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CAMACHO, R. G, Sociolingnistica — parte II. In: MUSSALIM, F. e A. C. BENTES (orgs.). Introducao a linguistica: dominios e fronteiras, v. 1, 2. ed. Sao Paulo: Cortez, 2001 SOCIOLINGUISTICA Pagte Il Roberto Gomes Camac |@uE SOCIOLINGDIsTICA? ‘As dltimas trés décadas a: do da linguagem em uso ne Abcam sob o Stale Soc . rmerewendo, po iso, uma del To que pasos iniialmentea fazer, ‘Uma das reas de estud s sociais em grande escala, asso- . wrropugho A NGdistea ‘com 0 interlocutor, com © assunto da conversa, ¢ outras circunstincias do pro- pago e tempo e, sobretudo, as regras que diri- ssustenta a interagdo verbal em curso. Esses uma terceira roa de interesse, que podemos chamar apropriadamente de Sociolingittstica Variacionista, que pretendemos deseavolver aqui nesse enfoque, fo exame da linguagem no contexto s tuo importante para a solugio de problemas préprios da teoria da linguager 10 indispensdvel, no mero recurso interdisciplinar. Como a Jonista (doravante Sociolingils- agora, como essa abordagem vé a Pura inicio de conversa, dois falantes de uma mesma mente se expressam cexatamente do mesmo modo, assim como um tinico falante raramente se ex- presea da mesma maneira em duas diferentes circunstancias de comunicagio. Sendo assim, 0 que a Sociolingtiistica faz € correlacionar as variagGes existen- tes na expresso verbal a diferencas de natureza social, entend pio, o linglfstico eo social, como fendmenos estruturados e regulares. Se um. falante enuncia 0 verbo “vamos” como [Vimus] € outro falante o enuncia como [vimu}, podemos afirmar, com base nos postulados da Soc tessa variagona fala nfo € o resultado aleat6rio de um uso arbitrdrio e inconse- ‘qente dos flantes, mas um uso sistemstico ¢ regular de uma propriedade ine- renite aos sistemas lingUfsticos, que € a possibilidade de variagao. E essa regula- ridade e sistematicidade que passaremos a demonstrat. ‘Uma observagio pouco acurada dos usos que se fazem de uma lingua em .Ges conttns de interagio poderia levar & dedugdo equivocada de que a fagem em uso é uma espécie de caos, uma terra de ninguém sujeita a0 ‘btrrio de seus recursos. Uns falam, por exemplo, "Vocé leu 9s livros?”, ‘enquanto outros manifestam exatamente 0 taesmo contevido empregando uma SOOOUNGUITIA sae 2 s forma de expressio como “Vocé leu 9s livra?”. Como & possivel abarcar esses dois enunciados alternatives e igualmente disponiveis & selec do falante, numa explicagio ica coerente e sistemstica? De um ponto de vista Ii 0, que € © que sempre interessa, mesmo ‘que se estenda a andlise a fatores sociais, comparemos a variagao entre auséncia © presenga de segmentos sonoros, como 0 fonema /s/, ora pron ronunciado z, caracterizado come fricativa alveolar. Para simplificar, sim ‘zemos presenga desse elemento sonoro como /s/ e sua auséncia como A variagZo entre /s/e [@] pode aparecer marcando o plaral em * e em outros tantos substantivos comuns da Iingua portugues a possa ser também eliminado. O Wveolar [3], pode aparecer, por outro contas, ouvir algo con wgu portuguesa, embora ndo 0 9 esldo sujeitas ao acaso, nem a icham-se fortemente marcadas por ico que o falante & constrangi- ‘motivagdes emanadas do préprio sistema do a seguir sem escolha, Vejamos por qué. me a segmentaggo menina-s. Esses dados mostra -0 impedem mais uma vez uso real. Ocorre que a as motivagdes do sist {que essa correlagdo se estabelega de modo categoria de mimero é r outro, dizer “os meninos espertos” ou “ inal complexo, 0 valor de pluralidade ja esta asseguraco no primeiro co de modo que os demais podem prescindir dessa marcagio. rABELA 1.1 3 de coro com a posicio da palavra ‘nosintagma nominal Presenga do // marcado _ informants escoarizados ferida para o emprogo da de [2]. Observe a Tabela onsoantes em px de sflaba étona final e preservara fungi morfoldgica de indicagdo de pl do segmento s Qi ina comparago com o espanhol ser um ta cance desse prinefpio funcional, “O menino” se traduz, inar o segmento [s] do sintagma no plural, eliminaré concomitantemente a marcagio de mimero. Evidéncias estatisticas sobre a eliminacio do [s] no espanhol porto-riquenho ‘pontam para freqiiéncias mais altas em todos os constituintes dos sintagmas ‘ominais masculinos e frequéncias mais baixas nos sintagmas nominais fe nos, conforme se observa nas Tabelas 1.2 € 1.3 * ‘Fregiigneia de apagamento de Vem determinantes ir a ae oy = oo | 191 460 - 125% Tar ” rwmooucio A NetISToA ‘TABELA 13, Freqldneia de apagamento de /s/em substantives Masculine Feminine Total Presenga de of 19, 169 318 ‘Auustacia de 5) 452 217 I 669 Toul 386 987 % dew 8% apd Ta que os sistemas ling! do espa .ess0 de Variagio fonolégica que pode Esses resultados comprovam, assim, -vante funcionalmen: €¢ nas formas masculinas para 0 espanol, lar, agora, A comparagiio das freqiiéncias de emprego da var io pode im formacao. Ao comparar essas duas formas, nio o faremos mais com a inocén anterior, mas convictos das pressbes gramaticais, teremos a certeza de que c paragies fidedignas s6 se podem estabelecer em posigécs nao marcadas sintagma nominal, o que obviamente exclui a primeira. E, sobretudo, teremox aprendido uma ligdo importante: a de que a variagao nio é o resultado do SOCKUNGLISIEA pe 2 = ingifstica estével. Em todos os contextos, os falantes usam diferenciada- te de prestigio social, que é a presenga de velar, com base na io entre freqiiéncia maior ou menor do fonema /g/ fechando o gerindio e as posigdes que os falantes ocupam na escala socioeconémica: maior Se slings : nae conte, sera estranto que a varia nto fos uma de suas poprieds des mais marcantes ¢ 7 dade funci A existéncia de varlagdo e de crogéneas nas comunidades de ia de qualquer outro tipo de Inmougio A uNGUiTCA vel considerd-la uma subdrea da LingUfstica ou umn de seus dominios conexos de uma perspectiva que ndo inclua como relevante a natureza sécio-interacional da linguagem. A Sociolingiifstica trata da estrucura e da evolugio da linguagem, ‘gum proceso de variagao, em que ainda coe 2. AVARIAGAO E SUAS CAUSAS SOCIAIS ‘Mas, a propésito, o que sio variantes e varidveis alterndncia entre as diversas prontincias do fonema ‘como [ [}, a forma retroflexa, amplamente usada no ibora estereotipadas como, pertencentes unicamente ao dialeto carioca: e, finalmente, {r], uma vibrante alveolar, usada na regio metropolitana de Sao Paulo’. Uma propriedade co- mum identifica todos os casos mencionados de variagdo: representam duas ou mais formas alternativas de dizer a mesma coisa no mesmo cont ta 0 esforco do sociolinguista por generalizagdes abs- we de Variantes que constituem, estas sim, duas ou mais formas coneretas de uso. As variantes, ordenadas ao longo de uma di mensio continua, so determinadas por uma ou mais variaveis independentes. vel, representada por Labov (1972) por c chetes angulares: . A presenga de marcagio, representada por [s], com SOCOUNGUITICR pare 2 ” em os mer a auséncia de marcagio, representada por [ZI], como em os jem as variantes, A abordagem gerativista, quando surgiu iu 0 enfoque da variagao, dando condicionamento; para um gerat rentemente postuladas como regra facultativa ou A despeito de diferengas de enfoque, todo lingttista indiseriminadar concorda com o principio de que nenhuma lingua natural humana é um * ntnoougho A unetsnck em fungao da identidade social do receptor; (ii) e 3 sociais de produedo discursiva. Em fungio do primeiro fator, se podem denominar dialetais em sentido amplo: ieas ¢ socioculturais. Em fungio do segundo e do terceiro miencem as variantes de registro ou de da situagio e ao ajustamento do emissor a identidade soe! de uma lingua deriva do grau de cont idade, também € verdadeiro que quan- s0ctQUNGUSTICA pare 2 » Podemos observar alguns tracos que caracter 0 desempenho verbal As formas em variagio adquirem valores em fungdo do poder e da autori- dade que os falantes detém nas relagées econdmicas cultura variante, como presenga de marca de plural no sintagma nor como detentora de prestigio social entre os membros da comunidade, sendo por isso chamada variant ‘marca de plural ‘dade de prestigio controlam © poder politico das instituig6es, que emana das relagdes econdmicas e socias, sio também detentores da antoridade de vincular ‘lingua A variedade que emp yguem-se de outros tipos de lin ivagées Sociais que acionam seu surgimento, principalmente no caso iwreapucho AUNCuSNICA SOCIOUNGUECA: rom 2 a, outras motivagées que acionam o surgimento da diferentes for assunto tratado, trio, por exem Just organizado, cujos pri Voltaram aston para seu exame. A vai até enti, todas as unas Hing € oragdes — eram unidades de (Cf. Labow, 1966). Tem natureza variével porque Fivel, continua e qu: iras de expresso, conforme adiversidude cexistem duas ou mais diferentes mau tanto maior a preacupa- das formas de expresso, come sal. Se a competéncia do falant soe favor, poderia me pussar 0 api lugando o agucareiro até quando? Dé pra pas © primeito enunciado sea selecionado, or exemplo, has e pouco familiares, enquanto 0 segundo seja seleci .a mesa de bar, que se compartitha com pessoas do dois Intnonugho A uNGoiTCA .glistas manifestam reconhecimento de sua existéncia. Em 1885, Schuchardt AAtradigio lingiitica em favor da categorickdade dos fendmenos observé- vs, inicada na distingZo saussureana,teve continuidade natural na teoria gera- tive, como pode ser observado com meridianaclareza na seguinte ctagio que deserevemos & iferenciada disletal € dos Fatos — © que Deduz-se, assim, que € possivel desenvolver cabalmente uma teoria lin ilitica adequada com base num comportamento verbal uniforme ¢ homogé- nao, sem espaco para a variaga0. ‘Com 0 sucesso da anilise abstrata dos fendmenos linglisticos, operada, iruturalista e, em seguida, pelo gerativista’, no ia pesquisador se preocupar com a busca de SOCOUNGUTA: are 2 a sempre preferiu ynamento da lingu: atiista, que, por tendér tbalhar com seu préprio conheci- mento das regtas de func o da comunidade de fala no significa, obviamen- fe, ignorar @ existéncia da variagdo, Que tratamento dar @ ela no contexto de Jo abstrata de linguagem? As explicagbes ficaram sujeitas a duas as variantes pertenc existentes na mesma comunidade de fala e a tum exemplo de mistura dialetal ou de uma mudanga de cédigt se substituem uma a outra livremente (variantes livres), constituindo, portanto, fendmeno secundsrio, de pouca relevancia para o estudo da gramética de uma lingua. Para ilustrar essas duas posigSes, poderfamos considerar a aplicagao da icordancia verbal na lingua portuguesa. A primeira explicagao afir- lante flutua entre dois diferentes sistemas, ou faz uma mistura di tal, sempre que alterna um iado, em que o verbo concorda em cchegaram uns caras”, enunciado como “AF tabelece concordncia, A segunda ex- uso acionasse 0 segundo si turados dos dois sistemas nao deveriar digdes do evento de fala permanecesse A nogdo de variante livre, que se assenta na idéia de que formas altermati- vas no passam de meras flutuagdes submetidas ao livre-arbitrio do falante, presenta também conseqiiéncias discutfveis, Se duas variantes sdo realmente livres, segue-se forcosamente que elas no podem ser condicionadas por ne inhum fator, embora a observagao mais desinteressada possivel do fTuxo de fala mostre claramente que variantes em uso se acham sempre fortemente vincula- menos, a fatores sociais, o que toma seu comportamento em de formulagao teérica. lhucg. SOOOUNGUITIA poe 2 6 . soucko & untick ) entende que a propria enunciagao monol6 qualquer ato enunciativo, ainda que no ambito da linguagem es- ta a algum outro texto, c jo-se, desse modo, de fala. No entanto, 0 inglista nfo era ‘num elo de uma cadeia ceapaz de perceber 0 carater ‘ende-as como um todo {Wo central agui diz respeito ditetamente a pr6pria estrutura lingt consonantais da forma CVC+C’ que envolvem uma marca de pr “roll4ed”, [x01 +d], devem receber 0 mesmo tratamento que 0s grupos di: CVCC, como [bold], que no perdem nenhuma informagdo gramatical com cancelamento do [d] final? Teorias lingiifsticas de base formal néo possuem critérios nem meios adequados para expressar a configuragio desse fato. un vvez que tanto “bold” quanto “rolled! A concepgio de um: de seu contexto ling A orientagdo dos paradigmas vigentes na LingUistica, até a metade do século XX, para a criagio de um objeto de estudos estével e ‘me, desligado da realidade social, reflete o papel ‘0 que a palavra estran- geira desempenhou na formagdo de todas as o sobre a linguagem produzid ras do Rigveda, que jé haviat to na indi o ssmnopucho A unatisnca desse tratamento € a concepslo de linguagem que o norteia, que é a de wm ‘objeto de estudos isolado-fechado-monolégico, absolutamente desvinculado do ccontexto s0ci ‘A alternativa te6rica introduzida por Labov, na década de 1960, para re- da estrutura lingt im de, por principio, ite 20 sistema linglifstico, concebe sua andlise ‘de formas que se manifestam, de fato, no contexto social. Ness la por um conjunto de fendmenos néo estrita- cextralingt ativamente solver probl hoterogeneidac mar que se ‘movimentos orques nal de considerar a configuragio de um cadaver pretendew superar: nao ha fronteira {que se tem, como objeto de social e sobretwdo ingido colocou-a no honroso pos obstante ainda persista a aborda ‘a quem quer que faga pesquisa ieado, modificado, SOOUNGUITA sat 2 o ide de fala fo a sensago crescente em soluglo € a convicgao de que 8 ‘5. AVARIAGAO LINGWISTICAE 0 ENSINO DA LINGUA MATERNA, ‘Tendo constatado que a linguagem varia e tendo discutido de que natu- reza & a variagio, resta ainda avaliarmos as conseqliéncias dessas propriedades imeiro aspecto, waco de um gerente de pessoal de sa de recepei admitiria 0 can- 10 0s artigo necesséio’ essa situagdo, que se reproduz quot ‘um mecanismo mais ou menos velado de discriminagio social pela lingua- gem? A natureza discriminat6ria que a linguagem pode assumir, em fungio ‘ariagio lingiifstica e dos mecanismos de estigmatizago, lova-nos, pro n¢o das situagdes de exclusto, como a qu que esté sujeita a populacio socialmente marginalizada? Certamente Imerosos 0s aspectos que respondem a essa questio. Nenhum, porém, & ainda hoje mais relevante que 0 da relago de conflito que se estabel o lsrronucio & uNcusTA dizer, enti, que, da fusio numa coisa s6 e indis de, a1norma acaba passando por um padrio net ‘dos mecanismos tipicamente ideol6gicos. jos, a pedagogia da lingua clege ‘nada repde, As marcas si0, no entanto, certamente fortes e profundas ia 6 de tal monta que far €0 horror que as inevitivel pergunta: Osentimento de aversao que a pedagogia di criangas sentem diante da pag! “quantas professor?”, Assim, ao impor um modelo de nenhum direito & apelagdo, com exclusividade © em subst ue 0 aluno jé domina, como se simplesmente nada dominasse, a escola parece simplesmente ignorar a varing! ica dizer que ha, na tradicao pedagogica, uma concepgo de linguagem que ide ‘des verbais escritas de uma verdadeira |. para as manifestagSes verbais, orais ot SOOOLNGIESNCA: pate 2 o ‘Com seu surgimento, a Sociolinguistica post cipio de que a heterogeneidade nao ‘estrutura da linguagem: Desse modo, a capaci proxima as classes mais pri ‘que a variedade dos grupos soci ico nem deficiente, nem inerentemente inferi comunicacao. Por tras desse programa, ha alguns pressupost izadas operam como estruturas uma variedade mais prestigiada e geral ‘gSes formais. Desfaz-se, assim, aquela » Inooucio A UNadIsneA SOCOUNGUITIK pte 2 ” dual. relativamente recente a ex- lidagdo dos processos de articul a, Para as criangas socioeco- bilidade de ordem exclusivamente in ‘embora presente tam- pansdo do ensino elementar e a con: diferentes nfveis de ensino em uma es variedade padro, o modelo escolar é uma extensao . iciado pelos pais. escolar, Além de uma expai de 1964-68 iniciou uma al ¥¢ modo, parece impo jado mant tanto maior a probabilidade de & pecto, as camadas marginalizadas nadam contra a maré. A modalidade de cul- tura que # escola desenvolve afina-se mais com a das classes domiinantes. O problema é maior quando tal modalidade se impde no ensino co exclusivo a que outros modos de existéncia cultural acabam ‘com 2 modalidade veiculada pelo ensino, se aspecto formal da escola tinica e aberta a to- 1. © quadro real é o de um sistema que reproduz as icas de classe social, mediante a desigualdade paralel acesso e sucesso dos alunos socioeconomicamente jcas sobre evasdo e rep ‘Tal cultura é arbitrariamente imposta, jf que, na rel ‘mesma, abstratamente considerada, nada bi , aagdo pedagdgica reve re da imposigao, por um poder arbitrério, selecionada e que de forma alguma pode ser deduzida de prin Na realidade, essa selegao é arbitraria porque se baseia nas centre os grupos sociais (Bourdieu & Passeron, 1975). © papel que a norma desempenha nesse jogo ¢ 6bvi das variedades lingiifsticas disponiveis esta em funco da dis ra da variedade padrio que a escola impde. A i timidade da vaiagaoTingstia. Muito pelo contrrio, acaba por submeté-a ao critério de corresio, O que passa € um conjunto de expressdes vinculado ao re~ gistro formal da modalidade escrita; o que sobta é proscrito como realizagdes. imperfeitas e defici c . a ingida pelos efeitos do processo valor \veis médio e superior de esco- ‘ancia que as separa da variedade do extremo oposto (Machado, 1983). de um modelo neutro € terpretacZo ideoidgica, de que ha uma es ingifstico escolarmente ren ce aberta a todos, a escola brasileira reproduz, em vez. de dim: io entre sucesso est le 1% da populag’ 1983), E relevante acrescentar que os indices do Censo . tnonucho buna da variedade nfo-padrao, suprindo a lacuna com outras alternativas, prOprias da norma culta. © problema € que essa estratégia provoca cor mas de valores e estes, por Sua vez, desencadeiam obsticulos s da variedade padrio (Camacho, 1984). A emergéncia de conflitos mas diversos de valores dé vaziio ao surgimento de questies ideol6gicas. A varicdade linglfstica que empregam os membros de uma comunidade ¢ fator de identificagao social. Se é estigmatizada pela escola, em contraponto a variedade padrio, instaura-se um conflito entre os valores simbélicos, que a instituigio pretende inculear, ¢ 0s que o aluno tem para compartilhar com os demais mem bros de sua prépria comunidade e que o identificam com seus pares (Labov, 1964), Uma conseqiiéncia dristica desse conflito pode ser a rejeigo técita da sos de ensino de lingua ¢ de outros valores da classe tudo redunda em evastio e repeténcia escolar. a erradicagao do dialeto marginalizado dem conviver harmoniosamente ma sala de aula, Cabe 20 professor o bom senso las adequadamente, fornecendo ao aluno as chaves para perceber ‘as diferengas de valor social entre elas e, depois, saber tirar vantagem dessa hhabilidade, selecionando a mais adequada conforme as exigéncias das circuns- ancias do intercurso verbal. ngistica € una imposigto institucional em socieda- tem um papel potic relevanteadesempe- camadas marginalizadas, que é 0 de propicia-Ihes ne simbélicos, dentre eles a varedade padi. Fess ago csurir com urgéncia para exercer, de fato€ de vanguarda SOCOUNGUIIN pee 2 Como a variagao é a pedra de toque dessa abordagem, anecessidade de demonstrat que, mesmo quando submet je formas para expressar 0 mesmo contetido, a linguagem é ui A necessidade de mostrar a regularidade do Qs lari processo de variagio impeliu- ‘nos, depois, a urna definigdo mais precisa do conceito de variagio, estendendo- variacio e por que ig pela Sociolin ‘guagem, istica & variago com o que cultivam as teorias formais da Finalmente, enveredamos pelas venkat a is dette ers seg num expago to rediido ea ign, nem for essa inten dest be Ppalavras, Para completar as ere rita ainda, em sua maria a manais para nian 3 inciantes; mantemos a cert7a, po rém, de que altura dessas obras o leva ilar outros caminkos, eae mais complexos e enriquecedores. : : ” insrosucio AUNGHISICA CAMACHO, R. curricular para 0 1988, CAMARA. CHAMBEI variation and its social significance. Cambridge, Mass., Blackwel FONSECA, M. S. & NEVES, M. F. (orgs, Sociolingifstica, Rio de Janeiro, Eldorado, 1974 ‘context :s, Cambridge, Cambridge University Pre nner city, Philadelphia, University of Pen Pennsylvania Press, 1972, jalects and language LYONS, I. Introducdo @ Paulo, Cia. Editora NacionaV/EDUSP, 1979. nse, 1983. jonista, Rio de Janeiro, RIBEIRO, B. T. & GARCEZ, P. M, (orgs.) Sociolingtistica Interaciona ‘gi, Lingistica e Sociologia em Andlise do Discurso. Porto Alegre, Azé ROUSSEAU, P. & SANKOFF, D. (otgs.) Linguistic variation: models and methods. ‘Academie Press, 3978. retaria da Fducagio, Coordenadoria de Estudos © Normas SOCOUNGDICA poe 2 * TARALLO, F. A pesquisa sociolingUtstica. $30 Paulo, Atica, 1990. _ (org.) Fotografias socio Tempos lingilisticos.Iinerdrio historico da lingua portuguesa Sao Paulo,

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