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W.I. Eisen: Pseudônimo do escritor argentino Isaac Aisemberg.

Suas histórias têm temas


contemporâneos e geralmente são narrativas em um estilo claro e direto. Em "Jaque Mate en Dos
Jugadas", Eisen cria uma história de suspense em que o assassino, que acredita ter cometido o
crime perfeito, espera frustrar os esforços da polícia.

Jaque mate en dos jugadas (xeque-mate em dois movimentos): Eu o envenenei. Em duas


horas, eu estaria livre. Saí para o meu tio Nestor às 22h. Fi-lo com felicidade. Minhas bochechas
estavam queimando. Meus lábios estavam pegando fogo. Então me acalmei e comecei a
caminhar tranquilamente pela avenida em direção ao porto.

Me senti contente. Livre. Até que Guillermo se torna sócio dos lucros. Pobre Guilherme!
Que tímido, que inocente! Era evidente que eu deveria pensar e tirar proveito de ambos. Sempre
foi assim, desde o dia em que nosso tio nos levou para dentro de casa. Perdemo-nos no palácio.
Era um lugar seco, sem amor. Havia apenas o som metálico das moedas.

"É preciso se acostumar a poupar, para não desperdiçar. Um dia, [todo o meu dinheiro]
será seu", disse. E nos acostumamos a esperar.

Bu esse dia famoso e desejado não chegou, apesar de meu tio sofrer de um problema
cardíaco. E se a espera nos tiranizava quando éramos pequenos, ela se tornava cada vez mais
intolerável à medida que envelhecemos.

Guilherme apaixonou-se um belo dia. Nosso tio, no entanto, não gostou da menina. Não
era o que ele ambicionava para o sobrinho.

"Falta linhagem..., falta classe..., pô! Ela é comum", sentenciou.

Era inútil para Guillermo descrever os méritos de sua namorada. O velho era teimoso e
arbitrário.

Comigo havia outra classe de problemas. Com meu tio era um personagem contra o
outro. Ele insistiu para que eu fizesse doutorado em bioquímica. O resultado? Um especialista
em poker e corridas de cavalos. Por esses vícios, meu tio não me deu um centavo. Tive que usar
toda a minha inteligência para conseguir um peso.

Uma das coisas que você tinha que aturar quando estava com o tio Nestor eram os
intermináveis jogos de xadrez; então eu cedia com o ar de um homem magnânimo, mas quando
ele estava em uma posição favorável, ele anotava os movimentos com indiferença, sabendo da
pressa que eu estava em sair. Ele gostava de tomar seu conhaque no meu infortúnio.

Um dia ele me disse com um tom condescendente: "Vejo que você se esforça no xadrez.
Isso me diz duas coisas: que você é inteligente e que você é um saqueador. No entanto, sua
dedicação terá seu prêmio. Eu sou apenas. Mas tenha em mente que como você nunca vai
conseguir um diploma, a partir de agora você vai manter para mim um registro muito bom dos
jogos. Sim, rapaz, cada um de nós vai manter anotações de nossos jogos em cadernos para
comparação. Está tudo bem com você?"

Percebi que poderia resultar em algumas centenas de pesos e aceitei. Desde então, todas
as noites, eram as estatísticas. A mania estava tão enraizada nele que, na minha ausência, ele
comentou sobre as brincadeiras com o Júlio, o criado.

Agora tudo terminou. Quando alguém se encontra em um beco sem saída, a mente
trabalha, olha, olha mais longe. E encontra. Há sempre e saída para todos. Nem sempre é bom.
Mas é uma saída.

Foi para a Costanera. Era uma noite úmida. No céu nublado, uma faísca elétrica. O calor
molhava as mãos e secava a boca. No canto, um policial fez meu coração pular uma batida.

O veneno, qual era o nome? Aconitina. Coloquei muitas gotículas no conhaque dele
enquanto conversávamos. Naquela noite (sábado) meu tio estava encantado. Ele me dispensou do
jogo.

"Vou jogar sozinho", disse. "Vou mandar embora os servidores. Quero que seja tranquilo.
Depois vou ler um bom livro, algo que os jovens não entendem. Pode ir".

"Obrigado tio. Hoje realmente é... Sábado."

"Eu entendo"

O veneno tem um efeito lento, leva uma hora ou mais, dependendo da pessoa. Até 6 ou 8
horas. Justamente durante o sonho. O resultado: o aparecimento de um infarto pacífico, sem
vestígios incriminadores. Só o que eu precisava. E quem seria suspeito? O doutor Vega não teria
objeção em assinar o atestado de óbito. E se eu fosse pego? Impossível!

Mas, e Guillermo? Sim, Guillermo era um problema. Encontrei-o no salão, depois de


preparar o "pacote" (tio) para ser enviado para o inferno. Desceu a escadaria, preocupado.

"O que aconteceu?" Perguntei jovialmente, e teria acrescentado de bom grado: "Se você
conhecesse o homem!"

"Estou cansado", disse-me.

"Vamos lá!" Dei um tapinha nas costas dele. "Você sempre se sente assim depois de uma
tragédia."

"É que o velho me enlouquece. Enfim, desde que você voltou para a Faculdade e contou
a ele a corrente no xadrez, o tio Nestor vem me pegando. E Matilde...

"O que aconteceu com a Matilde?"


"Matilde me deu um ultimato: ela ou o tio."

"Escolha ela. É uma escolha fácil. É isso que eu faria..."

"E o outro?"

Ele me observou desesperadamente. Com brilho demoníaco nos olhos; mas o pobre tolo
nunca procurou uma maneira de resolver seu problema.

"Eu faria isso", ele disse com os dentes, mas como viveríamos? Você já sabe que o velho
é duro, implacável. Corte o fornecimento de alimentos!

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