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Mestrado em Enfermagem Comunitária na Área de Enfermagem de Saúde Familiar

Reflexão sobre Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados de


Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar e a Prática
de Enfermagem Avançada

Rita Franco Vicente

Leiria, dezembro de 2022


Mestrado em Enfermagem Comunitária na Área de Enfermagem de Saúde Familiar

Reflexão sobre Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados de


Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar e a Prática
de Enfermagem Avançada

Rita Franco Vicente 5220068

Unidade curricular: Enfermagem Avançada

Professora orientadora: Prof.ª Doutora Clarisse Louro

Leiria, dezembro de 2022


LISTA DE SIGLAS

CSP – CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

SNS – SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4

1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO .................................................................................................... 5

1.1 ENFERMAGEM DE SAÚDE FAMILIAR ................................................................................... 5

1.2 PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS ESPECIALIZADOS DE ENFERMAGEM


COMUNITÁRIA – NA ÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDE FAMILIAR ........................................ 6

1.3 ENFERMAGEM AVANÇADA ................................................................................................. 8

2. REFLEXÃO ENTRE PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS ESPECIALIZADOS DE


ENFERMAGEM COMUNITÁRIA NA ÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDE FAMILIAR E A PRÁTICA DE
ENFERMAGEM AVANÇADA ......................................................................................................... 11

3. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 13

4. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 14

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INTRODUÇÃO

Este trabalho surge no âmbito do primeiro semestre do 6º Curso de Mestrado de


Enfermagem Comunitária na área de Saúde Familiar, na disciplina de Enfermagem
Avançada, sob orientação da Professora Doutora Clarisse Louro.

Foi proposto uma reflexão entre os padrões de qualidade dos cuidados especializados
de enfermagem comunitária na área de saúde familiar e a prática de enfermagem
avançada.

Ao longo deste trabalho irei fazer um enquadramento teórico da Enfermagem de Saúde


Familiar, dos padrões de qualidade dos cuidados especializados de enfermagem
comunitária na área de saúde familiar e também da prática de Enfermagem Avançada.
Por fim irei refletir sobre os mesmos.

Sendo a saúde um dos setores mais dependentes dos recursos humanos, qualquer
melhoria no seu sistema de forma a aumentar a qualidade, eficiência ou produtividade
dos cuidados prestados irá requerer um investimento nos profissionais que dele fazem
parte, isto é, dotar os profissionais de saúde não apenas de conhecimentos mas de
competências e ferramentas que assegurem os cuidados de saúde de uma forma mais
eficaz (INESC-TEC, 2018).

Os enfermeiros são dos profissionais de saúde que asseguram uma parte significativa
dos cuidados de saúde, sendo necessário um investimento na qualificação dos mesmos,
de forma a uma melhor e mais personalizada prestação de cuidados (INESC-TEC,
2018).

Portugal tem como base do Sistema Nacional de Saúde (SNS) os Cuidados de Saúde
Primários (CSP) e, neste sentido, é necessário formar profissionais especializados
nestas áreas, de forma a uma melhoria de qualidade dos cuidados.

Desta forma o colégio de especialidades elaborou os padrões de qualidade com o


objetivo de nortear e referenciar a prática especializada do enfermeiro.

Com o envelhecimento da população, aumento de doenças crónicas e comorbilidades


e a par da evolução tecnológica é necessário uma gestão de recursos capaz de atender
aos novos desafios da sociedade, sendo necessário uma formação específica e
acompanhamento especializado por parte dos enfermeiros (INESC-TEC, 2018),
nomeadamente a implementação da prática de Enfermagem Avançada.

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1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

1.1 ENFERMAGEM DE SAÚDE FAMILIAR

Nas últimas décadas, a sociedade portuguesa tem sofrido diversas transformações que
resultaram em mudanças da estrutura e organização das famílias. Estas alterações,
associadas a alterações sociodemográficas levaram a novas necessidades de saúde,
nomeadamente a inclusão da família como alvo de cuidados. Esta, tem o seu
enquadramento internacional na Saúde 21, enquanto quadro conceptual das políticas
de saúde para todos na Região Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS),
colocando novos desafios aos enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários, pelo
reconhecimento da sua contribuição na promoção da saúde familiar e coletiva (Diário
da República, 2015).

Os Cuidados de Saúde Primários constituem-se como a base do sistema de saúde


português sendo, de acordo com o Plano Nacional de Saúde, evidenciado as
intervenções de rede e um paradigma de cuidados centrados na família e no ciclo de
vida. Desta forma, o foco da prática dos enfermeiros está direcionado para a família,
enquanto unidade de cuidados (Diário da República, 2015).

O enfermeiro de família é definido como “ o profissional de enfermagem que, integrado


na equipa multiprofissional de saúde, assume a responsabilidade pela prestação de
cuidados de enfermagem globais a famílias, em todas as fases da vida e em todos os
contextos da comunidade”. Na sua área de intervenção, cuida da família como unidade
de cuidados e presta cuidados gerais e específicos ao nível da prevenção primária,
secundária e terciária, juntamente com outros profissionais de saúde, contribuindo para
a ligação entre a família e outros profissionais ou recursos na comunidade (Diário da
República, 2015).

No Colégio de Especialidade de Enfermagem Comunitária, 2017, o enfermeiro


especialista na área de Enfermagem de Saúde Familiar tem como foco a família como
unidade de cuidados, possuindo um conjunto de conhecimentos, habilidades e
competências que permitem ao profissional estabelecer uma relação terapêutica. Este,
garante o acompanhamento especializado da família, tendo por base as seguintes
competências:

- Cuida da família, enquanto unidade de cuidados, e de cada um dos seus membros, ao


longo do ciclo vital e aos diferentes níveis de prevenção;

- Lidera e colabora nos processos de intervenção no âmbito da enfermagem de saúde


familiar.

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Existem 4 conceitos relevantes em enfermagem de Saúde Familiar:

• Saúde: A saúde familiar engloba a saúde da família como unidade e a interação


da saúde individual com a família em si e reflete também uma interação a nível
biopsicossocial, espiritual e outros.
• Família: grupo de indivíduos que estão ligados entre si por fortes laços afetivos,
apresentam um forte sentimento de presença. Inclui diferentes indivíduos cada
um com a sua experiencia biopsicossocial e espiritual.
• Ambiente: a saúde familiar é influenciada do modo como os seus membros
interagem dentro de contextos ambientais comuns. Os enfermeiros em
colaboração com as famílias criam ambientes que promovam a saúde e bem
estar.
• Enfermagem: baseia-se na interação entre a família e o enfermeiro, permitindo
a coevolução e contribuindo para a promoção da saúde da família (Colégio da
Especialidade de Enfermagem Comunitária, 2017).

1.2 PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS ESPECIALIZADOS DE


ENFERMAGEM COMUNITÁRIA – NA ÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDE
FAMILIAR

Uma das competências do colégio de especialidade de enfermagem comunitária, 2017,


é a elaboração e aprovação dos Padrões de Qualidade, neste caso na área de
Enfermagem de Saúde Familiar. Segundo este, “os Padrões de Qualidade nesta área
de especialização visa-se simples, de fácil utilização e aplicabilidade, sendo que servem
de norteadores e referenciais para a prática especializada do enfermeiro, consoante o
alvo e contexto da intervenção”, para uma melhoria dos cuidados a prestar.

Os padrões de qualidade são identificados como enunciados descritivos, que nesta área
de especialização são 6, sendo eles: satisfação dos clientes, promoção da saúde,
prevenção de complicações, bem-estar e autocuidado dos clientes, readaptação
funcional e organização dos cuidados de enfermagem.

Para além dos elementos comuns aos cuidados gerais salientam-se elementos
específicos dos cuidados especializados em cada enunciado descritivo.

• Satisfação do Cliente:

- Investiga e respeita as capacidades, crenças e valores,

- gere a forma de comunicar e informar, de forma a criar um clima de confiança


promovendo a relação terapêutica,

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- capacita o cliente para a autogestão e autodeterminação da situação, tendo como base
o projeto de saúde,

-promove a colaboração do cliente como forma de o envolver e facilitar a participação e


negociação dos cuidados,

- avalia sistematicamente a satisfação do cliente em relação aos cuidados e relação com


o enfermeiro.

- criar uma parceria de colaboração com o cliente.

• Promoção da Saúde

- avalia da família regular com instrumentos padronizados,

- elabora, implementa e avalia um plano de intervenção à família,

- habilita o cliente de forma a aumentar os ganhos em saúde, utilizando dinâmicas


participativas e otimizando recursos internos e externos.

• Prevenção de Complicações

- identifica o risco inerente à situação do cliente com base na avaliação da família,

- prescreve intervenções especializadas, por forma a diminuir o risco avaliado

- identifica as condições do ambiente através de intervenções e adequadas,

- referencia para outras unidades de saúde, com vista à continuidade dos cuidados

- referencia para outros enfermeiros especialistas, de acordo com a área de intervenção


e competências de cada especialidade,

- responsabiliza-se pela toma de decisões e intervenções especializadas realizadas,


bem como os atos que delega.

• Bem estar e autocuidado

- avalia as necessidades de cuidados em situações de vulnerabilidade e dependência,

- prescreve cuidados especializados,

- presta cuidados e suporte de acordo com o grau de dependência do cliente,

- garante condições de conforto, integridade, privacidade e cumprimento de vontade


expressa quando o cliente não esta capacitado para o assegurar,

- implementa planos de intervenção ao nível da instrução, treino e ensino com o objetivo


de que o cliente recupere a capacidade do autocuidado.

• Readaptação Funcional

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- garante respostas às necessidades de readaptação do cliente,

- encaminha para servições que respondam às necessidades específicas do cliente.

• Organização dos Cuidados de Enfermagem

- elabora e atualiza os procedimentos e recomendações baseando-se na evidência


cientifica e evolução tecnológica,

- garante registos padronizados evidenciando os ganhos em saúde,

- afetação enfermeiros, garantindo qualidade e segurança dos cuidados, nas diversas


áreas de atuação, segundo as orientações da Ordem dos Enfermeiros,

- executam consultas de enfermagem especializadas, na área de saúde familiar,

- formação e treino, promovendo o desenvolvimento profissional e a qualidade das


intervenções,

- utiliza ferramentas de forma a promover a segurança dos cuidados prestados,

- contribui para a organização e agilização dos circuitos do cliente, de forma a que estes
tenham mais facilidade na acessibilidade aos cuidados,

- garante a informação necessária para a continuidade dos cuidados.

1.3 ENFERMAGEM AVANÇADA

O aumento da população envelhecida, com doenças crónicas, exige uma redefinição da


política de gestão de recursos humanos, capaz de atender a estes novos desafios
societais. Como a área da saúde está dependente de recursos humanos, ou seja, são
os profissionais que asseguram os cuidados de saúde, há uma necessidade crescente
de investimento no capital humano. Este investimento traduz-se na especialização dos
prestadores de cuidados, de forma a melhorar e aumentar a qualidade, eficiência e
produtividade dos cuidados de saúde (INESC-TEC, 2018).

A especialização dos enfermeiros terá de ir ao encontro aos objetivos do Governo para


a Saúde que são: novos modelos de cooperação entre profissionais de saúde, melhoria
da qualidade dos cuidados prestados, diminuir as desigualdades no acesso à saúde,
simplificar o acesso aos cuidados, promover a saúde e combate à doença, criar um
envelhecimento ativo e saudável e criar uma abordagem integrada e de proximidade da
doença crónica (INESC-TEC, 2018).

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A especialização é uma tendência internacional, tendo-se definido o papel do enfermeiro
com funções avançadas ou especializadas em diversos países, capaz de desempenhar
atividades mais complexas, que ultrapassam os cuidados gerais (INESC-TEC, 2018).

Neste contexto surge o conceito de Enfermagem Avançada.

A Federação Europeia das Associações de Enfermeiros (EFN), 2016, criou a matriz de


força de trabalho 3+1 para ser utilizada a nível da União Europeia, definindo as 3
categorias de cuidados de enfermagem (enfermeiro de cuidados gerais, enfermeiro
especialista e enfermeiro de cuidados avançados), com o “objetivo de apoiar hipotéticos
cenários sobre futuras configurações de uma força de trabalho que continue a oferecer
cuidados de qualidade elevada e seguros para todos os que necessitam deles”.

O enfermeiro de cuidados avançados é definido pela EFN, 2016, como o enfermeiro que
adquire outros conhecimentos e experiências, bem como a capacidade de efetuar juízos
clínicos, de proceder a cuidados qualificados por sua própria iniciativa e para realizar
pesquisas de investigação, correspondendo a uma força de trabalho altamente
qualificada exigida pela prática clínica.

De acordo com o Conselho Internacional de Enfermagem, citado pelo INESC-TEC,


2018, o enfermeiro com formação avançada é um enfermeiro credenciado que adquiriu
conhecimentos especializados, possuindo uma elevada capacidade de decisão e
competências clínicas para uma prática avançada. O acesso a estas funções é
antecedido de horas de prática clínica, uma especialização ou pós graduação.

De um modo geral existe diferenciação entre Enfermeiro Especialista e Enfermeiro com


Funções Avançadas. O primeiro refere-se aos cuidados especializados numa
determinada área clínica, adquirindo as competências e conhecimentos para
providenciar cuidados mais específicos. No segundo, refere-se ao cuidados além do
domínio tradicional da enfermagem, desempenhando funções que estão normalmente
associados aos médicos clínicos gerais. No entanto, a prática avançada varia de país
para país, pois nos países em que estão estabelecidas as funções avançadas, o cargo
está bem definido e as competências que podem ser desempenhadas são bastantes,
como é o caso da Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, Finlândia, Holanda,
Nova Zelândia e Reino Unido (INESC-TEC, 2018).

Segundo o CIE, 2009, inclui entre as práticas avançadas, sete atividades clínicas:

• Autonomia para prescrever,


• Autonomia para solicitar exames médicos e dispositivos,
• Autonomia para realizar diagnóstico ou avaliação avançada de saúde

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• Autonomia para indicar tratamentos médicos,
• Responsabilidade sobre um conjunto de usuários
• Autonomia para referenciar para outros serviços ou profissionais,
• Primeiro ponto de referência dos usuários.

Nestes países onde é realizada prática avançada, as funções não estão circunscritas à
prática clínica mas à prestação de cuidados de saúde altamente diferenciados em
determinadas áreas de especialização (INESC-TEC, 2018).

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2. REFLEXÃO ENTRE PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS
ESPECIALIZADOS DE ENFERMAGEM COMUNITÁRIA NA ÁREA DE
ENFERMAGEM DE SAÚDE FAMILIAR E A PRÁTICA DE ENFERMAGEM
AVANÇADA

O enfermeiro Especialista de Enfermagem Comunitária na área de Saúde Familiar


integra os CSP ao nível das Unidades de Saúde Familiar. É o profissional especializado
que detém conhecimentos especializados e que intervêm no cuidado da família como
unidade de cuidados e cada um dos seus elementos.

Os padrões de qualidade visam orientar o profissional para a sua prática especializada.


Através da análise dos enunciados descritivos dos padrões de qualidade na área de
enfermagem de saúde familiar, podemos perceber que a prática avançada apresenta
algumas competências idênticas às dos enunciados.

O enfermeiro de cuidados avançados é o enfermeiro que adquire outros conhecimentos


e experiências, bem como a capacidade de efetuar juízos clínicos, de proceder a
cuidados qualificados por sua própria iniciativa e para realizar pesquisas de
investigação, correspondendo a uma força de trabalho altamente qualificada exigida
pela prática clínica (EFN, 2016)

O enfermeiro de prática avançada, segundo o EFN, 2016, é responsável pela tomada


de decisões clínicas, identificar prioridades de prevenção de riscos e promoção da
saúde, comunicar de forma assertiva, encaminhar os doentes que necessitem de
atenção especializada para outros profissionais de saúde conforme apropriado, tem
capacidade de mudar o serviço em resposta à necessidade do doente, de forma a
assegurar a qualidade dos cuidados e prioriza a investigação como forma de promover
a prática clínica. Todos estas competências são também realizadas pelos Enfermeiros
Especialista, nomeadamente na área de saúde familiar, em Portugal.

No entanto, no que refere às atividades clínicas da prática avançada que estão


normalmente associados aos médicos clínicos gerais, em Portugal ainda não são
praticadas.

Também o enfermeiro especialista tem a capacidade de intervir ao nível da família,


melhorando da qualidade dos cuidados prestados em cooperação com outros
profissionais de saúde, criando um envelhecimento ativo e saudável e uma abordagem
integrada e de proximidade da doença crónica. A diferença estará apenas nas em
algumas das sete atividades clínicas descritas pelo CIE, 2009, nomeadamente a
prescrição de medicação, exames de diagnóstico, etc., ou seja, aqueles que competem,
em Portugal, ao médico.

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Contudo, nos países em que a prática avançada já está implementada especialmente
ao nível dos cuidados de saúde primários, existe um grande impacto ao nível do sistema
de saúde, trazendo enormes vantagens, nomeadamente o aumento do acesso aos
cuidados de saúde primários, a redução na procura de serviços de urgência, menos
consumo de fármacos e redução de custos (INESC-TEC, 2018).

Desta forma, sendo os CSP a base do sistema de saúde português, de acordo com o
Plano Nacional de Saúde, evidenciado as intervenções de rede e um paradigma de
cuidados centrados na família e no ciclo de vida (Diário da República, 2015) e tendo em
conta o estado atual dos CSP, em que muitas famílias não têm médicos de família
ficando sem resposta ao seguimento das doenças crónicas e casos agudos, seria uma
mais valia a prática de enfermagem avançada, para colmatar estas necessidades. A
prática avançada, resultaria num melhor e mais regular acompanhamento por parte do
enfermeiro, atuando na prevenção e promoção da saúde e diminuindo a procura de
outros serviços, neste caso as urgências, que neste momento se encontram
sobrecarregadas e sem resposta.

Porém, é necessário mudar o “pensar” dos portugueses, uma vez que os cuidados de
saúde primários estão ainda muito centrados no contacto com médico de família, e o
enfermeiro ser visto como um “auxiliar” do médico, nomeadamente nas populações mais
idosas.

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3. CONCLUSÃO

Com a elaboração desta reflexão entre enfermagem especializada e enfermagem


avançada, foi-me possível identificar e diferenciar cada conceito na prática clínica. A
enfermagem especializada, os seus padrões de qualidade na área de saúde familiar, os
enunciados descritivos e respetivos elementos específicos são importantes para o futuro
da prática de cuidados especializados na área de saúde familiar. É necessário perceber
e compreender cada um deles, e identificar as diferenças entre o enfermeiro generalista
e especializado para que na prática exista uma melhor qualidade de cuidados, neste
caso, centrados na família e de cada um dos seus elementos.

No entanto, Portugal está aquém daquilo que se pretende com a prática de cuidados
especializados, uma vez que existe uma percentagem muito pequena de profissionais
especializados nos CSP. Desta forma, é necessário investir nestes profissionais de
forma a haver uma qualidade de cuidados especializados.

Apesar do conceito de prática avançada não ser identificado na prática em Portugal é


imprescindível identificar as vantagens que tem para a prática clínica, de forma a
melhorar o acesso aos CSP que é uma das grandes dificuldades em Portugal.

Neste sentido, penso que consegui refletir acerca do tema e perceber a mais valia dos
cuidados especializados e enfermagem avançada.

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4. BIBLIOGRAFIA

Colégio da Especialidade de Enfermagem Comunitária (2017). Padrões de Qualidade


dos Cuidados Especializados de Enfermagem Comunitária. Ordem dos Enfermeiros.
doi:
https://www.ordemenfermeiros.pt/media/5680/ponto2_padroesqualidadece_ecomun_sf
amilia r_sp%C3%BAblica.pd

International Council of Nurses. (2017). Nurse practitioner/advanced practice nurse:


definition and characteristics. ICN. doi:
https://acnp.org.au/sites/default/files/33/definition_of_apn-np.pdf

INESCTEC (2018). Os cuidados de enfermagem especializados como resposta à


evolução das necessidades em cuidados de saúde. p.11 a 20.

Regulamento n.º 367. (2015). Regulamento dos Padrões de Qualidade dos Cuidados
Especializados em Enfermagem de Saúde Familiar. 2.ª série do Diário da república. N.º
124. doi:
sep_Regulamento_Padroes_Qualidade_Cuidados_Especializados_em_Enfermagem_
Saude_Familiar.pdf

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