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Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2020 1 Série~N.°7 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Preco deste ntimero - Kz: 850,00 Toa 8 corsponderin, gna On we INATURA ‘wren de cada Tb pica now Dios Ielativa a saincio © asinaturas do «Diseio ‘ano | da Repibicn 11022 nce de Re: 7800 oper a Republic deve ser dirisda ® NUDES | se ei Ke 73615940 | 9 5% sae Ke: $500, serxcido do rexpetvo ‘Nacional EP, em Luanda, Ra Henrique de Crentes 22 Clade aba Caing Peacl roe, | S186 Kx 43352400 | imposto do seo, dependendo a publicasso da vwvwimpransmocical govv0 = "End tleg: | A2! see Ke 22698000 | 3*siede depéstoprévioa cfevtuarnatesowata ingrensy Ast sae Kx 18013820 } daingresa Nocona -E P SUMARIO ASSEMBLEIA NACIONAL Assembleia Nacional Ltn 120: Lein2 1/20 De ctecso das Vtina,Testenunas¢ Aruidos Colaberadores em 22 de Janeiro Prose Fel A Proteegio a Vitimas, Testemnmnhas e Arguidos Colabo- Lain 220: a pe devia radores constitui um instrumento essencial 4 realizagio da Resohgao n* 420 jjustiga, a salvaguarda dos dircitos, liberdades © garantias Aprova o preenchimento da vaga cords pelo Deputado subsitito Paulo Horio de Sequeira Carvalho, n° 120 da list de fet vos do Cirulo Nacional letra, « passa a infezrar a Comissio de Culura Assuntos Religoso, Comnicara0 Sota, Zuventude € Despeto © Gmpo Nacional de Acompanhamento 0s Parlamentos antes Resolusto n* £20: ‘Aprovaatransferncia das Deputados Boaventura daSilva Cardoso, "4°76 ita do Creulo Eletral Nacional, da Camis de Rages Exteiores, Cooperao Intemacional e Cemunslades Angolanas no Fstranacio para » Comimio de Cura, Assinios Reisiosos, ‘Cominicas4o Social, Juventud e Despartor,e José Antonio Loper Samnedo, "69 da lista do CrculoEletcral Nace, da Cameo dd Assuntos Consttucionns euros paraa Cemisto de Relagoe= Eeiores, Cogperay30Intanacional e Comunidades Angolan no Barangeiro ¢ a intearagio da Deputada Marin de Leardes Roe (Caposso Fernandes, n° 119 da lista do Cirulo letra Nacional, ‘an Comes de\smntos ConrtionsseJuridicos Resolugao n* 62: “Aprova a design to do Deputado Boavenura daSilva Cardoso, n° 76 da lista do Cuculo Eletoral Naciaal, para o camo de Presidente da Comisst de Cultura, Asantos Rliiosos, Comunieag30 Soca Iuventuie e Despartos Resslugto 7/20 Aproraa substtigbo dememibros ns Comiss6es Provincia letras do Bengo e Fil, Resclugton. $20 “Aprevasubtituigio de membros na ComissBes Monica Elotorais «do Ambriz Bula-Aumnba, Dande, Demis, Naubuaegongo, Pango Alogu, a Provincia do eng, Caan e Lown, na Provincia da LundsNorte, Cocenda, Cahuquembe, Chibia, Chicomba, Cuvange, Gane, Hunpata, Jamba, Lubango, Maal, Quilensves © Quipings, na Provincia da Huila, Damba, Bungo, Sanza Pombo, Quitese. Mocaba, Kinet, Ambala, Ako Canale, Vig, Milang, Pur, Sogo ¢ Bembe, na Provincia do Vise fimndamentais das pessoas em situagto de risco ou de vul- nerabilidade e um elemento essencial a coneretizagiio do Estado Democritico e de Direito, que tem de ser assegu- rrada com o objective de reforgar a seguranca dos cidadsios, defender os valores fundamentais, da democracia, dos direi- tos humanos ¢ preservar o direito intemacional. Arrelevancia ou essencialidade da colaboragdo que pode ser prestada por Vitimas, Testemunhas € Arguids, princi- palmente para se lograr a prova inilidivel em processo, bem ‘como a selvaguarda da sua vida, sate ¢ integridade, justi- fica a necessidade de se apostar na sua protec¢ao, Atentos i cooperasao judiciaria internacional em materia penal ena perspectiva da Proteceao de Vitimas, Testemunhas € Arguidos Colaboradores, vislumbra-se que a necessidade de uniformizagao e harmonizagao de técnicas e de procedi- ‘mentos com as que ja stousuais na arena intemacional exige ‘a adopsao intema de instrumentos legais adequaclos. Assim, afigura-se necessirio adaptar © Ordenamento Juridico de Angola, aos instrumentos intemacionais € dar a devida resposta a fendmenos eriminais complexos € orga- nizados que ameagam a paz, a tranquilidade e a seguranga interna e internacional. A Assembleia Nacional aprova, por mandate do povo, ‘nos termos das disposigdes combinadas das alineas c) e) do artigo 164.° e da alinea d) do n.° 2 do artigo 166.°, ambos da Constituigio da Repiblica de Angola, a seguinte: I SERIE —N°7 — DE 22 DE JANEIRO DE 2020 m7 2. A especial vulnerabilidade da Vitima, Testemmnha ou do Arauido Colaborador pode resultar, designadamente, da sua diminuta ou avangads idade, do seu estado de satide on. do facto de ter de depor ou prestar declarag6es contra pessoa dda pr6pria familia ou de um grupo social em que esteja inse~ rida numa condigio de subordinaso ou dependéncia. ARTIGO 32° Procedimentoy 1. Logo que se aperceba da especial vulnerabilidade da Vitima, Testerunha ou do Arguido Colaborador 0 ‘Magistrado do Ministério Publico ou Magistrado Judicial que preside 0 acto deve designar un Técnico de Servigo Social ou outra pessoa especialmente habilitada para o seu accmpanhamento ¢, se for case disso, proporcionar 0 apoio psicoléaico especializado 2. 0 depoimento ou as declaragdes da Vitima, Teste- tmunha ou Arauido Colaborador especialmente vulnerdvel devem ter lugar o mais brevemente possivel apés a ocor réncia do crime e sempre que possivel deve ser evitada a repetigio da andigao dessas pessoas. 3. O Magistrado que presida ao acto processual piblico ou sujeito a0 contraditério, com vista 4 obtencao de respos- tas livres, espontineas € verdadeiras pode: 4 Dirigir os trabalhos de moso que a Vitima, Teste- muha oto Arguido Colaborador especinimente vulnerdvel nunca se encantre com determinados intervenientes no mesmo acto, ) Ouvir a Vitima, Testemunha oa o Argido Colaborador cor a utilizagao de meios de Tele- conferéncia 4. A Vitima, a Testemunha ou 0 Arauido Colaborador especialmente vulnerivel pode ser afastado temporaria- ‘mente da familia ou do grupo social em que se encontra wserido, mediante decisto do Ministerio Piblico ou do ‘Tribunal, consoante a fase do processo. ARTIGO 33° Unades on eaipasespecials de ateniment) 1.Nas instalngSesportuitias,aerop ortusrias, postosfron- teirigos ou dos drafios de policia criminal poclem ser criadas cquipas ou unidades especiais de atendimento a Vitimas e a ‘Testemunhas, 2. A umidade ou a equipa especial de aten Vitimas © a ‘Testemunhas deve ser provide de profissionais capacitados para prestar atendimento psicologico, linauis- tico e providenciar a necesséria assisténcia social mento a CAPITULO VI Disposigoes Finais ARTIGO 34: (Gisil) Sem prejuize do previsto na lei ¢ exigido © dever de igilo a todos os intervenientes no Prosrama Especial de Protec, relativamente aos actos praticados em vir- tude das medidas ou programas de protecgao concedidas, nomeadamente’ @) As Vitimas, Testemunhas ¢ aos Arauidos Colabo- radores; b) Ao pessoal téenico: c) As Autoridades de Policia Criminal; ) Aos Magistrados do Ministério Pablico e Tudiciais, ARTIGO 35° (ever de colaboragio) As entidades publicas ¢ privadas vocacionadas a prestar assisténcia médica, social ou humanitiio as Vitimas devem ‘cooperar, praticando nos limites das suas competéncias, os actos que thes forem solicitados pelas autoridades policiais judicisrias. ARTIGO 36° (Davidse misses) As vidas ¢ as omissGes resultantes da interpretagio € da aplicagao da presente Lei sto resolvidas pela Assembleia Nacional ARTIGO 37° (Gntrada en vigor) Appresente Lei entra em vigor & data da sua publicagao. ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘08 20 de Novembro de 2019. © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedacle Dias dos Santos. Promulgada aos 23 de Dezembro de 2019. Publique-se. Presidente da Reptiblica, JoS0 Manuet, Gongatves; LoureN¢o. Lein 2/20 de 22de Janeiro © Sistema de Videovisilancia que fimciona por via de instalagao de cémaras em locais publicos constitu uma forma importante que contrbui na manutencao de seauranca publica, pois ausilia as Forgas policiais e outras, respons- veis pela defesa, seguranga ¢ ordem interna do Pais. © objective de garantir mais seguranga as pessoas € bens com relativa eficiéncia e eficacia, impés como opcio a necessidade de instalacao de cimaras de videovisiléncia, ‘com a garantia ¢ salvaguarda dos dircitos fundamentais dos cidadios, Por forma a estabelever 0 regime juridico que deve se ‘observado para a autorizaeio, a instalagio e a tilizagio de sistema de vigilancia por cémaras de video, para captagao e ssravagao de imagem ¢ som; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alinea b) do artigo 161°, da alinea c) do ‘artigo 164° eda alinea d) do n° 2 do artigo 166°, todos da Constituigio da Repiiblica de Angola, a seguinte: 28 DIARIO DA REPUBLICA LEI DA VIDEOVIGILANCIA CAPITULO I Disposicdes Gerais, ARTIGO L* (Objecto) A presente Lei estabelece o resime juriico da autoriza- (0, da instalagdo e da utilizagaio de sistema de vigilaneia Por cAmaras de video para captagio, sravacao ¢ tratamento de imagem e som, com a finalidade de protecgao de pessoas ebens. __ARTIGO 2" ‘Ganbite de ating 30) 1. A. presente Lei aplica-se, por mzBes de segu- ranga publica, 4 instalagio e utilizagto de Sistema de Vidcovigiléncia, em locais piblicos ou privados de utiliza- 0 comum, cujo perimetro extemo e de acesso requeiam especial protecciio e em loceis condicionados ou vedados a0 puiblico, 2.A instalagdo eauilizacdode Sistema de Videoviailincia, previstasino numero anterior devem ser aplicadas pelos a Orsios de defesa, de inteligéncia e sexuranga do Estado, de sesuranga e ordem interna, b) Orgdos da Administragdo Central € Local do Estado; ©) Instituigdesfinanceiras e bancér 4 Institutos piblicos e empresas puiblicas on priva- das ©) Entidades concessionirias ou responsiveis pela _gestao de espagos e transportes publicos: Jf) Entidades administrativas de parques nacionais, reservas naturais e estradas; .#) Empresas com sistema de autoproteccio: i) Outras entidades, desde que a instalagso se mostre necessaria © devidamente fundamentada, 3. Ficam excluidos do mbito de aplicacao da presente Lei os casos em que a recolha de imagem ¢ som ¢ feita ern locais estritamente privados ou reservados. 4. Ein locais estritamente privados, arecolha de imagem © sam deve limitar-se & propriedade do responsivel, no odendo abraner imagens de propriedades limitrofes, ARTIGO 3° Detnigoes) 1. Para os efeitos da presente Lei, entende-se por: a) «Sistema de Videowigilancin», mecanismo estri- turado de recolha ¢ tratamento de imagens ¢ de sons captados em tempo real por meio de video € de fotourafia em circuito fechado, através de ccimaras fixas ou méveis ou de outro meio and- logo: b) «Bspagos Piiblicas», loeais de livre acesso 20 publico, sem condicionalismos, salvo em situa- ges pontuais de manutengao da orem € da tranquilidade piblicas: ©) «ios Méreis», instrumentos, veiculos e equipa- ‘mentos com capacidade tecnolégica instalada para captagio de imagem ¢ som. @ «ocais Condicionados», espagos em aie 0 acess carece de autorizacio ou de permissio da enti- dade competente; ©) «Orgdias de Policia Criminal», Policia Nacional e © Servigo de Investigagao Criminal. 2. Sao aplicaveis, para efeito da presente Lei, as defini- ‘goes constantes na Lei de Protecgio de Dados Pessoais, com asnecessirias adaptagdes ARTIGO4? Prinepion A autorizagao, instalagdo ¢ a utilizagao de cémaras de videovigilancia obedece aos seauintes prinei «@) Da Legatidlade —a recolha e o tratamento de ima- zens, sons € outros dados captados pelos meios de videovigilancia devem ser efectuados dentro dos limites fixados na presente Lei ¢ demais legislagao aplicavel b) Da Finalidace —a instalagio de meios de videovi- gillancia s6 6 admissivel para os fins estritamente previstos na presente Lei ©) Da Proporcionalidade — 0 recurso 20s meios de videovigilincia pressupde a ponderagao entre as exigéncias da manntengao da seguranga © da ordem piblica, nomeadamente, a prevengio da pritica de crimes € a proteccao do dircito & reserva da intimidate da vida privada e de outros citos finndamentais;, @ Da Transparéncia — no tratamento das imazens, dos sons e de outros dados deve proceder-se de forma transparente em estrito respeito do prin- cipio da reserva da vida privada, bem come dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadaos, previstos na Constituigio da. Repti blica de Angola ema lei, &) Da Conservagdio — as imagens, os sons € outros dados captados nos termos da presente Lei, devem ser conservados de forma a pesmitir 2 identificagao das pessoas, dos bens e dos objec- tivos visados, durante © periodo necessirio 8 prossecugao da finalidade que originow a sua recolha ou 0 seu tratamento devende ser, poste riormeante eliminados ARTIGO S* (Einalidade de vdeovigilinci) 1. A autorizagio, a instalagio e a utilizago do Sistema de Videovigilincia, nos termos da presente Lei, visa um dos seauintes fins: a) Assegurar aprotecgao de pessoas ebens,a defesa e 1 seguranca do Estado, a prevengao da criti dade ea manutengao da ordem pitblica eauxiliar 0s 6radios de policia criminal, I SERIE —N°7 — DE 22 DE JANEIRO DE 2020 729 b) Protecgao de edificios ¢ instalagbes de instituigoes, publicas, ©) Prevengio € repressao de infiacges penais; @ Auxilio@ investigagao criminal: «&) Prevengio e repressio de infiacg6es rodoviérias, f Prevengao e repressao de actos terroristas, 1) Detec¢io de incéndios em locais publicos, 1h) Deteccio de dans causados por fendmenos nat- i) Detecgao de situagdes de violagio das fronteiras nacional, J Monitoramento de locais de detengio ¢ estabeleci- ‘mentos prisionais: b Deteccio de quaisquer situagses susceptiveis de alterar @ orem e a seauranga piblicas, 2. O reaisto, a sravagio e o tratamento de dados tém em Vista o reforgo da intervengéo lezal, das forgas de seauranga © das autoridades judiciais, 0 accionamento de mecanismos de protecgao civil © socosro € a racionalizagao de meios, sendlo apenas utilizados em conformidade com os principios _gerais de tratamento de dados pessoais. ARTIGO 6* (Prabicees) proibida a instalagao de cémaras de video vismdo a recolha de imagem ou sons com fins discriminatérios de qualquer natureza ou para exposieao da vida intima das pes- soas, conforme o previsto na Lei de Protecgio das Redes € Sistemas Informaticos ARTIGO 7° (tidade responsive) E responsivel pelo tratamento de imagens ou sons, recolhidas no ambito do exercicio da actividade de video- vigiléncia, a entidade a quem for concedida autorizagao da instalagao para o efeito, sendo-Ihe aplicaveis as vearas da Lei de Protec¢ao de Dados. CAPITULO IL Sistemas de Videovigilincia em Espacos Pablicos seCcAOI Procedimento de Instalag no ARTIGO 8° ‘utorizagio obrigagio de instal 0) 1A instalago de cémarasfixas, prevista no artigo 5° da presente Lei, esté sujeita a autorizagdo do Titular do Poder Executivo ou da entidade a quem este delegar competéncins 2. A autorizagao para @ instalagao de cémaras fisas € pre+ cedida de parecer da Agéncia de Protec¢io de Dados. 3. A instalagao de cémaras de videov' dos Orgiios de Defesa, Inteligéncia e Seguranga do Estado e lancia por parte de Seguranga e Ordem Interna, nfo carece de autorizacio, bastando apenas 0 responsavel do érdo informar 0 facto a entidade que concede as autorizagies, 4. Sem prejuizo do previsto em lei especifica, €obrigats- ria a instalagdo de Sistema de Videoviaiténcia para espacos de acesso ao publico, tais come: 4) Insttuigdes financeiras, suas agéacias e depend ) Centros comerciais com area bruta igual ou supe- riot a 20000 m* e grandes superficies comerciais com area de venda acumnlada, ial ox superior 130 000 m*, a nivel nacionak; ©) Estabelecimentos de exposigao ou comercializagao de pedras ¢ metais preciosos ¢ artigos de arte; 4) Farmicias e postos de abastecimento de combus- tiveis ©) Estabelecimentos hoteleiros, de restauragio € divertimento nocturne; LP Locais de acesso ao piblico onde, habitualmente, se realizem especticulos artisticos ou eventos despertivos: g) Portos, acroportos © estapées de caminhos-de- -ferro. 5.A desinstalagdo de cémaras fixas instaladas com obser~ vancia do previsto no presente artizo deve ser comunicada, com a antecedéncia de sete dias, ao rao previsto no n° L do presente artigo, ARTIGO 9° (Uutizncao de cimmaras méveis) ‘Nao € permitida a utilizagio de edmaras méveis as enti (fermacao cantante do docu de mutorizasto) © documento que autoriza a instalagio de Sistemas de Videovigiléncia deve conter os seguintes dados: 4) Indicago dos locais piiblicos objecto de videovi- silincia, b) Limites e condigdes de uso do sistema, ©) Tipo de meios a utilizar ea sua especificagio, oh Prazo de dwagio da sutorizasao. ARTIGO 15° urate) 1. A duragaio misima da autorizagao a que se refere 0 atigo 13 da presente Lei éde tés anos renovavel, mediante comprovagio da manutengo dos fimdamentos invocados para a sua cancessdo ou da existéncia de novos factos. 2. A autorizagao referida no numero anterior pode ser saxpensa ou revogada a qualquer momento, mediante deci So fundamentada ARTIGO 16? (@egtadasinstalages) A autoridade competente para autorizar 9 instalagio de camaras de videovigilncia fixas mantém o registo publico 4ée todas as instalagdes autorizadas, devendo fazer mengao da data e do local exacto da instalagio, 0 seu responsével, 0 fim e operiodo de durago da autorizagao concedida e even- tus renovagves, para efeito de controle fiscalizagao. SECGAO TL ‘itz de Melos de Videosaitinela pelos Oraos de Policia Criminal ARTIGO 17° (Melos de videovillancia dos Orguos de Pails Criminal) 1. Com vista a salvaguarda da seguranga de pessoas e bens que se encontram em Jocais piiblicos, bem como a pre- vengio de infiacgées susceptiveis de alterar a ordem e 2 seguranga piiblicas, os Orgtios de Policia Criminal podem recorrer a meios de videovieilincia proprios, fixos ou 2. No ambito do contrelo ¢ da fiscalizagio do tinsito automével, as forgas policiais podem utilizar meios de videovigilancia, visndo a detecsao de infiacges a legisla- ‘a0 rodoviar ARTIGO 18° (Unstalagto de cSmaras emlor de caplastode hnagense sons) 1A instalagio de cmaras de videovigilincia e ontros rmeios de captagio de imagens ¢ sons devem ser direccio- nados, tanto quanto tecnicamente possivel, para os locais, piblicos de maior concentragio de pessoas « bens ou onde as circunstincias justificam a sua colocacio. 2. No dominio de controlo ¢ fiscalizagio do tran sito automével, os meios de videovisilincia devem ser direccionados, tendo em conta a intensidade de trafezo © sinistralidade rodoviaria SECCAO Mt ‘zacao dos Dados Reclhidos ARTIGO 19° (Aces os dos pelo Oreo de ilesrasio de Segurunga Pablies) 1. A entidade a quem for delegada competéncias para 0 feito, pelo Titular do Poder Executivo, deve ter acesso em temporeal ot de forma difetida, aos dados captados atraves de Sistemas de Videovigilancia de outras entidades colecti- vas, piblicas e privadas. I SERIE —N°7 — DE 22 DE JANEIRO DE 2020 73h 2. A entidade a quem for delegada competéncia para efeito do previsto no mimero anterior, tem acesso aos dadios captados pelos Oraios de Defesa, Inteligéncia e Sezuranca do Estado, Sexuranca € Ordem Intema, por meio de espe- cialistas de ligagio presentes nas salas de controlo sob sua responsebilidade. ARTIGO 20° Astalagtee wttizago de chimaras porte) 1, Sempre que houver indicio de riseo objectivo para a seguranga nacional e a ordem piblica, os Orgios de Defesa, Inteligéncia ¢ Seguranga do Estado, Seguranga ¢ Orden, Interna podem instalar e usar cémaras portiteis, devendo 0 responsivel pelo sistema comunicar, no prazo maximo de 24 horas ao éraao do Estado, competente, para os proce imentos que se julgarem pertinentes. 2. Nao € permitida a utilizagio de eémaras portteis as centidades privadas, para efeito de videovigilincia ARTIGO 21° (Valor probatorte das imagens ¢ sons) As imagens e sons recolhidos constitizem meios de prova admissivel para os easos de natureza judicial, nos termos da legislagao penal e processual penal, desde que validados por uum Juiz competente. CAPITULO I Utilizagao ¢ Inutilizacao de Camaras de Videovigilancia ¢ Registo de Dados ARTIGO 22° (Uiaizag oe mttizagao) 1, A utilizagio de cameras de videovigilancia rege- -se pelos principios previstos na presente Lei, assim como pela ponderago casuistica e pela finalidade concreta a que © sistema se destina, atendendo a possibilidade e 0 grau de afectacno dos direitos pessoais ¢ da intimidade da vida privada, 2. E proibida a utilizagao de cimaras de videovigitén- cia, como objective de captar imagens e sons que abranjam, © interior de residéncia ou de edificio habitado © suns dependencies 3. 0 consentimento para instalago de cfmaras de video vigilineia é dado, excepcionatmente, pelos proprictirios ou, por quem a habita legitimamente, quando este for pedido elas entidades piblicas ou por decisio judicial 4. A inntilizagao temporétia ou definitiva e progra- mada, do sistema de camaras de videovigilincia, deve ser comunicada, com uma antecedéncia de sete dias, 20 radio de integraeao de seguranga publica previsto no artigo 19° caso a inutilizagdo seja imprevista deve-se comunicar no pprazo de setenta ¢ duas horas apés a ocorréncia, com a invo- cagio dos motives. ARTIGO 23° (Regist de dados) 1, Os dados recolhidos, que incidem sobre factos tipi ficados na lei como crimes ou contravengiio, so objecto de regista, devendo 0 responsavel pelo sistema, elaborar € remeter a informagao, no prazo maximo de 24 horas, acom- panhada obrigatoriamente, do suporte original das imagens sons a0 Ministerio Publico, énaios de policia criminal ‘ou autoridade administrativa competente para 0 devido tratamiento, 2. A Agéncia de Protecgo de Dados pode ter acesso aos dados, sempre que solicitar as imagens e sons gravados de acordo com a presente Lei, salvo nos casos em que se deve reservar o seated de justica ARTIGO 21° (Conservagn dr dats) 1. Osdados obtidos, de acordo coma presente Lei, devern ser conservados em registo codificado no prazo maximo de trinta dias, salvaguardando-se aquelas que constituem meio de prova processual, que devem permanecer até a0 termo do processo, findo o qual sio destrufdos, nos termos da lei. 2. A conservagio das imagens referidas no niimero anterior que constituem meio de prova processual € da res- ponsabilidade do Orga de ntesragio de Sesuranga Public, nos termos a regulamentar 3. Os dados, relatives 20 foro intimo on pessoal, de cariz meramente social € que nio tenham relevancia criminal, acidentalmente obtidos pelo Sistema de Videoviilancia, ddevem ser destruidos de imediato pelo responsivel do sis tema, sob fiscalizacao da autoridade a ser designada para 0 feito nos termos do artigo 5.° da presente Lei. ARTIGO 28° Reside control do sistem) A auloridade competente para autorizar a instalagdo de camaras de videovigilancia, fisas ou moveis, deve proceder 420 registo € a0 controlo do referido sistema. CAPITULOIV Deveres e Direitos ARTIGO 2 (Siglo protsional) ‘Todos aqueles que tém acesso aos dados estho obriga- dos a observar o sigilo profissional, mesmo depois do termo das fimges, sob pena de procedimento disciplinar,crimi- nal ou civil, de acordo com as cireunsténcias, nos termos da Constituigto eda Lei Penal vigente ARTIGO 2 Aintermacio para fin etatisicse dices) [No ambito da presente Lci, os dads cbjecto de tae tamento podem ser usados para efeitos estatistcos ¢ didacticos, desde que disso nao resulte a revelagiio do con- teiido dos mesmos, a identificasio de pessons, de veiilos, de residéncias ou de outros bens ¢ meios que permitam a identificagao das mesmas, ARTIGO 2 (Diet dos ines) E assegurado 0 direito de acesso, rectificagao ¢ elimi- nagao de dados, junto da entidade responsivel pelo seu tratamento, a todos aqueles que figuram nas gravagGes obti- das, excepto se iss for susceptivel de centr perigo para 732 DIARIO DA REPUBLICA 1 ordem publica ou afectar o exercicio de direitos ¢ liberda- des de terceitos on, aincla, se prejudica a normal tramitago do processo judicial, podendo accionar-se directamente a Agéncia de Proteceao de Dados, nos termos previstos da presente Lei CAPITULO V Infracg‘es, anges ¢ Reclamages ARTIGo 29° Gaacsoes) Sem prejuizo do previsto na presente Lei, constitmen infracgoes administrativas, dependendo sempre de procedi- mento proprio, os seguintes actos: 4) Instalacao de Sistema de Videovisiléncia por parte de eates privados on publicos, sem a compe- tente autorizagao, com excepto dos Onxaos de Defesa,Inteligncia e Seguranga do Estado e de Seguranga e Ordem Interna b) Falta de conexao a0 Onaao de Intearagao de Seau- rranga Publica, de Sistema de Videovigitancia instalado em local pablico: <6) Recusa de fomecimento de imagens e sons solic tados por entidade competente, @) Divulgagao de imagens ¢ de sons para fins nao previstos na presente Lei ou em outa lesislagio aplicével «@)Inobservncia de requisitos exigidos para a instala- fo de Sistema de Videovigiléncia; JP Destruigao de dados antes do prazo previsto na presente Lei ) Impedimento intencional de acesso a dados por parte do Oreo de Integragao de Seguranca Pablica, relativamente 0s entes privados publicos, com excepgao dos Orgaos de Defesa, Inteligéncin ¢ Seguranga do Estado € de Seau- ranga ¢ Ordem Intema, Ii Violagto da obrigngao de instalagao esta prevista non: 4 do artigo 8° da presente Lei ARTIGO 30° Soe) As infraeg es previstas no artigo anterior sio aplicdveis, as seguintes sangoes: @ Malta, b) Medidas acess. ARmigo s1° tains apne) 1. Sem prejuizo do disposto em outros Diplomas Legai 1s mas aplicaveis as inffnegdes previstas na presente Lei 80: 4) Mulia de Kz: 350.000,00 a Kz: 700,000,00, no «aso das infiacgdes previstas nas alineas a), b) € by) do artigo 29° da presente Lei b) Multa de Kz: 500,000,00.a Kz: 1.000 000,00 no caso da iniracgao prevista na alinea c) do artigo 29° da presente Lei, c) Multa de Kz: 1 000 000,00 aK 1 500 000,00,no caso da infiaccAo prevista na alinea d) do artigo 29° da presente Lei; A) Multa de Kz: 250,000,00 a Kz: $00,000,00, no caso dda infracgdo previstas na alinea e) do artigo 29° da presente Lei; ) Muilta de Kz: $00,000.00 a Kz: 1 000 000,00, no caso das inftacedes previstas nas alineas 1) e 2) do artigo 29.° da presente Lei. 2. Os valores monetarios previstos no n.° 1 do presente artigo podem ser objecto de actualizagao pelo Titular do Poder Executivo. ARTIGO 32° (tedidas acessorias) Para além das mulas cominadas no artigo anterir, as infracedes previstas no artigo 29° da presente Lei, podem ainda ser aplicadas as sequintes medidas acessorias: 4) Apreensio dos objestos ou equipamentos que st- ‘vam 4 pratica da is b) Revogagio da aulorizago concedia para a insta lagio do Sistema de Videovigilancia, antico3i¢ (Compete para apie as sangtes) Compete a0 Titular do Poder Executive ou a entidade a ‘quem for delegada competéneia para o efeito, aplicar as san- ‘gbes provistas na presente Lei ARTIGO 4° ealmngoes) racgao; As reclamagbes relativas as sangdes previstas na pre- sente Lei obedecem 20 disposto na legislagio administrativa ‘em vigor no Ordenamento Juridico Angolano. ARTIGO 38° (Regularinaes0) 1. Todlas as entidades piiblicas e privadas detentoras de sistema de cémaras de videoviiincia devem adapta 08 sis- temas sob sua responsabilidade as disposigdes da presente Lei, no prazo denoventa dias, a contar da data da sua entrada em vigor 2. O nio cumprimento do prazo previsto no nimero ‘anterior constitui crime de desobediencia, punivel nos ter mos da lei aplicavel CAPITULO VI Disposices Finais ARTIGO 36° (seaizagio) Compete @ entidade @ quem for delegada competéncia pelo Titular do Poder Executivo, para o efeito, fiscalizar 0 ‘cumprimento das disposigdes da presente Lei. I SERIE —N°7 — DE 22 DE JANEIRO DE 2020 733 ARTIGO 37° (@avidas¢ misses) As diividas ¢ as omiss6es resultantes da interpretagtio & da aplicagio da presente Lei sto resolvidas pela Assembleia Nacional. ARTIGO 38° (Entrada em vigor) A presente Lei entra em vigor data da sua publicago. ‘Vista e aprovada pela Assemnbleia Nacional, em Luanda, ‘aos 20 de Novernbro de 2019. Presidente da Assembleia Nacional, Rernancdo da Piedack Dias dos Santos, Promulzada aos 23 de Dezembro de 2019. Publique-se. Presidente da Repiblica, JoAo Manven Gongatves: Louexgo, Resohueao n. 420 de 2 de Seo Considerando que 0 Grupo Parlamentar do MPLA soli tot, ao Presidente da Assembleia Nacional, a movimentagao de Deputados, desianadamente a substituigao definitiva por perda demandato da Deputada Webwitschea José dos Santos, aprovada pela Resolugao n° 63/19, de 21 de Novembro, © 0 preenchimento da vaga ocerrida de modo a conformar a0 que estabelece a Constituigao da Reptblica de Angola € 0 Estatuto do Deputado, Considerando que vaga ocorrida ¢ preenchica, segundo a respectiva ordem de precedéncia, da lista a que pertencia o titular do mandato vago, nos temos don.°2 do artigo 14° do Estatuto do Deputado, «exi vin, dom 2 do artigo 153.° da Constimigao da Republica de Angola; AAssembleia Nacional aprova, pormancato do povo. nes termos da alinea f) don 2 do artigo 166 da Constituigao da Repuiblice de Angola, a seavinte Resolucao: 1° —Aprovar o preenchimento da vaga ocorrida, pelo Deputado substitute Paulo Hordcio de Sequeira ¢ Carvalho, 120 da lista de efectivos do Circulo Nacional Eleitoral, tinular do Cartao de Eleitor 119.966 € Grupo n.° 60.280 € ‘passa. integrar a Comissdo de Cultura, Assuntos Religiosos, Commnicagao Social, Javentude © Desporto € 0 Grupo ‘Nacional de Acompanhamento aos Parlamentos da Affica 2° — A presente Resclugdo entra imediatamente em "Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Lazanda, 208 19 de Dezembro de 2019. Publique-se. © Presidente da Assembleia Nacional, Fermaneto da Piedad Dias dos Senos Resolueno n.2 $20 he 22 de ire ‘Considerando que o Grupo Parlamentar do MPLA soli tou, 20 Presidente da Assembleia Nacional, a movimentagao ‘de Depntados, designadamente a ransferéncia de Deputados a integragao de Deputado na Comissio de ‘Trabalho Especializada; Considerando que os Grupos Parlamentares, Partidos Politicos ou a Coligagao de Patidos Politicos podem pro- mover, a todo o tempo, a substitigdo de Deputados nas Comissbes de Trabalho Expecializadas, nos tenmos do u.°2 do artigo 74° do Resimento da Assembleia Nacional A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alinea{) don 2 artizo 166° da Constituigio do Reptilica de Angola, a seauinte Resolugo: 1° —Aprovar a transferéncia do Deputado Boaventura do Silva Cardoso, n° 76 da lista do Citeulo Eleitoral Nacional, titular do Cartao de Bleiter n° 43.544 € Grupo n® 9.600, da Comissao de Relagdes Exteriores, Cooperagao Internacional e Comunidades Angolanasno Estrangeiro para ‘4 Comissio de Cultura, Assuntos Religiosos, Comuicagiio Social, Juventude ¢ Desportos. 2°— Aprovara trasferéncia de Deputado José Anténio Lopes Semedo, n° 69 da lista do Citculo Eleitoral Nacional, tinalar do Cartao de Bleitor n° 130.726 e Grupo n° 60. da Comisstio de Assuntos Constitucionais e Juriicos para a Comissio de Relagdes Exteriores, Cooperagzo Internacional © Comunidades Angolanas no Bstrangeiro, 3° — Aprovar a integragtio da Deputada Maria de Lourdes Roque Caposso Femandes, n° 119 da lista do Cireulo Eleitoral Nacional, titular do Cartio de Eleitor nS 189.434 ¢ Grupo n° 60.284, na Comissio de Assuntos Constitucionais ¢ Juridicos. 4° — A presente Resolugao entra imediatamente em ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘aos 19 de Dezembro de 2019. Publique-se. (© Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedacte Dias dos Santos. Resolugao n.° 620 ‘de 22 de Janeiro Considerando que © Grupo Parlamentar do MPLA solici- tou, a0 Presidente da Assembleia Nacional, a movimentagio de Deputado, desianacio de Presidente da Comissio de ‘Trabalho Especializada, nos termos da alinea b) do artigo 33.° do Regimento da Assembleia Nacional;

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