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Okanran é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com uma concha aberta pela natureza e
quinze fechadas. Nesta caída responde Exu, indicando novidades, situação difícil, calúnia e conflitos.
Exu adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação,
prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito a prisão, acidentes, feitiços e
os caminhos fechados.
Personalidade
São criativos, persistentes e de excelente memória. Possuem forte intuição, são maus gostam de ficar sós,
possuem aparência descuidada, são egoístas e medrosos.
Tendem ao egoísmo e ao individualismo.
O consulente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é
necessário fazer ebó, para retirar as perturbações, e para que exu trabalhe em sua defesa. Quanto a
personalidade das pessoas regidas por esse odu, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a
própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e
separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa. quando a regência for de
ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranquilo, terá seu
caráter amenizado.
Ejiokô é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com duas conchas abertas pela natureza e
quatorze fechadas. Nesta caída responde Ibeji e Oxalufan, significando casamento, disputa amorosa, inveja, e
até mesmo briga com irmãos e familiares para recebimento de herança.
Apesar de Ibeji responder nesta caída, é Oxalá quem comanda (protetor das crianças), por causa da
personalidade instável de Ibeji. Quando esse odu cai na 4ª caída no jogo do merindilogun, surpresas boas,
cartas, dinheiro, lucros em negócios, amores, boas notícias, casamentos, noivado, formatura, convites para
festas e fim de sofrimento.
Na 1ª caída, fala em mediunidade, representa também ciências Ocultas; nas demais caídas fala de
demandas, indecisões, gravidez. Quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ ou sob sua
influência, são muito alegres e felizes, possuem muita sorte, porém não chegam a ficar ricos, não são
ambiciosos e procuram dividir tudo o que possuem.São muito confiantes, voluntariosos, geniosos,
prepotentes, exigentes e tentam sempre impor suas vontades. Dessa maneira adquirem constantemente
inimigos declarados e ocultos, pois pessoas desse ODU são muito invejadas e vítimas de inimigos traiçoeiros,
acarretando muitas demandas para impedir o completo triunfo das pessoas sob essa influência.
Para que possam ter sucesso deverão aprender a guardar segredo de todas as suas verdadeiras intenções e
se algo sair errado, se tornam muito sofridas, quando algo não lhes sai como desejam, e, aí, fazem mexericos
e criam grandes confusões, mas como geralmente possuem bom coração, logo se arrependem do que fizeram
e procuram contornar a situação criada por eles mesmos e tentam tudo para reconquistar as amizades
perdidas. Sofrem muito por doenças, amores não correspondidos, enfim, a personalidade é bem instável.
Personalidade
São geniosos e exigentes. Impõem a sua vontade, por isso também adquirem muitos inimigos. São alegres e
felizes porém quando nada lhes sai a contento, tornam-se sofredores. Possuem muito bom coração. São
corajosos, briguentos, possuem iniciativa própria, são ambiciosos.
Obará é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com seis conchas abertas pela natureza e
dez fechadas. Nesta caída responde Oxosi, Xango e Logunede. Significa que a pessoa é alegre, generosa,
farta e tem o caminho de prosperidade, desde que procure sempre buscar a positividade deste Odu. Liderança
e espiritualidade faz parte da sua vida.
As pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça,
rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se
apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado,
portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem.
As pessoas regidas por esse ODÚ, possuem grandes ideias e passam boa parte de sua vida tentando realizá-
las e dificilmente encontram meios de como começar, algumas vezes, ou na maioria fracassam por não
pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro, e as pessoas acabam vencendo pela força de
vontade, devido a possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente. São batalhadoras e possuem o
privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros odus, que se dobram a ÒBÁRÁ. Se, numa
situação difícil, procurarem o auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.
Personalidade
Pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com
habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e
inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens.
Êjibé ou Alafia é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com dezesseis conchas abertas pela
natureza. Nesta caída responde Orumilá. Imediatamente o olhador saúda o jogo dizendo Eleri Ipin. É esta
caída que todo babalorixa, ialorixa e o povo do santo deseja e espera para os consulentes, pois representa
luz, alegria, a verdade, a prosperidade, a saúde e longevidade. A única recomendação é que esta pessoa use
uma peça de roupa branca nos dias de sexta feira.
Personalidade
São pessoas que alcançam triunfo em tudo, lucros, heranças, viagens, felicidade, boas propostas.
São pessoas que sempre precisam de orientação espiritual.
Este Odú representa o princípio da vida, o equilíbrio do Universo. Nele falam todos os Orixás funfuns que são
os responsáveis pela vida e pela continuidade da mesma. São todos os 154 representantes da família do
branco e cabe a cada um deles, a missão de manter o equilíbrio da atmosfera terrestre.
Temos Oduduwá que traz na tradução do seu nome, o sentido gerador, a fonte geradora da vida. Temos
também Obatalá, Pai e Senhor do Céu, ou seja, da grandeza e ainda Oxalá que poderíamos descrever como
Pai Guardião do infinito.
Dentro da filosofia africana, acredita-se em um só Deus, isso faz com que seja monoteísta, que é conhecido
pelo nome de Oludumaré, que é tido como Senhor Deus do Destino Supremo dos Homens e todos os seus
derivados como os Irumalés, que se subdividem em Orixás, Eboras e os nossos conselheiros que
permanecem no Ayê nos auxiliando e aconselhando e que nós chamamos de Pai do Espírito que é Babá Egun
e temos um homem e uma mulher de confiança que através de seus conhecimentos manterão interligados os
homens aos seus Orixás.
O termo ORIXÁ significa guardião da Cabeça porque todo segredo da vida está armazenado na cabeça. A
cabeça é a fonte de continuidade do sustento e preservação da vida. É através do Orí que o ser humano
recebe a ligação de Eledá.
Alafiá representa a alegria, uma vida melhor, tranquilidade e todo o ar que respiramos sem o qual a vida não
existiria. É o sopro da vida.
Perfil:
Pessoas que sempre estão procurando ajudar a todos. Clamam ao extremo, mas não são radicais em atitudes
e pensamentos. Não ligam muito para os valores financeiros e sim para os valores emocionais. Estão sempre
em paz.
oloje iku ike obarainan
6-Odu EJÍOLOGBÓN
Êjilobon é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com treze conchas abertas pela natureza e
três fechadas. Nesta caída responde Nanan, Omolu, Egun, Obaluaye, Iku. Significa que a pessoa trabalha
muito e ganha pouco, tudo que recebe acaba perdendo. Tem grandes dificuldades amorosas, trocando de
parceiros varias vezes na vida e com tendência a solidão. Apesar de ter problemas nos ossos, artrite, artrose,
coluna e dores no corpo tem longevidade.
Este é o verdadeiro odu de nana, o odu que pode ser considerado o odu da morte. ejilogbon (ejilobon)ou oye
ku
Personalidade
São teimosos, rancorosos, humildes, impacientes, zelosos, dóceis, conservadores. Possuem difícil trato, são
bastante introspectivos. Em geral são pessoas com temperamento e aparência de pessoas mais velhas.
Tem pavor da morte. aparentam possuir uma felicidade que na verdade inexiste.
Ejí-Ologbon
Este é o Odú da grande família Dan, Senhor do Mundo, atuante da região de Daomé, Savalú, Savé, Mahin,
Nupé, Tapa e Igena. É o vodú da criação. É representado por uma enorme serpente com uma cauda que
começa na terra e a cabeça pairando sobre as nuvens do céu. É ele que liga a terra ao céu.
Fala neste Odú Oxumarê, Ewá, Dankô, Irôco, Possun, Onilé, Nanã, Ossain, Obaluaê e Ikú. É a maior
representação da família Gege no país Yorubá.Simboliza a vida e a morte. É um Odú muito perigoso e toda
vez que ele cair para uma pessoa, é necessário que tire um Ebó Ikú e depois de uma semana, ela retorna
para que seja feito um novo jogo.
Um Oluwô, da região do Benin, contou que Lisa Wawu criou este Odú para punir todas as pessoas que se
voltasse contra a terra, visto que ele é a representação da terra. Este mesmo Oluwô teve uma experiência: ele
nasceu para morrer e sua mãe que se chamava Nanã Igbejú, preocupada com seu estado de saúde, fez
oferendas para Ikú pedindo que a morte fosse embora de seu caminho e o Vodú da família lhe mantivesse
vivo. Até hoje, ele tem que esconder-se da morte e teve que formar-se Guardião de Ifá para que sempre possa
consultar o Oráculo com a intenção de saber se Ikú está perto ou longe, porque Eji-Ologbon quando não
mata, dá a vida.
Nanã teve vários filhos e todos diferentes:
Nanã sentiu-se amargurada, pois todos os filhos que teve nasceram com dom, sabedoria e uma beleza rústica
e ela não sabia compreender essa beleza, tinha pavor de todos eles:
Sapatá, ela colocou num balaio feito de palha da costa, cobriu com búzios para aquele que o encontrasse,
pois na época dos Orixás e Vodus, o búzio era usado como moeda. Caminhou até a região de Egbá, porque
ouviu dizer que naquela região existia uma bondosa senhora que não recusava nenhuma cabeça, pois
acreditava que todas as cabeças pertenciam a ela, não importando se esta era feia ou bonita, defeituosa ou
perfeita, boa ou ruim, ou seja: era a mãe perfeita para o filho de Nanã. Então, colocou o filho na beira d'água e
ficou observando por nove dias e nove noites. Ao término do nono dia, avistou um clarão que envolveu o cesto
e o levou. Nanã sentiu-se feliz, pois agora sabia que seu filho seria bem cuidado visto que a Rainha do Lodo,
Senhora do Ará, não tinha jeito com crianças;
Irôko ela levou-o para a cidade de Ifé, pois aos olhos de Nanã todos que alí nasciam, já nasciam velhos e ela
não suporta a velhice.
Ikú, nunca aceitou sair do lado de sua mãe, pois que era igual a ela. Tinha grande amor e admiração por ela.
Como ela sabia que ele jamais iria embora, deu a ele a incumbência de buscar todos os corpos que a ela
pertence. quando Ikú aproxima-se de uma pessoa é porque a mesma está correndo risco de vida.
Ewá foi violentada pelo seu próprio irmão, então revoltou-se com toda masculinidade e com o ato sexual.
Como seu irmão bateu muito nela na hora do ato, ela ficou deformada, isso a levou a não suportar nada que
reflita sua aparência e toda as vezes que aparece para seus devotos, é da melhor forma para que as mulheres
não percam a vaidade, pois é ela a representação da beleza feminina e só permite que seus devotos sejam
iniciados com a menor idade e, de preferência, antes da primeira menstruação.
Oxumarê nunca ligou para as atividades da mãe, pois era dotado de um grande dom, o da adivinhação.
Motivo este, que as pessoas não se preocupavam com sua aparência, seu dom era maior do que a forma que
tinha e os seus acertos lhe davam riquezas e honras. Teve tanta fama que até um poderoso rei da aldeia
vizinha consultou Oxumarê e quando viu o tamanho do poder, não deixou mais que Oxumarê fosse embora e
deu a ele o título de Ojú Obá - Os Olhos do Rei. Muitos anos Oxumarê serviu a este rei.
Mas um dia, Olodumaré viu que a vida no mundo estava ameaçada porque não existia nenhum Orixá
encarregado de fertilizar a terra e uma terra seca não há de dar fruto e o homem sem fruto não terá vida. era
necessário um Orixá da terra, retornar ao infinito e somente ele saberia como fertilizar a terra.
O Rei Olodumaré, criador de todas as coisa, sabendo e conhecendo Oxumarê tão bem, mandou que fosse
morar de vez no Orun.
Possun era um guerreiro louco, muito semelhante a Ogun. Tinha as mesmas vontades e a mesma fúria, com
uma diferença: os Voduns tinham o poder de ser transformar em feras quando encolerizados. Assim era
Possun, uma fera. Nunca aceitou aliança com os Yorubás, por este motivo não se assenta este Orixá em casa
de Keto.
Dankô é o Vodun que vive no meio dos bambuzais. ele tem no corpo várias dobras que são iguais aos nós do
bambu, tem a cabeça pontiaguda semelhante aos Yorubás. Guarda e protege as casa. Todas as vezes que se
passar por um bambuzal, é de bom grado cumprimentá-lo e atirar moedas para que ela possa nos proteger do
feitiços e encantamentos.
Ossaim nem esperou que sua mãe o mandasse embora. Como não suportava a maneira que ela o tratava e
tendo vergonha da família, foi morar na mata. ao viver na floresta, foi adotado por Igbó a árvore e teve dois
companheiros; um que se chamava Eleyé - o pássaro que tudo vê e nada esconde de Ossaim e o outro que
era Imolé da floresta que ele batizou com o nome de Aroní. Nunca nenhum Orixá, nem Vodun, nem ser
humano havia entrado nas profundezas da mata. Igbó se transformou no pai de Ossaim, o ensinou a combater
todos os perigos e ameaças que poderia sofrer. Depois mandou que Ossaim procurasse Yá Mí, a feiticeira que
controlava todos os segredos da floresta. Ossaim aprendeu com Igbo o segredo das folhas e com Yá Mí o que
fazer com elas: curas, encantamentos e feitiços. Yá Mí mostrou a Ossaim as duas folhas mais importantes da
mata:
Uma que se chamava Ewe Ifé e disse:
- Esta é a folha do amor, da pureza e da vida.
Depois mostrou a segunda e disse:
- Esta é a Ewe Ikú que é a folha do abandono, da falsidade, da traição e da morte. Yá Mí disse ainda para
Ossaim:
- Eu moro com Igbó, a árvore, embora muitas pessoas não saibam, mas Igbó é o tronco, a parte que sustenta.
Eu sou a copa, a parte que ampara e dá sombra, sirvo como abrigo e pouso para os pássaros. Por isso, tudo
aquilo que vêem me contam da mesma forma que Eleyé lhe conta. Se Igbó é seu pai, eu serei sua mãe, pois
fostes abandonado e se intitulou Ossaim com vergonha do seu verdadeiro nome. Por pior que seja a família
não devemos renegá-la porque é ela é nossa raiz e somente a família nos faz existir. O seu povo, eternamente
lhe chamará pelo seu nome Agué Maré, mas o mundo lhe chamará por sua sunda que é Ossaim. Não se
apresentará mais no mundo dos homens. Teu saber é muito grande e os Voduns e Orixás tentarão tornar-se
donos de sua sabedoria e poder. Por esse motivo, toda vez que quiser algo da cidade, terá que mandar Aroní.
Muitos Orixás, Reis e Olojás não vão querer negociar com Aroní. Para esses Reis, Voduns e Orixás, Aroní
usará o seu nome e com o passar do ninguém saberá quem é Aroní ou quem é Ossaim. Confundirão as
cabeças dos devotos pois dessa forma a mata nunca se acabará e os Orixás que quiserem falar com Ossaim,
deverão vir até você e nunca irás até eles, mesmo que tentem roubar o segredo de Igbá, onde você guarda
suas folhas e sementes secretas e sagradas.
Você não deverá se preocupar porque o segredo está em você porque na cabaça estão só as folhas e
sementes. Você me representará no culto e poderá falar em meu nome porque o que você tem, não fui eu que
lhe dei, mas nasceu contigo, porque tu nasceste da Mãe da Morte para dominar os segredos da vida".
Perfil:
As pessoas regidas por este Odú, são inteligentes, sensatas e audaciosas. Seguros de si. Trazem o feitiço nos
olhos. Normalmente viveram uma infância com muitas dificuldades. Nunca perdem uma batalha.
oloje iku ike obarainan
Obéogundá, também chamado de Kalelogun é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com
quinze conchas abertas pela natureza e uma fechadas. Nesta caída responde Iyewa, Ogum e Oba. Significa
mudança repentina com caminhos de perdas, possibilidades de ficar paralisado das pernas e problema na
audição. Pessoa corajosa e audaz de caráter altivo.
Personalidade
São pessoas com grandes dificuldades em relacionamentos amorosos, levam vida agitada, são batalhadoras;
possuem personalidade forte e exigente. São muitas vezes incompreendidas e vingativas.
Também são muito trabalhadoras e portanto são favorecidas nos negócios, (com pouco lucro, sucesso) mas
com muita luta tendem a vencer.
Fala neste Odú Obá, Oyá e Ogun
Este Odú fala sobre as guerras, as brigas e principalmente a desunião.
A Padroeira deste Odú é Obá e traz em sua defesa sua irmã mais nova conhecida na cidade de Ibadá como
Oyá e na cidade de Irema como Iansã.
Oba é um Orixá feminino que pertence ao culto dos Yorubás. Teve dois relacionamentos em sua vida. No
primeiro, ela foi violentada e se exilou indo viver nas profundezas da floresta e criou um culto próprio que se
chamava YÁ MI EGBÉ, ou seja: Comunidade das Feiticeiras.
Obá começou a conspirar contra o culto dos homens e não teve nenhum Orixá masculino que a vencesse
numa luta corporal, era rápida, astuta e tinha uma força que nem o temido Ogun conseguiu vencê-la.
Envergonhado, procurou um Esó da floresta para saber o que poderia fazer para vencer essa poderosa
fêmea, que quando brava, parecia um homem.
O feiticeiro mandou que ele pegasse inhame e quiabo, fizesse uma massa bem viscosa e colocasse atrás de
um mato, longe dos olhos daqueles que iriam assistir a luta, assim sendo, conduziria Obá para aquela região
e quando ela colocasse os pés na massa, iria cair e Ogun deveria possuí-la mostrando assim que por maior
que seja a força feminina, jamais será superior ao poder masculino. O principal poder do homem é a força
bruta e da mulher é a consciência. O que controla a cólera é a consciência
Obá sentiu-se envergonhada após ser violentada em público e jurou que nunca mais, nenhum homem ousaria
tocá-la. Retirou-se de vez da cidade, passando a viver na parte mais obscura da mata.
Mas, um belo dia, um rei de tranças, que usava argolas em suas orelhas, muitas pulseiras de cobre, colares
rente ao pescoço, robusto, com ar de alegria e um sorriso que representava a vida, perdeu-se nas
profundezas da mata em uma das suas viagens onde iria visitar Ogun, na cidade de Irê.
Obá avistou esse poderoso rei que trazia um brilho tão ofuscante que mais parecia o sol. Obá encantou-se.
Estava apaixonada. Seu coração chorava por que se via mediante a promessa que havia feito e que a proibia
de entregar-se ao amor.
Xangô, o rei, galante e conhecedor da beleza que tinha, usou seu charme e encanto para seduzir aquela triste
mulher que tanto sofrera. Xangô disse:
- Por que se esconde mulher? A beleza que procuro é a que vem do coração. Porque burro é o homem que
não consegue enxergar a beleza que traz escondida dentro de você.
Obá nunca tinha ouvido elogios. Não pôde controlar-se entregou seu coração aquele homem que tinha a
conquista como o maior prazer – “possuir o que ninguém mais possui”.
Após esse teatro de amor, Obá mostrou-lhe o caminho de volta e ele viu que maior que a beleza física, era a
lealdade que ela devotava a ele, sabia que ela jamais o trairia, pois os filhos de Xangô para não sofrer
injustiças e perseguições, devem ter assentado Obá, única Ayabá que guarda a retaguarda de Xangô. Obá
deixa de cuidar de si para cuidar de Xangô.
Perfil:
São pessoas de grande valor. São incompreendidas e se tornam agressivas quando não bem sucedidas.
Ambiciosas, buscam paz na Terra e no Mundo, sonhadores e desligados. Costumam sofrer muito no amor.
oloje iku ike obarainan
Iká é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com quatorze conchas abertas pela natureza e
duas fechadas. Nesta caída responde Oxumare, Osain, Logunede, Ibeji. Significa que esta pessoa apesar de
todos os problemas em diversos setores da vida, sempre vai ter o sorriso nos lábios e alegria de viver. São
bons amigos e adora reuniões para compartilhar momentos agradáveis. Tem pavor da morte, muito mais que
os filhos de Xango.
Personalidade
Fazem boas amizades, são desconfiados, traiçoeiros. Possuem muita sorte relacionado ao dinheiro. São muito
ativas, estão sempre em movimento(ação).
São pessoas equilibradas, preocupam-se com o bem estar de outrem, possuem muita liderança e facilidade
de aprendizado, portanto adoram aprender e a ler (inteligentes)
Neste Odú fala Egun e Bessem.
Contam alguns sacerdotes antigos do Tongo, numa cidadezinha chamada AGUEREDISA, habitava um ser
que era semelhante a Oxumarê dos Yorubás ou Dan, a serpente dos Daomedanos. Algumas pessoas também
lhe chamavam de DANBURÁ – o homem que de seis em seis meses trocava sua pele. Quando estava
próximo de sua transformação, era chamado de FREKUEN, ou seja, aquele que tem o poder da
transformação.
Todas as vezes que ele ia para água, deixava em seu trono um grande amigo que se chamava BABA LAILAI,
e era conhecido também, como Senhor das Hierarquias, da Antiguidade e da Tradição. Usava vestes
coloridas, panos de diversas cores, muitos penduricalhos como saoro, kasisis, guisos de serpente, pedaços de
espelhos com ornamentação, muitos búzios e algumas ráfias que se assemelha a palha da costa.
Bessem tem o poder da vida e da morte e conduz o vapor da terra até a atmosfera e é através dessa união
que surge o Oro Ijô, a chuva que serve para manter todos os elementos vivos. Por esse motivo, temos que
manter sempre próximo ao assentamento desse Orixá vasilhas, potes, quartinha, porrões, principalmente um
poço ou uma fonte. Ele é representado sob o pé do assentamento de todos os Orixás, pois é a água que lava,
limpa e purifica. É considerado o pacto que Deus fez com os homens.
É importante que todas as vezes que for fazer algo por um Orixá, manter uma quartinha com água
representando a vida, a ligação do homem com seu Deus. Esse é o Orixá que une. Simboliza os pares que
unidos se transformam em um só ser como um homem e uma mulher perante o casamento, o dia e a noite, o
sol e a lua e o céu e a terra.
Também encontramos Egun interagindo com muita predominância neste Odú, pois, Bessem é o encanto e
Egun é o Imolé que guarda e protege esse encanto.
Perfil:
As pessoas regidas por Iká são persistentes e facilmente conseguem alcançar seus objetivos. É de fácil
convívio, apegadas a família mesmo estando longe de casa. Iká é o Odú da saúde - mente sã e alma limpa.
oloje iku ike obarainan
Etaogundá é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com Três conchas abertas pela natureza
e treze fechadas. Nesta caída responde Ogum. O consulente tem que ser acolhido imediatamente, pois
precisa urgente de uma limpeza de corpo e um bory, devido ao risco de uma grande depressão até mesmo de
vida.
Ogum se apresenta com toda força da espada da Lei da justiça, é um ODU justiceiro, por ser ele o Senhor das
lutas e das batalhas. Quando esse odu se apresenta no jogo, o consulente deverá ser esclarecido a fim de
encontrar forças necessárias para enfrentar todas as situações desagradáveis e jamais recuar diante de
qualquer obstáculo. Somente não deverá agir com impulso de maldade e sim, espírito de bondade e
esperteza, e muita calma, pois é uma indicação de dificuldade com alguns prejuízos e graves consequencias.
O consulente deverá ficar em alerta, pois haverá fracassos nas realizações de grandes projetos, quando esse
fato acontece, é preciso que o consulente tenha muita calma e paciência, pois esse e um caminho imposto por
esse odu, e nesse momento, este deverá agir com prudência e acima de tudo com justiça. Não deve depositar
confiança demasiada em certos amigos, pois no meio deles haverá um traidor, um falso amigo.
O consulente só terá bons lucros e bons resultados, mediante seus próprios esforços e sacrifícios, pois deverá
ter muito cuidado para não haver acidentes em rua, estradas, doenças graves e decepções. Os caminhos
desse odu, quando em suas fases negativas, poderão indicar também brigas, pancadarias, prisões,
separações, desfecho de caso na justiça, documentos importantes sem andamento, rompimento de uma
sociedade, falência e separação amorosa. Deverá ser alertado, quanto a todas essas possíveis situações
desastrosas, incluindo também um aviso importante que haverá perigo de papeis comprometedores, nesse
caso, este deverá ter muita calma e cautela com essa situação, e de que ele somente vencerá todos os
obstáculos, se ele próprio tiver razão, pois esse odu, só age pela razão.
Personalidade
São pessoas conscientes que sua forca de vontade é importante para o sucesso, persistência e coragem para
tirar melhor proveito das situações, pessoas que usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a mentira,
falsidade, fingimento, avareza e falsa modéstia.
O homem regido por esse ODÚ, é muito viril, sério e organizado; quando a mulher, tem muita fertilidade, mas
não é sensual (sexy). Tanto um, quanto o outro, são radicais, olho por olho, dente por dente.
1º ODÚ – OGBÊ I ou 0
EJIÒNILÊ (8)
(ORÙNMILÁ) I 0
(OSETURÁ)
I 0
I 0
2º ODÚ - OYÈKÚ I I ou 0 0
OLÒGBÓN (13)
(ORÙNMILÁ) II 00
(OSETURÁ)
II 00
II 00
3º ODÚ - IWÒRÍ I I ou 0 0
EJILASÈBORÁ (12)
(ORÙNMILÁ) I 0
(OSETURA)
I 0
II 00
4º ODÚ – ODÍ I ou 0
ODÍ (7)
(ORÙNMILÁ) II 00
(OSETURÁ)
II 00
I 0
5º ODÚ – IÒRÒSÚN I ou 0
IÒRÒSÚN (4)
(ORÙNMILÁ) I 0
(OSETURÁ)
II 00
II 00
6º ODÚ - OWÓRIN I I ou 0 0
OWÓRIN (11)
(ORÙNMILÁ) II 00
(OSETURÁ)
I 0
I 0
7º ODÚ - OBÀRÁ I ou 0
OBÀRÁ (6)
(ORÙNMILÁ) II 00
(OSETURÁ)
II 00
II 00
8º ODÚ - OKÀNRÁN I I ou 0 0
OKÀNRÁN (1)
(ORÙNMILÁ) II 00
(OSETURÁ)
II 00
I 0
9º ODÚ – OGUNDÁ I ou
0 ETAOGUNDÁ (3)
(ORÙNMILÁ) I
0 (OSETURÁ)
I
0
II 00
II II
II II
I I
Onde I I é terra e I I é água.
II I
II II
I I
II II
Onde I I é terra e I é ar.
II II
I I
I I
II II
Onde I é fogo e I é ar.
I II