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Dissertação de Mestrado
Florianópolis
2003
LUCIANA MARIA GAMA
Florianópolis
2003
Gama, Luciana Maria
Excelência em serviços em bancos de pequeno porte – um exemplo de
aplicação / Luciana Maria Gama; orientada por Pedro Felipe de Abreu. - -
Florianópolis, 2002.
119f.
_________________________
Edson Pacheco Paladini, Dr.
Coordenador do Curso
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________
__________________________________
Em especial a minha mãe, Lúcia, a guerreira, que sempre sonhou em ter um filho
com o título de mestre e, por isso, soube me incentivar de uma maneira
encorajadora.
AGRADECIMENTO
Agradeço a todos que de uma forma direta ou indireta contribuíram para a realização
deste trabalho.
GAMA, Luciana Maria. Excelência em serviços em bancos de pequeno porte –
um exemplo de aplicação. 2003. 119 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia da
Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
RESUMO
ABSTRACT
Today, banks with limited reserves are forced to compete in an ever more
competitive market controlled by large financial institutions. To guarantee survival in
this area it has become of the utmost importance for banks of limited reserves to
provide the client a differentiated and high quality service. The purpose of this study
is to map out the critical processes that a bank of limited reserves needs to follow
also the establishing of performance and quality indicators, which collaborate directly
in the building of services par excellence thus winning over client preference and
guaranteeing the organization’s profitability. To achieve this the MEDDE
(organizational structuring method for defining company performance) model was
applied to limited reserve institution’s commercial processes with the principal aim of
stimulating in a exponential manner ´´agility and a quick response to client needs``.
Therefore it has become necessary to define the organization’s strategies and goals
in a manner which can reflect these desires in a well-balanced form. Following on
from this, vital factors were defined that could push the organization towards its
goals and reach the result orientated performance measures, which could translate
the organization’s performance into quantitative magnitudes. In the stages, which
followed the processes and sub-processes critical points were mapped, both in
accordance with their performance measures, which were related to the goals
reached as established by the organization. There were identified eight performance
and quality control measures able to monitor the excellence of the service given by a
limited financial institution, stimulated exponentially in providing ´´agilty and a quick
response to clients needs``. There were observed certain difficulties in applying the
MEDDE model especially in the definition of indicators related to people
management and organiz ational culture due to the fact that the model did not focus
on these variables. There arose internal resistance, which had to be dealt with
during the model’s application. Even so, the objectives of this study were reached in
complete satisfaction.
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
Outro motivo, ainda segundo o artigo, tem sido à fusão ou aquisições dos
grandes bancos internos com instituições financeiras de médio porte. Além do
interesse de manter um lugar significativo no ranking dos maiores bancos, acredita -
se que o motivo maior tenha sido o interesse destas grandes instituições em
participar do mercado da pequena e média empresa, também conhecido como
middle market. Esta busca por este mercado, se deve ao fato de que as grandes
organizações dão maior volume de negócios, mas rendem poucos ganhos aos
bancos. São organizações que possuem muito poder de negociação. Já as
pequenas e médias empresas, sem muito ou quase nenhum poder de negociação,
acabam rendendo ganhos bem mais elevados aos bancos. Essas empresas de
pequeno e médio porte, agora na mira das grandes instituições, surgem como
alternativa para aumentar a rentabilidade.
Assim, ressalta-se que esta tenha que ser a estratégia a ser adotada pelos
bancos de pequeno porte. É necessário descobrir uma nova forma de competir
aproveitando as lacunas deixadas pelos concorrentes que compõem o mercado. De
acordo com Porter (1997, p. 29),
1.3 JUSTIFICATIVA
estar bem definida para que todas as pessoas trabalhem em torno deste objetivo
(KOTLER, 1998).
para qualquer organização que deseja ser bem sucedida em longo prazo, a
contribuição de sua função produção é vital. Ela dá à organização uma
‘vantagem baseada em produção’. Mas, precisamente, como a função
produção contribui para se atingir essa idéia de vantagem baseada em
produção?
- Você desejaria fazer certo as coisas. Isto é, não desejaria cometer
erros. Se a produção for bem -sucedida em proporcionar isso, estará dando
uma vantagem de qualidade para a empresa.
- Você desejaria fazer as coisas com rapidez. Desejaria minimizar o
tempo entre o cons umidor solicitar os bens e serviços e recebe-los. Fazendo
isso, você estaria dando à empresa uma vantagem em rapidez.
- Você desejaria fazer as coisas em tempo para manter os
compromissos de entrega assumidos com seus consumidores. Se a
produção puder fazer isso, estará proporcionando aos consumidores a
vantagem de confiabilidade.
- Você desejaria estar preparado para mudar o que faz, isto é, estar em
condições de mudar ou de adaptar as atividades de produção para enfrentar
circunstâncias inesperadas. Estar em condições de mudar rapidamente para
atender às exigências dos consumidores dá à empresa a vantagem da
flexibilidade.
16
1.4 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo geral definir indicadores de desempenho que
possam medir a excelência do serviço prestado, no processo comercial, por bancos
de pequeno porte, visando conquistar a preferência dos clientes, garantindo a sua
lucratividade.
Não será discutida neste estudo, qualquer análise que mostre se o custo dos
recursos utilizados na obtenção do valor agregado nas atividades desempenhadas
extrapolam os preços que os consumidores estão dispostos a pagar.
19
• Bancos Múltiplos: como o próprio nome diz, tais bancos possuem pelo menos
duas das seguintes carteiras : comercial, de investimento, de crédito
imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho
de escala que tais bancos alcançam.
22
Mellagi Filho (1995) ressalta que o principal objetivo dos bancos comerciais é
proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para
financiar em curto prazo, o comércio, a indústria, e as demais empresas e pessoas
físicas. É importante frisar que a capacitação de depósitos a vista, que nada mais
são do que as contas correntes livremente movimentáveis, é a atividade mais básica
dos bancos comerciais.
Theodore Levitt, citado por Kotler (1998, p. 411), registrou que “não existe o
que se chama indústria de serviços. Há apenas setores industriais cujos
componentes de serviços são maiores em relação a outros setores. Todos estão na
área de serviço.”
Para Kotler (1998, p. 412), “serviço é qualquer ato ou desempenho que uma
parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na
propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto
físic o.”
Para Reis (1998, p. 107), pode-se definir serviço como sendo “aquilo que se
traduz nas respostas às expectativas dos clientes gerados no ato da venda,
entregues em transtornos e com resultados positivos.”
Kotler (1998), define serviço como uma ação ou performance que uma parte
pode oferecer a outra, essencialmente intangível, e não resulta na possessão de
nada. Sua produção pode ou não estar relacionada a um produto físico.
De acordo com Prince (1997), nota -se que ainda hoje as empresas e serviços
estão, em geral, mais orientadas para o “processo” do que para o consumidor. Uma
conduta empresarial voltada para o marketing possibilita as empresas de serviço agir
mais rapidamente no sentido de capitalizar novas oportunidades de mercado, em vez
de se concentrar na tentativa de criar demandas para os serviços já existentes.
Qualidade, à primeira vista, nos parece algo fácil de explicar: um produto com
qualidade, um funcionário com qualidade. Entretanto, apresenta um significado
distinto e peculiar para cada pessoa.
a segunda guerra mundial, foi adotado o controle de processos, que englobava toda
a produção, do projeto ao acabamento, objetivando a segurança e o alcance do erro
zero. Esse conceito de controle do processo evoluiu para garantia da qualidade, com
a sistematização através de normas escritas, dos padrões e requisitos, em cada
etapa do processo produtivo, de forma a garantir boa e uniforme qualidade
(MAXIMIANO, 2000).
Deming (1990) relata que qualidade não é um luxo, mas sim, aquilo que o
cliente deseja sempre, necessita e quer. Como os desejos dos clientes sempre estão
mudando, a solução para definir qualidade é redefinir constantemente as
especificações.
Segundo Reis (1998), a preocupação atual dos bancos deve girar em torno da
retenção de seus clientes (consumidores) e nem tanto sobre a captação de novos,
surgindo assim o conceito de “zero clientes perdidos”. As administradoras de
cartões, concorrentes não-bancário, utilizam bastante este conceito e direcionam
qualquer consumidor insatisfeito, que queira cancelar seu cartão, para um setor
composto por funcionários com habilidades para transformar a decisão do cliente e
retê -los na empresa.
30
Uma vez surpreendido pela qualidade prestada por uma organização, esta
passa a fazer parte do mínimo, do básico esperado pelo cliente em serviços futuros.
Os bancos precisam estar atentos aos patamares de excelência atingidos tanto por
eles quanto pela concorrência, visando adequar-se continuamente, atendo-se ao
cuidado de sempre cumprir o prometido, seja antes ou no pós -venda.
• ambiente arejado;
A capacidade de prestar o
Confiabilidade serviço prometido de modo 32
confiável e com precisão.
A disposição de atender e
Sensibilidade ajudar o cliente e proporcionar 22
um servi ço rápido.
O conhecimento e a cortesia
dos funcionários e suas 19
Empatia
habilidades em transmitir
confiança.
33
A atenção e o carinho
Segurança individualizados proporcionados 16
ao cliente.
A aparência física das
instalações, equipam entos,
Tangibilidade
funcionários e matérias de 11
comunicação.
Comunicação Experiências
boca a boca Necessidades Pessoais passadas
Serviço Percebido
GAP 5
Serviço Esperado
PROFISSIONAL
DE
Entrega do Serviço Comunicações
MARKETING
(incluindo contatos GAP 4 Externas aos
anteriores e posteriores) Consumidores
GAP 3
GAP 1
Tradução das Percepções
em Especificações para
Qualidade do Serviço
GAP 2
Percepções da Gerência
sobre às Expectativas do
Consumidor
Haja vista que, todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de
algum processo, não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa
sem um processo empresarial. Da mesma forma, não faz sentido existir um processo
empresarial que não ofereça um produto ou um serviço.
37
E Processo
S
N
A
T
I
R Subprocesso 1 Subprocesso 2 Subprocesso 3 Cliente
D Externo
A
A
D
S
A Cliente
Interno Requisitos
S
( necessidades )
todo processo é composto por uma série de atividades nas quais entradas
(input) sofrem transformação e apresentam como resultados, determinadas
saídas (output). Quando se observa uma empresa de forma processual, os
diferentes elos da cadeia de processos/valor podem ser representados
como um conjunto de entradas e saídas. As entradas são de
responsabilidade do fornecedor e devem atender às especificações do
processo. As saídas são o resultado do processo entregue ao cliente
atendendo aos seus requisitos.
Atividade
SIM NÃO
Necessária para produzir
resultado?
Contribui para as
exigências do cliente ? NÃO
SIM Contribui para funções
empresariais?
SIM
NÃO
Nos processos, as atividades que agregam valor com as que não agregam
estão todas juntas, é necessário separar.
O ambiente empresarial de nossos dias mais uma vez trouxe avaliação à linha
de frente. À medida que as mudanças no ambiente empresarial se aceleram, as
organizações são desafiadas adaptar cada vez mais suas capacidades e
especializações ao ambiente em que operam. De acordo com Hronec (1993, p. 20),
Custo
Velocidade Confiabilidade
Custo
Tempo
Velocidade Confiabilidade
Qualidade Flexibilidade
Desempenho da produção
Requisitos do mercado
Qualidade Flexibilidade
Figura 6 – As necessidades e o desempenho da produção, ambos mudam ao longo do
tempo
Fonte: Slack et al. (1999, p. 444)
Empresa
Fornecedores Mercado
Processos
Atividades
Indicador
Ligação entre estratégia e execução
Figura 7 – Desdobramento de indicadores. Onde medir?
Fonte: Adaptado de Hansen (1997b)
Neste contexto, cabe salientar que medidas são fatores chaves, importantes
para informar à organização sobre o ritmo da mudança e da implementação exigida
(HARRINGTON, 1997). Se não há como medir processos empresariais, não há
como controlá-los, portanto aprimorá-los. Precisamos de novas medições, porém as
medições mais necessárias e mais em falta são aquelas que nos dão o controle da
empresa.
• ser compreensíveis;
51
Data:_____ \____\____
Alerta
20%
Finanças
• ciclo de caixa e;
Na visão de Hansen (1994), uma organização pode ser analisada sob dois
pontos de vista principais: funcional e dos processos. O funcional possui o
organograma como modelo primordial de negócios; os recursos são distribuídos por
departamentos - que se inter-relacionam segundo hierarquias - onde a
especialização é a base de sua formação. Neste contexto, os programas de melhoria
estão focados no aumento da eficiência das funções de cada departamento. O foco
dos processos está no gerenciamento do próprio trabalho, em todos os níveis
organizacionais, procurando ter uma visão global do negócio, identificando
oportunidades de melhoria.
fábricas inteiras com processos tão bem desenhados que pessoas quase não são
necessárias, exceto para emergências, manutenções e evoluções.
Desempenho
Valor Serviço
tempo
Custo Custo Qualidade Tempo
• explorar situações da vida real cujos limites não são claramente definidos;
Para fins de melhor avaliação dos resultados deste estudo, optou-se por
utilizar as dimensões da qualidade em serviços bancários citado por Reis (1998),
como ponto de partida para medir a satisfação dos clientes. Quanto mais o serviço
prestado se aproximar destas dimensões, mais satisfeito o cliente irá sentir-se, e
mais poderá se afirmar que existe excelência no serviço prestado pelo banco:
• ambiente arejado;
É tão verdade a predominância deste atributo, que este foi mencionado por
mais dois autores na definição de suas dimensões da qualidade. Nas dimensões
citadas por Berry e Parasuraman (1995), ele menciona o atributo “Sensibilidade”,
como sendo a disposição de atender e ajudar o cliente e proporcionar um serviço
rápido. E, por fim, uma das dimensões citadas por Slack et al. (1999), onde ele
pergunta se você desejaria fazer as coisas com rapidez, desejaria minimizar o tempo
entre o consumidor solicitar os bens e serviços e recebê-los. Fazendo isso, você
estaria dando à empres a uma vantagem em rapidez.
As outras sete dimensões citadas por Reis (1998), bem como todas as
dimensões citadas por Berry e Parasuraman (1995) e ainda por Slack et al. (1999),
podem ser assuntos a serem tratados em trabalhos futuros.
Sendo elas:
Quatro equipes deverão ser formadas para operacionalizar essa fase; equipes
essas que definirão as estratégias e as metas da organização, através de reuniões
com a gerência.
Ñauri (1998) enfatiza que nesta fase, a pergunta -chave é: "que fatores são
vitais para a organização atingir suas metas?" A resposta pode vir através do uso de
diferentes técnicas e/ou ferramentas, tais como: Desdobramento da Função
Qualidade (QFD), Análise do Valor (AV), Método Multicritério de Apoio à Decisão
(MCDA), ou técnicas e ferramentas mais simples de serem entendidas pelos
funcionários, tais como: brainstorming, questionários, entrevistas com acionistas,
gerentes, clientes, internos e externos. Um passo prévio é utilizar uma tabela para
listar os possíveis fatores críticos de sucesso para o alcance de cada meta
estabelecida.
71
Logo depois, avaliar estes fatores críticos propostos através de uma matriz de
relações e determinar sua efetividade e validade como requisitos para garantir o
alcance das metas da organização. Para isso, Ñauri (1998), utilizou os mesmos
critérios do "Roteiro para o Gerenciamento da Melhoria de um Processo de
Benchmarking" do Escritório do Assistente da Secretaria de Defesa dos Estados
Unidos (DEPARTAMENT OF DEFENSE, 1996): comando, controle, comunicações e
inteligência.
Ñauri (1998) relata que esta fase está dividida em duas subfases:
De acordo com Ñauri (1998), essa fase está dividida em duas subfases:
Vale, neste momento, justificar a opção pelo modelo MEDDE, frente aos
outros modelos que também foram referenciados no capítulo 2, no tópico Gestão
de Desempenho.
Traçando um paralelo entre os modelos apresentados, pode-se apontar
alguns pontos positivos ou mesmo complementares entre eles, propiciando uma
73
O Grupo Martins sempre teve o seu foco voltado para o segmento varejista,
levando os produtos da indústria para os mais diversos segmentos, do alimentício ao
farmacêutico e veterinário, do elétrico ao de construção, além de desenvolver e
comercializar marcas próprias. A junção da experiência com estes dois lados da
cadeia, o de produção e o de distribuição, levou o Grupo Martins a criar o
TRIBANCO. Criado para viabilizar soluções financeiras visando fortalecer a cadeia
de produção e dis tribuição e, mais do que isso, fazer com que fornecedores e
varejistas pudessem contar com um parceiro de peso, estrutura e reputação para
alavancar seus negócios.
Presidência
Diretoria
Marketing &
Comercial Administrativo Controladoria
Produtos
Marketing &
Produtos
Treasury
Presidência/ Recursos
Tecnologia
Diretoria Humanos
Recursos humanos permeia toda organização, uma vez que o banco é feito
de pessoas. Tem a função de motivar e manter o clima organizacional, além dos
processos seletivos e treinamentos internos.
Assessor Análise de
Prospecção Proposta
comercial Crédito
Pós-
Venda Cliente Efetivação Formalização
Recompra
Passo 1 Passo 2
CRITÉRIOS
Reconhecimento
Mostra processo
através do tempo
É quantificável e
de melhoria das
medir resultado
Sensibilidade a
Crítico para as
mudanças em
Indicado para
mensurável
Conclusão
e aceitação
Pontuação
processos
críticos
metas
metas
Fatores Críticos
Propostos
Sistema de
informação eficiente 54 Crítico
Mais e melhores
serviços e produtos 54 Crítico
Bons coordenadores 08 -
Fraca 1
Moderada 3
Forte 9
Por estarem ligadas aos fatores críticos de sucesso (FCS), escolhidos na fase
anterior, foram estabelecidas, dimensões a serem consideradas pelo Banco a fim de
medir sua competitividade nas áreas de interesse.
DIMENSÃO SIGLAS
Eficácia EF
Eficiência E
Inovação I
Lucratividade L
Pode-se perceber que cada uma das dimensões está relacionada com uma
ou mais perspectivas consideradas pela abordagem de Kaplan e Norton, The
Balanced Scorecard (1997) Conseqüentemente, qualquer dimensão considerada no
modelo estará enquadrada em uma das perspectivas, por exemplo:
Eficácia Cliente
Eficiência Processos
Lucratividade Financeira
Prospecção 15
Proposta 8
Análise de Crédito 30
Formalização 30
Efetivação 7
Pós -venda 10
TOTAL 100
Prospecção
Proposta
Análise de Crédito
Formalização
Efetivação
Pós-venda
Formalização
Prospecção
Pós-Venda
Análise de
Efetivação
Dimensões
Proposta
Medidas de Resultado
Crédito
Críticas
Associadas
Número de consultas ao
Eficácia
sistema
Número de novos
Eficácia
clientes
Valor da receita gerada
Lucratividade
por mês
Quantidade de clientes
Eficácia
que recompram
Tempo médio de
Eficiência
efetivação do negócio
Número de reclamações
Eficiência
por mês
Valor da despesa
Lucratividade
gerada por mês
Horas de treinamento
Inovação
por mês
Percentual d e
participação nos Inovação
treinamentos
Número de melhorias
Inovação
implantadas por mês
Total do Grau de
Responsabilidade por 28 26 26 26 26 28
resultados
Processos Críticos
1 o. 2 o. 2 o. 2 o. 2 o. 1 o.
para Resultados
As equipes definem peso relativo dos critérios (quadro 15), segundo Lobos
(1995).
Após, o nível crítico dos processos foi calculado, fazendo uso da matriz de
decisão usada pelo MEDDE, além dos pesos definidos, pelas equipes de trabalho,
para esses critérios (quadro 16).
Análise de Crédito
Formalização
Prospecção
Pós-Venda
Efetivação
Peso
Proposta
Processo
Critérios
Impacto nos resultados da organização C1 3
24 10 30 30 10 24
Tendência
Prioridade
Gravidade
Urgência
GxUxT
Subprocesso Problema
Sobrecarga de aprovadores 2 2 3 12 3 o.
Análise dos Aprovadores em lugares diferentes 1 1 1 1 4 o.
aprovadores Aprovador exerce outra atividade 3 2 2 12 3 o.
Pareceres incompletos 4 4 2 32 1 o.
Pedido de parecer
Inconsistência de dados 4 4 2 32 1 o.
Dependência do Correio 4 4 4 64 1 o.
Recebimento da
documentação Cartas/documentos mal identificados 4 4 4 64 1 o.
Troca de documentos 3 3 3 27 4 o.
Erro no preenchimento 4 4 3 48 2 o.
Conferência da
documentação Ausência de documentos 4 4 3 48 2 o.
Excesso de documentos 2 2 1 4 7 o.
Registro e Atraso de 2 a 4 dias para registrar 4 4 2 32 3 o.
arquivamento Localização manual das pastas 2 2 3 12 5 o.
Subprocesso
Processo Medida de Desempenho dos Subprocessos Código
Crítico
Fluxo de Número de propostas canceladas por excesso de
SM1
aprovação aprovadores
Análise de
Crédito Número de propostas reprocessadas por parecer incompleto SM2
Pedido de
parecer Número de propostas reprocessadas por dados
inconsistentes SM3
Envio da
documentação Quantidade de parceiros alternativos SM4
A crença de que a prática tem muito mais valor que a teoria também está
na cultura da empresa. A organização exige a formação acadêmica, mas pouco
valoriza e reconhece. Isso leva os colaboradores a crerem que a teoria pouco
agrega.
5.1 CONCLUSÕES
O ambiente empresarial de nossos dias mais uma vez trouxe avaliação à linha
de frente. À medida que as mudanças no ambiente empresarial se aceleram, as
organizações são desafiadas adaptar cada vez mais suas capacidades e
especializações ao ambiente em que operam. Existe uma nova tendência que
exercerá uma grande influência sobre o uso da tecnologia da informação nos
processo de gestão: o esforço cada vez maior das organizações para reavaliarem
sua abordagem geral aos problemas de avaliação de desempenho. Estimuladas
pelos sucessos do movimento pela qualidade e esforço para reengenharia dos
processos do negócio, as organizações em vários segmentos econômicos, inclusive
o bancário, estão desenvolvendo novas avaliações de desempenho e sistemas com
essas informações para seus administradores.
De maneira geral, pode-se afirmar que o ponto de partida do estudo foi definir
o processo onde seria aplicado o MEDDE. Por ser o processo comercial de vital
importância para a sobrevivência de um Banco, optou-se por aplicar o MEDDE neste
processo, partindo do pressuposto que os outros processos que compõem o Banco,
estariam cumprindo seu papel dentro da organização.
Uma vez definida as estratégias, foram dadas metas para cada uma delas,
que refletissem ou traduzissem, de forma equilibrada, os anseios da organização
(sua visão e sua missão). Seria o resultado mínimo que se deveria alcançar para que
a estratégia fosse satisfeita. Mas, para se alcançar às metas, se fez necessário
identificar os fatores críticos de sucesso, ou seja, os fatores mais importantes dentro
da organização, que bem gerenciados, poderiam garantir o cumprimento das metas.
Nesta fase, a pergunta -chave é: "que fatores são vitais para a organização atingir
suas metas?" Seria o mesmo que identificar as competências essenciais que a
organização precisava possuir para que as metas fossem alcançadas e as
103
• estender este estudo sob a ótica das outras dimensões da qualidade e não
somente sobre a dimensão “rapidez de reposta ao cliente”;
• evoluir este estudo para uma análise que mostre se os custos dos recursos
utilizados na obtenção do valor agregado nas atividades desempenhadas
extrapolam os preços que os consumidores estão dispostos a pagar.
105
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findings. Journal of Marketing, v. 60, p. 7-18, Oct. 1996.
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GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,
1991.
GIL, Antonio Carlos. Técnicas de pesquisa em economia. São Paulo: Atlas, 2000.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI. São Paulo: Futura, 1999.
LOBOS, Júlio. Encantando o cliente : externo e interno. São Paulo: Júlio Lobos,
1995.
MIRSHAWKA, V. Hospital: fui bem atendido, a vez do Brasil. São Paulo: Makron
Books, 1994.
RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócio Editora,
2000.
ANEXOS
Análise de Crédito
Garantir a rapidez de Sistema de Informação 6. Número de reclamações
dos clientes até o
entrega ao cliente eficiente por mês
final do ano Número de propostas
Mais e melhores serviços e 7. Valor da despesa por Fluxo de
Reduzir em 50% canceladas por excesso de
produtos mês aprovação
Incentivar a criatividade o tempo de ciclo aprovadores
e capacidade de de efetivação dos Bons processos 8. Horas de treinamento
inovação dos negócios Pessoal treinado por mês
colaboradores fechados até o
Pessoal comprometido 9. Percentual de
envolvidos no processo final do ano
participação nos
comercial Aumentar em treinamentos
50%, até o final
10. Número de melhorias
do ano, a
implantadas por mês
participação dos
colaboradores na
identificação de
oportunidades de
melhoria.
Número de propostas
reprocessadas por parecer
incompleto
Pedido de parecer
Número de propostas
reprocessadas por dados
inconsistentes
Quantidade de erros no Envio da Quantidade de
cadastro do cliente documentação parceiros
alternativos
Tempo de permanência da Número de
proposta “aprovada” propostas paradas
Despesa por cada por atraso no
formalização recebimento
Recebimento da
Quantidade de
Formalização
documentação
documentos
inutilizados por
falta de
identificação
Número de
propostas paradas
por erro no
Conferência da preenchimento
documentação Número de
propostas paradas
por ausência de
documento