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JANEIRO 2008

Número 4
ANO: X

Tiragem:
300 Exemplares

Escola Secundária C/ 3º Ciclo do Fundão


O encerramento de mais um mês CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE
permite-nos reflectir sobre a ACONTECIMENTOS p.2
inevitabilidade da passagem do tempo.
Janeiro aproxima-se do fim e quase DESAFIOS NA BIBLIOTECA p.3
podemos sentir a chegada do Carnaval,
o que significa que as aprendizagens
são cada vez mais importantes por isso
as actividades da escola não param.
A Tecnologia aponta para o futuro
desafiando a Biblioteca. Fervilham
ideias que arrastam os alunos para a
produção de crónicas, poesia e outros
textos. A arte manifesta-se no teatro,
na busca de novos palcos e palavras
renovadas. A leitura é actualidade e
revela-se nos concursos.
Simultaneamente, a Matemática obtém
merecidos prémios enquanto uns
alunos se empenham na construção da CIDADANIA EUROPEIA NA ESCOLA p. 17
cidadania europeia e outros se PARLAMENTO DOS JOVENS 2008 p. 16
preparam para uma intervenção no
parlamento. A escola promove
AS ORIGENS DO FUTEBOL p.6-9
intercâmbios com alguns parceiros
locais. Há notícia de visitas de estudo a FUTSAL NO FEMININO p.27
paragens longínquas. Por cá, luta-se
contra o tabagismo e os seus CARPE MAT - ALUNA DA ESCOLA PREMIADA p.11
malefícios enquanto se discute a
aplicação da nova lei. CONCURSO NACIONAL DE LEITURA -1º FASE p.13
Numa época, onde é essencial
desenvolver o espírito crítico para estar GUPO HISTÉRICO - PROJECTO “PANOS
atento à realidade envolvente, a Palcos Novos Palavras Novas”. p. 13
mobilização dos jovens, dinamizando a
sua vida social e cultural, assume um ENTREVISTA AO PROFESSOR ANTÓNIO PEREIRA –
carácter urgente para que a acção da Coordenador do Grupo de Teatro p. 14 e 15
escola se revele produtiva.
Poderemos encarar o futuro com
AULA PRÁTICA DO PTAR NA ESCOLA
mais serenidade se pudermos contar
PROFISSIONAL DO FUNDÃO. p.17
com o empenho de todos e
investirmos nas nossas capacidades e
VISITA DE ESTUDO A ST. TIRSO, PORTO e VIGO p. 19
força de vontade.
Colaborem!
Contamos convosco! LITERATURA DE TRADIÇÃO ORAL p.21-24
Deolinda Gil
A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS p.24-27
CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS

1 - INTRODUÇÃO

Ora cá estamos caríssimos leitores, para mais um ano de vida


(alegrias & tristezas) – Depois de acabarmos o ano “velho” com um
merecido período de descanso, motivado pela interrupção dos
trabalhos escolares do Natal / Ano Novo, deveremos estar prontos
para reforçar o nosso trabalho, com vista a desenvolver os nossos
resultados. Força “pessoal”: Prá frente!

2 – AFINAL ONDE VAMOS ATERRAR?

A partir do fim do ano passado, andam a “massacrar” as nossas cabeças, com o “problema do novo
aeroporto na Ota, em Alcochete, etc…”.
Ele são estudos, feitos (mal feitos?!!) por reputados técnicos, ele são investimentos feitos, e por
fazer, ele são milhões de euros pagos, e a pagar, ele são indemnizações
exigidas por autarcas frustrados, por não virem a “cheirar, a deliciarem-se
com a vista e a música “das aeronaves, que, por opção (definitiva?) dos
ministros (e acompanhantes) lhes “fugiram” Não será também ideia a
apresentar, a construção do “futuro aeroporto em terrenos do meu “quintal”?
Ganhava a Beira Interior, e ganhava eu! Além do mais, os nossos leitores
deixavam de aturar este cronista, que mudaria de “profissão”, passando para a função gloriosa de
“controlador aéreo”.

3 – OUTRAS “COISAS”
Temos um país “muito saudável”, não sendo necessárias tantas unidades de
saúde, e, sendo assim, o governo, poupando “nos tostões”, como lhe compete,
está a fechar os numerosos serviços de urgências hospitalares por todo o país.
NOTA: veja-se o caso de Anadia, Fundão, etc, etc…
Moral de tanto “esforço governamental”: está em vias de extinção em
Portugal, uma espécie “incómoda”, que é a dos “doentes”.

–“ Haja Deus”! Os pais da pequena Esmeralda, (lembram-se?) viram as sanções “justiceiras” reduzidas, e a
menina ainda não foi entregue ao senhor Baltazar, seu pai biológico. Aguardemos…

4- CONCLUSÃO
E por agora, é tudo amigos! O artigo é um pouco mais curto porque aqui, o
vosso cronista teve um problema de saúde e precisa de consultar os médicos,
porque, como humano, também está sujeito a fazer uma “revisão” aos
“motores”, e a utilizar os nossos serviços de saúde,

Até ao próximo número do nosso “Olho Vivo”. Até lá, bom trabalho e
saúde,

Escola Secundária do Fundão, 20 de Janeiro de 2008-01-20


Fernando José Abreu Dinis Vieira

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Desafios na Biblioteca
Por José Pina

No futuro, como será?

Há 40 anos o herói das artificial à vida colectiva. Matrix tem como tema
séries televisiva chamava- a luta do ser humano, por volta do ano de 2200,
se Maxwell Smart e para se livrar do domínio das máquinas que
estava ao serviço de uma evoluíram após o advento da inteligência artificial.
organização secreta, a Fantasia ou antevisão do futuro?
C.O.N.T.R.O.L. Há cerca de um mês Bill Gates anunciou que se
Max [Olho Vivo, assim era irá dedicar à fundação humanitária que criou em
conhecido o agente secreto], conjunto com a sua mulher, Melinda Gates. O
tinha à sua disposição um vasto anúncio coincidiu com a inauguração da feira
conjunto de equipamentos Consumer Electronics Show, a maior feira
altamente sofisticados, o último mundial de electrónica dedicada aos
grito em tecnologia de ponta. Mas entre eles um consumidores. Simultaneamente deixou a sua
era, verdadeiramente, especial: um telefone sem antevisão acerca do que o futuro digital nos
fios devidamente camuflado no sapato!.. reserva para os próximos anos: evolução
Bastava rodar o salto do sapato e o sistema ficava tecnológica assente em mais rapidez, simbiose
operacional. entre internet e e vídeo de alta definição, mais
Na altura uma verdadeira fantasia. Inacreditável! simplicidade no uso dos equipamentos, acesso
Alguns anos mais tarde a série de ficção científica: aos nossos dados onde quer que estejamos e a
Star Trek – A Caminho das Estrelas – tinha como qualquer momento!..
imagem de marca o teletransporte. Não havia Basicamente o que Bill Gates fez foi anunciar
episódio em que um ou vários tripulantes da nave uma nova revolução digital.
não fossem teletransportados para um planeta ou Não passou mais de uma semana e alguns
para uma outra nave recorrendo ao transportador, noticiários televisivos apresentaram pequenas
máquina a bordo da nave. peças sobre o que se via no cinema da década de
Esta máquina era uma plataforma que usava uma sessenta e apresentado como o futuro em
onda transportadora para transmitir os átomos e tecnologia.
moléculas de cada passageiro, para um lugar Ideias bizarras como escolher a partir do conforto
determinado. Assistia-se ao desaparecimento da do lar, num monitor plano e com um simples
tripulação e ao seu reaparecimento, alguns toque, os produtos a comprar no mercado e o
instantes depois, no local desejado. Uma pagamento dos mesmos com uma transferência
verdadeira clonagem biodigital. Os corpos eram electrónica sem recurso ao dinheiro-papel!
copiados e recriados. Passaram apenas 40 anos!
Pesquisas independentes na Áustria, Austrália e E amanhã, como será?
Dinamarca têm revelado pequenos passos no Deixamos-te o repto de imaginar situações que
desenvolvimento de equipamentos de poderão acontecer no futuro e que queiras
teletransporte. Os resultados ainda são partilhar connosco, mais tarde, no blogue da
rudimentares e, por exemplo, em Camberra, biblioteca onde reproduziremos este pequeno
Austrália, cientistas conseguiram realizar o texto. O endereço é o seguinte:
teletransporte de um feixe L.A.S.E.R. com dados http://www.becre-esfundao.blogspot.com/
codificados que primeiro desapareceram e depois E antes mesmo de Vos desejar boas leituras
reapareceram replicados a um metro de distância. deixamos esta sugestão: Admirável Mundo Novo,
Larry e Andy Wachowski, em Matrix, expuseram de Aldous Huxley. Livro de ficção científica que
as suas inquietações ao imaginarem uma narra um hipotético futuro onde as pessoas são
tecnologia capaz de fabricar realidades e condicionadas biologica e psicologicamente a
desenvolver a extremos as potencialidades viver numa sociedade organizada por castas…
humanas e, por isso, imprimir um carácter Boas leituras.

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CONTOS

Sarilhos em África (continuação)


Um dos homens viu Lilian deitada no as esperanças se tinham quase desvanecido, ele
chão. Estava muito pálida e a deitar espuma da lembrou-se de uma receita que a bisavó dele lhe
boca. tinha ensinado há muito tempo atrás. Essa receita
Todos ficaram muito preocupados. Lilian servia para fazer um remédio com produtos
estava de olhos abertos, mas parecia que não via naturais para travar o alastramento do veneno. O
nada. À volta daquela confusão toda, só havia marido dela foi procurar folhas de várias árvores,
árvores altíssimas, arvoredos e animais de cujo nome se desconhece, mas que ele conseguiu
pequeno porte. A cidade mais perto do monte identificar perfeitamente. Com uma pedra, bateu
Kilimanjaro, era a cidade de Marangu, uma cidade no monte de folhas até fazer uma espécie de
pequena por onde os turistas passavam quando líquido. Deu o líquido branco a Lilian e ela como
queriam ir escalar o monte Kilimanjaro, por magia, começou a pestanejar os olhos e,
conhecido por ser o mais alto de toda a África. gradualmente, todos os músculos do corpo se
Não deveria ter hospitais muito especializados, foram movendo. Quando já se podia mover por
nem muito eficientes, mas pelo menos poderiam completo, começou a levantar-se e a dar voltas.
olhar por Lilian, que cada vez piorava mais. O Olhava para tudo quanto era sítio, e passados
problema é que a equipa não sabia onde estava, alguns minutos, perguntava coisas estranhas.
estavam perdidos no meio daquela floresta densa, Parecia que ela não sabia quem era e o que estava
desconhecida e obscura. O sol começava a ali a fazer. Será que o veneno do insecto
esconder-se por detrás das árvores, o azul claro provocava amnésia? Ou será que era só por agora,
do céu ficava mais escuro. Estava a anoitecer e os enquanto o efeito do medicamento natural não
homens da equipa de Lilian ainda não sabiam o passava? Seriam efeitos secundários?
que haviam de fazer. A noite já ia alta, e os homens não sabiam
No outro lado da floresta, muito para onde levar Lilian. Não havia acampamento,
confortável, James Black, fazia uma grande festa. não havia nada. Estavam completamente
Ainda não sabia o que estava a acontecer com a desprotegidos. Andaram e andaram. No meio da
sua prima, mas este homem fazia festas por tudo floresta, avistaram uma pequena casa, feita de
e por nada. Brindava ao faz de conta com grandes madeira e quase a cair. Esperançados, os homens
sorrisos encontrados pelo álcool. À volta de uma começaram a andar até à modesta casa. ...
grande fogueira, dançavam e cantavam.
O estado de saúde de Lilian Parker 8º A (2006/2007)
agravava-se. O seu marido desesperava, e quando

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A uma amiga
Mulher

Mulher jovem, um ser estranho É desobediente e autoritária


Com qualidades e defeitos Uma fiel amiga que
Apesar de opostos estão em harmonia Não deixa um amigo
Quando ele está triste e sozinho
É de ideias fixas
Precipitada e teimosa Uma mana galinha vigilante,
Quando quer Mas protectora maternal distraída
Ajudar um amigo. É sincera, simpática e bonita.
Janeiro 2008, Rui Guterres

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CONTOS

Um roupeiro misterioso

Durante o jogo Rita passou por provas os até outra ilha. Estavam cansados e com muita
perigosas, mas ardilosamente conseguiu ganhar e sede. Decidiram então explorar a ilha, à procura
tirar o irmão do jogo. de algo que os ajudasse.
No fim do jogo, o André elogiou a Rita Andaram durante muito, muito tempo, até
dizendo-lhe que era uma grande jogadora e que encontrarem uma árvore estranha. Era de altura
graças a ela estava cá fora. Subitamente foram média e tinha vários objectos pendurados: uma
transportados para outra divisão, desta vez com bússola; uma corda, uma vara, uma capa, um
duas portas. No lado direito estava a porta verde, copo e uma mensagem. A mensagem dizia que
do lado esquerdo estava a porta azul. Como cada teriam de escolher o objecto mais importante.
um já havia escolhido uma porta desta vez Ficaram espantados sem saberem o que escolher,
decidiram chegar a acordo e só depois escolherem os dois queriam um objecto diferente. O André
uma porta. Os dois irmãos decidiram escolher a ficou imóvel e pensativo, observando a sua irmã.
azul. Quando entram deparam-se com uma Chamou-a e conversou com ela. A escolha teria
belíssima e desconhecida praia paradisíaca. de ser do consenso de ambos e teria de ser um
Exploraram a praia e não viram nenhuma alma objecto útil. Após várias horas, decidiram optar
viva, só areia e um pequeno barco. pela corda e continuaram a sua
Depois de muito caminharem, já com os viagem…Andaram, andaram até que foram dar a
pés doridos, Rita pediu para descansar. André um enorme abismo. Com a ajuda da corda,
continuou em pé, andando de um lado para o conseguiram atravessar o abismo de uma ponta à
outro, pensando numa maneira de sair dali. Rita outra. Não foi preciso andarem muito, para
estava demasiada estafada para pensar e sentou-se chegarem a uma lagoa.
numa pedra. Quando chegaram à lagoa, uma luz muito
André subitamente lembrou-se que tinham branca apareceu diante deles, era uma fada
passado por um pequeno barco, e decidiram ir pequenininha, que lhes disse: «Se acertardes esta
procurá-lo novamente. Ao fim de meia hora pergunta podereis pedir um único desejo, e esse
encontraram-no, era pequeno, desconfortável e desejo tem que ser sincero e puro, se errardes a
só tinha um único remo, mas parecia flutuar bem. pergunta tereis que ficar aqui e servir o meu amo!
Havia um grande problema: tinham fome e não Aceitais este acordo?». O André e a Rita
tinham comida, mas para a Rita isso não foi um concordaram logo, e a fada voltou a falar logo
problema, pois tinha reparado que à frente da sem demoras: «Muito bem! Como se chamava o
praia havia umas grandes árvores de bananas, livro que o velho homem lia?». A Rita e o André
cocos e toranjas; assim antes de partirem, eles pensaram, pensaram e resmungaram um com o
foram buscar alguns frutos e fizeram-se ao mar. outro, e de repente a Rita decidiu arriscar e disse
Era difícil navegar um barco com um só «O Livro da Vida?», a fada sorriu-lhe e disse-lhe
remo, pois por vezes o barco andava em círculos. «Agora podeis pedir o vosso desejo!». O André
O mar ficou agitado e Rita começou a ficar com abraçou a Rita de felicidade e os dois disseram
medo. Uma enorme onda passou por cima deles e que queriam regressar a casa, mas a fada disse-
o barco foi ao fundo. A Rita e o André estavam lhes que ainda não era tempo de voltarem, a sua
apavorados porque a maré estava forte, e de missão não estava terminada, e mandou-os para a
repente a água começou a sugá-los. Aterrados, Terra da Felicidade. Eles acordaram numa gruta,
mas sem perderem a cabeça, começaram a pensar que mais parecia um labirinto sem saída, pois
como sair dali. Pediram a divina ajuda do Tempo, havia muitos túneis, estava escuro e não havia
mas desta vez fizeram-no sem qualquer tipo de lanternas. E agora por qual dos túneis deveriam
interesse, com o coração puro. Quando pensavam eles seguir viagem?
que tudo estava perdido, uma grande onda levou-

8º B (2006/2007)

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AS ORIGENS DO FUTEBOL

A título de esclarecimento:
AS ORIGENS DO FUTEBOL, é um trabalho de pesquisa que, a partir deste mês e até ao fim do ano
lectivo, irá ser mensalmente publicado no Jornal da Escola “Olho Vivo”, e é fruto de vinte anos de prática
de futebol federado e de quinze como treinador e ainda de uma grande paixão por esta modalidade. A
única pretensão que subsiste na sua publicação é que este trabalho possa ser um contributo, embora
modesto, para a disciplina de Educação Física e, porque não, proporcionar alguns momentos de boa
disposição no intervalo dos estudos.
Certo de que irão gostar e de que não se arrependerão dos minutos dedicados à sua leitura, convido
toda a comunidade estudantil, a partir de hoje mesmo, a deliciar-se com a prosa das primeiras páginas.
Sempre à disposição para qualquer esclarecimento, o autor e responsável pelo trabalho, é o professor
de História,
António Madeira

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por Independentemente das Outra finalidade deste


objectivo principal arrancar à dúvidas que continuam a trabalho é ainda mostrar que,
História do Futebol Universal suscitar se o futebol se jogou apesar dos primeiros chutos
um pouco das suas origens e pela primeira vez, em se terem dado em 1888, até
mostrar algumas das Portugal, em Cascais ou na 1902 o futebol, em Portugal,
peripécias por que passou ao Camacha (Ilha da Madeira), o viveu em “pré-história”.
longo de milhares de anos até que importa realçar é que, no Catorze anos de misterioso
entrar em Portugal. ano da graça de 1888, no hiato, que só o Ultimato
Assim, iremos arrancá-lo primeiro ensaio em Cascais, o justifica. Todavia, o futebol
das cavernas e seguir os seus ambiente era de alta estirpe, organizou-se (criação da Liga,
passos até ser recebido pelos apropriado à exibição de das Associações e, mais tarde,
súbditos de Sua Majestade, na gentis-homens, entre os quais da Federação) e lançou-se,
velha Albion e, seguidamente, os vultos da fidalguia, imparável, no caminho do
realçar, tanto quanto o espaço naturalmente cansados de ver futuro. Em 1910, eram já
nos permitir, a sua introdução as bailarinas do S. Carlos, da incontáveis os clubes - alguns
no nosso país. excitação das touradas e da ainda exóticos, como, por
Uma vez introduzido monotonia do Passeio exemplo, o Royal, clube do
em Portugal na década de 80 Público. café dos intelectuais no Cais
do séc. XIX, por Guilherme E foi assim que do Sodré, rival do Martinho,
Pinto Basto, no Continente, e começou a desenvolver-se o do Rossio e da Trindade. Ali
por Hany Hilton, na Madeira, futebol ... Surgem os clubes se juntavam Trindade Coelho,
o futebol deparou-se com pioneiros, Lisbonense, Jaime Cortesão, Leonardo
sérios obstáculos, entre eles, Ginásio, Carcavelos, CIF e Coimbra, Camilo Pessanha ...
sobressaem um grave Casa Pia. Mais tarde, na Provar como uma bola
problema político (o Ultimato primeira década do nosso mágica consegue transformar
Inglês) e a imensa falta de século, aparecem os futuros o futebol numa religião, amada
espaço para a construção dos grandes clubes, resultante da por milhões e milhões de fiéis,
seus campos desportivos (a fusão ou eliminação, mais ou é o desafio a que nos
construção da Praça de menos turbulentas, dos propomos.
Touros do Campo Pequeno), pioneiros.
que quase o feriram de morte.

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I – AS ORIGENS REMOTAS DO FUTEBOL

Uma das modalidades número de jogadores, tendo em introduzindo, todavia, algumas


desportivas que desde a sua conta as dimensões do campo, variantes, tais como: a
origem mais simpatias granjeou e, divididos em duas equipas com denominação, já que eles
por isso, mais multidões arrastou igual número de participantes. chamavam a esse tipo de
foi, sem dúvida, o futebol. Com menos poesia, os desporto semelhante ao futebol,
Mas para entendermos bem a sua chineses no séc. IV a.C., durante HARPASTUM; aumentaram o
magnificência, é preciso arrancar a dinastia dos HAN, praticavam tamanho da "bola" quase para o
das entranhas da História a um jogo chamado TSU-CHU actual; e como naqueles tempos
génese deste apaixonante jogo e, que, fruto do comércio daqueles remotos valia tanto o uso dos pés
ainda que se saiba tempos se estenderam pelo como das mãos para arremessar a
antecipadamente a resposta à sudoeste asiático, chegando à "bola", para que estas fossem
pergunta - Quem inventou o futebol? África, onde as tribos berberes se protegidas e aquela melhor
-, os ingleses, especialmente apropriaram dele e, com o nome impulsionada, introduziram uma
precisam de saber que os primórdios de KOURA, se dedicaram a uma espécie de funda em couro
do jogo em si são já do tempo do diversão de similares chamada FOLLIS.
“Homem das Cavernas”: Segundo o características. Mais tarde, cerca da
espanhol Ricardo Hernandez, Mas as primeiras notícias primeira década da nossa Era, no
“As investigações realizadas a este concretas temo-las dos gregos, tempo do Imperador Octávio
respeito, a referência mais antiga que que se divertiam com um jogo César Augusto, os encontros
possuímos é a que nos faz um sábio chamado ENIOXOPUS que na pareciam mais aptos para gente
arqueólogo, cujo nome lamentamos não sua mecânica tinha certa ociosa que para aguerridos
recordar, o qual nos assegura muito similitude com o futebol actual legionários e a sua prática como
seriamente que um jogo muito parecido pois, tal como os japoneses e exercício estimulante das milícias
com o futebol já se praticava na época chineses, o objectivo principal do caiu em desuso, ainda que os seus
dos trogloditas” 1). seu desporto era a posse da bola, homens, estimulados pelo gozo
Segundo esta afirmação, já que a equipa que terminasse o da sua prática, nunca se
poder-se-à dizer, sem grandes encontro com ela em seu poder esquecessem de transportar nas
receios de errar, que desde a era a virtual vencedora. suas mochilas as bexigas inchadas
aparição do homem na Terra, A participação de jogadores era ou "bolas" e fossem derramando,
este teve logo a tendência a dar maciça e os encontros duravam junto com a glória do seu
pontapés, e em especial às coisas até haver luz solar. Império, a semente deste jogo
redondas. Os gregos introduziram a pelas nações conquistadas.
Saindo das cavernas, o delimitação do campo com duas A semente foi germinando
homem jamais quis abandonar tal linhas de cabeceira separadas e os Bretões e Picardos ao
forma de actividade. E hoje entre si de cerca de cem metros utilizarem este atraente jogo
muito pouca gente tem a e, embora tivessem outra linha mudaram-lhe o nome para
verdadeira consciência de que mil divisória no meio do campo, CHOLLE, depois para
anos a.C. os japoneses onde colocavam a bola ao COULLE e finalmente para
praticavam um jogo muito similar começar o encontro, os seus SOULE, não sem que antes
ao futebol nuns campos de forma rectângulos de jogo não tinham tivessem que lutar com alguns
rectangular, quase quadrados, de linhas laterais. grupos que pretendiam chamar-
dimensões muito variadas que Posteriormente, são os lhe MELLE e outros
iam desde os onze metros (10.97) romanos os que de modo BARETTE. O nome era o
de largura até aos 25 metros de semelhante a tantas outras coisas menos, mas estas discussões
comprimento. Bastante curioso da nossa actual cultura, recebem indicam que havia paixão pelo
era o tipo de balizas utilizado: a dos gregos o encanto dos jogo e assim podemos assegurar
NO do campo tinham um desportos e transferem para que o FUTEBOL, ao ser
pinheiro, a SO uma cerejeira e a Roma os jogos, que logo as suas designado com este nome, já se
SE um salgueiro. As regras eram legiões se encarregaram de encontrava radicado em território
respeitadas por um numeroso espalhar por todo o Império francês.

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Pouco a pouco se foi futebol se torna mais extensa e, OVER COUNTRY. E ainda
difundindo por toda a Europa por sua vez, mais erudita. que ambas tivessem contidas as
coeva recebendo diversas Acrescente-se, contudo, e concessões escocesas de
denominações segundo as antecipadamente, que ainda não é delimitação das balizas, com dois
características das diferentes desta feita que a velha Albion paus separados cerca de um
línguas, e pequenas modificações consegue travar a seus pés o metro, foi a segunda a que mais
se foram introduzindo no jogo, futebol primitivo. Ele vagueia vingou e, na ânsia de participar o
fundamentalmente, sobre o ainda, não se sabe como, por maior e, na ânsia de participar o
número de jogadores, o tamanho entre as tribos nativas Filipinas e maior número possível de
dos campos e a duração dos as Maoris, bem como nas ilhas jogadores, realizavam os seus
encontros. do Faroé e da Polinésia. Também encontros nas grandes e verdes
Tudo na vida é feito de há quem assegure que os planícies das suas campinas,
avanços e recuos e na História do espanhóis encontraram já estes chegando a participar povos
Futebol dá-se em determinado jogos nos aborígenes americanos inteiros sem outras limitações
período, uma estagnação na quando chegaram às suas terras. que não fossem as balizas. O
prática dos jogos com bola, Mas como durante séculos tudo tempo limite do jogo era dado
embora as fontes provem que permaneceu obscuro, as distintas peta luz do dia: começava ao
esta não foi abandonada. “Se teorias, ao fim e ao cabo, não romper da alva e só findava
folhearmos a História da Bélgica deixam de ser mais do que isso, quando o sol fechava o seu
verificamos que um jogo a que eles teorias. imenso olho, ganhando a equipa
chamavam de SOVIC fazia parte do Os britânicos, considerados que tivesse ficado com a posse da
cartaz das comemorações da sua por muitos como mais "bola", isto é, da pneumática
independência. E na Itália do séc. chauvinistas, também não se bexiga, aquando da buzinadela do
XIII, concretamente na Florença, esquecem de lembrar a todo o "árbitro", homem recrutado entre
organizavam uma grande festa no dia Mundo que há mais de 2.000 os campesinos e que,
de S. João em que as equipas eram anos já se praticava um futebol provavelmente a cavalo, tratava
formadas por 27 (!!!) elementos cada primitivo na Irlanda. Julgo de pôr ordem àquela perfeita
uma e equipadas com diferentes cores. devermos ter alguma prudência desordem.
Eram os poderosos Bianchi e os em acreditar nesta afirmação tão Com o andar dos tempos,
Rossi a disputar naquela tarde a imperativa e acreditar sim tais encontros foram originando
posse da bexiga para a fazer passar naquela que nos conta que as rivalidades e, pese embora os
por entre duas bandeirolas situadas em legiões romanas quando esforços do SQUIRE (o tal
lados opostos da Piazza de la chegaram às Ilhas Britânicas senhor árbitro), não raras vezes,
Signoria” 2). transmitiram aos seus habitantes terminavam em autênticas
Tinha nascido aí o célebre o HARPASTUM, que, à batalhas campais, o que fez com
"cálcio" - designação ainda hoje semelhança de outros povos, que a nobreza se começasse a
atribuída ao campeonato italiano imediatamente agarraram a apartar deste tipo de jogos.
-, todavia, apesar de se ter oportunidade e começaram a Uma lenda de tradição
praticado tal tipo de jogo durante praticá-lo, para muitos séculos inglesa, algo macabra por certo,
séculos, os historiadores desta depois acontecer o mesmo com assegura que no condado de
matéria são unânimes em os galeses mas já com a Chester, alguns anos depois dos
reconhecer que o futebol não designação de KNAPPAN. Os "Daneses" abandonarem a
teve como berço a Itália. ingleses no ano de 820, durante o Inglaterra em cerca de 1060, uns
Façamos agora alusão ao reinado de Egberto, já tinham camponeses que estavam a lavrar
BOLOTE, directo herdeiro do dividido em duas variantes o que o que tinha sido um antigo
FOLLIS dos romanos, que se herdaram dos romanos: uma campo de batalha, descobriram,
praticou em Espanha e que este seguindo paralela a evolução que por casualidade, uma cabeça
pais divulgou pelas suas colónias na Bretanha Francesa chamavam humana separada do tronco e por
no séc. XVI, por forma a de HURLING TO THE um certo sinal que esta teria,
prepararmos a entrada na GOALS e outra muito mais decidiram considerá-la de um
Inglaterra, onde a história deste violenta na qual valia tudo, que "danês", ao que um deles, como
jogo que hoje tem o nome de denominavam de HURLING

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prova de "carinho" e em certo admitir-se ter perdido em descobri-la, todavia podemos
"agradecimento" pela dominação espectacularidade, não é menos considerá-la a verdadeira mãe
sofrida durante um quarto de verdade ter ganho em adoptiva, preceptora
século, começou a dar-lhe comodidade e divertimento, irrepreensível e difusora
pontapés ante o regozijo dos seus agora, para todos. É caso para nos infatigável daquele que hoje é o
companheiros, que rapidamente interrogarmos: seria o primeiro desporto das massas
abandonaram as ferramentas de passo do FOOTBALL (populacionais e de cifrões) em
trabalho para imitar o seu colega ASSOCIATION? E foi assim, qualquer parte do Mundo.
desferindo violentos pontapés à tal como relata a lenda, que numa No século XIV as origens
improvisada bola de futebol, terça-feira de carnaval começou violentas do futebol ainda eram
levando-a de um lado para o na Inglaterra o futebol, antes bem cultivadas na velha Albion. E
outro e cada um conservando-a chamado "pontapeando a foi por isso que, em 1314,
na sua posse o mais tempo cabeça do danês", e que Eduardo II não teve outra
possível. A notícia, diz a lenda, posteriormente se divulgou por alternativa senão proibir a prática
espalhou-se como um relâmpago DERBY e por LONDRES. de tal jogo devido aos escândalos
e foram muitos os camponeses A primeira menção histórica e acidentes a que dava lugar.
que com as suas próprias mãos a essa terça-feira de carnaval está Proibição que não deve ter tido
escavaram a terra em busca de incerta na História de Londres, grandes efeitos, pois 50 anos mais
mais "bolas" daquelas. Mas como onde o seu autor, Williams tarde, em 1365, Eduardo III teve
naqueles tempos a maioria dos Fitzstemhen, alude a um "jogo de igualmente de se impor sobre
"jogadores" iam descalços - bola" que tradicionalmente se novos desmandos lembrando à
excepção para os meninos nobres, celebra nesse dia, ainda que sem juventude que o melhor seria
aristocratas e burgueses, claro - o citar o seu nome e dando a sua dedicar-se à prática do tiro com
"jogo" foi perdendo praticantes à origem como remota mas arco, tão necessária naqueles
medida em que os pés iam desconhecida. tempos.
inflamando, até que um deles, o No século XII, o "futebol Novamente Ricardo II se
mais imaginativo, ou quiçá o mais selvagem", cansado de ser viu obrigado a legislar contra tal
queixoso, lhe ocorreu revestir a espezinhado por esse planeta fora, jogo, e são claras as referências à
caveira de uma bexiga de vaca e quedou-se na velha Albion para grande violência e perigosidade
insuflar-lhe ar dos seus já ser civilizado. Mas não é a mãe que ele adquiriu durante o reinado
cansados pulmões. O "jogo" foi biológica, porque essa, dos Stuarts - estarão aqui as raízes
retomado pouco depois e se é provavelmente, será muito difícil do holliganismo?

1) COROADO - HERNANDEZ, Ricardo – La Pequeña Gran Historia del Futbol (Y de los Campeonatos
Mundiales). Editora Mundis, S.A., Madrid, 1978, p. 5.
2) COROADO - HERNANDEZ, Ricardo - Ob. cit., p. 8.

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RELATIVIDADE PERCURSO DO AMOR


A vida é algo relativo Veio devagarinho,
Mas o que fazemos dela é algo significativo. Por uma estrada torta.
Os amigos são algo relativo Finalmente chegou quentinho,
Mas o que fazemos deles é algo significativo. Este amor que me bate à porta.
O amor é algo relativo
Mas o que fazemos dele é algo significativo.
No final tudo é relativo Nuno Davide, 11ºCT1
Mas nada é significativo.

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A VIDA NO CÉU
Era meia-noite. A Lua estava mais sei porquê mas chamam a esse fenómeno « eclipse».
brilhante do que nunca, pousada no céu preto e Assim, o dia fica escuro. Mas só até à
parecia contar uma historia as estrelas que lhe reconciliação entre ambos o que, até hoje, sempre
faziam companhia. sucedeu.
A Brisa, curiosa como sempre, fazia A Estrela Polar tem a mania de dizer que
acrobacias dignas para passar pelo céu e apanhar a Lua, um dia, se mudará de vez para outra galáxia.
bocadinhos de histórias que a Lua ia papagueando e, Talvez a Andromeda, que é a que fica mais perto da
de seguida, punha-se a sonhar. Via Láctea.
Já o vento, que adorava meter-se com a No fundo, até era isso que a Estrela Polar
filha Brisa, quando via a Lua tão concentrada a falar queria, para poder ir com a Lua. Há anos que
com as estrelas, soprava-as para longe, na esperança sonha deixar de ser o centro das atenções de
de que a Lua tivesse um pouquinho de tempo para quem esta cá em baixo a querer saber onde fica o
ele. Por acaso, não aconteceu naquela noite pois a Norte.
mulher do vento, a Tempestade, andava a rondar os Se ainda hoje vemos a Estrela Polar no céu,
céus. Ela sabia muito bem da louca e secreta paixão devemo-lo às nuvens, que quando a vêem a fazer as
que o Vento sentia pela Lua. O que a tranquilizava malas, já a caminho da Cassiopeia, se oferecem para
era o facto de a Lua estar casada com o Sol, de lhe a tapar.
ser muito fiel, embora o casamento da Lua seja Assim, ninguém vê estrelas no céu e a
duvidoso para muita gente. Isto porque o Sol Estrela Polar volta a arrumar as suas coisas na
dorme quando a Lua está acordada e a Lua deita-se constelação. Depois, as estrelas Guardas da Ursa
quando o Sol se está a levantar. Maior fazem uma festa. Ordenam às nuvens que
Também há ocasiões em que a lua acorda descarreguem água para a terra, enquanto o Sol pinta
em pleno dia e fica a contemplar o Sol. Mas isso o céu de sete cores lindas e a Brisa canta
acontece muito raramente. Por vezes, a Lua discute suavemente. Esta é a prova de que a Estrela Polar é
com o Sol e, para o castigar, põe-se à sua frente. Não adorada por todos no céu.
Tânia Matias 10°LH

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DIAS DE CHUVA
Eu detesto os dias de chuva. abrir e não abrir o guarda-chuva, mais molhados
Primeiro é uma chatice porque temos de estamos e por fim deixamos cair o guarda-chuva
andar sempre a correr, ora de casa para o carro, para tirar a mochila do carro!
ora do carro para a escola, e entretanto já O que me enerva mais nos dias de chuva é
estamos todos molhados, a cheirar a mofo e que nunca chove nos dias de semana, só chove
quando chegamos a casa ainda levamos nas ao fim-de-semana e por isso temos de ficar
orelhas porque estamos a espirrar. agarrados à televisão a ver pela terceira vez os
Bem, uma pessoa sempre pode vestir um mesmos filmes. À noite, apanhamos uma seca
casaco impermeável, que todos detestam, mas com os telejornais, nos quatro canais (RTP 1, 2,
nos dias de chuva todos usam… Se há casacos SIC e TVI) e depois ou vemos, na TVI a “seca”
impermeáveis, porque não há calças dos casamentos ou na SIC a Hora H, ao menos
impermeáveis? Sim, porque o que se molha mais na RTP 1, os Gato Fedorento.
são as calças… Eu detesto mesmo os dias de chuva.
Bem, saímos do carro, tau! Logo uma poça
de água mesmo no sítio onde metemos o pé,
Nuno Salvado, 10ºTEAC

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CHRITMAS SALE / VENDA DE NATAL
Tal uma visita de estudo a Londres. Nenhuma
como foi actividade é plenamente conseguida sem a
noticiado no divulgação apropriada e para isso contamos com
número de a preciosa ajuda dos colegas, Mariana Azevedo e
Novembro José Luís Oliveira, do Departamento de
do “Olho Expressões que elaboraram o poster e os
Vivo”, os panfletos e orientaram os alunos na realização
alunos do 9º dos postais de Natal.
ano, os seus Para os alunos, que participaram nesta
Directores iniciativa, foi uma boa maneira de pôr à prova a
de Turma e sua capacidade de organização, empenho e
os persistência na divulgação desta actividade junto
professores do Departamento de Línguas da população do Fundão, apelando,
Germânicas, organizaram uma Venda de Natal simultaneamente, à colaboração de todos.
(Christmas Sale) nos dias 14 e 17 de Dezembro. Estamos à beira de concretizar o que diz o ditado
O dia 14 foi bastante animado nas salas 1, 2 e “Diligence is the mother of good fortune”, ou
átrio adjacente, com mobilização de muitos seja, quem semeia, colhe!
alunos do 9º ano, que colaboraram na venda,
angariação de produtos e confecção e venda de
bolinhos e outras especialidades britânicas à
disposição no “Tea Room” em que se
transformou a sala 2.
Os organizadores desta actividade
agradecem a todos os membros da comunidade
escolar e Encarregados de Educação que
colaboraram nesta iniciativa através da aquisição
de pequenos presentes, ou que provaram dos
acepipes e, deste modo, contribuíram para a
angariação de fundos para o financiamento de
Departamento de Línguas Germânicas

ALUNA DA ESCOLA SECUNDÁRIA / 3ºCEB DO FUNDÃO PREMIADA


Mais um aluno da Escola Secundária /
3ºCEB do Fundão foi premiado no Carpe
Mat, promovido pelo Departamento de
Matemática da Universidade da Beira
Interior.
Desta vez foi a aluna Alexandra Soares
do 12º CT2, que ganhou uma Menção
Honrosa no âmbito da Matemática do
Ensino Secundário no Carpe Mat. Este
prémio foi-lhe atribuído pelo Departamento
de Matemática Universidade da Beira
Interior. A entrega do prémio decorreu no
dia 18 de Janeiro, na aula de Matemática do
12º CT2 com a presença, entre outros, dos
senhores professores da Universidade da Beira Interior, Anabela Paiva e Pedro Patrício. Recorde-se que,
em Outubro, tinha sido um aluno que ganhara o Primeiro Prémio do Ensino Secundário.
A professora de Matemática, Maria da Graça Gonçalves de Brito Rebordão

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VIDAS DIFERENTES
Numa cidade em Portugal, vivia uma rapariga e Paulo e tinha 16 anos e era o primeiro ano que
um rapaz, além de outras raparigas e outros estava naquela escola. Num dia de aulas quando ela
rapazes. Ele chamava-se Paulo e ela Maria. Ele estava junto ao cacifo ele aproximou-se e disse-lhe:
pertencia a um coro de igreja e ela a um grupo de - Olha eu estou um bocadinho perdido. Podias-
rockers. me mostrar onde é a sala onde vamos ter aula?
Um dia, um belo Domingo cheio de sol, nas Ela ficou toda vermelha mas disfarçando disse-
férias do Verão, Maria combinou ir ter com o seu lhe que sim com a cabeça. A sala ficava num
grupo para ensaiarem novas músicas e descontrair pavilhão ainda um bocadinho longe dali e pelo
um bocado. Mas a mãe dela não estava pelos caminho foram conversando. Ela descobriu que ele
ajustes. Obrigou-a a vestir uma roupa decente afinal não era tão “beto” como julgava, apesar de
(“…e tiras essas sapatilhas imundas com que andas cantar num coro de igreja. Descobriu até que
sempre!”) e fez com que ela fosse a missa. tinham gostos musicais parecidos e que ambos
- Era só o que faltava – respondeu a mãe aos adoravam os Xutos & Pontapés. Ela ficou muito
seus protestos – hoje é Domingo e vais comigo à bem impressionada com ele. A partir daí ficaram
missa, e é melhor calares-te porque hoje não cedo! muito amigos. Mas os amigos dela da banda não
Maria lá foi, embora contrariada. Uma vez na estavam muito contentes, aliás ninguém na turma
missa Maria, ao fim de dois minutos, ia dela gostava do Paulo por o acharem demasiado
adormecendo e para se manter acordada foi “betinho”. Mas ela gostava de estar com ele.
olhando em volta. A certa altura, quando estava a Um dia Paulo perguntou-lhe se queria ir com
olhar para o coro, o seu olhar poisou num rapaz ela a um concerto dos Xutos & Pontapés, que iam
loiro muito bem vestido que parecia um anjo a estar na cidade. Ela aceitou. Na noite do concerto
cantar. Ela estava hipnotizada. Não que ele fizesse ela demorou duas horas a ficar pronta. A mãe
muito o seu género mas não conseguia parar de estava estupefacta, nem parecia a mesma filha de há
olhar. Ele também já tinha reparado nela e também uns meses. Agora vestia-se com muito mais
olhava. Quando a missa acabou ela sentiu pena, de cuidado e nunca saía de casa sem lavar os dentes e
certeza que nunca mais iria ver aquele rapaz, visto ver-se ao espelho pelo menos 6 vezes!
que não tencionava voltar a por lá os pés. Depois do concerto, Maria e Paulo foram dar
Nas semanas seguintes ele não lhe saiu da um passeio junto ao rio e sentaram-se num banco a
cabeça. Mesmo sem querer, sempre que aos conversar. Inevitavelmente acabaram por se beijar.
domingos passava em frente a igreja, não se podia Contudo ela fugiu dele. Nos dias seguintes ela
impedir de espreitar lá para dentro, e lá estava ele, evitava-o sempre que podia. Apesar de estar
muito direito e impecável no coro. Os amigos da apaixonada por ele, ela não conseguiu resistir a
Maria ficavam pasmados com estas atitudes e certo pressão dos colegas e amigos que a pressionavam a
domingo, depois dela pela milésima vez ter entrado deixar de andar com ele e deixou de lhe falar por
na igreja, perguntaram-lhe: completo. Ele andava muito triste e acabou por
- Eh pá mas tu agora viraste beata?! Daqui a mudar de escola de novo, e foi para um
pouco estás a tentar convencer-nos a irmos todos à conservatório de canto. Nunca mais se viram.
missa! Porque é que ‘tás sempre a entrar lá dentro? Dez anos mais tarde, Maria viu num jornal que
- ‘Tás-te a passar ou quê?! – disse ela picada e uma nova banda sensação ia estar nessa cidade. As
toda vermelha – Eu não tenho de te dar músicas eram do tipo Rock e o vocalista era dotado
explicações sobre o que eu faço ou deixo de fazer! de uma voz excepcional. Curiosa, decidiu ir ver o
Não quero falar mais no assunto! concerto e qual não foi o seu espanto, descobriu
E com isto acabou-se a conversa. Maria que o afamado vocalista era Paulo. Com algum
apercebeu-se que estava a ser estúpida por ainda esforço conseguiu contactá-lo de novo e muito
estar a pensar num rapaz que não fazia nada o seu arrependida pediu-lhe perdão pela maneira como o
género e ainda por cima ia à missa! E até ao início tinha tratado há dez anos. Ele perdoou-a e
das aulas tentou não voltar a pensar mais nele. voltaram a sair juntos. Começaram a namorar e
Porém quando foi à apresentação dos professores e agora vivem juntos. Ela é a manager da banda e
dos colegas de turma verificou, com grande estão sempre a viajar. São muito felizes.
espanto, que ele estava na turma dela. Chamava-se
Inês Pires Reis, 10º CTCSE

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DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ROMÂNICAS
NÚCLEO DE ESTÁGIO DE PORTUGUÊS
CONCURSO NACIONAL DE LEITURA -1º FASE
No dia 15 de Silva (8ºB), Andreia Creado (8º C) e Ana
Fevereiro realizou-se na Carolina Brito Gama (8º A). No ensino
Escola Secundária do secundário, temos Ana Carolina Fidalgo (10º
Fundão, a 1º fase do CT1), Inês Pires Reis (10º CT/CSE) e Mariana
CONCURSO Morgadinho (10º LH).
NACIONAL DE A todos os participantes será entregue um
LEITURA. certificado de participação, e aos alunos que
Com o objectivo foram apurados para a 2º fase ser-lhes-á
de estimular a prática da leitura entre os alunos oferecido um cheque livro, no montante de 20
do Ensino Secundário e do 3º Ciclo, os euros para os primeiros classificados e de 15
professores de Português souberam motivar os euros para os segundo e terceiros classificados,
alunos a ler obras literárias e incentivaram-nos a a gastar na Feira do Livro da Escola Secundária
participar neste concurso. do Fundão, nos dias 3, 4 e 5 de Março de 2008.
Foram apurados para a 2ª fase (nível
distrital) os alunos do 3º ciclo: João Morais
Maria de Jesus Lopes

Projecto “PANOS – Palcos Novos Palavras Novas”.


Este ano, o Grupo de Teatro da Escola Lisboa. Por isso têm trabalhado arduamente e
Secundária com 3º ciclo do Fundão inscreveu-se participado em inúmeras actividades:
no projecto PANOS (Palcos Novos Palavras - um workshop para encenadores dos grupos
Novas) da Culturgest, que alia o teatro participantes no projecto PANOS em Lisboa com
escolar/juvenil às novas dramaturgias, inspirando- a presença dos autores dos textos, encenadores e
se no programa NT Connections do National Theatre tradutores.
de Londres. - oficinas semanais para preparação dos jovens
Segundo os Histéricos, o grupo inscreveu-se actores;
«por achar que é um desafio para o grupo, por ser - workshop de movimento coordenado pelo
um projecto que implica uma aprendizagem real bailarino Luís Antunes e conversa sobre o
no âmbito das artes dramáticas, pelo contacto processo de criação de um espectáculo com o
com agentes do teatro (encenadores, músico Carlos Zíngaro na Moagem.
dramaturgos, tradutores, técnicos…), palcos e
texto, pelo contacto com outros grupos de teatro
jovens do resto do país e ainda porque pode
promover o Grupo, a escola e a cidade do
Fundão a nível nacional.
Para desenvolver este projecto, o grupo
conta com as parcerias do Pelouro da Cultura da
Câmara Municipal do Fundão e da Quarta
Parede, Associação de Artes Performativas da
Covilhã.
O Grupo conta apresentar o resultado do
seu trabalho em Abril, na Moagem, e ambiciona
ser seleccionado para o festival da Culturgest em
Bom trabalho!

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Entrevista ao Professor António Pereira – Coordenador do Grupo de Teatro
Mélissa/Sabrina ( * ) – Quando é que sentiu o
gosto pelo teatro? Prof. A – Ok… Depende, as primeiras peças que
fizemos era de um aluno que se chamava Pedro
Professor António – Verdadeiramente foi no Baltazar, isto há 12 anos. Era ele quem construía
ensino secundário. Tínhamos um grupo de Teatro os textos e aliás foi por isso que surgiu o grupo,
na escola secundária Frei Heitor Pinto da Covilhã. porque ele queria pôr a peça em cena e não sabia
Na altura eram três professores que estavam à como. Vieram ter comigo, gostei muito do texto
frente do grupo e foi aí que adquiri o verdadeiro e disse “vamos pôr”. Durante vários anos,
gosto pelo teatro e descobri o prazer de usamos sempre os textos dele porque eram
representar. realmente bons e muito interessantes e ele
escrevia muito bem e então queríamos sempre
M/S – Porque é que decidiu formar um grupo de pôr os textos dele em cena. Depois disso, tivemos
teatro nesta escola? outras experiências: partimos para a pesquisa de
Prof. A – Aqui na escola… Porque estou muito textos por temas que nos interessavam e que
ligado ao teatro em termos sentimentais e achávamos que tinham alguma coisa a dizer para
emocionais … desde aquela altura. Gosto tentar melhorar alguma coisa na sociedade.
realmente de fazer teatro, gosto de propor M/S – Quantas pessoas constituem o grupo de
actividades e de estar em grupos que pratiquem teatro?
essas actividades. Antes de vir para esta escola, já
tinha estado noutras escolas, inserido em grupos Prof. A – Este ano tivemos 23 inscrições,
de teatro; por isso esta não foi a minha primeira entretanto nem sempre é fácil de estarem as 23,
iniciativa. até porque como vocês sabem, além do teatro há
outras coisas, os testes, exames e alguns deles
M/S – As peças de teatro que fez com o seu acabaram por desistir… Neste momento, temos
grupo superaram as suas expectativas iniciais? cerca de 15 efectivos e temos colaboradores do
Prof. A – Muitas delas superaram, mas sei que as 12º CAV, que tratam dos cenários.
minhas expectativas são fazer sempre o melhor. M/S – Os alunos gostam das peças?
Mas sim, algumas vezes senti que atingimos o
melhor. Prof. A – Eu acho que gostam… Eu dou-lhes
sempre a hipótese de escolherem o tema mas por
M/S – O que é o melhor para o “stor”? acaso são sempre os meus temas a serem
Prof. A – O melhor é sentir um prazer imenso ao escolhidos; portanto fico satisfeito ao ver um
ver os alunos a actuar, sentir que tudo está texto que adoro vir a ser representado.
exactamente equilibrado em palco e sentir que há M/S – Qual o tempo que leva para preparar uma
uma corrente que sai dos “actores”, uma energia peça?
que se espalha pelo público.
Prof. A – É assim, tivemos a peça em finais de
M/S – O “stor” não entra nas peças? Setembro, inícios de Outubro e vai durar até
Prof. A – Tive pequenas participações, mas Abril. Estreamos em Abril, têm estes meses todos
prefiro ter um olhar exterior, não é que não tenha porque os alunos não são profissionais.
vontade de fazer teatro porque tenho muito, mas M/S – Se tivesse que definir o teatro com uma
não é isso, tem é de haver sempre alguém que palavra como o definiria?
olhe do exterior e que consiga ver o conjunto,
para tentar melhorar as coisas em palco. Prof. A – Paixão (risos) … é a minha palavra.
M/S – Quem elabora os textos?

(*) – Duas alunas dos cursos profissionais (Mélissa Rodrigues (PAL) e Sabrina Barreto (PTAR)) que
também entrevistaram alguns histéricos.

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ENTREVISTAS A ALGUNS MEMBROS DO GRUPO HISTÉRICO
David 12ºCT2 já tenho Oficina de Teatro desde o 7º ano.
M/S – O que é que te levou a entrar para o Conheci este “stor” e sempre fiz pressão para que
teatro? ele nos deixasse entrar para o grupo de teatro,
mas como era só para o 10º ano não deixou, mas
David - Eu tenciono seguir teatro no futuro e este ano deu-nos uma oportunidade.
entrar para o conservatório. É uma maneira de
ganhar experiência. M/S – Quais são as tuas dificuldades na
realização das peças?
M/S - Quais são as tuas dificuldades na
realização das peças? H – Ui… Eu só entrei este ano, portanto vou
falar mais ou menos no geral, aquilo em que eu
D – As minhas dificuldades? (risos), tenho mais dificuldades é um bocado em superar
provavelmente a dicção. Tenho a mania de alterar as expectativas que os outros têm de mim, tenho
textos e metê-los à minha maneira, o “stor” tem um pouco de medo de fracassar ou mesmo de
sempre problemas comigo. (risos) parar no teatro, ter brancas, mas acho que sempre
M/S – Se te enganas nas peças, tens facilidade em me safei mais ou menos.
continuar? M/S – Como te sentes antes e depois de
D – Sim, por acaso é uma coisa que me é realizares as peças de teatro?
característico, improviso, safo-me bem com o H – Ui… Antes da peça é assim…quando estou
improviso. prestes a entrar em cena é: “Aí meu Deus vou-me
M/S – Como te sentes antes e depois da esquecer de tudo”, “Aí meu Deus eu não consigo,
realização de uma peça? eu vou falhar” (risos). Depois é do género “opa
consegui”.
D - Antes é uma adrenalina que é uma
coisa…(risos), que é emotivo, depois é aquela M/S – Com que tipo de papel te sentes mais à
satisfação por ter conseguido transmitir alguma vontade?
coisa, quando as pessoas vêm ter comigo e H – Hum… atravessada assim da cabeça, também
desejar parabéns por ter conseguido fazer isto ou como o David (risos).
aquilo .
M/S – Achas-te uma verdadeira actriz?
M/S – Então e se a peça correr mal?
H – Aí… não, ainda tenho um caminho longo a
D – Normalmente ninguém fala connosco, por percorrer.
pior que corra. Mas nós divertimo-nos sempre a
fazê-las, às vezes não devia ser assim, esquecemo- Cíntia – 9ºC
nos do público e brincamos mais entre nós no M/S – O que te levou a entrar para o teatro?
palco. C – Eu sempre gostei de teatro, surgiu esta
M/S – Com que tipo de papel te sentes mais à oportunidade e entrei para o grupo.
vontade? M/S – Quais são as tuas dificuldades antes e
D – Maluco… (risos), pura e simplesmente. depois das peças?
M/S – Achas-te um verdadeiro actor? C – Antes, muito nervosa, sempre com medo que
D – Difícil… Não sei, estou a fazer por isso, falhe alguma coisa, depois é um alívio.
agora se o vou ser alguma vez ou não, o tempo o M/S – Com que tipo de papel te sentes mais à
dirá. vontade?
Helena – 9ºC C – Ui… Maluca (risos).
M/S – O que te levou a entrar para o teatro? M/S – Achas-te uma verdadeira actriz?
H – Eu sempre gostei de teatro e sempre me C – Sei lá… Isso é preciso a opinião do público
disseram que tinha jeito. Uma coisa que sempre (risos)
me agradou bastante foi realizar peças de teatro e

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PARLAMENTO DOS JOVENS 2008 – ENSINO SECUNDÁRIO
Tema: “ União Europeia: participação, desafios e oportunidades”
No dia 7 de Janeiro de 2008, realizou-se, na biblioteca da Escola Secundaria do Fundão, a eleição dos
deputados à Sessão Escolar do Parlamento dos Jovens, com o objectivo de debater as medidas propostas por
cada uma das listas concorrentes (lista A e lista B).
Assim, sob a orientação dos professores envolvidos neste projecto, Luís Nunes e Maria de Jesus Lopes,
no dia 11 de Janeiro, participaram no debate da Sessão Escolar, para a elaboração de um Projecto de
Recomendação, os seguintes alunos eleitos:
Lista A – Mariana Morgadinho (10º LH), Ana Sofia ( 10º CT1), Sara Amaral ( 10º CT1), Paula Vaz (10º
LH), Carolina Fidalgo (10º CT1), Catarina Mouzelo (10º CT1), Rafael ( 10º CT1), João Raposo (10º CT1), Luís
Mosa (10º CT1), Anaísa Fernandes ( 10º CT1).
Lista B- Tiago Teles (11º CSE), Maria Faia (11º CSE), Marina Ribeiro (11º CSE), Nelson Duarte (11º
CSE), Diana Botelho (11º CSE). Maria Faia (11º CSE).
Nesta sessão, após o debate de ideias, votaram-se as propostas defendidas por cada lista e procedeu-se a
eleição de três alunos efectivos (Ana Sofia Moreira, Sara Amaral e Tiago Teles) e dois suplentes (Marina Ribeiro
e Nelson Duarte) para apresentar o Projecto de Recomendação da nossa escola, a nível distrital no dia 19 de
Fevereiro.
O Projecto de Recomendação que resultou desta sessão é o seguinte:
Exposição de Motivos:
“ O Pacto Europeu para a Juventude estabelece princípios comuns a todos os países da União Europeia
relativamente à criação de oportunidades para jovens. A União Europeia está empenhada em garantir aos jovens
a possibilidade de participar na sociedade como qualquer outro cidadão, ou seja, não apenas em termos de
igualdade de oportunidades de emprego, mas também de igualdade de oportunidades no acesso à educação e
formação de qualidade, a uma habitação decente, ao emprego digno adequado às qualificações, a prestações de
segurança social de alto nível e a serviços de procura de emprego competentes.” Panoramica das actividades da
União Europeia,Educação,Formação, Juventude
Tendo em conta a necessidade de facilitar a comunicação entre os vários membros da comunidade
europeia.
Tendo em conta a necessidade de proporcionar as mesmas oportunidades na educação e na mobilidade do
emprego.
Considerando que, actualmente, o inglês funciona como língua universal, além de permitir uma melhor
comunicação dentro da União Europeia também possibilita uma melhor comunicação com o resto do mundo.
Considerando que é a língua utilizada na linguagem da computação.
Tendo em conta a deslocação de empresas para países em que a mão-de-obra é mais barata.
Tendo em conta o aumento da taxa de desemprego em Portugal e a diminuição a nível europeu.
Consideramos que é necessário, perante os novos desafios da UE, com o alargamento a 27 países, tomar
determinadas medidas.
Tendo em conta que os investigadores / cientistas europeus são aliciados por outras potências mundiais.
Tendo em conta que a UE se deve afirmar como símbolo de excelência no ensino superior, na
investigação e na inovação.
Consideramos que, perante os novos desafios da UE, se deve criar oportunidades aos jovens
investigadores.
Medidas propostas:
1. Ensino do Inglês desde o 1ºciclo até ao final do ensino secundário, com uma avaliação qualitativa do nível de
desempenho.
2. Definição a nível europeu medidas para evitar falências de empresas que têm como objectivo permitir à
entidade patronal criar outras, em países com uma mão-de-obra mais barata.
3. Investimento num projecto europeu que vise manter os jovens cientistas/ investigadores na UE.
Coordenadora do projecto, Maria de Jesus Lopes

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“CIDADANIA EUROPEIA E A ESCOLA”
alunos dos cursos profissionais nível 2 e 3 da
Escola Profissional do Fundão, no dia 15 e 16 de
Janeiro respectivamente. Para que fosse possível
abranger todos os alunos realizaram-se 4 sessões na
Escola Secundária do Fundão, terminando os
trabalhos às 18 horas e 3 sessões na Escola
Profissional do Fundão. As sessões abordaram
essencialmente os deveres e direitos dos indivíduos
numa perspectiva evolutiva da União Europeia,
tendo como objectivo fundamental, envolver os
alunos na temática e levá-los ao exercício de uma
cidadania consciente.
Esta actividade só foi possível graças à
No dia 15 de Janeiro, realizou-se mais uma colaboração do Centro de Informação Europeia
iniciativa do Clube Europeu da nossa Escola, Jacques Delors. Ao CIEJD, à formadora Dª Isabel
“CIDADANIA EUROPEIA E A ESCOLA”. Esta Valente e aos professores que colaboraram o nosso
actividade foi dirigida aos alunos dos 8º e 9º anos e Bem Haja.
CEF2, da Escola Secundária do Fundão e aos Armando Anacleto

AULA PRÁTICA DOS ALUNOS DA TURMA PROFISSIONAL DE TURISMO


AMBIENTAL E RURAL NA ESCOLA PROFISSIONAL DO FUNDÃO.
saquetas de açúcar (simulam comida) e com água
(simula a sopa). A aula foi muito rica, pois apesar
de se transmitir muita informação, esta foi dada
de uma forma prática, sempre com muita
interacção entre os clientes (nós), empregados de
mesa (alunos do 2º ano) e o professor.
Antes de nos irmos embora, deixámos as
simulações e fomos presenteados com um belo
almoço (desta vez bem real e apetitoso), seguindo
todas as regras de etiqueta e protocolo. Não
podemos deixar de agradecer à E.P.F, nas pessoas
No passado dia 24 de Janeiro, a turma do do formador que foi extremamente simpático, do
Ensino Profissional TAR, no âmbito da disciplina Dr. Santos Costa pela sua hospitalidade e como é
Técnicas de Acolhimento e Animação foi efectuar claro aos alunos do segundo ano, que
uma visita à Escola Profissional do Fundão demonstraram já serem grandes profissionais de
(E.P.F), para ter uma aula prática muito hotelaria.
interessante. Por volta das 11.30 tínhamos à nossa Oxalá
espera o Director Dr. Santos Costa que nos no futuro
apresentou um professor de hotelaria e sejamos nós
respectivos alunos do segundo ano. também
Numa hora e meia, que passou num abrir excelentes
e fechar de olhos, o formador e a sua equipe de profissionais
alunos exemplificaram-nos a arte de bem servir. de turismo e
Percebemos as técnicas de protocolo e etiqueta nos
que devemos ter à mesa. Percebemos que nas encontremos
mesas há um sempre um “anfitrião”. no mercado
Aprendemos termos técnicos como de trabalho para trabalharmos em parceria, pois o
“desembaraçar a mesa” “serviço à inglesa directo TURISMO e a HOTELARIA andam sempre de
ou serviço à americana”. Os alunos treinam com “braços dados”.
Turma do 10º P.TAR
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DIREITO A MORRER DIGNAMENTE?
Reflexão sobre a Eutanásia
No âmbito da disciplina de Filosofia, os Consideramos que viver não é uma
alunos da turma 11º CT2 assistiram ao filme Mar obrigação. Defendemos a vida, mas também
Adentro, filme que a partir de factos reais defendemos o direito à liberdade. Assim,
provocou o debate sobre a Eutanásia. defendemos que os pedidos de eutanásia devem
Mar Adentro conta a ser bem avaliados. Somos contra a banalização da
história de Ramón eutanásia, mas julgamos que há casos que podem
Sampedro que, na justificar a alteração da lei.
sequência de um acidente Os pedidos devem vir de quem ainda está
na praia, ficou consciente, de quem viva uma situação física
tetraplégico aos 26 anos. demasiado dolorosa ou uma situação de
Este homem real trocou a dependência pouco digna.
sua liberdade e juventude Discordamos que se possa impedir a
por uma cama durante 28 anos. eutanásia com base em argumentos religiosos tais
Ramón ficou conhecido em Espanha por como “o término como a criação da vida está nas
ter sido o primeiro a pedir com persistência mãos de Deus”. Também discordamos que se
autorização para a Eutanásia. Este homem, deva fazer uma distinção tão drástica entre o
reclamou o direito a morrer dignamente, suicídio e a eutanásia. Ou seja, alguém que tente
tentando incessantemente alterar a lei. A sua voz suicidar-se sem sucesso nunca é considerado um
ecoou pelo mundo, lançou o debate, mas contra criminoso. Alguém que peça a eutanásia, fá-lo
a vontade de todos os seus apoiantes, não houve porque não consegue terminar o seu sofrimento
alterações legislativas. R. Sampedro terminou a pelas suas próprias mãos.
sua vida em 1998, com a ajuda de várias mãos Claro que não encorajamos o suicídio,
amigas. não defendemos a morte em detrimento da vida.
Eutanásia significa literalmente doce morte. Defendemos, pelo contrário, que se deve viver
O que está em causa em relação a este tema é se com dignidade e com liberdade.
devemos ou não aceitar que alguém ajude outra
pessoa a morrer sem ser acusado de homicídio.
Este problema tem sido posto em relação a casos
de doentes que, devido à sua condição física
demasiado penosa, sentem que viver é apenas
uma obrigação.
Viver é mesmo uma obrigação?
Poderemos condenar incondicionalmente quem
defende a Eutanásia? Porque é que este tema
suscita opiniões tão diversas e é ainda
considerado um tabu?
Alunos 11ºCT2 e professora Catarina Crocker

FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO, REDACÇÃO E CONCEPÇÃO GRÁFICA
Escola Secundaria c/3º Ciclo do Fundão
Rua António José Saraiva Ap.34 - 6230-000 Fundão
TIRAGEM: 300 exemplares
http://www.prof2000.pt/users/olho_vivo/ ou http://escola-sec-fundao.ccbi.com.pt/ JORNAL ESCOLAR – OLHO VIVO

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VISITA DE ESTUDO A SANTO TIRSO, PORTO e VIGO
Realizou-se nos dias 14 e 15 de Janeiro uma visita de estudo com as turmas de 12º ano CAV e AS e a
turma do 10º PTAR., com saída às 8h00 do dia 14 e chegada às 23h00 do dia 15.
No curso profissional, registaram-se actividades no âmbito das disciplinas de História da Cultura e
das Artes, Turismo e Técnicas de Gestão, Ambiente e Desenvolvimento Rural e Geografia
Constaram do programa as actividades seguintes: Museu Internacional de Escultura Contemporânea
de Santo Tirso, conversa com o artista plástico – Alberto Carneiro, Pequena Visita à cidade do Porto, Casa
da Música – Porto, Museu Arte Contemporânea de Vigo e Visita à Cidade de Vigo
Pretendeu-se com esta iniciativa desenvolver um conjunto de competências de ligação, entre as aulas
teórico-práticas das disciplinas e todas as experiências vividas nestes dois dias de trabalho e convívio.
Assim, estabeleceu-se uma ponte entre os conteúdos abordados nas aulas mais teóricas e a análise prática
decorrente desta preciosa visita de estudo.
O testemunho de três alunos do PTAR revela bem a importância que as visitas de estudo adquirem
para a sua vida escolar.

Viajem a Porto, Vigo e St. Tirso foi um sucesso


Não faltou a tradição,
Da boa merenda, chouriça e pão
Com alunos de turismo sempre a animar
mesmo passeando não temos medo de trabalhar
Ricardo

A visita a Santo Tirso/Porto/Vigo abriu-nos novos horizontes.


Lisa

Com a vista de estudo a S.Tirso/ Porto / Vigo tivemos a oportunidade de “alargar” novos conhecimentos.
Conhecer recursos turísticos diferentes da nossa região e verificar como os guias comunicavam com o
público foi muito positivo porque isso vai fazer parte do nosso futuro.
Sabrina

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A CASA INTELIGENTE

Andamos já todos contentes à espera do dia Claro que na minha casa haverá uma
em que a nossa casa será finalmente inteligente! As cozinheira inteligente (Eu?!) que já nem precisará
casas, ao contrário da maioria das pessoas, serão de cozinhar! Mas isto não me chegará… Também
mais inteligentes quanto mais obedientes forem: o chão da cozinha terá sensores que poderão
abrirem portões, fecharem persianas, ligarem o verificar o meu peso e decidir, assim, o tipo de
sistema de rega, encherem ou esvaziarem a alimentação que ando a precisar ou se estarei até
piscina… tudo isto ao toque de um simples botão proibida de retirar produtos do frigorífico. Estes
ou à distância de um SMS. sensores saberão distinguir as diferentes solas que
Terá chegado a altura de trocar as portadas se desloquem pela casa, calculando refeições para
pesadas de dobradiças ferrugentas e as minhas as diferentes faixas etárias, diferentes gostos e
janelas obsoletas e começar a planear as ordens que estados de saúde.
darei aos objectos inteligentes: “abre-te porta!”, “fecha- Quanto às minhas gavetas, roupeiros e afins
te portão!”, “liga-te aquecimento!”, “rega-te jardim!”… Ou estarão permanentemente abertos na secção
talvez não valha a pena apressar-me! … adequada às condições atmosféricas e com uma
Essa casa que anunciam tem ainda um QI programação adequada para não se repetirem cores,
muito baixo!!! Quero a minha casa um bocadinho para se combinarem tonalidades, tecidos e ocasiões.
mais perspicaz, conselheira e interessada na minha Não haverá faltas de gosto, camisas sem botão nem
saúde e nos meus conhecimentos…. haverá nódoas. Talvez nem haja “gostos”...
Não serei eu, sequer, a fazer compras on- As minhas estantes serão também
line. O novo frigorífico, planeado e organizado inteligentes e provavelmente accionarão alarmes
com uma ordem regular humanamente impossível, devido ao excesso de livros de poesia e de filosofia
será capaz de detectar produtos em falta e enviar ao e reclamarão leituras mais objectivas e “úteis” para
meu fornecedor habitual pedidos de compra. equilibrar os meus conhecimentos… AH, não,
Mudará imediatamente de fornecedor se identificar claro!! Não haverá livros na prateleira nem
outro mais económico. O equipamento inteligente prateleiras, apenas paredes deslizantes que serão
poderá enviar-me sinais luminosos ou começar a ecrãs gigantes onde poderei consultar e viver tudo
tocar música à hora da fome, à hora do eventual on-line!
aquecimento rápido num micro-ondas futurista, Até lá continuarei a ler Bocage, à espera da
directamente ligado ao frigorífico por canal última moda, debruçada na minha janela menos
automático. inteligente, à espera de ver o tempo passar! Sem
pressa…
Catarina Dionísio Crocker
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EM NOME DA TERRA

O ser humano é um animal fantástico porque Para viver no «Reino dos Céus» e melhorá-lo,
mostra interesse pelo mundo que o rodeia e o Homem deseja mais e mais, e cada vez mais.
consegue transformá-lo num «habitat» onde pode Deseja tanto que a Terra não tem possibilidades
viver luxuosamente e dedicar a sua vida a fazer para lhe conceder todos os desejos. O Homem está
aquilo que quiser e bem entender, contudo, a vida a «espremer» demasiado a Natureza. Abusa dos
não é um «mar de rosas» e, desde a sua existência, o recursos naturais, oblitera espécies de animais,
Homem teve de lidar com problemas diários para destrói florestas colossais, constrói fábricas,
os quais ele teve de encontrar resposta. prédios, estradas, automóveis…e não repõe nada
Ao longo do tempo, o ser humano pensou, no lugar daquilo que gasta. A nossa moeda de troca
repensou, construiu, destruiu, fez e refez tudo e é a poluição e esta está a provocar o que hoje se
mais alguma coisa, sempre a pensar numa vida constata, o efeito de estufa. Se isto continua,
melhor para si e para os seus. Assim, o Homem qualquer dia morre-se cremado.
vive num mundo ao qual gostaria de chamar O Homem tem que mudar e urgentemente. A
«Reino dos Céus». Mas será que o que o Homem sua maneira de pensar é a base de tudo, é o que o
faz não afecta o planeta? Claro que sim. distingue dos outros animais. Ou mudamos de uma
vez por todas ou vamos desta para pior!
Adérito, 10º CT2

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A LITERATURA DE TRADIÇÃO ORAL
Dentro da temática “A literatura de Tradição Oral,” os alunos de 7º ano desenvolveram um
trabalhado sobre fábulas e provérbios. No seguimento desta tarefa, os alunos do 7ºA elaboraram histórias
que dariam vida a provérbios, à semelhança de um texto analisado na aula e intitulado “Velhos
Provérbios” de Gianni Rodari.

ASSEMBLEIA DOS PROVÉRBIOS!


Era uma vez três provérbios que se habituado a ir as urgências já não aprende o
encontraram na Assembleia da República dos caminho para outros hospitais! Entretanto,
provérbios. intervém outro provérbio e disse – senhor
O provérbio «Nem que a raposa mude a ministro, «quem tem telhados de vidro não atira
pele nunca muda o nome», era o governo, «quem pedra», o senhor ministro não sabe que também
tem telhados vidro não deve atirar pedra», era o pode vir a precisar dos hospitais e depois não os
partido da maior oposição e «burro velho não irá ter?
aprende a lição». E o governo respondeu – meus amigos,
Eles estavam a debater o fecho das «nem que a raposa mude a pele nunca muda o
urgências. nome», se eu voltar a abrir os hospitais, já ficarei
Um partido disse -senhor ministro, «burro com a fama para sempre, e ter urgências abertas
velho não aprende lição», o povo que está ou fechadas, é a mesma ciosa.
Jorge Craveiro, 7A

HISTÓRIA DOS PROVÉRBIOS


-Nem por muito madrugar -dizia um provérbio meteu em confusões e acabou por se meter em
antigo - amanhece mais cedo. lutas e guerras com a raquete.
-Mas eu, não madrugo! - Exclamou a bola de A raquete pediu à bola de futebol que lhe fosse
futebol. buscar uma pena vermelha para jogar
- Como é possível, eu faço tudo com calma! - badmington. Em vez disso, a bola de futebol
Exclamou a bola de basquetebol. trouxe-lhe uma pena verde porque não havia
O Antigo Provérbio afirmou “Quem semeia penas vermelhas naquela loja mas a raquete não
ventos colhe tempestades”. gostou. O Antigo Provérbio retorquiu:
-É verdade o que o Antigo Provérbio disse, - Quem quer anda. Quem não quer manda.
porque a minha prima, a bola de andebol, se
Ana Rita Nunes e Carla Magueijo, 7ºA

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Dentro da mesma temática e orientados pela professora de Português, Rosa Antunes, o 7º B fez uma
recolha de lendas, provérbios, adivinhas e anedotas que partilha convosco no vosso jornal, esperando que
se divirtam com a sua leitura.

A LENDA DE HAN CRUM

Diz-se que esta história aconteceu no início da formação da Bulgária.


Era uma vez um homem que se chamava Han Crum e tinha cinco filhos. Nos últimos momentos
de vida decidiu falar com os filhos. Pediu-lhes para que cada um levasse um pauzinho. Depois juntou os
cinco pauzinhos e pediu a cada um dos filhos para os tentar dividir. Nenhum foi capaz. Seguidamente,
separou o conjunto dos paus e começou a parti-los em vários pedaços. Então, explicou aos filhos que
eram como os pauzinhos: juntos e unidos, ninguém os conseguiria prejudicar. A união seria a sua força.
Separados eram mais fracos, não poderiam sobreviver.
Esta é a lenda da força de Han Crum.
Denis Mehmed, 7º B

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LAVADEIRA DE ALVERCA
Ó lavadeira de Alverca Ó lavadeira de Alverca
Alivia o teu penar Hoje é dia de ascensão
É dia santo de guarda Deixa a roupa lavadeira
Guarda as horas para orar. Esqueceste a tradição?
“Se os passarinhos soubessem
- Tenho filhinhos pequeninos Quando é a ascensão
Tenho de os sustentar. Não comiam, nem dormiam
Pedem-me pão p’ra comer Nem punham o pé no chão”
Eu não tenho o que lhes dar.
A minha vida é tão triste! Deixa a roupa, lavadeira
É tão triste o meu chorar! Ela é o teu ganha-pão
Lavo de noite e de dia Não queiras ó lavadeira
Hora a hora sem parar. Torna-la em perdição
Tenho filhinhos pequenos,
Tenho de os sustentar. A lavadeira não ouvia…
Continua a labutar.
Ó lavadeira de Alverca, Bate a roupa, noite e dia,
Toda a vida sem descanso, Dia e noite sem parar.
Deixa a roupa e a ribeira Lava, lava a lavadeira
Não laves em dia Santo. Atormenta o coração…
(Quem não há-de atormentar-se?)
-São aventais e camisas A lavadeira é mãe,
Lençóis, colchas, travesseiros… Tem filhinhos para criar!
Tudo lavo c’o estas mãos Esquece o dia sagrado
P’ra ter tão pouco dinheiro! Não pára de trabalhar.
Faço barrelas sem fim, Ai, é tão triste o seu fado,
Lavo as nódoas dos senhores. Tão dorido o seu penar!
Por que me falam assim,
Se alimento os meus amores, Envelhece a lavadeira
Os meus filhinhos pequenos que são todo o meu tesouro Não abandona a ribeira….
E ganho o pão que lhes dou E já na hora final,
Aqui, neste lavadouro? Ouve longe a voz do vento:
Ó lavadeira de Alverca,
Ó lavadeira de Alverca Esqueceste a ascensão.
Alivia o teu penar, Tinhas filhinhos pequenos
Deixa a roupa e a ribeira Ouviste o teu coração….
É tempo de descansar. Lava a roupa lavadeira
- Descanso, eu não conheço. Lava, lava, sem parar.
Trabalho de sol a sol. E, hoje, quando se passa,
E outra coisa não peço. A ponte sobre a ribeira
Se não criar os meus filhos Soa o bater da roupa…
Sem fome e com amor. Dizem ser a lavadeira.
Gasto os dias, gasto a vida
A lavar nesta ribeira. A lavadeira de Alverca
Não quero ver os meus filhos Bate a roupa sem cansar.
Crescer sem eira nem beira. Tem os filhinhos pequenos
É este o meu destino. Lava, lava sem parar
É esta a minha missão: Lava a roupa a lavadeira…
Esfregar roupa noite e dia Até quando o seu penar?
Lavando com coração.
Inês Vieira Martins, 7º B
In «Lendas da Beira» Autora: Maria Antonieta Garcia

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RECOLHA FEITA PELOS ALUNOS DO 7º B
Um aluno de Direito a fazer Professor: Pode dizer-me o Dois alunos chegam tarde à escola e
um exame oral: nome de cinco coisas que justificam-se:
O que é uma fraude? contenham leite? - 1º Aluno: Acordei tarde, senhor
Responde o aluno: - É o que Aluno: Sim, senhor professor: professor! Sonhei que fui à Polinésia e
o Sr. Professor está a fazer. Um queijo e quatro vacas. demorou muito a viagem. - 2º Aluno:
O professor muito E eu fui esperá-lo ao aeroporto!
indignado: - Ora essa,
explique-se... Professor: Quantos corações
Professor: De onde vem a electricidade?
Diz o aluno: - Segundo o temos nós?
Aluno: Do Jardim Zoológico!
Código Penal comete fraude Aluno: Dois, senhor
Professor: Do Jardim Zoológico?
todo aquele que se aproveita professor.
Aluno: Pois! O meu pai, quando falta a
da ignorância do outro para Professor: Dois!?
luz em casa, diz sempre: "Aqueles
o prejudicar! Aluno:
camelos...".
Sim, o meu e o seu!
- Joaquim, diga o presente do Professor: Chovia que tempo - "Stora", alguém pode ser castigado por
indicativo do verbo é? uma coisa que não fez?
caminhar. Aluno: É tempo muito mau, - Não.
- Eu caminho... tu senhor professor. - Fixe. É que eu não fiz os tpc.
caminhas... ele caminha...
Professor: O que devo fazer O professor ao ensinar os verbos:
- Mais depressa!
para repartir 11 batatas por 7 - Se és tu a cantar, dizes: "eu canto". Ora
- Nós corremos, vós correis,
pessoas? bem, se é o teu irmão que canta, como é
eles correm!
Aluno: Puré de batata, senhor que dizes?
professor! - Cala a boca, Alberto.

PROVÉRBIOS

A Pescada de Janeiro, vale um carneiro. Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano
Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro. formoso.
Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado.
dinheiro. Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é
Cava fundo em Novembro para plantares em mau para o gado.
Janeiro. Janeiro quente, traz o Diabo no ventre.
Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio. Janeiro tem uma hora por inteiro.
Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de
coveiro. Agosto que lhe dá no rosto.
Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro. Não há luar como o de Janeiro nem amor como o
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio. primeiro.
Em Janeiro saltinho de carneiro. No minguante de Janeiro, corta o madeiro.
Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe- O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º
te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar. de Janeiro.
Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro.
olhar, hora e meia há-de achar. Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o
Em Janeiro, cada Ovelha com seu Cordeiro. jantar.
Em Janeiro, nem Galgo lebreiro, nem Açor Sapato branco em Janeiro é sinal de pouco
perdigueiro. dinheiro.
Em Janeiro, seca a Ovelha no fumeiro. Se queres ser bom alheiro, planta alhos em Janeiro.
Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro. Se queres ser bom milheiro, faz o alqueire em
Em Janeiro, um Porco ao sol e outro ao fumeiro. Janeiro.
Goraz de Janeiro vale dinheiro. Seda em Janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Janeiro fora, cresce uma hora. Verdura de Janeiro, não vai a palheiro.
Vinho verde em Janeiro é mortalha no telheiro.
Gonçalo Santos e João Ramos, 7ºB
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ADIVINHAS

1-Tem asa, tem bico, e fica 7- O que é o que é: Tem 5


em baixo da cama, o que é? dedos, mas não tem unha? 12- É uma caixinha, de bem-
querer, não há carpinteiro,
2- Na água nasci, na água me 8- O Que é o que é? Estou no que a saiba fazer.
criei, mas se me jogarem na início da rua, no fim do mar e
água morrerei? no meio da cara? 13- Verde foi o meu
nascimento e de luto me vesti,
3- O que é, o que é: De dia 9- São sois irmãos do mesmo para dar a luz ao mundo mil
fica no céu e à noite fica na nome, vão marchando com tormentos padeci.
água? afinco, mas um dá sessenta
passos, enquanto o outro dá 14- Sou gigante e gigantão,
4- Por que algumas pessoas cinco. tenho doze filhos no meu
colocam o despertador coração, de cada filho trinta
debaixo da almofada? 10- Faço os olhos bonitos e netos, metade brancos,
os coelhos são doidos por metade pretos.
5- O que é que anda com os mim, cresço de pé e sirvo para
pé na cabeça? pratos sem fim. 15- Somos duas irmãs gémeas,
despidas ou enfeitadas, nunca
6- O que é que quanto mais se 11- Foi feita para impedir, nos podemos ver e nunca
perde, mais se tem? também para deixar passar, andamos zangadas.
meu dono pode-me abrir que
esse nunca vai roubar.

Adivinharam?
Sim? Estão de parabéns.
Não? Então, no próximo número do “Olho Vivo”, publicaremos as respostas.

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS


Textos elaborados pelos alunos do 12º ano nas aulas de Português da professora Teresa Correia

O mundo é imenso Sê um só, um céu


Mesmo quando tudo está errado Com nuvens e dúvidas
Nunca se cai… Com relâmpagos e arco-íris.
No fundo de ti Insano, insatisfeito e inteiro.
Existe toda esta terra Mas vê de todas as cores,
Por onde podes caminhar Sem medos nem máscaras.
A gravidade por vezes atira-te Original, sem te afastares de ti
Para o fundo Grande, sem pretenderes sê-lo.
Mas nunca se cai…
Faz-te à medida do que exiges
Existe toda esta terra, Procurando a perfeição
Por onde encontras caminhos Na noite que brilha
e… nunca se cai. No dia que vibra
No sonho que prevalece.
Cristiana Pereira, 12º CT4
Cláudia Batista, 12ºCT4

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS
A vida é única! Sê feliz!
Segue o teu instinto, Sê feliz como uma criança;
Guia-te pelo coração ... Quando abre a sua prenda,
Podes falhar, Sempre na esperança,
Encara como uma lição. De tudo e de nada ...
Aprende com os erros! Acredita na possibilidade,
Descobre o significado dos teus actos, Ela existe.
Gestos, atitudes, acções ... Em tudo, em quase tudo, em qualquer coisa!
Reflexos do que somos, No que desejas,
Do carácter, No que amas,
Da personalidade de cada um. Ela está sempre presente.
"Cada um é cada qual"! A vida é um oceano cheio de altos
Luta pelo que acreditas, E baixos.
Vence ... e triunfa, Tenta alcançar os altos mais altos
Mesmo derrotado. E deixa os baixo no fundo.
Flutua no mar calmo, Impede que as tristezas façam parte de ti!
Rema no mar agitado ... E lembra-te que o amor existe,
Sem abandonar nada Mesmo nas coisas mais simples,
Nem ninguém. Ele aparece,
Não te deixes cair ... Mesmo que não acredites.
Nunca desistas!
Tânia Lopes 12° CT4 Ana Oliveira, 12º CT4

Moro no mar do cansaço do pensamento A vida passa como um rio,


Nas ondas da ansiedade Passa e nunca mais regressa.
Não fitemos somente o seu curso,
Vagueio pelas ilhas do pensamento Mas banhemo-nos nele.
Colhendo as frutas da deliberação
À noite adormeço no barco da dúvida Colhamos cada momento da nossa vida
Olhando para o céu onde as estrelas me beijam. Gozemos todos os segundos, minutos, horas e dias.
Sintamos, desejemos e amemos,
Sinto-me longe da costa… Com toda a intensidade, a vida.
Ao amanhecer volto a encontrá-lo Vivamos até ao fim do nosso percurso,
Volto a passar na mesma ilha Pois, um dia, a sombra lembrar-se-á de nós.
A minha ilha onde o pensamento é dúvida e receio
Ana Mafalda, 12ª CT4
A única ilha que conheço…
Celina Ribeiro, 12º CT4

Vivo a vida Vivo-a simplesmente


Vivo-a um dia de cada vez Estudo
Vivo ao máximo esse mesmo dia Brinco
Vivo-as com as pessoas que amo Corro
Vivo com amor Mas vivo-a
Como disse, vivo-a simplesmente…

Rute Pedro, 12º CT

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS
Vivo cada dia como se do último se tratasse Aproveitar a vida ao máximo,
Olho para o mundo e vejo o fim a aproximar-se É a minha filosofia de vida,
Estes tempos negros vieram para ficar… Amar sem olhar para o lado
Por isso, dia após dia o céu começa a desabar E aproveitar cada alegria vivida.
O que se passa no mundo
Onde, hoje em dia, Podes dizer o que quiseres
Para matar não é preciso nenhum motivo? Pois as críticas não me abalam
Às vezes paro e penso: “Qual é o sentido da vida?” Sou o que sou
Porque olho à minha volta e só vejo uma saída E não aquilo que falam.
Não há razão para viver, viver já é pecado Os amigos são a minha melodia
Cada vez que saio à rua vejo a morte a meu lado A música é o meu abrigo
Como dizem que um dia seremos todos amados Tudo junto me dá alegria
Se mal acabamos de nascer já temos os dias contados? Tornando-me num ser protegido.
Sofia Pombal, 12º CT1 Minha vida é assim
Simples e sem afins
Gosto dela assim
Por isso vou pôr-me a andar de patins!
Joana Afonso, 12ºCSE
Os rios correm. As nuvens voam;
as florestas crescem, as montanhas movem-se
tudo está em movimento, o tempo foge do relógio!
E não há nada que possamos fazer!
Tem de ser aproveitado.
Tem de ser aproveitado e aproveitado de todas as maneiras!
Tem de ser aproveitado e aproveitado de todas as maneiras várias vezes!
Mas o tempo escasseia!
E tudo acaba, o abraço da morte.
Suave, como um sonho agradável,
Agradável, como algo que finalmente se consegue.
E então, o tempo não tem sentido.
Braz, correntemente a habitar a mente de Henrique Fernandes , 12° CT4

Acordar da ignorância. Acordar para o mundo,


Onde nesta selva presente e compulsiva
O reino do submundo se aproxima, mãos pálidas
Lançam sombras à terra e assinam os campos do desespero.
O curso do rio não devemos seguir
Nem o trilho dos pensamentos impuros.
Vida é sofrimento! E para o sofrimento há cura,
Este caminho devemos percorrer e alcançar Nibbana.
Estado de espírito profundo
Adquirido pelo Nobre Caminho Óctuplo.
Acordar da ignorância…
Anji Bodhisattva (heterónimo)

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS
As horas ditam cada passo Não sejas de ninguém,
E a melancolia de cada espaço Sê de ti mesmo.
A certeza de que vivo e existo
Num mundo muitas vezes de fracasso, A vida é inconstante,
Que me condiciona e obriga Mas tu não…
A perder tempo escasso. Quando fizeres algo
Faz diferente dos outros
Um tempo fugaz Faz por ti, não por alheios.
Que não me permite ser capaz Quando arriscares algo
De a contemplar por inteiro Arrisca tudo
Correndo e voando… Arrisca pelo que és, pelo que queres, pelo que
Ele passa; sentes.
E eu continuo sonhando Quando saíres
Um dia levantar o braço Sai da rotina, sem te importares com o que os
Para desenhar cada instante outros pensam disso
Na sombra de um traço, que eu faço! Quando viveres
Vive um dia de cada vez, ao máximo
Que a enormidade do teu querer Vive esse dia como se fosse o último.
Te guie e te motive
Pela estrada da vida; A vida é só uma
Que a desproporção do teu ser Vive-a, sente-a, aproveita-a
Te dê força a cada dia Vive-a só com um propósito:
Te dê coragem e alegria Ser feliz
Te faça prometer que vais ser feliz E sem medo de o ser.
Por mais que a dor te impeça
Paula Pacheco, 12º CT4
Sendo sempre um aprendiz
A encaixar mais uma peça.
Joana Castanheira, 12º CT4

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FUTSAL NO FEMININO
Secundária vence Palmeiras
Integrado no Desporto Escolar, realizou-se, Quarta-feira dia vinte e três de
Janeiro, um encontro de futsal entre a equipa juvenil feminina da nossa Escola e as
representantes da Escola Secundária das Palmeiras. O jogo que decorreu no ginásio
da escola da Covilhã terminou com a nossa vitória por cinco a um.
O golo sofrido aconteceu logo nos primeiros minutos quando a equipa do
Fundão ainda estava a tentar adaptar-se às reduzidas dimensões do campo. De facto,
o tamanho abaixo das medidas regulamentares perturbou as jogadoras que tiveram
dificuldades tanto na movimentação como no cálculo dos lances.
Apesar disso, logo que recobraram ânimo, após o primeiro golo sofrido, as nossas jogadoras
impuseram às adversárias um ritmo frenético recheado de uma razoável técnica de progressão em campo e,
paulatinamente, colocaram cinco bolas na baliza oposta.
Apesar da sua superioridade, o marcador poderia ter sido dilatado se as jovens jogadoras soubessem
ouvir as recomendações que, insistentemente, o professor treinador lhes gritava. Em vez de realizar um
jogo movidas essencialmente pelo instinto guerreiro que as incitava à vitória, as meninas poderiam ter tido
uma excelente prestação se aplicassem com tanta garra as tácticas sugeridas pelo “Mister”.
Conclui-se que com uma aprendizagem importante e necessária, a equipa vai longe.
João Afonso

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DEZ RAZÕES PARA DEIXAR DE FUMAR
Se se lembrar que:
- o fumo do tabaco contém mais de 4.000 substâncias químicas;
- dessas substâncias, várias têm efeitos tóxicos ou irritantes, como o monóxido de carbono, a acetona
ou a amónia;
- no fumo do tabaco foram identificadas mais de 40 reconhecidos carcinogénios (substâncias capazes de
produzir cancro) ex.: benzeno arsénico, cádmio, níquel, chumbo, amónia, cloreto de vinilo, metano, e
substâncias radioactivas como o polónio 210;
- muitas dessas substâncias existem na folha do tabaco, outras são produzidas durante o processo de
produção e de cura, a partir da combustão da folha, e dos aditivos químicos, do papel e das colas
utilizadas no fabrico dos cigarros;
- a nicotina existe na folha e no fumo do tabaco. É uma substância com propriedades psico-activas,
sendo a responsável pela dependência provocada pelo consumo do tabaco. Esta dependência é de
natureza física e psicológica.
- quando os níveis de nicotina, no organismo baixam, podem surgir diversos sintomas tais como :
dificuldade de concentração, insónia, ansiedade, irritabilidade, aumento de apetite.
- a nicotina, uma vez absorvida, atinge o cérebro em poucos segundos, proporcionando a estimulação
dos centros cerebrais relacionados com o prazer, o que leva à repetição do acto de fumar.
Uma vez instalada a dependência à nicotina, fumar torna-se um gesto compulsivo, do qual muitos
fumadores têm dificuldade em libertar-se.
Deixar de fumar traz:
Mais independência
Mais energia
Mais bem-estar
Mais motivação
Mais resistência
Mais equilíbrio
Mais prazer
Mais liberdade
Mais dinheiro
Natália Carvalho, Professora responsável pelo Gabinete de Saúde

RESULTADOS DA SONDAGEM DO OLHO VIVO


De acordo com a sondagem feita pelo Olho Vivo na Plataforma Moodle da Escola, parece que a
nossa comunidade escolar tem consciência dos malefícios do tabaco e vêem com bons olhos a chegada da
lei anti-tabaco.
Com efeito, 67 % dos inquiridos concordam com a proibição nas escolas. Apenas 13% discordam
embora ainda haja 20 % de indiferentes. Em relação aos outros locais, 40% concordam com a proibição
embora 47 % considerem que a legislação não se deveria aplicar aos bares e discotecas.
Concorda com a proibição de fum ar em
Concorda com a proibição de fum ar na restaurantes, bares e discotecas?
escola?
20%
Sim

40%
Sim 47%
13% Não
Não

67% É-me indiferente

Sim em restaurantes,
não em bares e
13%
discotecas

28 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

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