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Revista Pátio – Educação Infantil
Ano IV - Nº 10 - Diferentes âmbitos da avaliação - Março à Julho de 2006
Capa
Devo insistir, uma vez mais, sobre a importância da avaliação para qualquer
etapa educativa, incluindo, naturalmente, a educação infantil. Gostaria de
ressaltar três aspectos: 1) a importância de incorporar a cultura da avaliação
ao nosso trabalho, 2) os tipos de avaliação aplicáveis à escola infantil e 3) os
âmbitos a serem avaliados. Em função do espaço deste artigo, vou tratá-los de
forma bastante concisa.
Passamos muitas horas por dia com as crianças, e isso nos permite formar uma
opinião suficientemente clara sobre elas e sobre suas características.
Acabamos conhecendo-as, mesmo que esse conhecimento geralmente seja
bastante genérico, superficial e assistemático. Na minha opinião, esse tipo de
conhecimento não pode ser visto como uma "avaliação" em sentido estrito.
Não apenas porque "conhecer" não é o mesmo que "avaliar", mas também
porque não estamos falando sequer de um "conhecer" que seja preciso e rico
do ponto de vista educativo. No fundo, todos temos esse tipo de conhecimento
acerca das pessoas com as quais mantemos contato. Sabemos sobre elas,
sobre como agem, sobre como costumam pensar e sentir. De certo modo,
podemos até prever suas condutas. Trata-se de algo importante, porém não
suficiente.
Embora nossa avaliação deva ter como base sobretudo o segundo tipo, os três
são complementares e de grande proveito para o bom funcionamento de uma
escola infantil.
Os aspectos que poderiam ser levados em conta são muito diversos: nossas
relações com as crianças e suas famílias (em conjunto e individualmente);
nossos pontos fortes e fracos no trabalho educativo (aquilo em que nos saímos
melhor e o que exigiria um aprimoramento e mais formação); a evolução que
tivemos nos últimos meses (coisas que fazíamos antes e que agora não
fazemos mais e vice-versa); a dinâmica de trabalho na escola (individualismo,
colaboração, apoio mútuo) e o que poderíamos fazer para melhorá-la; como
nos sentimos pessoalmente, etc.
Trabalhar como educador da infância é uma tarefa que requer tanto um forte
envolvimento emocional de nossa parte quanto o domínio de um amplo
espectro de competências profissionais. Em ambas as direções, a avaliação
deveria estar presente, para que, também nesse caso, nos permitisse reforçar
nossos pontos fortes e corrigir os pontos fracos de modo a nos tornarmos, a
cada dia, melhores profissionais.