Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
John Wesley
'Para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos
outros'. (I Coríntios 12:25)
2. Podemos observar, no entanto, que excessivamente quase nenhum bem tem sido
feito, através de todas essas controvérsias. Muito poucos desses mais calorosos e hábeis
disputantes têm sido capazes de convencer seus oponentes. Depois de tudo que poderia ser
dito, os papistas são Papistas; os protestantes são Protestantes, ainda. E o mesmo sucesso
tem atendido aqueles que têm tão veemente discutido sobre a separação da Igreja da
Inglaterra. Esses que se separaram dela foram zelosamente responsabilizados com o cisma;
eles avidamente negaram a responsabilidade; e dificilmente alguém foi capaz de convencer
seus oponentes quer de um lado, quer de outro.
3. Uma grande razão, porque esta controvérsia tem sido tão improdutiva; porque tão
poucos de cada lado têm sido convencidos, é esta: Eles raramente concordaram quanto ao
significado da palavra, concernente ao que eles contenderam: se eles não fixaram o
significado disto; se eles não definiram o termo antes, eles começaram a discutir a respeito;
e continuariam a disputa até o fim de suas vidas, sem dar um passo adiante. Sem chegarem
um jota mais perto um do outro, do que quando eles se puseram a caminho a princípio.
4. Ainda assim, deve ser um ponto de importância considerável, ou Paulo não teria
falado tão seriamente dela. É, portanto, altamente necessário que possamos considerar:
I. A natureza;
I
1. É ainda mais necessário fazer isto, porque, entre os inúmeros livros que têm sido
escritos sobre o assunto, ambos pelos Romanistas e Protestantes, é difícil encontrar algum
que a defina, de uma maneira mais bíblica. Todo o corpo de Católicos Romanos define
cisma, como a separação da Igreja da Inglaterra. Assim, tanto um quanto o outro define
erradamente, e tropeça no mesmo princípio. Quem quer que considere calmamente os
diversos textos em que a palavra "cisma" ocorre verá facilmente, do teor completo do que é
expresso, que não se trata da separação de alguma Igreja (se geral ou específica; quer
Católica, ou alguma Igreja nacional), mas da separação dentro de uma Igreja.
2. Vamos começar com o primeiro verso, onde Paulo faz uso da palavra. É o décimo
verso, do primeiro capítulo de sua Primeira Epístola aos Coríntios. As Palavras são: 'Rogo-
vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que
não haja cismas entre vós' (a palavra original é schismata). Pode alguma coisa ser mais
clara de que os cismas, de que aqui se fala não significarem separações da Igreja de
Corinto, mas divisões dentro dela? Assim, prossegue dizendo: 'Mas sejais unidos no
mesmo pensamento e no mesmo parecer'. Você vê aqui, que uma união na mente e
julgamento era a oposição direta ao cisma dos Coríntios. Isto, conseqüentemente, não foi
uma separação da Igreja ou sociedade cristã em Corinto, mas a separação na Igreja; a
desunião na mente e julgamento (talvez, também afeição), entre aqueles que, não obstante
isto, continuaram exteriormente unidos como antes.
5. Não é possível observar (para fazer uma pequena digressão aqui, até por causa
destes que estão preocupados com escrúpulos desnecessários sobre este assunto) que o
pecado do qual o Apóstolo responsabiliza a comunidade de Corinto, neste capítulo, é
usualmente, mal compreendido, por completo? Foi precisamente isto, e nada mais, 'tome
um, antes do outro, a sua Ceia', e de tal maneira chocante, que, enquanto 'um estava
faminto, o outro estava embriagado'. Fazendo isto, ele diz, 'você coma e beba' (não
"condenação": uma vil tradução mal feita da palavra, mas) julgamento, julgamento
temporal, "a vocês mesmos": O que, algumas vezes, encurta a vida deles. 'Por este motivo'
-- por pecarem desta maneira vil, -- 'muitos, entre vocês, estão doentes e fracos'. Observe
aqui duas coisas: (1) Qual foi o pecado dos Coríntios? Marque isto bem, e se lembre. Foi
tomar um, antes do outro, sua própria Ceia; de modo que, enquanto um estava faminto, o
outro estava embriagado. (2) Qual foi a punição? Foi a fraqueza e a doença corpórea; que,
sem arrependimento, poderia terminar na morte. Mas o que é isto para você? Vocês não
podem cometer o pecado deles: Portanto, vocês não podem incorrer na punição deles.
6. Mas, para retornar. Merece ser seriamente notado, que, neste capítulo, o Apóstolo
usa a palavra 'heresia', como exatamente equivalente à palavra 'cisma'. 'Eu ouvi', diz ele
(verso 18) 'que existem cismas, entre vocês, e eu parcialmente acredito nisto': Ele, então,
acrescenta (verso 19) 'uma vez que deve haver heresias' (outra palavra para a mesma coisa),
'em meio a vocês, para que os que forem aprovados, entre vocês, possam se manifestar'.
Como se ele tivesse dito, 'A sabedoria de Deus permite que assim seja, para esta
finalidade, -- para a manifestação clara daqueles cujos corações estão de acordo com Ele'.
Esta palavra, portanto, (heresia), que tem sido tão estranhamente distorcida, por muitos
séculos, como se significasse opiniões errôneas; opiniões contrárias à fé, que fora entregue
aos santos, -- e que tem sido usada como pretexto para a destruição de cidades;
despovoamento de regiões, derramamento de mares de sangue inocente, -- não tem a menor
referência às opiniões, quer certas ou erradas. Ela simplesmente significa, onde quer que
ocorra nas Escrituras, divisões, ou facções, na comunidade religiosa.
7. O terceiro e o único lugar restante nesta Epístola, onde o Apóstolo usa esta
palavra, é o vigésimo-quinto verso do décimo-segundo capítulo; no qual, falando da Igreja
(ele parece mencionar a universal Igreja, o corpo total de Cristo), ele observa que 'Deus
formou o corpo, e deu honra mais abundante àquela parte que tinha necessidade da
mesma, para que não houvesse cisma no corpo' (Verso 24,25). Ele imediatamente fixa o
significado de suas próprias palavras: 'Mas para que os membros tivessem cuidado igual
um pelo outro: De maneira que, se um membro sofresse, todos os membros sofreriam com
ele, ou se um membro fosse honrado, todos os membros se regozijariam com isto': Nós
podemos facilmente observar que a palavra cisma aqui, significa a necessidade deste
cuidado terno um pelo outro. Ela indubitavelmente significa uma alienação da afeição em
algum deles, em direção ao seu irmão; uma divisão de coração, e facções brotando disto,
embora eles fossem ainda exteriormente unidos; embora eles ainda continuassem membros
de uma mesma sociedade externa.
10. 'Mas existe pecado similar que tantos escritores cultos e devotos tenham
denominado cisma, e contra o qual todos os membros das comunidades religiosas tenham
necessidade de se protegerem tão cuidadosamente?'. Eu não duvido; nem posso dizer, se
este também não é, em um sentido remoto, denominado de cisma: ou seja, 'Uma separação
sem causa de um corpo de cristãos avivados'. Não existe absurdo em se tomar a palavra
neste sentido, embora ele não seja estritamente bíblico. E é certo que todos os membros das
comunidades cristãs deverão se proteger cuidadosamente contra ela. Uma vez que, por
menor que a coisa possa parecer, e, por mais inocente que ela seja considerada, o cisma, até
mesmo neste sentido, é tanto um mal em si mesmo, quanto produtivo de conseqüências
maléficas.
II
5. Bem nosso amado Senhor poderia dizer, 'Ai do mundo, por causa das ofensas':
Ainda assim, 'há a necessidade de que essas ofensas aconteçam': Sim, abundância delas
irá, da necessidade, surgir, quando uma brecha deste tipo for causada em alguma
comunidade religiosa. Enquanto eles que a deixam, se esforçam para justificarem a si
próprios, censurando aqueles dos quais se separaram, estes, por outro lado, rebatem a
responsabilidade, e se esforçam para colocarem a culpa neles. Mas quão poderosamente
todas essas altercações afligem o Espírito Santo de Deus! Quanto isto obstrui suas
operações suaves e gentis, nas almas de um e de outro! Heresias e cismas (no sentido
bíblico daquelas palavras) irão, mais cedo ou mais tarde, serem a conseqüência; facções
serão formadas, de um e de outro lado, por meio das quais, o amor de muitos irá se tornar
frio. O faminto e o sedento em busca da retidão; em busca, quer do favor ou da completa
imagem de Deus, junto com os desejos veementes, com que tantos foram preenchidos, de
promover a obra de Deus na alma de seus irmãos, irão se tornar desanimados, e, quando as
ofensas aumentarem, gradualmente irão desaparecer. E, já que 'o fruto do Espírito' secará
até a morte, 'as obras da carne' prevalecerão novamente, até a completa destruição,
primeiro, do poder, e, então, da própria forma da religião. Essas conseqüências não são
imaginárias; não foram construídas de meras conjecturas, mas de um assunto claro de fato.
Este tem sido o caso, repetidas vezes, nestes últimos trinta ou quarenta anos: Estes têm sido
os frutos que nós temos visto, sempre e sempre, serem a conseqüência de tal separação.
6. E que obstáculo grave estas coisas devem ser àqueles que estão fora; àqueles que
são estranhos à religião, que não têm a forma, nem o poder da santidade! Como eles irão
triunfar sobre esses, uma vez, cristãos eminentes! Quão corajosamente irão perguntar: 'No
que eles são melhores do que nós?'. Quanto eles irão endurecer seus corações, mais e mais,
contra a verdade, e abençoar a si mesmos em suas maldades? Do qual, possivelmente, o
exemplo dos cristãos teria corrigido eles, tivessem estes continuado imaculados em seu
comportamento. Tal é o dano complexo que pessoas que se separam da igreja cristã, ou
sociedade causam; não apenas a elas mesmas, mas a toda a sociedade e a todo o mundo em
geral.
7. Mas, talvez, tais pessoas irão dizer: 'Nós não fizemos isto de boa vontade; nós
fomos constrangidos a nos separarmos da sociedade, porque nós não podíamos continuar
nela, com a consciência limpa; nós não podíamos continuar sem pecado. Não nos foi
permitido continuarmos nela, quebrando um mandamento de Deus'. Se este fosse o caso,
você não poderia ser culpado da separação daquela sociedade. Suponha, por exemplo, que
você fosse um membro da Igreja de Roma, e você não pudesse permanecer nela, sem
cometer idolatria; sem adorar ídolos, quer imagens de santos ou anjos; então, seria seu
dever sagrado deixar aquela comunidade; separar-se totalmente dela. Suponha que você
não possa permanecer na Igreja da Inglaterra, sem fazer alguma coisa que a Palavra de
Deus proíbe, ou omitir alguma coisa que a Palavra de Deus positivamente ordena; se este
fosse o caso (mas abençoado seja Deus não é), você deveria se separar dela. Eu farei deste
o meu caso: eu estou agora, e tenho sido, desde a minha juventude, um Ministro da Igreja
da Inglaterra: E eu não tenho o desejo, nem o objetivo de me separar dela, até que minha
alma se separe do meu corpo. Ainda assim, se não me é permitido permanecer nela, sem
omitir o que Deus requer que eu faça, tornar-se-ia apropriado e correto, e meu dever
sagrado, me separar dela, sem demora. Para ser mais específico: eu sei que Deus me
ordenou a revelação do Evangelho; sim, e minha salvação depende de pregá-lo: 'Ai de mim,
se eu não fizer isto!'. Se eu, então, pudesse permanecer, omitindo isto; desistindo de pregar
o Evangelho, eu estaria debaixo da necessidade de me separar dela; ou de perder a minha
própria alma.
8. Eu tenho falado mais explicitamente sobre este assunto, porque ele é tão pouco
entendido; porque tantos destes que professam muita religião; mais do que isto, que
realmente desfrutam de uma medida dela, não têm a menor concepção deste assunto; nem
imaginam que tal separação seja algum pecado afinal. Eles deixam a sociedade cristã, com
tanta despreocupação quanto saem de uma sala para outra. Eles ocasionam todos esses
danos complicados e limpam suas bocas, e dizem que não têm feito mal algum! Visto que
eles são exatamente responsáveis, diante Deus e homem, tanto pela ação, que é um mal em
si mesma quanto por todas as conseqüências maléficas, que se pode esperar, suceda a eles
mesmos, aos seus irmãos e ao mundo.
9. Eu suplico a vocês, portanto, meus irmãos; a todos os que temem a Deus, e têm
um desejo de agradar a eles; todos que desejam ter a consciência nula da ofensa em direção
a Deus e aos homens, que não pensem tão levianamente sobre este assunto, mas o
considerem calmamente. Não rasguem em pedaços precipitadamente os sagrados laços que
os unem a alguma sociedade cristã. Isto, de fato, não é de tanta conseqüência a vocês que
são apenas cristãos nominais, uma vez que vocês não estão agora vitalmente unidos a
algum dos membros de Cristo. Embora vocês sejam chamados de cristãos, vocês não são
realmente membros de alguma igreja cristã. Mas, se vocês são membros avivados; se vocês
vivem a vida que está oculta com Cristo em Deus, então, cuidem em como vocês tendem o
corpo de Cristo, na separação de seus irmãos. Ela é uma coisa má em si mesma. É uma
aflição maléfica em suas conseqüências. Ó tenham pena de si mesmos! Tenham pena de
seus irmãos. Tenham pena até mesmo do mundo do iníquo! Não coloquem mais obstáculos
no caminho daqueles, por quem Cristo morreu.
10. Mas se vocês estão temerosos, e isto não sem razão, do cisma, impropriamente
assim chamado, tanto mais temeroso deverão estar, se a consciência de vocês for terna, com
respeito ao cisma, no próprio sentido bíblico! Eu não direi que vocês devam se precaver da
forma, mas da semelhança, ou estimulação de algumas facções na sociedade cristã! Nunca
encorajem, muito menos causem, quer por palavra, ou ação, alguma divisão nela. Na
natureza das coisas, 'devem existir heresias', divisões, 'entre vocês'; mas mantenham-se
puro. Abandonem a contenda, antes que ela se infiltre: Afastem-se de todo início de
discussão. Não se envolvam com aqueles que são dados à disputa; com aqueles que amam a
contenda. Eu nunca vi esta observação falhar: 'Aquele que ama a disputa, não ama a Deus'.
Sigam em paz com todos os homens. Sem o que vocês não poderão efetivamente buscar a
santidade. Não apenas 'busquem a paz', mas 'resultem nela'. Se ela parecer fugir de vocês,
mesmo assim, vão ao encalço dela. 'Não sejam dominados pelo mal, mas dominem o mal
com o bem'.
11. Feliz é aquele que detém o caráter de um pacificador na Igreja de Deus. Por que
vocês não trabalham, seguindo isto? Não fiquem satisfeitos; não encorajem contenda; mas
façam tudo que estiver ao seu alcance, para prevenirem ou extinguirem a primeira faísca.
Na verdade, é muito mais fácil prevenir a chama, no momento em que surge, do que
extingui-la mais tarde. De qualquer maneira, não fiquem com medo de tentar sempre isto:
O Deus da paz está do lado de vocês. Ele dará a vocês palavras capazes, e as irá enviar ao
coração de seus ouvintes. "Noli diffidere: Noli discedere", diz um homem devoto: "Fac
quod in te est; et Deus aderit bonce tuce voluntuti": "Não desconfia Dele que tem todo o
poder; que tem os corações dos homens em suas mãos. Faze o que cabe a ti, e Deus estará
presente, e trará teus bons desejos para um bom efeito'. Nunca cansem de fazer o bem. No
devido tempo, vocês colherão, se vocês não falharem".
[Editado por Scott Durbin, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções por by George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]