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Senhor Prior,

Ando preocupadíssima, com o problema da fé dos meus. Procurei dar


uma educação cristã, nos melhores Colégios Católicos e, hoje, com dor de alma, vejo
que eles e elas não vivem e não testemunham a fé que eu via e sentia nos meus pais,
avós e tios. Os meus netos actualmente também frequentam os Colégios Católicos, mas
não vejo nenhuma mostra da fé. Muitas vezes, pergunto a mim mesma, onde teria eu
errado?
Uma avó amargurada e preocupada,
Mariazinha

Avozinha,

Compreendo a sua preocupação que deve ser também de muita gente


católica, avós, pais e tios, pois esse ambiente pagão está a minar as nossas famílias
cristãs, onde já não se respira a religiosidade e interesse para a vida espiritual.
Eu tenho para mim que não deveríamos procurar ver, onde falhamos no
passado, ou culpabilizar, quem quer que fosse, embora isso pudesse até ser de alguma
utilidade. Devemos sim assumir que todos nós temos alguma culpa, nem que seja de
termos cruzados os braços pelo facto de termos dado uma «boa formação cristã, nos
melhores colégios». Igualmente, não seria atitude cristã e sensata cruzar os braços,
dizendo que não há nada a fazer.
É verdade que muitos pais, hoje avós, tiveram esta atitude e, se calhar alguns pais no
presente, continuam a fazê-lo. Esforçaram-se, com grandes sacrifícios monetários, em
dar uma «boa formação cristã, nos melhores colégios», que na prática nem sempre deu
grande resultado! Após a vida nos bons Colégios não continuaram na vida cristã.
Infelizmente são muitos os jovens e as jovens, hoje adultos, que não têm Deus na suas
vidas, talvez O tenham como conceito, como doutrina, mas isso não chega.
Julgo que não devemos culpar os Colégios Católicos. Eles têm uma missão de
instruir e educar, mas os pais e as Comunidades não podem ficar descansados. A
educação cristã é muito mais do que meter as crianças nos bons Colégios ou na
Catequese. É muito importante acompanhá-las no crescimento e na maturidade da fé
que são tarefas árduas e morosas, exigindo dos pais e das Comunidades testemunhos da
vivência cristã, isto é, não só a vida de oração e a vida sacramental, mas também as
acções diárias devem espelhar a nossa ligação com Deus e com os irmãos.
Somos seguidores de Jesus Cristo e isso implica não só ter conhecimentos dos
Seus ensinamentos, mas também pôr em pratica a Sua doutrina. É uma pena nós
ficarmos apenas no plano conceptual, com boa formação, tendo dificuldade em fazer
passar ao nosso coração à nossa vida o que Jesus nos ensinou e o que Ele fez. Além
disso, nós os baptizados temos de ter a consciência de que Jesus hoje vive e actua na
Sua Igreja à qual nós pertencemos e que nEla o Divino Espírito Santo faz crescer o Seu
amor e prepara a nossa Caminhada para o Pai. O próprio Jesus sintetizou os grandes
Mandamentos de Deus em duas para nos ajudar a crescer na Fé: «o Amor de Deus e o
Amor do próximo». Não basta saber de cor, será ao longo da vida de cada um que nós
temos de nos esforçarmos para viver este grande preceito de amor. Como é evidente o
nosso Mestre além de nos dar esse Mandamento, deu-nos também outros meios para a
nossa santificação, sendo os sete Sacramentos os mais ricos meios que nos ajudam em
vários momentos da nossa vida cristã, desde o nascimento até ao último suspiro.

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