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A IMPORTÂNCIA DOS FILMES NAS AULAS DE FILOSOFIA

Márcia Eliana Migotto Araújo*

Sabemos que os meios de comunicação fazem parte do cotidiano dos


indivíduos e, estes sofrem constantes influencia pelos mesmos. O
telespectador possui formas diferentes de pensar em função de
gerações, e a mídia acompanha essas mudanças.
Também é fato que as imagens fictícias ou até mesmo as reais fazem
com que, em algum momento, que as pessoas se envolvam. As
emoções e necessidades podem se realizar ficticiamente através das
imagens. (por exemplo: o amor verdadeiro dos personagens, algumas
vezes fazem com que os adolescentes acreditem).
A utilização do vídeo é um dos recursos de boa aceitação pelo corpo
discente, às vezes, pode ser uma forma de “imersão total”, de duração
relativamente curta, realizada em uma sala de aula ou uma sala de
vídeo. Os filmes, geralmente podem dar significado a uma realidade de
forma visual.
Os filmes introduzidos nos conteúdos da disciplina de filosofia têm a
pretensão de abordar diferentes temas partindo de questões
previamente estabelecidas, a partir de uma abordagem intrínseca do
conteúdo, onde podemos avaliar questões referentes à moral,
liberdade, valores, ética....
Ao observarmos a sociedade, somos capazes de admitir que um número
considerável de pessoas sente dificuldade para pensar livremente, e,
deste modo, interpretem o mundo da maneira mais extravagante
possível. Embora tal dificuldade em raciocinar criticamente tenha
origens diversas, estas promovem igualmente toda uma sorte de
atitudes supersticiosas, preconceituosas e, sobretudo, ignorantes.

*
Professora da rede estadual de ensino médio e da Unifra.
Atualmente a maioria dos educandos do ensino médio, de certa forma,
colocam algumas restrições para a leitura de um livro. Nesse sentido
pensamos que a partir de alguns filmes podemos oferecer um número
maior de curiosidades para que os educandos procurem realizar mais
leituras em diferentes obras e autores. Devido ao bombardeio de
imagens, sons e cores, em uma tecnologia apurada, o livro torna-se às
vezes, menos interessante.
Os livros e os filmes não precisam ser concorrentes e, sim
colaboradores para o conhecimento a uma atitude reflexiva dos alunos.
Pois ao assistir e fazer uma reflexão sobre um filme, o aluno pode
perceber questões que poderiam ser aprofundadas na leitura de um
livro. Dessa forma os filmes poderão servir para reflexão e analise das
várias formas de conhecimentos existentes.
A partir de alguns filmes podemos pensar sobre a história, sobre a
sociedade, sobre valores, sobre a origem do mundo... ou até mesmo
pensar sobre a realidade passada, presente e também a futura. A
reconstrução e/ ou construção de uma determinada época histórica,
pode provocar nos alunos interesses quanto ao cenário, local,
comportamento dos personagens, o que o diretor pretendia salientar...
As cores e imagens poderão levar os alunos ao momento da história e
do enredo do filme para que possam refletir sobre diferenças de
tempos, contextos que existem nos filmes.
Também é possível aproximar a sala de aula do cotidiano, das
linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, além
de introduzir questões no processo educacional. Os filmes, em alguns
casos, no pensamento dos alunos significa descanso e “ não aula” , o
que provoca uma alteração na postura, nas expectativas em relação ao
seu uso.
Além disso, podemos dizer que os filmes partem do concreto, do visível,
do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo,
com a pele -nos toca e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance
através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente.
No que se refere, a importância da linguagem, a fala aproxima o filme
do cotidiano, de como as pessoas se comunicam habitualmente. A partir
do filme temos vários estímulos: sensorial, visual, linguagem falada,
linguagem musical e escrita. O vídeo nos seduz, informa, entretém,
projeta em outras realidades (no imaginário) em outros tempos e
espaços.
Através da TV e do vídeo encontramos uma alternativa de nos
comunicar-se com a maioria dos nossos alunos. A lógica da narrativa
não se baseia necessariamente na causalidade, mas na contigüidade,
em colocar um pedaço de imagem ou história ao lado da outra. As
linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da
grande maioria da população. São muito dinâmicas, dirigem-se antes ao
sentimento, afetividade do que à razão propriamente dita.
O filme muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor
cenários desconhecidos dos alunos. Um filme traz para a sala de aula
realidades distantes dos alunos, como por exemplo a Amazônia ou a
África, a Europa. Muitas vezes mostra determinado assunto, de forma
direta ou indireta. Isto facilita o trabalho do professor e dos alunos.
Cabreira(1999) diz que:

o cinema, visto filosoficamente, é a construção do que


chamarei conceitos _ imagem, um tipo de "Conceito
visual" estruturalmente diferente dos conceitos
tradicionais utilizados pela filosofia escrita, a quem
chamarei aqui de conceitos- idéia.(p. 20)

O autor quando conceitua o conceito _ imagem, faz encaminhamentos


pois ele não pretende dar uma resposta fechada. Um conceito _
imagem é uma linguagem instauradora que precisa passar por uma
experiência para ser plenamente consolidada, isto significa "Utilizar as
imagens, fazendo coisas a partir das mesmas". Para que possamos
fazer filosofia com o filme, é necessário entender que há uma idéia ou
um conceito que o filme pretende apresentar ou transmitir pela imagem
em movimento. Também os conceitos _ imagem muitas vezes fazem
afirmações com pretensões de verdade e de universalidade.
Segundo Cabreira(1999, p. 24)

[...] os conceitos _ imagem requerem tempo


cinematográfico para que sejam desenvolvidos. Por serem
experienciais, eles são fundamentalmente um
desenvolvimento temporal... precisam de um certo tempo
para se desenvolver por completo. A rigor, só o filme
inteiro é um conceito _ imagem, mesmo quando unidades
menores podem ser _ e são, sem dúvida- conceituais.

Os conceitos _ imagem podem ser desenvolvidos em um nível ultra-


abstrato. Com isso o cinema usa a abstração para mostrar uma
determinada idéia, por exemplo a fragilidade da existência humana.
Esse conceito mundo _ imagem não representam categorias estéticas (o
bom ou ruim, belo ou feio). segundo o Cabreira " O conteúdo filosófico
_ crítico e problemátizador de um filme é processado através de
imagens que têm um efeito emocional esclarecedor ".
O cinema faz transparecer a plenitude da experiência vivida, tempos e
movimentos reais, apresenta também técnicas cinematográficas que
possuem muitas vezes um grande poder cognitivo que se apresenta no
conceito _ imagem.

a técnica cinematográfica possibilita a instauração da


experiência logopática e seu tipo peculiar de verdade e
universalidade, assim como sua articulação _ também
peculiar _ entre o literal e o metafórico. Através desta
técnica são gerados os conceitos _ imagem, e eles são
inseparáveis da mesma. (Cabreira. 1999, p. 32)

Os conceitos _ imagem oferecem soluções lógicas, epistemicas e


moralmente abertas e problemáticas. O cinema pode servir para abrir o
que parecia aceito e estabilizado. A logopatia serve para problematizar
o controle, o estético, o regular, o divino, etc.
[...] a imagem nos apresenta, impositivamente, um
sentido,uma possibilidade. Mas o sentido de uma imagem,
como o sentido de uma proposição, é anterior à sua
verdadeira ou falsidade. O componente pático da imagem
"abre" uma esfera de sentido, nos obriga a considerar o
que não tínhamos considerado, nos obriga, por exemplo,
a sentir o que é estar numa guerra... A logopatia é da
ordem do sentido, não da verdade. ( Cabreira. 1999, p.
40,41)

Também observamos que atualmente os filmes considerados como


"Infantis", com histórias infantis estão mostrando questões e problemas
que são próprios do século 21. Alguns exemplos de filmes como:
Nemo,Os sem floresta, Sherek I e II, Madagascar, A fuga das galinhas,
etc. Fazem com que os telespectadores observem a vida e o cotidiano
com suas diferenças, e falam principalmente sobre amizade,
intolerância, respeito, amor, etc. trabalham também no sentido de
mostrar questões referentes a estética, política, moral, liberdade e etc.
Em geral formulamos para os alunos questões sobre determinado filme
que são: história que é contada (reconstrução da história); como é
contada essa história; modelo de sociedade apresentado, etc.
Como resultado podemos dizer que os alunos são críticos em relação ao
que assistem, as imagens contribuem para a busca do real (visualizam
o real) nos filmes. Além de que, após assistirem o vídeo e debaterem,
são convidados a fazer uma produção textual sobre o mesmo.

Algumas propostas de filmes

1. ASSASSINOS POR NATUREZA

A partir dos filmes podemos fazer várias leituras filosóficas e suas


representações, ligando assim os conceitos filosóficos a historia do filme
propriamente ditos. Um exemplo citado por Cabreira é o filme
“ASSASSINOS POR NATUREZA”, de Oliver Stone, que consegue abordar
o tema nietzscheano da naturalização dos valores de uma maneira
situacional, muito melhor fundada e mergulhada na coisa mesma do
que muitos tratados sobre Nietzsche. “Se filosofar admite ser concebido
como um tipo de captação do real através de uma linguagem de
imagens, sem imposições intelectualistas e sem a obrigação de ater-se
a uma dada tradição (de Tales a Rorty), o cinema e a literatura podem
ser filosóficos”.

2. O SORRISO DA MONALISA

Julia Roberts, vencedora de um Oscar da Academia (Erin


Brockovich,2000), em O Sorriso de Mona Lisa, é uma professora de
História de Arte que, em 1953, no pós-guerra, inicia a carreira em
Wellesley College, um conservador colégio feminino de elite. Katherine
(Julia Roberts) defende a emancipação da mulher e tem grandes planos
para as suas brilhantes alunas. Mas com todo o peso do ambiente que
as rodeia, conseguirá esta professora cativar as alunas com as suas
ideias liberais? Num mundo que delimitou a estas raparigas rígidas
regras sobre como viver, Katherine vai tentar ensiná-las a pensar por
elas próprias e é através das dificuldades das suas alunas em encontrar
o seu caminho, que ela irá também aprender a descobrir novas
alternativas para a sua vida. O Sorriso de Mona Lisa é um filme
divertido e encantador, sobre uma professora com muito para ensinar
sobre a vida e muito para aprender sobre o amor.

3. O NOME DA ROSA (The Name of the Rose, ALE/FRA/ITA 1986)

Este filme é sobre estranhas mortes que começam a ocorrer num


mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média,
onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O
mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges têm
acesso às publicações sacras e profanas.A Baixa Idade Média (século XI
ao XV) é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do
capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem assim, nesse período,
transformações na esfera econômica (crescimento do comércio
monetário), social (projeção da burguesia e sua aliança com o rei),
política (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis
absolutistas) e até religiosas.
Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em
Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os
séculos XV e XVI. O renascimento, enquanto movimento cultural,
resgatou da antiguidade greco-romana os valores antropocêntricos e
racionais, que adaptados ao período, entraram em choque com o
teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja. A
chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de
investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes,
resultando na instalação do tribunal da santa inquisição.

4. CÉU DE OUTUBRO

No final dos anos 50, o adolescente Homer Hickam (Jake Gyllenhaal)


vive em uma cidade onde a mineração é a maior empregadora local. Ao
saber que os russos colocaram o satélite Sputnik em órbita, Homer
começa a sonhar em também colocar um foguete seu em órbita. Logo
ele convence alguns amigos a participarem do projeto e, com o apoio
de uma professora, dá início ao projeto que irá mudar sua vida para
sempre.

5. SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Um filme que ganhou o Oscar de melhor roteiro original, escrito por.


Tom Schullman.O ano em que se passe a historia é 1958. O filme
apresenta dilemas e dramas de alguns estudantes. Entre algumas
questões está a de um estudante precisa confrontar um pai autoritário
para conseguir fazer o que deseja.
O filme também mostra leitura de poesias com conteúdo de forte apelo
emocional e crítico, que em alguns momentos os estudantes recitam e
parecem assumir com intensidade uma identidade. O filme sugere que
os jovens devem transformar a sua vida.

6. O CLUBE DO IMPERADOR

O filme retrata a vida de uma escola onde os alunos que freqüentam


são a nata da sociedade americana, filhos de gente muito rica e
importante. É nesse ambiente, cujos alicerces são a tradição, que
leciona um professor _ um apaixonado pela história antiga _ que dá
aulas onde a emoção e a alegria estão sempre presentes.
Em meio a alguns acontecimentos um aluno começa a “incomodar”,
este é filho de um respeitado senador. Essa batalha de egos e vontades
irá durar mais de 25 anos.

7. OS INCRIVEIS

Este filme conta à estória de uma família de ex-super-heróis, que


precisam ajustar-se à nova realidade. Atualmente, eles vivem como
pessoas comuns, possuem uma vida normal com três filhos. Precisam
controlar seus superpoderes para parecerem "Normais”. No entanto
alguns acontecimentos fazem com que essa família volte a usar seus
superpoderes.

BIBLIOGRAFIA

[1] ARANHA, M. E MARTINS, M. Temas de filosofia. S P. Editora


moderna, 2005
[2] CABREIRA, Julio. O cinema pensa uma introdução à filosofia através
dos filmes. RJ.Editora Rocco, 1999.
[3] http://www.unb.br/ih/fil/cabrera/portugues/cinema.htm
[4] http://www.rocco.com.br/shopping/exibirlivro.asp?Livro_ID=85-
325-2023-5#inicio

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