provete podem ter diversa formas (EN/NP 10002-1):

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- Lo – comprimento da zona cilíndrica ou prismática do provete entre marcas de referência antes da
aplicação da força (instante inicial);

- Lc – comprimento do troço de secção constante de menor área transversal do provete, designado


por zona útil ou zona calibrada;
- Lt – comprimento total do provete;

Máquinas de ensaio:

- dispõem de um sistema de maxilas ou de amarras para fixação do provete;

- usualmente uma maxila é fixa e a outra móvel;

- a amarra móvel pode ser accionada por via eléctrica, mecânica ou hidráulica;

- a amarra impõe ao provete uma deformação crescente;

- o equipamento dispõe de um sistema que mede a força necessária para essa deformação (célula de
carga);

Célula de Carga – é uma peça de forma cílindrica ou de secção rectangular à qual são colados
extensómetros eléctricos e que é utilizada fundamentalmente para leitura de forças.

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-A velocidade de aplicação da força deve ser constante entre os valores fixados na tabela , pela norma
EN/NP 10002-1:

V APLICAÇÃO FA FORÇA
E [MPA] [N/MM2 S-1]
VMIN VMAX

< 150 000


2 10

≥ 150 000 6 30

-existem dois tipos de ensaio de tracção uniaxial:

1 – ensaio de tracção convencional – mais utilizado, “ensaio de tracção”;

2 – ensaio de tracção real – utilizado em materiais com deformação plástica importante;

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Curva convencional tensão- deformação

- durante a realização do ensaio de tracção é registada a força aplicada (F) bem


como o alongamento sofrido pela parte calibrada do provete (∆l).
A passagem para o diagrama convencional de tensão (σ) versus deformação (ε) é conseguida
através de relações conhecidas:

F
σ=
Ao
∆l lf − lo
ε= =
lo lo

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Curva convencional tensão- deformação

σ Tensão


O
Def. Elástica

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Linha O-A´: Região Elástica;

- qualquer carregamento do material nesta região não altera as dimensões do provete;

- a inclinação da recta O-A é o módulo de elasticidade;

Ponto A’: Limite elástico;

- é a maior tensão que o material pode suportar sem sofrer uma extensão permanente
quando a carga for retirada;

- Limite de proporcionalidade:

- como o valor do limite de elasticidade é difícil e moroso de determinar, substitui-se


esse valor pelo limite de proporcionalidade. Sendo a tensão para a qual a curva tensão-deformação
se desvia da relação linear (no entanto o provete ainda é elástico);

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Continuando a carregar o material para além do ponto A, a curva desvia-se acentuadamente da
linearidade. Entra-se então no domínio plástico.

 Ponto A – Tensão de cedência ( σc );

- caracteriza o início da deformação plástica. É a tensão que produz uma pequena


quantidade de deformação permanente (0.2%);

- se o provete for descarregado neste ponto, este vai sofrer um aumento de


comprimento permanente definido por OB´.

Ponto B – Tensão de rotura (σr );

- tensão correspondente a esse ponto é a tensão de rotura, que é a maior tensão que o
material pode suportar antes da rotura;

Ponto C – Tensão final (σf );

- a partir do ponto C a carga decresce dando-se finalmente a rotura no ponto C;

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FORÇA DE ATRITO
Movimentos de corpos sujeitos a ligações
Forças aplicadas e forças de ligação
Forças de atrito; atrito estático e cinético entre sólidos
Aplicações da Segunda Lei de Newton em corpos com ligações; considerações energéticas

Movimentos de corpos sujeitos a ligações

Objectivo:
 Estudar o efeito das forças de ligação e das forças de atrito entre os corpos e as superfícies em que se apoiam ou deslizam.
 Forças:
- directamente aplicadas (ex: peso, forças de contacto como em situações de empurrar ou puxar);
- forças de ligação (ex: suspensão por fios ou forças exercidas por uma superfície de apoio);

Diagrama de Corpo Livre: diagrama que permite identificar as forças que actuam num dado corpo.

1 - definir o sistema que se pretende estudar;

2 - identificar as vizinhanças significativas com que o sistema interactua e destas identificar as que actuam no
sistema escolhido, não confundindo com as forças que ele próprio exerce nos outros corpos;

3 - as forças devem ser aplicadas num ponto que simbolize o seu centro de massa ( modelo de partícula material);

4 - os vectores velocidade e aceleração não devem ser representados neste diagrama prevenindo possíveis
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confusões pois no D.C.L. só são representadas forças.

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EXEMPLO:
1 – pessoa que empurra um carrinho na subida de uma rampa:
r r
F N
r
r Fa
P
r
F - força exercida pela pessoa que promove o movimento do carrinho – força directamente aplicada;
r
P - peso do carrinho – força aplicada de actuação à distância;
r
N - reacção normal – força de ligação;
r
Fa - força de atrito – força de oposição ao movimento.

5.5.1 Forças de Ligação

- São o resultado das interacções com os suportes em que os corpos se apoiam ou com os fios ou cabos a que estão ligados e que limitam as
trajectórias que eles podem descrever;

Fios e Cabos Não Deformáveis


r
1 - se o objecto suspenso na grua está parado: a = 0:
r r
- as forças que actuam no corpo são: Peso ( P ) e a tensão do cabo ( T );
r r r
- o corpo está em equilíbrio: P + T = 0

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2 – se o corpo começar a ser puxado e subir com uma aceleração ar :

r r r
P +T = m a
- sendo m a massa do corpo;

- como o movimento se realiza apenas na direcção vertical (unidimensional) e escolhendo o eixo vertical com o sentido do movimento:

−P + T = m a ⇔ T = m g + m a

- A intensidade da tensão no cabo é superior à do peso e


depende da aceleração com que o corpo sobe;

3 – se o corpo descer:
r r r
P+
−T = ma

- sendo m a massa do corpo;

- como o movimento se realiza apenas na direcção vertical (unidimensional) e escolhendo o eixo vertical com o sentido do movimento:

P −T = ma ⇔T = m g − m a

- A intensidade da tensão no cabo é menor que a intensidade do


peso e depende da aceleração com que o corpo sobe;

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Conclusão:

A tensão exercida por fios ou cabos depende de os corpos estarem em repouso, ou em movimento uniforme ou da aceleração com
que se movem.

- Máquina Atwood:

m1 − m 2 2 m1 m 2
a= g ; T g
m1 + m 2 m1 + m 2

Se m1 > m2 , a aceleração é inferior à da queda livre (g). Para se conseguir que seja muito menor do que a aceleração gravitíca deve existir apenas
uma pequena diferença entre as massas. y

Apoios Simples
r
1 – Esquiador a descer uma rampa gelada em movimento acelerado (desprezar os efeitos do atrito): N
- as forças que actuam sobre o esquiador são o seu peso e a reacção normal ao plano;
r
- sistema de eixos segundo a direcção do movimento; P α
a = g sin α
 x
 N = m g cos α

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- A intensidade da reacção normal depende da inclinação da rampa;


- a aceleração depende da inclinação da rampa, pelo que será tanto maior quanto mais inclinada for a rampa

2 – Qual a velocidade mínima que poderá ter o carrinho na base da lomba para que consiga contorná-la ?

2 2
m vtopo m vbase
N topo = P − N base = P +
r r
- no topo, a reacção normal tem uma intensidade sempre inferior à do peso do corpo;
- na base da lomba, a reacção normal tem uma intensidade superior à do peso do corpo;

- o módulo da velocidade na base da lomba tem que ser superior ao valor para o qual o carrinho atinja o topo com uma velocidade tal
que não perca o contacto com o apoio ( N = 0 );

- no topo: vtopo > r g


- Teorema da Conservação da Energia Mecânica:

1 1
2
m vbase = m vtopo
2
+ m g h ⇒ vbase > r g + 2 g h
2 2

A tensão exercida por fios ou cabos e a força normal exercida por suportes dependem da cinemática da situação (movimento ou repouso) !!!

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EXERCICÍO EXEMPLO:

Um bloco de massa de 2,0 Kg é lançado da base de uma rampa. Considere desprezáveis os efeitos do atrito.

a) Identifique as interacções a que o bloco está sujeito e trace o respectivo diagrama de corpo livre;

b) Com que velocidade deverá o corpo ser lançado para que atinjao cimo da rampa com velocidade nula ?

c) Exercendo uma força com a direcção da rampa, logo após o arranque, é possível fazer subir o bloco com velocidade constante. Qual a intensidade
dessa força ?

d) Qual a variação da energia mecânica do bloco no cimo da rampa, nas condições da alínea anterior ?

v h = 15 m
0

30º

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Forças de atrito; atrito estático e cinético entre sólidos

- Força de atrito – interacção proveniente do contacto entre os corpos e a superfície em que se apoiam ou se deslocam;

- Atrito estático – atrito entre superfícies sólidas que impede que elas se movam. As forças de atrito estático não realizam trabalho porque não há
deslocamento relativo das superfícies em contacto.

Na situação estática, o valor da intensidade da força que traduz o resultado das interacções de atrito é:

Fa ≤ µe N
- Atrito cinético – atrito entre as superfícies sólidas que contraria o movimento relativo. As forças de atrito de deslizamento realizam trabalho
resistivo porque actuam em sentido contrário ao deslocamento do corpo.

Fa ≤ µc N

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Em deslizamentos, a intensidade das forças de atrito:
- é directamente proporcional à intensidade da reacção normal, N;
- depende do tipo de materiais de que são feitas as superfícies e do seu estado de limpeza;
- não depende da área aparente das superfícies em contacto;

Aplicações da Segunda Lei de Newton em corpos com ligações; considerações energéticas

As forças de atrito não são conservativas  não existe conservação da energia mecânica, pelo que a sua variação num
corpo em que actuam é igual ao trabalho por elas realizado:

∆Em = WFra

Exemplo: A velocidade máxima com que um carro consegue descrever uma curva sem derrapar depende da força de
atrito entre os pneus e o solo:

vmax = µe g r

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EXERCICÍO EXEMPLO:

Um caixote de massa 30 Kg é mantido em equílibrio num plano inclinado por acção de uma força com a direcção do plano, como mostra a figura.

a) Determinar a máxima intensidade que pode ter a força para que o caixote se mantenha em equilíbrio e não suba;

b) Se a força deixar de actuar, o caixote cai.

b1) determinar a velocidade com que o caixote atinge a base do plano;

b2) usando apenas considerações energéticas, determinar a velocidade com que o caixote atingiria a base do plano se os atritos fossem
desprezáveis. Tire conclusões.

µe = 0, 25 µc = 0, 20 r
F

h = 3,0 m

37º

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