Sei sulla pagina 1di 56

Marcadores Tumorais

Oncogénese

O aparecimento de “cancro” é regulado pela acção


contraditória de:
• Oncogenes, que são genes que promovem o cresci-
mento celular, por activação ou alteração da sua
expressão

• Anti-oncogenes ou genes supressores de tumor, que


se envolvem na identificação e reparação do ADN
alterado
Marcadores Tumorais

Proto-oncogenes
As células normais possuem genes designados de proto-
oncogenes que podem ser transformados em onco-
genes quando são alvo de mecanismos de activação
como sejam:

• Integração de elementos virais nos genes celulares


• Mutações pontuais em determinadas zonas do ADN
• Translocações cromossómicas
• Amplificação do ADN
• Outros mecanismos
Marcadores Tumorais

Anti-oncogenes

Na divisão celular muito rápida ocorrem multiplicações a


nível do ADN que podem deixar defeitos que, não
sendo reparados, se vão perpetuar

Os anti-oncogenes, como por exemplo o p53, fazendo


parar a célula em determinada fase da sua divisão
permitem que mecanismos reparadores do ADN
possam actuar corrigindo as alterações cromossó-
micas, para que a célula se desenvolva sem qualquer
defeito
Marcadores Tumorais

Anti-oncogenes

O gene supressor nm23, parece ser responsável pela


capacidade invasiva e/ou metastática que alguns
tumores apresentam quando, por deleção ou
expressão reduzida, a sua acção não se exerce
convenientemente
Marcadores Tumorais

História
A proteína de Bence-Jones é considerada como sendo o 1º
marcador tumoral (MT)

De 1928 a 1963 foi-se percebendo que diversas hormonas,


enzimas, isoenzimas e proteínas eram MT

O seu uso para monitorização de “cancro” só se inicia com


a descoberta de AFP, em 1963 e de CEA, em 1965

O aparecimento de Acs monoclonais e de técnicas de imu-


noensaio, permitiram a descoberta de muitos MT que
incluem também Ags oncofetais e de grupos sanguí-
neos, carbohidratos, receptores e genes
Marcadores Tumorais
Definição
Marcador tumoral (MT) é toda a substância ou conjunto de
substâncias produzidas ou induzidas pelas células
malignas como sinal da existência de uma neoplasia

Podem encontrar-se no interior ou à superfície da célula


tumoral, surgindo também no soro, urina e outros
líquidos biológicos

Utilizam-se, na prática clínica, para:

» Ajudar a um diagnóstico
» Indicar o prognóstico
» Monitorizar a terapêutica
» Detectar recorrências / recidivas
Marcadores Tumorais
Classificação
Podem ser:

• Enzimas
• Hormonas
• Proteínas séricas
• Produtos de degradação proteica
• Produtos de metabolismo celular
• Antigénios
• Genes
Marcadores Tumorais

O marcador tumoral ideal deveria:

– Ter elevada especificidade


– Ter elevada sensibilidade
– Ser útil para triagem e diagnóstico precoce
– Ser produzido apenas pelo tumor
– Ser detectado apenas em presença de cancro
– Correlacionar-se bem com o estadio da massa
tumoral e com o prognóstico
– Ser específico de determinado órgão
Marcadores Tumorais

Futuro

Chips de ADN, que determinam as diferentes expressões


do mARN, começam a usar-se para despistar diferen-
ças genéticas entre células normais e tumorais e até
entre diferentes tumores

Técnicas de biologia molecular, que usam sondas de ácido


nucleico e Acs monoclonais têm vindo a ser desenvol-
vidas e já se pode usar ras oncogene, c-erb B-2 e
p53, como marcadores tumorais
Marcadores Tumorais

A Sociedade Internacional para o Onco-desenvolvimento


BioMédico define critérios de interpretação das alterações
dos valores dos MT

1. Sem qualquer terapêutica, considera-se haver recorrên-


cia se houver um crescimento linear em três análises
consecutivas

Os intervalos que podem ser de 3 meses, serão determinados


clinicamente e após um primeiro aumento podem ser
reduzidos para 2 ou 4 semanas
Marcadores Tumorais

2. Com terapêutica iniciada, a progressão da doença


define-se pelo aumento do nível do MT em pelo
menos 25%

Também aqui o intervalo de avaliação será determinado


pelo tipo de tumor e pela clínica
Marcadores Tumorais

3a. Uma diminuição de pelo menos 50% no nível do MT, é


indicador de remissão parcial

3b. Uma remissão completa não pode ser afirmada


apenas pelos níveis de MT, e se os seus valores
persistirem elevados, a decisão clínica de declarar
uma remissão total baseada em métodos convenc-
ionais, será sempre incorrecta a menos que se en-
contre explicação para os níveis elevados do MT
Marcadores Tumorais
Enzimas
ALP
Aumentos em:
– Lesões hepáticas ocupando espaço
Metástases de diversos tumores
– Infiltrados hepáticos
Leucémias, sarcomas, linfomas
– Presença de:
Isoenzima Kasahara, no tumor primitivo do fígado
Isoenzima Regan, em carcinomas do ovário
Isoenzima Nagao, nos seminomas do testículo
Marcadores Tumorais
Enzimas
CK

Como MT, interessam os aumentos de CK1:

Neos da próstata
pulmão (pequenas células )
mama
ovário
cólon
Marcadores Tumorais
Enzimas
LD

Encontra-se aumentada numa grande variedade de


situações:
Linfomas não-Hodgkin e leucémias agudas
Carcinomas da mama, cólon, estômago e pulmão
Seminomas, neuroblastomas

Os seus níveis mostram uma boa correlação com a massa


tumoral de tumores sólidos
A isoenzima LD-5 no LCR pode ser uma indicação precoce
de metástases a nível do SNC
Marcadores Tumorais
Enzimas
NSE (Enolase Neuro-Específica)

Valor de referência < 15 mg/L


A enolase é uma enzima glicolítica e a NSE é a forma de
enolase que se encontra no tecido neuronal e nas cé-
lulas do sistema neuroendócrino
É marcador de 1ª escolha para o carcinoma brônquico de
pequenas células (SCLC), mas também se encontra em
neuroblastoma, feocromocitoma, carcinóide, melanoma
e carcinoma medular da tiróide
Para o SCLC, NSE apresenta um sensibilidade de 80%,
uma especificidade de 80-90% e uma correlação
aceitável com o estadio da doença e a resposta à
quimioterapia
Marcadores Tumorais
Enzimas
Fosfatase ácida (ACP)
A ACP hidrolisa, de forma inespecífica, os ésteres de fosfato a pH
ácido
As maiores concentrações de actividade de ACP ocorrem:
. Fígado, baço e leite
. Medula óssea, eritrócitos e plaquetas
. Próstata
No homem, metade da ACP sérica é prostática e a restante é
proveniente do fígado e da desintegração das plaquetas e
dos GVs
Fisiologicamente há:
– Valores mais elevados durante o crescimento
– Aumentos discretos com a idade
– Um ritmo circadiano, com valores mais elevados entre as 09.00 e
as 15.00 h do dia
Marcadores Tumorais
Aumentos no soro:
ACP não prostática:
Doença de Paget
Hiperparatiroidismo com envolvimento do esqueleto
Metastização óssea ( carcinoma da mama)
Doenças de Gaucher e Niemann-Pick
Leucémia mielocítica
Tricoleucémia

ACP prostática (PAP):


Carcinoma da próstata
Enfarto prostático
Rotura de quisto prostático
Hipertrofia benigna da próstata
Prostatite
Após manipulaçãoprostática:(massagem,biópsia,cirurgia,cistoscopia)

Clinicamente deu lugar ao PSA


Marcadores Tumorais
Enzimas
PSA (Antigénio específico da próstata)

É uma glicoproteína produzida pelas células epiteliais dos


ácinos e ductos da glândula prostática e secretado,
por exocitose, no líquido seminal
Funcionalmente é uma serina protease da família das
calicreínas e actua clivando uma proteína específica
das vesículas seminais com o que contribui para o
processo de liquefação do esperma
Em circulação encontra-se sob 2 formas:
• Complexada com inibidores de proteases
– α1-antiquimotripsina (PSA-ACT) (>)
– α2-macroglobulina (PSA-A2M)*
• Livre (<)
Marcadores Tumorais
Enzimas
PSA
No homem, o cancro da próstata é a 2ª causa de morte
depois do cancro do pulmão
PSA é extremamente útil como MT de cancro da próstata,
para diagnóstico, prognóstico, detecção de recidiva e
monitorização de tratamento
Como é específico de tecido prostático, mas não de cancro
da próstata, eleva-se em situações benignas (HBP,
prostatite) e após manipulação
Devido a uma semi-vida relativamente longa, podem ser
necessárias 2 a 3 semanas para retornar a valores
basais
Para um valor cutoff de 4,0 μg/L, a sensibilidade do PSA é
de 78%
Marcadores Tumorais
Enzimas
PSA
Ajuste dos valores de referência em função da idade:

– 0 a 2,5 μg/L para homens dos 40 aos 49 anos


– 0 a 3,5 μg/L 50 aos 59 anos
– 0 a 4,5 μg/L 60 aos 69 anos
– 0 a 6.5 μg/L 70 aos 79 anos

Para valores entre 4,0 e 10,00 μg/L deve determinar-se


FPSA e estabelecer a razão FPSA/TPSA
Valores de PSA < 20,00 μg/L raramente se acompanham
de metástases ósseas
Valores de PSA > 50,00 μg/L regularmente indicam que o
tumor tem extensão extracapsular
Marcadores Tumorais
Enzimas
PSA
Em homens acima dos 50-55 anos, as determinações de
PSA devem ser complementadas com toque rectal
(TR), ecografia transrectal e cálculo da razão
TPSA/Volume (densidade de PSA)
Se:
↑ TPSA e TR positivos, fazer biópsia prostática
↑ TPSA, PSAD > 0.15 e TR normal, fazer biópsia prostática
TPSA normal, PSAD < 0.15 e TR normal, fazer controlo
anual
Se 1 mês após uma prostatectomia houver persistência de
níveis detectáveis de PSA, isso indica manutenção de
tumor residual
Marcadores Tumorais
Enzimas
hK2 (Calicreína glandular humana tipo 2)
É um novo MT, em tudo idêntico ao PSA
Tem a capacidade de converter a forma proenzimática do
PSA (pro-PSA) na sua forma enzimaticamente activa
Em caso de cancro da próstata:
• ↑ hK2
• ↑ PSA-ACT
• ↑ hK2 / FPSA
• ↓ FPSA
• ↓ FPSA / PSA-ACT
• ↓ PSA-A2M / TPSA
• ↑ Isoformas do FPSA, em que a PSA-B se relaciona
melhor com HBP
Marcadores Tumorais
Hormonas

Em situações de cancro, o aumento de hormonas pode


ocorrer por duas razões diferentes:

• Ou é o tecido endócrino, que normalmente produz a


hormona, que o faz em excesso

• Ou a hormona é produzida num local distante e por


um tecido não endócrino. Neste caso fala-se de sin-
droma ectópico
Marcadores Tumorais
Hormonas
ACTH (H. Adrenocorticotrópica)

É normalmente produzida na hipófise anterior

Valores > 200 ng/L sugerem produção ectópica como


acontece com o tumor de pequenas células do pulmão

Também aumenta em casos de neoplasias gástricas,


pancreáticas, do cólon e da mama

São conhecidos aumentos em situações benignas de


DPOC, HTA, obesidade, DM e stress

Utilidade discutível na monitorização terapêutica


Marcadores Tumorais
Hormonas
Calcitonina
Valores de referência (dependentes do método):
Mulheres < 17 µg/L (ng/ml)
Homens < 27 µg/L (ng/ml)
É segregada pelas células parafoliculares (células C) da
tiróide como resposta aos aumentos séricos de cálcio,
inibindo a sua libertação óssea
O seu aumento está normalmente associado ao carcinoma
medular da tiróide, que é de carácter familiar e autos-
sómico dominante
Útil na monitorização do tratamento, despiste de recor-
rências sendo correlacionável com o volume tumoral e
metastização
Marcadores Tumorais
Hormonas
Calcitonina

Aumentos esperados em:


Tumor carcinóide
Cancros do pulmão, mama, fígado e rim

E em situações não malignas de:


Doença pulmonar
Pancreatite
Hiperparatiroidismo
Anemia perniciosa
Gravidez
Marcadores Tumorais
Hormonas
Tiroglobulina
Valor de referência <27 µg/L (ng/ml)
(dependente do método)

É uma glicoproteína sintetizada pelo retículo endoplásmico


rugoso das células foliculares da tiróide e regulada
pela TSH
A sua utilização é de valor na monitorização pós cirúrgica,
porque depois da tiroidectomia os valores devem ser
indetectáveis
Tem por limitação as cerca de 15% de pessoas que pos-
suem Acs anti-tiroglobulina
Aumenta no último trimestre da gravidez e em doenças
benignas da tiróide
Marcadores Tumorais
Hormonas
hCG (Gonadotrofina coriónica humana)

É uma glicoproteína segregada pelas células sinciotro-


foblásticas da placenta normal e constituída por 2
sub-unidades polipeptídicas, α e β

– A sub-unidade α é comum à LH, FSH e TSH


– A sub-unidade β é-lhe específica

Útil como MT de tumores trofoblásticos gestacionais (mola


hidatiforme e coriocarcinoma) e de alguns testicula-
res, que não seminomas, em associação com AFP,
dando informações sobre a resposta ao tratamento,
persistência de doença residual, volume tumoral e
prognóstico
Marcadores Tumorais
Hormonas
hCG

O valor de referência para homem e mulher não grávida é


inferior à sensibilidade do método:

< 2 UI/L (mU/ml)

Suspeitar se o valor encontrado for superior ao esperado


para o tempo de gestação ou se persistir ou aumentar
para além do parto ou aborto

Valores > 400.00 UI/L apontam para insucesso terapêutico

Presença no LCR indica metástases a nível do SNC


Marcadores Tumorais
Proteínas
Incluem-se neste grupo as proteínas que não são enzimas,
nem hormonas e que não têm elevado conteúdo de CH
• β2 microglobulina – Mieloma múltiplo, Macroglobu-
linémia de Waldenstrom, LLC e Linfoma a células B
• Péptido C - Insulinoma
• Ferritina – Carcinomas do fígado, pulmão e mama
Leucémia
• Imunoglobulina – 95% dos Mieloma múltiplos cursam
com uma paraproteinémia monoclonal e associam-se
a proteinúria de Bence-Jones (cadeia leve de IgG
monoclonal na urina)
5% de adultos com mais de 75 anos apresentam banda
monclonal não maligna e sem Bence-Jones
Marcadores Tumorais
Antigénios Oncofetais

São proteínas que sendo largamente produzidas durante a


vida fetal reaparecem em circulação em indivíduos com
cancro devido à reactivação de genes como resultado da
transformação maligna das células

Os mais importantes são:


AFP (Alfa-fetoproteína)
CEA (Antigénio carcinoembrionário)
Marcadores Tumorais
Antigénios Oncofetais
AFP
É uma glicoproteína com uma composição muito idêntica à
da albumina
Valor de referência < 10 µg/L (ng/ml)
Valores de 10 a 20 µg/L podem indicar doença em início,
mas também se encontram em cirrose e hepatites
Valores de 100 µg/L parecem ser um nível de diferencia-
ção entre tumor primitivo e doença benigna
Valor > 200 µg/L aponta para carcinoma hepatocelular
Aumenta:
No 1º trimestre da gravidez com um pico de 300 µg/L
Situações de tirosinémia hereditária
Marcadores Tumorais
Antigénios Oncofetais
AFP
É usado na China e no Alasca como MT de rastreio de
carcinoma hepatocelular

É de utilizar em portadores crónicos de HVB e HVC pelo


risco elevado de poderem desenvolver hepatocar-
cinoma

Também dá indicações na hipótese de tumores testiculares


que não seminomas

Dá informações sobre a resposta ao tratamento, persis-


tência de doença residual, volume tumoral e pro-
gnóstico
Marcadores Tumorais
Antigénios Oncofetais
CEA
É uma glicoproteína presente na membrana citoplasmática
de muitas células glandulares
Valores de referência em adulto saudável:
Não fumador < 5 µg/L (ng/ml)
Fumador < 8 a 10 µg/L (ng/ml)
É um MT de largo espectro que aumenta na maioria das
neoplasia epiteliais:
pulmão, útero e mama (40%)
estômago e pâncreas (50%) e ovário (25%)
Aumenta em processos benignos de polipose intestinal,
colite ulcerosa, D. de Crohn, hepatopatias crónicas e
enfisema pulmonar
Marcadores Tumorais
Antigénios Oncofetais
CEA
Útil como MT de carcinoma colorectal (70%), especial-
mente na monitorização e prognóstico
Tem boa correlação com o desenvolvimento tumoral
(Classificações de Dukes ou TNM)
Eleva-se em 80-90% das disseminações metastáticas, com
um avanço de 5 meses sobre as manifestações
clínicas
Dadas as suas características de molécula de adesão
celular é capaz de facilitar a invasão e a metastização
Laparotomias exploradoras põem em evidência as
recidivas (90%)
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
Os carbohidratos relacionados com tumores, tanto podem
ser antigénios de superfície das células tumorais como
segregados por estas
O desenvolvimento de Acs monoclonais contra eles
trouxeram novos MT mais específicos do que aqueles
que são naturalmente segregados, como as enzimas
e as hormonas
Abreviam-se de CA para significar AG carbohidratado
São de 2 tipos:
– Tipo antigénio antiglicoproteína das mucinas
(CA125, CA15.3, CA549, CA27.29 e MCA)
– Tipo antigénio de grupo sanguíneo
(CA 19.9, CA19.5, CA 72.4, CA 50 e CA 242)
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 125
Valor de referência < 35 kU/L (ng/ml)
Está associado às neoplasias epiteliais pelo que é um bom
marcador de carcinomas do endométrio e ovário (mais
serosos que mucosos), com boa indicação prognóstica,
pelos valores que apresente tanto antes como após
cirurgia e como resposta à terapêutica instituída
Perante uma massa do ovário, dá ajuda sobre o tipo de
intervenção cirúrgica a executar
Anuncia com cerca de 3 a 4 meses de antecedência o
aparecimento de recorrências
Aumenta em situações de endometriose, insuficiência renal,
tuberculose e nas que envolvam o mesotélio
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 15.3
Valor de referência < 30 kU/L (ng/ml)
Não deve ser usado como MT para diagnóstico de cancro
da mama (só 23% de positivos)
Útil na monitorização da terapia e despiste de metastiza-
ção em que uma variação de pelo menos 25% já é
significativa
Aumenta noutras situações malignas que afectem o
pâncreas (80%), pulmão (71%), ovário (64%),
cólon (63%) e fígado (28%)
O mesmo para situações benignas do fígado (42%) e da
mama (16%)
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 549
Valor de referência < 13 kU/L (ng/ml)

Não deve ser usado como MT para diagnóstico de cancro


da mama
Útil na monitorização da terapia e despiste de metasti-
zação, embora possa nunca chegar a descer por
completo após a cirurgia
Também aumenta nas metastizações de carcinomas do
ovário (50%), próstata (40%) e pulmão (33%)
Observam-se pequenos aumentos na gravidez e doença
benigna da mama
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 27.29
Útil para a detecção de carcinoma da mama recorrente,
mesmo com quimioterapia em curso
Dois teste consecutivos com valores > 37.7 kU/L são
considerados positivos, visto que tem:

– Sensibilidade de 57.7%
– Especificidade de 97.9 %
– Valor preditivo positivo de 83.3 %
– Valor preditivo negativo de 92,6 %

Em termos de despistar o aparecimento de metástases, o


CA 27.29 e o CA 15.3 são clinicamente idênticos
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
MCA (Mucinous carcinoma associated antigen)

Valor de referência < 11 kU/L (ng/ml)

Melhor marcador para neoplasias de tipo mucoso, embora


só apresente 30% de positivos em estadios loco-
regionais

83% de positivos em disseminação metastática

Valores elevados em situações benignas, como o fibroa-


denoma
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 19.9
Foi identificado como um derivado siálico do grupo sanguí-
neo Lewis a
Valor de referência < 37 kU/L (ng/ml)
Não se expressa nos indivíduos Lewis a¯b¯ (cerca de 5%)
Aumenta nos tumores digestivos dos ductos pancreáticos
e biliares e dos epitélios gástrico, cólico, endometrial e
salivar
Útil para a monitorização dos carcinomas colorectal e
pancreático, mas pouco usado para o despiste precoce
Correlaciona-se bem com o estadiamento do tumor e ante-
cede de 1 a 7 meses a metastização
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 50

É um antigénio tumoral estruturalmente semelhante ao


CA19.9

Valor de referência < 37 kU/L (ng/ml)

Em tudo idêntico ao CA 19.9 no que respeita à especifi-


cidade e sensibilidade
Marcadores Tumorais
Marcadores carbohidratados
CA 72.4

É uma glucoproteína mucínica de elevado PM

Valor de referência < 6 kU/L (ng/ml)

É um bom MT para carcinoma gástrico, sendo superior ao


CEA e CA19.9 com que se pode complementar

Também se observam aumentos nos carcinomas colo-


rectal, do pulmão e do ovário

Apresenta pequenos aumentos em doenças hepáticas e


renais crónicas
Marcadores Tumorais
Cyfra 21.1
Valor de referência < 3.3 ng/ml

É um Ag tumoral identificado como componente da


citoqueratina 19

Tal como o CEA é um marcador de largo espectro para


carcinomas epiteliais, sendo marcador de eleição para
carcinoma do pulmão, particularmente sensível para o
de pequenas células

Apresenta valores falsos positivos em:


Doenças hepáticas (cirrose, hepatite)
Insuficiência renal
Processos pulmonares (infecciosos)
Marcadores Tumorais
Antigénio SCC
É um Ag que se associa aos carcinomas escamosos

Valor de referência < 2.75 ng/ml

É MT para neoplasias epidermóides do pulmão, laringe,


ânus e especialmente do cérvix relacionando-se com o
estadiamento da lesão

Útil na detecção precoce de recidivas e monitorização


terapêutica

Apresenta aumentos em:


Psoríase, pênfigo, eczemas
Pneumopatias e insuficiência renal
Marcadores Tumorais
Marcadores genéticos
Oncogenes

Mutações do gene ras e translocações do gene c-myc têm-


se encontrado em leucémias, linfomas, neuroblastomas
e carcinoma pulmonar de pequenas células

Também o oncogene bcl-2, que tem por função inibir a


apoptose, tem elevada expressão em linfomas, mielo-
mas e LMC
Marcadores Tumorais
Marcadores genéticos
Oncoproteína
O oncogene C-erb B-2, localizado no cromossoma 17
codifica uma proteína de membrana plasmática que
apresenta uma grande analogia com o receptor de
crescimento epidérmico
Em 30-35% dos carcinomas mamários e do ovário
detecta-se amplificação e sobre-expressão deste
oncogéne
No sangue é possível detectar parte dessa oncoproteína
induzida pelo oncogéne

Valor de referência < 15 U/ml


Marcadores Tumorais
Marcadores genéticos
Genes supressores

O gene supressor RB (retinoblastoma) foi o primeiro a ser


descoberto. A detecção de mutações em RB é útil
para determinar a susceptibilidade individual para
desenvolver a doença, nos casos da forma familiar

A possibilidade de detectar mutações no gene BRCA,


trouxe novos problemas de atitude quando se sabe
que uma mutação de BRCA1,implica que o seu por-
tador tem 85% de risco para desenvolver cancro da
mama e 45% de ter cancro do ovário, durante um
tempo de vida espectável de 85 anos
Marcadores Tumorais
Marcadores Tumorais
Carcinoma da mama

• Marcadores tumorais de 1ª escolha – CA 15.3


- MCA
• Marcador tumoral complementar – CEA

- Nenhum dos 3 é útil no despiste da doença


- CEA reflecte melhor a invasão axilar pelo que é
um factor de prognóstico insubstituível
- CA 15.3 e MCA reflectem melhor o tamanho do
tumor e a disseminação metastática
- Na monitorização pós-operatória e na detecção
precoce de recidivas e metástases utilizar sempre
o CEA e um dos outros (MCA ou CA 15.3)
Marcadores Tumorais
Carcinoma colorectal

• Marcador tumoral de 1ª escolha – CEA

- pouco útil no despiste precoce


- muito útil na monitorização
> terapêutica cirúrgica
< quimioterapia
- muito útil no prognóstico

• Marcador tumoral complementar – CA 19.9

- pouco útil no despiste precoce


- menos útil na monitorização do que o CEA
Marcadores Tumorais
Carcinoma hepatocelular

• Marcador tumoral de 1ª escolha – AFP


– útil como teste de despiste em todos os doentes de
risco

– útil no diagnóstico, podendo associar-se-lhe:

• CEA metástases hepáticas


• CA 19.9 colangiocarcinomas

- útil na monitorização
Marcadores Tumorais
Cancro do pulmão

1 . Tumor de pequenas células

• Marcadores tumorais de 1ª escolha – CEA + NSE


• Marcador tumoral complementar – Calcitonina

- no caso de produção ectópica de hormona

2. Adenocarcinoma

• Marcador tumoral de 1ª escolha – CEA

3. Carcinoma de células escamosas

• Marcador tumoral de 1ª escolha - SCC


Marcadores Tumorais
Sindromas paraneoplásicos

MT Exº Neoplasia S. Paraneoplásico

ACTH Carc. Broncogénico S. Cushing


ADH “ “ Hiponatrémia
TSH “ “, mama Hipertiroidismo
Insulina Hepatoma Hipoglicémia
PRL T. renal Galactorreia
GH Carcinóide do pulmão Acromegália
Renina Carc. Broncogénico HTA

Potrebbero piacerti anche