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John Wesley
'Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do
meio seja tirado'. (II Tessalonicenses 2:7)
5. Apenas 'Noé encontrou graça nos olhos do Senhor'; sendo 'um homem justo
e perfeito, em suas gerações'. Ele, conseqüentemente, com sua esposa, seus filhos, e
as esposas destes, Deus preservou da destruição geral. Alguém até poderia ter
imaginado que estes poucos remanescentes iriam igualmente ser 'perfeitos em suas
gerações'. Mas quão longe esteve isto de acontecer! Logo depois desse sinal ser
entregue, encontramos um deles, Cão, envolvido em pecado, e debaixo da maldição
de seu pai. E como 'o mistério da iniqüidade', operou, mais tarde, não apenas na
posteridade de Cão, mas na posteridade de Jafé; sim e de Sem, -- com exceção de
Abraão e sua família!
8. Foi quando Ele 'ascendeu ao céu, e levou a escravidão cativa', que 'a
promessa do Pai' foi cumprida; o que eles ouviram Dele. Foi quando Ele mesmo
começou a operar, mostrando que 'todo o poder foi dado a Ele no céu e terra'. -- 'E,
cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos, reunidos, no mesmo lugar; e, de
repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda
a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como
que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do
Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem. (...) De sorte que foram batizados os que de bom grado
receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas', debaixo
do sermão de Pedro (Atos 2:1-41). 'Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o
povo. E, todos os dias, o Senhor acrescentava à Igreja, aqueles que se haviam de
salvar' (Atos 2:47); não, como se fossem salvos; uma deturpação manifesta do texto;
mas 'tais quando foram salvos'. A expressão é peculiar; e, de fato, é a posição das
palavras, que transcorrem assim: 'E o Senhor acrescentou aqueles que foram salvos,
diariamente para a Igreja'. Primeiro, eles 'foram salvos' de todo o poder do pecado;
então, eles 'foram acrescentados' para a assembléia do crente.
9. Com o objetivo de ver que eles já estavam salvos, nós precisamos apenas
observar o pequeno relato deles que está registrado na última parte do segundo, e no
quarto, capítulos. 'Eles continuaram firmes na doutrina Apostólica, e na
camaradagem, em repartir o pão, e nas orações'. Ou seja, eles foram ensinados
diariamente pelos Apóstolos, e tiveram todas as coisas comuns, e receberam a Ceia do
Senhor, e atenderam a todos os serviços públicos. 'E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações' (Atos 2:42). 'E todos os
que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e
bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister' (Atos 2:44-45). E
novamente: ''E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém
dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes
eram comuns' (Atos 4:32). E ainda novamente: 'E os apóstolos davam, com grande
poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça. Não havia, pois, entre eles, necessitado algum; porque todos os que possuíam
herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o
depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade
que cada um tinha' (Atos 4:33).
10. Mas aqui uma questão irá naturalmente ocorrer: 'Como eles vieram a agir
assim, tendo todas as coisas em comum, vendo que eles não leram qualquer
mandamento concreto para fazer isto?'. Eu repondo: Não existe necessidade de ordem
exterior: O mandamento foi escrito em seus corações. Ele resultou naturalmente e
necessariamente de um grau de amor que eles desfrutaram. Observem! 'Eles eram de
um só coração, e uma só alma': E não tanto quanto alguém (assim como as palavras
expressam) disse, (que eles não poderiam, enquanto seus corações se inundaram assim
com amor) 'que quaisquer coisas que possuíam era deles mesmos'. E onde quer que a
mesma causa prevalecesse, o mesmo efeito naturalmente se seguiria.
12. Mas quão logo, 'o mistério da iniqüidade' operou novamente, e obscureceu
a panorama glorioso! Ela começou a operar (não abertamente, de fato, mas de maneira
sutil), em dois dos cristãos, Ananias e Safira. 'Eles venderam a possessão deles', como
os demais, e provavelmente, pelo mesmo motivo; mas, mais tarde, deram lugar ao
diabo, e raciocinaram com a carne e o sangue, eles 'retiveram parte do valor
recebido'. Observem os primeiros cristãos, que 'naufragaram na fé e na boa
consciência'; os primeiros que 'voltaram para a perdição'. Prestem atenção à primeira
enfermidade que afetou a Igreja Cristã, ou seja, o amor ao dinheiro! Em vez de
continuarem a 'acreditar na salvação' final 'da alma'. E não será o grande flagelo, em
todas as gerações, quando quer que Deus reviva a mesma obra? Ó, vocês, crentes em
Cristo, tomem cuidado! Quer vocês sejam ainda crianças pequenas, ou homens
jovens, para que sejam fortes na fé, vejam a armadilha; a armadilha de vocês, em
particular; -- aquela na qual vocês estarão particularmente expostos, depois de terem
escapado da densa poluição. 'Não amem o mundo, nem as coisas do mundo! Se algum
homem ama o mundo', o que quer que ele tenha sido nos tempos passados, 'o amor do
Pai não está' agora 'nele'.
15. A infecção não parou aqui, mas um mal produziu muitos mais. Da
imparcialidade nos hebreus, 'ergueu-se um murmurar dos gregos contra' eles; não
apenas pensamentos descontentes e ressentidos, mas palavras adequadas a isto;
expressões indelicadas, discursos pesados, maledicência, e apostasia, naturalmente se
seguiram. E, através da 'raiz da amargura', assim, 'brotando', indubitavelmente,
'muitos foram corrompidos'. Os Apóstolos, de fato, logo encontraram os meios para
remover os motivos desse murmurar; ainda assim, até porque a raiz pecaminosa
permaneceu, Deus viu a necessidade de usar de um medicamento mais severo. Ele
deixou o mundo à sua própria sorte; se, por acaso, através do sofrimento deles; através
de danificarem os seus bens; através da dor, da prisão, e da própria morte, Ele
pudesse, de uma só vez, punir e emendar a eles. E a perseguição, o último
medicamento de Deus, para a apostasia das pessoas, teve o efeito feliz, que ele
pretendeu.Tanta a parcialidade dos hebreus, quanto o murmúrio dos gregos, cessaram:
e, 'então, as Igrejas tiveram descanso, e foram edificadas'; feitos no amor de Deus, e
um para com o outro; 'e caminhando no temor do Senhor, e nos confortos do Espírito
Santo, foram multiplicados'.-- (Atos 9:31) 'Assim, pois, as Igrejas em toda a Judéia, e
Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no
temor do Senhor e consolação do Espírito Santo'.
16. Parece ter sido algum tempo depois disto, que 'o mistério da iniqüidade'
começou a operar na forma de zelo. Grandes preocupações surgiram, através daqueles
que zelosamente contenderam pela circuncisão, e o restante pela lei cerimonial; até
que os Apóstolos e presbíteros colocaram um fim, ao mal espalhado, através daquela
determinação final: -- (Atos 15:28) 'Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a
nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos
abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da
prostituição, das quais fazeis, bem, se vos guardardes. Bem vos vá'. Ainda assim, este
mal não foi totalmente suprimido, mas que ele freqüentemente irrompeu novamente;
como aprendemos das várias partes das Epístolas de Paulo, particularmente, aquela
dos Gálatas.
17. Proximamente aliado a isto, esteve um outro grave mal, que, ao mesmo
tempo se espalhou na Igreja; -- a falta de clemência, e, da conseqüente, ira, discussão,
contenda, divergência. Nós encontramos um exemplo muito notável disto, neste
mesmo capítulo, quando "Paulo diz a Barnabé: 'Vamos visitar os irmãos, onde
pregamos a palavras', e Barnabé determinou levar consigo João"; porque ele era 'seu
sobrinho'. 'Mas Paulo pensou que não fosse bom levar consigo, alguém que tinha
desertado deles antes'. E ele tinha certamente razão, por esse ângulo. Mas Barnabé
resolveu seguir seu próprio caminho. – E houve uma fagulha de ira. Não se fala da
parte de Paulo: Barnabé apenas teve paixão, para suprir a falta de razão. Assim sendo,
ele deixou o trabalho, e foi para casa, enquanto Paulo seguiu adiante através da Síria
e Cilicia, confirmando as igrejas'. (Atos 15:41).
(II Pedro 2:1-3) 'E também houve, entre o povo, os falsos profetas, como
entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão sutilmente as heresias de
perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo, sobre si mesmos, repentina
perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais o caminho da verdade
será blasfemado. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os
quais, já de largo tempo, a sentença não será tardia, e a sua perdição não dormita. '.
22. Tal era o estado real da Igreja Cristã, mesmo durante o primeiro século;
enquanto, não apenas João, mas a maioria dos Apóstolos esteve presente com ela e a
presidiu. Mas que mistério é este, que fez com que o Todo-sábio, o Todo-gracioso, o
Altíssimo, permitisse que assim existisse, não apenas em uma, mas, tanto quanto
aprendemos, em todas as sociedades cristãs; com exceção daquelas de Esmirna e
Filadélfia! E como essas vieram a ser excetuadas? Por que essas foram menos
corruptas (para não ir mais além) do que as outras Igrejas da Ásia? Pelo que parece,
foi porque elas eram menos prósperas. Os cristãos da Filadélfia não eram literalmente
'próspero em seus bens', como aqueles em Éfeso, ou Laodicéia; e, se os cristãos em
Esmirna adquiriram mais prosperidade, retiveram mais da simplicidade e pureza do
evangelho.
23. Mas quão contrário é este relato bíblico dos antigos cristãos, com relação
às apreensões comuns dos homens! Nós estamos aptos a imaginar que a Igreja
Primitiva foi tão excelente e perfeita; respondeu a esta forte descrição, que Pedro cita
de Moisés: 'vocês são a geração escolhida; o sacerdócio real; a nação santa; um
povo peculiar'. (I Pedro 2:9) 'Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz'. E tal foi, sem dúvida, a primeira
Igreja Cristã, que começou no dia de Pentecostes. Mas, quão logo, o ouro fino tornou-
se opaco! Quão logo, o vinho misturou-se com água! E quão pouco tempo decorreu,
antes que 'o deus do mundo' recuperasse seu império, até hoje, de modo que os
cristãos em geral dificilmente foram distinguidos dos ateus; salvo, através de suas
opiniões e moldes de adoração!
24. E, se o estado da Igreja, no mesmo primeiro século foi tão ruim, nós não
podemos supor que ela foi alguma coisa melhor, no segundo. Sem dúvida, ela ficou
cada vez mais pior. Tertuliano, um dos mais eminentes cristãos daquela época, nos dá
um relato dela, em várias partes dos seus escritos, de onde nós aprendemos que a
religião real, interior, dificilmente foi encontrada; mais do que isto; que não apenas os
temperamentos dos cristãos foram exatamente os mesmos que aqueles de seus
vizinhos pagãos, (orgulho, paixão, amor do mundo, reinando igualmente em ambos),
mas que suas vidas e maneiras também. O dar um testemunho fiel, contra a corrupção
geral de cristãos, parece ter erguido o clamor contra Montano [que criou da Doutrina ou
seita do Montanismo, do século II, que afirmava estar próxima a vinda do Espírito Santo, à
Igreja, e a descida da Jerusalém celeste. A seita tomou caráter ascético, condenando segundas
núpcias]; e contra o próprio Tertuliano [que criou o Tertulianismo - Doutrina religiosa de
Tertuliano, depois que este se afastou da Igreja Romana, para aderir ao montanismo] , quando
ele foi convencido de que o testemunho de Montano era verdadeiro. Sobre as heresias
atribuídas a Montano, não é fácil se certificar o que elas eram. Eu creio que sua
grande heresia foi manter que 'sem a santidade', interior e exterior, 'nenhum homem
poderá ver ao Senhor'.
26. É verdade que, durante todo esse período, durante os primeiros três
séculos, havia estações, mais longas e mais curtas, misturadas, onde o verdadeiro
Cristianismo reviveu. Nestas épocas, a justiça e misericórdia de Deus largaram os
ateus sobre os cristãos. Muitos desses foram, então, chamados a resistir com sangue. E
'o sangue dos mártires foi a semente da Igreja'. O espírito apostólico retornou; e
muitos 'não consideram suas vidas preciosas a si mesmo, de modo que eles
terminaram seu curso com alegria'. Muitos outros foram reduzidos à uma pobreza
feliz; e estando despidos do que eles muito amaram, 'eles se lembraram que fora disto
que eles caíram, e se arrependeram, e realizaram suas primeiras obras'.
27. A perseguição nunca causou; nem nunca poderia ter causado qualquer dano
permanente ao Cristianismo verdadeiro. Mas o maior, que ele, alguma vez, recebeu, o
grande golpe que foi dado na própria raiz daquele amor paciente, humilde e gentil,
que é o cumprimento da Lei Cristã, a essência total da religião verdadeira, foi dado,
no quarto século, por Constantino, o Grande, quando ele chamou a si mesmo de
cristão, e despejou uma inundação de riquezas, honras e poder sobre os cristãos, mas,
especialmente, sobre o clero. Então, foi cumprida na Igreja Cristã, o que Sallust disse
das pessoas de Roma: Sublata imperii aemula, non sensim, sed praecipiti cursu, a
virtutibus descitum, ad vitia transcursum –
[O Sr. Wesley, sem dúvida, citou de memória; e esta é a razão do ligeiro equívoco,
que cometeu. A passagem, a que se refere, não se acha em Sallust, mas em Velleius Paterculus
e lê-se assim: Remoto Carthaginis metu, sublataque imperri aemula, non gradu, sed praecipiti
cursu, a virtute descitum, ad vitia transcursum. Lib. ii. cap. 1. -- Editor].
28. E este é o evento que a maioria dos expositores cristãos mencionam com
tal triunfo! Sim, que alguns desses supõem ser simbolizado em Apocalipse, através da
'Nova Jerusalém descendo dos céus!'. Melhor dizer que foi a vinda de satanás, e todas
as suas legiões do abismo sem fim: vendo que, desde aquele mesmo tempo, ele fixou
seu trono sobre a face de toda terra, e reinou sobre o mundo cristão, assim como o
pagão, com quase nenhum controle. Historiadores, de fato, nos contam, muito
gravemente, das nações, em todos os séculos, que foram, através de tais e tais (Santos,
sem duvida!) convertidas ao Cristianismo: Mas, ainda esses convertidos praticaram
todos os tipos de abominações, exatamente como faziam antes; de maneira alguma
diferindo, tanto em seus temperamentos, quanto em suas vidas, das nações que ainda
eram chamadas de pagãs. Tal tem sido o estado deplorável da Igreja Cristã, dos
tempos de Constantino até a Reforma. Uma nação cristã, uma cidade cristã, (de
acordo com o modelo bíblico) não era vista, em lugar alguma; mas, toda cidade e
região, exceto alguns poucos indivíduos, estavam mergulhados em maldades de todos
os tipos.
29. O caso foi alterado desde a Reforma? 'O mistério da iniqüidade' não mais
opera na Igreja? Não: A própria Reforma não tem estendido um terço acima da Igreja
Ocidental: de modo que dois terços desses permanecem como eles sempre foram;
assim como as Igrejas do Leste, Sul, Norte. Eles estão tão cheios de barbarismo, ou
pior do que os bárbaros, abominações, assim como sempre estiveram antes. E qual é a
condição das Igrejas Reformadas? É certo que eles eram reformados em suas
opiniões, tanto quanto em seus modelos de adoração. Mas isto é tudo? Os
temperamentos, assim como as vidas deles estavam reformadas? Não, ao todo. De
fato, muitos dos 'reformadores queixaram-se de que a Reforma não foi levada longe o
suficiente'. Mas o que eles quiseram dizer? Que eles não reformaram suficientemente
os ritos e cerimônias da Igreja. Vocês, tolos, são cegos! Fixarem toda sua atenção nos
circunstanciais da religião! A queixa de vocês deveria ter sido que os princípios
básicos da religião não foram levados o suficiente longe! Vocês deveriam
veementemente ter insistido na completa mudança do temperamento e vidas dos
homens; para que eles mostrassem que tinham 'a mente que estava em Cristo', que
'caminhavam como Ele também caminhou'. Sem isto, quão intensamente levianas
foram as reformas de opiniões e ritos e cerimônias! Agora, que alguém examine o
estado do Cristianismo nas partes Reformadas da Suíça; na Alemanha ou França; na
Suécia, Dinamarca, Holanda; na Grã Bretanha ou Irlanda. Quão poucos desses
cristãos reformados são melhores do que os das nações pagãs! Eles têm mais (eu não
direi, comunhão com Deus, embora que não exista Cristianismo sem isto), mas eles
têm mais justiça, misericórdia, ou verdade, do que os habitantes da China, ou
Indostan? [O domínio Britânico na Índia] Ó, não! Nós devemos reconhecer com
tristeza e vergonha, que nós estamos muito aquém deles!
31. Eu agora iria submeter a todo homem de reflexão, que crê que as
Escrituras sejam de Deus, se esta apostasia não implica a necessidade de reforma
geral? Sem permitir isto, como podemos possivelmente justificar tanto a sabedoria
quanto a benevolência de Deus? De acordo com as Escrituras, a religião cristã foi
designada para 'curar as nações'; para a salvação do pecado, através dos meios do
Segundo Adão, todos que foram 'constituídos pecadores', através do primeiro. Mas ela
não responde a esta finalidade: nunca respondeu; a menos, por um curto tempo em
Jerusalém. O que podemos dizer, a não ser que, se ela não o fez ainda, ela certamente
o fará? O tempo é chegado, quando não apenas 'toda Israel deverá ser salva', mas 'a
plenitude dos gentios virá'. O tempo é chegado, quando 'a violência não mais será
ouvida na terra, devastando ou destruindo dentro de nossos limites'; mas todas as
cidades chamarão 'seus muros de Salvação, e seus portões, Louvor'; quando todas as
pessoas, diz o Senhor, 'serão justas, e herdarão a terra para sempre;as ramificações
de meu plantio, o trabalho de minhas mãos, para que eu possa ser glorificado'.
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"Rari quippe boni: numero vix sunt totidem, quot Thebarum portae, vel divitis
ostia Nili".
Como se ele tivesse admitido muito, ao supor que havia uma centena de
homens bons no Império Romano, ele chega à conclusão, e afirma que existe
dificilmente sete. Não; certamente, havia sete mil! Havia tantos, muito tempo atrás,
em uma pequena nação, onde Elias supôs que haveria ninguém, afinal. Mas,
admitindo-se algumas poucas exceções, nós estamos autorizados a dizer: 'o mundo
todo jaz na malignidade'; sim 'no capeta', como as palavras propriamente significam.
'Sim, todo o mundo pagão'. E todo o mundo cristão (assim chamado), também; por
que onde está diferença, salvo em algumas poucas aparências? Vejam com seus
próprios olhos! Olhem para dentro das grandes regiões de Indostan. Existem cristãos e
pagãos lá também. Qual deles têm mais justiça, misericórdia e verdade? Os cristãos
ou os pagãos? Qual é mais corrupto, infernal, diabólico, no seu temperamento e
prática? O inglês ou os hindus? Qual tem arruinado regiões inteiras, e entupido os rios
com corpos mortos?
35. Nós podemos aprender disto, em Quarto Lugar, de quão grande vigilância,
aqueles que desejam ser verdadeiros cristãos, precisam; considerando qual o estado do
mundo em que se encontram! Cada um deles não pode dizer,
Portanto, fiquem atentos, contra todo aquele que não busca sinceramente
salvar sua alma. Nós temos necessidade de mantermos ambos nosso coração e boca,
como se 'com uma rédea, enquanto o descrente está por perto'. A conversa deles, e
seu espírito, são infecciosos, e nos espreitam, inesperadamente, sem que saibamos
como. 'Feliz é o homem que teme sempre', neste sentido também, a fim de que não
seja parceiro de outros em seus pecados. Ó 'mantenham-se puros!'. 'Vigiem e orem,
para que não caiam em tentação!'.
36. Nós podemos aprender disto, por fim, que a gratidão torna estes que têm
escapado da corrupção que está no mundo; a quem Deus tem escolhido fora do
mundo, santos e irrepreensíveis. 'Quem é aquele que faz com que tu te diferencies?'.
'E o que tu tens que ainda não recebeste?'. Não é tão somente 'Deus, que opera em ti,
tanto o querer quanto o fazer o que agrada a Ele?'. Que todos aqueles, aos quais o
Senhor tem redimido e livrado das mãos do inimigo', dêem graças a Ele. Vamos
louvar a quem nos permitiu ver o estado deplorável, que está a nossa volta; ver a
maldade que domina a terra, e ainda assim, não para sermos arrastados pela
correnteza! Nós vemos a contaminação geral, e quase universal; e mesmo assim, ela
não pode se aproximar para nos causar dano! Damos graças a Ele 'que nos livrou de
morte tão terrível, e ainda nos tem livrado!'. E nós não temos motivo além para a
gratidão; sim, para o grande consolo, na abençoada esperança que Deus nos tem dado,
de que o tempo está à mão, quando a retidão deverá ser tão universal, quanto a
iniqüidade é agora? Admitindo que 'agora toda a criação murmura junta', debaixo do
pecado do homem, nosso contorto é, que ela não murmure sempre. Deus irá levantar e
manter sua própria causa; e toda a criação deverá, então, estar livre da corrupção,
moral e natural; do pecado e suas conseqüências; não mais haverá dor: a santidade e
felicidade irão cobrir a terra. Então, todos os cantos do mundo verão a salvação de
nosso Deus; e toda a raça humana deverá conhecer, e amar, e servir a Deus, e reinar
com Ele para todo o sempre!
---
[Editado por Travis Tindall, estudante na Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]