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‘01042022 20:14 UNINTER FUNDAMENTOS DA PRATICA PROFISSIONAL EM ARTES VISUAIS AULA 1 ‘01042022 20:14 UNINTER Prof. Alysson Siqueira CONVERSA INICIAL O texto desta aula traz como tema central a formacao do artista visual. Assim, serao abordados desde dados histéricos até assuntos atrelados 4 pratica profissional do dia a dia do artista visual. O objetivo & promover uma discussao sobre a formacao do artista visual. Para isso, sugerimos a leitura dos tépicos que seguem. Bons estudos. TEMA 1 — HISTORICO DAS INSTITUIGOES DE FORMACAO EM ARTES VISUAIS NO BRASIL: ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES Vale destacar, em um primeiro momento, que como espaso institucional de formacao artistica superior no Brasil, a Academia Imperial de Belas Artes teve grande destaque, por ter sido o primeiro espaco para esse fim. Segundo Cortelazzo (2004), 0 surgimento da Academia Imperial de Belas Artes acontece no mesmo momento em que o Brasil passava por grandes mudangas. Desde a chegada da corte portuguesa em 1808, liderados por Dom Joao VI (Figura 1), muitos outros acontecimentos trouxeram mudangas para o cotidiano da populacdo, como a criagéo da Caixa Econémica Federal e do Banco do Brasil (Figura 2), até mesmo a criagdo da Biblioteca Nacional e do Jardim Botanico. Figura 1 - Dom Joao VI hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! ana ‘01042022 20:14 UNINTER Créditos: Stockphotosart/Shutterstock. Figura 2 - Caixa Econémica Federal e do Banco do Brasil Créditos: Brenda Rocha/Shutterstock. © padrao artistico da época no Brasil girava em torno da produgao barroca. No entanto, Lebreton escreveu o seu pensamento sobre a base que deveria preponderar sobre a educacao na Academia Imperial de Belas Artes: Sendo a ciéncia do desenho a base da arte, os que melhor e de modo mais geral ensinem a desenhar serdo os mais iteis & escola, sobretudo em pintura, escultura, gravura e oficios que se ligam ao luxo, A pratica de pintar com cores, de modelar e de esculpir com argila ou com matérias hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! 34 orvosrz022 20:14 unin duras, s6 se alcanca posteriormente e deve ser considerada secundaria, pois nao é dada sem principios basicos. (Lebreton, 1959, p. 294) Pode-se notar na fala de Lebreton que o aprendizado do desenho era, em sua opinido, a base para a formagdo artistica para o profissional da época, que em ultima instdncia, cumpria a funcao da producao do luxo, De acordo com Lima (1994), houve uma influéncia dos estrangeiros, passou-se a gostar do produto vindo de fora e a cultura acompanhou este modismo. A vida na corte europeia viria a servir de modelo para o Brasil daquele momento. Sobretudo, a cultura francesa passou a servir de modelo, inclusive para o curriculo instituido na Academia Imperial de Belas Artes. Ainda segundo a autora, os primeiros professores da Academia Imperial de Belas Artes eram artistas de renomado conhecimento e de consolidada carreira profissional, sendo que muitos haviam participado de sales e grandes exposig6es em territério francés © curriculo seguido na Academia Imperial de Belas Artes acompanhava os moldes das demais academias de belas artes europeias da época. Segundo Cortelazzo (2009), o curriculo obedecia as seguintes etapas (Quadro 1). Quadro 1 — As aulas da Academia Imperial de Belas Artes Nessa classe, a escultura em marmore era a mais valorizada. Os alunos deveriam apresentar conhecimento prévio em desenho linear, desenho de figuras e desenho de moldagens, e, obrigatoriamente, frequentar as Aula de aulas de osteologia, miologia e modelo vivo, nos iltimos anos do curso, com os professores de desenho, Escultura pinture e escultura. € possivel perceber que, para o bom desenvolvimento dos trabalhos de esculturas, era com necessério que os alunos conhecessem a técnica de execucdo sobre o material a ser esculpido e, também, se Galeria de “ " empenhassem em estudos das esculturas cléssicas, através de desenhos e esbocos e, para @ melhor Estatuas compreensao de suas obras, a pesquisa sobre a histéria da mitologia que envolvia os deuses e herdis gregos a serem trabalhados, (Cortelazzo, 2008, p. 22) 0 género de pintura histérica foi considerado mais importante a ser estudado nas academias, uma vez que Aula de inclufa temas religiosos, alegorias, mitologia, acontecimentos histéricos antigos e contemporéneos, que Pintura enalteciam a nacéo. O aluno deveria ter amplo conhecimento da histéria antiga e da literatura, ser um Historica | conhecedor de seu tempo, capaz de representar em suas telas temas que emocionassem o espectador e trouxessem consigo conceitos de moralidade, patrictismo e ética, (Cortelazzo, 2009, p. 58) Aulade | Dentro da hierarquia académica, a pintura de paisagens era considerada um género de menor valor, pois, Pintura de | _normalmente, destinava-se & decoragao de casas ou como fundo das grandes telas de pintura historica hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! ana orvo4s2022 20:14 unin Paisagem | Embora fosse aconselhavel o estudo ao ar livre, os alunos praticavam através de cépias de estampas e de quadros da colegio da academia, Somente durante a Repilblica aquela pratica foi realizada. 0 aluno que se dedicasse a esse género deveria ter nogées de botanica, frequentar por um ano as aulas de desenho de figuras e de moldagens e, no titimo ano do curso, as aulas de modelo vivo. (Cortelazzo, 2009, p. 106 e 109) © curso de arquitetura deveria ser realizado em cinco anos e preconizava conhecimento prévio de um ano ara estudos de desenho linear e de figuras, geometria descitva, geometria elementar e desenho de Aula de P 3 9 8 moldagens. As disciplinas obrigatérias, como osteologia, miologia e modelo vivo, deveriam ser cursadas em Arquitetura dols anos. A partir dessas aulas basicas, 0 aluno desenvolveria projetos na area escolhida. (Cortelazzo, 2009, p. 119 e 120) Seria dificil abordar separadamente essas salas de aula, pois o dominio do desenho era indispensavel e requisito fundamental para todas as reas de estudo na academia, Assim, as classes de desenho elementar ¢ desenho de moldagens — gesso — deveriam ser frequentadas no primeiro ano de qualquer que fosse a area Aula de escolhida pelo aluno, juntamente com as aulas de modelo vivo, no ultima ano, pois necessitavam que os Desenho | alunos conhecessem as técnicas jé estucladas e tivessem dominio da perspectiva e do desenho do corpo (Gesso) | humano. As aulas de modelo vivo, que demonstravam um nivel mais elevado do conhecimento, uma vez que ‘Aula de | colocavam em evidéncia o aprendizado das aulas anteriores, eram revezadas entre os professores das areas de Desenho | pintura histérica, escultura e arquitetura. Os modelos utilizados nas aulas eram réplicas de pinturas, estampas Elementar |e trabalhos dos préprios professores. Através desses modelos, os alunos eram incentivados a imité-los, para Aula de adquitirem conhecimento e, também, para aprenderem a desenhar conforme os grandes artistas da Modelo | Antiguidade e do Renascimento. Segundo as ideias da academia, a imitagao nao significava necessariamente Vivo | copiar um modelo. A imitaao implicava remodelar a estética da imagem em estudo. Porém, para que 0 aluno cchegasse ao ponto esperado, era necessério que treinasse seu desenho, primeiramente, através de c6pias de desenhos dos professores e dos modelos classicos para, em seguida, aplicar seus conhecimentos de maneira a superar 0 original. (Cortelazzo, 2009, p. 142 ¢ 143) Como € possivel perceber, os principios classicos imperavam na concepsao de curriculo da Academia de Imperial de Belas Artes. Com a vinda da Primeira Reptiblica, o curriculo de formagéo do artista sofreu algumas alteraces, como veremos a seguir. TEMA 2 — HISTORICO DAS INSTITUIGOES DE FORMAGAO EM ARTES VISUAIS NO BRASIL: ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES De acordo com Valle (2007), nos anos finais da Academia Imperial de Belas Artes, o poder monérquico estava enfraquecido. Com isso, o imperador diminuiu 0 seu apoio cultura, Houve menos exposicdes subsidiadas pelo governo, assim como o custeio de estudos no exterior, fornecido como premiagao aos vencedores de salées oficiais de belas artes foram reduzidos. Deve-se acrescer a hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! 54 orvosrz022 20:14 unin esses entraves o fato de muitos dos professores da Academia Imperial de Belas Artes estarem ausentes em capacitagdes na Europa. Em meio a esse contexto, a Academia Imperial de Belas Artes passou a sofrer criticas e com a chegada da Repti a, surge em 1890 uma revolugéo no ensino da instituicdo, que passou a se chamar Escola Nacional de Belas Artes. Todavia, foram intimeros os problemas enfrentados pelos professores da Escola Nacional de Belas Artes, como relata Dazzi (2017, p. 178): Uma das primeiras dificuldades enfrentadas pelos professores da Escola Nacional de Belas Artes foi a falta de material para as aulas, Este, que pode parecer um problema banal, aos professores da Escola se caracterizava como um entrave, Como estabelecer uma escola moderna de arte, do modo que pretendia a Reforma de 1890, se nao havia sequer material adequado para o andamento das aulas? Provavelmente, esta tenha sido a primeira decepcio dos professores recém-nomeados & stados, que comecaram a atuar na instituiggo em 1891 diferentes momentos, os professores reclamaram do eximio material com que contavam para as suas aulas, material esse 1ndo disponivel no Brasil, tendo de ser encomendado da Europa, Como é possivel perceber na fala da autora, com a vinda da reptiblica e com a falta de incentivos, recursos minimos para a produgao artistica faltavam na escola recém-formada. Isso mostra as dificuldades enfrentadas pelos professores que tinham anseios de mudancas. Talvez as principais mudancas que a Escola Nacional de Belas Artes tenha sofrido ocorrera em sua estrutura de formacao discente, como explica Dazzi (2017, p. 81) AA principal mudanca nos novos Estatutos de 1890 foi a seriagio obrigatéria do ensino € a maior rigidez na cobranga de significativo preparo dos alunos antes de eles terem acesso aos cursos. especiais de pintura e escultura. Apés a reforma de 1890, o ensino ficou dividido em duas etapas: a primeira era 0 Curso Preparatério, obrigatério, com duragéo de trés anos e constitulde por 12 dlisciplinas encadeadas, teéricas e praticas, Da sua conclusdo dependia a ida aos ateliés do Curso Especial, dividido em pintura, escultura, gravura e arquitetura, Disciplinas obrigatérias a partir dos Estatutos de 1890, podiam néo ser cursadas na antiga Academia, como & 0 caso de desenho figurado, obrigatério durante os trés anos do Curso Preparatério. Como se verifica a Escola Nacional de Belas Artes, altera a sua estrutura curricular e acabou por tornar mais seletivo o ensino e, consequentemente, sua concluséo. Passou a existir uma etapa de preparatério para 0 ingresso efetivo na escola como se verifica hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! ana ‘01042022 20:14 © curso geral parecia ter uma fungao especifica no contexto da ENBA: como esta recebia alunos a partir de quinze, 0 que parecia colocé-la fora da érbita dos cursos superiores tradicionais, 0 curso geral desempenhava o papel de “um curso secundario artstico, especifico para a preparago do estudante ao ingresso em dos cursos praticos da Escola [., estes sim, equiparados pela faixa etaria aos superiores. (Valle, 2007, p. 56) Ainda, 0 autor esquematiza como funcionava a estrutura curricular na formagao do artista na Escola Nacional de Belas Artes (Figura 3). UNINTER Figura 3 - Estrutura curricular do artista na Escola Nacional de Belas Artes CURSO GERAL ‘CURSO ESPECIAL 40 Anno 20Anno |] 30 Anno 40 Anno 20 Anno 30 Anno [Historia natural |[Physicae | [Historia das | [Anatomiae _||Pintura Pintura [chimica lartes Physologa Mytholegia _|[Archeologiae ||Perspecivae ||artitcas [Etnogrephia_||sombras [Desento linear |/Geomeria | |Elementos de |[Desenho de [Descriptva |architectura _||modelo vivo ldecorativa e ldesenno letermentar de lornatos Desento [Desento Desenho figurado figurado igurado Assim, a estrutura curricular era pensada de forma seriada e hierarquizada. A linguagem do desenho passou a fazer parte de uma etapa de preparacao, servindo de espinha dorsal para a formagao do artista. Mesmo assim, a formacao ainda era engessada e muito parecida com os moldes das academias europeias. Foi apenas com o surgimento de novas instituicdes culturais que esse Fonte: Valle, 2007. sistema académico de ensino foi alterado, como veremos em seguida. TEMA 3 — HISTORICO DAS INSTITUIGOES DE FORMAGAO EM ARTES VISUAIS NO BRASIL - INSTITUCIONALIZAGAO DE PROCESSOS CULTURAIS hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! orvosrz022 20:14 unin A partir de 2010, a Lei n. 12.343, que aprovou o Plano Nacional de Cultura, passou a garantir a liberdade de expressao, criagio e fruigdo. Dessa maneira, o artista tem o direito assegurado por lei de poder se expressar de maneira livre, assim como pode contemplar qualquer tipo de arte. A mesma lei ainda assegura a diversidade cultural e 0 respeito aos direitos humanos, além do direito a informagao, & comunicacao e & critica cultural. Com esses pontos assegurados, todas as pessoas passam a ter o direito a arte e a a cultura, assim como & comunicacao cultural. Esse ponto é de suma importancia, pois abre espacos para projetos de acessibilidade e planejamento cultural em museus e centros culturais. Abre-se um espaco a mais para os profissionais das artes visuais. Contudo, acaba por exigir do artista uma formacao capaz de assegurar os pontos mencionados na lei As memérias e as tradigées, assim como a responsabilidade socioambiental, também estado presentes dentro das discussées do Plano Nacional de Cultura. O propulsor cultural é 0 desenvolvimento sustentavel, atrelado aos valores humanos. Um ponte que pode ainda ser destacado € que passa a existir uma colaboracao entre agentes plblicos e provados no desenvolvimento da economia que esté ao entorno da cultura. Assim, de acordo com Brasil (2010): © Plano Nacional de Cultura (PNC) & um conjunto de principios, objetivos, diretrizes, estratégias, ages e metas que orientam 0 poder piiblico na formulagao de politicas culturais. Previsto no art 215 da Constituicéo Federal, o Plano foi criado pela Lei n. 12.343, de 2 de dezembro de 2010. Seu objetivo & orientar o desenvolvimento de programas, projetos e aces culturais que garantam a valorizagao, 0 reconhecimen’ a promogao e a preservacao da diversidade cultural existente no Brasil Além do Plano Nacional de Cultura, existe a Fundagao Nacional das Artes (Funarte), que é uma fundacao atrelada ao Ministério da Cidadania. As acées da Funarte acontecem em toda a faixa territorial brasileira em prol do fomento a produgao de mtsica, danca, circo, teatro e artes visuais. A Funarte tem por objetivo estimular a capacitagéo de artistas, técnicos e produtores; a producao, pratica, desenvolvimento e divulgacao das artes; 0 fomento da pesquisa; precaucao e cuidado com a meméria e formagao de publico para artes no Brasil hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! ana ovoaz022 20:14 UnITER Nesse sentido, o artista pode utilizar dos beneficios dos programas da Funarte, pois essa fundacao concede bolsas e prémios que mantém programas de circulagao de artistas e bens culturais com oficinas, publicagao de livros, recuperacao de acervos e consultoria Além disso, 0 Ministério da Cultura (Min), criado em 1985 a partir do Decreto n. 91.144, do presidente José Sarney, é responsavel pelas letras, artes, folclore e culturas diversas, além do patriménio histérico, arqueolégico, artistico e cultural brasileiro. O foco esta no fomento cultural, além da ampliagdo e o acesso a cultura, o que, por sua vez, fortalece e estimula a economia criativa que acaba por trazer desenvolvimento para diversas regides do pais. Um dos grandes incentivos @ cultura acaba acontecendo por meio da Lei Rouanet, que possibilita a empresas e pessoas fisicas destinarem parte dos seus impostos de renda, para subsidiar projetos culturais. © MinC seleciona projetos culturais que, uma vez aprovades, permitem aos seus proponentes que captem o incentivo cultural por meio da rentincia fiscal. Assim, o autor, proponente do projeto, deve conter resumo, objetivos e justificativa. Além disso, deve possuir um orcamento, detalhamento das etapas de execucao, ficha técnica e demais requisitos. Além disso, 0 proponente deve providenciar todos os documentos solicitados e a inscri¢ao da proposta no Sistema de Apoio as Leis de Incentivo a Cultura, Todos esses drgaos ¢ leis podem favorecer os artistas visuais. Todavia, cabe ao professional das artes visuais submeter projetos e, se necessario, fazer ajustes que viabilizem a proposta. Na sequéncia, veremos alguns dos elementos que podem ocorrer na formacao do artista visual no século XXI. TEMA 4 — FORMAGAO EM ARTES VISUAIS NO SECULO XxXI: DIRETRIZES CURRICULARES DOS CURSOS SUPERIORES EM ARTES VISUAIS No nivel superior, um dos documentos que regulamenta cursos superiores de Licenciatura ou Bacharelado em Artes Visuais é a Diretriz Curricular de 2009. Esse documento tem como propésito ser uma referéncia para o perfil do egresso, de forma tal que possa servir como balizador de sua capacitacéo quanto a producao, a pesquisa, a critica e ao ensino da arte. hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! ona 1042022 20:14 unin Um dos objetivos principais é oportunizar o desenvolvimento da percepcao e reflexao do futuro egresso em Artes Visuais. Assim, busca-se privilegiar 0 pensamento reflexivo, sensivel e artistico quanto as técnicas e procedimentos metodolégicos tradicionais e experimentais. A estética é a grande geratriz nesse documento. Busca-se, com seu aprendizado, fomentar que o estudante consiga perceber as intimeras escolas, estilos e movimentos, além das intimeras manifestaces artisticas, Todos esses quesitos sio indispensaveis para formagao do estudante em Artes Visuais, assim como para a sua preparacao para o mundo profissional Algumas competéncias ¢ habilidades so esperadas de um curso em Arte Visuais, tais como: Art. 4° O curso de graduagao em Artes Visuals deve possibiltar a formacio profissional que revele, pelo menos, as seguintes competéncias e habilidades para’ I = interagir com as manifestagées culturais da sociedade na qual se situa, demonstrando sensibilidade e exceléncia na criaco, transmissio e recepcio do fendmeno visual, I~ desenvolver pesquisa cientifica © tecnolégica em Artes Visuais, objetivando a criagio, a compreensao, a difusdo e o desenvolvimento da cultura visual, IIL - atuar, de forma significativa, nas manifestagdes da cultura visual, instituidas ou emergentes; IV- atuar nos diferentes espacos culturais, especialmente em articulago com instituigBes de ensino especifico de Artes Visuais; V - estimular ctiagdes visuais e sua divulgagdo como manifestagdo do potencial artistico, objetivando 0 aprimoramento da sensibilidade estética dos diversos atores sociais. (Brasil, 2009, p. 2) E ainda Art. 11. Os cursos de graduagdo em Artes Visuais na modalidade Licenciatura, que visam a formacéo de docentes, deverso observar as normas especificas relacionadas com essa modalidade de oferta. (Brasil, 2009, p. 3) Assim, 0 estudante podera reunir o material de seu aprendizado em um curso superior e montar um portfélio, como um cartao de visitas de sua producao, como veremos adiante. TEMA 5 — PORTFOLIO PROFISSIONAL O porttéli pode ser considerado como uma espécie de identidade do artista. Uma espécie de cartao de visitas. Segundo Araujo (2018, p. 36), hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! 1014 1roar2029 20:14 UnITER A carrera portféio & uma representacio visual de habilidades, conhecimento e potencial, A palavra portfolio vem da palavra latina portare, que significa transportar, ¢ a palavra folium, que significa documento ou artefato, O portfdlio é uma colegio de documentos que representam eventos de sua vida e evidéncias de seu potencial mediante reaizagées comprovadas e documentadas que criam credibilidade, E uma espécie de documento completo que traz informagées para curadores, criticos, galeristas, colecionadores, marchants e jornalistas especializados em arte. No portfélio profissional, o artista retine imagens e textos sobre o seu trabalho. Um exemplo pode ser visto na Figura 4. Para um artista profissional, a etapa de construcao de um portfélio é muito importante em sua formacao. Figura 4 — Portfélio profissional Créditos: O.DARKA/Shutterstock. Quando um artista propde um projeto de exposicao, tenta uma residéncia artistica ou submete um projeto cultural, esse documento pode ser o balizador para uma deciso daqueles que o julgarao. © portfolio acaba por contar a trajetéria do artista. © portfélio deve ser capaz de apresentar a producao do artista para alguém que nao 0 conhece € que, portanto, necessita do maior ntimero pos: el de informagées. hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! na orvosrz022 20:14 unin Para isso, torna-se importante que, em um primeiro momento, o artista saiba apresentar a conceituacao de seu trabalho. £ a conceituacao prévia, que o fara selecionar as obras que comporao. 0 documento. Nesse tipo de documento, o artista pode optar por diversas estruturas de organizacao. Nao ha uma forma correta para se organizar um portfélio. Todavia, o portfdlio deve ser capaz de comunicar a poética do artista da melhor maneira possivel. Boas fotos, textos bem escritos e fundamentados podem ajudar. Caso 0 artista trabalhe com a linguagem da pintura deve ficar atento 8 qualidade das fotografias de seus trabalhos. As imagens devem ser suficientemente boas a ponto de reproduzir texturas e tonalidades, além de mostrar, pelo menos em parte, toda a presenca pictérica das obras. © portfélio pode ser util em selegdes de prémios ou editais, pois, em ocasides como essas, existem muitos artistas disputando a premiacéo ou a aprovacéo de um projeto e os membros do juri tendem a nao possuir muito tempo disponivel — eis que este documento pode auxiliar. Ao organizar o trabalho, o artista deve ser sintético na apresentacéo do portfélio, de forma que mostre os dados de sua pesquisa artistica. Uma pagina com uma imagem da obra ou duas, com uma ficha técnica e um pequeno texto explicativo ja poderd ser util para o comeco do portfélio. A elaboragéo do portfolio poderd ser de grande valia para a proposicao de exposicées com veremos a seguir. Os artistas contemporaneos tém varias formas de expor seus trabalhos. Geralmente, existem dois tipos de exposicao, aquelas tidas como individuais e as coletivas. As exposigées individuais tendem a ser apresentacdes de apenas um artista. Seus trabalhos, em geral, so expostos em galerias, museus, centros culturais ou mesmo em lugares alternativos. As exposigdes coletivas podem reunir trabalhos de varios artistas em mostras, salées ou apresentagdes de trabalhos organizadas pelos proprios artistas em espacos oficiais ou nao. O artista sempre pode aprender com exposicdes, pois pode verificar como o piiblico reage & uma produgao especifica. Com os dados de repercussao da exposicao, o artista pode ver se atingiu ou no os seus objetos. hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! yaa 1042022 20:14 UNINTER NA PRATICA Vamos elaborar um portfolio profissional? Tomando como base os contetidos que aprendemos nesta aula, vamos iniciar, passo a passo, a producao de um portfélio profissional Mesmo que de inicio vocé ainda no saiba a qual instituicao ou edital poderé submeter 0 seu portfélio, comece agora a reunir seus trabalhos. Tire fotos de quadros, gravuras, desenhos, esculturas ou ainda retina a documentacao de videos ¢ instalagées que tenha produzido. Quem sabe agora ou no futuro voce possa concretizé-lo? FINALIZANDO Nesta aula, aprendemos sobre * Histérico das instituigées de formacao em Artes Visuais no Brasil: Academia Imperial de Belas Artes; * Histérico das instituigées de formagao em Artes Visuais no Brasil: Escola Nacional de Belas Artes; ‘* Histérico das instituigses de formacéo em Artes Visuais no Brasil: institucionalizagéo de processos culturais; * Formagao em Artes Visuais no século XXI: diretrizes curriculares dos cursos superiores em Artes Visuais; * Portfélio profissional. Espera-se, contudo, que o estudante consiga estabelecer relagées entre a parte tedrica eo contetido vivenciado na pratica. REFERENCIAS ARAUJO, J. A. et al. Carreiras simultaneas: a conciliacdo entre uma carreira tradicional e uma carreira artistica. 2018. hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! 1314 orvosrz022 20:14 UNINTER BRASIL. Decreto n. 12.343, de 2 de dezembro de 2010. Plano Nacional de Cultura (PNC), Brasilia, DF, mar. 2010. Resolucao n. 1, de 16 de janeiro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Artes Visuais, Brasilia, DF, jan. 2009. CORTELAZZO, P. R. et al. O ensino do desenho na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro e 0 acervo do Museu D. Joao VI:(1826-1851). 2004. Um dia de aulas na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro-entre 1826 e 1851. 2009. DAZZI, C. Pér em pratica a reforma da antiga Academia: dificuldades enfrentadas pela Escola Nacional de Belas Artes (1891-1895). Visual lades, (S.J, v. 15, n. 1, 2017 LEBRETON. Manuscrito Inédito de Lebreton. Revista do Patriménio Histérico e Artistico Nacional, Rio de Janeiro, n. 14, p. 294, 1959. LIMA, V. A. E. et al. A Academia Imperial das Belas-Artes: um projeto politico para as artes no Brasil. 1994, VALLE, A. G. et al. A pintura da Escola Nacional de Belas Artes na 1* Reptblica (1890-1930): da formagao do artista aos seus modos estilisticos. Rio de Janeiro: UFRJ/EBA/PPGAV, 2007. hitpslunvitus.uninter comfavalwebiroa! ana

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