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AS PATOLOGIAS
Como o ser humano está sempre em busca de aperfeiçoamento, não poderia ser
diferente com a engenharia civil. As necessidades foram crescendo e com elas, a
criatividade aflorando. Castelos, igrejas, diques, aquedutos, silos, moinhos, estradas,
pontes, rodovias, edifícios de 1, 2, 3...100 pavimentos!
Infelizmente, o homem ainda não desenvolveu o poder de criar algo que seja
eterno. Tudo a nossa volta necessita de cuidados. Nosso corpo, nossa saúde, nossos
carros, nossas casas... A manutenção, seja ela preventiva ou não, é indispensável para o
perfeito e harmonioso funcionamento desses e outros elementos.
Pode-se dizer, sem medo de errar, que uma estrutura está doente, quando
começa a apresentar sinais que algo não está no seu mais perfeito funcionamento.
Carlos Campos, em seu artigo, intitulado O Grito da Estrutura, nos diz que:
No mundo do engenheiro também deve haver esta
comunicação silenciosa. Identificar e avaliar uma patologia
estrutural requer sensibilidade para o imponderável, para o
imensurável. Não há números nem análise computacional que
permita uma avaliação impessoal. O recado da estrutura vem
através de uma fissura, um deslocamento, um desaprumo, um
recalque, uma mancha, um destacamento, ou uma perda de
nível.
São manifestações silenciosas. O grito por socorro de
uma fissura de pilar pode ser extremamente incômodo para
quem a identifica, mas pode passar despercebido para o
inexperiente. Esse grito não chega a seu conhecimento, quando
muito, avalia ser ‘um probleminha’ e em muitas ocasiões
providencia para que se esconda o sinal com uma massa ou
pintura. Manda a estrutura calar.
Todas as patologias citadas acima merecem igual atenção, pois sendo o prédio
que abriga a piscina do campus um local público e conseqüentemente freqüentado por
inúmeras pessoas, sua recuperação faz-se necessária quase que imediatamente, não
somente pelos aspectos visuais, mas também pela saúde da estrutura, a qual necessita de
cuidados e reparos. Porém, para que essas patologias sejam sanadas, é indispensável um
estudo minucioso de cada uma delas, suas origens e causas, assim como uma solução
que contemple segurança, custo e agradabilidade visual.
De acordo com SOUZA (1998) a manutenção, que pode ser entendida como o
conjunto de atividades necessárias à garantia do seu desempenho satisfatório ao longo
do tempo, ou ainda o conjunto de rotinas que tenham por finalidade o prolongamento da
vida útil da obra, por um custo compensador1 é indispensável para que o funcionamento
da obra continue em harmonia. De nada adianta que a estrutura esteja perfeita dentro
dos parâmetros da engenharia se um cuidado posterior a construção não for dispensado.
Todo o trabalho do projetista, calculista, executor entre outros profissionais
responsáveis pela realização de um projeto, será em vão.
Para tanto, faremos um breve apanhado sobre os tipos de fissuras, bem como
os tipos de corrosão. Para, conforme o andamento do trabalho, verificar que a grande
maioria dos problemas apresentados, advém do ambiente agressivo, do qual decorre o
alto índice de umidade, causando corrosão de armaduras, comprometendo as mesmas e
por conseqüente, gerando fissuras das mais variadas espessuras e comprimentos.
- deficiência de projeto;
- deficiência de execução;
- excesso de sobrecarga;
- má conservação;
- deslizamentos frontais;
As trincas ativas são aquelas que trabalham, ou seja sofrem movimentação com
o passar do tempo. Isto significa que a estrutura como um todo está em risco.
Isso ocorre, pois as mesmas recebem empuxo lateral, seja do solo ou do fluído
contido no interior da estrutura.
Essas paredes, uma vez que recebem esses esforços, necessitam de armadura.
Um estudo das cargas determinará qual o tipo de vínculo, a área de armadura por metro
e a necessidade dessa armadura ser na face interna, externa ou em ambas as faces da
parede.
MARCELLI (2007) nos diz que a junta de dilatação, como o próprio nome diz,
é projetada para garantir liberdade de movimentação da estrutura, pois os efeitos de
variação de temperatura ao longo da vida útil provocam diferenças dimensionais nos
componentes e na edificação como um todo.
Sendo assim, quando uma estrutura é afetada não só por corrosão, mas por
outros problemas, faz-se necessária uma análise de quanto ainda resta de sua vida útil e
qual a possibilidade e técnicas mais indicadas para que a mesma possa ser recuperada.
Esses agentes agressivos podem estar contidos ou podem ser absorvidos pelo
concreto em função de um ambiente propício. Sendo o concreto um elemento poroso,
isso facilita essa possível absorção contribuindo para o início e aumento do risco de
corrosão. Entre esses agentes agressivos podemos destacar os sulfetos, cloretos, dióxido
de carbono, nitritos, gás sulfrídico, óxido de enxofre, a fuligem e outros. “Eles quebram
ou impedem a formação da película de passivação do aço, acelerando a corrosão e
podendo atuar como catalisadores.” MARCELI (2007)
Nosso objetivo nos capítulos que se seguem é apresentar uma explanação sobre
o tipo de corrosão de armadura em concreto observada, para em seguida compararmos
com o nosso modelo real.
- tipo de cimento;
- umidade do ambiente.