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Subject: Excelente Artigo!
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Author: Date Posted: 06:25:24 02/21/05 Mon


Dr
Adnet Opinião/ Paulo Cesar Geraldes
Publicado no site do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro,
CREMERJ

Paulo Cesar Geraldes


Conselheiro do CREMERJ, Doutor em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatriada UFRJ,

Mestre em Saúde Pública pelo Instituto Medicina Social da UERJ

A desassistência psiquiátrica

Gestada por cerca de dez anos, a Reforma da Assistência Psiquiátrica, que deu origem à
Lei 10216/02, tem sido permanentemente desconsiderada. Cabe lembrar que o Projeto de
lei original tinha o objetivo claro de desmoralizar a Psiquiatria como especialidade médica,
reduzindo-a a uma ação policialesca pura e simples, com a finalidade de encarcerar seres
humanos e privá-los do convívio social. O outro objetivo era o de desqualificar o médico
psiquiatra, considerando-o como um torturador, seqüestrador e carcereiro de pessoas
inocentes da sociedade, arrastadas para os hospícios.
Porém, o trabalho valoroso dos Psiquiatras, reforçado pelo bom conceito da Psiquiatria
junto à sociedade, o trabalho insano das Associações Estaduais de Psiquiatria e dos
Conselhos de Medicina e as Associações de Pacientes e de Familiares de Pacientes
Psiquiátricos foi capaz de reverter o quadro delirante antimanicomial. Através do
esclarecimento permanente junto ao legislativo foi possível elaborar uma lei equilibrada,
justa e que visa reformar o modelo assistencial em Psiquiatria, preservando os direitos dos
pacientes a uma assistência digna, eficiente, de boa qualidade e que resgata sua cidadania
de modo cabal.
Eis porém que surge mais uma vez o grupo antimanicomial, influente desde 1986 na
elaboração dos programas do Ministério da Saúde, e formula a Portaria 2391, antítese da
Lei, que fere a Ética, ultrapassa os direitos assistenciais da sociedade e cria uma comissão
aberrante sob o aspecto técnico e legal. Tal comissão é ilegal pois só poderia ser criada em
Lei, e o que é pior, composta por pessoas não médicas, tem por missão promover a alta
hospitalar, que é ato médico, configurando inequivocamente o exercício ilegal da
Medicina.
Insistentemente, o mesmo grupo antimanicomial, já algo encanecido em sua ideologia e
ação, inspira um projeto de avaliação de unidades, burlesco até no nome – PNASH –
versão Psiquiatria. Por este sistema equivocado de avaliação, por exemplo, hospital
psiquiátrico que tenha em seu arsenal terapêutico o aparelho de eletrochoque (ECT) ou que
indique para tratamento a eletroconvulsoterapia, é penalizado com a perda de pontos.
Como se depreende, anticientífico, medieval e desatualizado, já que provavelmente ainda

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pensam que o ECT é um instrumento de tortura, ao invés de se constituir num dos recursos
mais modernos em uso no mundo inteiro e que tem evitado quantitativo significativo de
suicídios de pacientes com depressão psicótica e de mulheres com psicose puerperal.
O propósito do referido mecanismo de avaliação, tem por claro objetivo extinguir os leitos
hospitalares psiquiátricos de vez, desqualificando as unidades assistenciais e caminhando
para o descredenciamento das mesmas junto ao SUS, diminuindo o aporte financeiro e,
consequentemente, lançando os hospitais no caminho da falência e os pacientes
psiquiátricos na desassistência.
Ao contrário, precisamos de mais leitos e criar e implantar emergência psiquiátrica e
enfermarias de crise (internação breve) nos hospitais gerais (notadamente nos hospitais de
pronto-socorro e de emergência), privilegiando as unidades públicas, leitos estes quase
inexistentes em nosso Estado.
Apenas a guisa de lembrete, é necessário que se entenda que o ataque à Psiquiatria e aos
Psiquiatras não é isolado. Faz, na realidade, parte da estratégia orquestrada pelo mesmo
“...precisamos de mais leitos e
criar e implantar emergência psiquiátrica e enfermarias de
crise nos hospitais gerais...”
grupo ideológico que pretende criar alternativas ao trabalho médico, dando a profissionais
desqualificados para tanto, atribuições médicas, criando uma geléia geral na Saúde, com
discursos aparentemente progressistas e modernos, mas prenhes de bazófia e furor. São os
mesmos que criaram as Casas de Parto, instituição sem médicos, dita para partos
humanizados, considerando evidentemente que os médicos obstetras, neonatologistas e
pediatras não são humanos, mas levianos e desatenciosos. Criaram também o atendimento
infantil sem Médico Pediatra e o Saúde da Família sem médico (a bem da verdade, médico
opcional).
As mais novas façanhas do tal grupo são, por um lado o patrocínio e o incentivo ao
movimento contra o Ato Médico (risível se não fosse ridículo) e, por outro lado, o fim da
Residência Médica, transformando-a em uma Residência em Saúde, para qualquer
profissional da área, com o argumento de que as equipes de saúde são multidiscipli-

-res.
Na realidade, na Saúde as atividades são complementares, mas não é possível querer
considerar no mesmo plano o Saber médico, com o saber de outras profissões, se mais não
o fosse, pela dificuldade de acesso às Faculdades de Medicina, pelo tempo integral de seus
cursos (não é possível criar um curso de Medicina noturno, para esforçados interessados
em saúde), pelo custo financeiro dos estudos, pelo tempo de ensino e de aperfeiçoamento
(seis anos na Escola e mais dois a quatro anos, depois de formado dependendo da
especialidade) e pela responsabilidade, pelos sacrifícios e esforços abnegados exigidos dos
Médicos.
Não adianta bater panelas, esbravejar em atrofiadas passeatas ou tentar enganar a
população. Não passarão. A sociedade já está por demais cansada de demagogia e
fanfarronices e é em seu próprio interesse e bem estar que o bom senso e a verdade
prevalecerão sempre: NÃO HÁ PSIQUIATRIA SEM PSIQUIATRAS, da mesma forma
que NÃO HÁ MEDICINA SEM MÉDICOS.
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Re: Excelente Artigo! Paulo Bento Bandarra 02:58:58 02/24/05 Thu

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